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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA Instituto de Ciências Humanas Curso de Psicologia GABRIEL PEREIRA MACHADO – N651CF4 GABRIELLA UEHARA – N585AE9 GIOVANNI BERTIN ARMELIM – F3017I1 RAFAEL BERTIN ARMELIM – F3017J0 TALITA CRISTINA DOS SANTOS BEDINELLI – A812849 BEHAVIORISMO Campus Sorocaba Ano 2020 2 UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA Instituto de Ciências Humanas Curso de Psicologia GABRIEL PEREIRA MACHADO – N651CF4 GABRIELLA UEHARA – N585AE9 GIOVANNI BERTIN ARMELIM – F3017I1 RAFAEL BERTIN ARMELIM – F3017J0 TALITA CRISTINA DOS SANTOS BEDINELLI – A812849 BEHAVIORISMO Trabalho referente a Escolas de Pensamento, apresentado para a disciplina de Teorias e Sistemas em Psicologia, sob orientação da Ms. Sonia Maria Machado de Oliveira Nukui. Campus Sorocaba Ano 2020 3 SUMÁRIO RESUMO..................................................................................................................... 4 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5 1. LINHA DO TEMPO .................................................................................................. 6 2. ABORDAGENS ....................................................................................................... 7 2.1. Condicionamento Clássico ................................................................................ 7 2.2. Conexionismo ................................................................................................... 7 2.3. Behaviorismo Clássico ...................................................................................... 8 2.4. Behaviorismo Cognitivo Intencional .................................................................. 8 2.5. Teoria da Aprendizagem ................................................................................... 9 2.6. Epigenética Comportamental ............................................................................ 9 2.7. Neuropsicologia ................................................................................................ 9 2.8. Etologia ............................................................................................................. 9 2.9. Behaviorismo Radical ..................................................................................... 10 2.10. Inibição Recíproca ........................................................................................ 11 3. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 12 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 13 4.1. Internet ............................................................................................................ 13 4.2. Livros .............................................................................................................. 13 4 RESUMO O Behaviorismo é o conjunto de abordagens, nascido em meados do século XIX e XX, que acredita que uma pessoa seja passiva e responda aos estímulos do ambiente por meio do condicionamento. De acordo com seu principal divulgador, John B. Watson, o indivíduo é uma “tábula rasa” e seu comportamento deriva de reforço positivo ou negativo, sendo muito fácil coletar e quantificar os dados, já que seu comportamento pode ser observado. Possuindo diversas vertentes distintas, a psicologia behaviorista teve grande importância para a consolidação da psicologia como ciência de fato. Embora não seja mais tão popular quanto antigamente, sua influência ainda pode ser encontrada nos métodos de educação – seja dos pais, seja do ensino de pessoas ou animais. Palavras-chaves: Behaviorismo; condicionamento clássico; condicionamento radical; psicologia; Watson; Skinner. 