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No filme brasileiro “Até que a sorte nos separe”, é retratado a história de uma família que, após ganhar na loteria, acaba em falência devido ao descontrole monetário, marcado por consumos excessivos e desnecessários. Fora da ficção, tal problemática reflete a realidade de grande parte da população brasileira que sofre com a falta de educação financeira do seu período escolar. Partindo desse pressuposto, é crucial analisar as causas, consequências e desenvolver estratégias concretas para a implementação da educação financeira na vida do cidadão brasileiro. Diante desse cenário, vale ressaltar o despreparo econômico do brasileiro, caso algo atípico aconteça. De acordo com o Banco Central do Brasil, mais da metade da população brasileira gastou todo seu dinheiro nos últimos 12 meses. Coincidentemente, nesse período o Brasil e o mundo estão em um momento pandêmico, no qual muitos trabalhadores foram dispensados das suas respectivas atividades, assim ficando desempregados. Nesse contexto, a população brasileira se encontra endividada, pois em decorrência da má gestão financeira, muitos não tinham uma quantia suficiente para se manter por alguns meses sem a sua renda principal. Ademais, é notório que o aumento dos profissionais autônomos no Brasil, aumenta a necessidade da educação financeira na cultura do país. De acordo com o portal Mirian Gasparin, em meio à pandemia, o trabalho autônomo cresceu 32% na sociedade. Para adentrar nesse ramo, é necessário ter um conhecimento prévio sobre o sistema monetário nacional, pois o autônomo não possui alguns serviços como o FGTS ( Fundo de Garantia de Tempo de Serviço), como o trabalhador formal, assim tendo que fazer sua contribuição ao governo de forma independente, necessitando um conhecimento amplo sobre a temática. Portanto, faz-se necessário uma mobilização do Governo Federal para ocorrer a implementação da educação financeira na sociedade brasileira. Para isso, o Ministério da Educação, além de incluir como uma disciplina na grade curricular, deve propor a realização de palestras e gincanas com conteúdos voltados à educação financeira, nas escolas públicas. Em paralelo, cabe às famílias definir um limite de gastos mensal ao filho para que a administração do dinheiro seja estimulada no jovem. Dessa forma, com a educação financeira vigente na sociedade brasileira, casos como o da família cinematográfica seriam minimizados.