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4. Contraste entre Grupos de Médias: Definição; Estimativa do contraste; Variância do contraste; Ortogonalidade. Teste t de Student e Teste de Scheffé. Giovana Fumes Ghantous Universidade de São Paulo - USP Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Curso de Engenharia de Alimentos ZAB 0363 - Estatística Experimental 04 e 05 de Maio de 2021 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Introdução Conforme visto anteriormente, em geral, as hipóteses do teste F envolvem as médias para testar mais de dois tratamentos, e nos permite tirar conclusões muito gerais com relação ao comportamento dos tratamentos, indicando que entre eles existem efeitos diferentes sobre a variável observada, mas nada informa sobre quais os melhores (ou piores) tratamentos. Para verificar quais os melhores (ou piores) tratamentos, uma das maneiras é a utilização dos procedimentos para comparações múltiplas ou teste de comparações de médias dos tratamentos. Para estabelecer as médias ou o grupo de médias sobre o qual deseja-se fazer a inferência, utiliza-se o que denomina-se por contrastes. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Contrastes de médias - L Contrastes de médias são relações lineares entre as médias verdadeiras de tratamentos (µi), de forma que a soma algébrica dos coeficientes das médias seja nula. Então, uma relação linear das médias de I tratamentos, do tipo: L = c1µ1 + c2µ2 + . . .+ cIµI , só será um contraste se, e só se: c1 + c2 + . . .+ cI = 0 ou I∑ i=1 ci = 0. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Contrastes de médias - L Assim, se num experimento temos três tratamentos, cujas médias verdadeiras são: µ1, µ2, e µ3, podemos dizer que as relações: L1 = µ1 − µ2 L2 = µ1 − µ3 L3 = µ1 + µ2 − 2µ3 são contrastes, pois as somas algébricas dos coeficientes são nulas, mas a relação: L4 = µ1 + µ2 − µ3 não é um contraste, pois nessa relação, a soma algébrica dos coeficientes não é nula. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Estimativa do contraste - L̂ Os contrastes são funções lineares de médias verdadeiras de tratamentos (µi). Mas num experimento, não são conhecidas as médias verdadeiras dos tratamentos, de forma que o verdadeiro valor do contraste (L) não pode ser calculado. No entanto, como conhecemos as estimativas dos tratamentos (µ̂i), podemos obter as estimativas dos contrastes (L̂). Se, num experimento, as estimativas das médias dos tratamentos forem: µ̂1 = 300, µ̂2 = 250 e µ̂3 = 320, podemos obter as estimativas dos contrastes: L1 = µ1 − µ2 L2 = µ1 − µ3 L3 = µ1 + µ2 − 2µ3 substituindo as médias verdadeiras pelas suas estimativas, L̂1 = µ̂1 − µ̂2 = 300 − 250 = 50 L̂2 = µ̂1 − µ̂3 = 300 − 320 = −20 L̂3 = µ̂1 + µ̂2 − 2µ̂3 = 300 + 250 − 2(320) = −90. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Estimativa da variância do contraste - V̂(L̂) Sendo a estimativa de um contraste uma relação entre as médias estimadas dos tratamentos (µ̂i), ela possui uma variância. Então, num experimento, para um contraste de forma genérica: L = c1µ1 + c2µ2 + . . .+ cIµI , cuja estimativa é dada por L̂ = c1µ̂1 + c2µ̂2 + . . .+ cIµ̂I , considerando que as médias dos tratamentos foram calculadas com r repeti- ções, tem-se: V̂(L̂) = (c21 + c 2 2 + . . .+ c 2 I ) s2 r , em que s2 = QMResíduo. O erro padrão do contraste é a raiz quadrada positiva da estimativa da vari- ância da estimativa do contraste, ou seja, s(L̂) = √ V̂(L̂). Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exemplos Exemplo 1. Num experimento de consórcio na cultura de abacaxi, com 5 repetições, as médias de produção de frutos de abacaxi (em ton/ha), foram as seguintes: Tratamentos Média (em ton/ha) Abacaxi (0,90 x 0,30 m) monocultivo 53,5 Abacaxi (0,80 x 0,30 m) monocultivo 56,5 Abacaxi (0,80 x 0,30 m) + amendoim 62,0 Abacaxi (0,80 x 0,30 m) + feijão 60,4 Quais contrastes seriam interessantes para este experimento? Pense na prá- tica. Uma possibilidade, seria estabelecer os seguintes contrastes: L1 = µ1 + µ2 − µ3 − µ4, L2 = µ1 − µ2 e L3 = µ3 − µ4. As estimativas de cada contrastes seriam dadas por: L̂1 = µ̂1 + µ̂2 − µ̂3 − µ̂4 = 53,5 + 56,5 − 62,0 − 60,4 = −12,4 ton/ha, L̂2 = µ̂1 − µ̂2 = 53,5 − 56,5 = −3,0 ton/ha e L̂3 = µ̂3 − µ̂4 = 62,0 − 60,4 = 1,6 ton/ha. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exemplos Exemplo 1 - continuação Algumas interpretações práticas: • L̂1 apresentou uma estimativa negativa: o segundo grupo de médias possui es- timativas maiores que o primeiro, ou seja, o grupo de médias dos tratamentos 1 e 2 é diferente do grupo de médias dos tratamentos 3 e 4, nota-se que nos dois primeiros tratamentos cultiva-se somente o abacaxi. Daí, tem-se que os grupos que cultivam outros cultivares além do abacaxi, possuem uma produção de frutos de abacaxi em média maior do que os grupos que produzem apenas abacaxi. • L̂2 apresentou estimativa negativa: o segundo grupo em média possui uma esti- mativa maior do que o primeiro grupo, isso significa que o cultivo de abacaxi com menor espaçamento teve uma produção média maior que de abacaxi com maior espaçamento. • L̂3 apresentou estimativa positiva: o primeiro grupo em média possui estimativa maior que o segundo, assim, o cultivar de abacaxi com amendoim apresentou uma produção média maior que o cultivar de abacaxi com feijão. