Buscar

FSP-PROCESSO-PENAL-AMOSTRA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 90 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 90 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 90 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 
Direito Processual Penal 
Conceito, Princípios, Fontes e Disposições Preliminares ...................................................................... 4 
Inquérito Policial ................................................................................................................................ 9 
Ação Penal ....................................................................................................................................... 17 
Ação Civil ......................................................................................................................................... 25 
Competência .................................................................................................................................... 28 
Nulidades; Citações e Intimações; Sentença e Coisa Julgada; Questões e Processos Incidentes; 
Medidas Assecuratórias. ................................................................................................................... 34 
Das Provas ........................................................................................................................................ 46 
Do Juiz, do Ministério Público, do Acusado e Defensor, dos Assistentes e Auxiliares da Justiça .......... 51 
Da Prisão, das Medidas Cautelares e da Liberdade Provisória ............................................................ 56 
Procedimentos: Ordinário, Sumário, Júri, Especial; JECRIM. .............................................................. 69 
Recursos Criminais ........................................................................................................................... 77 
Meios Autônomos de Impugnação .................................................................................................... 86 
 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
3/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 Olá, campeão (ã)! Tudo tranquilo (a)? Aqui quem fala é o Lucas, um dos criadores do Q2! Queria deixar 
meu agradecimento por confiar no nosso trabalho e ter adquirido o nosso E-book de questões de Direito 
Processual Penal. 
 Nosso material tem a finalidade de complementar os estudos de quem já possui uma base na matéria. 
Além disso, possui um direcionamento para concursos das áreas Policiais e de Tribunais. Vale destacar que o 
Mega Pack Processual Penal está dividido em 02 PDFs: 01 de Questões comentadas que abarca quadros com 
resumos, dicas e mnemônicos; 01 de Questões sem comentários, com gabarito no final de cada assunto. 
Última Atualização: 
• 24/01/2020 
Próxima Atualização: 
• 05/03/2020 
A atualização será reenviada automaticamente para seu e-mail a partir do dia 05/03, caso ocorram 
atualizações. 
 Os comentários das nossas questões foram feitos com base no estudo de vários Livros, Cursos e Sites 
para concursos como: 
 
• ARAÚJO, Renan. Curso de Direito Processual Penal TJ-AM. 2019. Estratégia Concursos. 
• CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 10° ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 
• NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 6. ed. rev. atual. ampl. 
2010. Editora Revista dos Tribunais Ltda, São Paulo - SP. 
• NOGUEIRA, Paulo. Lúcio. Curso Completo de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 1985. 
• TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 4 ed. Salvador: 
JusPODIVM, 2010, 
• TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 35ª ed. Volume 1. rev. e atual. São Paulo: 
Saraiva, 2013. 
• SITE: http://portal.stf.jus.br/ 
• SITE: https://www.buscadordizerodireito.com.br/ (Autor: CAVALCANTE, Márcio André Lopes). 
• SITE: https://www.jusbrasil.com.br/ 
 
 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
http://portal.stf.jus.br/
https://www.buscadordizerodireito.com.br/
https://www.jusbrasil.com.br/
 
4/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceito, Princípios, Fontes e 
Disposições Preliminares 
 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
5/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 (CESPE/PRF/2013) 
01) Tratando-se de lei processual penal, não se admite, salvo para beneficiar o réu, a aplicação analógica. 
Comentário: 
 
No Direito Processual penal é possível a aplicação analógica tanto contra quanto a favor do réu. Já no 
Direito Penal não se admite, salvo para beneficiar o réu, a aplicação analógica. 
 
Interpretação e Integração da Lei Processual 
- CPP/41. Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem 
como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
- Interpretação Extensiva: é a extensão do alcance do que diz a lei, sem violar o princípio da 
legalidade. 
- Aplicação Analógica: É o mesmo que comparação. É uma forma de integração da lei penal que será 
utilizada quando não existir norma disciplinando determinado caso. Utiliza-se uma norma aplicável a 
outro caso. 
- É possível utilizar o instituto da analogia quando os casos apresentarem: 
* Igual valoração jurídica; 
* Circunstâncias semelhantes. 
OBS: A analogia in malam partem pode ser aplicada, caso não existam lesões a conteúdos de natureza 
material (penal). 
OBS: Os princípios gerais do Direito têm como uma de suas finalidades integrarem a lei, complementando 
as lacunas existentes. 
A Lei processual penal admite interpretação extensiva e analógica, assim como o suplemento dos 
princípios gerais de direito. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/DEPEN/2013) 
02) Aos crimes militares aplicam-se as mesmas disposições do Código de Processo Penal, excluídas as 
normas de conteúdo penal que tratam de matéria específica diversa do direito penal comum. 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes 
conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de 
responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100); (Jurisdição Política) 
III - os processos da competência da Justiça Militar (e também eleitoral); 
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); 
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130) 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/TRE-MS/2013) 
03) Por força do princípio tempus regit actum, o fato de lei nova suprimir determinado recurso, existente 
em legislação anterior, não afasta o direito à recorribilidade subsistente pela lei anterior, quando o 
julgamento tiver ocorrido antes da entrada em vigor da lei nova. 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados 
sob a vigência da lei anterior. (Princípio do Tempus Regit Actum ou Efeito imediato ou Aplicação Imediata da lei 
processual) 
 
Caso o julgamento ocorra antes da entrada em vigor da lei nova posterior: não será possível a interposição do 
novo recurso criado após o julgamento, embora o prazo recursal ainda não tenha decorrido no seu total. 
 
Caso o julgamento ocorra depois da entrada em vigor da lei nova posterior: não existirá direito ao recurso da lei 
anterior. 
 
