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Estratégia empresarial Licensed to Cindy Castro Alves - cindycastroalves@gmail.com - 857.674.501-10 SST Guerra, Bruno da Silva; Oliveira, Leandro Zanqueti de Estratégia empresarial / Bruno da Silva Guerra; Leandro Zanqueti de Oliveira Ano: 2020 nº de p.: Copyright © 2020. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados. 10 Licensed to Cindy Castro Alves - cindycastroalves@gmail.com - 857.674.501-10 3 Estratégia empresarial Apresentação Nesta unidade, abordaremos o significado de estratégia empresarial, e onde podemos aplicá-la, de modo que você, estudante, possa entender claramente. Nessa visão, analisaremos o histórico das empresas e suas respectivas estratégias, bem como seus diferenciais perante o mercado. Demonstraremos que a estratégia é algo de extrema importância, independentemente do tamanho da empresa. Conceito e significado de estratégia empresarial A palavra estratégia tem sua origem nas palavras gregas stratos (exército) e agein (dirigir). Seus primeiros conceitos surgiram de uma visão militar, na qual era considerada como a arte de coordenar a ação de todas as forças de uma nação com o objetivo principal de liderar uma guerra para gerenciar uma crise ou preservar a paz. O livro A arte da guerra, escrito aproximadamente em 500 a.C., por Sun Tzu, descreve os princípios da estratégia da guerra, visto que ficou conhecido como a origem dos estudos sobre estratégia. Possui uma clareza e um conteúdo que até hoje são utilizados por políticos e homens de negócios do mais alto escalão. Sugerimos essa obra como uma leitura relevante para seus estudos de estratégia. Saiba mais Para compreender um pouco mais sobre a importância da estratégia nas empresas, apresentamos, na sequência, como ela vem sendo aplicada ao longo da história a partir da obra de Sun Tzu, A arte da guerra: Licensed to Cindy Castro Alves - cindycastroalves@gmail.com - 857.674.501-10 4 • 1810: a palavra estratégia entra no dicionário Oxford; • 1832: o trabalho Da Guerra, de Carl Von Clausewitz, é publicado; • 1963: Alfred Chandler apresenta o termo estratégia na esfera econômica com seu livro Estratégia e estrutura; • 1965: Igor Ansoff publica Estratégia corporativa. Sob outra perspectiva, a estratégia corporativa pode ser também considerada como a orientação das atividades de uma organização a longo prazo, ou seja, como uma empresa direciona seus esforços a fim de conseguir resultados no futuro e poder, dessa forma, sustentar-se. Um dos principais objetivos da estratégia nas empresas é obter uma vantagem competitiva por meio da reconfiguração (contínua) de recursos e de habilidades da organização com o intuito de responder a um ambiente de mudanças constantes, para que, assim, possam atender às necessidades do mercado e às expectativas dos diferentes stakeholders, que podem ser proprietários, funcionários, financiadores, entre outros profissionais. Portanto, para complementar o estudo inicial sobre o tema, apresentaremos algumas definições de estratégias que são amplamente utilizadas na literatura. Observe no quadro a seguir. Definições de estratégias Autor Definição Chester I. Barnard Trata como fator estratégico (ou limitante), utilizando exemplo sobre como elevar um rendimento de cereais em determinado campo a partir da análise que mostra a necessidade de potassa no solo. Thomas C. Schelling Estratégia como grupo de ações e decisões voltadas às articulações de recursos, com o fim nos objetivos específicos a médio e longo prazos. Alfred D. Chandler, Jr Estratégia pode ser definida como a determinação das metas e de objetivos básicos, sendo eles a longo prazo, de uma empresa, bem como a adoção de cursos de ação e a alocação dos recursos necessários à consecução dessas metas. Fonte: Adaptado de Ghemawat (2007). Agora que temos um conhecimento básico sobre a evolução do conceito de estratégia e como ela vem sendo utilizada, na sequência, vamos direcionar nosso estudo para o seu uso nas empresas. Licensed to Cindy Castro Alves - cindycastroalves@gmail.com - 857.674.501-10 5 Breve história da estratégia nas empresas Para entender como as empresas utilizam ferramentas de estratégias nos dias atuais, quais são seus principais objetivos e como conseguem alcançar resultados por meio delas, é