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QUESTIONÁRIO - DIREITOS REAIS - POSSE

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QUESTIONÁRIO SOBRE POSSE
01. Quais as características dos direitos reais?
R: Os direitos reais se apoiam na relação entre homem e coisa, sendo que esta deve possuir valor econômico e suscetível de apropriação. As características principais dos direitos reais são: taxatividade, oponibilidade “erga omnes”, sequela e aderência. 
02. Como ocorre a transmissão dos direitos reais?
R: O Constituto Possessório é uma modalidade ficta da posse, ou seja, não há efetiva tradição da coisa. Há também a transmissão por sentença declaratória da usucapião, registro e o direito hereditário são modos de transmissão derivada.
03. O que é uma obrigação propter rem? Indique alguns exemplos.
R: É aquela que recai sobre uma pessoa em razão da sua qualidade de proprietário ou de titular de um direito real sobre um bem. A obrigação propter rem segue o bem (a coisa), passando do antigo proprietário ao novo que adquire junto com o bem o dever de satisfazer a obrigação. Ex.: a obrigação imposta ao condômino de concorrer para as despesas de conservação da coisa comum (artigo 1.315); a do condômino, no condomínio em edificações, de não alterar a fachada do prédio (artigo 1.336, III); a obrigação que tem o dono da coisa perdida de recompensar e indenizar o descobridor (artigo 1.234); a dos donos de imóveis confinantes, de concorrerem para as despesas de construção e conservação de tapumes divisórios (artigo 1.297, § 1º) ou de demar­cação entre os prédios (artigo 1.297); a obrigação de dar caução pelo dano iminente (dano infecto) quando o prédio vizinho estiver ameaçado de ruína (artigo 1.280); e a obrigação de indenizar benfeitorias (artigo 1.219).
04. Qual a diferença entre constituto possessório e traditio brevi manu? 
R: Constituto possessório, também conhecido cláusula constituti, trata-se de uma operação jurídica que altera a titularidade na posse, de maneira que aquele que possuía em nome próprio, passa a possuir em nome alheio. O traditio brevi manu será o inverso do constituto possessório ocorre quando a pessoa que possuí em nome alheio passa a possuir em nome próprio.
05. O que vem a ser “jus possidendi” e “jus possessionis”
R: Jus possidendi é a posse que tem por substrato uma propriedade– é o proprietário-possuidor. Jus possessionis é a posse que não tem substrato jurídico. Tem por substrato uma mera situação de fato.
06. Qual a diferença entre posse e detenção?
R: Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. A detenção é aquela situação em que alguém conserva a posse em nome de outro e em cumprimento às suas ordens e instruções.
07. Qual o traço característico da teoria de Ihering?
R: Não precisa ter o ânimo, apenas precisa de comportamento como se fosse proprietário
08. Qual a natureza jurídica da posse?
R: Ius possessionis - Direito originado da situação jurídica da posse, e que independe da preexistência de uma relação. É o direito DE posse. Possibilidade de defesa pelos interditos. Se relaciona com a posse direita e indireta. Sem título.
09. O que se entende por fâmulo da posse?
R: O fâmulo da posse é aquele que, em razão de sua situação de dependência em relação a outra pessoa (ao dono ou possuidor), exerce sobre a coisa, não um poder próprio, mas dependente. Está a serviço da posse de outro, é instrumento mecânico de posse, mas não possuidor
010. O que vem a ser composse?
R: Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores. = Duas ou mais pessoas tem a posse sobre o mesmo bem, seja móvel ou imóvel. 
011. O que diferencia composse pro diviso e de composse pro indiviso?
R: Composse pro indiviso ou indivisível = Cada compossuidor têm fração ideal da posse
Composse pro divisio ou divisível = Cada compossuidor sabe qual a sua parte 
012. O detentor poderá valer-se das ações possessórias para defender a sua posse?
R: O detentor fâmulo, o de mera permissão ou o de mera tolerância não possui legitimidade para ajuizar ações possessórias em defesa da posse no caso de uma ameaça, esbulho ou turbação sobre o bem, mas poderá exercer a defesa da posse pela via da legítima defesa ou do desforço imediato, limitados ao exercício dos meios moderados para proteção da posse.