5 INTRODUÇÃO No ano de 1890, a Psicologia já estava consolidada como disciplina científica. Nos EUA, psicólogos falavam que a introspecção era por definição subjetiva e teorias nela fundamentada não podiam ser confirmadas ou mesmo refutadas. Para eles, se a psicologia queria ser incluída entre as ciências, deveria basear-se em fenômenos observáveis e mensuráveis e, como solução, decidiram estudar a manifestação dos processos mentais, sob condições laboratoriais estritamente controladas. Para Watson, a psicologia é a “divisão da ciência natural cujo tema de interesse é o comportamento humano – o que se faz e o que se diz, o que foi aprendido e o que não foi”. Os primeiros behavioristas realizaram experiências para observar o comportamento de animais em situações planejadas e, a partir desses testes, elaboraram teorias sobre aprendizagem, memória, condicionamento e modo como os seres humanos interagem com o ambiente. Fisiologistas interessados em processos físicos, assim como Ivan Pavlov, influenciaram behavioristas por realizarem experiências que abriam caminhso para a emergente vertente. O citado estudioso descreveu como um animal responde a um estímulo durante o processo de condicionamento, fornecendo aos psicólogos a base para construir o conceito central de behaviorismo. A ideia de estímulo-resposta (E-R) concentrava-se na observação de respostas e estímulos externos, ignorando estados e processos mentais interiores, considerados impossíveis de examinar cientificamente e que não poderiam ser incluídos em nenhuma análise comportamental. A mudança de foco foi revolucionária e veio acompanhada do “Manifesto Behaviorista”, escrito por Watson. Nos EUA, se tornou a abordagem predominante por 40 anos, desenvolvendo a ideia de condicionamento clássico, onde Watson afirmava que o comportamento era formado apenas pelo estímulo ambiental, e fatores inatos ou herdados não participavam do processo. Na geração seguinte, Skinner propôs a reformulação do conceito de estímulo-resposta em sua teoria do condicionamento operante que, embora parecida com a proposta de seu antecessor, alterou radicalmente os rumos dessa vertente psicológica, passando a considerar fatores genéticos e explicar estados mentais como resultado do comportamento. No século XX, porém, começaram a questionar suas abordagens, já que o pensamento havia atingido seu limite e foi ultrapassado pelas diversas correntes de psicologia cognitiva. O seu legado, no entanto, foi bastante duradouro, sendo presente ainda nos dias de hoje, como parte essencial da terapia cognitiva-comportamental. 6 1. LINHA DO TEMPO 1872 – Charles Darwin publica “A expressão das emoções no homem e nos animais”, onde fala que os comportamentos são adaptações evolucionárias; 1898 – Edward Thorndike cria a Lei do Efeito, que diz que as reações que produzem efeitos satisfatórios são mais passíveis de serem repetidas; 1913 – John B. Watson publica o “Manifesto informal dos behavioristas”; 1920 – John B. Watson realiza o famoso experimento com o “pequeno Albert”, ensinando-o a ter respostas emocionais condicionadas; 1927 – Ivan Pavlov demonstra o condicionamento clássico em seus experimentos com cachorros; 1929 – Karl Lashley realiza experimentos com cérebros dissecados, onde descobre que o órgão inteiro está envolvido no processo de aprendizagem; 1930 – Zing-Yang Kuo realiza experiências em gatos e ratos, buscando comprovar que não existe o famoso instinto; 1930 – B. F. Skinner, por meio de experimentos com ratos, evidencia os efeitos do “condicionamento operante”; 1935 – Konrad Lorenz descobre o fenômeno de imprinting, que é quando filhotes de animais assumem a filiação devido a informaçõessensoriais recebidas num certo momento; 1938 – Edwin Guthrie defende o “aprendizado em uma única tentativa”, demonstrando que o condicionamento não precisa ser baseado em repetições; 1943 – Clark L. Hull afirma que satisfazer nossas necessidades humanas básicas é a única forma verdadeira de apelo; 1948 – Edward Tolman alega que desenvolvemos mapas cognitivos enquanto vivemos nossa rotina diária; 1957 – B. F. Skinner publica “O comportamento verbal”, onde afirma que a fala é um produto da nossa história comportamental e genética; 1958 – Joseph Wolpe aplica técnicas de dessensibilização em veteranos de guerra; 1959 – Noam Chomsky faz uma resenha crítica do livro de Skinner, ajudando a disseminar a revolução cognitiva; 1960 – Neal Miller realiza experimentos que levam à descoberta de técnicas de biofeedbacks. 