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Claretiano – Centro Universitário Curso de Graduação em Filosofia – Licenciatura Tutor: Luiz Geraldo Aluno: Natália Maria Oliveira de Souza A Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência GOIÂNIA 27-09-2021 A partir dos conteúdos estudos até o momento, responda as questões a seguir: 1) Considerando os tipos de problemas da epistemologia destacados por Michael Williams (Texto complementar apresentado na Unidade 1), exemplifique dois tipos diferentes de problemas verificados no processo de aprendizagem professor-aluno quanto à possibilidade do conhecimento. Exemplo I: O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas. Exemplo II: O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar- se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas e as opiniões dos alunos mostram como eles estão reagindo à atuação do professor. A relação entre professor/aluno deve ser empática, onde ambos os parceiros da comunicação demonstrem a capacidade para ouvir e refletir sobre as questões que estão sendo abordadas por cada um dos interlocutores. Assim, haverá mais possibilidade de abertura na comunicação e, portanto, melhor o clima de aprendizagem. Nestes casos, a participação dos alunos nas aulas é de suma importância, pois estará expressando seus interesses, preocupações, desejos e vivências, e assim construindo ativamente seu conhecimento. 2) Descartes postula os critérios de sua teoria do conhecimento e destaca que: O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão bem provido dele, que mesmo os que são mais difíceis de contentarem qualquer outra coisa não costumam desejar tê-lo mais do que o têm. E não é verossímil que todos se enganem a tal respeito; mas isso antes testemunha que o poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o que se denomina o bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens; e, destarte, que a diversidade de nossas opiniões não provém do fato de serem uns mais racionais do que outros, mas somente de conduzirmos nossos pensamentos por vias diversas e não considerarmos as mesmas coisas. Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem (DESCARTES,2009). Referência bibliográfica: DESCARTES, René. Discurso do método. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009. Analise e descreva a posição do autor a respeito dos aspectos da relação sujeito pensamento para desenvolver o processo de conhecimento. Para Descartes, todo tipo de conhecimento que não tivesse uma fonte racional (o conhecimento empírico é um deles, pois baseia-se na experiência prática para adquirir elementos para a constituição das ideias) era duvidoso e poderia ser enganoso. Somente o conhecimento racional, baseado nas ideias inatas e fruto das deduções, era suficientemente claro, distinto e absolutamente verdadeiro. Para ter-se um conhecimento claro, distinto e verdadeiro, era necessário estabelecer um método. O método cartesiano estava, primeiramente, calçado na dúvida metódica e hiperbólica. https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/empirismo.htm Esse processo de dúvida era metódico por ser ordenado, organizado por um método, e hiperbólico porque deveria estender-se a tudo e a todos exageradamente. Surgia aqui o ceticismo moderno que, diferente do ceticismo helênico, não suspendia os juízos do conhecimento por completo e absolutamente, mas por hora, até que se chegasse a um conhecimento seguro. O primeiro passo para isso era a negação do conhecimento empírico e do senso comum.
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