Caso o julgamento ocorra na data da entrada em vigor da lei nova posterior: será possível a aplicação do recurso 
da lei anterior que está sendo revogada. 
 
STJ/REsp 1.046.429-SP 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
6/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
O fato de a lei nova ter suprimido o recurso de protesto por novo júri não afasta o direito à recorribilidade 
subsistente pela lei anterior, quando o julgamento ocorreu antesda entrada em vigor da Lei n.º 
11.689/2008 que, em seu art. 4.º, revogou expressamente o Capítulo IV do Título II do Livro III, do Código de 
Processo Penal, extinguindo o protesto por novo júri. Incidência do princípio tempus regit actum. 
 
Gabarito: Correto. 
(CESPE/TJ-AC/2012) 
04) Cessadas as circunstâncias que determinaram a sua existência, a lei excepcional deixa de ser aplicada 
ao fato praticado durante a sua vigência. 
Comentário: 
 
A lei excepcional não deixa de ser aplicada ao fato praticado durante a sua vigência após ser cessada. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/DPE-PR/2015) 
05) Conforme súmula vinculante do STF, o defensor tem direito, no interesse do representado, de ter 
acesso amplo aos elementos de prova, os quais, já documentados em procedimento investigatório 
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, refiram-se ao exercício do direito de defesa, 
inclusive com obtenção de cópia dos autos do inquérito policial, ainda que este tramite sob sigilo. 
Comentário: 
 
STF/Súmula Vinculante 14 
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, 
digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
 
Gabarito: Errado. 
(VUNESP/TJ-PA/2014) 
06) Em matéria processual penal, o duplo grau de jurisdição 
A) não é previsto expressamente pela Convenção Americana de Direitos Humanos, mas é pela CR/88. 
B) não é previsto expressamente pela CR/88, mas é pela Convenção Americana de Direitos Humanos 
C) não é previsto expressamente nem pela CR/88 nem pela Convenção Americana de Direitos Humanos. 
D) é direito fundamental previsto expressamente tanto pela CR/88 quanto pela Convenção Americana de Direitos 
Humanos. 
Comentário: 
 
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição 
- Estabelece que as decisões judiciais estejam sujeitas à revisão por outro órgão do Judiciário. 
- Não está previsto expressamente na CF/88, porém tem previsão no Pacto de San José da Costa Rica. 
- Não é um princípio absoluto, pois existem casos que não é possível Duplo Grau de Jurisdição. 
 
Pacto de San José de Costa Rica: 
 
Artigo 8º - Garantias judiciais 
 
2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for 
legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às 
seguintes garantias mínimas: 
 
h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior. 
 
Gabarito: Letra B. 
 (CESPE/PC-BA/2013) 
07) A presunção de inocência da pessoa presa em flagrante delito, ainda que pela prática de crime 
inafiançável e hediondo, é razão, em regra, para que ela permaneça em liberdade. 
Comentário: 
 
Princípio da Presunção da inocência ou não culpabilidade 
CF/88. Art. 5. LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
7/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 
CF/88. Art.5. LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, 
com ou sem fiança; 
 
Gabarito: Correto. 
 (FGV/Senado Federal/2008) 
08) O princípio do juiz natural é uma garantia constitucional que somente poderá ser excepcionada 
mediante decisão da maioria dos integrantes do tribunal ao qual estiver submetido o juiz. 
Comentário: 
 
Princípio do Juiz Natural 
- CF/88. Art. 5. LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
- É vedada a formação de Tribunal ou Juízo de exceção. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/STM/2011) 
09) Decorrem do princípio do devido processo legal as garantias procedimentais não expressas, tais como 
as relativas à taxatividade de ritos e à integralidade do procedimento. 
Comentário: 
 
Princípio do Devido Processo Legal 
- CF/88. Art. 5. LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
- Corolários do Devido Processo Legal: Contraditório e Ampla defesa. 
- CF/88. Art. 5. LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
 
Taxatividade de ritos está relacionada aos ritos processuais previstos em lei, já a integralidade do 
procedimento refere-se ao respeito das regras do procedimento processual. 
 
Gabarito: Correto. 
 (FGV/TJ-MS/2008) 
10) O princípio da presunção de inocência recomenda que em caso de dúvida o réu seja absolvido. 
Comentário: 
 
Princípio da Presunção de não culpabilidade (ou Presunção de inocência) 
- Estabelece que nenhuma pessoa pode ser considerada culpada antes do trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória. 
- CF/88. Art. 5. LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
- Este princípio estabelece que o ônus da prova caiba ao acusador (MP ou Ofendido), sendo o réu, 
desde o começo, inocente, até que o acusador prove sua culpa. 
 
Princípio do In dúbio pro reo 
Conforme o Princípio do In dúbio pro reo, caso existam dúvidas sobre a culpa ou não do acusado, o juiz 
deverá decidir em favor do réu, pois sua culpa não foi cabalmente comprovada. 
 
Princípio do In dúbio pro societate 
-Quando se tratar do princípio In dúbio pro Societate, o Juiz, embora tenha dúvida da culpa do réu, decide 
contrariamente a este com fundamento apenas em indícios de autoria e prova de materialidade em prol 
da sociedade. Porém essa decisão não ocasiona consequências ao réu, mas dá início apenas ao 
processo para a elucidação dos fatos. 
 
Gabarito: Correto. 
 (FGV/TJ-MS/2008) 
11) O princípio da vedação de provas ilícitas não é absoluto, sendo admissível que uma prova ilícita seja 
utilizada quando é a única disponível para a acusação e o crime imputado seja considerado hediondo. 
Comentário: 
 
Princípio da Vedação às Provas Ilícitas 
CF/88. Art.5. LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
8/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
- A doutrina divide as provas ilegais em provas: 
* Ilícitas: Violam normas de direito material; 
* Ilegítimas: Violam normas de direito processual. 
- A doutrina majoritária admite a utilização de provas ilícitas quando esta for a única forma de se obter a 
absolvição do réu. 
- As provas lícitas obtidas a partir de outras provas ilícitas, são consideradas provas ilícitas por 
derivação. 
 