7 2. ABORDAGENS 2.1. Condicionamento Clássico O princípio citado foi um marco revolucionário para a psicologia como uma disciplina científica de fato. O fisiologista russo Ivan Pavlov (1849 – 1936) descobriu que um estímulo incondicionado pode provocar um reflexo incondicionado. De acordo com ele, se um estímulo incondicionado é seguido por um estímulo neutro, um reflexo condicionado começa a se desenvolver. Após repetidos episódios, o estímulo condicionado provocará o reflexo condicionado, tal qual o exemplo de uma comida apetitosa que faz um homem faminto salivar. Em testes posteriores, ele demonstrou que reflexos condicionados poderiam ser reprimidos ou mesmo desaprendidos caso o estímulo condicionado fosse repetido muitas vezes sem ser seguido do “prêmio”. Também provou que um reflexo condicionado pode ser tanto mental quanto físico, realizando experiências em que estímulos variados eram associados à dor ou a alguma ameaça. 2.2. Conexionismo Praticamente ao mesmo tempo que Pavlov realizava seus experimentos na Rússia, nos Estados Unidos Edward Thorndike (1874 – 1949) começava a pesquisar o comportamento animal para elaborar sua tese. Conhecido como o primeiro psicólogo behaviorista, seus primeiros estudos envolviam pintinhos que aprendiam a transitar em labirintos especialmente desenvolvidos e construídos por ele, sendo o detalhe principal de uma das marcas registradas da vertente: o uso de ambientes criados para um fim específico, onde o sujeito recebe determinado estímulo ou tarefa, hoje denominado como condicionamento instrumental ou aprendizagem instrumental. Ele criou a Lei do Efeito, onde demonstrou que os animais aprendem forjando ligações entre ações e resultados, recordando os resultados positivos e esquecendo os negativos. Postulava que, na verdade, é o resultado de uma ação que determina se a conexão estímulo-resposta será impressa com força ou não. O foco no resultado de um estímulo, sua resposta e a ideia de que o resultado pode fortalecer essa conexão são exemplos que mais tarde se denominaram como Teoria do Reforço da Aprendizagem. Dela, ainda, se derivou a Lei do Exercício, segundo a qual as conexões estímulo-resposta repetidas são fortalecidas, enquanto aquelas que não são usadas novamente tornam-se fracas. Na opinião de Thorndike, a inteligência mais elementar caracteriza-se pela associação simples entre estímulo e resposta, o que resulta em uma conexão neural, ou seja, quanto mais inteligente o animal, mais capaz ele será de estabelecer tais conexões. Para medir a inteligência humana, ele concebeu o teste CAVD (terminação, raciocínio aritmético, vocabulário e cumprimento de instruções), que tornou-se modelo para todos os testes de inteligência modernos. Ele demonstrou, durante sua carreira, estar especialmente interessado em saber de que modo a idade poderia afetar o aprendizado, propondo uma teoria de aprendizagem que é até hoje a base da psicologia da educação atual. 8 2.3. Behaviorismo Clássico John B. Watson (1878 – 1958), um dos mais influentes e controversos psicólogos do século XX, foi o mais importante responsável por defender a prática behaviorista. Conhecido como o pai do behaviorismo, realizou o experimento com o pequeno Albert, um bebê de 9 meses de idade criteriosamente selecionado em um hospital infantil local. Seus testes foram planejados com o objetivo de determinar a capacidade de ensinar uma criança a sentir medo de um animal, apresentando-o repetidas vezes a um barulho alto e assustador. Quando o bebê estava com 11 meses, Watson colocou um rato branco em sua frente e, quando a criança tocou-o, o pesquisador bateu em uma barra de metal. Óbvio que, com o susto, a criança começou a chorar e, repetindo esse procedimento por 7 vezes, Albert ficava angustiado assim que o rato era trazido ao local, mesmo que não acompanhado do barulho. No esquema de condicionamento clássico, o rato começou como um estímulo neutro e o barulho alto era um estímulo incondicional que acabava por provocar um estímulo condicionado, resultando em uma resposta condicionada de medo. Para testar se o medo havia sido generalizado, a criança foi apresentada a outras coisas brancas e peludas e se mostrou tão angustiada quanto na presença do roedor. Assim, Watson provou que as emoções humanas são suscetíveis ao condicionamento clássico. Impossibilitado de continuar suas pesquisas universitárias graças a um escândalo em seu relacionamento extraconjugal, ele popularizou suas ideias sobre o behaviorismo voltando-se aos cuidados infantis. Para ele, a criança era formada pelo meio, e este é controlado pelos pais, sendo a educação infantil basicamente um exercício objetivo de modificação comportamental, principalmente no que se trata de emoções. Gerações posteriores consideram sua abordagem manipuladora e fria, com ênfase nos resultados ao invés de se preocupar no bem-estar da criança. Os danos a longo prazo das crianças educadas segundo seu método tornavam-se evidentes com o passar do tempo. Logo surgiram outras formas de criar os filhos, até mesmo entre behavioristas convictos, o que mostrou-se mais eficiente e acolhedora. 