importante conhecer o histórico do surgimento da estratégia no meio empresarial. A origem do modelo atual surgiu com a perspectiva dos anos 1960, na qual a estratégia foi inserida no contexto do planejamento corporativo. Já na década de 1970, ela teve início com ênfase na diversificação e planejamento de portfólio. As décadas de 1980 e 1990, por sua vez, caracterizaram-se por um foco nas competências básicas e no desenvolvimento de abordagens menos analíticas, mais orientadas às pessoas e ao gerenciamento. No final dos anos 1960 e início dos anos 1970, o consultor Bruce Henderson, que mais tarde fundou o Boston Consulting Group, desenvolveu um trabalho sobre a curva de experiência, a partir da ideia que existe em uma relação direta entre os custos acumulados de produção e o volume de produção. Em outras palavras, quanto mais experiência uma empresa adquire na produção de um produto ou serviço, menor será seu custo para ela. Portanto, essa tornou-se a base para as empresas que começaram a pensar sobre estratégia de preços, volumes de produção, custos de produção e vantagem competitiva até então. Criando estratégias Fonte: Deduca, 2020. Licensed to Cindy Castro Alves - cindycastroalves@gmail.com - 857.674.501-10 6 Henderson (1984) também desempenhou o coração do desenvolvimento de estratégias orientadas para análise. Logo depois de publicar seu trabalho, ele apresentou a matriz de compartilhamento de crescimento, que se tornou reconhecida por seus nomes de quadrantes: vacas em dinheiro, cães, estrelas e pontos de interrogação. Tal matriz ajudou empresas por meio de múltiplas curvas de experiência com o objetivo de gerar um portfólio contínuo de atividades. Posteriormente, o professor de Harvard, Michael Porter, expandiu o conceito de competitividade, ampliando a visão de aplicações de estratégias empresariais. Em seu livro, publicado em 1985, intitulado Vantagem competitiva: criando e sustentando desempenho superior, Porter apresenta a noção de estratégias e estratégias de diferenciação focadas em segmentos como alternativas às estratégias de liderança de custos. O autor também criou o modelo das cinco forças e da cadeia de valor com o intuito de ajudar as empresas a formularem estratégias mais poderosas. Dois artigos importantes da Harvard Business Review (HBR) seguiram o livro de Porter. Em 1990, o artigo The core competence of the corporation, de C. K. Prahalad e Gary Hamel, destacou a importância de ganhar vantagem competitiva, não só buscando o posicionamento em termos de mercados e concorrentes, mas também olhando para dentro de sua própria empresa. Com base nisso, Cynthia Montgomery e David Collis conectaram a visão com base em recursos da empresa ao seu posicionamento, publicando o artigo intitulado Competindo sobre recursos: estratégia na década de 1990. Além disso, em 1993, Michael M. Hammer e James Champy publicaram Reengineering the Corporation: A Manifesto for Business Revolution, que ficou na lista dos best-sellers do New York Times por mais de um ano e vendeu mais de 2,5 milhões de cópias, sendo outra importante obra que trata do uso e da importância das estratégias nas empresas. Os motivos desses inúmeros acontecimentos são claros: no final da década de 1980 e início da década de 1990, mudanças fundamentais trouxeram avanços significativos, principalmente no setor de tecnologia, resultando em um grande impacto na área, promovendo, assim, a mudança no mundo desenvolvido, que transitava de uma base industrial para uma base em serviços. Licensed to Cindy Castro Alves - cindycastroalves@gmail.com - 857.674.501-10 7 No entanto, cabe destacar que a revolução da reengenharia não duroumuito. No final dos anos 1990, a próxima revolução da estratégia chegou, atraída pelas mudanças geradas pela grande promessa da internet e a noção de nova economia global. A internet na nova economia global Fonte: Deduca, 2020. Em 1999, a obra Blown to bits: como a nova economia da informação transforma a estratégia, de Philip Evans e Thomas S. Wurster, do Boston Consulting Group, trouxe um argumento convincente de como a internet mudou tudo aquilo que era, até então, conhecido. De repente, não era mais necessário a intermediação de terceiros, ficando claro que os intermediários seriam eliminados antes e depois. A importância