Gabarito: Errado. 
 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
9/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inquérito Policial 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
10/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 (FCC/DPE-BA/2016) 
12) Tendo em vista o caráter administrativo do inquérito policial, o indiciado não poderá requerer perícias 
complexas durante a tramitação do expediente investigatório. 
Comentário: 
 
Requerimento de Diligências pelo Ofendido e Indiciado 
- CPP/41, Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer 
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
- A Autoridade Policial, em regra, não é obrigada a realizar a diligência, porém, se tratando de exame de 
corpo delito, a diligência é obrigatória; 
- CPP/41, Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, 
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
13) Por substanciar ato próprio da fase inquisitorial da persecução penal, é possível o indiciamento, pela 
autoridade policial, após o oferecimento da denúncia,mesmo que esta já tenha sido admitida pelo juízo a 
quo. 
Comentário: 
 
STJ/ HC 179.951/SP 
I. Este Superior Tribunal de Justiça, em reiterados julgados, vem afirmando seu posicionamento no 
sentido de que caracteriza constrangimento ilegal o formal indiciamento do paciente que já teve contra 
si oferecida denúncia e até mesmo já foi recebida pelo Juízo a quo. 
 
II. Uma vez oferecida a exordial acusatória, encontra-se encerrada a fase investigatória e o indiciamento 
do réu, neste momento, configura-se coação desnecessária e ilegal. 
 
III. Ordem concedida, nos termos do voto do Relator. 
 
Gabarito: Errado. 
 (CESPE/PC-PE/2016) 
14) Em consonância com o dispositivo constitucional que trata da vedação ao anonimato, é vedada a 
instauração de inquérito policial com base unicamente em denúncia anônima, salvo quando constituírem, 
elas próprias, o corpo de delito. 
Comentário: 
 
STF/HC 100.042 
As autoridades públicas não podem iniciar qualquer medida de persecução (penal ou disciplinar), 
apoiando-se, unicamente, para tal fim, em peças apócrifas ou em escritos anônimos. É por essa razão 
que o escrito anônimo não autoriza, desde que isoladamente considerado, a imediata instauração de 
´persecutio criminis`. 
 
Peças apócrifas não podem ser formalmente incorporadas a procedimentos instaurados pelo Estado, salvo 
quando forem produzidas pelo acusado ou, ainda, quando constituírem, elas próprias, o corpo de delito 
(como sucede com bilhetes de resgate no crime de extorsão mediante sequestro, ou como ocorre com cartas 
que evidenciem a prática de crimes contra a honra, ou que corporifiquem o delito de ameaça ou que 
materializem o ´crimen falsi` (crimes de falsidades). 
 
Gabarito: Correto. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
15) O arquivamento de inquérito policial mediante promoção do MP por ausência de provas impede a 
reabertura das investigações: a decisão que homologa o arquivamento faz coisa julgada material. 
Comentário: 
 
Arquivamento – Coisa Julgada 
- Em regra, o arquivamento do inquérito policial não faz coisa julgada material, caso exista o 
conhecimento de novas provas. Com isso, o MP não pode utilizar os mesmos argumentos para nova 
ação penal. 
- Súmula 524/STF, Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
11/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
- Porém, existem casos excepcionais que o arquivamento do inquérito policial enseja coisa julgada 
material, como decisão de arquivamento baseada em: 
* Atipicidade; (STJ E STF) 
* Excludente de ilicitude ou Culpabilidade; (STJ) 
* Extinção da Punibilidade; (STJ E STF). 
Fontes: STF. Plenário. HC 87395/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 23/3/2017 (Info 858) / STJ. 6a Turma. RHC 
46.666/MS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 05/02/2015. 
 
STF/Súmula 524 
Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode 
a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
 
CPP/41. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base 
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
 
Arquivamento do Inquérito Policial – Suspensão da Nova Redação 
Entenda o Caso 
Dia 24/12/19 Sancionado Pacote Anticrime, passando a valer a partir do dia 23/01/20. 
Dia 15/01/20 
O Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, suspende, liminarmente, os Arts. 3º-B, 3º-C, 
3º-D, caput, 3º-E e 3º-F do CPP pelo prazo de 180 dias e os arts. 3º-D, parágrafo único, e 
157, § 5º, do CPP por tempo indeterminado. Conforme o Ministro, “o novo instituto 
demanda uma organização que deve ser implementada de maneira consciente em todo o 
território nacional, respeitando-se a autonomia e as especificidades de cada tribunal”.¹ 
Dia 22/01/20 
O Vice-Presidente do STF, Ministro Luiz Fux, decide por meio de outra liminar revogar, 
monocraticamente, a liminar do Ministro Dias Toffoli. Na sua liminar, o Ministro Luiz Fux 
decidiu suspender a eficácia por tempo INDETERMINADO dos Arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-
D, 3ª-E, 3º-F, do CPP (Juiz das Garantias); os Art. 28, caput, do CPP; Art. 157, §5º, do 
CPP; Art. 310, §4°, do CPP. Conforme o Ministro, “Em suma, concorde-se ou não com a 
adequação do juiz das garantias ao sistema processual brasileiro, o fato é que a criação de 
novos direitos e de novas políticas públicas gera custos ao Estado, os quais devem ser 
discutidos e sopesados pelo Poder Legislativo, considerados outros interesses e prioridades 
também salvaguardados pela Constituição”.² 
Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019 
CPP/41. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, 
ao invés de apresentar a denúncia, requerer o 
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer 
peças de informação, o juiz, no caso de considerar 
improcedentes as razões invocadas, fará remessa 
do inquérito ou peças de informação ao 
procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, 
designará outro órgão do Ministério Público para 
oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, 
ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 
 
