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Ondas Curtas
@ingridderibeiro
É usada por fisioterapeutas para enviar calor e "energia" para os tecidos situados profundamente, possuindo uma faixa de frequência de 10-100 MHz.
A energia eletromagnética das ondas curtas tem um efeito muito pequeno no tecido vivo propriamente dito. Contudo, a presença de um campo eletromagnético (como nas OC) cria correntes elétricas diminutas e um campo magnético dentro dos tecidos. São esses os responsáveis pelos efeitos fisiológicos, tais como o aumento na temperatura dos tecidos.
As radiações eletromagnéticas por ondas curtas variam de 10 a 100 MHz, sendo que a faixa de ondas mais curtas é a utilizada na diatermia terapêutica e a mais frequente é 27,12 MHz. A diatermia por ondas curtas pode ser administrada de modo contínuo ou pulsado. Quando no modo pulsado, a energia resulta no desenvolvimento de ondas laterais, o que significa que existe variação quanto à frequência próxima da frequência padrão de 27,12 MHz.
Portanto, o conceito que escora as OCP é dar aos tecidos uma carga de energia na forma de campo eletromagnético sem que os tecidos precisem tolerar uma carga térmica. Teorizam isso do seguinte modo: "a energia simplesmente 'agita' os íons, moléculas, membrana e a atividade metabólica das células; desse modo são aumentadas as taxas gerais de fagocitose, transporte através das membranas celulares, atividade enzimática etc"; contudo, não há evidências que dêem suporte a essa explicação.
Os parâmetros para aplicação da COP são:
- Potência de pico de pulso (100-1000 W);
- Freqüência de repetição do pulso: número de pulsos em 1 segundo (15-800 Hz);
- Duração do pulso: duração de cada pulso (25-400 µs);
Um equipamento de DOC consiste de três partes principais: um oscilador, um amplificador de potência e aplicadores (eletrodos). O oscilador gera a corrente de alta frequência e possui um temporizador. O amplificador de potência aumenta a corrente, tem um regulador da potência de saída e um indicador ou medidor desta. O aplicador, também chamado de eletrodo, aplica a energia de RF a certa porção do corpo do paciente
Efeitos Físicos
· Produção de calor nos tecidos
- Moléculas com carga: dentro dos tecidos vivos há abundância de moléculas com carga - principalmente íons e certas proteínas. Em resposta às forças de repulsão e atração que ocorrem entre as moléculas carregadas, a exposição a um campo de OC faz com que as moléculas com carga sejam aceleradas ao longo das linhas de força elétrica. O campo de alta frequência faz com que as moléculas com cargas oscilem em torno de uma posição média, convertendo a energia cinética em calor. A oscilação de moléculas com carga é um meio eficiente de produção de calor. O tecido que contém altas proporções de moléculas com carga será, na teoria, o mais aquecido durante o tratamento com OC.
- Moléculas dipolares: As moléculas dipolares encontradas nos tecidos vivos consistem principalmente em água e algumas proteínas.
Elas podem também ser afetadas pelos campos elétricos - por exemplo, como o pólo positivo da molécula se alinha em direção ao pólo negativo do campo elétrico, o campo de OC alternado causa rotação dessas moléculas à medida que a carga das placas se altera rapidamente. O aquecimento se dá como resultado do atrito entre moléculas adjacentes.
	- Moléculas não polares: (ex: adipócitos) Embora as moléculas não polares não tenham íons livres ou pólos com cargas, elas ainda respondem à influência do campo de OC. Durante a exposição às OC a nuvem de elétrons se torna distorcida, porém é produzida uma quantidade desprezível de calor. Os tecidos que têm um alto conteúdo iônico em solução ou um grande número de íons livres (ex: sangue) são os melhores condutores e, portanto, qualquer tecido altamente vascularizado é um bom condutor. Do mesmo modo, tanto o metal quanto o suor são bons condutores. Isso significa que, se um implante de metal ou uma gota de suor estiverem dentro do campo elétrico, eles criarão uma área de campo com alta densidade e os tecidos adjacentes poderão ser expostos a uma grande carga térmica, o que pode ser suficiente para causar queimaduras. O tecido adiposo, por outro lado, é um mau condutor e, portanto, a magnitude da corrente produzida na gordura será mínima.
