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Taquiarritmia - FA: definição, fisiopatologia e tratamento

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(SEMANA 06)
Definição FA 
- Taquiarritmia 
- R-R irregularmente irregular 
- Ausência de onda P 
OBS! Eu posso ter uma FA com QRS largo ou uma FA regular 
 
Introdução 
- 1 a 2% da população vai apresentar algum episódio de FA 
- A prevalência aumenta com a idade 
- Aumenta o risco de AVE, mortalidade e hospitalizações 
Fisiopatologia 
- Na FA acontece a despolarização de muitos pontos de uma vez, não funcionamento mais 
como um sincício. 
- O átrio perde a força de contração efetiva e começa a “tremer” devido a várias 
despolarizações de uma vez. 
- O que “controla” é o NAV: ele bloqueia alguns dos batimentos mandados pelo átrio que está 
em FA, é por isso que os intervalos entre os QRS são irregularmente irregulares 
- Não existe onda P por não acontecer a despolarização dos átrios efetivas 
- Existe tremulação da linha de base – onda f. 
Ausência de contração atrial efetiva – sem onda P 
Irregularidade entre os QRS 
- A FA é a maior causadora de êmbolos de origem cardíaca (45% dos casos) e na maioria 
das vezes eles vão para o cérebro 
 Causa de AVE 
 AVE isquêmico pode ser cardio embólico 
- FA gera FA → ou seja, quanto mais tempo de FA seu pct tem, mais difícil será converter 
 
 
Etiologia (causa) 
- HAS e DAC 
- Hipóxia 
- PA aumentada (valvulopatia) 
- Pericardites, cirurgia, IAM 
- Álcool 
OBS! Em jovens pode ser causado por hipertireoidismo, Libação alcoólica (HOLIDAY HEART 
SYNDROME), uso de drogas (cocaína, metanfetamina) ou distúrbios eletrolíticos. 
o HOLIDAY HEART SYNDROME: Ocorre devido a libação alcoólica, a qual leva a 
surtos autolimitados e FA paroxística em corações normais. 
Diagnóstico 
- Ausência de atividade elétrica organizada (onda P) → ondulação irregular da linha de base 
- R – R irregular
 
o ECG: 
- Ausência de atividade elétrica atrial organizada → onda f 
- Condução AV variável (irregularidade RR) 
o Observar preferencialmente em derivação longa 
o Exceções (FA regular) → FA + BAVT ou quando RV muito alta 
- QRS estreito 
o Exceção (QRS largo) → paciente com bloqueio de ramo prévio 
- FC: 
o Taquicardia: FA de alta resposta ventricular 
o Bradicardia: FA de baixa resposta ventricular 
Classificação 
- FA episódio único 
- FA silenciosa 
- FA paroxística: reverte em até 7 dias 
- FA persistente (curta ou longa duração): por mais de 7 dias 
- FA permanente: quando não volta ao ritmo sinusal 
- FA VALVAR (diretriz americana FA janeiro 2019) 
o A FA valvar é quando o pct tem estenose mitral moderada ou importante, ou 
quando tem prótese mecânica 
OBS! os pct que tem mais de 48h de duração de FA eles têm amis chances de já terem 
formado trombo a nível de átrio → quando for revertê-los tem que anticoagular por pelo 
menos 3 semanas antes 
Quadro clínico 
- Pode ser assintomática ou sintomática 
- Até 90% dos episódios não são percebidos pelo paciente 
- 10-25% dos pacientes a FA é diagnosticada após uma complicação (AVC) 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação clínica 
 
 
- Algumas doenças estão associadas ao surgimento de FA: HAS, DM, síndrome de apneia do 
sono → tratando essas doenças eu posso prevenir o surgimento da FA 
- O sintoma apresentado pode ser tanto da arritmia em si como também da doença de base 
- A FA em pct que já tem IC pode se manifestar como uma descompensação dela 
» Exames complementares: 
- ECG 
- Laboratório: dosagem de glicose, TSH, eletrólitos, função renal 
- ECO com doppler 
- Holter: casos de FA paroxística 
Tratamento ambulatorial 
o Manejo antitrombótico 
o Controle do ritmo 
o Controle da frequência 
- Deve-se avaliar o risco de tromboembolismo: 
» FA valvar → ANTICOAGULAR → Varfarina 
» Demais FA → AVALIAR RISCO → Varfarina ou novos 
- A anticoagulação pode ser feita com varfarina ou os novos anticoagulantes 
- Os novos dão menos complicações hemorrágicas que a varfarina 
- Como avaliar o risco de evento tromboembolístico nas demais FA? 
 
 
o Quanto mais pontos ganha no CHADSVASC maior a chance de ter AVC a cada 
ano 
o Mulheres a partir de 3 pontos → anticoagular 
o Homens a partir de 2 pontos → anticoagular 
 
 
 
- Como avaliar o risco de sangramento nas demais FA? 
 