CPP/41. Art. 28. Ordenado o arquivamento do 
inquérito policial ou de quaisquer elementos 
informativos da mesma natureza, o órgão do 
Ministério Público comunicará à vítima, ao 
investigado e à autoridade policial e encaminhará 
os autos para a instância de revisão ministerial 
para fins de homologação, na forma da lei. 
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não 
concordar com o arquivamento do inquérito policial, 
poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da 
comunicação, submeter a matéria à revisão da 
instância competente do órgão ministerial, 
conforme dispuser a respectiva lei orgânica. 
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados 
em detrimento da União, Estados e Municípios, a 
revisão do arquivamento do inquérito policial 
poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem 
couber a sua representação judicial. 
- Necessidade de homologação judicial para o 
arquivamento do inquérito policial. 
- O Arquivamento será realizado pelo próprio 
membro do MP. A instância de revisão ministerial 
fará a homologação, na forma da lei. 
Arquivamento realizado por homologação judicial. 
O processo de arquivamento passa a ser realizado 
exclusivamente pelo MP. Não existe mais controle 
do poder judiciário em relação ao arquivamento 
do inquérito. 
Redação Válida Atualmente. Redação suspensa conforme a ADI 6.299. 
Nesse sentido, a liminar de suspensão, por tempo indeterminado, apresentada pelo Vice-Presidente do STF, 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
12/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
Luiz Fux, na ADI 6.299, faz com que a redação antiga passe a valer novamente. Sintetizando, o Art. 28 
do CPP continua com a participação do poder judiciário. 
Fonte¹: https://www.conjur.com.br/dl/liminar-suspende-implantacao-juiz.pdf 
Fonte²: https://www.conjur.com.br/dl/fux-liminar-juiz-garantias-atereferendo.pdf 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
16) Não cabe recurso administrativo aos escalões superiores do órgão policial contra decisão de delegado 
que nega a abertura de inquérito policial, mas o interessado pode recorrer ao Ministério Público. 
Comentário: 
 
CPP/41, Art. 5º § 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o 
chefe de Polícia. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
17) Representantes de órgãos e entidades da administração pública direta ou indireta não podem 
promover investigação de crime: deverão ser auxiliados pela autoridade policial quando constatarem 
ilícito penal no exercício de suas funções. 
Comentário: 
 
CPP/41, Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no territóriode suas respectivas 
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. 
 
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem 
por lei seja cometida a mesma função. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
18) Estando o indiciado preso, o inquérito policial deverá ser concluído, impreterivelmente, em dez dias, 
independentemente da complexidade da investigação e das evidências colhidas. 
Comentário: 
 
A questão não especifica qual norma está sendo apresentada em relação aos prazos para realização de inquérito. 
 
Finalização do Inquérito Policial - Prazos 
O inquérito finalizará de acordo com o CPP/41, no: 
- Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante; 
- Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto mediante fiança ou sem ela. 
- CPP/41, Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em 
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se 
executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. 
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao 
juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. 
- Se o indiciado estiver preso, o prazo não pode ser prorrogado, sob pena de constrangimento ilegal à 
liberdade; 
- Conforme o STJ, caso o indiciado esteja solto, a violação do limite do prazo não trará nenhum prejuízo 
para este, uma vez que se trata de prazo impróprio. 
STJ, HC n. 304.274/RJ 
Esta Corte Superior de Justiça firmou o entendimento de que, salvo quando o investigado se encontrar 
preso cautelarmente, a inobservância dos lapsos temporais estabelecidos para a conclusão de 
inquéritos policiais ou investigações deflagradas no âmbito do Ministério Público não possui repercussão 
prática, já que se cuidam de prazos impróprios " (STJ, HC n. 304.274/RJ, Des. Jorge Mussi, j. em 
4/11/2014). PEDIDO DE ORDEM DENEGADO. 
 
Finalização do Inquérito Policial – Exceções dos Prazos 
Crimes de Competência da Justiça Federal 
* Prazo de 15 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 15 dias; 
* Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto; 
Crimes da Lei de Drogas 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.conjur.com.br/dl/liminar-suspende-implantacao-juiz.pdf
https://www.conjur.com.br/dl/fux-liminar-juiz-garantias-atereferendo.pdf
 
13/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
* Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 30 dias; 
* Prazo de 90 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 90 dias; 
Crimes contra a economia popular 
* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso; 
* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver solto; 
Crimes Militares 
* Prazo de 20 dias, se o indiciado estiver preso; 
* Prazo de 40 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 20 dias; 
 
FINALIZAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - PRAZOS 
 
PRESO EM 
FLAGRANTE 
PRESO SOLTO 
REGRA - CPP 10 30 
CRIMES DA J.F 15 + 15 30 
CRIME - LEI DE 
DROGAS 
30 + 30 90 + 90 
CRIME – 
ECONOMIA 
POPULAR 
10 10 
CRIME MILITAR 20 40 + 20 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PC-PE/2016) 
19) O delegado determinará o arquivamento do inquérito policial quando não houver colhido elementos de 
prova suficientes para imputar a alguém a autoria do delito. 
Comentário: 
 
CPP/41, Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
 
Gabarito: Errado. 
(VUNESP/PC-CE/2015) 
20) O ato de indiciamento 
A) vincula o Ministério Público, que não poderá requerer o arquivamento do inquérito. 
B) é, em regra, atribuição do delegado de polícia; excepcionalmente tal poder poderá ser conferido ao promotor de 
justiça. 
C) decorre do fato de a autoridade policial convencer-se da autoria da infração penal, atribuída a determinado(s) 
indivíduo(s). 
D) transforma o indivíduo suspeito da prática do delito em acusado. 
E) é um ato informal eventualmente realizado durante o inquérito policial. 
Comentário: 
 