da estratégia para as empresas É importante notar que, independentemente do tempo, muitos autores em estratégia costumam explicar seu ponto de vista ao apresentar as mudanças radicais a que estão sujeitos dentro do contexto do ambiente competitivo empresarial, o que resulta na necessidade constante de novas teorias e práticas em gestão estratégica. Primeiramente, a estratégia passa pela necessidade primária de entender o que é desempenho. Com base nessa questão, surge o desdobramento sobre os seus Licensed to Cindy Castro Alves - cindycastroalves@gmail.com - 857.674.501-10 8 estudos e, a partir desse ponto, pensamentos e pesquisas recorrentes marcam a ancoragem do pensamento estratégico em questões intimamente relacionadas com aquelas vinculadas a dados contextos econômicos e históricos. Ghemawat (2007) define o posicionamento competitivo com viés estratégico da seguinte forma: “[...] as empresas que desejam ser particularmente bem-sucedidas, em geral, precisam se posicionar para criar vantagens competitivas em seus setores de atuação”. Nesse entremeio, todo contexto histórico produz suas práticas, seus conceitos e suas ferramentas. Além disso, o próprio discurso é desenvolvido por autores de campos múltiplos, com participações diferentes que envolvem líderes, pesquisadores, consultores. Vemos, assim, que a estratégia é fundamental para o resultado de longo prazo. Diferentemente do planejamento de negócios clássico, a variedade estratégica envolve visão, missão e pensamento fora da caixa. A estratégia forma, desse modo, as diretrizes do lugar para o qual você quer que sua empresa siga, e não necessariamente como chegará lá. Para conhecer mais sobre o conceito de estratégia, como ela é utilizada desde o início da civilização por generais até sua larga utilização no meio corporativo, assista ao vídeo de Lawrence Freedman, intitulado Strategy: a history. Disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v=-R7kjNT8hkI. Saiba mais No mercado competitivo atual, é praticamente inimaginável que uma grande empresa alcance resultados a longo prazo sem nenhuma estratégia. Um estudo realizado pela consultoria McKinsey, em 2017, demonstrou as diferenças entre as empresas que adotavam uma diretriz estratégica e aquelas que não adotavam. Segundo o estudo, as diferenças eram significativas. Entre as empresas que podem ser identificadas como focadas no longo prazo e apresentam alguma estratégia, o crescimento médio da receita seria 47% maior, com lucro de 81% a mais que aquelas que não tinham estratégia alguma. Os retornos para a sociedade e a economia em geral foram igualmente impressionantes. As empresas que foram gerenciadas a longo prazo adicionaram cerca de 12 mil empregos a mais do que seus pares de 2001 a 2015. O PIB dos EUA, na última década, poderia ter crescido Licensed to Cindy Castro Alves - cindycastroalves@gmail.com - 857.674.501-10 https://www.youtube.com/watch?v=-R7kjNT8hkI https://www.youtube.com/watch?v=-R7kjNT8hkI 9 em US$ 1 trilhão adicional caso toda a economia tivesse uma diretriz estratégica de longo prazo e gerado mais de 5 milhões de empregos na última década. Fechamento Nesta unidade, conseguimos analisar a importância das empresas adotarem estratégias assertivas. Com base no que vimos, percebemos que a estratégia nas empresas vem evoluindo no decorrer da história, mostrando como ela é importante para os dias atuais. Vimos que desde a década de 1960, diversos autores têm verificado a função da presença estratégica nas empresas. Passando desde os tempos sem internet até a fase de transição tecnológica na nova economia global. Compreendemos, assim, sua relevância no alcance de resultados positivos das empresas. Licensed to Cindy Castro Alves - cindycastroalves@gmail.com - 857.674.501-10 10 Referências GHEMAWAT, P. A estratégia e o cenário dos negócios. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. HENDERSON, B. D. The Application And Misapplication Of The Experience Curve. Journal of Business Strategy, v. 4, p. 3-9, jan. 1984. Disponível em: https://doi. org/10.1108/eb039027. Acesso em: 14 out. 2020. Licensed to Cindy Castro Alves - cindycastroalves@gmail.com - 857.674.501-10 https://doi.org/10.1108/eb039027 https://doi.org/10.1108/eb039027
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