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FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR Propriedades Elétricas do coração: Automatismo Cardíaco 1) Diferenciar os papéis fisiológicos das células auto-rítmicas e das células contráteis do músculo cardíaco As células auto-rítmicas (marca passo) são células capazes de gerar potenciais de ação espontaneamente na ausência de um sinal do sistema nervoso. Essa habilidade resulta do potencial de membrana instável, o qual inicia em -60mV e lentamente ascende em direção a limiar, através dos canais If (canais dependentes de nucleotídeos cíclicos ativados por hiperpolarização) , que permitem a passagem de íons positivos não seletivamente, e o influxo de Na+ excede o efluxo de K+. O influxo de carga positiva despolariza lentamente a célula autoexcitável. À medida que o potencial de membrana torna-se mais positivo, os canais de If fecham-se gradualmente e os de Ca2+ se abrem, e o potencial move-se ao limiar. Quando o limiar é atingido, canais adicionais de Ca2+ se abrem, e o cálcio entra na célula, gerando a fase de despolarização rápida do potencial de ação. No pico, canais de Ca2+ se fecham e os de K+ se abrem, e a fase de repolarização do potencial de ação de ação autoexcitável é devida ao resultante efluxo de K+. 2) Descrever a participação do cálcio no potencial de ação nas células auto-rítmicas e como o sistema nervoso autônomo influencia nesse processo e consequentemente na frequência cardíaca O cálcio é importante ao permitir o disparo do potencial de ação ao atingir antes atingir o limiar, quando alguns canais de sódio-cálcio estão abertos, e tanvpen ao atingir o limiar, assim, através dos canais de cálcio dependentes de voltagem, a fase de despolarização rápida do potencial de ação é gerada. Controle parassimpático: (Receptores Muscarínicos) O neurotransmissor parassimpático acetilcolina (ACh) diminui a frequência cardíaca. A acetilcolina ativa os Mar� Rem��� T13 receptores colinérgicos muscarínicos que influenciam os canais de K+ e Ca2+. A permeabilidade ao K+ nas células marca-passo aumenta, hiperpolarizando a célula, demodo que o potencial marca-passo inicia em um valor mais negativo. Ao mesmo tempo, a permeabilidade ao Ca2+ diminui nas células marca-passo. A diminuição da permeabilidade ao Ca2+ retarda a taxa em que o potencial marcapasso despolariza. A combinação dos dois efeitos faz a célula levar mais tempo para alcançar o limiar, atrasando o início do potencial de ação no marca-passo e diminuindo a frequência cardíaca. - Inclinação da fase 4 diminuída (Porque sai muito K+) - Controle simpático: A estimulação simpática nas células marca-passo acelera a frequência cardíaca. As catecolaminas noradrenalina (dos neurônios simpáticos) e adrenalina (da medula da glândula suprarrenal) aumentam o fluxo iônico através dos canais If e de Ca2+ . A entrada mais rápida de cátions acelera a taxa de despolarização, fazendo a célula atingir o limiar mais rapidamente e, assim, aumentando a taxa de disparo do potencial de ação. Quando o marca-passo dispara potenciais de ação mais rapidamente, a frequência cardíaca aumenta. As catecolaminas exercem seus efeitos ligando-se e ativando receptores Beta-1 adrenérgicos nas células autoexcitáveis. Esses receptores utilizam o sistema de segundo mensageiro AMPc para alterar as propriedades de transporte dos canais iônicos. No caso dos canais If, que são canais dependentes nucleotídeos cíclicos, o próprio AMPc é o mensageiro. Quando o AMPc se liga para abrir os canais If, eles permanecem abertos por mais tempo por mais tempo. A permeabilidade aumentada ao Na+ e ao Ca2+ durante as fases do potencial marca-passo acelera a despolariza-ção e a frequência cardíaca. Mar� Rem��� T13 3) Reconhecer o nodo sinoatrial como o marcapasso principal do coração A despolarização inicia no nó sinoatrial (nó SA), as células auto autoexcitáveis no átrio direito que servem como o principal marca-passo do coração. A onda de despolarização, então, propaga-se rapidamente por um sistema especializado de condução, constituído de fibras autoexcitáveis não contráteis. Uma via internodal ramificada conecta o nó SA com o nó atrio-ventricular (nó AV), um grupo de células autoexcitáveis perto do assoalho do átrio direito. Do nó AV, a despolarização move-se para os ventrículos. As fibras de Purkinje, células de condução especializada dos ventrículos, transmitem os sinais elétricos muito rapidamente para baixo pelo fascículo atrioventricular, ou feixe AV, também chamado de feixe de His, no septo ventricular. Percorrido um curto caminho no septo, o fascículo se divide em ramos esquerdo e direito. Esses ramos continuam se deslocando para o ápice do coração, onde se dividem em pequenas fibras de Purkinje, que se espalham lateralmente entre as células contráteis. As células do nó SA determinam o ritmo dos batimentos cardíacos. Outras células do sistema de condução, como as do nó AV (em média 40 batimentos por minuto) e as fibras de Purkinje, têm potenciais de repouso instáveis e podem também agir como marca-passos sob algumas condições. Entretanto, devido ao fato de seus ritmos serem mais lentos do que o do nó SA (em média 70 batimentos por minuto), elas normalmente não têm a oportunida-de de determinar o ritmo dos batimentos cardíacos. As fibras de Purkinje, por exemplo, podem disparar espontaneamente potenciais de ação, mas sua frequência é muito baixa, entre 15 e 30 batimentos por minuto. No coração, o nó SA é o marca-passo mais rápido e normalmente determina a frequência cardíaca. Contudo, se ele estiver danificado e não funcionar, um dos marca-passos mais lentos do coração deverá assumir o ritmo. A frequência cardíaca então se ajustará ao ritmo do novo marca-passo. Condução cardíaca 1. Descrever a transmissão do impulso cardíaco através dos átrios As extremidades das fibras do nodo sinusal conectam-se diretamente ao tecido muscular atrial circundante. Desse modo, o potencial de ação se propaga por toda a massa muscular atrial e, por fim, até o nodo AV. Uma faixa de tecido atrial, a banda interatrial anterior, cursa pelas paredes anteriores dos átrios, alcançando o átrio esquerdo. Adicionalmente, 3 outras pequenas faixas teciduais se curvam pelas paredes anterior, lateral e posterior dos átrios, terminando no nodo AV (vias internodais anterior, média, e posterior). A causa da maior velocidade de conudção nessas faixas é a presença de fibras condutoras especializadas, com muitas junções comunicantes, aumentando a velocidade de propagação do impulso. 2. Justificar o retardo na condução do impulso dos átrios para os ventrículos Ocorre retardo de cerca de 0,09 segundos no próprio nodo AV, antes que o impulso alcance a porção penetrante do feixe AV, pelo qual atinge os ventrículos. Retardo final, de cerca de 0,04 segundos, ocorre no feixe penetrante, totalizando um retardo de 0,13 segundo, somado ao retardo de 0,03 segundo do NSA ao NAV, resulta em 0,16 segundo de Mar� Rem��� T13 retardo antes que o impulso excitatório chegue ao tecido contrátil ventricular. A condução lenta é explicada pelo reduzido número de gap junctions entre as sucessivas células das vias de condução, de modo que existe grande resistência para a passagem de íons excitatórios de uma fibra condutora para a próxima. Esse retardo é justificado para que os átrios se contraiam e esvaziem seu conteúdo nos ventrículos antes que possa começar a contração venticular. 