2.4. Behaviorismo Cognitivo Intencional Edward Tolman (1886 – 1959) concordava com a metodologia básica do behaviorismo, mas também tinha interesses em teorias sobre percepção, cognição e motivação, presentes na Gestalt. Ele foi o responsável por criar uma ponte entre as duas abordagens, dando origem a uma nova teoria sobre o papel do condicionamento. De acordo com Tolman, enquanto o rato explora o labirinto ele constrói um mapa cognitivo da área, que pode ser usado para atingir um objetivo. Da mesma maneira pensam os seres humanos, que criam um mapa mental de seu ambiente, funcionando como um “labirinto criado por Deus”. Em suas pesquisas, citou o exemplo de como aprendemos onde estão localizados pontos de referências cotidianas e esboçou sua teoria em “Proposive behaviour in animals and men”, introduzindo de vez o componente da cognição. 9 2.5. Teoria da Aprendizagem Na década de 20 o modelo de aprendizagem de estímulo-resposta era a base para todas as teorias behavioristas. O filósofo americano Edwin Guthrie (1886 – 1959) discordava que o condicionamento dependesse de reforço, mas sim que uma associação plena entre estímulos e respostas era formada logo no primeiro pareamento. Ele criou uma teoria que baseava-se em um estudo em que se observava gatos presos em “caixas-problemas” e, uma vez descoberto o mecanismo de fuga, os animais faziam a associação entre a possibilidade de realiza-las, acabando por repeti- las nas ocasiões seguintes. Ele expandiu a ideia e criou uma Teoria de Contiguidade, onde uma combinação de estímulos que resulta em um movimento tenderá, quando ocorrer de novo, a ser seguida do mesmo movimento. Chegou a conclusão, também, que movimentos relacionados unem-se para formar um ato, onde a repetição não reforça uma associação, mas leva à formaçãode atos que se combinam para formar comportamentos. 2.6. Epigenética Comportamental O psicólogo chinês Zing-Yang Kuo (1898 – 1970) foi o responsável por levar a ideia do behaviorismo ao extremo, negando a existência do instinto como justificativa de comportamento. Ele acreditava que o instinto era apenas uma maneira conveniente para os psicólogos explicarem comportamentos que não se encaixavam nas teorias vigentes. Suas experiências mais conhecidas envolviam a criação de filhotes de gatos, criados em jaulas com ratos desde o nascimento, outros apresentados a ratos mais tarde. Com isso, descobriu que se um felino fosse criado na mesma jaula que um roedor desde muito cedo, tornava-se tolerante aos ratos quando adulto, adotando-os como parceiros, brincando e até mesmo se afeiçoando ao animal. Infelizmente, seus trabalhos foram bruscamente interrompidos por eventos políticos da China. Suas ideias só se tornaram conhecidas no ocidente quando a onda behaviorista começava a perder forças e a psicologia cognitiva começava a florescer. 2.7. Neuropsicologia O fisiologista e psicólogo Karl Lashley (1890 – 1958) interessava-se em saber o que de fato acontecia com o cérebro durante o processo de aprendizagem. Ele usou ratos em labirintos para realizar seu experimentos de aprendizagem e descobriu que não importava qual parte do cérebro era removida, a memória dos animais acerca das tarefas antes propostas mantinham-se, mas o aprendizado e a retenção de novas tarefas eram prejudicados. Ele concluiu, portanto, que os traços de memória não estão em nenhum lugar específico, mas distribuídos de maneira uniforme pelo córtex cerebral, sendo cada parte do órgão importante e equipotencial. 