Sistema Circulatório- Artérias e Capilares

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
DISCIPLINA: IB185- HISTOLOGIA HUMANA
SISTEMA CIRCULATÓRIO- ARTÉRIAS E CAPILARES
Sistema Circulatório
Artérias e Capilares
Características Gerais
O sistema circulatório humano, também chamado de sistema cardiovascular, é do tipo
fechado, ocorrendo no interior de vasos. Ele pode ser dividido em:
Sistema Vascular Sanguíneo
Responsável pelo transporte de sangue, oxigênio e nutrientes para todo o corpo humano,
também atua retirando das células as excretas nitrogenadas e o gás carbônico produzido no
metabolismo celular. É constituído pelo coração, artérias, arteríolas, capilares sanguíneos,
vênulas e veias.
Sistema Vascular Linfático
Responsável pelo transporte do fluido linfático (linfa) dos tecidos de volta para o sistema
circulatório. É constituído pelos capilares linfáticos, vasos linfáticos e ductos linfáticos.
Artérias
Artérias são vasos sanguíneos com paredes espessas e resistentes que garantem o transporte
do sangue do coração para os diferentes tecidos do corpo. Elas são compostas por três
camadas, denominadas: túnica adventícia, túnica média e túnica íntima.
Túnica Adventícia
É a camada mais externa, constituída
por tecido conjuntivo frouxo e denso
não modelado, fibras colágenas e
elásticas, ela não apresenta uma
membrana limitante interna e, assim,
torna-se contínua com o tecido
conjuntivo adjacente.
Túnica Média
Camada intermediária, constituída por
fibras elásticas, colágenas e tecido
muscular liso. Apresenta uma
membrana elástica limitante interna
separando-a da túnica adventícia.
Túnica Íntima
Camada mais interna, constituída por células do tecido epitelial (endotélio), a lâmina basal
entre o tecido anterior e o tecido conjuntivo e uma membrana elástica limitante externa que a
separa da túnica média.
Conforme se distanciam do coração e se ramificam, ocorre uma diminuição na espessura das
artérias. De acordo com sua espessura, pode-se classificar as artérias em:
Artéria de grande calibre
ou elástica
Apresenta a túnica íntima espessa e rica em
fibras elásticas, a túnica média constituída
por diversas membranas elásticas e a túnica
adventícia pouco desenvolvida (camada fina).
A presença das membranas elásticas nessa
artéria é fundamental para garantir que
grandes variações de pressão arterial não
ocorram, regulando o fluxo sanguíneo. Esse
tipo de artéria também é denominada
condutora, pois tem como função principal a
condução do sangue.
Artéria de diâmetro médio
ou artéria muscular
Apresenta a túnica média formada
basicamente por células musculares lisas e
poucas fibras elásticas, a túnica íntima
apresenta uma membrana limitante bem
desenvolvida e a túnica adventícia apresenta
capilares linfáticos, nervos e pequenos vasos
com a função nutridora dessa túnica (vaso
vasorum), sendo mais espessa que a presente
nas grandes artérias. Essa artéria também é
denominada distribuidora em razão de sua
capacidade de distribuir o sangue aos
diversos órgãos por suas muitas ramificações.
Arteríolas
Destacam-se por seu pequeno diâmetro, o qual
é, geralmente, inferior a 0,5 mm. Elas
apresentam uma túnica adventícia pouco
desenvolvida, e as túnicas íntima e média não
apresentam membrana elástica.
Capilares Sanguíneos
Os capilares sanguíneos são formados
pelo processo de ramificação das artérias
em arteríolas e, em seguida, em capilares.
Possuem uma parede bastante fina,
apresentando apenas uma camada de
células constituída por endotélio (epitélio
simples pavimentoso) e uma lâmina
basal, o que permite a troca de
substâncias entre o plasma sanguíneo e os
líquidos intersticiais ocorram apenas
nessas estruturas e pelo processo de
difusão. Os capilares conectam arteríolas
e vênulas que por sua vez conectam-se às
veias, levando o sangue de volta para o
coração.