3. Caracterizar a transmissão do impulso nos ventrículos reconhecendo o papel do Sistema de Purkinje A condução do nodo AV, pelo feixe AV, para os ventrículos, é feita pelas fibras de Purkinje especializadas. A transmissão rápida é creditada à permeabilidade muito alta das junções comunicantes nos discos intercalados, entre as sucessivas células que constituem as fibras de Purkinje. Os potenciais não são conduzidos retrogradamente, impedindo a reentrada de impulsos cardíacos dos ventrículos para os átrios. Uma vez atingida a extremidade final das fibras de Purkinje, o impulso é transmitido para toda a massa muscular ventricular pelas próprias fibras musculares. Mar�Rem��� T13 Mar� Rem��� T13 Fisiologia da contratilidade cardíaca 1. Caracterizar o potencial de ação nas células contráteis do músculo cardíaco, diferenciando-o daquele das células auto-rítmicas Fase 4 (potencial de membrana em repouso): a média é de cerca de −80 a −90 milivolts. Fase 0 (despolarização): abertura dos canais rápidos de sódio. Quando a célula cardíaca é estimulada e despolarizada, o potencial de membrana torna-se mais positivo. Os canais de sódio dependentes de voltagem (canais rápidos de sódio) se abrem e permitem que o Mar� Rem��� T13 sódio flua rapidamente para o interior da célula e a despolarize. O potencial de membrana atinge cerca de +20 milivolts antes do fechamento dos canais de sódio. Fase 1 (repolarização inicial): fechamento rápido dos canais de sódio. Os canais de sódio se fecham, a célula começa a se repolarizar e os íons potássio deixam a célula através dos canais abertos de potássio. Fase 2 (platô): abertura dos canais de cálcio e fechamento dos canais rápidos de potássio. Ocorre uma breve repolarização inicial e o potencial de ação se estabiliza como resultado do aumento da permeabilidade do íon cálcio e diminuição da permeabilidade do íon potássio. Os canais de cálcio dependentes de voltagem se abrem lentamente durante as fases 0 e 1, e o cálcio entra na célula. Os canais de potássio então se fecham, e a combinação de diminuição do efluxo de íons potássio e aumento do influxo de íons cálcio faz com que o potencial de ação se estabilize, formando o platô. Fase 3 (repolarização rápida): fechamento dos canais de cálcio e abertura dos canais lentos de potássio. O fechamento dos canais de íon cálcio e o aumento da permeabilidade do íon potássio, que permite que os íons potássio saiam da célula rapidamente, encerra o platô e retorna o potencial da membrana celular ao seu nível de repouso. DIFERENÇAS CÉLULA AUTO-RÍTMICAS E CONTRÁTEIS - Platô - Auto-rítmica não têm repouso - Despolarização células auto-rítmicas: Parte inicial canais IF (sódio, cálcio) → Parte mais íngreme (Cálcio) - Despolarização células contráteis → Entrada principalmente de Sódio Mar� Rem��� T13 2. Diferenciar a duração do período refratário na musculatura cardíaca da musculatura esquelética destacando a impossibilidade de tetania e fadiga da musculatura cardíaca Devido ao platô que ocorre durante a contração dos músculos cardíacos, o período refratário absoluto é consideravelmente maior do que nos músculos esqueléticos, o que faz com que os canais de sódio demorem para se recuperarem da inativação causada pela despolarização da membrana, impedindo a somação de ondas e, consequentemente, ocorrência de tetania. Tetania não ocorre no músculo cardíaco porque a duração da contração é maior do que no esquelético, devido ao platô, sendo igual à do potencial (duração do potencial = período refratário) Cálcio que entra do meio externo no miocárdio durante o platô contribui para a contração cardíaca (e estimula RS à liberação de cálcio também), e a contração depende também do cálcio do retículo sarcoplasmático, acionando os filamentos contráteis. Troponina: 3 subunidades (tropomiosina, actina e cálcio) → Cálcio liga à Troponina, muda a conformação, muda a tropomiosina e a actina fica livre para se ligar à miosina Tropomiosina: Filamento que se enrola sobre a actina, impedindo ligação actina-miosina. Sendo assim, quanto mais cálcio tiver, maior ação contrátil do miocárdio. Assim, pacientes com insuficiência cardíaca se beneficiam do aumento de cálcio. Pacientes com área infartada → Quanto maior a área, maiores perdas da função cardíaca 3. Descrever as particularidades da contratilidade miocárdica no que diz respeito ao acoplamento excitação-contração O termo “acoplamento excitação-contração” refere-se ao mecanismo pelo qual o potencial de ação provoca a contração de miofibrilas. Como no músculo esquelético, quando o potencial de ação cursa pela membrana do miocárdio, o potencial de ação se difunde para o interior da fibra muscular, passando ao longo das membranas dos túbulos transversos (T). O potencial dos túbulos T age nas membranas dos retículos sarcoplasmáticos para causar a liberação de cálcio pelo RS no sarcoplasma muscular. Esses íons Ca2+ se dispersam para catalisar as reações químicas, promovendo o deslizamento dos filamentos de actina e miosina e consequentemente, a contração muscular. Entretanto, grande quantidade de íons Ca2+ adicionais também se difunde para o sarcoplasma, partindo dos próprios túbulos T no momento do potencial de ação por canais dependentes de voltagem na membrana de túbulos T. A entrada de Ca2+ ativa canais de liberação de cálcio, também chamados de canais receptores de rianodina, na membrana do RS, desencadeando liberação de Ca2+ para o sarcoplasma. Em seguida, íons Ca2+ no sarcoplasma interagem com troponina para iniciar a formação das pontes cruzadas e contração. Mar� Rem��� T13 A força de contração cardíaca depende , muito da concentração de íons Cálcio no LEC. Consequentemente, a quantidade de íons Cálcio, no sistema de túbulos T, depende em grande parte da concentração de íons Cálcio no LEC. Os transportadores de Cálcio no miócito que serão responsáveis pelo fluxo de cálcio durante as fases de contração e relaxamento: Contração: Canais de rianodina Relaxamento: Bomba de Cálcio-ATPase (transporte de Ca2+ de volta para o RS) Trocadores de sódio-cálcio (íons Ca2+ removidos da célula) (acúmulo de sódio intracelular → Trocador para. A ação do trocador só é possível pela Bomba de Sódio e Potássio). MECANISMO DE FRANK-STARLING: A entrada de cálcio ativa canais de liberação de cálcio (canais de receptores de rianodina), na membrana do retículo sarcoplasmático, o que desencadeia a liberação de cálcio para o sarcoplasma. Os íons Ca2+ interagem com a troponina, para o início das pontes cruzadas e contração. Quando há quantidade adicional de sangue nos ventrículos, o músculo cardíaco é mais distendido, o que leva o o músculo a se contrair com força aumentada, pois os filamentos de actina e miosina ficam dispostos em ponto mais próximo do grau ideal de superposição para geração de força. Assim, o ventrículo em função de seu enchimento otimizado automaticamente bombeia mais sangue para as artérias. Mar� Rem��� T13 POSIÇÃO DE MAIOR EFICIÊNCIA DE CONTRAÇÃO: Maior estiramento do sarcômero (quando há maior volume de sangue e, consequentemente, maior distensão) Se distender demais e passar do limite, não há contração (se passar dos 100%) Quanto mais estira, maior fluxo de cálcio → maior força de contração Microvilosidades auxiliam com que o cálcio seja captado e liberado para contração. Sem adrenalina coração bate, porque tem mecanismo intrínseco. Mas adrenalina aumenta força de contração. Pois há receptores nas células marca-passo e célula de contração (aumento de cAMP, ativação de PKA) SNASimpático ou SNAParassimpático modulam função cardíaca Mar� Rem��� T13 Simpático: Modula “pra cima”. Maior o débito cardíaco, maior a força de contração, maior quantidade