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decima-quinta-aula -Otavio Bravo

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1
Direito Internacional Público
Otávio Bravo
Tratados v. Constituição
“Posto o primado da Constituição em confronto 
com a norma “pacta sunt servanda”, é corrente 
que se preserve a autoridade da lei fundamental 
do Estado, ainda que isso signifique a prática de 
um ilícito pelo qual, no plano externo, deve ele 
(o Estado) responder”.
(Francisco Rezek)
Tratados v. Constituição
“Ora, não existe Estado isolado ou flutuando no espaço. Os Estados 
encontram-se compreendidos dentro de uma sociedade, que é
internacional por natureza. E, se para existir o Estado, deve existir uma 
Constituição, estruturando sua forma e organização e protegendo os 
direitos fundamentais dos seus cidadãos, é mais do que lógico que esta 
Constituição também dependa daquela sociedade maior em que está
inserido o Estado (...). À luz do rigor científico, no mundo jurídico só o 
direito internacional tem primazia (...). Portanto, a soberania do Poder 
Constituinte originário, que cria nova Constituição e, consequentemente, 
um novo Estado, só pode ser relativa, significando que tal Poder não se 
encontra subordinado a qualquer outro ‘internamente’, mas se encontra 
subordinado aos princípios do direito internacional público, de onde 
decorre a própria noção de soberania do Estado”.
(Valério de O. Mazzuoli)
2
Tratados v. Lei
“Tratado não é lei; é ato internacional, que 
obriga o povo considerado em bloco; que 
obriga o governo na ordem externa e não o 
povo na ordem interna”. 
(STF, Rec. Extraordinário nº 80.004/SE, Pleno, 
rel. Min. Cunha Peixoto, j. 1º.jun.77)
Tratados v. Lei
“Tratados e convenções internacionais –
tendo-se presente o sistema jurídico existente 
no Brasil (...) – guardam estrita relação de 
paridade normativa com as leis ordinárias 
editadas pelo Estado brasileiro”. 
(STF, Extradição nº 662-2, Pleno, rel. Min. 
Celso de Mello, j. 1º.jun.77)
3
Tratados v. Lei
“A doutrina da Excelsa Corte, nesse ponto, peca pela 
imprecisão. Admitir que um compromisso internacional 
perca vigência em virtude da edição de lei posterior que com 
ele conflite (treaty override) é permitir que um tratado possa, 
unilateralmente, ser revogado por um dos seus Estados-
partes, o que não é jurídico e tampouco compreensível. 
Seria fácil burlar todo o pactuado internacionalmente se por 
disposições legislativas internas fosse possível modificar tais 
normas. Se um Estado se obriga livremente a cumprir um 
acordo internacional, como explicar possa ele editar leis 
contrárias a todo o pactuado? Qual o valor de um tratado se 
por meio de lei interna se pudesse deixar de aplicá-lo?”. 
(Valério Mazzuoli)
Conclusões
• Tratados e convenções estão subordinados 
à Constituição.
• Em relação à relação entre tratados e lei 
ordinária, prevalece o princípio de que a lei 
posterior derroga a anterior (lex posterior 
derrogat priori ).
Exceções
Artigo 98 do Código Tributário Nacional:
“Os tratados e as convenções internacionais 
revogam ou modificam a legislação tributária 
interna, e serão observados pela que lhes 
sobrevenha”. 
PRIMEIRA EXCEÇÃO: MATÉRIA TRIBUTÁRIA
4
Exceções
Artigo 146, inciso III da CF:
“Cabe à lei complementar:
(...)
III - estabelecer normas gerais em matéria de 
legislação tributária (...)”.
Constituição
FUNDAMENTO DE 
VALIDADE
Art. 98 CTN
FUNDAMENTO DE 
VALIDADE
Tratado superior à lei
CONCLUSÃO: LEI QUE SEJA 
CONTRÁRIA A TRATADO EM MATÉRIA 
TRIBUTÁRIA É INCONSTITUCIONAL
Exceções
“O art. 98 do CTN, ao preceituar que tratado 
ou convenção não são revogados por lei 
tributária interna, refere-se aos acordos 
firmados pelo Brasil a propósito de assuntos 
específicos e só é aplicável aos tratados de 
natureza contratual”. 
(STJ, Recurso Especial nº 196.560/RJ, rel. 
Min. Domócrito Reinaldo, j. 18.mar.99)
5
Exceções
Artigo 5º, § 2º da Constituição Federal:
“Os direitos e garantias expressos nesta 
Constituição não excluem outros decorrentes 
do regime e dos princípios por ela adotados, 
ou dos tratados internacionais em que a 
República Federativa do Brasil seja parte”. 
SEGUNDA EXCEÇÃO: TRATADOS 
DE DIREITOS HUMANOS
Constituição Federal Convenção Americana 
de Direitos Humanos
Artigo 5º, inciso LXVII:
“Não haverá prisão civil 
por dívida, salvo a do 
responsável pelo 
inadimplemento 
voluntário e inescusável 
de obrigação alimentícia 
e a do depositário infiel”.
Artigo 7º (7):
“Ninguém deve ser 
detido por dívidas. Este 
princípio não limita os 
mandatos de autoridade 
judiciária competente 
expedidos em virtude de 
inadimplemente de 
obrigação alimentar. ”. 
Artigo 5º, § 3º da Constituição Federal (EC 
45/04):
“Os tratados e convenções internacionais 
sobre direitos humanos que forem aprovados, 
em cada Casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais”.
6
“O Min. Celso de Mello (...) destacou a existência de três 
distintas situações relativas a esses tratados: 1) os tratados 
celebrados pelo Brasil (ou aos quais ele aderiu), e 
regularmente incorporados à ordem interna, em momento 
anterior ao da promulgação da CF/88, revestir-se-iam de 
índole constitucional (...); 2) os que vierem a ser celebrados 
por nosso País (ou aos quais ele venha a aderir) em data 
posterior à da promulgação da EC 45/2004, para terem 
natureza constitucional, deverão observar o iter procedimental 
do § 3º do art. 5º da CF; 3) aqueles celebrados pelo Brasil (ou 
aos quais nosso País aderiu) entre a promulgação da CF/88 e 
a superveniência da EC 45/2004, assumiriam caráter 
materialmente constitucional, porque essa hierarquia jurídica 
teria sido transmitida por efeito de sua inclusão no bloco de 
constitucionalidade” (Informativo do STF nº 498, 10-14 de 
março de 2008; Rec. Extr. nº 466343/SP, rel. Min. Cezar 
Peluso)

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