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Júlia Costa Tsukamoto ASCARIDÍASE INTRODUÇÃO A Ascaris lumbricoides é encontrado em quase todos os países, e ocorre com frequência variada em decorrência das condições climáticas e ambientais, e principalmente condição socioeconômica da região. MORFOLOGIA O estudo da morfologia do parasito, é realizado pelas fases evolutivas do seu ciclo biológico. São ser es dióicos (macho e fêmea), e monoxênico. (Não precisa de um hospedeiro intermediário). ➡ Machos Os machos contém boca controlada por três lábios com serrilha e dentículos. A sua cauda é encurvada para a face central, formando um aspecto de “anzol”, diferenciando-se da fêmea. ➡ Fêmeas As fêmeas são mais robustas que os machos, e a sua cauda não possui formato de anzol, que é um grande diferencial para distinguir dos machos. ➡ Ovos Os ovos são brancos e adquirem cor castanha devido ao contato com as fezes. Possuem cápsula espessa, formada por mucopolissacarídeos que facilita a aderência dos ovos as superfícies, facilitando a sua disseminação, e posteriormente há a presença de uma membrana média que confere resistência aos ovos, para “sobreviverem" em condições ambientais desfavoráveis. HABITAT Os vermes adultos são encontrados no intestino delgado, principalmente no jejuno e no íleo. Podem ficar presos à mucosa, com o auxílio dos seus lábios, ou migrarem pela luz intestinal. CICLO BIOLÓGICO O seu ciclo é monoxênico, ouseja, só precisam de um único hospedeiro para tornar-se a forma ativa do parasito. A primeira larva formada dentro do ovo (L1) é do tipo rabditoide. Após alguns dias, ela evolui para L2, e novamente transforma-se em L3, que é a forma infectante. A ingestão dos ovos com larvas L3, atravessam todo o trato digestório, e eclodem no intestino delgado devia ao pG, temperatura, sais e concentração de CO2. Assim que são liberadas, elas atravessam as paredes intestinais, e caem nos vasos linfáticos e veia mensentérica, na qual migram para o fígado (sistema portal). Após isso, chegam ao átrio direito pela veia cava, e penetram os pulmões*. Quando o indivíduo tosse, essas larvas migram para árvore brônquica e traqueia, chegando na faringe, e então podem ser expelidas pela tosse ou engolidas. Quando engolidas, elas migram para o intestino delgado, onde se fixam, e transformam-se em adultos e copulam, liberando os ovos nas fezes do indivíduo. 1 Júlia Costa Tsukamoto OBS*: Quando adentram os pulmões, é comum a Síndrome de Loeffler, na qual é uma pneumonia eosinofilica, ou seja, é um tipo de pneumonia, com acesso de tosse, secreções devido a presença de larvas nos pulmões. TRANSMISSÃO Ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados com larva L3. Os ovos representam grande aderência a superfícies, que representa um fator importante na transmissão da parasitose. Forma infectante: OVO COM LARVA L3 Forma diagnóstica: OVO OU VERME NAS FEZES DIAGNÓSTICO O diagnóstico clínico é dificil, pois não consegue-se saber qual tipo de parasito está causando a doença. Já o diagnóstico laboratorial, é dado pelos ovos nas fezes, porém, é necessário aguardar alguns dias para realizar o exame, pois os ovos podem estar passando pelos pulmões, e não há a detecção deles pelas fezes. Caso apresente um hemograma, é notório a presença elevada de eosinófilos. PROFILAXIA A profilaxia da ascaridíase deve-se por: 1. Tratamento das fezes humanas; 2. Saneamento básico; 3. Educação para a saúde. 