2.8. Etologia O estudo comparativo do comportamento animal em seu ambiente natural teve Konrad Lorenz (1903 – 1989) como um de seus principais fundadores. Zoólogo e 10 médico, ele iniciou seus trabalhos observando gansos e patos em sua casa de veraneio, onde percebeu que as jovens aves rapidamente criavam laços com as mães logo após seus nascimentos, mas também poderiam estabelecer o mesmo contato com mães e pais adotivos, caso os biológicos estivessem ausentes. Ele deu o nome de Imprinting a esse fenômeno. O que distingue o imprinting da aprendizagem, é que o segundo se dá apenas num estágio específico do desenvolvimento animal, e o primeiro possui um processo rápido, sem depender do comportamento e parece ser irreversível, ou seja, jamais se é esquecido. Ele seguiu os estudos e percebeu que outros comportamentos instintivos ligados a determinados momentos da vida ficavam adormecidos até serem acionados por um estímulo específico, concluindo que padrões de ação fixa não são aprendidos, mas geneticamente programados. 2.9. Behaviorismo Radical Provavelmente o mais popular e influente psicólogo behaviorista, Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) não foi o pioneiro no campo, mas levou a outro patamar as ideias de seus antecessores. Ele foi o maior defensor do behaviorismo e costumava usar equipamentos inusitados em suas experiências. Também considerava a psicologia parte da tradição científica e não se interessava por nada que não pudesse ser visto, medido e reproduzido em experimentos controlados com todo o rigor. Para ele, pesquisa psicológica deveria ser feita com base em comportamentos passíveis de observação e não a partir de pensamentos impossíveis de serem observados. Diferente de seus antecessores, ele acreditava que as consequências eram mais importantes para a formação do comportamento do que qualquer estímulo que a precedesse ou coincidisse. Ele concluiu que o comportamento é aprendido primordialmente a partir dos resultados das ações. As Caixas de Skinner eram experiências onde se colocava um rato dentro de uma caixa que tinha em seu interior uma alavanca especial por onde o animal recebia comida. A frequência com que a alavanca era acionada causava o seu imediato registro. Concluiu, assim, que os animais são condicionados pelas respostas que recebem por suas ações e do ambiente, adaptando-se com rapidez aos novos processos. Durante o experimento de reforço negativo, os fundos das caixas ganhavam uma grade elétrica que dava choque nos roedores sempre que ativada, o que resultava na diminuição do comportamento. Já no reforço positivo, os ratos reagiam de forma mais rápida e melhor. Isso influenciou até mesmo na educação de crianças, já que acreditava que nenhuma forma de punição era adequada para controlar o comportamento das crianças. Se tratando de predisposição genética, Skinner possuía paralelos notáveis com Darwin, já que acreditava que o comportamento de um indivíduo era controlado por suas histórias genéticas e ambientais. Suas pesquisas o levaram a questionar os métodos de ensino utilizados nas escolas. Desenvolveu um programa de ensino que acumulava feedbacks a cada etapa 11 de um projeto, além de uma máquina de ensino que dava respostas encorajadoras aos alunos para acertos durante as atividades. Tratando-se diretamente do behaviorismo radical, o livre-arbítrio não passava de uma ilusão, já que a seleção era baseada em resultados que controlavam inteiramente o nosso comportamento. Parte das críticas ao seu trabalho, no entanto, eram equivocadas – principalmente a parte que relacionavam com a corrente filosófica europeia do positivismo lógico – já que tem muito a ver com o pragmatismo americano, que mede a importância e o valor das ações por suas consequências. 2.10. Inibição Recíproca Durante a Segunda Grande Guerra, o psiquiatra Joseph Wolpe (1915 – 1997) cuidou de soldados que sofriam de neurose de guerra e chegou à conclusão de que as práticas de psicoterapia não surtiam efeito neles, já que falar sobre as experiências não os faziam parar de ter flashbacks do trauma. Ele supunha que existisse uma maneira mais rápida e simples do que a psicanálise para lidar com o problema da angústia profunda e, conhecendo os trabalhos de behavioristas, calculou que se era possível desaprender, propôs-se a encontrar um método para utilizar esse raciocínio no amparo dos veteranos que assistia. Sendo assim, ensinou técnicas de relaxamento muscular profundo e associou-as à um estímulo de ansiedade, que ficou conhecida como Inibição Recíproca. Graças a essa técnica, Wolpe conseguiu recondicionar o cérebro e concentrar- se apenas nos sintomas e no comportamento presente do paciente, sem qualquer análise do seu passado. Ela demonstrou-se muito eficaz e obteve resultados rápidos, sendo amplamente utilizada ainda nos dias atuais para tratamentos de fobias. 