Capilar Contínuo ou Somático
Nesses capilares o endotélio é contínuo, não apresentando nenhuma interrupção, ou seja, há
ausência de fenestras (poros) em sua parede. Eles são encontrados em todos os tipos de tecido
muscular, tecidos conjuntivos, glândulas exócrinas e tecido nervoso. O espaço intercelular
dos capilares contínuos é vedado pelas junções de oclusão e a entrada de substâncias ocorre,
exceto no sistema nervoso, por pinocitose.
Capilar Fenestrado ou Visceral
As células endoteliais estão unidas por junções de oclusão e apresentam uma camada
contínua, porém há presença de fenestras ao longo da parede. As fenestras podem estar
cobertas ou não por uma membrana fina denominada diafragma.
● Com diafragma
São encontrados em tecidos nos quais acontece troca rápida e intensa de substâncias entre os
tecidos e o sangue, como o rim, o intestino, o pâncreas e nas glândulas endócrinas;
● Sem diafragma
Está localizado no glomérulo renal, também denominado capilar glomerular.
Capilar Sinusóide
Nesses capilares observa-se a presença de poros sem diafragma e intervalos entre as células,
além de uma lâmina basal descontínua e macrófagos em torno da parede celular. O trajeto
desse tipo capilar é tortuoso, e seu diâmetro é relativamente maior do que o observado em
outros capilares. A circulação sanguínea ocorre em uma velocidade reduzida, possibilitando
uma intensa troca de substâncias entre o sangue e os tecidos e a entrada ou a saída de células
sanguíneas. Esses capilares estão presentes no fígado e em órgãos hematopoéticos, como na
medula óssea e no baço.
Atuação dos Pericitos
Ao redor das células endoteliais dos capilares, compartilhando a mesma lâmina basal, há os
pericitos, de origem mesenquimatosa como as próprias células endoteliais. Eles apresentam
capacidade, após lesões no tecido, de diferenciar-se e formar novos vasos sanguíneos e novas
células do tecido conjuntivo, possibilitando a reparação tecidual.
Capilares Linfáticos
Os capilares linfáticos são os menores vasos condutores do sistema linfático, originam-se no
tecido conjuntivo como vasos finos e sem aberturas terminais, consistindo em uma única
camada de endotélio (células endoteliais pavimentosas espaçadas) e uma lâmina basal
incompleta. As células endoteliais estão sobrepostas em escamas que formam microválvulas
altamente permeáveis, o que possibilita sua abertura ou fechamento, conforme o
afrouxamento ou a tração das microfibrilas elásticas presentes.
A alta permeabilidade dos capilares permite a entrada por difusão de macromoléculas de
proteínas, água, moléculas do fluido intersticial, células, como os linfócitos e minerais que
não podem ser absorvidos pelo sistema venoso, já que este absorve somente moléculas
pequenas. Esse material que circula pelos capilares linfáticos recebe o nome de linfa.
Os pequenos vasos linfáticos convergem gradualmente e finalmente terminam em dois
grandes troncos: o ducto torácico, que coleta e conduz a maior parte da linfa para o sangue e
o ducto linfático que é responsável pela drenagem da mesma. Ao longo desse trajeto, os
capilares linfáticos atravessam os linfonodos, onde a linfa é filtrada. Por fim, esses ductos
desembocam nas veias próximas ao coração e, assim, o líquido filtrado entra na corrente
sanguínea.
Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos pela força do coração, o
sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A circulação
linfática é ajudada pela ação de forças externas como, por exemplo, a contração dos músculos
esqueléticos circunjacentes sobre as suas paredes. Essas forças, que agem intervaladas,
associadas à grande quantidade de válvulas, impulsiona a linfa em um fluxo unidirecional,
indo em direção ao coração.
Lâminas Histológicas
Respectivamente, artéria elástica, artéria muscular e, abaixo, arteríola.
Respectivamente, capilar contínuo, fenestrado, sinusóide e, abaixo, capilar linfático.
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