Buscar

Direitos Reais I - Da Posse

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direitos Reais I 
Caracteristicas dos Direitos Reais 
• Inflexão: É a linha invisível que vincula o titular à coisa, e pode ser formada por direito ou 
fato (podendo se tornar, posteriormente, direito). É o PODER que o titular tem sobre a 
coisa. 
• Sequela: É o direito de perseguir a coisa onde quer que ela esteja. 
• Direito Erga Omnes: É imposto a TODOS (vizinhos, estranhos, parentes). 
• Amplo e Ilimitado (também é consequência): Um titular de Direito Real desfruta de uso, 
fruição e disposição/alienação, tendo mais direitos do que quem possui Direito 
Obrigacional (ex.: proprietário x locatário). 
• Absoluto: Desde que respeitadas as normas de Direito Público. 
Art. 1882 Código Civil e Comercial da Argentina → define Direito Real, tratando de 
persecução e preferência (CC/02 não traz nenhuma definição). 
"El derecho real es el poder jurídico, de estructura legal, que se ejerce directamente sobre su objeto, en forma 
autónoma y que atribuye a su titular las facultades de persecución y preferencia, y las demás previstas en este 
Código." 
❋ 
Posse 
Arts. 1196 a 1224 CC/02 → Fora de Direitos Reais, mas Direito das Coisas = Direitos Reais, 
com exceção de uma espécie de posse que é OBRIGACIONAL! 
↳ A Posse é DIREITO → exercício de poderes possessórios inerentes à propriedade. 
Art. 1909 → Código Argentino (Lorenzetti): Há posse quando uma pessoa, por si ou através 
de outra, exerce poder de fato sobre uma coisa, comportando-se como titular de um direito 
real, seja ou não. 
Art. 2255 → Código Civil Frances (Redação L561/08) 
“Posse é um direito subjetivo real em que o titular exerce um conjunto de atos materiais 
tendentes a conservar a coisa própria ou alheia, para dela usar e fruir.” - Sérvio Túlio 
Obs.: Nem sempre a posse e a propriedade surgem de um contrato! 
❋ 
Teorias da Posse 
Dois juristas alemães foram precursores → Savigny e Ihering. 
• Teoria Subjetiva (Savigny): Para haver posse de verdade é necessário que estejam presentes 2 
elementos: Corpus e Animus. 
	 ⪢ Corpus: objeto, contato com a coisa; 
	 ⪢ Animus: intenção de ter a coisa como sua, ter para si; 
	 ⪢ Essa teoria não representa importância conceitual para definir a posse. 
• Teoria Objetiva (Ihering): Para haver posse, basta o corpus, ou seja, o poder de fato e de 
direito sobre a coisa e a inflexão (teoria adotada pelo CC/O2). 
	 ⪢ O Animus (intenção) não é necessária, mas pode estar presente mesmo que de 
forma implícita. 
Art. 1196 CC/02 → “Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de 
algum dos poderes inerentes à propriedade.” 
Obs.: Direitos Inerentes à propriedade - Art. 1228 → Uso, Fruição e Disposição/Alienação. 
Possuidor é aquele que tem, pelo menos, um dos direitos inerentes à propriedade. 
→ O fato de usarmos a Teoria Objetiva não significa que a outra não possui relevância 
alguma! 
	 Ex.: A alugou uma casa para B. C invade a casa com a intenção de possuí-la. B entra 
com uma ação possessória, porque é quem ESTÁ na posse. 
❋ 
Classificacao da Posse 
1) Direta e Indireta 
Art. 1197 → A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em 
virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o 
possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. 
• Essa classificação trata dos desdobramentos da posse. Por força de um contrato, o possuidor 
(não diz proprietário), por exemplo, loca um imóvel para outra pessoa e se torna possuidor 
indireta da coisa; 
• O desdobramento da posse em Direta e Indireta também pode ser chamado de Posse 
Subordinada, Contratual, Dependente, Derivada ou Acessória; 
• Sem contrato (escrito ou verbal) NÃO há desdobramento da posse! Se o Possuidor Direto 
não cumprir com as obrigações contratuais, o Possuidor Indireto pode rescindir o contrato; 
• Obs.: Quando se tratar de LOCAÇÃO (Art. 5º Lei 8.245/91), toda ação para rescisão de 
contrato é Ação de Despejo! É a única hipótese onde não cabe Reintegração de Posse, nem 
Manutenção da Posse; 
• Antes da posse ser reintegrada, é necessário rescindir o contrato; 
• O final do artigo 1197, que permite ação de manutenção da posse, mostra que o legislador 
protege o Possuidor Direto de eventuais perturbações da posse. 