de sangue bombeado Parassimpático: Diminui o débito cardíaco, menor força de contração Insuficiência cardíaca (IC) compensada: Administração de beta-bloqueador (diminui ação da adrenalina), porque paciente com insuficiência vai ter gasto energético para bombear sangue após ação da adrenalina IC Grave: Não se administra beta bloqueador. Administração medicamento para aumentar contração. Pacientes hipertensos podem utilizar beta-bloqueadores Melhorar contratilidade: Agonistas de canais de cálcio. Mas em hipertensos, devem ser utilizados antagonistas de canais de cálcio Agonistas beta-adrenérgicos Sensibilizadores de canais de cálcio Inibidores da PDE (degrada cAMP), assim cAMP aumenta, pKA aumenta, maior mobilização e liberação de cálcio Glicosídios cardiotônicos (Digoxina): Interrompe a Bomba de Sódio e Potássio (sensibilidade varia de acordo com concentração de K+, por isso, K+ deve ser monitorado e controlado), resultando em acúmulo de Na+, assim o Cálcio não sai da célula, gerandomaior força de contração. Mar� Rem��� T13 CKMB: Marcador de destruição celular (infarto) Fica na célula miocárdica. Se células morrem, CKMB passa a ser encontrada no sangue. Aumento do ventrículo esquerdo (Hipertrofia de parede) Mar� Rem��� T13 Hipertrofia fisiológica: Atleta que apresenta hipertrofia que melhora a força de contração e bombeamento (quando comparado à pessoa sedentária) Hipertrofia não exagerada das paredes cardíacas Hipertrofia cardíaca concêntrica: Coração aumenta “para dentro”. Cavidade menor, menor bombeamento. Com o tempo, leva à insuficiência cardíaca. Pode ser causada pelo uso de anabolizantes, hipertensão arterial sistêmica. PONTE DE SAFENA: Pode se deteriorar com o tempo, já que a safena é uma veia e não possui tanto tecido muscular como as artérias em sua composição histológica Possibilidade de artéria radial e artéria mamária Relação pressão, �uxo e resistência 1. Reconhecer os fatores que determinam o fluxo sanguíneo O fluxo sanguíneo é determinado pela diferença de pressão dividido pela resistência do vaso. A velocidade é determinada pelo fluxo dividido pela área de secção transversal. A secção transversa muito maior nas veias em relação às artérias explica a grande capacidade de armazenamento de sangue no sistema venoso, em comparação ao sistema arterial. Mar� Rem��� T13 Cerca de 84% de todo o volume de sangue do organismo está na circulação sistêmica e 16%, no coração e nos pulmões. Dos 84% na circulação sistêmica, aproximadamente 64% estão nas veias, 13% nas artérias e 7% nas arteríolas e capilares sistêmicos. O coração contém 7% do sangue e os vasos pulmonares contêm 9%. 1- A velocidade do fluxo sanguíneo para cada tecido corporal é quase sempre controlada precisamente emm relação às necessidades teciduais. 2- O débito cardíaco é controlado principalmente pela soma de todos os fluxos teciduais locais. 3- A regulação da pressão arterial é geralmente independente do fluxo sanguíneo local ou do débito cardíaco. Fluxo laminar: Sangue flui de forma estável por vaso sanguíneo longo e uniforme, organizando-se em linhas de corrente, com camadas de sangue equidistantes da parede do vaso. Nesse fluxo, a velocidade de fluxo pelo centro é muito maior que próximo às paredes. Fluxo turbulento: Quando a intensidade do fluxo é elevada, ou quando o sangue passa por obstrução no vaso, o fluxo fica turbulento ou desordenado em vez de laminar. Nesse fluxo. o sangue flui na direção longitudinal e perpendicular, geralmente formando redemoinhos. 2. Reconhecer a pressão arterial como a pressão de propulsão para o fluxo sanguíneo A diferença de pressão sanguínea entre duas extremidades do vaso (“gradiente de pressão do vaso”) é determinante na intensidade/velocidade do fluxo sanguíneo. Lei de Ohm: F = Delta P / R Fluxo sanguíneo total na circulação de um adulto: 5000 mL/min Como o coração bombeia sangue continuamente para a aorta, a pressão média nesta artéria é alta, com média de cerca de 100 mmHg. Além disso, como o bombeamento cardíaco é pulsátil, a pressão arterial normalmente alterna entre um nível médio de Mar� Rem��� T13 pressão sistólica de 120 mmHg e um nível de pressão diastólica de 80 mmHg em condições de repouso. À medida que o sangue flui através da circulação sistêmica, sua pressão média cai progressivamente para cerca de 0 mmHg no momento em que atinge o fim das veias cavas superior e inferior, onde deságuam no átrio direito do coração. A pressão em muitos dos capilares sistêmicos varia de 35 mmHg, perto das extremidades arteriolares, a um valor tão baixo quanto 10 mmHg perto das extremidades venosas, mas sua pressão funcional média na maioria dos leitos vasculares é de cerca de 17 mmHg, um valor de pressão suficientemente baixo para que pouco plasma flua através dos pequenos poros das paredes capilares, embora os nutrientes possam se difundir facilmente por esses mesmos poros para as células do tecido periférico. Em alguns capilares, como os capilares glomerulares dos rins, a pressão é consideravelmente mais alta, com média de cerca de 60 mmHg, causando taxas muito mais altas de filtração de líquidos. Nas artérias pulmonares, a pressão é pulsátil, assim como na aorta, mas a pressão é bem menor; a pressão sistólica média da artéria pulmonar é de cerca de 25 mmHg e a pressão diastólica média é de cerca de 8 mmHg, com uma pressão arterial pulmonar média de apenas 16 mmHg. A pressão capilar pulmonar média é de apenas 7 mmHg. Ainda assim, o fluxo total de sangue que passa pelos pulmões a cada minuto é o mesmo que pela circulação sistêmica. As baixas pressões do sistema pulmonar estão de acordo com as necessidades dos pulmões, porque o que importa é expor o sangue dos capilares pulmonares ao oxigênio e a outros gases nos alvéolos. 3. Relacionar arteríola, resistência periférica e pós-carga . Pequenas variações no raio de um vaso provocam grandes alteração em sua capacidade de conduzir o sangue quando o fluxo sanguíneo é laminar. Assim, a condutância do vaso aumenta na proporção da quarta potência do raio, de acordo com a seguinte fórmula: Condutância∝ Raio4 Mar� Rem��� T13 Na circulação sistêmica, cerca de dois terços da resistência sistêmica total ao fluxo sanguíneo representam a resistência nas pequenas arteríolas. Os diâmetros internos das arteríolas variam de 4 micrômetros a 25 micrômetros. No entanto, suas fortes paredes vasculares permitem que os diâmetros internos mudem acentuadamente, muitas vezes por até quatro vezes. A partir da lei da quarta potência discutida anteriormente, que relaciona o fluxo sanguíneo ao diâmetro do vaso, pode-se perceber que um aumento de quatro vezes no diâmetro do vaso pode aumentar o fluxo em até 256 vezes. Assim, a lei da quarta potência possibilita que as arteríolas, respondendo a sinais nervosos ou a sinais químicos do tecido local com pequenas alterações no diâmetro, sejam capazes de interromper quase completamente o fluxo sanguíneo para o tecido ou, no outro extremo, causar um grande aumento. Foram registradas faixas de fluxo sanguíneo de mais de 100 vezes em áreas teciduais diferentes, entre os limites de constrição arteriolar máxima e dilatação arteriolar máxima. - Quanto maior a viscosidade, menor é o fluxo pelo vaso. A viscosidade do sangue aumenta à medida que o hematócrito se eleva. 