Indiciamento dos Suspeitos 
- O indiciamento é competência privativa da autoridade policial, esta tem a função de direcionar a 
investigação para os autores que forem considerados mais suspeitos. 
- Lei 12830/13, Art. 2, § 6o O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato 
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e 
suas circunstâncias. 
- O inquérito policial não passa a ser aberto a todos após o indiciamento, ou seja, para o povo em geral 
ele continua sigiloso; 
 
Gabarito: Letra C. 
 (CESPE/MPE-RO/2013) 
21) Determinado o arquivamento do inquérito pelo juiz, após pedido do MP, é vedado à autoridade policial 
realizar novas pesquisas acerca do objeto do inquérito arquivado, ainda que tome conhecimento de outras 
provas. 
Comentário: 
 
STF/Súmula 524 
Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode 
a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
14/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
CPP/41. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base 
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
 
 
Arquivamento do Inquérito Policial – Suspensão da Nova Redação 
Entenda o Caso 
Dia 24/12/19 Sancionado Pacote Anticrime, passando a valer a partir do dia 23/01/20. 
Dia 15/01/20 
O Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, suspende, liminarmente, os Arts. 3º-B, 3º-C, 
3º-D, caput, 3º-E e 3º-F do CPP pelo prazo de 180 dias e os arts. 3º-D, parágrafo único, e 
157, § 5º, do CPP por tempo indeterminado. Conforme o Ministro, “o novo instituto 
demanda uma organização que deve ser implementada de maneira consciente em todo o 
território nacional, respeitando-se a autonomia e as especificidades de cada tribunal”.¹ 
Dia 22/01/20 
O Vice-Presidente do STF, Ministro Luiz Fux, decide por meio de outra liminar revogar, 
monocraticamente, a liminar do Ministro Dias Toffoli. Na sua liminar, o Ministro Luiz Fux 
decidiu suspender a eficácia por tempo INDETERMINADO dos Arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-
D, 3ª-E, 3º-F, do CPP (Juiz das Garantias); os Art. 28, caput, do CPP; Art. 157, §5º, do 
CPP; Art. 310, §4°, do CPP. Conforme o Ministro, “Em suma, concorde-se ou não com a 
adequação do juiz das garantias ao sistema processual brasileiro, o fato é que a criação de 
novos direitos e de novas políticas públicas gera custos ao Estado, os quais devem ser 
discutidos e sopesados pelo Poder Legislativo, considerados outros interesses e prioridades 
também salvaguardados pela Constituição”.² 
Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019 
CPP/41. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, 
ao invés de apresentar a denúncia, requerer o 
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer 
peças de informação, o juiz, no caso de considerar 
improcedentes as razões invocadas, fará remessa 
do inquérito ou peças de informação ao 
procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, 
designará outro órgão do Ministério Público para 
oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, 
ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 
 
CPP/41. Art. 28. Ordenado o arquivamento do 
inquérito policial ou de quaisquer elementos 
informativos da mesma natureza, o órgão do 
Ministério Público comunicará à vítima, ao 
investigado e à autoridade policial e encaminhará 
os autos para a instância de revisão ministerial 
para fins de homologação, na forma da lei.§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não 
concordar com o arquivamento do inquérito policial, 
poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da 
comunicação, submeter a matéria à revisão da 
instância competente do órgão ministerial, 
conforme dispuser a respectiva lei orgânica. 
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados 
em detrimento da União, Estados e Municípios, a 
revisão do arquivamento do inquérito policial 
poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem 
couber a sua representação judicial. 
- Necessidade de homologação judicial para o 
arquivamento do inquérito policial. 
- O Arquivamento será realizado pelo próprio 
membro do MP. A instância de revisão ministerial 
fará a homologação, na forma da lei. 
Arquivamento realizado por homologação judicial. 
O processo de arquivamento passa a ser realizado 
exclusivamente pelo MP. Não existe mais controle 
do poder judiciário em relação ao arquivamento 
do inquérito. 
Redação Válida Atualmente. Redação suspensa conforme a ADI 6.299. 
Nesse sentido, a liminar de suspensão, por tempo indeterminado, apresentada pelo Vice-Presidente do STF, 
Luiz Fux, na ADI 6.299, faz com que a redação antiga passe a valer novamente. Sintetizando, o Art. 28 
do CPP continua com a participação do poder judiciário. 
Fonte¹: https://www.conjur.com.br/dl/liminar-suspende-implantacao-juiz.pdf 
Fonte²: https://www.conjur.com.br/dl/fux-liminar-juiz-garantias-atereferendo.pdf 
 
Gabarito: Errado. 
 (CESPE/PC-BA/2013) 
22) Considera-se ilegal a coação quando o inquérito policial for manifestamente nulo, sendo possível a 
concessão de habeas corpus –– hipótese em que a investigação será arquivada até o surgimento de novas 
provas. 
Comentário: 
 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.conjur.com.br/dl/liminar-suspende-implantacao-juiz.pdf
https://www.conjur.com.br/dl/fux-liminar-juiz-garantias-atereferendo.pdf
 
15/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
O arquivamento ocorre quando não existem provas. A concessão de habeas corpus irá trancar o inquérito policial. 
 
