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Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia Controle neuroendócrino: ➛ Sistema Nervoso ✓ Ação rápida ✓ A curto prazo ✓ Com efeito localizado ➛ Sistema endócrino ✓ Ação lenta, porém duradoura ✓ A médio e longo prazo ✓ Efeito amplo ➛ Os dois sistemas agem de maneira integrada, garantindo a homeostasia do organismo, tornando-o operacional para se relacionar com o meio ambiente. Pressão arterial: ➛ A relação que define a pressão é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência PA = DC x RVP PA: força propulsosa cardíaca DC: quantidade de sangue ejetada por minuto - capacidade de dilatação elástica (DC = FC x VS) RVP: resistência ao fluxo sanguíneo (arteríolas e artérias < 200 mM) ➛ É a pressão arterial mais alta que pode ser medida durante um ciclo cardíaco ➛ É a pressão na artéria após o sangue ser ejetado pelo VE ➛ É a mais baixa pressão arterial que pode ser medida durante um ciclo cardíaco ➛ É a pressão na artéria durante o relaxamento ➛ É a diferença entre as pressões diastólicas e diastólicas ➛ Pode ser usada como indicador do debito sistólico ➛ É a média das pressões durante o ciclo cardíaco IMPORTANTE: VS: influenciado pela pré-carga (volume diastólico final), pós-carga e contratilidade Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia ➛ Reflexo barorreceptor arterial: ➛ Barorreceptores: ➛ Simpático: ✓ Função primária ✓ Frequência cardíaca e contratilidade ➛ Parassimpático: ✓ Função secundária ✓ Pequeno papel na regulação da circulação Influencia no controle da frequência cardíaca e ligeira diminuição da contratilidade do musculo liso ✓ bloqueou toda transmissão dos impulsos nervosos simpáticos ✓ perda do tônus vasoconstritor ✓ Norepinefrina principal substancia hormonal vasoconstritora ➛ A grande maioria das arteríolas da circulação sistêmica se contrai, o que aumenta muito a resistência periférica total, elevando a PA Durante estimulação simpática intensa, o coração pode bombear cerca de duas vezes mais sangue que nas condições normais, o que contribui ainda mais para a elevação aguda da pressão arterial. Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia ➛ Terminações nervosas localizadas nas paredes das artérias que são estimulados pelo estiramento ➛ São extremamente abundantes: ✓ Na parede de cada artéria carótida interna, pouco acima da bifurcação carotídea, na área conhecida como seio carotídeo - nervo de Hering -> nervo glossofaríngeo -> centro vasomotor ✓ Na parede do arco aórtico - nervo vago -> centro vasomotor ➛ O aumento da pressão arterial estira os barorreceptores, fazendo com que transmitam sinais para o SNC. Sinais de feedback são enviados de volta pelo sistema nervoso autônomo para a circulação, reduzindo a pressão arterial até seu nível normal. ➛ Alteração reflexa da pressão arterial, causada pela oclusão das duas artérias carótidas comuns: ✓ Reduz a pressão nos seios carotídeos, resultando na diminuição dos sinais dos barorreceptores e menor efeito inibitório sobre o centro vasomotor ✓ Remoção da oclusão permite que a pressão nos seios carotídeos se eleve, e o reflexo dos seios carotídeos provoca a queda imediata da pressão aórtica ➛ Os Barorreceptores atenuam as variações da PA durante as alterações da postura corporal ✓ Após a mudança de posição, a pressão arterial, na cabeça e na parte superior do corpo, tende a diminuir, e a acentuada redução dessa pressão poderia provocar a perda da consciência. ✓ A queda da pressão nos barorreceptores ocasiona reflexo imediato, resultando em forte descarga simpática em todo o corpo, o que minimiza a queda da pressão na cabeça e na parte superior do corpo ➛ Se reduz a frequência de disparo do barorreceptor: Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia ➛ Se aumenta a frequência de disparo do barorreceptor: ➛ Estimulação do simpático ocorre pela baixa pressão arterial: ✓ Atuação no nó SA -> aumento FC; ✓ Aumento força contração do cardiomiócito; ✓ Aumento vasoconstrição - artérias e veias. ➛ Estimulação