4. Esquematizar os fatores que influenciam na resistência das arteríolas A resistência periférica é um dos dois principais fatores que influenciam a pressão arterial. De acordo com a lei de Poiseuille, a resistência ao fluxo sanguíneo (R) é diretamente Mar� Rem��� T13 proporcional ao comprimento do tubo por onde o fluído passa (L) à viscosidade ( ) do fluido, e inversamente proporcional à quarta potência do raio do tubo ®. Em geral, o comprimento do sistema circulatório e a viscosidade do sangue são relativamente constantes, o que torna apenas o raio dos vasos sanguíneos como a principal resistência ao fluxo sanguíneo. As arteríolas são o principal local de resistência variável do sistema circulatório e contribuem com mais de 60% da resistência total ao fluxo no sistema. A resistência nas arteríolas é variável devido à grande quantidade de músculo liso nas paredes arteríolares. Quando o músculo liso contrai ou relaxa, o raio das arteríolas muda. A resistência arteriolar é influenciada por mecanismos de controle sistêmico e por controle local: 1. O controle local da resistência arteriolar ajusta o fluxo sanguíneo no tecido às necessidades metabólicas deste. No coração e no músculo esquelético, esse controle local muitas vezes têm prioridade sobre o controle reflexo realizado pelo sistema nervoso central. 2. Os reflexos simpáticos mediados pelo sistema nervoso central mantêm a PAM e controlam a distribuição sanguínea e acordo com determinadas necessidades homeostáticas, como a regulação da temperatura. 3. Os hormônios – particularmente aqueles que regulam a excreção de sal e água pelos rins – influenciam a pressão arterial por atuarem diretamente nas arteríolas, alterando o controle reflexo autonômico. Mar�Rem��� T13 5. Reconhecer os mecanismos locais de controle de fluxo sanguíneo O efeito da pressão arterial sobre o fluxo sanguíneo em muitos tecidos geralmente é muito menor do que se poderia esperar. Isso ocorre porque um aumento na pressão arterial não apenas aumenta a força que impulsiona o sangue pelos vasos, mas também inicia aumentos compensatórios na resistência vascular em poucos segundos, por meio da ativação de mecanismos de controle local. Por outro lado, com reduções na pressão arterial, a resistência vascular é imediatamente reduzida na maioria dos tecidos e o fluxo sanguíneo é mantido a uma taxa relativamente constante. A capacidade de cada tecido de ajustar sua resistência vascular e de manter o fluxo sanguíneo normal durante alterações de pressão arterial entre aproximadamente 70 e 175 mmHg é chamada autorregulação do fluxo sanguíneo. Observe na Figura que as mudanças no fluxo sanguíneo podem ser causadas por forte estimulação simpática, que contrai os vasos. Da mesma forma, vasoconstritores hormonais, como noradrenalina, angiotensina II, vasopressina ou endotelina, também podem reduzir o fluxo sanguíneo, pelo menos temporariamente. As alterações do fluxo sanguíneo raramente durammais do que algumas horas na maioria dos tecidos, mesmo quando são mantidos aumentos na pressão arterial ou níveis elevados de vasoconstritores. A razão para a relativa constância do fluxo sanguíneo é que os mecanismos autorregulatórios locais de cada tecido eventualmente anulam a maioria dos efeitos dos vasoconstritores, para fornecer um fluxo sanguíneo apropriado às necessidades teciduais. A tensão sobre a parede do vaso sanguíneo se desenvolve em resposta aos gradientes de pressão transmural e faz com que a musculatura lisa vascular e as células endoteliais sofram estiramento em todas as direções. De acordo com a lei de Laplace, a tensão na parede (T) de um tubo de parede fina é proporcional ao gradiente de pressão transmural (ΔP) vezes o raio (r) do vaso sanguíneo, dividido pela espessura de parede (h) Mar� Rem��� T13 À medida que o sangue flui, ele cria uma força de atrito, ou arrasto, nas células endoteliais que revestem o vasos sanguíneos. Essa força, chamada tensão de cisalhamento, é proporcional à velocidade do fluxo e à viscosidade do sangue, inversamente proporcional ao cubo do raio, e geralmente é expressa em força/unidade de área (p. ex., dinas/cm2) No entanto, apesar de sua magnitude relativamente baixa, em comparação com as forças contráteis ou com o estiramento da parede pela pressão arterial, a tensão de cisalhamento é importante no desenvolvimento e adaptação do sistema vascular para acomodar as necessidades de fluxo sanguíneo dos tecidos. As células endoteliais contêm várias proteínas que, juntas, funcionam como sensores mecânicos e regulam as vias de sinalização que moldam a vasculatura durante o desenvolvimento embrionário e continuam alterando a morfologia dos vasos sanguíneos para otimizar a oferta de sangue aos tecidos na vida adulta, 6. Definir Pressão de pulso COMPLACÊNCIA VASCULAR = AUMENTO DE VOLUME / AUMENTO DE PRESSÃO COMPLACÊNCIA VASCULAR = VOLUME X DISTENSIBILIDADE Complacência é a quantidade total de sangue que pode ser armazenada em determinada região da circulação para cada mmHg de aumento da pressão. Complacência das veias é maior do que a das artérias. A pressão de pulso é determinada pela razão entre o débito sistólico e a complacência arterial. Mar� Rem��� T13 Pressão de pulso é a diferença entre a pressão sistólica e diastólica. Em geral, quanto maior o débito sistólico, maior será a quantidade de sangue que deve ser acomodada a árvore arterial a cada batimento cardíaco e, portanto, maior será o aumento e a queda da pressão durante a sístole e a diástole, causando, assim, maior pressão de pulso. Por outro lado, quanto menor a complacência do sistema arterial, maior será o aumento da pressão para um determinado volume sistólico de sangue bombeado para as artérias. 7. Identificar os principais fatores que influenciam na pressão de pulso Em pessoas com estenose valvar aórtica, o diâmetro da abertura da valva aórtica é significativamente reduzido, e o pulso de pressão aórtica é muito diminuído em razão da redução do fluxo sanguíneo ejetado através da valva estenótica. Em pessoas com persistência do canal arterial, 50% ou mais do sangue bombeado para a aorta pelo ventrículo esquerdo flui imediatamente de volta, através do canal aberto, para a artéria pulmonar e os vasos sanguíneos pulmonares, permitindo, assim, que a pressão diastólica caia muito antes do próximo batimento cardíaco e aumentando a pressão de pulso. Mar� Rem��� T13 Em pessoas com regurgitação aórtica, a valva aórtica está ausente ou não fecha completamente. Portanto, após cada batimento cardíaco, o sangue que acabou de ser bombeado para a aorta flui imediatamente de volta para o ventrículo esquerdo. Como resultado, a pressão aórtica pode cair até zero entre os batimentos cardíacos. Além disso, não aparece a incisura no traçado do pulso aórtico porque não ocorre o fechamento da valva aórtica. Mar� Rem��� T13 Microcirculação e Sistema Linfático 1. Explicar como as pressões capilar, do líquido intersticial, coloidosmótica/oncótica do plasma e do líquido intersticial afetam as trocas capilares (equilíbrio de Starling) Pressão Hidrostática do Interstício (PHi) (transporte de água do interstício para o vaso) Pressão Coloidosmótica do Interstício (Pci) (transporte de água do vaso para o interstício) Pressão Hidrostática do Capilar (vazamento de água) (PHc) → É maior na extremidade mais próxima da arteríola (transporte de água do vaso para o interstício) Pressão Coloidosmótica Plasmática (PCp) (entrada de água) (transporte de água do interstício para o vaso) Arterial: do Capilar para o Interstício PHc é maior do que PCp + PHi Mar� Rem��� T13 No lado venoso do capilar, a tendência da água é entrar do Interstício para o Capilar Pcp + Phi é maior do que Pci + Phc Em casos de lesão do capilar, PCi é importante pois proteína consegue vazar 2. Reconhecer o papel do sistema linfático nas trocas capilares. As