12 3. CONCLUSÃO O Behaviorismo faz parte das três principais correntes da Psicologia, juntamente com a Psicanálise e a Gestalt. Ele é o estudo do comportamento e sua tese consiste em que a psicologia animal e humana é estudada por meio de observação das ações. Segundo ele, os comportamentos são resultados de experiências e condicionamentos, tendo John B. Watson (condicionamento clássico) e B. F. Skinner (condicionamento operante) como psicólogos influentes da área, acreditando que o comportamento pode ser previsível e controlado a partir de estímulos. Quando falamos de condicionamento clássico, constante na vertente metodológica, observamos que são descartados os estudos relacionados a mente, pensamentos e emoções, optando por usar a observação e a experimentação. Segundo ele, o comportamento é previsível e controlado através de estímulos. Vale lembrar que Watson defende que o comportamento do indivíduo pode ser moldado e ajustado, assim como ocorre na formação de caráter. Já se tratando de condicionamento operante, da vertente radical e comportamentalista de Skinner, teve seu surgimento em oposição ao metodológico. Ela considera que os comportamentosobserváveis eram manifestações externas de processos como pensamento e autocontrole, mas, apesar disso, defende que era mais favorável estudar os comportamentos observáveis. Sendo assim, Skinner diz que as emoções não dão origem a nossa conduta, pois também fazem parte do modo de agir, ou seja, o comportamento não é consequência do livre arbítrio, mas sim das consequências dos atos, podendo ser positivo ou negativo. 13 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 4.1. Internet - https://www.vittude.com/blog/behaviorismo/, acessado em 04/10/2020 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Behaviorismo, acessado em 04/10/2020 - https://bityli.com/Icg5K, acessado em 04/10/2020 - https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/42468883/Humanismo_e_Brahviorismo- _B._F._Skinner..pdf?1455033854=&response-content- disposition=inline%3B+filename%3DHUMANISMO_E_BEHAVIORISMO_1.pdf&Expir es=1601837487&Signature=CPd5rAalbf98~v9nfP3dj0-ZHJW~2XtcVOpJQxdC- 6OsMfHAPuC8R8dWREmxR4wfqecu5P4t7pvWb96Voo1v23ZGAAmIVLfwSMIP4vCy kEY4ndYQ9CdkJN8pXUVVkoMz2dOKO949AKf3K3ob0BmMrEo4yv- Ii1zdrdRRb5hfbNdUgIB9hMR~tW~pyErgMTdakQysl49g2tkp2L49G9TFdazEl~- ntdnGtzGGYB4zDReAo-VDGQCsSK- zbDv0uTs1oVaxWNUk8Z9I3BFvUgkfocsPpDi4oodBG8sdu9Bg1JRHnRkB6aBsV08h Sfho8g42Spj6j~46IF9dlbNL9B1XPw__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA, acessado em 04/10/2020 4.2. Livros - Zilio, Kester. Zilio, Diego. BEHAVIORISMOS, reflexões históricas e conceituais. Volume I. Editora Paradigma. - Kleinman, Paul. TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE PSICOLOGIA. Editora Gente. 15ª Edição. - Collin, Catherine. Grand, Voula. Benson, Nigel. Lazyan, Merrin. Ginsburg, Joannah. Weeks, Marcus. O LIVRO DA PSICOLOGIA. Editora Globo Livros. 2ª Edição. https://www.vittude.com/blog/behaviorismo/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Behaviorismo https://bityli.com/Icg5K https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/42468883/Humanismo_e_Brahviorismo-_B._F._Skinner..pdf?1455033854=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3DHUMANISMO_E_BEHAVIORISMO_1.pdf&Expires=1601837487&Signature=CPd5rAalbf98~v9nfP3dj0-ZHJW~2XtcVOpJQxdC-6OsMfHAPuC8R8dWREmxR4wfqecu5P4t7pvWb96Voo1v23ZGAAmIVLfwSMIP4vCykEY4ndYQ9CdkJN8pXUVVkoMz2dOKO949AKf3K3ob0BmMrEo4yv-Ii1zdrdRRb5hfbNdUgIB9hMR~tW~pyErgMTdakQysl49g2tkp2L49G9TFdazEl~-ntdnGtzGGYB4zDReAo-VDGQCsSK-zbDv0uTs1oVaxWNUk8Z9I3BFvUgkfocsPpDi4oodBG8sdu9Bg1JRHnRkB6aBsV08hSfho8g42Spj6j~46IF9dlbNL9B1XPw__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA 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