do parassimpático ocorre pelo aumento da pressão arterial: ✓ Atuação no nó SA - baixa FC Quimiorreceptores: ➛ Células sensíveis ao baixo nível de oxigênio e ao excesso de dióxido de carbono e de íons hidrogênio. ➛ Estão situados em diversos pequenos órgãos quimiorreceptores, com dimensões de cerca de 2 milímetros (dois corpos carotídeos localizados na bifurcação de cada artéria carótida comum e geralmente um a três corpos aórticos adjacentes à aorta) ➛ Excitam fibras nervosas que, junto com as fibras barorreceptoras, passam pelos nervos de Hering e pelos nervos vagos, dirigindo-se para o centro vasomotor do tronco encefálico ➛ Quando a [O2] no sangue arterial baixa até menos que o normal, os quimiorreceptores são intensamente estimulados. ➛ Mecanismo de Regulação dos quimiorreceptores: ✓ Estimulados para ativar o SNS e inibir o SNPS; ✓ Sensível a variação da queda PA, PH e hipercapnia; ✓ Atua em centro cardiovascular e respiratório ➛ Modulação simpática da função cardíaca: ➛ Modulação parassimpática da função cardíaca: Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia Controle da PA a médio e longo prazo: ➛ Esse controle, a longo prazo, da pressão arterial está intimamente relacionado à homeostasia do volume de líquido corporal, determinado pelo balanço entre a ingestão e a eliminação de líquido ✓ Os rins tem papel fundamental na regulação da excreção de sal e água Papel do rim no controle da PA: ➛ Órgão controlador da PA a médio e longo prazo ➛ O sal afeta a osmolalidade – aumenta o estimulo da sede e libera o hormônio ADH ➛ Se o volume sanguíneo aumenta e a capacitância vascular não é alterada, a pressão arterial se elevará também. Essa elevação faz com que os rins excretem o volume excessivo – pela urina – normalizando a pressão. ➛ A compensação homeostática pelos rins ocorre de forma mais lenta porque os rins estão sob controle endócrino e neuroendócrino ➛ Para uma mudança pequena na PA e um alteração baixa do volume sanguíneo o sistema neural age regulando, mas se a alteração do volume sanguíneo se mantém ou é alta, os rins agem para ajudar na homeostasia ✓ Diurese de pressão: aumento do débito urinário devido ao aumento da PA ✓ Natriurese de pressão: aumento da eliminação de sal ➛ Determinados pelo controle da volemia ➛ Em uma situação de volume sanguíneo e PA baixa: ✓ Nesse caso, o rim atua como um grande poupador da água e do sal – favorece a maior retenção dos líquidos corporais; aumentando a PA ➛ Em uma situação de volume sanguíneo e PA alta: Camila Mariana Castrode Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia ➛ Hormônio antidiurético ➛ Função: diminui a diurese – mantém o volume sanguíneo – aumenta a PA ➛ Estimulado a ser secretado em situações em que há a diminuição da PA e a osmolalidade esteja baixa – hipovolemia grave ➛ O ADH é incentivado a ser liberado na corrente sanguínea pelo hipotálamo – esse ADH fica armazenado na neuro-hipófise e é secretado no sangue ➛ Garante a reabsorção da água ➛ Bebida alcoólica inibe a liberação do ADH ✓ O ADH se liga aos receptores V2 na membrana basolateral das células. Essa ligação ativa uma proteína G e o sistema de segundo mensageiro do AMPc ✓ A fosforilação subsequente de proteína faz as vesículas de AQP2 (aquaporina 2 - canal de água controlado pelo ADH) se moverem para a membrana apical e fundirem-se com ela ✓ A exocitose insere os poros de água AQP2 na membrana apical, tornando a célula permeável à água. ➛ ADH em altas concentrações: ✓ Vasoconstrição arteriolar (via receptor V1) ✓ Aumenta resistência periférica total ✓ Aumento da PA ➛ Controle de secreção de vasopressina: ➛ Balanço de sódio: ✓ A adição de NaCl no corpo aumenta a osmolalidade Secreção de vasopressina e a sede ✓ A vasopressina liberada induz a conservação de agua pelos rins e concentra a urina ✓ A secreção de vasopressina resulta em altas [ADH] que levam ao aumento da PA ➛ Hormônio esteroidal ➛ Região do córtex suprarrenal secreta aldosterona ➛ Permite a reabsorção do sódio – retira o sódio do ✓ Na presença de ADH há a