funções do sistema linfático incluem: (1) restituir de volta ao sistema circulatório os líquidos e proteínas filtrados para fora dos capilares, (2) capturar a gordura absorvida no intes-tino delgado e transferi-la para o sistema circulatório e (3) atuar como um filtro para ajudar a capturar e destruir patógenos. As paredes desses vasos linfáticos minúsculos são ancoradas ao tecido conectivo circundante por fibras, que mantêm os vasos abertos. Grandes lacunas entre as células permitem que líquidos, proteínas intersticiais e material particulado, como bactérias, sejam arrastadas para os vasos linfáticos, também chamados de linfáticos, pelo fluxo de massa. Uma vez dentro dos linfáticos, este líquido claro é simplesmente chamado de linfa. Os vasos linfáticos dos tecidos juntam-se entre si para formar vasos linfáticos maiores, que progressivamente aumentam de tamanho. Esses vasos apresentam um sistema de válvulas semilunares similar às valvas da circulação venosa. Os ductos linfáticos maiores desembocam na circulação venosa logo abaixo das clavículas, onde as veias subclávia direita e esquerda juntam-se às veias jugulares internas. O sistema linfático não possui uma bomba como o cora-ção. O fluxo linfático depende basicamente das ondas de con-tração do músculo liso da parede dos vasos linfáticos maiores. O fluxo é auxiliado pelas fibras contráteis das células endoteliais, pelas valvas unidirecionais e pela compressão externa gerada pe-los músculos esqueléticos. → Analisando a pressão coloidosmótica plasmática, o que esperar em um indivíduo com vômito excessivo e diarreia? Aumenta, pois irá diminuir quantidade de água nos vasos. Assim, irá estimular a entrada de água nos vasos, desidratando, cada vez mais, células intersticiais. → Justifique a ocorrência de desidratação em queimaduras extensas: Porque há perda das barreiras cutâneas, fazendo com que há perda de água nos vasos,aumentando a PCi para que haja recuperação da água perdida dos vasos para interstício. Em indivíduos queimados, deve ser administrado soro com albumina. → Porque o doente renal com importante proteinúria pode apresentar edema? O paciente com importante proteinúria, eliminando proteínas na urina, ficará com pouca proteína no sangue, aumentando a pressão coloidosmótica intersticial, provocando edema. 3. Explicar como os mecanismos molecular, endócrino e neural realizam o controle da vasomotricidade e do fluxo sanguíneo local. Mar� Rem��� T13 Controle do fluxo: FATORES VASODILATADORES E VASOCONSTRITORES Vasodilatadores: Prostaciclina, Prostaglandina E2, Acetilcolina, Bradicinina, Adenosina, CO2H+, Histamina, Óxido Nítrico Vasoconstritores: Endotelina, O2, Angiotensina II, Noradrenalina, Vasopressina, Serotonina, Tromboxano A2, Prostaglandina F2alfa - Diminuição de Oxigênio é vasodilatadora (efeito local) - Força de Cisalhamento (Dificuldade do sangue de deslizar pelo endotélio) → Endotélio produz Óxido Nítrico para vasodilatação do restante dos vasos - Efeito da noradrenalina: Maioria dos vasos, principalmente viscerais, os receptores são Alfa 1, assim, haverá vasoconstrição. Mas nos vasos da musculatura esquelética, os receptores são Beta 2, provocando vasodilatação. - ENDOTELINA: Haverá liberação de endotelina em caso de lesão de vasos, a fim de evitar fluxo sanguíneo nesses locais - VASOPRESSINA (hormônio antidiurético) → Há receptores nos vasos para vasoconstrição. Produção no hipotálamo. Pode ser utilizada para aumentar pressão em situações de choque - HISTAMINA: liberada em situações alérgicas graves - ADENOSINA: controle local do fluxo - Congestão: Vasoconstrição intensa Mar� Rem��� T13 NO produzido pela força de cisalhamento, precisa se deslocar ao músculo liso para estimular vasodilatação Endotelina precisa se deslocar para camada muscular lisa para estimular vasoconstrição → Quanto maior o metabolismo, maior o fluxo sanguíneo → Quanto mais oxigênio, menor o fluxo. Quanto menos oxigênio, maior o fluxo. → Doença de Raynaud: Isquemia → Cianose → Rubor (Hiperemia Reativa → reação ao processo do espasmo) HIPEREMIA ATIVA: dilatação arterial e arteriolar ocorre por mecanismos neurossimpáticos e liberação de substâncias vasoativas, que resultam na diminuição da resistência vascular. Pode haver, ainda, aumento da pressão arterial e necessidade de expansão do leito vascular, ocasionando a abertura de capilares inativos. Essas modificações resultam no eritema e pode ocorrer, associado ao aumento da temperatura. A ativa ainda se divide em fisiológica ou patológica. A hiperemia ativa fisiológica ocorre quando há maior necessidade de irrigação sanguínea, com maior aporte de O2 e de nutrientes como, por exemplo, nos músculos esqueléticos durante o exercício. A Mar� Rem��� T13 hiperemia ativa patológica está associada, principalmente, a mediadores bioquímicos liberados durante a inflamação tecidual, que pode ocorrer devido a diversos fatores. HIPEREMIA REATIVA: Apesar de ser classificado como hiperemia, essa forma de manifestação é igual a congestão e, por isso, são considerados sinônimos. Nesse caso, a vasodilatação ocorre por redução da drenagem venosa devido à resistência pós capilar, resultando num acúmulo de sangue venoso. Essa característica confere uma coloração mais vermelho-azulada, devido à hemoglobina não-oxigenada presente no sangue. Pode ocorrer de forma local, como nas tromboses vasculares, ou de forma sistêmica, como na insuficiência cardíaca congestiva. Controle da PA à curto prazo 1- Descrever os determinantes da pressão arterial média (Débito cardíaco e resistência periférica). PA= VS X FC X RVP PAM = PAD + (PAS-PAD)/3 2- Reconhecer o papel do sistema nervoso autônomo no controle da pressão arterial A inervação das pequenas artérias e das arteríolas permite a estimulação simpática para aumentar a resistência ao fluxo sanguíneo, e assim, diminuir a velocidade do fluxo pelos tecidos. A inervação de vasos maiores, como as veias, torna possível para estimulação simpática diminuir seu volume. A estimulação simpática aumenta a atividade cardíaca, tanto pelo aumento da FC quanto pelo aumento da força e do volume de seu bombeamento. 3- Descrever como os barorreceptores participam do controle da PA Esse reflexo é iniciado por receptores de estiramento, chamados barorreceptores ou pressorreceptores, localizados em pontos específicos das paredes de várias grandes artérias sistêmicas. O aumento na pressão arterial estira os barorreceptores e faz com que transmitam sinais para o SNC. Os sinais de feedback são enviados de volta através do sistema nervoso autônomo para a circulação, para reduzir a pressão arterial até o nível normal. Os barorreceptores são extremamente abundantes nas seguintes regiões: (1) parede de cada artéria carótida interna, ligeiramente acima da bifurcação carotídea, uma área conhecida como seio carotídeo; e (2) parede do arco aórtico. Depois que os sinais dos barorreceptores entram no núcleo do trato solitário, sinais secundários inibem o centro vasoconstritor do bulbo e excitam o centro parassimpático Mar� Rem��� T13 vagal. Os efeitos resultantes são os seguintes: (1) vasodilatação das veias e arteríolas em todo o sistema circulatório periférico; e (2) diminuição da frequência e da força de contração cardíacas. Portanto, a excitação dos barorreceptores provocada pela alta pressão nas artérias faz com que a pressão arterial diminua reflexamente, em virtude de uma diminuição na resistência vascular periférica e no débito cardíaco. Por outro lado, a pressão baixa tem efeitos opostos, fazendo com que a pressão volte ao normal