Efeitos Terapêuticos
· Efeitos térmicos: o principal efeito das OC é o aquecimento dos tecidos. A resposta do tecido ao calor é similar, independente de como o calor é aplicado. A única diferença entre a diatermia e o uso de agentes de aquecimento por condução é a profundidade em que o efeito térmico ocorre. A decisão quanto a usar OC pode ser apropriada se o resultado de tratamento desejado for produzir aquecimento dentro dos tecidos profundos, já que tem sido relatado que essa:
- aumenta o fluxo sanguíneo;
- assiste na resolução da inflamação;
- aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso profundo;
- diminui a rigidez articular; e
- alivia dor e espasmo nos músculos profundos.
Efeitos Clínicos
– ainda são discutíveis devido pouca evidencia científica.
· Regeneração dos tecidos moles (regeneração no local doador após enxerto de pele, resolução de úlceras de pressão crônicas);
· Resolução de hematomas;
· Resolução de lesões recentes de tornozelo; 
· Redução da dor;
· Regeneração nervosa;
· Osteoartrite.
Conclui-se que até o momento presente, a literatura sobre OC e OCP não está suficientemente bem desenvolvida para permitir que sejam tiradas conclusões inequívocas. As metodologias relatadas não permitem a exclusão de diversas variáveis como explicações possíveis para os resultados apresentados.
Aplicação
Durante a aplicação de OC o paciente é ligado ao circuito elétrico do gerador de alta frequência por meio de um aplicador capacitivo ou uma bobina indutora.
· Técnica capacitiva: Existem dois tipos diferentes de eletrodos para aplicação do método capacitivo de OC ao paciente.
- Placas metálicas flexíveis (eletrodos maleáveis): Os eletrodos flexíveis são folhas metálicas chatas cobertas com uma camada espessa de borracha. Eles são geralmente colocados embaixo ou em torno da parte do corpo que requer tratamento. Um material como o feltro é usado para assegurar que seja mantido espaço suficiente entre o eletrodo e o paciente. 
- Discos metálicos rígidos: Os eletrodos de disco são eletrodos metálicos chatos, arredondados, envolvidos por uma cobertura plástica transparente. Eles são usados mais comumente que os eletrodos flexíveis. O aparelho de OC tem braços ajustáveis para posicionar os eletrodos perto da parte do corpo que precisa de tratamento. O campo de OC é gerado entre as duas placas e a configuração dos eletrodos influencia na distribuição do campo de OC dentro dos tecidos.
 Cuidados:
- Os eletrodos devem ser de tamanho igual. Se forem de tamanho desigual, ocorrerá um aquecimento mais forte perto do eletrodo menor, pois o campo será concentrado sobre uma área de superfície menor. Isso pode produzir um campo elétrico muito irregular.
- Os eletrodos devem ser um pouco mais largos do que a parte do corpo, pois o campo elétrico é menos uniforme na margem das placas. A maioria dos equipamentos de OC oferece três tamanhos diferentes de eletrodos que podem ser usados: pequeno, médio e grande.
- Os eletrodos devem ficar em ângulo reto e, desse modo, paralelos à superfície da pele. Quando o eletrodo está perto demais da pele pode ocorrer aquecimento superficial intenso. Quando os eletrodos são colocados distantes da pele a distribuição do campo será mais uniforme. Contudo, se a distância entre o eletrodo e a pele for grande demais, a força do campo ficará intensamente reduzida. Portanto, é preciso alcançar um equilíbrio para impedir aquecimento excessivo da pele ou absorção insuficiente de energia. Uma distância entre a pele e o eletrodo de 2 a 4 cm é a ideal. O importante é a distância a partir da placa metálica, e não da cobertura plástica. Se os eletrodos não estiverem paralelos à pele, ocorrerão áreas de aquecimento intenso nos tecidos mais próximos aos eletrodos e isso pode resultar em focos de calor ou queimaduras. 
