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TRABALHO - FORMAÇÃO EM ECONOMIA BRASILEIRA

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TRABALHO
 [AFEB – APERFEIÇOAMENTO DA FORMAÇÃO EM ECONOMIA BRASILEIRA]
1. No final da década de 1980, a economia brasileira ingressou em fase de abertura ao exterior. De início, o processo foi tímido, quase velado, mas nos anos 1990 a abertura tornou-se parte da estratégia de desenvolvimento oficial. Discuta os impactos da abertura sobre o setor produtivo da economia brasileira.
R: A abertura comercial nos 90 e a maneira como a qual foi implementada acarretou em uma readequação das empresas nacionais, ajudou no processo de estabilização da economia e permitiu aos consumidores brasileiros a terem acesso a diversos produtos previamente inacessíveis. Porém, pode-se considerar que esta abertura foi demasiadamente rápida, com uma diminuição muito forte das tarifas inicialmente, o que não deu tempo para os setores internos se preparares, piorando as problemáticas sociais envolvidas no processo.
1. Os planos de estabilização econômica das décadas de 1980 e 1990 compreenderam medidas ortodoxas e heterodoxas. Discuta os planos Cruzado, Collor e Real, explique a estratégia e avalie os resultados de cada um.
R: 	No plano Cruzado havia-se o consenso de que a inflação existente era inercial, e para combatê-la foi aplicado um congelamento de preços. No início foi muito bem-sucedida, abaixando a 0% a inflação no primeiro mês, levando ao aumento da demanda, que posteriormente foi parcialmente contida pelo plano do “cruzadinho”.
	Já no plano Collor, que se encontrava em um momento de fragilidade financeira do Estado, realizou medidas controversas como a retenção de algumas poupanças, a privatização de estatais, demissão de funcionários públicos, entre outros. Por mais que tenha sido uma tentativa extrema de conter a inflação, ele não foi bem-sucedido, pois causou uma recessão profunda e levou à falência pequenos empresários e investidores, causou o aumento do desemprego e o sucateamento da indústria nacional.
	O plano Real foi uma medida que trouxe uma resolução aos problemas não resolvidos nos planos anteriores, que estavam se acumulando. Com o Programa de Ação Imediata (PAI), houve a diminuição dos gastos do governo e um plano de privatizações que viria a equilibrar as contas públicas do país. Junto com o equilíbrio fiscal obtido com o PAI, a desindexação da economia, as privatizações e a abertura econômica, pôde-se recuperar a economia do país ao dar poder de compra a população, abrindo caminho para uma política monetária expansionista.
2. Discuta os efeitos do processo de abertura comercial dos anos 1990 sobre a estrutura industrial brasileira. Inclua em sua análise uma avaliação dos efeitos da abertura comercial sobre a participação da indústria nacional na composição da oferta interna de bens.
R: Alguns dos efeitos vistos pela abertura comercial nos 90 foi uma readequação das empresas nacionais, que estavam recebendo equipamentos para iniciarem a suprir a demanda interna por bens. Pr outro lado, esta abertura foi feita de maneira rápida, o que não proporcionou tempo suficiente para os setores internos se prepararem para as problemáticas sociais implícitas nesse processo.
3. A década de 1990, tanto quanto a anterior, foi uma década perdida para a economia brasileira. Você concorda ou discorda? Por quê?
R: As décadas de 80 e 90 no Brasil foram muito conturbadas devido às consequências da crise do modelo militar e principalmente a inflação crescente que não conseguia ser controlada pelo governo. Foi marcada por diversos planos fracassados de recuperação econômica, que por vezes só pioraram o quadro econômico brasileiro, porém não creio que seja uma década perdida, pois somente com as experiências obtidas nesse período que pôde-se futuramente elaborar planos que fossem bem-sucedidos, pois já havia conhecimento do que não funcionava, como por exemplo o congelamento de preços.
4. Em termos socioeconômicos a década de 1990, tanto quanto a anterior, foi uma década perdida para a economia brasileira. Você concorda ou discorda com tal comentário? Por quê?
