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Apendicite Aguda

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Haíssa Maria Augusto Soares
Apendicite Aguda
A causa mais frequente de abdome agudo inflamatório é a apendicite aguda, além de ser a causa mais comum de abdome agudo cirúrgico. Devemos pensar sempre que um paciente apresentar dor em fossa ilíaca direita ou dor em baixo ventre. 
Em toda dor abdominal devemos afastar a possibilidade de apendicite aguda
Na história típica temos um paciente jovem com dor em mesogástrio, em cólica, acompanhada de náuseas ou vômitos e anorexia (muito frequente, mas não é específico), que posteriormente migra para FID (localização do apêndice), passando a ter um caráter contínuo e é acompanhada de sinais inflamatórios.
Exame físico associado à história clínica tem uma acurácia de cerca de 95% no diagnóstico
O diagnóstico da apendicite é clínico, porém, na prática, em alguns serviços, fazemos a confirmação do diagnóstico com algum exame de imagem. No exame físico temos principalmente dor e/ou plastrão palpável no ponto de McBurney com dor à descompressão brusca (DB+). 
Sinais da apendicite:
· Blumberg - dor à descompressão brusca na palpação da FID (sem dor na palpação de outros quadrantes);
· Rovsing - dor na FID quando se palpa a FIE;
· Lennander - dissociação entre temperatura retal e axilar maior que 1°C;
· Summer - hiperestesia na FID;
· Lapinski - dor à compressão da FID enquanto se solicita a elevação do MID;
· Punho-percussão - dor na FID a punho-percussão do calcâneo (peritonite);
· Dunphy - dor na FID pelo ato de tossir;
· Obturador - dor durante a rotação interna passiva da coxa direita flexionada;
· Psoas - dor na flexão ativa da coxa direita contra uma resistência com o paciente em decúbito lateral esquerdo;
Na ultrassonografia, quando visualizamos o apêndice, podemos ver um diâmetro maior que 6mm, dor à compressão, fecálito na luz e líquido peritoneal ao redor. A TC é o exame mais importante para o diagnóstico de apendicite (critérios de Alvarado de 4 a 6). 
O tratamento padrão é a apendicectomia, alguns casos raros podemos utilizar a antibioticoterapia (casos iniciais de pacientes hígidos). A via da apendicectomia pode ser convencional ou laparoscópica.

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