2 Júlia Costa Tsukamoto ANCIOLOSTOMOSE INTRODUÇÃO A ancilostomose é um parasita nematódeo e hematófago, causado pela Ancylostoma duodenale, é caracterizado como uma geo-helmintose, pois as larvas do ancilostoma é encontrada no solo MORFOLOGIA Os vermes adultos apresentam dois pares de dentes ventrais, e duas lancetas subventrais. ➡ Machos Possuem bolsa copuladora bem desenvolvida, e medem de 8 a 11 mm. ➡ Fêmeas Medem de 10 a 18 mm, possuem uma vulva no terço posterior do pescoço, cauda afilada com pequeno espiniforme no final. CICLO BIOLÓGICO O ancilostoma apresenta um ciclo biológico direto, sem necessidade de hospedeiro intermediário. Os seus ovos são liberados nas fezes, que dão origem as larvas (L1 e L2), com esôfago rabditoide, que mudaram para a forma infectante (L3), na qual ficarão presentes no solo. O homem adquire a infecção pelo ancilostoma, ao andar descalço no solo contaminado, na qual o parasita penetra pela pele, devido as condições térmicas e químicas derivadas do próprio homem. 3 Júlia Costa Tsukamoto Ao penetrar, eles migram pela circulação sanguínea ou linfática até alcançarem os pulmões, na qual atravessam os alvéolos até chegarem a arvore brônquica, e devido as condições altas de oxigênio presentes nessa região, transformam-se em L4. Dessa mesma forma, há a presença da síndrome de Loeffler, na qual as larvas podem ser expelidas ou deglutidas. As que forem deglutidas, irão atravessas o trato gastrintestinal até chegar aos intestinos, onde irão se aderir e começar o inicio da hematologia (começam a sugar o sangue), e após 15 dias, irão transformar-se em vermes adultos e maduros sexualmente, onde podem copular e liberar os ovos infectados nas fezes, contaminando o solo, e assim repete-se o ciclo. DIAGNÓSTICO O diagnóstico clínico é baseado na anamnese associada aos sintomas cutâneos, pulmonares e intestinais, acompanhados ou não de anemia eosinofilia. Já o exame laboratorial, é realizado uma exame copraparasitológico que mede o teor da carga parasitária no hospedeiro. Além disso, pode ser realizado uma coprocultura (exame de fezes). Forma infectante: Larva filarifome na pele Forma diagnóstica: Ovos nas fezes PROFILAXIA A profilaxia da ancilostomose pode ser dada por: 1. Infraestrutura sanitária 2. Atendimento básico em saúde 3. Condições mínimas de alimentacao 4. Educação em saúde OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ‣ Descrever o ciclo celular do parasita Ascaris lumbricoides com as respectivas forma do parasito; 1. Há a contaminação por ovos férteis tanto na água, quanto nos alimentos 2. Ovos são ingeridos e eclodem no intestino 3. Atravessam a parede intestinal e vai ate o fígado 4. Do fígado, sobem para os pulmões, na qual causa a pneumonia eosinofilia (Síndrome de Loeffler) 5. As larvas podem ser tanto ingeridas, quanto expelidas pela tosse. 6. Se ingeridas, retornam para o trato gastrointestinal, até o intestino, onde irão se maturar e copular. 7. Liberam ovos nas fezes, contaminando novamente água e alimentos. 8. ‣ Descrever os sintomas da doença na síndrome de Loffler e na fase intestinal; A síndrome de Loeffler é uma pneumonia eosinofílica que causam um conjunto de sintomas comum que acometem o pulmão, por infiltrados associados a eosinofilia. Caracteriza-se por uma infiltração alveolar e intersticial eosinofilia, que causam sintomas respiratórios. (É quando larvas dos helmintos se encontram no pulmão). A síndrome de Loeffler é dada por sintomas como: tosse seca, falta de ar, febre baixa, tosse com sangue, sibilos ou chiados no peito, dor muscular e perda de peso. Já a quando os parasitas estão presentes no intestino, os sinais e sintomas mais comuns são diarreia, fezes sanguinolentas, anemia, dor abdominal, náuseas com ou sem vômitos, emagrecimento e perda do apetite. ‣ Descrever o ciclo celular do parasita causador da ancilostomose e as formas do parasito e diferenciar as espécies. 1. A contaminação se dá através do contato direto da pele com o solo contaminado, ou ingestão acidental da larva presente no ambiente; 2. Após penetrar na pele, a larva vai até os pulmões através dos vasos sanguíneos ; 3. Quando o paciente tosse, ele pode expelir ou engolir as larvas; 4. Larvas que foram engolidas, migram até o intestino e se desenvolvem até osvermes adultos; 5. Vermes adultos copulam no intestino, e os ovos são liberados nas fezes. 4
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