reabsorção de água (permeabilização da membrana tubular) – urina concentrada e em menor volume ✓ Na ausência de ADH a membrana torna-se impermeável à agua – urina diluído e em maior volume Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia liquido dos túbulos renais e o retorna ao sangue ✓ Aumento da volemia sanguínea (volume circulatório) e aumento da PA ➛ Age em locais específicos – túbulos renais – células P do ducto coletor ➛ Reabsorção do sódio para o sangue e, consequentemente, há a secreção de K+ para os túbulos ➛ Passo a passo da ação da aldosterona: ✓ Entra nas células P por difusão simples e liga-se a um receptor citoplasmático. Na fase inicial da sua ação, canais de Na+ e K+ na membrana apical aumentam seu tempo de abertura sob a influência de uma molécula sinalizadora ainda não identificada. ✓ Com o aumento dos níveis intracelulares de Na+, a atividade da Na+, K+, ATPase aumenta, transportando o Na+ citoplasmático para o LEC e captando K+ do LEC para o interior da célula P. O resultado é um rápido aumento da reabsorção de Na+ e da secreção de K+ ✓ Na fase mais lenta da ação da aldosterona, canais e bombas recém-sintetizados são inseridos na membrana das células epiteliais Obs: A resbasorção de Na+ e água é regulada separadamente no néfron distal - a vasopressina precisa estar presente para tornar o epitélio do néfron distal permeável à água.. Em contrapartida, a reabsorção do Na+ no túbulo proximal é automaticamente seguida pela reabsorção da água Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona: ➛ Finalidade: Produzir Angiotensina-2 para que haja o aumento da PA ➛ Renina é sintetizada e armazenada em forma inativa chamada de “pró-renina” nas células justaglomerulares (células JG) dos rins ✓ Quando a PA cai, reações intrínsecas dos rins fazem com que moléculas de pró-renina sejam clivadas, liberando renina – maior parte é liberada no sangue ✓ A renina é uma substancia enzimática que age sobre a globulina (proteína), responsável por liberar Angiotensina-1 ➛ Renina remove aminoácidos do angiotensinogênio, ativando e formando angiotensina-1 – muitas propriedades vasoconstritoras, mas não são suficientes para causar alterações significativas ➛ Ocorre a conversão de Angiotensina-1 em Angiotensina-2 – isso ocorre nos pulmões enquanto o sangue flui por seus pequenos vasos catalisados pela enzima conversora de angiotensina presente no endotélio dos vasos pulmonares (retirada de dois aminoácidos) Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho BMF 2 – Fisiologia ➛ Angiotensina-2: ✓ Vasoconstritor potente ✓ Persiste no sangue por apenas 2 minutos pois é rapidamente inativada por múltiplas enzimas sanguíneas e teciduais, chamadas de angiotensinases ✓ Estimula a liberação de aldosterona e vasopressina ✓ Estimula a sede ✓ Aumenta a reabsorção de Na+ no túbulo proximal Peptideos natriuréticos: ➛ Promovem a excreção de Na+ e água ➛ O peptídeo natriurético atrial (PNA; também chamado de atriopeptina) é um hormônio peptídico produzido em células especializadas do miocárdio, localizadas principalmente no átrio cardíaco ➛ O PNA é liberado pelo coração quando as células miocárdicas se estiram mais que o normal, consequência do aumento do volume sanguíneo. ➛ No nível sistêmico, o PNA aumenta a excreção de Na+ e água para reduzir o volume sanguíneo ➛ No rim, ele aumenta a TFG através da dilatação das arteríolas aferentes, além de reduzir diretamente a reabsorção de Na+ no ducto coletor. ➛ Os peptídeos natriuréticos também atuam indiretamente para aumentar a excreção de Na+ e água através da inibição da liberação de renina, aldosterona e vasopressina ➛ Age diretamente no bulbo para diminuir a PA Para aumentar a PA: ✓ Vasoconstrição em muitas áreas do corpo – principalmente nas arteríolas (aumento da resistência periférica total e da PA) ✓ Diminuição da excreção de sal e água pelos rins – eleva o colume do liquido extracelular, o que aumenta a pressão arterial durante as horas e dias subsequentes
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