 
- Normalmente eu levo mais em consideração o risco tromboembólico. Se o risco de 
sangrar for alto eu vejo em que ponto o pct pontuou e tento consertar para coagular. 
= RESUMINO = 
 
 
Manejo antitrombótico 
- Qual anticoagulante escolher? 
» Varfarina: FA valvar 
» NOAC (novos): FA não valvar 
- Quando a varfarina é melhor? 
o Custo: varfarina é mais em conta 
o Usuários de varfarina confortáveis com a dosagem do INR e facilmente controlados. 
- TFG < 30 (Rivaroxaban e dabigatran) e TFG < 25 (apixaban) 
o Para pacientes em que os NOAC são contraindicados (HIV + Inibidor de protease ou 
usa fenitoína) 
o Protege mecânica, estenose mitral modera/importante 
Controle de ritmo x controle de FC 
- Pct muito sintomático eu tendo a controlar o ritmo 
- Controlar ritmo é pegar o pct com FA e deixar sinusal 
- Controlar FC é deixar em FA baixando a frequência 
» Por que manter o ritmo sinusal? 
o Alívio dos sintomas 
- Para melhorar a capacidade de exercício e quadro congestivo 
o FA é uma arritmia recorrente 
o Porque quanto mais tempo em FA, menor a chance de manter o ritmo 
sinusal 
- Pct com IC considera fazer o controle do ritmo 
o Pacientes sintomáticos 
o Tolerantes aos antiarrítmicos 
o Boa chance de manter o ritmo sinusal no seguimento 
- Jovens, sem DC, duração curta da FA, sem aumente do AE 
o Outras situações clinicamente relevantes (ICC) 
» Para manter o ritmo sinusal eu preciso afastar os fatores desencadeantes: 
o Cessar tabagismo / álcool 
o Obesidade/ SAOS 
o IAM 
o Doenças cardíacas cirúrgicas 
o Doenças sistêmicas 
» Como manter o ritmo sinusal? 
o Antiarrítmicos 
- Amiodarona: pct com cardiopatia estrutural, IC 
- Sotalol: pct pode ou não ter cardiopatia estrutural mas não sendo IC 
- Propafenona: quando o pct não tem doença cardíaca estrutural 
 
o Não antiarrítmicos: anti-hipertensivos, estatinas, outros 
o Tratamento não-farmacológico: mudança do estilo de vida 
o Cardioversão elétrica: pct instável ou ablação (pct com FA paroxística) 
- Ablação por cateter: terapia invasiva → isolamento do ostios das veias 
pulmonares, redução dos gatilhos, redução do tônus vagal 
 
» Por que controlar a FC? 
o Porque o controle do ritmo não mostrou superioridade ao controle da 
frequência no manejo da FA 
o Para aliviar os sintomas 
- Para melhorar a capacidade do exercício e quadro congestivo 
- Evitar desenvolvimento de taquicardiomiopatia 
» Como controlar a FC? 
o BB: 
- Reduzem a condução pelo nó AV e sistema his Purkinje 
- Úteis → tônus adrenérgico aumentado, IC, isquemia 
- Pct asmático não pode 
o BCC (não diidropiridínicos): verapamil, diltiazem 
- Reduzem a condução pelo nó AV 
- Evitar nas disfunções sistólicas do VE 
- Contraindicado em pct com IC com fração de ejeção reduzida 
o Digoxina 
- Cuidado em idosos e pct renais 
o Antiarrítmicos de classe 3: 
- 2° linha de tto 
» Qual a melhor estratégia para controle da frequência cardíaca? Tanto faz 
o Controle estrito: FC < 80 bpm repouso e < 110 bpm no exercício 
- Pct muito sintomático que eu não consigo controlar o ritmo 
o Controle leniente: FC < 110 bpm no repouso 
- Pct sem muitos sintomas, pct que faz muito efeito colateral com 
medicação 
Fibrilação atrial aguda 
- Ta estável ou instável? 
 Instável: confusão mental, hipotensão, IC, angina, sincope 
Instável → Cardioversão 
- Se estável: 
 Duração da arritmia: 
o -48h: pode tentar reverter direto 
o +48h: verifica o estado de anticoagulação, já deu tempo de formar trombo 
→ coagula 3 semanas para poder tentar reverter 
- Se fizer o ECO transesofágico e não tiver trombo pode coagular 12h 
antes 
 Chance de manutenção do ritmo sinusal: 
- Se tiver chance de se manter em ritmo sinusal, eu não reverto e só controlo a 
FC. 
 
 
 
Prognostico 
- Aumento de mortalidade 
- AVC isquêmico e hemorrágico» AVC causado por FA normalmente é mais extenso, gera mais sequela, mais 
associado a mortalidade e maior chance de recorrência. 
- Alterações cognitivas 
- Insuficiência cardíaca (22 a 42% dos pacientes) 
- Preditor de óbito se associada a insuficiência renal, câncer e DPOC 
 
 
 
 
 
 
Flutter atrial 
- Ritmo atrial muito rápido (240-300 bpm), regular e organizado (ondas F) 
- Frequência atrial pode ser mais lenta na presença de antiarrítmicos 
- Podem coexistir com a fibrilação atrial 
- Macro reentrada principalmente a nível do átrio direito 
o Sentido anti-horário da reentrada: Flutter comum ou típico (ondas F negativas na 
parede inferior) 
o Sentido horário de reentrada: Flutter reverso (ondas F positivas na parede inferior) 
 
» Etiologia 
- Mesmos fatores envolvidos com a fibrilação atrial 
- A coexistência com FA é muito frequente 
» Quadro clínico 
- Pode ser muito sintomático (palpitações, dispneia) 
- Principalmente se condução AV elevada 
» Tromboembolismo 
- Risco semelhante a FA 
- Manejo semelhante 
Tratamento do Flutter atrial 
- Farmacológico: 
o Drogas que atuam no nó AV (reduzem a taxa de condução) 
- BB 
- BCC 
o Antiarrítmicos 
- Mesmas drogas da FA 
- Cuidado → propafenona (redução da frequência do Flutter pode “facilitar” a 
condução AV) 
- Intervencionista: 
o Ablação 
o Taxa de sucesso > 90%

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