Trancamento do Inquérito Policial 
- É a cessação da atividade investigatória quando ocorre abuso na instauração do inquérito ou no 
processo das investigações. Esse trancamento ocorre por decisão judicial; 
 
Gabarito: Errado. 
 (FCC/TJ-SE/2009) 
23) São características do Inquérito Policial: 
A) dispensabilidade e legalidade. 
B) autoridade e oportunidade. 
C) publicidade e informalidade. 
D) oficialidade e indisponibilidade. 
E) coercitividade e autoritariedade. 
Comentário: 
 
Inquérito Policial 
Conceito e Características 
- Conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária (Polícia Civil e Polícia Federal) para apurar 
uma infração penal e sua autoria, com a finalidade do titular da ação ingressar em juízo. 
- É um procedimento administrativo, trabalhado por órgãos oficiais do estado, e não judicial, sendo 
iniciado por autoridade policial e considerado um pré-processo, mas não uma fase do processo. Dessa 
forma, caso exista alguma irregularidade na investigação, não gera nulidade do processo; 
- Deve ser formal, ou seja, as produções dos seus atos devem ser registradas por escrito ou reduzidas a 
termo, caso sejam orais; 
- Não é obrigatório uma vez que o titular da ação penal pode ter todos os elementos para o oferecimento da 
ação. 
- É considerado sigiloso para as pessoas em geral, porém para os agentes e pacientes da investigação, 
este, em regra, não é, ocorrendo exceções em determinadas peças do inquérito quando for necessário 
para o seu sucesso; 
- Não existe o direito ao contraditório e a ampla defesa no inquérito policial, uma vez que ocorre apenas 
a investigação para descobrir se houve crime por meio do papel inquisitivo da autoridade policial, que é um 
papel de natureza pré-processual; (Procedimento Inqusitorial) 
- É conduzido pela autoridade policial de maneira livre e espontânea, podendo assim escolher a melhor 
maneira de conduzir a investigação; (Procedimento Discricionário) 
- Poderá ser instaurado de ofício por autoridade policial quando se tratar de ação pública 
incondicionada, não precisando ocorrer à provocação. 
- Função da Polícia Judiciária: Apurar fatos criminosos e reunir provas para provar o crime e quem o 
praticou; 
- A Polícia Militar é uma polícia administrativa, sem função de apurar os fatos, ou seja, investigar, tendo 
o papel de prevenir os crimes, através do caráter ostensivo. 
- CPP/41, Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas 
respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. 
O Inquérito Policial é uma Peça Escrita, conforme o CPP Art. 9. 
CPP/41. Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou 
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. 
O Inquérito Policial é uma Peça Dispensável, conforme o CPP Art. 39. §5º. 
CPP. Art.39. § 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem 
oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo 
de quinze dias. 
O inquérito Policial é um Procedimento indisponível, conforme o CPP Art. 17. 
CPP/41, Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
16/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
Características do IP 
* Sigiloso; 
* Escrito; 
* Inquisitorial; 
* Discricionário; 
* Oficioso; 
* Indisponibilidade; 
* Dispensável; 
* Oficialidade. 
Mnemônico: SEI DOIDO 
 
Gabarito: Letra D. 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
17/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ação Penal
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
18/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
(CESPE/PC - PE/2016) 
24) Em face do princípio da obrigatoriedade da ação penal, o Ministério Público não poderá pedir o 
arquivamento do inquérito policial: deverá sempre requisitar novas diligências à autoridade policial. 
Comentário: 
 
Ação Penal Privada Exclusiva 
- O titular da ação é, exclusivamente, o indivíduo que foi ofendido pelo infrator, e não o MP. 
Ação Penal Privada Exclusiva - Princípios 
- Três princípios regem a ação penal privada: 
* Princípio da Oportunidade; 
* Princípio da Disponibilidade; 
* Princípio da Indivisibilidade. 
Princípio da Indivisibilidade 
O ofendido, quando ajuizar a queixa, está impossibilitado de separar o exercício da ação penal sobre 
os infratores. Com isso, deve ajuizar a queixa contra todos que participaram do delito. 
- CPP/41, Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o 
Ministério Público velará pela sua indivisibilidade. 
 
Gabarito: Errado. 
 (FGV/TJ-RO/2015) 
25) Tradicionalmente, a doutrina classifica as ações penais como privadas, públicas incondicionadas, 
públicas condicionadas e privadas subsidiária da pública. Os princípios aplicáveis às ações 
exclusivamente privadas são: 
A) oportunidade, disponibilidade e indivisibilidade; 
B) obrigatoriedade, indisponibilidade e indivisibilidade; 
C) oportunidade, indisponibilidade e divisibilidade; 
D) oportunidade, disponibilidade e divisibilidade; 
E) obrigatoriedade, disponibilidade e divisibilidade. 
Comentário: 
 
Ação Penal Privada Exclusiva 
- O titular da ação é, exclusivamente, o indivíduo que foi ofendido pelo infrator, e não o MP. 
Ação Penal Privada Exclusiva - Princípios 
- Três princípios regem a ação penal privada: 
* Princípio da Oportunidade; 
* Princípio da Disponibilidade; 
* Princípio da Indivisibilidade. 
Princípio da Oportunidade 
- A ação penal privada não é obrigatória ao M.P, competindoao ofendido ou legitimados a proceder à 
análise da conveniência do ajuizamento da ação; 
Princípio da Disponibilidade 
- Enquanto na ação pública o titular da ação não pode desistir do que foi proposto, na ação penal 
privada é possível desistir; 
Princípio da Indivisibilidade 
O ofendido, quando ajuizar a queixa, está impossibilitado de separar o exercício da ação penal sobre 
os infratores. Com isso, deve ajuizar a queixa contra todos que participaram do delito. 
- CPP/41, Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o 
Ministério Público velará pela sua indivisibilidade. 
 