2) Jurídica e Natural 
Art. 1198 → “Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para 
com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.” 
• Posse Jurídica: É aquela legalmente protegida, pois aquele indivíduo é, de fato, possuidor; 
• Posse Natural: É a exercida pelo detentor, que não a conserva em seu nome, nem toma 
decisões → Serviente da Posse. Ex.: Caseiro, Caixa de Banco, Empregada Doméstica; 
• Posse Natural NÃO configura usucapião! Mas se o detentor morre e seu descendente não 
tem nenhuma relação com o possuidor e passa a deter a posse, pode configurar usucapião; 
3) Exclusiva e Composse 
Art. 1199 → “Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer 
sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.” 
• Somente 1 Possuidor: Exclusiva; 
• 2 ou mais Possuidores: Composse; 
• NÃO é Condomínio! 
• Nessa classificação, não se fala em desdobramento da posse, porque são Possuidores que 
estão do mesmo lado; 
4) Justa e Injusta 
Art. 1200 → “É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.” 
• Posse Injusta: Esbulho Possessório → Fundamento para Ação de Reintegração de Posse; 
• Precária: não devolução da coisa; 
• Violenta: tomada de frente; 
• Clandestina: tomada “pelas costas”; 
Art. 1208 → “Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não 
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência 
ou a clandestinidade.” 
Obs.: A precariedade não é contemplada pelo Artigo 1208 porque ela NUNCA cessa! 
• Se quem tomou o que era posse de outro, tiver a coisa tomada, pode entrar com ação 
possessória, por ser possuidor protegido; 
• Quando se tratar de Locação, e não houver devolução, não se trata de Esbulho Possessório, 
mas sim de infração contratual; 
5) De Boa-Fé e de Má-Fé 
• Má-Fé: a pessoa conhece a posse e o possuidor e a toma, conhece o vício; 
• Pode configurar usucapião; 
• Em áreas rurais é comum a transferência da posse por instrumento particular → Possuidor 
de boa-fé; 
• Tradens: quem transmite a posse; 
• Accipiens: quem adquire a posse; 
• A boa-fé termina quando o possuidor é citado para devolver a coisa; 
• Arts. 1201, 1202 e 1203 CC/02; 
• Justo Título: “É necessário que se entenda como todo e qualquer documento escrito, 
revestido de certas formalidades que demonstre qe quem exerce posse sobre o bem pode 
justificar a razão do poder de fato e de direito e a investidor do possuidor. Se ele desconhece 
o vício que o impede de adquirir a coisa, bem como justificar o exercício da posse com um 
documento, é possuidor de boa-fé. Eventual prazo para transformar posse em propriedade 
pela usucapião é reduzido quando se tratar de possuidor de boa-fé, assim presumido, assim 
por ser portador de Justo Título (Art. 1242). Além disso, tem direito à indenização por 
acessões e benfeitorias, persecução de frutos e direito de retenção pelas benfeitorias 
necessárias e úteis. Grande parte da doutrina conceitua o Justo Título como “o título hábil a 
transferir um domínio e que realmente o transferiria, se emanando do proprietário 
verdadeiro.”. Contudo, não se está tratando de propriedade, mas sim de posse; 
• Há posse de boa-fé com ou sem Justo Título; 
• Acessões: Construção com incorporação natural ou artificial; 
• Indenização por benfeitorias engloba acessões; 
6) Nova e Velha 
• Não tem no CC; 
• Art. 558 CPC; 
• Após 1 ano e 1 dia do esbulho (turbação), é Posse Velha, e a Nova é a anterior a esse 
período. Isso significa que se o Possuidor Turbado (molestado, sem perder a posse), querfazer cessar a turbação ou fazer recuperar a posse e obter a liminar na ação correspondente, 
terá que intentá-la no prazo de 1 ano e 1 dia. Se não fizer, terá direito a proteção 
possessória, não mais fazendo jus, entretanto, a obter a manutenção da posse; 
• Classificação de índole PROCESSUAL; 
7) Ad Interdicta e Ad Usucapionem 
• Ad Interdicta: posse protegida pelas ações possessórias (Interditos Possessórios), sem que dê 
origem à usucapião; 
• Ad Usucapionem: posse hábil a ser transformada em propriedade porque tem 
