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Palestina - Soberania

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Nesta parte do texto, iremos tratar da contribuição do Direito Medieval no direito Contemporâneo. E assim, destacar o Direito na Idade Média, tendo por base o Direito Germânico, Feudal e Canônico. 
 Nos manuais de história podemos dividir a Idade Média, ou por outros, chamado de Idade Medieval de alta idade média e baixa idade média. Tendo início com a queda do Império Romano Ocidental em 476. 
Na alta idade média surgem novas civilizações: bizantina, latino-judaica-crista e árabe-islâmica. Fragmentado, então, o Império Romano em tribos. Neste período teve um mudando em relação ao tipo de economia da época, voltando a ser ruralizada, voltando a utilizar-se da agropecuária de subsistência. Tendo um atraso na economia, pois diminuía a urbanização e as trocas comerciais. Tendo ainda uma grande expansão do cristianismo. 
Desta forma, destituiu a força do imperador, concentrando o poder na mão do papa, tornando-se cada vez mais forte e influente. E os feudos, por serem economicamente autossuficientes, tinham também, internamente, seu próprio controle. Assim, com a divisão de tribos e a igreja fortemente impondo seus dogmas, o direito retorna a ser direcionado pelos costumes, não mais pelo direito romano clássico. Que teve um grande impacto na cultura.
Em matéria legislativa e cultural, os germânicos não possuíam, por se tratar de um povo menos civilizado, diferente dos romanos, que foram grandes legisladores. Apesar disso, ocorreram algumas codificações do direto germânico como por exemplo a Lex Salica, o Breviário de Alarico, o Edito de Teodorico, a Lex Romana Burgundiorum, o Edito do rei Rothari dos lombardos e os Estatutos dos reis anglo-saxões (que foram as únicas não escritas em latim). Sendo estes, regidos pelo princípio da personalidade do direito. 
A cada indivíduo se aplicava o Direito equivalente a sua origem. Assim, aos romanos, aplicava-se o Direito Romano; aos germânicos, o Direito Germânico. Havia exceções, como o Edito de Teodorico, de aplicação genérica. (FIUZA: 2007, p. 67).
Pode ser mencionado, também, um fato importante da idade média o surgimento do direito feudal, aproximadamente no século VII. 
Já na Baixa Idade Média, foram modificadas as estruturas de organização do sistema feudal. O Estado Nacional, com organização política absolutista domina a Europa. Tendo uma drástica mudança na economia, privilegiando as trocas comerciais, em detrimento da economia de subsistência. Assim, ocorrendo o desenvolvimento industrial e comercial, consequentemente, do sistema bancário e da urbanização. Além disso, houve elevação do nível cultural com o surgimento das universidades. 
O direito consuetudinário não mais atendia às necessidades da civilização. E, com relação à evolução do direito,
A modernização de um sistema jurídico pode dar-se de dois modos. Primeiramente, pela modificação interna do Direito nativo. Em segundo lugar, pela recepção de um Direito externo. Na Europa Ocidental, ocorreram os dois fenômenos ao mesmo tempo, daí se falar em sistema romano-germânico. (FIUZA: 2007, p. 68).
Tento como fato relevante, a volta do estudo do Direito Romano.
Com a intuição do feudalismo não houve uma política igualitária, pois, cada feudo, instituía as suas regras. Não havendo hierarquia entre as tribos existentes. As decisões com o a expansão da Igreja Católica, era tomada apelando para a vontade divina.
À medida que os bárbaros iam instalando-se no território romano, a Igreja, com sua astuta diplomacia, partiu para a tarefa de catequizá-los. Essa missão foi lenta, mas vitoriosa. Aos poucos, os povos germânicos foram convertendo-se à fé católica, deixando a Igreja em confortável posição de supremacia atemporal. (FIUZA: 2007, p. 65).
Ao analisar, o direito Feudal, por ter uma independência de soberania, onde cada feudo mantinha suas regras, onde nem mesmo as normas da igreja impunham suas condições, caso o senhor feudal, não dispusesse do mesmo entendimento. Mesmo não tendo normas positivas para regular o bem comum, existia uma relação importante de boa-fé, lealdade e fidelidade. Tendo como como primazia, a valorização das relações pessoais e da propriedade fundiária. 
Já em relação ao Direito Canônico, inspirados na lei divina, se dispunha de uma estrutura legislativa e judicial organizada e funcional. Neste momento da história, já tinha uma Constituição, que regia os direitos e deveres dos representantes da igreja, bem com, de seus fies, com ideal de paz, fraternidade, harmonia e solidariedade, princípios constitucionais da Constituição 88, julgando diretamente sobre o aspecto moral. Fazendo com que, instaurasse uma política em que os conflitos eram resolvidos por acordos, sendo que cada parte renunciava um pouco para transacionarem reciprocamente. Transcendendo este tipo de política no mundo contemporâneo. Como também, deixou de legado, a importância de um processo escrito, com participação do autor e do réu, previsão da possibilidade de reconvenção, preocupação com a realização de justiça (o “trânsito em julgado” só ocorria após três sentenças no mesmo sentido) e a figura dos advocati pauperum, procuradores destinados a proporcionar acesso à justiça aos necessitados, os defensores públicos nos dias atuais.
Com o ressurgimento do Direito Romano e do direito comum, para regular viu-se a importância de um direito que acompanhe a evolução da sociedade, que seja seguro e estável para que não tenha instabilidade econômica e melhor relação internas ou externas. E entende-se a necessidade da divisão das matérias de Direito para legislar cada área, com mais especificidade e que protegesse os cidadãos do Estado. Estando ligado diretamente com a definição da importância do público e privado. Surgindo nesta época, a classe dos juristas profissionais da Europa.
Também vemos a divisão e cada tribo, que podemos considerar Estados, que regulam as suas próprias normas pelos costumes internos, e detrimento do seu povo no seu território. Que chamamos de constituição. 
Neste legado, a Idade Média, foi berço da criação das universidades, estas, que começam em Bolonha, divididas em três gerações, são consideradas fundamentais para o desenvolvimento do direito, pois além de serem juristas capacitados, capazes de ler, escrever e redigir documentos com efeitos jurídicos, em meio a uma sociedade medieval com limitada escolaridade. Desta forma, estas universidades se preocupavam com criar a lei de forma teórico-dogmático bem como fazer com que estas normas criadas de nada veleira se não adaptassem ao seu tempo tendo como confirmação a função filosófica daquele acontecimento. Funções importantes no nosso direito contemporâneo.
REFERENCIAS 
FIUZA, César. Direito civil: curso completo. 10. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2007.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 29. ed. Saraiva, 2010.
file:///C:/Users/Warlen/Downloads/Contribui%C3%A7%C3%A3o%20da%20Idade%20%20Media%20para%20o%20Direito%20Brasileiro.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Bizantino
https://www.infoescola.com/historia/povos-germanicos/

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