Gabarito: Letra A. 
(FCC/DPE-RR/2015) 
26) No tocante à ação penal de iniciativa pública condicionada: 
A) O direito de representação somente pode ser exercido pessoalmente. 
B) A representação é irretratável depois de relatado o inquérito policial. 
C) O prazo de seis meses para o oferecimento da representação é contado, em regra, do dia em que se 
consumou o delito. 
D) O direito de representação poderá ser exercido mediante declaração oral feita à autoridade policial. 
E) Em caso de morte do querelado, o direito de prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente 
ou irmão. 
Comentário: 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
19/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 
Letra A: Errada. 
 
CPP/41, Art. 24, § 1º No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito 
de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
 
Letra B: Errada. 
 
CPP/41. CPP - Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
 
Letra C: Errada. 
 
CPP/41, Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de 
queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a 
saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento 
da denúncia. 
 
Letra D: Correta. 
 
CPP/41. Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com 
poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à 
autoridade policial. 
 
Letra E: Errada. Querelante e não querelado. 
 
CPP/41. Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de 
oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
 
Querelante: Polo ativo da ação, o autor, o ofendido. 
 
Querelado: Polo passivo da ação, o réu, o ofensor. 
 
Gabarito: Letra D. 
 (FCC/TCE-AM/2015) 
27) Nos crimes de ação pública, quando a lei o exigir, esta será promovida pelo Ministério Público, mas 
dependerá de 
A) instrução preliminar. 
B) representação do Ministro da Justiça, do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
C) autorização do Poder Judiciário. 
D) requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para 
representá-lo.. 
Comentário: 
 
Ação Penal Pública Condicionada – Representação do Ofendido 
- É uma condição imprescindível; 
- CPP/41, Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, 
mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
Ação Penal Pública Condicionada – Requisição do Ministro da Justiça 
- Prevista em determinados crimes, como o crime cometido contra a honra do Presidente da República; 
Não existirá prazo decadencial para o oferecimento da requisição, sendo oferecido enquanto não ocorrer 
a extinção da punibilidade do crime; 
- A doutrina majoritária entende que não é cabível retratação de requisição; 
- O MP não se vincula à requisição, podendo não ajuizar ação penal; 
 
Gabarito: Letra D. 
(CESPE/TJ-DFT/2015) 
28) Em uma ação penal privada subsidiária de ação penal pública, o querelante deixou de promover o 
andamento do processo por mais de trinta dias. Nessa situação, o juiz criminal deverá determinar a 
extinção da ação penal devido à extinção da punibilidade pela perempção. 
Comentário: 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
20/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública 
- A ação penal é pública, sendo o MP titular, porém, sendo o MP inerte no prazo legal de oferecer 
denúncia, o ofendido pode ajuizar a ação penal privada substituindo a ação penal pública, no prazo de 
06 meses após esgotado o prazo do MP de denunciar; 
- A legitimidade é concorrente, podendo o MP ajuizar ação penal pública, mesmo após o prazo, e o 
ofendido, ação penal privada subsidiária. 
- CPP/41, Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no 
prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, 
intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo 
tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. 
- O MP atua em todas as ações penais. Sendo ação pública, ele atuará como acusador e fiscal da lei 
(Custos legis), sendo privada atuará apenas como fiscal da lei; 
- Na ação penal privada subsidiária da pública, o MP pode aditar a queixa, se referindo a qualquer 
aspecto, diferente da privada em que só adita os elementos formais, mas não os essenciais; O MP 
pode apresentar denúncia substitutiva repudiando a queixa, alegando que não ficou inerte; O MP pode 
retomar a ação como parte principal quando o querelante for negligente; 
- A decadência é considerada por parte da doutrina como imprópria, ou seja, mesmo após finalizado o 
prazo de 06 meses da vítima de ajuizar ação, o MP continua podendo ajuizar a ação pública; 
- Não é cabível ação penal privada subsidiária da pública quando: 
* MP requerer a realização de novas diligências; 
* Inquérito policial for arquivado; 
* For adotada outras providências. 
- Não é possível o perdão do ofendido na ação penal privada subsidiária da pública uma vez que 
começou sendo ação pública; 
 
Perempção 
- É a perda do direito de seguir a ação; 
- É exercida na ação penal exclusivamente privada ou personalíssima. 
- CPP/41, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a 
ação penal: 
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias 
seguidos; 
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para 
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber 
fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; 
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que 
deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; 
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/TJ-DFT/2015) 
29) O MPDFT propôs ação penal contra Adailton. Nessa situação, se houver prova inconteste da 
prescrição do crime que ensejou a referida ação penal, será cabível habeas corpus perante o TJDFT para 
trancar a ação penal. 
Comentário: 
 
STJ/ RHC 17.690/SP 
1. O trancamento da ação penal, pela via do habeas corpus, é medida de exceção, só admissível se emerge 
dos autos, de forma inequívoca, a ausência de indícios de autoria e prova da materialidade, a atipicidade da 
conduta ou a extinção da punibilidade. 
2. Não se afigura inepta a denúncia que satisfaz todos os requisitos do art. 41 do CPP, sendo mister a 
deflagração da persecução penal, decorrendo de seus próprios termos a justa causa para a ação penal. 
3." Nos crimes societáriosé dispensável a descrição minuciosa e individualizada da conduta de cada 
acusado, bastando, para tanto, que a exordial narre a conduta delituosa de forma a possibilitar o exercício da 
ampla defesa". 
 
Gabarito: Correto. 
 (FGV/DPE-RO/2015) 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
21/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
30) Nos crimes de ação penal pública condicionada à representação, essa representação tradicionalmente 
é classificada pela doutrina como condição especial para o regular exercício do direito de ação. Sobre a 
representação e sua relação com as ações públicas condicionadas, é correto afirmar que: 
Ainda que tenha ocorrido a retratação do direito de representação, o ofendido poderá oferecer nova 
representação, desde que respeitado o prazo decadencial. 
Comentário: 
 
Ação Penal Pública Condicionada – Representação do Ofendido 
- É uma condição imprescindível; 
- CPP/41, Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, 
mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
- A representação aceita retratação até o oferecimento da denúncia e não até o recebimento. 
 