013. Diferencie atos permissão de atos de tolerância. Eles recebem proteção possessória?
R: A permissão pode ser expressa, por escrito ou provada por depoimento convincente de testemunha, que viu ou ouviu o proprietário permitir o uso da coisa temporariamente. Nesse caso, o permissionário se equipara ao comodatário (possuidor direito). : A tolerância é uma permissão tácita. O proprietário ou possuidor não toma nenhuma providência mesmo sabendo que alguém está exercendo um ou alguns dos poderes inerentes à propriedade sobre a coisa objeto do direito daquele. A mera tolerância só ocorre quando há uma justificativa convincente, devido à existência de um vínculo de amizade muito forte ou de parentesco que justifique o titular não haver tomado tempestivamente nenhuma providência no sentido de retomar a coisa. 
014. Explique o que significa posse injusta, precária e violenta.
R: Posse injusta é viciada inter parte, mas seu vício não gera efeitos erga emnes. Se adquire por abuso de confiança. É precária, por exemplo, a posse daquele que, tendo se comprometido a restituir determinada coisa ao final do prazo avençado para o término da relação jurídica que a originou, recusa-se injustamente a fazê-lo. Isso configura uma quebra de confiança por parte do possuidor; que passa a exercer a posse em nome próprio. Este vício, portanto, pressupõe uma relação jurídica real ou obrigacional entre o possuidor e o proprietário, e que pode ser visualizada com a recusa do locatário em restringir o imóvel ao locador, após o termo do contrato, em hipótese que não lhe caiba direito de retenção. A posse violenta é aquela obtida pela força. A violência pode se manifestar física ou moralmente; ser dirigida ao legítimo possuidor ou ao servidor da posse, não sendo considerada violência a praticada contra a coisa, como o rompimento de obstáculos
015. A posse injusta, precária ou violenta pode levar à usucapião?
R: Sim
016. Quais são as ações que a doutrina classicamente denomina de interditos possessórios?
R: Ação de Manutenção de Posse; Ação de Reintegração de Posse e Interdito Proibitório
017. Qual a diferença entre turbação e esbulho?
R: O esbulho (ou esbulho possessório) consiste na privação total da posse de um bem. Através dele o possuidor perde todo o contato com o bem esbulhado. Também é chamado de esbulho violento, quando a ofensa envolve medidas que impossibilitam o possuidor de reaver o bem. A turbação é uma ofensa menor ao direito de posse. Consiste em um esbulho parcial no qual o possuidor perde somente parte da posse de um bem, sem que haja perda de contato com o bem turbado.
018. O que diferencia as chamadas ações possessórias por força velha e por “força nova? 
R: Quando a propositura da ação se dá em um período de até um ano e um dia do esbulho ou turbação, é chamada de ação de força nova. Nesse caso, seguem-se os procedimentos dispostos nos arts. 560 a 568 do Novo CPC.
Se a propositura da ação se dá em um prazo superior a um ano e um dia do esbulho ou turbação, elas são chamadas de ação de força velha. Nesse caso, segue-se o procedimento comum, conforme determina o art. 558, parágrafo único, do Novo CPC. Ainda assim, elas não perdem o caráter de ações possessórias.
019. Qual a diferença entre posse direta e posse indireta?
R: A posse direta seria a de quem exerce o poder de uso (poder de fato sobre a coisa). A posse indireta é aquela exercida por quem detém todos os outros direitos, a não ser o de uso (já que esse é exercido em nome do possuidor direto).
020. Explique o principio da continuidade do caráter da posse.
R: Art. 1.203. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida.
Art. 1.208. Não induzem posso os atos de mera permissãoou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. 
Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter da que foi adquirida; ou seja, a posse guarda o caráter de sua aquisição.
021. Diferencie posse de boa-fé de posse de má-fé.
R: Pelo artigo 1201, posse de boa-fé, quando o possuidor ignora o vício da posse ou obstáculo que impede a aquisição da coisa. A posse de má-fé é aquela que o possuirdor tem ciência de seus vícios.