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exemplos Exemplo 2. Dados µ̂1 = 14,85, µ̂2 = 14,68, µ̂3 = 14,35, µ̂4 = 13,74, µ̂5 = 13,20, QMRes = s2 = 0,8312, r = 6 repetições e os seguintes contrastes: L1 = 2µ1 + 2µ2 + 2µ3 − 3µ4 − 3µ5 e L2 = 2µ1−µ2−µ3. Encontre as estimativas das variâncias dos estimadores dos contrastes. V̂(L̂1) = (c21 + c 2 2 + c 2 3 + c 2 4 + c 2 5 ) s2 r = = (22 + 22 + 22 + (−3)2 + (−3)2) 0,8312 6 = 4,156. V̂(L̂2) = (c21 + c 2 2 + c 2 3 ) s2 r = = (22 + (−1)2 + (−1)2) 0,8312 6 = 0,8312. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Contrastes ortogonais Dois contrastes são ortogonais quando a soma algébrica dos produtos dos coeficientes das médias correspondentes é nula (para médias calculadas com mesmo número de repetições). Considerando os contrastes L1 = µ1 − µ2 e L3 = µ1 + µ2 − 2µ3, podemos reescrevê-los da seguinte forma: L1 = µ1 − µ2 + 0µ3 L3 = µ1 + µ2 − 2µ3 Neste caso, os coeficientes das médias são: µ1 µ2 µ3 L1 1 -1 0 L3 1 1 -2 Soma dos produtos= (1) + (-1) + (0) = 0 Portanto, L1 e L3 são ortogonais. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Contrastes ortogonais Considerando os contrastes L1 = µ1 − µ2 e L2 = µ1 − µ3, pode-se reescrevê- los da seguinte forma: L1 = µ1 − µ2 + 0µ3 L2 = µ1 + 0µ2 − µ3 Neste caso, os coeficientes das médias são: µ1 µ2 µ3 L1 1 -1 0 L2 1 0 -1 Soma dos produtos= (1) + (0) + (0) = 1 Portanto, L1 e L2 não são ortogonais. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Contrastes ortogonais Generalizando, pode-se dizer que: L1 = c1µ1 + c2µ2 + . . .+ cIµI ( I∑ i=1 ci = 0 ) e L2 = b1µ1 + b2µ2 + . . .+ bIµI ( I∑ i=1 bi = 0 ) serão contrastes ortogonais, se c1b1 + c2b2 + . . .+ cIbI = 0 ( I∑ i=1 cibi = 0 ) . Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Contrastes ortogonais Quando dois contrastes são ortogonais, eles são independentes. O teste de um grupo de contrastes ortogonais pode ser feito utilizando o teste t, ou equivalentemente o teste F, na própria análise de variância. Assim, na análise de variância o que se tem é o teste de um grupo de contras- tes ortogonais, correspondente a cada contraste um único grau de liberdade, de tal modo que se tenha tantos contrastes ortogonais quanto for o número de graus de liberdade de tratamentos. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exemplo: Contrastes ortogonais Exemplo 3. Considere um experimento instalado com o objetivo de verificar a eficiência de 4 inseticidas, doisdeles clorados e dois fosforados, assim define-se: µ1 e µ2 são as médias dos tratamentos referentes aos inseticidas clorados e µ3 e µ4 são as médias dos tratamentos referentes aos inseticidas fosforados. Desse modo, considerando-se 4 tratamentos tem-se 3 graus de liberdade as- sociados a sua respectiva causa de variação, sendo que cada grupo de con- trastes ortogonais será composto por 3 contrastes. Um primeiro grupo pode ser composto pelos seguintes contrastes: L1 = (µ1 + µ2) − (µ3 + µ4) L2 = µ1 − µ2 L3 = µ3 − µ4 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exemplo: Contrastes ortogonais L1 = (µ1 + µ2) − (µ3 + µ4) L2 = µ1 − µ2 L3 = µ3 − µ4 E, nesse caso, as hipóteses de interesse são: 1. H01: L1 = 0 versus Ha1 : L1 , 0, ou seja, deseja-se verificar se os inseticidas clorados produzem as mesmas respostas que os inseticidas fosforados. 2. H02: L2 = 0 versus Ha2 : L2 , 0, ou seja, deseja-se verificar se os inseticidas clorados produzem as mesmas respostas ou não. 3. H03: L3 = 0 versus Ha3 : L3 , 0, ou seja, deseja-se verificar se os inseticidas fosforados produzem as mesmas respostas ou não. Tais hipóteses podem ser testadas fazendo o uso do teste t ou desdobrando-se o nú- mero de graus de liberdade de tratamentos na análise de variância, o que será visto a seguir. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Teste t O teste t de Student serve para testar médias de dois tratamentos ou médias de dois grupos de tratamentos (caso em que o contraste tem mais de duas médias envolvidas). Para sua aplicação correta, devemos considerar os seguintes requisitos bási- cos: • Os contrastes a serem testados devem ser estabelecidos antes de ob- tidos os dados experimentais (ou seja, não devem ser sugeridos pelos dados); • Os contrastes devem ser ortogonais entre si. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Teste t Num experimento com I tratamentos, todos com r repetições, vamos considerar o se- guinte contraste L = c1µ1 + c2µ2 + · · ·+ cIµI . 1. Calcular a estimativa do contraste - L̂ , L̂ = c1µ̂1 + c2µ̂2 + · · ·+ cIµ̂I . 2. Calcular a estimativa de variância da estimativa do contraste - V̂(L̂), V̂(L̂) = (c21 + c 2 2 + · · ·+ c 2 I ) s2 r . 3. Calcular o erro padrão do contraste s(L̂) = √ V̂(L̂). 4. Calcular o valor do teste t, dado por tcal = L̂k s(L̂) . 5. Procurar o valor numa tabela da distribuição t (ttab ), os valores tabelados serão dados em função do número de graus de liberdade do resíduo, em geral com α dado por 0,05 ou 0,01. 