características para tanto. Além de ser protegida pelas ações possessórias e exercida com a 
intenção de ser transformada em propriedade através da usucapião; 
• Toda posse ad usucapionem é ad interdicta, mas nem toda ad interdita é ad usucapionem; 
• Art. 2261 Código Civil Francês 
8) Jus Possidendi e Jus Possessioni 
• Jus Possidendi (Posse máxima, direitos previstos no Artigo 1228) decorre da propriedade; 
• Jus Possessioni decorre da posse; 
9) Originária, Derivada e Hereditária 
• Originária se origina com o próprio possuidor, ninguém transmite pra ele; 
• Derivada se origina quando se adquire do possuidor; 
• Hereditária é quando se herda a posse (Art. 1784, 1206 e 1207); 
	 
❋ 
Graduacao da Posse 
→ De acordo com a relevância da posse e sua proteção, o exercício confere a seu titular real, 
ou aparente, direitos e obrigações. Assim, a posse pode ser graduada em: 
• Jus Possidendi; 
• Ad usucapionem; 
• Ad Interdicta; 
• Jus Possessionis; 
• Direta; 
• Natural. 
Obs.: Posse ad interdicta ainda não tem reunidos todos os requisitos para ser exercida a posse 
usucapionem, nem para transformá-la em propriedade (prazo não teve início). 
❋ 
Aquisicao e Perda da Posse 
Art. 1204 → "Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em 
nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.” 
• Nome próprio (Se fosse outro, seria natural); 
• Posse independente; 
Art. 1207 → 
• Sucessor universal: Herdeiro que participa de todo testamento; 
• Obs.: Pacta Corvina → Contrato pós morte: inválido (Art. 426); 
Art. 1208 → 
• Mera permissão ou tolerância. Não é comodato, mas pode durar algum tempo; 
• Quando não devolve: posse injusta; 
• Não há interdicta contra o proprietário (não é posse); 
• "Poder provisório”, não cabe proteção caso o proprietário peça de volta (mora); 
+Arts. 2262 e 2263 do Código Civil Francês 
Aquisicao da Posse 
i. Modos originários de aquisição da posse 
i.a Apreensão da coisa móvel (pesca); 
i.b [COMPLETAR] 
ii. Modos derivados de aquisição da posse 
→ Tradição: aquisição da posse e da propriedade das coisas móveis e da posse das coisas 
imóveis; 
•	As coisas imóveis têm modos diferentes de aquisição; 
• A tradição se divide em 3 tipos: 
	 a. Real ou efetiva 
	 → É aquela em que há a entrega efetiva da coisa, adquire a posse e a propriedade (só 	
	 móvel); 
	 b. Ficta ou simbólica 
	 → É aquela que se dá por um representativo da coisa (coisa móvel e imóvel); 
	 → Ex.: Chave de carro; 
	 c. Consensual ou subentendida (Art. 1267 p. único) 
	 → É aquela que se dá pela mudança do caráter possessório; 
	 → Pode ser: 
• Traditu brevi manu: transforma a posse que era em nome alheio para posse 
em nome próprio; 
• Constitutium possessorium: o inverso; 
Perda da Posse 
→ Ausência dos elementos corpus e animus 
• Quando se verifica abandono/tradição; 
• Não tem a intenção de ter a coisa para si; 
→ Ausência de corpus 
• O possuidor tem a intenção de continuar tendo a coisa; 
• Perda ou destruição da coisa; 
• Esbulho possessório; 
• Coisa posta fora do comércio; 
• Coisa apreendida; 
• Desapropiação; 
• Execução fiscal; 
→ Ausência de animus 
• Constituto possessório; 
❋ 
Efeitos da Posse 
1) Faculdade de invocar os interditos possessórios 
Art. 1210 caput → 
• Manutenção da posse em caso de turbação; 
• Turbação: sequência de fatos; 
Art. 560 CPC → 
• Restituído no caso de esbulho; 
Art. 567 CPC → 
• Segurado de violência iminente; 
• Ex.: caso você more em um lugar e estejam ocorrendo várias invasões, você pode entrar 
com uma ação para prevenir; 
Sérvio Túlio: “A faculdade de invocar os interditos e o direito de propor as ações possessórias 
para a proteção do direito real em estudo. É o segundo maior efeito da posse. Tanto o Código 
Civil quanto o CPC enumeram as ações possessórias, reconhecendo-as a proteger da 
turbação, esbulho ou ameaça de turbação ou esbulho. Ambos os diplomas mencionados não 
reconhecem outras ações que venham a proteger a posse. Surge, destarte, a classificação das 
ações possessórias em puras/por excelência e impuras/por extensão.” 