R: Em termos socioeconômicos, podemos considerar as décadas de 80 e 90 no Brasil como muito conturbadas devido às consequências da crise do modelo militar e principalmente a inflação crescente que não conseguia ser controlada pelo governo. Foram marcadas por tentativas falhas de recuperação econômica, porém não pode ser considerada uma década completamente perdida, pois criaram precedentes para o que não funcionava, como por exemplo o congelamento de preços, que agora ao olhar a história, podemos olhar para não repetirmos o erro.
5. Entre 1994 e 2002 ocorreram diversas crises bancárias e cambiais em "economias emergentes": México em 1994-95, Leste Asiático em 1997-98, Rússia em 1998, Brasil em 1998-99, e Argentina em 2001-02. Quais as características nos seus Balanços de Pagamento (BP) dessas economias que as tornaram tão vulneráveis aos “ataques especulativos”?
R: Ao observar os problemas relacionados aos Balanços de Pagamentos e suas ligações com as crises mexicana e asiática, podemos concluir que alguns dos fatores que tornaram estas economias tão vulneráveis a ataques especulativos são o grande deficit comercial, o baixo número de reservas internacionais e o baixo número de investimentos externos.
6. Ironias, humor e analogias sempre estiveram presentes nas diferentes fontes históricas sobre o Governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), como está: Ruth (esposa de FHC) fala a FHC: Tô fazendo seu imposto de renda, você fez alguma doação? FHC: Ora, Ruth! Eu doei a Vale!! (Fonte: Imprensa, n. 20, setembro de 1997, p. 86).
R: A frase acima representa o período de tentativa de recuperação financeira do governo FHC, em que uma das estratégias oficiais do governo era a de privatizações de empresas estatais, a Vale como uma destas. A crítica em forma de piada representa a insatisfação da imprensa com o preço de venda da empresa, implicando que foi vendida a um preço tão barato que foi praticamente “doada”.
7. Existiu muita ao processo de privatização feito pelos Governos dos anos 1990, Collor, Itamar e FHC, sobretudo este, que fizeram parte do Plano Nacional de Desestatização (PND), iniciado no início dos anos 1990 com COLLOR. Sobre o processo de privatização da economia brasileira ao longo dos anos 1990, comente:
a) A privatização em geral era tida como necessária diante das contribuições que poderia trazer a economia brasileira: i) contribuir para o redesenho do parque industrial; ii) consolidar a estabilidade econômica; e iii) reduzir a dívida pública:
	R: O processo de privatização no Brasil diminuiu a necessidade de investimentos a longo prazos necessários pelo governo, o que a curto prazo não teve efeito na redução da dívida pública, porém parte dos seus recursos puderam auxiliar no financiamento do deficit público.
b) o valor sob os quais foram vendidas às empresas públicas foi alvo de grandes críticas, até que ponto os valores baixos de venda se justificavam diante das ineficiências das empresas públicas negociadas à época:
R: Os baixos valores de venda das empresas podem ser justificados pelo baixo nível de eficiência das empresas, crescente deterioração física dos ativos, causada por manutenção inadequada decorrente de indisponibilidade de recursos, entre outros fatores.
1. Em termos socioeconômicos a década de 1990, tanto quanto a anterior, foi uma década perdida para a economia brasileira. Você concorda ou discorda com tal comentário? Por quê?
R: As décadas de 80 e 90 no Brasil foram muito conturbadas devido às consequências da crise do modelo militar e principalmente a inflação crescente que não conseguia ser controlada pelo governo. Foi marcada por diversos planos fracassados de recuperação econômica, que por vezes só pioraram o quadro econômico brasileiro, porém não creio que seja uma década perdida, pois somente com as experiências obtidas nesse período que pôde-se futuramente elaborar planos que fossem bem-sucedidos, pois já havia conhecimento do que não funcionava, como por exemplo o congelamento de preços.
1. Entre 1994 e 2002 ocorreram diversascrises bancárias e cambiais em "economias emergentes": México em 1994-1995, Leste Asiático em 1997-1998, Rússia em 1998, Brasil em 1999, e Argentina em 2001-2002. Quais as características nos seus Balanços de Pagamento (BP) dessas economias que as tornaram tão vulneráveis aos “ataques especulativos”?