6. Verificar regra de decisão do teste, considerando um nível α de significância: • Se |tcal | ≥ ttab = t(glRes ,α), rejeita-se H0 e conclui-se que o contraste é estatistica- mente diferente de zero, e conclui-se que as médias dos tratamentos (ou grupos) testados nos contrastes diferem entre si; • se |tcal | < ttab = t(glRes ,α), não rejeita-se H0 e conclui-se que o contraste não é estatisticamente diferente de zero, e conclui-se que as médias dos tratamentos (ou grupos) testados nos contrastes não diferem. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exemplo - Teste t Exemplo 4. Dados µ̂1 = 14,85, µ̂2 = 14,68, µ̂3 = 14,35, µ̂4 = 13,74, µ̂5 = 13,20, QMRes = s2 = 0,8312, glRes = 25, r = 6 repetições e o contraste L1 = 2µ1 + 2µ2 + 2µ3 − 3µ4 − 3µ5. Teste as hipóteses: H0: L1 = 0 versus Ha : L1 , 0, considere α = 0,05. L̂1 = 2µ̂1 + 2µ̂2 + 2µ̂3 − 3µ̂4 − 3µ̂5 = = 2 × 14,85 + 2 × 14,68 + 2 × 14,35 − 3 × 13,74 − 3 × 13,20 = 6,94. V̂(L̂1) = (c21 + c 2 2 + c 2 3 + c 2 4 + c 2 5 ) s2 r = = (22 + 22 + 22 + (−3)2 + (−3)2) 0,8312 6 = 4,156. Assim, tcal = L̂1√ V̂(L̂1) = 6,94√ 4,156 = 3,404. Da tabela da distribuição t, temos que ttab = t25,5% = 2,06 (bilateral). Portanto, como |tcal | ≥ ttab , rejeita-se a hipótese nula e concluí-se, ao nível de 5%, de que há evidências de que as médias dos grupos testados nos contrastes diferem entre si. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos Este procedimento é equivalente ao teste t, pois a cada contraste ortogonal está associado um único grau de liberdade. Como ilustração, considere o Exemplo 3 com os inseticidas, o desdobra- mento será análogo para os casos com número maior (ou menor) de trata- mentos. Relembrando: Seja um experimento instalado com o objetivo de verificar a eficiência de 4 inseticidas, dois deles clorados e dois fosforados, ou seja, µ1 e µ2 são as médias dos tratamentos referentes aos inseticidas clorados e µ3 e µ4 são as médias dos tratamentos referentes aos inseticidas fosforados. Considerando válidas as pressuposições do modelo de análise de variância, tem-se o seguinte esquema da análise de variância, considerando um expe- rimento inteiramente casualizado: Causas de variação G.L. Tratamentos 4-1=3 Resíduo N-4 Total N-1 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos Causas de variação G.L. Tratamentos 4-1=3 Resíduo N-4 Total N-1 Considerando os contrastes ortogonais: L1 = (µ1 + µ2) − (µ3 + µ4) L2 = µ1 − µ2 L3 = µ3 − µ4; tem-se o seguinte esquema de ANOVA: Causas de variação G.L. (1+2) vs (3+4) 1 (1) vs (2) 1 (3) vs (4) 1 Resíduo N-4 Total N-1 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos Os quadrados médios referentes a cada contraste serão obtidos dividindo-se as respectivas SQ por 1, ou seja QMLi = SQLi , e: 1. Referente a hipótese H01 tem-se uma estatística Fcal1 = QML1 QMRes . Assim, rejeita-se H0 se Fcal1 > F(1,glRes , α); 2. Referente a hipótese H02 tem-se uma estatística Fcal2 = QML2 QMRes . Assim, rejeita-se H0 se Fcal2 > F(1,glRes , α); 3. Referente a hipótese H03 tem-se uma estatística Fcal3 = QML3 QMRes . Assim, rejeita-se H0 se Fcal3 > F(1,glRes , α). Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5: Suponha que um experimento inteiramente casualizado foi utilizado para comparar o efeito de 5 tratamentos em relação ao crescimento de mudas de Pinus, após 60 dias de semeadura. Tratamento 1: Solo de Cerrado (SC), 2: Solo de cer- rado+esterco (SC+E), 3: Solo de cerrado+esterco+NPK (SC+E+NPK), 4: Solo de cer- rado+vermiculita (SC+V), 5: Solo de cerrado+vermiculita+NPK (SC+V+NPK) (Dados do Exercício 2, Lista 1). Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais 1- SC 4,6 5,1 5,8 5,5 T1 = 21,0 2- SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 4- SC+V 5,6 4,9 5,9 5,7 T4 = 22,1 5- SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 G = 122,4 H0 : µ1 = µ2 = µ3 = µ4 = µ5 H1 : µi , µj , com i , j para quaisquer i, j, ou seja, pelo menos um contraste entre as médias difere. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): CV GL SQ QM F Tratamentos 4 7,60 1,90 7,28 Resíduos 15 3,91 0,26 Total 19 11,51 Ftab = F5%(4,15) = 3,06. Como Fcalc > Ftab , rejeita-se H0 e conclui-se que os tratamentos apresentam efeitos diferentes sobre as alturas das mudas de Pinus, aos 60 dias após a semeadura. Esta conclusão é muito geral, nada tem de informação com relação à compa- ração entre os tratamentos. Para obtenção dessas informações importantes, pode-se proceder à decomposição dos graus de liberdade de tratamentos. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): Para a escolha dos componentes do desdobramento, deve-se considerar no máximo quatro comparações que seja do interesse do pesquisador, por exem- plo, poderia ser: • Solo de cerrado (SC) versus demais - 1 grau de liberdade (1 gl); • SC+Com esterco versus SC+Com vermiculita - 1 gl; • SC+Esterco sem NPK versus SC+Esterco+NPK- 1 gl; • SC+Vermiculita sem NPK versus SC+Vermiculita+NPK - 1 gl. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos T1−SC T2−SC+E T3−SC+E+NPK T4−SC+V T5−SC+V+NPK Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): Para o estabelecimento de cada contraste, procede-se da seguinte forma: • Escreve-se os totais de tratamentos (Ti) envolvidos na comparação pro- posta; • Atribuí-se o sinal positivo aos totais de um grupo e o sinal negativo aos totais do outro grupo; • Verifica-se o número de tratamentos envolvidos no 1º grupo (n1) e o nú- mero de tratamentos envolvidos no 2º grupo (n2). Calcula-se o mínimo múltiplo comum (m.m.c) entre n1 e n2; • Divide-se o m.m.c por n1. O resultado será o coeficiente de cada total do 1º grupo; • Divide-se o m.m.c por n2. O resultado será o coeficiente de cada total do 2º grupo. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): T1−SC T2−SC+E T3−SC+E+NPK T4−SC+V T5−SC+V+NPK L1 = 4T1 − T2 − T3 − T4 − T5 L2 = T2 + T3 − T4 − T5 L3 = T2 − T3 L4 = T4 − T5 Para o cálculo das somas de quadrados de cada componente, utiliza-se duas formas: a) Método dos contrastes de totais de tratamentos e b) Método dos totais de tratamentos (sem utilizar as estimativas dos contrastes). Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): a) Cálculo das somas de quadrados dos componentes de desdobramento, pelo método dos contrastes de totais de tratamentos. T1 = 21,0 T2 = 27,1 T3 = 26,6 T4 = 22,1 T5 = 25,6 1. Solo de cerrado somente vs demais L1 = 4T1 − T2 − T3 − T4 − T5 L̂1 = 4(21,0) − 27,1 − 26,6 − 22,1 − 25,6 = −17,4cm∑ c21i = 4 2 + (−1)2 + (−1)2 + (−1)2 + (−1)2 = 20 r = 4 SQL1 = L̂21 r ∑ c21i = (−17,4)2 4 × 20 = 3,78 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): a) Cálculo das somas de quadrados dos componentes de desdobramento, pelo método dos contrastes de totais de tratamentos. T1 = 21,0 T2 = 27,1 T3 = 26,6 T4 = 22,1 T5 = 25,6 2. SC+Esterco vs SC+Vermiculita L2 = T2 + T3 − T4 − T5 L̂2 = 27,1 + 26,6 − 22,1 − 25,6 = 6,0cm∑ c22i = (1) 2 + (1)2 + (−1)2 + (−1)2 = 4 r = 4 SQL2 = L̂22 r ∑ c22i = (6)2 4 × 4 = 2,25 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): a) Cálculo das somas de quadrados dos componentes de desdobramento, pelo método dos contrastes de totais de tratamentos. T1 = 21,0 T2 = 27,1 T3 = 26,6 T4 = 22,1 T5 = 25,6 3. SC+Esterco sem NPK vs SC+Esterco com NPK L3 = T2 − T3 L̂3 = 27,1 − 26,6 = 0,5cm∑ c23i = (1) 2 + (−1)2 = 2 r = 4 SQL3 = L̂23 r ∑ c23i = (0,5)2 4 × 2 = 0,03 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): a) Cálculo das somas de quadrados dos componentes de desdobramento, pelo método dos contrastes de totais de tratamentos. T1 = 21,0 T2 = 27,1 T3 = 26,6 T4 = 22,1 T5 = 25,6 4. SC+Vermiculita sem NPK vs SC+Vermiculita com NPK L4 = T4 − T5 L̂4 = 22,1 − 25,6 = −3,5cm∑ c24i = (1) 2 + (−1)2 = 2 r = 4 SQL4 = L̂24 r ∑ c24i = (−3,5)2 4 × 2 = 1,53 Verificação:SQL1 + SQL2 + SQL3 + SQL4 = SQTratamentos 3,78 + 2,25 + 0,03 + 1,53 = 7,59 ≈ 7,60. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): a) Cálculo das somas de quadrados dos componentes de desdobramento, pelo método dos contrastes de totais de tratamentos. T1 = 21,0 T2 = 27,1 T3 = 26,6 T4 = 22,1 T5 = 25,6 4. SC+Vermiculita sem NPK vs SC+Vermiculita com NPK L4 = T4 − T5 L̂4 = 22,1 − 25,6 = −3,5cm∑ c24i = (1) 2 + (−1)2 = 2 r = 4 SQL4 = L̂24 r ∑ c24i = (−3,5)2 4 × 2 = 1,53 Verificação:SQL1 + SQL2 + SQL3 + SQL4 = SQTratamentos 3,78 + 2,25 + 0,03 + 1,53 = 7,59 ≈ 7,60. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): H0 : Li = 0, H1 : Li , 0, para i = 1,2,3,4. CV GL SQ QM F Cerrado somente vs demais 1 3,78 3,78 14,54∗ Esterco vs Vermiculita 1 2,25 2,25 8,65∗ Esterco sem NPK vs Esterco+NPK 1 0,03 0,03 0,12ns Vermiculita sem NPK vs Vermiculita+NPK 1 1,53 1,53 5,88∗ (Tratamentos) (4) (7,59) Resíduos 15 3,91 0,26 Total 19 11,51 Ftab = F5%(1,15) = 4,54. Observação: É comum indicarmos com um asterisco (∗) à direita do valor da estatística (Fcal) a rejeição da hipótese H0, ao nível de 5% de significância. No caso de não rejeição de H0, usa-se as letras “ns” para indicar um resultado “não significativo”. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): As conclusões do quadro da análise de variância são as seguintes: • Solo de cerrado somente vs demais: Os efeitos sobre a altura das mudas de Pinus, aos 60 dias após a semeadura, são diferentes e, pelos resultados das par- celas, verifica-se que não é interessante a utilização de solo de cerrado somente. • Esterco vs Vermiculita: Os efeitos sobre a altura de Pinus, aos 60 dias após a semeadura, são diferentes e, pelos resultados, verifica-se que com esterco é melhor. • Esterco sem NPK vs Esterco+NPK: Os efeitos sobre as alturas das mudas de Pinus, aos 60 dias após a semeadura, não diferem e, portanto, se usar esterco, colocar ou não NPK não altera os resultados. • Vermiculita sem NPK vs Vermiculita+NPK: Com vermiculita, colocando-se NPK, as alturas das mudas foram diferentes do que não se colocando NPK. Pelos re- sultados, com NPK foi melhor. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): b) Cálculo das somas de quadrados dos componentes de desdobramento, pelo método dos totais de tratamentos. Este método permite calcular as somas de quadrados dos componentes sem utilizar as estimativas dos contrastes. Assim, para uma comparação qualquer, por exemplo, Grupo A versus Grupo B, temos apenas que conhecer os totais T de cada grupo e os números de parcelas (n) somadas para obter esses totais. Então: Total do Grupo A = TA (nA parcelas) Total do Grupo B = TB (nB parcelas) Total = TA + TB (nA + nB parcelas) SQ(A vs B) = T2A nA + T2B nB − (TA + TB)2 nA + nB . Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): b) Cálculo das somas de quadrados dos componentes de desdobramento, pelo método dos totais de tratamentos. Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais 1- SC 4,6 5,1 5,8 5,5 T1 = 21,0 2- SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 4- SC+V 5,6 4,9 5,9 5,7 T4 = 22,1 5- SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 G = 122,4 T2 + T3 + T4 + T5 = 27,1 + 26,6 + 22,1 + 25,6 = 101,4 1) Solo de cerrado somente vs demais T Solo de Cerrado somente = 21,0 (4 parcelas) T Demais = 101,4 (16 parcelas) Total = 122,4 (20 parcelas) SQL1 = 21,02 4 + 101,42 16 − (122,4)2 20 = 3,78 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): b) Cálculo das somas de quadrados dos componentes de desdobramento, pelo métododos totais de tratamentos. Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais 1- SC 4,6 5,1 5,8 5,5 T1 = 21,0 2- SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 4- SC+V 5,6 4,9 5,9 5,7 T4 = 22,1 5- SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 G = 122,4 T2 + T3 = 27,1 + 26,6 = 53,7 T4 + T5 = 22,1 + 25,6 = 47,7 2) Esterco vs Vermiculita T Esterco = 53,7 (8 parcelas) T Vermiculita = 47,7 (8 parcelas) Total = 101,4 (16 parcelas) SQL2 = 53,72 8 + 47,72 8 − (101,4)2 16 = 2,25 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): b) Cálculo das somas de quadrados dos componentes de desdobramento, pelo método dos totais de tratamentos. Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais 1- SC 4,6 5,1 5,8 5,5 T1 = 21,0 2- SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 4- SC+V 5,6 4,9 5,9 5,7 T4 = 22,1 5- SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 G = 122,4 3) Esterco com NPK vs Esterco+NPK T Esterco sem NPK = 27,1 (4 parcelas) T Esterco+NPK = 26,6 (4 parcelas) Total = 53,7 (8 parcelas) SQL3 = 27,12 4 + 26,62 4 − (53,7)2 8 = 0,03 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos Exemplo 5 (continuação): b) Cálculo das somas de quadrados dos componentes de desdobramento, pelo método dos totais de tratamentos. Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais 1- SC 4,6 5,1 5,8 5,5 T1 = 21,0 2- SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 4- SC+V 5,6 4,9 5,9 5,7 T4 = 22,1 5- SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 G = 122,4 4) Vermiculita sem NPK vs Vermiculita+NPK T Vermiculita sem NPK = 22,1 (4 parcelas) T Vermiculita+NPK = 25,6 (4 parcelas) Total = 47,7 (8 parcelas) SQL4 = 22,12 4 + 25,62 4 − (47,7)2 8 = 1,53 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos igualmente repetidos O que resulta no mesmo quadro de ANOVA já visto anteriormente: H0 : Li = 0, H1 : Li , 0, para i = 1,2,3,4. CV GL SQ QM F Cerrado somente vs demais 1 3,78 3,78 14,54∗ Esterco vs Vermiculita 1 2,25 2,25 8,65∗ Esterco sem NPK vs Esterco+NPK 1 0,03 0,03 0,12ns Vermiculita sem NPK vs Vermiculita+NPK 1 1,53 1,53 5,88∗ (Tratamentos) (4) (7,59) Resíduos 15 3,91 0,26 Total 19 11,51 Ftab = F5%(1,15) = 4,54. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exemplo 5: Refazendo pelo Teste T Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais Médias 1- SC 4,6 5,1 5,8 5,5 T1 = 21,0 5,25 2- SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 6,775 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 6,65 4- SC+V 5,6 4,9 5,9 5,7 T4 = 22,1 5,525 5- SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 6,4 G = 122,4 Considere o contraste: 1) SC vs demais H0 : L1 = 4µ1 − µ2 − µ3 − µ4 − µ5 = 0 vs Ha : L1 = 4µ1 − µ2 − µ3 − µ4 − µ5 , 0 L̂1 = 4µ̂1 − µ̂2 − µ̂3 − µ̂4 − µ̂5 = 4 × 5,25 − 6,775 − 6,65 − 5,525 − 6,4 = −4,35 QMRes = 0,26 (15GL) (quadro ANOVA) r = 4 V̂(L̂1) = (42 + (−1)2 + (−1)2 + (−1)2 + (−1)2) × 0,26 4 = 1,3 tcal1 = L̂1√ V̂(L̂1) = −4,35 √ 1,3 = −3,815 ttab (15,5%) = 2,131, então |tcal1 | > ttab rejeita-se H0 Note que: (−3,815)2 = 14,5 = Fcal1 e (2,131)2 = 4,54 = F(1,15,5%) (quadro ANOVA) Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exemplo 5: Refazendo pelo Teste T Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais Médias 1- SC 4,6 5,1 5,8 5,5 T1 = 21,0 5,35 2- SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 6,775 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 6,65 4- SC+V 5,6 4,9 5,9 5,7 T4 = 22,1 5,525 5- SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 6,4 G = 122,4 Considere o contraste: 2) Esterco vs Vermiculita H0 : L2 = µ2 + µ3 − µ4 − µ5 = 0 vs Ha : L2 = µ2 + µ3 − µ4 − µ5 , 0 L̂2 = µ̂2 + µ̂3 − µ̂4 − µ̂5 = 6,775 + 6,65 − 5,525 − 6,4 = 1,5 QMRes = 0,26 (15GL) (quadro ANOVA) r = 4 V̂(L̂2) = (12 + 12 + (−1)2 + (−1)2) × 0,26 4 = 0,26 tcal2 = L̂2√ V̂(L̂2) = 1,5 √ 0,26 = 2,942 ttab (15,5%) = 2,131, então |tcal2 | > ttab rejeita-se H0 Note que: (2,942)2 = 