por reflexo. A Figura 18.7 mostra uma alteração reflexa típica na pressão arterial causada pela oclusão das duas artérias carótidas comuns. Isso reduz a pressão do seio carotídeo; como resultado, os sinais dos barorreceptores diminuem e causammenor efeito inibitório sobre o centro vasomotor. O centro vasomotor torna-se muito mais ativo do que o normal, fazendo com que a pressão aórtica suba e permaneça elevada durante os 10 minutos que as carótidas permanecem obstruídas. A remoção da oclusão permite que a pressão nos seios carotídeos aumente, e o reflexo do seio carotídeo diminui a pressão aórtica quase imediatamente para um pouco abaixo do normal, como uma supercompensação momentânea, e depois volta ao normal em umminuto. Mar� Rem��� T13 Uma das razões pelas quais os barorreceptores foram considerados por alguns fisiologistas como relativamente sem importância na regulação crônica da pressão arterial é que eles tendem, depois de 1 ou 2 dias, a se reconfigurar para o nível de pressão ao qual estão sendo expostos. Isto é, se a pressão arterial aumentar do valor normal de 100 mmHg para 160 mmHg, no começo os impulsos barorreceptores são transmitidos em uma frequência muito alta. Durante os minutos seguintes, as descargas diminuem consideravelmente. Então, passa a diminuir muito mais lentamente durante os próximos 1 a 2 dias, ao final dos quais a frequência de descargas terá retornado quase ao normal, embora a pressão arterial média ainda permaneça em 160 mmHg. Inversamente, quando a pressão arterial cai para um nível muito baixo, no começo os barorreceptores não transmitem impulsos, mas gradualmente, no intervalo de 1 a 2 dias, a frequência de transmissão dos barorreceptores retorna ao nível de controle. 4- Relacionar áreas do sistema nervoso central com o controle da PA O sistema nervoso central coordena o controle reflexo da pressão arterial e a distribuição de sangue aos tecidos. O principal centro integrador situa-se no bulbo. Pela complexidade das redes neurais envolvidas no controle cardiovascular, simplificaremos esta discussão e nos referiremos à rede do SNC como centro de controle cardiovascular (CCC). A principal função do centro de controle cardiovascular é garantir fluxo sanguíneo adequado ao encéfalo e ao coração, mantendo uma pressão arterial média suficiente.A principal via reflexa para o controle homeostático da pressão arterial média é o reflexo barorreceptor. Os mecanorreceptores sensíveis ao estiramento, denominados barorreceptores, estão localizados nas paredes das artérias carótidas e aorta, onde eles monitoram continuamente a pressão do sangue que flui para o cérebro (barorreceptores carotídeos) e para o corpo (barorreceptores aórticos). Os barorreceptores carotídeos e aórticos são receptores sensíveis ao estiramento tonicamente ativos que disparam potenciais de ação continuamente durante a pressão arterial normal. Quando a pressão arterial nas artérias aumenta, a membrana dos barorreceptores estira, e a frequência de disparos do receptor aumenta. Se a pressão sanguínea cai, a frequência de disparos do receptor diminui. Se a pressão arterial se modifica, a frequência de poten-ciais de ação que viajam a partir dos barorreceptores para o cen-tro de controle cardiovascular bulbar muda. O CCC integra as entradas sensoriais e inicia uma resposta apropriada. A resposta do reflexo barorreceptor é muito rápida: mudanças no débito cardíaco e na resistência periférica ocorrem dentro de dois batimentos cardíacos após o estímulo. Os barorreceptores aumentam sua frequência de disparos quando a pressão arterial aumenta, ativando o centro de controle cardiovascular bulbar. Em resposta, o centro de controle cardiovascular aumenta a atividade parassimpática e diminui a atividade Mar� Rem��� T13 simpática, a fim de reduzir a atividade do coração e dilatar as arteríolas. Quando a frequência cardíaca cai, o débito cardíaco tam-bém cai. Nos vasos, a diminuída atividade simpática causa dilatação das arteríolas, reduzindo sua resistência e permitindo maior saída de fluxo sanguíneo das artérias. Como a pressão arterial média é diretamente proporcional ao débito cardíaco e à resis-tência periférica (PAM ⬀ DC ⫻ RP), a combinação do reduzido débito cardíaco e da diminuída resistência periférica reduz a pressão arterial média. Mar� Rem��� T13 5- Explicar a participação hormonal no controle da PA - Catecolaminas: As catecolaminas são hormônios, tais como a epinefrina (adrenalina), a noradrenalina e a dopamina, que tendem a causar um aumento significativo na pressão arterial e na frequência cardíaca. - SRAA e Vasopressina: O sistema renina-angiotensina-aldosterona trata-se de uma série de reações concebidas para ajudar a regular a pressão arterial. ● Quando a pressão arterial cai (no caso da pressão sistólica, para 100 mmHg oumenos), os rins liberam a enzima renina na corrente sanguínea. ● A renina se divide o angiotensinogênio, uma grande proteína que circula na corrente sanguínea, em partes. Uma parte é a angiotensina I. ● A angiotensina I, que se mantém relativamente inativa, é dividida em partes pela enzima de conversão da angiotensina (ECA). Uma parte é a angiotensina II, um hormônio que é muito ativo. ● A angiotensina II faz com que as paredes musculares das pequenas artérias (arteríolas) se contraiam, aumentando a pressão arterial. A angiotensina II também provoca a liberação do hormônio aldosterona pelas glândulas adrenais e da vasopressina (hormônio antidiurético) pela hipófise. ● A aldosterona e a vasopressina fazem com que os rins retenham sódio (sal). A aldosterona também faz com que os rins excretem potássio. O aumento de sódio faz com que a água seja retida, aumentando, assim, o volume de sangue e a pressão arterial. - Ocitocina: Ocitocina dilata os vasos sanguíneos melhorando o fluxo sanguíneo, ajudando a reduzir a pressão arterial. - ANP: Os peptídeos natriuréticos são secretados principalmente por cardiomiócitos em resposta ao estiramento miocárdico induzido por sobrecarga de volume. Eles atuam aumentando a natriurese e diminuindo a resistência vascular, o que reduz, dessa forma, a volemia, a pressão arterial sistêmica e a pós carga. Controle da PA à longo prazo 1- Relacionar a regulação do volume dos fluídos corporais com controle da PA O sistema rim-líquidos corporais para o controle da pressão arterial atua lenta mas poderosamente como se segue: se o volume sanguíneo aumenta e a capacitância vascular não é alterada, a pressão arterial se elevará também. Essa elevação faz com que os rins excretem o volume excessivo, normalizando assim a pressão. Mar� Rem��� T13 A Figura 19-3 mostra o método gráfico que pode ser usado para analisar o controle da pressão arterial pelo sistema rim-líquidos corporais. Essa análise se baseia em duas curvas distintas que se cruzam: (1) a curva do débito renal de água e sal, em resposta à elevação da pressão arterial, que é a mesma curva de débito renal mostrada na Figura 19-1 e (2) a linha que representa a ingestão total de água e de sal. Durante período prolongado, o débito de água e de sal deve se igualar à ingestão. Além disso, o único ponto no gráfico da Figura 19-3 no qual o débito se iguala à ingestão é onde as duas curvas se cruzam, referido como ponto de equilíbrio. Agora, vejamos o que acontece se a pressão arterial fica acima ou abaixo do ponto de equilíbrio. Inicialmente, admita-se que a pressão arterial se eleve para 150 mmHg. Nesse nível, o débito renal de água e sal é cerca de três vezes maior que a ingestão. Portanto, o corpo perde líquido, e o volume