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TICS 7 - Catarata

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Nome: Edith Coradi Bisognin 2º Período - Medicina Data: 23/09/2021 
 
TICS 7 – CATARATA 
 
Qual a causa deste problema de saúde? Como enxerga um paciente com catarata? 
A catarata é definida como qualquer opacificação do cristalino que atrapalhe a entrada de 
luz nos olhos, acarretando diminuição da visão. As alterações podem levar desde 
pequenas distorções visuais até a cegueira. 
 
A opacidade do cristalino pode se desenvolver em vários locais: 
• Núcleo central do cristalino (catarata nuclear) 
• Por baixo da cápsula posterior do cristalino (catarata subcapsular posterior) 
• No lado do cristalino (catarata cortical) — estes geralmente não interferem com a visão 
central 
 
Inúmeras causas podem provocar ou acelerar o aparecimento de catarata, incluindo 
medicamentos (esteroides), substâncias tóxicas (nicotina), doenças metabólicas 
(diabetes mellitus, galactosemia, hipocalcemia, hipertiroidismo, doenças renais), trauma, 
radiações (UV, Raio X e outras), doença ocular (alta miopia, uveíte, pseudoexfoliação), 
cirurgia intraocular prévia (fístula antiglaucomatosa, vitrectomia posterior), infecção 
durante a gravidez (toxoplasmose, rubéola) e fatores nutricionais 
(desnutrição). 
 
Pode ser classificada em: 
➔ catarata congênita: presente ao nascimento 
➔ catarata secundária: aparece secundariamente, devido a fatores variados, tanto 
oculares (uveítes, tumores malignos intraoculares, glaucoma, descolamento de retina) 
como sistêmicos. No último caso, pode estar associada a traumatismos, moléstias 
endócrinas (diabetes mellitus, hipotireoidismo), causas tóxicas (corticoides tópicos e 
sistêmicos, cobre e ferro mióticos), exposição a radiações actínicas (infravermelho, 
raios X), traumatismos elétricos, entre outras. 
➔ catarata senil: opacidade do cristalino em consequência de alterações bioquímicas 
relacionadas à idade. Aproximadamente 85% das cataratas são classificadas como 
senis, com maior incidência na população acima de 50 anos. Nesses casos, não é 
considerada uma doença, mas um processo normal de envelhecimento. 
 
Tratamento 
O tratamento clínico, como prescrição de óculos, tem efeito transitório. O tratamento 
farmacológico é utilizado em alguns países da Europa e por alguns oftalmologistas 
brasileiros, entretanto não existe efetividade comprovada. A correção cirúrgica é a única 
opção para recuperação da capacidade visual do portador de catarata senil. 
 
Como enxerga um paciente com catarata? 
A catarata costuma desenvolver-se lentamente ao longo dos anos. Os primeiros sintomas 
podem ser: 
➔ Perda de contraste 
➔ Brilho intenso (círculos ao redor das luzes e explosões de estrelas, não fotofobia), 
➔ Necessidade de mais luz para ver bem e problemas para distinguir azul escuro de 
preto 
Nome: Edith Coradi Bisognin 2º Período - Medicina Data: 23/09/2021 
➔ Embaçamento indolor ocorre eventualmente. O grau de embaçamento depende da 
localização e da extensão da opacidade. 
➔ Visão dupla ou imagens fantasmas ocorrem raramente. 
 
Com uma catarata nuclear a visão à distância piora. A visão de perto pode melhorar nos 
estágios iniciais por causa de mudanças no índice de refração da lente; pacientes 
presbíopes podem temporariamente conseguir ler sem óculos (segunda vista). 
A catarata subcapsular posterior afeta desproporcionalmente a visão devido à opacidade 
estar localizada no ponto de passagem de raios de luz. Tais cataratas reduzem mais a 
acuidade visual quando a pupila se contrai (p. ex., em luz brilhante, durante a leitura). 
Também são o tipo mais provável de causar a perda de contraste, assim como o brilho 
intenso (halos e explosão de estrelas em torno das luzes), especialmente de luzes 
brilhantes ou de faróis do carro ao dirigir à noite. 
Raramente a catarata incha, impelindo a íris sobre a malha trabecular de drenagem, 
causando sua oclusão e, portanto, glaucoma secundário de ângulo fechado e dor. 
 
REFERÊNCIAS: 
• CBO. Catarata: Diagnóstico e tratamento. Projeto Diretrizes. Associação Médica 
Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2003. 
 
• Souza NV. Opacificações dos meios oculares. In: Rodrigues MLV, org. Oftalmologia 
para alunos de graduação em medicina. Legis Summa, Ribeirão Preto, 1992. p. 61-
66.

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