R: Ao observar os problemas relacionados aos Balanços de Pagamentos e suas ligações com as crises mexicana e asiática, podemos concluir que alguns dos fatores que tornaram estas economias tão vulneráveis a ataques especulativos são o grande deficit comercial, o baixo número de reservas internacionais e o baixo número de investimentos externos.
2. Apesar do Brasil possuir em 2008 um grande volume de reservas cambiais (em torno de US$ 205 bilhões) e possuir o grau de investimento (BBB-, depois vêm: BBB, BBB+, A-, A, A+, AA-, AA, AA+ e AAA) crises como a do Subprime que ocorreu no mercado financeiro americano em 2008 traz efeitos (e consequências) para o resto do mundo. Descreva dois efeitos, identificando as suas repercussões (consequências) sobre a economia brasileira no período:
R:Um dos efeitos foi o comercial, através da queda de preços das commodities e pela diminuição na demanda e na quantidade exportada, outro efeito foi o efeito financeiro, pela retração do fluxo de capitais e pela saída de recursos do país.
3. Em relação as críticas de “desindustrialização precoce” e a, consequente, “reprimarização da economia” brasileira ao longo dos governos petistas (2003-2016), cabe destaca que “A desindustrialização é considerada precoce pela Unctad quando uma economia não chega a atingir toda sua potencialidade produtiva manufatureira e, em vez de evoluir em direção à indústria de serviços com alto valor agregado - setor terciário, regride para a agricultura ou cai na informalidade”. Comente os indicadores que normalmente são usados pelos para justificar as afirmações de “desindustrialização precoce” e “reprimarização da economia” brasileira:
a) Evolução da participação (%) da indústria no total do PIB brasileiro no período 2003-2016;
b) Evolução da participação (%) das exportações por fator agregado das exportações brasileiras no período 2003-2016:
R: Os dois indicadores representam uma maior exportação de commodities e uma menor exportação de produtos industrializados, mostrando uma perda de competitividade no mercado internacional, uma vez que demonstra que o país produz equipamentos não atrativos aos empresários de outros países.
4. Segundo um estudo do IPEA, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA): a queda na desigualdade brasileira, iniciada em 2001, possui como principal causa, não a ação direta de programas sociais, como o Bolsa Família, mas o acesso ao mercado de trabalho que explica mais da metade da queda no índice de Gini – que é o índice que atesta a desigualdade de um país. Programas sociais foram responsáveis por menos de 1/5 na queda. Comente a importância do Emprego como redutor da desigualdade social e destaque os efeitos que o alto desemprego tem tido a partir de 2014 sobre a desigualdade social no Brasil:
R: O Emprego tem como papel o de gerar renda para uma família, que poderá trazer a possibilidade de estudos, estudos estes que comprovadamente aumentam o valor ganho por salário, gerando assim uma diminuição na desigualdade social
Bibliografia Básica:
ABREU, M. P. (org.). A Ordem do progresso: dois séculos de política econômica no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
BAER, W. A. Economia Brasileira. 3ª Ed., São Paulo: Nobel, 2011.
GIAMBIAGI, Fabio; CASTRO, Lavínia Barros de. Economia Brasileira Contemporânea: 1945-2015. 3ª Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
GREMAUD, Amaury P.; VASCONCELLOS, M. A. Sandoval; TONETO Jr, Rudinei. Economia Brasileira Contemporânea. 8ª Ed., São Paulo: Atlas, 2017.
REGO, José Marcio; et al. Economia Brasileira. 5ª Ed., São Paulo: Saraiva, 2013.
SCHMIDT, C. (ORG.). Anpec Economia Brasileira: Questões Comentadas Provas de 2006-2015. 5ª Ed. Rio De Janeiro: Elsevier, 2015.
SOUZA, Nilson Araújo. Economia Brasileira Contemporânea. 2ª Ed., São Paulo. Editora Atlas. 2008.
LEITE, A. D. Economia Brasileira de Onde Viemos e Onde Estamos. Rio De Janeiro: Campus, 2011.
LANZANA, A. E.; LOPES, L. M. Economia Brasileira: Fundamentos e Atualidade. 5ª Ed., São Paulo: Atlas, 2017.
PIRES, M. C. Economia Brasileira: Da Colônia ao Governo Lula. São Paulo: Saraiva, 2010.

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