sanguíneo e a pressão arterial diminuem. Além disso, esse “balanço negativo” de líquido não cessará até que a pressão caia até atingir precisamente o ponto de equilíbrio. De fato, mesmo quando a pressão arterial é apenas 1 mmHg maior que a do ponto de equilíbrio, ainda ocorre perda de água e de sal pouco maior que a ingestão, de modo que a pressão continua a cair por mais 1 mmHg, até que por fim retorne ao valor preciso do ponto de equilíbrio. Se a pressão arterial cair abaixo do ponto de equilíbrio, a ingestão de água e de sal passa a ser maior que o débito. Portanto, o volume do líquido corporal aumenta junto com o volume sanguíneo, e a pressão arterial se eleva de novo até atingir precisamente o ponto de equilíbrio. Esse retorno da pressão arterial sempre ao ponto de equilíbrio é o princípio da resposta por feedback quase infinito para a regulação da pressão arterial pelo mecanismo rim-líquidos corporais. Mar� Rem��� T13 2- Explicar a curva da função renal Os níveis de pressão arterial sobre o volume do débito urinário no rim isolado, é demonstrado pelo seu aumento acentuado quando a pressão se eleva. Esse aumento é o fenômeno da diurese de pressão. No ser humano, sob pressão arterial de 50 mmHg, o débito urinário é praticamente nulo. Sob 100 mmHg, seu valor é normal, e sob 200 mmHg é cerca de seis a oito vezes maior que o normal. Além disso, o aumento da pressão arterial não eleva apenas o débito urinário, mas provoca também aumento aproximadamente igual da eliminação de sódio, que é o fenômeno da natriurese de pressão. 3- Reconhecer o papel dos rins na gênese da HA Quando se diz que uma pessoa tem hipertensão crônica, isso significa que sua pressão arterial média é maior do que o limite superior da medida aceita como normal. Uma Mar� Rem��� T13 pressão arterial média superior a 110 mmHg (o valor normal é ≈90 mmHg) é considerada hipertensão. (Esse nível de pressão média ocorre quando a pressão arterial diastólica é maior que ≈90 mmHg e a pressão sistólica é maior que ≈135 mmHg.) Os efeitos letais da hipertensão são causados principalmente de três maneiras: 1.A carga de trabalho excessiva do coração leva a insuficiência cardíaca precoce e doença coronariana, muitas vezes causando a morte como resultado de um ataque cardíaco. 2.A alta pressão frequentemente danifica um grande vaso sanguíneo no cérebro, seguido pela morte de grande parte do tecido cerebral; essa ocorrência é chamada de infarto cerebral. Clinicamente, é denominada acidente vascular cerebral (AVC). Dependendo de que parte do cérebro está envolvida, um AVC pode ser fatal ou causar paralisia, demência, cegueira e vários outros distúrbios cerebrais graves. 3.A alta pressão quase semprecausa lesões nos rins, produzindo muitas áreas de destruição do tecido renal e, eventualmente, insuficiência renal, uremia e morte. A hipertensão por sobrecarga de volume é um tipo de hipertensão arterial em que o aumento do volume de sangue circulante no sistema vascular contribui para o aumento da pressão arterial. Isso geralmente ocorre devido à retenção excessiva de sódio e água pelo organismo, levando a um aumento no volume sanguíneo total. Existem várias condições e situações que podem levar à hipertensão por sobrecarga de volume, incluindo: Mar� Rem��� T13 Insuficiência cardíaca congestiva: Quando o coração não consegue bombear o sangue de forma eficiente, o sangue pode se acumular nos pulmões e nas veias, levando a uma sobrecarga de volume e aumento da pressão arterial. Doença renal: Problemas renais que afetam a capacidade dos rins de regular a excreção de sódio e água podem levar à retenção de fluidos e hipertensão por sobrecarga de volume. Doenças hepáticas: Algumas doenças hepáticas podem causar uma redução na síntese de proteínas no fígado, como a albumina, que desempenham um papel na regulação da pressão arterial. Isso pode levar à retenção de fluidos e ao aumento do volume sanguíneo. Gravidez: A pré-eclâmpsia é uma condição que pode ocorrer durante a gravidez e está associada a uma sobrecarga de volume devido à retenção de sódio e água. Isso pode resultar em hipertensão gestacional. Uso de medicamentos: Alguns medicamentos, como corticosteroides e certos contraceptivos, podem causar retenção de sódio e água, levando a um aumento no volume sanguíneo e, consequentemente, à hipertensão. Síndrome nefrótica: Esta é uma condição renal em que ocorre a perda excessiva de proteínas na urina, incluindo a albumina. Isso pode levar à retenção de fluidos e à hipertensão por sobrecarga de volume. Mar� Rem��� T13 Várias semanas após a manifestação inicial da sobrecarga de volume, foram observados os seguintes efeitos: 1.Hipertensão. 2.Aumento acentuado na resistência vascular periférica total. 3.Retorno quase completo do volume de líquido extracelular, do volume plasmático e do débito cardíaco ao normal. Podemos dividir a hipertensão por sobrecarga de volume em dois estágios sequenciais. O primeiro estágio resulta do aumento do volume de líquido, que provoca o aumento do débito cardíaco. Esse aumento no débito cardíaco atua comomediador da hipertensão. O segundo estágio da hipertensão por sobrecarga de volume é caracterizado por alta pressão arterial e alta resistência vascular periférica total, com retorno do débito cardíaco para níveis tão próximos do normal, que as técnicas de medição usuais muitas vezes não são capazes de detectar um débito cardíaco anormalmente elevado. Assim, na hipertensão por sobrecarga de volume, o aumento da resistência vascular periférica total ocorre após o desenvolvimento da hipertensão; portanto, é um efeito dela, e não sua causa. 4- Diferenciar os mecanismos neuro-humorais de controle da PA do mecanismo de feedback rim/fluidos corporais Os mecanismos rápidos de controle da pressão consistem quase inteiramente de reflexos nervosos ou outras respostas nervosas. Note na Figura 19-16 os três mecanismos que Mar� Rem��� T13 respondem em poucos segundos. Eles incluem (1) o mecanismo de feedback dos barorreceptores, (2) o mecanismo isquêmico do sistema nervoso central e (3) o mecanismo quimiorreceptor. Esses mecanismos não só começam a reagir em poucos segundos, mas também são muito potentes. Após qualquer queda aguda na pressão, como a causada por hemorragia intensa, os mecanismos nervosos se combinam para causar (1) constrição das veias e transferir sangue para o coração, (2) aumento da frequência cardíaca e da contratilidade do coração para fornecer maior capacidade de bombeamento do coração e (3) constrição da maior parte das arteríolas, impedindo o fluxo sanguíneo de sair das artérias; todos esses efeitos ocorrem quase instantaneamente, elevando a pressão arterial até o valor de sobrevida. Quando a pressão se eleva subitamente, como ocorre em resposta à rápida transfusão do excesso de sangue, os mesmos mecanismos de controle operam no sentido oposto, novamente normalizando a pressão. Diversos mecanismos de controle da pressão só apresentam respostas significativas após alguns minutos após alteração aguda da pressão arterial. Três desses mecanismos, mostrados na Figura 19- 16, são (1) o mecanismo vasoconstritor da renina-angiotensina, (2) o relaxamento por estresse da vasculatura e (3) o extravasamento de líquido, através das paredes capilares para dentro ou fora da circulação, reajustando o volume de sangue, conforme necessário. Já descrevemos extensamente o papel do sistema vasoconstritor da renina-angiotensina, que consiste em modo semiagudo de aumento da pressão arterial quando necessário. O mecanismo do relaxamento por estresse