8,65 = Fcal2 e (2,131)2 = 4,54 = F(1,15,5%) (quadro ANOVA) Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exemplo 5: Refazendo pelo Teste T Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais Médias 1- SC 4,6 5,1 5,8 5,5 T1 = 21,0 5,35 2- SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 6,775 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 6,65 4- SC+V 5,6 4,9 5,9 5,7 T4 = 22,1 5,525 5- SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 6,4 G = 122,4 Considere o contraste: 3) Esterco sem NPK vs Esterco+NPK H0 : L3 = µ2 − µ3 = 0 vs Ha : L3 = µ2 − µ3 , 0 L̂3 = µ̂2 − µ̂3 = 6,775 − 6,65 = 0,125 QMRes = 0,26 (15GL) (quadro ANOVA) r = 4 V̂(L̂3) = (12 + (−1)2) × 0,26 4 = 0,13 tcal3 = L̂3√ V̂(L̂3) = 0,125 √ 0,13 = 0,347 ttab (15,5%) = 2,131, então |tcal3 | < ttab não rejeita-se H0 Note que: (0,347)2 = 0,12 = Fcal3 e (2,131)2 = 4,54 = F(1,15,5%) (quadro ANOVA) Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exemplo 5: Refazendo pelo Teste T Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais Médias 1- SC 4,6 5,1 5,8 5,5 T1 = 21,0 5,35 2- SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 6,775 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 6,65 4- SC+V 5,6 4,9 5,9 5,7 T4 = 22,1 5,525 5- SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 6,4 G = 122,4 Considere o contraste: 4) Vermiculita sem NPK vs Vermiculita+NPK H0 : L4 = µ4 − µ5 = 0 vs Ha : L4 = µ4 − µ5 , 0 L̂4 = µ̂4 − µ̂5 = 5,525 − 6,4 = −0,875 QMRes = 0,26 (15GL) (quadro ANOVA) r = 4 V̂(L̂4) = (12 + (−1)2) × 0,26 4 = 0,13 tcal4 = L̂4√ V̂(L̂4) = −0,875 √ 0,13 = −2,423 ttab (15,5%) = 2,131, então |tcal4 | > ttab rejeita-se H0 Note que: (−2,423)2 = 5,88 = Fcal4 e (2,131)2 = 4,54 = F(1,15,5%) (quadro ANOVA) Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Quando os totais de tratamentos (Ti) são obtidos com números diferentes de repetições (ri), temos que a função linear Y1 = c1T1 + c2T2 + · · · + cITI é considerada um contraste de totais de tratamentos, se: r1c1 + r2c2 + · · ·+ rIcI = 0 ( I∑ i=1 rici = 0 ) . Neste caso, SQL1 é dada por: SQL1 = L̂21 r1c21 + r2c 2 2 + · · ·+ rIc 2 I ou SQL1 = L̂21∑I i=1 ric21i . Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Dois contrastes de totais de tratamentos: L1 = c1T1 + c2T2 + · · ·+ cITI ( I∑ i=1 rici = 0 ) L2 = b1T1 + b2T2 + · · ·+ bITI ( I∑ i=1 ribi = 0 ) com números diferentes de repetições para os tratamentos serão ortogonais se: r1c1b1 + r2c2b2 + · · ·+ rIcIbI = 0 ( I∑ i=1 ricibi = 0 ) Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Para o estabelecimento de cada contraste, procede-se da seguinte forma: • Escreve-se os totais de tratamentos (Ti) envolvidos na comparação pro- posta; • Atribuí-se sinal positivo aos totais de um grupo e sinal negativo aos totais do outro grupo; • Verifica-se o número de parcelas envolvidas no 1º grupo (n1) e o número de parcelas envolvidas no 2º grupo (n2). Calculamos o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) entre n1 e n2. • Divide-se o m.m.c. por n1. O resultado será o coeficiente de cada total do 1º grupo; • Divide-se o m.m.c. por n2. O resultado será o coeficiente de cada total do 2º grupo. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Exemplo 6: Retomando ao Exemplo 5, agora com os dados desbalanceados (Dados do Exercício 3, Lista 1). Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais 1 - SC 4,6 5,1 5,8 T1 = 15,5 2 - SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 4 - SC+V 5,6 4,9 5,9 T4 = 16,4 5 - SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 G = 111,2 Considerando as mesmas comparações feitas anteriormente, oscontrastes ortogonais do desdobramento proposto são: L1 = 5T1 − T2 − T3 − T4 − T5 m.m.c.(3,15)=15 L2 = 7T2 + 7T3 − 8T4 − 8T5 m.m.c.(7,8)=56 L3 = T2 − T3 m.m.c.(4,4)=4 L4 = 4T4 − 3T5 m.m.c.(3,4)=12 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Exemplo 6 (continuação): Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais 1 - SC 4,6 5,1 5,8 T1 = 15,5 2 - SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 4 - SC+V 5,6 4,9 5,9 T4 = 16,4 5 - SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 G = 111,2 Para estes dados, temos: SQTratamentos = T21 r1 + T22 r2 + T23 r3 + T24 r4 + T25 r5 − C SQTratamentos = 15,52 3 + 27,12 4 + 26,62 4 + 16,42 3 + 25,62 4 − 111,22 18 = 7,10 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Exemplo 6 (continuação): T1 = 15,5 T2 = 27,1 T3 = 26,6 T4 = 16,4 T5 = 25,6 L1 = 5T1 − T2 − T3 − T4 − T5 L̂1 = 5(15,5) − 27,1 − 26,6 − 16,4 − 25,6 = −18,2 cm L2 = 7T2 + 7T3 − 8T4 − 8T5 L̂2 = 7(27,1) + 7(26,6) − 8(16,4) − 8(25,6) = 39,9 cm L3 = T2 − T3 L̂3 = 27,1 − 26,6 = 0,5 cm L4 = 4T4 − 3T5 L̂4 = 4(16,4) − 3(25,6) = −11,2 cm Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Exemplo 6 (continuação): L1 = 5T1 − T2 − T3 − T4 − T5 r1 = 3 r2 = 4 r3 = 4 r4 = 3 r5 = 4 L̂1 = −18,2 Pelo método dos contrastes de totais de tratamentos, as somas de qua- drados são dadas por: SQL1 = (−18,2)2 3(5)2 + 4(−1)2 + 4(−1)2 + 3(−1)2 + 4(−1)2 = 331,24 90 = 3,68 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Exemplo 6 (continuação): L2 = 7T2 + 7T3 − 8T4 − 