022. Explique o que é justo título
R: Pode se concretizar em uma escritura de compra e venda, formal de partilha, carta de arrematação, enfim, um instrumento extrinsecamente adequado à aquisição do bem por modo derivado. Importa que contenha aparência de legítimo e válido, com potencialidade de transferir direito real, a ponto de induzir qualquer pessoa normalmente cautelosa a incidir em equívoco sobre a sua real situação jurídica perante a coisa. É o instrumento que conduz um possuidor a iludir-se por acreditar que ele lhe outorga a condição de proprietário. Trata-se de um título que, em tese, apresenta-se como instrumento formalmente idôneo a transferir a propriedade, malgrado apresente algum defeito que impeça a sua aquisição. Em outras palavras, é o ato translativo inapto a transferir a propriedade por padecer de um vício de natureza formal ou substancial
023. Diferencie posse ad interficta de posse ad usucapionem?
R: Posse “Ad Interdicta”: digamos que seria a posse comum, aquela adotada pelo Código Civil Brasileiro, Teoria Objetiva de Ihering. É aquela posse de boa-fé, onde não existe a presunção de um futuro usucapião.
Posse “Usucapionem”: em contrapartida, esta posse condiz com a vontade de ter para si, com o “animus domini”. Neste instituto especificamente, a posse pode transformar-se em um direito real (propriedade), por intermédio do fenômeno, usucapião.
024. Explique como a legislação trata a percepção dos frutos quanto à posse de boa-fé e a posse de má-fé.
R: Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos (colhidos)
Parágrafo Único. Os frutos pendentes (verdes) ao tempo em que cessar a boa-fé dever ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação. 
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
025. Explique como a legislação trata as benfeitorias quanto à posse de boa-fé e a posse de má-fé.
R: Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.
026. Quais as formas originárias de aquisição da posse?
R: Originais: Não houve transferência de um possuidor anterior 
- Apreensão de bem móvel
- Coisa sem dono (res nullius)
- Coisa abandonada (res derelicta)
027. Quais as formas derivadas de aquisição da posse?
R: Derivada: Quando houve transferência
- Tradição real 
- Tradição simbólica 
- Tradição ficta
028. Explique a faculdade conferida ao sucessor singular quanto à continuidade da posse contida no artigo 1.207 do CC.
R: A faculdade conferida ao sucessor singular de somar ou não o tempo da posse de seu antecessor não significa que, ao optar por nova contagem, estará livre do vício objetivo que maculava a posse anterior. Se a posse for uma posse injusta, e a pessoa for vender para outra, e a pessoa quer entrar com ação de usucapião, de acordo com o artigo diz que tudo bem unir as posses, mas de acordo com o enunciado, o comprador não soma a posse, esperar passar os anos para que possa ingressar com a ação de usucapião, para que possa se livrar dos vícios da posse (não haverá escritura pública de compra e venda, por que na verdade não há propriedade.) Regra: Singular = tem a faculdade, mas se for viciada, ela continuará viciada 
029. O que significa o princípio da continuidade da posse?
R: A posse pode ser transmitida por herança. Assim, tendo em vista o princípio da continuidade da posse, os vícios objetivos ou subjetivos transmitem-se ao sucessor. 
030. Quando ocorre a perda da posse?
R: Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196. Art. 520, CC /16. Perde-se a posse das coisas:
I-Pelo abandono;
II- Pela tradição;
III- Pela perda, ou destruição delas, ou por serem postas fora de comércio;
IV- Pela posse de outrem, ainda contra a vontade do possuidor, se este não foi manutenido, ou reintegrado em tempo competente;
V- Pelo Constituto possessório; 
031. Quais são os requisitos das ações possessórias?
R: Para propor uma ação possessória, o Novo CPC estabelece alguns requisitos. Dessa forma, o art. 561, NCPC, determina que o autor deverá comprovar:
- a posse;
- o esbulho ou a turbação;
- a data do esbulho ou turbação;
- e, por fim, os efeitos do esbulho ou turbação.
032. O que significa o princípio da fungibilidade das ações possessórias?
R: Princípio da fungibilidade – art. 554 CPC. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados.

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