é demonstrado pelo seguinte exemplo: quando a pressão nos vasos sanguíneos se torna muito alta, esses vasos são estirados de forma contínua por minutos ou horas; como resultado, a pressão nesses vasos sanguíneos volta ao normal. Esse estiramento contínuo dos vasos, chamado de relaxamento por estresse, pode atuar como “tampão” da pressão que age por períodos intermediários. O mecanismo do deslocamento de líquido capilar representa simplesmente o fato de que quando a pressão capilar cai a níveis muito baixos, o líquido é reabsorvido pelas membranas capilares dos tecidos para a circulação, elevando o volume sanguíneo e a pressão na circulação. Ao contrário, quando a pressão capilar se eleva em demasia, o líquido é perdido da circulação para os tecidos, reduzindo assim o volume sanguíneo, bem como praticamente todas as pressões circulatórias. Esses três mecanismos intermediários são ativados principalmente depois de 30 minutos a várias horas. Durante esse tempo, os mecanismos nervosos em geral ficam cada vez menos eficazes, o que explica a importância dessas medidas não nervosas de controle da pressão nos tempos intermediários. Mar� Rem��� T13 Na parte mais à direita da Figura 19-16, é representado o mecanismo rim-volume sanguíneo de controle da pressão (que é o mesmomecanismo rim-líquidos corporais para o controle da pressão), mostrando que são necessárias algumas horas antes que ele comece a apresentar resposta significativa. Entretanto, esse sistema por fim desenvolve resposta de feedback com ganho infinito para o controle da pressão arterial. Isso significa que esse mecanismo pode produzir o retorno quase total da pressão e não apenas parcial para o nível que promove a eliminação normal de sal e de água pelos rins. Muitos fatores podem afetar o nível de regulação da pressão pelo mecanismo rim-líquidos corporais. Um deles, mostrado na Figura 19-16, é a aldosterona. A redução da pressão arterial leva após alguns minutos aaumento da secreção de aldosterona, o que ao longo das horas ou dias seguintes desempenha papel importante na modificação das características de controle da pressão pelo mecanismo rim-líquido corporal. Por exemplo, a ingestão de sal pela pessoa varia imensamente de um dia para outro. Vimos, neste capítulo, que a ingestão de sal pode ser reduzida para um décimo da normal ou aumentar por 10 a 15 vezes, sem que o nível regulado da pressão arterial média se altere por mais que poucos mmHg, se o sistema renina-angiotensina-aldosterona estiver plenamente funcional. Entretanto, se o sistema não estiver funcional, a pressão sanguínea passa a ser muito sensível às alterações da ingestão de sal. Assim, o controle da pressão arterial se inicia com medidas emergenciais pelos mecanismos nervosos, continua com as características de sustentação pelos controles intermediários da pressão e por fim é estabilizado pelo mecanismo rim-líquidos corporais no nível da pressão arterial a longo prazo. Esse mecanismo a longo prazo, por sua vez, tem múltiplas interações com o sistema renina angiotensina-aldosterona, com o sistema nervosoe com muitos outros fatores que contribuem para o controle da pressão arterial em situações especiais. Ciclo cardíaco 1- Descrever o ciclo cardíaco, bem como as alterações de pressão atrial, ventricular, aórtica e do volume ventricular durante o ciclo. 4- Relacionar os eventos do ciclo cardíaco com o eletrocardiograma. Mar� Rem��� T13 Mar� Rem��� T13 2- Reconhecer os átrios como bombas de escorva O sangue normalmente flui continuamente das grandes veias para os átrios; cerca de 80% do sangue flui diretamente através dos átrios para os ventrículos, mesmo antes de os átrios se contraírem. Então, a contração atrial geralmente causa um enchimento adicional de 20% dos ventrículos. Portanto, os átrios funcionam como bombas primárias que aumentam a eficácia do bombeamento ventricular em até 20%. No entanto, o coração pode continuar a funcionar na maioria das condições, mesmo sem esses 20% adicionais de eficácia, porque normalmente tem a capacidade de bombear 300 a 400%mais sangue do que o necessário para o corpo em repouso. Portanto, quando os átrios deixam de funcionar, é improvável que a diferença seja notada, a menos que a pessoa se exercite; nesse caso, ocasionalmente se desenvolvem sintomas de insuficiência cardíaca, especialmente falta de ar. 3- Explicar a função das válvulas e relacioná-las com as bulhas cardíacas 1ª Bulha (TUM): Fechamento da AV 2ª Bulha (TA): Fechamento das semilunares Mar� Rem��� T13 5- Definir débito cardíaco O débito cardíaco é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo para a artéria aorta a cada minuto. O débito cardíaco (DC) pode ser calculado pela frequência cardíaca (FC) x débito sistólico (DS). 6- Explicar como o débito cardíaco é regulado pelo retorno venoso (mecanismo de Frank Starling) O débito cardíaco é regulado pelo retorno venoso pois o DC depende do volume sistólico (volume ejetado pelo VE). Assim, quanto mais sangue retorna ao coração, mais as fibras ficam estiradas e, segundo o mecanismo de Frank Starling, aumenta a força de contração do coração, aumentando o VS e consequentemente, o DC. Se mais sangue chegar ao ventrículo, as fibras musculares se estirammais, aumentando a força de contração, ejetando mais sangue. O grau de estira-mento do miocárdio antes do início da contração é chamado de pré-carga sobre o coração, pois esse estiramento representa a carga colocada sobre o músculo cardíaco antes que ele contraia. 7- Relacionar fatores que influenciam no retorno venoso Três fatores afetam o retorno venoso: (1) a contração ou compressão das veias que levam o sangue para o coração (bomba do músculo esquelético), (2) a mudança na pressão no abdome e no tórax durante a respiração (a bomba respiratória) e (3) a inervação simpática das veias. A bomba do músculo esquelético é assim denominada devida às contrações do músculo esquelético que espremem as veias (particularmente nas pernas), comprimindo-as e empurrando o sangue em direção ao coração. Durante exercícios que envolvem os membros inferiores, o músculo esquelético ajuda a bombear o sangue de volta para o coração. Durante os períodos em que se está imóvel, sentado ou em pé, a bomba do músculo esquelético não auxilia no retorno venoso. A bomba respiratória é criada pelo movimento do tórax durante a inspiração. Como o tórax se expande e o diafragma se move em direção ao abdome, a cavidade torácica se amplia e desenvolve uma pressão subatmosférica. Essa baixa pressão diminui a pressão na veia cava inferior, que passa através do tórax, permitindo que mais sangue das veias abdominais entre na veia cava. A bomba respiratória é auxiliada pelo aumento da pressão exercida no lado de fora das veias abdominais quando o conteúdo abdominal é comprimido durante a inspiração. A combinação do aumento da pressão sobre as veias abdominais e da diminuição da pressão sobre as veias torácicas aumenta o retorno venoso durante a inspiração. Mar� Rem��� T13 A constrição das veias devida à atividade simpática é o terceiro fator que afeta o retorno venoso. Quando ocorre constrição das veias, seu volume diminui, empurrando mais sangue para dentro do coração. Com um volume ventricular maior no início da próxima contração, o ventrículo contrai com mais força, enviando mais sangue para o lado arterial da circulação. Desse modo, a inervação simpática das veias permite que o corpo redistribua parte do sangue venoso para a parte arterial da circulação. Mar� Rem��� T13
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