8T5 r2 = 4 r3 = 4 r4 = 3 r5 = 4 L̂2 = 39,9 Pelo método dos contrastes de totais de tratamentos, as somas de qua- drados são dadas por: SQL2 = (39,9)2 4(7)2 + 4(7)2 + 3(−8)2 + 4(−8)2 = 1592,01 840 = 1,90 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Exemplo 6 (continuação): L3 = T2 − T3 r2 = 4 r3 = 4 L̂3 = 0,5 Pelo método dos contrastes de totais de tratamentos, as somas de qua- drados são dadas por: SQL3 = (0,5)2 4(1)2 + 4(−1)2 = 0,25 8 = 0,03 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Exemplo 6 (continuação): L4 = 4T4 − 3T5 r4 = 3 r5 = 4 L̂4 = −11,2 Pelo método dos contrastes de totais de tratamentos, as somas de qua- drados são dadas por: SQL4 = (−11,2)2 3(4)2 + 4(−3)2 = 125,44 84 = 1,49 Verifica-se que: SQL1 + SQL2 + SQL3 + SQL4 = 7,10 = SQTratamentos Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Exemplo 6 (continuação): L4 = 4T4 − 3T5 r4 = 3 r5 = 4 L̂4 = −11,2 Pelo método dos contrastes de totais de tratamentos, as somas de qua- drados são dadas por: SQL4 = (−11,2)2 3(4)2 + 4(−3)2 = 125,44 84 = 1,49 Verifica-se que: SQL1 + SQL2 + SQL3 + SQL4 = 7,10 = SQTratamentos Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Exemplo 6 (continuação): Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais 1 - SC 4,6 5,1 5,8 T1 = 15,5 2 - SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 4 - SC+V 5,6 4,9 5,9 T4 = 16,4 5 - SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 G = 111,2 T1 = 15,5 r1 = 3 T2 + T3 + T4 + T5 = 27,1 + 26,6 + 16,4 + 25,6 = 95,7 r2 + r3 + r4 + r5 = 4 + 4 + 3 + 4 = 15 5∑ i=1 Ti = 111,2 5∑ i=1 ri = 18 Pelo método dos totais de tratamentos, as somas de quadrados são calculadas por: SQL1 = 15,52 3 + 95,72 15 − 111,22 18 = 3,68 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Exemplo 6 (continuação): Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais 1 - SC 4,6 5,1 5,8 T1 = 15,5 2 - SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 4 - SC+V 5,6 4,9 5,9 T4 = 16,4 5 - SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 G = 111,2 T2 + T3 = 27,1 + 26,6 = 53,7 r2 + r3 = 4 + 4 = 8 T4 + T5 = 16,4 + 25,6 = 42,0 r4 + r5 = 3 + 4 = 7 5∑ i=2 Ti = 95,7 5∑ i=2 ri = 15 Pelo método dos totais de tratamentos, as somas de quadrados são calculadas por: SQL2 = 53,72 8 + 42,02 7 − 95,72 15 = 1,90 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Exemplo 6 (continuação): Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais 1 - SC 4,6 5,1 5,8 T1 = 15,5 2 - SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 4 - SC+V 5,6 4,9 5,9 T4 = 16,4 5 - SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 G = 111,2 T2 = 27,1 r2 = 4 T3 = 26,6 r3 = 4 T2 + T3 = 27,1 + 26,6 = 53,7 r2 + r3 = 4 + 4 = 8 Pelo método dos totais de tratamentos, as somas de quadrados são calculadas por: SQL3 = 27,12 4 + 26,62 4 − 53,72 8 = 0,03 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Decomposição do número de graus de liberdade de tratamentos com números diferentes de repetições Exemplo 6 (continuação): Repetições Tratamentos 1 2 3 4 Totais 1 - SC 4,6 5,1 5,8 T1 = 15,5 2 - SC+E 6,0 7,1 7,2 6,8 T2 = 27,1 3- SC+E+NPK 5,8 7,2 6,9 6,7 T3 = 26,6 4 - SC+V 5,6 4,9 5,9 T4 = 16,4 5 - SC+V+NPK 5,8 6,4 6,6 6,8 T5 = 25,6 G = 111,2 T4 = 16,4 r4 = 3 T5 = 25,6 r5 = 4 T4 + T5 = 16,4 + 25,6 = 42,0 r4 + r5 = 3 + 4 = 7 Pelo método dos totais de tratamentos, as somas de quadrados são calculadas por: SQL4 = 16,42 3 + 25,62 4 − 42,02 7 = 1,49 Verifica-se que: SQL1 + SQL2 + SQL3 + SQL4 = 7,10 = SQTratamentos Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Teste de Scheffé Este teste pode ser aplicado para testar todo e qualquer contraste de médias, mesmo quando sugerido pelos dados. É frequentemente usado para testar contrastes que envolvam grupos de mé- dias. É um teste mais rigoroso que o teste t, porém, é mais flexível que ele, tendo em vista a não exigência de ortogonalidade e nem de que os contrastes sejam estabelecidos antes de se examinar os dados. Para sua aplicação correta, exige apenas que o teste F da análise de variância para tratamentos seja significativo, pois quando isto ocorre, indica que deve- mos ter pelo menos um contraste de médias significativo. Isso não significa que o contraste significativo tenha que ser um contraste entre duas médias. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Teste de Scheffé Aplicação do teste de Scheffé: Seja um contraste qualquer: L = c1µ1 + c2µ2 + . . .+ cIµI, em que as médias foram calculadas com r repetições. 1. Calcular a estimativa do contraste - L̂ , L̂ = c1µ̂1 + c2µ̂2 + . . .+ cIµ̂I . 2. Calcular a estimativa da variância do contraste, para o caso de tratamentos com o mesmo número de repetições - V̂(L̂), V̂(L̂) = (c21 + c 2 2 + . . .+ c 2 I ) s2 r . 3. Calcular o valor da estatística, S, por: S = √ (I − 1)Ftab V̂(L̂), em que (I − 1) é o número de graus de liberdade de tratamentos, Ftab é o valor da tabela F, em função do número de graus de liberdade do tratamento e do número de graus de liberdade do resíduo. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Teste de Scheffé 4. Comparar a estimativa do contraste (em valor absoluto) com S: • Se |L̂ | ≥ S , o teste é significativo, rejeitamos H0 para L , e concluí-se que as médias dos dois tratamentos (ou dos dois grupos) de L diferem significativamente. • Se |L̂| < S , o teste é não significativo, não rejeitamos H0 para L , e concluí-se que as médias dos dois tratamentos (ou dos dois grupos) de L não diferem significativamente. 5. Indicar a significância do teste no valor da estimativa do contraste (L̂). Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Teste de Scheffé Exemplo 7: Considerando os dados µ̂1 = 14,85, µ̂2 = 14,68, µ̂3 = 14,35, µ̂4 = 13,74, µ̂5 = 13,20, s2 = 0,8312, glRes = 25, r = 6 e o seguinte contraste L1 = 2µ1 + 2µ2 + 2µ3 − 3µ4 − 3µ5. Testar a hipótese de L1 = 0, ao nível de 5% de significância pelo teste de Scheffé. Do conjunto de dados, temos as seguintes estimativas: L̂1 = 2 × (14,85) + 2 × (14,68) + 2 × (14,35) − 3 × (13,74) − 3 × (13,20) = 6,94. V̂(L̂1) = [ 22 + 22 + 22 + (−3)2 + (−3)2 ] 0,8312 6 = 4,156. E F(4,25,5%) = 2,76. Então, a estatística S será dada por: S = √ (I − 1)Ftab V̂(L̂) = √ (5 − 1) × 2,76 × 4,156 = 6,77. Como |L̂1| = 6,94 > S = 6,77, rejeita-se H0 ao nível de 5% de significância e concluí- se que as médias dos dois grupos de L diferem significativamente. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Recomendações O teste t-Student deve ser usado com cautela para testar contrastes ortogonais definidos a priori. O teste de Scheffé é desaconselhável para comparação de duas mé- dias, sendo aconselhável para testar contrastes mais complicados ou escolhidos a posteriori. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exercício Num experimento de competição de adubos nitrogenados na cultura de abacaxi, foram utilizados os seguintes tratamentos: Tratamento Descrição 1 Testemunha 2 Sulfato de Amônia 3 Salitre do Chile 4 Uréia 5 Nitrocálcio de Cubatão 6 Nitrocálcio de Cubatão +Enxofre Foram utilizadas 4 repetições por tratamento, QMResíduo=0,64 com glRes=18 e as produções mé- dias dos tratamentos, em kg/parcela, estão apresentadas na tabela a seguir: Tratamento 1 2 3 4 5 6 Média 21,57 27,76 24,58 28,44 28,85 28,30 Vamos testar os seguintes contrastes ortogonais: L1 = −5µ1 + µ2 + µ3 + µ4 + µ5 + µ6 L2 = −2µ2 − 2µ3 − 2µ4 + 3µ5 + 3µ6 L3 = −2µ2 + µ3 + µ4 L4 = −µ3 + µ4 L5 = −µ5 + µ6 Usando a estatística t, teste cada contraste i dado anteriormente, se H0 : Li = 0 versus Ha : Li , 0, considerando α = 0,05. Dê a interpretação prática dos resultados. Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exercício T1 : Testemunha T2 : Sulfato de Amônia T3 : Salitre do Chile T4 : Uréia T5 : Nitrocálcio de Cubatão T6 : Nitrocálcio de Cubatão +Enxofre Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exercício 1. Estimativas dos contrastes Tratamento 1 2 3 4 5 6 Média 21,57 27,76 24,58 28,44 28,85 28,30 L̂1 = −5µ̂1 + µ̂2 + µ̂3 + µ̂4 + µ̂5 + µ̂6 L̂1 = −5 × 21,57 + 27,76 + 24,58 + 28,44 + 28,85 + 28,30 = 30,08 L̂2 = −2µ̂2 − 2µ̂3 − 2µ̂4 + 3µ̂5 + 3µ̂6 L̂2 = −2 × 27,76 − 2 × 24,58 − 2 × 28,44 + 3 × 28,85 + 3 × 28,30 = 9,89 L̂3 = −2µ̂2 + µ̂3 + µ̂4 = −2 × 27,76 + 24,58 + 28,44 = −2,5 L̂4 = −µ̂3 + µ̂4 = −24,58 + 28,44 = 3,86 L̂5 = −µ̂5 + µ̂6 = −28,85 + 28,30 = −0,55 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exercício 2. Estimativas das variâncias dos contrastes - V̂(L̂i) = (c21 + c 2 2 + . . .+ c 2 I ) QMRes r L1 = −5µ1 + µ2 + µ3 + µ4 + µ5 + µ6 L2 = −2µ2 − 2µ3 − 2µ4 + 3µ5 + 3µ6 L3 = −2µ2 + µ3 + µ4 L4 = −µ3 + µ4 L5 = −µ5 + µ6 QMRes = 0,64 r = 4 V̂(L̂1) = ((−5)2 + 12 + 12 + 12 + 12 + 12) 0,64 4 = 4,8 V̂(L̂2) = ((−2)2 + (−2)2 + (−2)2 + 32 + 32) 0,64 4 = 4,8 V̂(L̂3) = ((−2)2 + 12 + 12) 0,64 4 = 0,96 V̂(L̂4) = ((−1)2 + 12) 0,64 4 = 0,32 V̂(L̂5) = ((−1)2 + 12) 0,64 4 = 0,32 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exercício 3. Estatística do teste e significância - t = L̂i√ V̂(L̂i ) L̂1 = 30,08 L̂2 = 9,89 L̂3 = −2,55 L̂4 = 3,86 L̂5 = −0,55 V̂(L̂1) = 4,8 V̂(L̂2) = 4,8 V̂(L̂3) = 0,96 V̂(L̂4) = 0,32 V̂(L̂5) = 0,32 tcal1 = 30,08 √ 4,8 = 13,73 tcal2 = 9,89 √ 4,8 = 4,51 tcal3 = −2,5 √ 0,96 = −2,55 tcal4 = 3,86 √ 0,32 = 6,82 tcal5 = −0,55 √ 0,32 = −0,97 ttab (18,5%) = 2,101(bilateral) Hipóteses: H0 : Li = 0 versus Ha : Li , 0 |tcal1 | > ttab ⇒ rejeita-se H0 |tcal2 | > ttab ⇒ rejeita-se H0 |tcal3 | > ttab ⇒ rejeita-se H0 |tcal4 | > ttab ⇒ rejeita-se H0 |tcal5 | < ttab ⇒ não rejeita-se H0 Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade Exercício Conclusões • O efeito da adubação nitrogenada foi significante na produção de aba- caxi (L1); • Os adubos nitrogenados com cálcio proporcionaram uma maior produ- ção, comparando-se com os adubos sem cálcio (L2); • Dos adubos sem cálcio, o sulfato de amônia proporcionou uma produção diferente e superior em média em relação aos outros tratamentos (L3); • Ainda com relação aos adubos sem cálcio, a produção das parcelas com uréia foi maior que as parcelas com Salitre do Chile (L4); • Dos adubos com cálcio, a presença de enxofre não aumentou significa- tivamente a produção de abacaxi (L5). Contraste entre Grupos de Médias, Fumes-Ghantous G. Probabilidade
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