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PEÇA - RECURSO ORDINARIO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA xxx VARA DO TRABALHO DE xxx
Processo nº. xxxxxxxxxxx
CARLOS BALA, já qualificado nos autos, por seu advogado que esta subscreve mediante instrumento particular de mandato anexo, na reclamação trabalhista relativa ao processo em epígrafe, proposta contra POSTO CORINTHIANS LTDA., também já qualificado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o cabível instrumento de RECURSO ORDINÁRIO, com fulcro no artigo 895, inciso I, da CLT, em face da decisão proferida na reclamação trabalhista supramencionada, o que faz pelos motivos expostos no anexo memorial, em demonstrando, desde logo, o atendimento aos necessários pressupostos de admissibilidade.
DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
Cabe esclarecer que o Recorrente é parte legítima para interpor o presente recurso, tendo capacidade e interesse recursal, uma vez que figura no polo da ação mencionada, tendo direito de recorrer a decisão proferida e está representado por seu advogado signatário, conforme procuração anexa.
Com relação às custas processuais no valor de R$400,00 (quatrocentos reais), esclarece que estas estão devidamente recolhidas obedecendo o disposto no artigo 789, parágrafo 1º, da CLT, conforme guia anexa. Inexiste depósito recursal.
“Art. 789.  Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas. § 1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal.” 
O presente recurso mostra-se tempestivo, pois foi interposto no octídio legal, respeitando o artigo 895, inciso I, da CLT. Com isso, resta comprovando que foram satisfeitos os devidos pressupostos processuais de admissibilidade recursal, portanto, requer o conhecimento do presente recurso e a intimação do Recorrido para apresentar razões, nos termos do artigo 900 da CLT.
Requer, por fim, que depois de cumpridas as formalidades legais, seja ordenada a remessa desses autos, com as Razões do Recurso, ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da xxxª Região a remessa dos autos ao TRT.
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Município xxxxx, 
data xx/xx/xxxx
_________________________________
Advogado xxxxx 
OAB nº xxxxx
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA xxx REGIÃO
RECORRENTE: CARLOS BALA
RECORRIDO: POSTO CORINTHIANS LTDA.
PROCESSO Nº. XXXXXXXXXXX
ORIGEM: xxxx VARA DO TRABALHO DE xxxx 
Em que pese à reconhecida cultura do eminente Juízo de origem e à proficiência com que este se desincumbe do mister judicante, há de ser reformada a decisão ora recorrida, porquanto proferida em completa dissonância para com as normas aplicáveis à espécie, inviabilizando, portanto, a realização da Justiça
I - SÍNTESE DO PROCESSADO
O Recorrente operava como operador de bomba de gasolina nas dependências do Recorrido, no entanto, nunca recebeu nenhum adicional de periculosidade, portanto, propôs reclamação trabalhista pleiteando pelo adicional de 30% sobre o salário contratual e a diferença do adicional noturno, uma vez que cumpria a jornada das 22h às 8h, de segunda a sábado, com uma hora de intervalo intrajornada, recebendo apenas o adicional da jornada das 22h às 5h.
Ocorre que, na audiência o magistrado dispensou os depoimentos pessoais e a oitiva da única testemunha arrolada, a qual poderia afirmar que o Recorrente trabalhava em contato permanente com explosivos e inflamáveis. 
Na sentença, o juiz julgou como improcedente os pedidos, alegando que o trabalho de bombeiro de posto de gasolina é intermitente, ou seja, que o Recorrente não trabalha em contato permanente com inflamáveis e explosivos. Além disso, julgou improcedente o pedido de diferença do adicional noturno por “ausência de previsão legal ou consuetudinária”.
Com isso, o Recorrente vem, por meio do presente recurso ordinário demonstrar que a sentença proferida não merece prosperar e que os pedidos formulados na reclamação trabalhista devem ser acatados pelos fundamentos expostos a seguir.
II – DAS RAZÕES DO RECURSO
II.I - DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Diante dos fatos expostos acima, cabe esclarecer que, conforme preceitua o artigo 195, parágrafo 2º, da CLT, o pedido envolvendo o adicional de periculosidade formulado pelo recorrente na reclamação trabalhista não poderia ser analisado sem a nomeação de perito para realização da perícia técnica. Sendo assim, o juiz cometeu um equívoco ao deixar de determinar a produção de prova pericial, uma vez que é meio essencial para análise do adicional de periculosidade e que sem ela pode acarretar prejuízo ao Recorrente. 
Além disso, outro ponto que merece atenção e a devida reforma é sobre o decisum da dispensa da única testemunha indicada pelo recorrente e que poderia comprovar os fatos alegados, ou seja, que o Recorrente de fato laborava em contato permanente com inflamáveis e explosivos. Portanto, a decisão proferida pelo juízo a quo, viola os princípios da ampla defesa e do devido processo legal, maculando o ato de total nulidade.
O Recorrente requer a decretação da nulidade da sentença e caso não seja decretada a nulidade da sentença, requer, por cautela, a reforma do julgado para que os pedidos formulados alcancem a sua devida procedência. É evidente que o indeferimento do pedido de adicional de salubridade não tem fundamentação e não merece ser acatado, uma vez que o Recorrente sempre laborou em contato com inflamáveis e explosivos nas dependências do Recorrido, fazendo jus ao respectivo adicional, nos termos do artigo 193 da CLT. 
“Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.”
Ademais, conforme disposto nas súmulas 39 do TST e 212 do STF, o direito ao adicional de periculosidade é devido aos operadores de bomba de gasolina, atividade executada pelo recorrente. Irrelevante, data máxima vênia, o argumento lançado pelo juízo a quo de “contato intermitente”, pois, à luz da Súmula 364, I, do TST, “Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco”. Corrobora o arremate o disposto na Súmula 361 do TST. O equívoco é latente, indicando que o juízo a quo, data vênia, confundiu intermitência com eventualidade.
II.II - DO ADICIONAL NOTURNO 
Com relação ao pedido do adicional noturno, nada mais absurdo do que indeferir o pedido no inócuo argumento de “ausência de previsão legal ou consuetudinária”, uma vez que a Súmula 60 do TST, respalda o direito do Recorrente, o qual labora das 22h às 8h, fazendo jus ao adicional noturno.
Com base nos argumentos expostos acima, o Recorrente requer a reforma do julgado, para que o reclamado, ora Recorrido, seja condenado nos títulos insculpidos na exordial. 
III - DO PEDIDO RECURSAL
Isto posto, o Recorrente requer, a esta Egrégia Corte, que conheça do presente recurso, dando-lhe provimento e anulando a sentença.
Caso não seja esse o entendimento, requer, por cautela, superada a nulidade do decisum, a reforma da decisão recorrida, para a condenação do recorrido no pagamento de adicional de periculosidade de 30% sobre o salário contratuale a diferença do adicional noturno que lhes são devidos, na forma dos pedidos elencados na petição inicial. 
Por fim, o Recorrente requer a inversão do o ônus da sucumbência, para que seja ressarcido das custas processuais. 
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Município xxxxx, 
data xx/xx/xxxx
__________________________________
Advogado xxxx, 
OAB nº xxxx

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