1.1) Ações Possessórias Puras → Só levam em conta a POSSE! 
I) Manutenção da posse 
• Em Roma se chamava interdictum retinendar possessionis = ação de força nova turbativa; 
• Art. 561 CPC → o que o autor deve provar na PI; 
• Art. 562 CPC → é a ação adequada para a manutenção da posse; 
• Art. 555 → para cessar a turbação; 
• “A palavra turbação é sinônimo de perturbação ou molestação da posse. A doutrina 
classifica turbação em: a) de fato/de direito (quando você perturba de fato/contesta a posse 
do outro (judicial ou não); e b) direta/indireta (indireta: ex.: vizinho que fica dizendo pra 
ninguém alugar a casa do outro); 
II) Reintegração de posse 
• Interdictum recuperandar possessionis = ação de força nova espoliativa; 
• Fruto de posse injusta, esbulho (pressuposto); 
• Art. 560 CPC → O possuidor tem direito a ser reintegrado em caso de esbulho; 
• Esbulho leve: não devolver a coisa após o término do contrato; 
III) Interdito proibitório 
• Quando não há nem esbulho nem turbação, mas sim ameaça; 
1.2) Ações Impuras → levam em conta outros direitos mais que baseiam indiretamente a 
posse; 
I) Imissão 
• Ação para quem quer se investir pela primeira vez na posse e não tem título de propriedade; 
• Não existe mais no CPC; 
• A imissão serve para um titular de direito real se investir pela primeira vez na posse de um 
bem, em regra, recentemente prometido/cedido por instrumento escrito e levado a registro 
imobiliário. Se a aquisição se dá por meio definitivo, deve ser ação reivindicatória; 
• A ação de imissão ainda sobrevive em favor daquele que arremata imóvel em leilão, cujo 
devedor não efetuou o pagamento das prestações; 
Aspectos processuais das ações possessórias 
Art. 554 CPC → A ação pode ser “transformada” em curso, se provados os pressupostos (ex.: 
ameaça que vira posse); 
Art. 556 CPC → Caráter dúplice; 
Art. 557 CPC → Alegação de domínio 
• É a defesa do proprietário na ação possessória com um lastro no direito de propriedade. 
Também é alegação de domínio a propositura de ação de reintegração de posse pelo 
proprietário que nunca exerceu posse. Trata-se de desvirtuamento da proteção possessória, 
pois a parte que alega domínio não está fundamentando a pretensão de Direito Real de 
Posse, e sim de Direito Real de Propriedade. A ação de reintegração, como foi visto, tem 
como pressuposto principal o esbulho praticado pelo réu. Se não há esbulho (posse injusta), 
não pode haver reintegração. O proprietário sem posse deve-se socorrer da ação 
reivindicatória. A alegação de domínio só prevalece quando a posse está sendo disputada 
com base na propriedade, como é o caso de que o autor ou o réu ingressa com uma ação 
possessória sendo cessionária do proeminente devedor e a outra se apresenta e comprova 
que é proprietária, sendo o exercício da posse duvidosa. Art. 1210 p.2º CC, 557 p.único 
CPC e Súmula 487 STF. 
	Direitos Reais I

Continue navegando