O desvio dessaconfiguração ideal de eletrodo pode levar a uma distribuição de campo menos eficiente ou a áreas de aquecimento excessivo.
Arranjo dos eletrodos
Há três arranjos principais para os eletrodos usados na técnica capacitiva:
1. Aplicação contraplanar (transversa). É colocado um eletrodo de cada lado do membro.
2. Aplicação coplanar. Os dois eletrodos são colocados do mesmo lado do membro. O campo segue a rota de menor resistência (por ex., através dos vasos sanguíneos, que contêm uma alta proporção de íons). Se os eletrodos são colocados mais próximos do que a distância entre os eletrodos e a pele, o campo passará diretamente entre os eletrodos e não correrá tratamento do tecido.
3. Aplicação longitudinal. Um eletrodo é colocado de cada lado do membro. A meta dessa colocação de eletrodos é permitir que o campo elétrico seja orientado na mesma direção dos tecidos, proporcionando desse modo boas condições para que a corrente flua através dos tecidos de baixa resistência.
· Aplicação indutiva: Baseia-se na formação de um campo magnético alternante formado pela passagem de corrente alternada de alta frequência por uma bobina. O aquecimento ocorre pela corrente “em círculos” induzida no tecido por campo magnético. O campo elétrico também está presente, mas em menor intensidade. O cabo ou bobina de indutotermia é uma parte do circuito ressonante e um condutor de corrente de alta frequência que se comporta como uma onda eletromagnética. Os efeitos indutivos são decorrentes do campo magnético oscilante gerado pela corrente no centro do cabo. A energia se alastra para dentro dos tecidos, interagindo com os campos elétricos e magnéticos dos átomos e moléculas. O resultado é a indução eletromagnética de correntes elétricas em ângulo reto com a direção do campo magnético. 
Com a bobina, a maior parte do aquecimento ocorre nos tecidos superficiais, mas não predominantemente nos adiposos, como se dá com as aplicações capacitivas. O aquecimento é maior nos músculos superficiais. Se o cabo é usado, ele precisa estar a uma distância de 2 a 3 cm da superfície da pele para dar um alastramento suficiente do campo. Isso é obtido parcialmente pelo isolamento da borracha do cabo e em parte aplicando o cabo sobre toalhas ou outro material apropriado com no mínimo 1 cm de espessura.
Dosagem
	A escolha da dose para aplicação de OC e OCP tende a ser no sentido de uma dose mais baixa para condições mais agudas e uma dose mais alta para condições crônicas.
	- Frequência: 100 Hz;
 - Intensidade: confortável para o paciente.
	
Contra-indicacões
• marcapassos implantados (os campos eletromagnéticos podem interferir nesses, caso a proteção isolante do marcapasso seja insuficiente);
• metal nos tecidos ou fixadores externos (o metal concentra o campo magnético);
• sensação térmica comprometida (podem ocorrer queimaduras e aquecimento excessivo);
• pacientes que não cooperam (por ex., não cooperam fisicamente devido a distúrbios de movimento ou não cooperam mentalmente devido à incapacidade ou idade);
• gestação;
• áreas hemorrágicas (mulheres que estejam menstruando devem ser alertadas que pode ocorrer um aumento temporário no sangramento se a pelve for irradiada); 
• tecido isquêmico;
• tumores malignos (as células cancerosas se proliferam em resposta ao aquecimento e que a temperatura nos tumores tende a se elevar mais que nas células ao redor e, portanto, não deve ser aplicada nem mesmo uma dose baixa de OCP);
• tuberculose ativa;
• trombose venosa recente;
• paciente piréxico; e
• áreas da pele afetadas por sessões de raios X.

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