Retratação da Retratação - Doutrinas 
Corrente Majoritária Corrente Minoritária 
“não há vedação legal para isso, razão pela qual, 
dentro dos limites do razoável, sem que se valha a 
vítima da lei para extorquir o autor da infração penal, 
enfim, dentro do que se afigura justo, é possível que 
haja a retratação da retratação.” 
“Havendo retratação da representação, poderá o 
Promotor de Justiça requerer o arquivamento dos 
autos do inquérito policial ou das peças de 
informação? A retratação, na hipótese, assemelha-
se, em tudo e por tudo, à renúncia, e, assim, devem 
os autos serem arquivados, em face da ausência de 
representação, condição a que se subordina, às 
vezes, o “jus accusationis”. Permitir-se a retratação 
da retratação é entregar ao ofendido arma 
poderosa para fins de vingança ou outros 
inconfessáveis.” 
Fonte: NUCCI, Guilherme de Souza, Manual de Processo Penal e 
Execução Penal, pg. 134. Ed. Saraiva, 
Fonte: TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 
p. 358. 35ª ed. Volume 1. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
Desta forma, existe a possibilidade, conforme a corrente majoritária, da retratação da retratação nas Ações Penais 
Públicas Condicionadas à representação do ofendido. No entanto, este meio só é possível dentro do prazo 
decadencial de seis meses a partir da data que se passa a conhecer a identidade do infrator. 
Gabarito: Correto. 
(FCC/MPE-MA/2013) 
31) Na ação penal privada subsidiária da pública, o prazo para o ofendido ou seu representante legal 
ingressar com a queixa é de 
A) quinze dias, contados do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. 
B) seis meses, contados da sua intimação da remessa do inquérito policial ao juízo competente. 
C) quinze dias, contados da sua intimação da remessa do inquérito policial ao juízo competente. 
D) seis meses, contados do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. 
Comentário: 
 
- CPP/41, Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de 
queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a 
saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento 
da denúncia. 
 
CPP/41, Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo 
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em 
todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de 
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. 
 
Gabarito: Letra D. 
(FGV/TJ-BA/2015) 
32) Constituem elementos autenticativos da denúncia: 
A) qualificação do acusado; 
B) data e assinatura do Promotor de Justiça; 
C) qualificação das partes; 
D) exposição do fato com todas as circunstâncias; 
E) classificação do crime. 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
22/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas 
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a 
classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
 
Além dos citados no Art. 41 do CPP/41, a Doutrina apresenta ainda como elementos autenticativos da ação penal, 
a data e a assinatura do membro do Ministério Público. 
 
Gabarito: Letra B. 
 (FCC/MPE-SE/2013) 
33) Caso o querelante deixe de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que 
deva estar presente, será julgada extinta a punibilidade na ação penal de iniciativa privada em razão da 
ocorrência de 
A) perempção. 
B) decadência. 
C) prescrição. 
D) renúncia. 
E) retratação. 
Comentário: 
 
Perempção 
- É a perda do direito de seguir a ação; 
- É exercida na ação penal exclusivamente privada ou personalíssima. 
- CPP/41, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a 
ação penal: 
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias 
seguidos; 
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para 
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber 
fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; 
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que 
deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; 
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. 
 
Gabarito: Letra A. 
 (CESPE/TJ-BA/2019) 
34) A inexistência de poderes especiais na procuração outorgada pelo querelante não gerará a nulidade da 
queixa-crime quando o consequente substabelecimento atender às exigências expressas no art. 44 do 
CPP. 
Comentário: 
 
STJ/RHC 33.790/SP 
1. Para a validade da ação penal nos crimes de ação penal privada, é necessário que o instrumento de 
mandato seja conferido com poderes especiais expressos, além de fazer menção ao fato criminoso, nos 
termos do art. 44 do Código de Processo Penal. 
2. O substabelecimento, enquanto meio de transferência de poderes anteriormente concedidos em 
procuração, deve obedecer integralmente ao que consta do instrumento do mandato, porquanto é 
dele totalmente dependente. Ainda que neste instrumento esteja inserida a cláusula ad judicia, há 
limites objetivos que devem ser observados quando da transmissão desses poderes, visto que o 
substabelecente lida com direitos de terceiros, e não próprios. 
3. Na espécie, como a procuração firmada pela querelante somente conferiu aos advogados os poderes da 
cláusula ad judicia et extra, apenas estes foram objeto de transferência aos substabelecidos, razão pela qual 
deve ser tida por inexistente a inclusão de poderes especiais para a propositura de ação penal privada, uma 
vez que eles não constavam do mandato originário. 
4. Nula é a queixa-crime, por vício de representação, se a procuração outorgada para a sua propositura não 
atende às exigências do art. 44 do Código de Processo Penal. 
5. Recurso provido para conceder a ordem de habeas corpus, a fim de declarar a nulidade ab initio da 
queixa-crime, tendo como consequência a extinção da punibilidade do querelado, nos termos do art. 107, IV, 
do Código Penal. 
 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
23/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito ProcessualPenal 
Gabarito: Errado. 
 (CONSUPLAN/TJ-MG/2018) 
35) Nos crimes de ação penal pública, a queixa deve ser apresentada pelo ofendido perante o Delegado de 
Polícia, funcionando como causa de suspensão da prescrição. 
Comentário: 
 
Queixa-Crime 
Meio utilizado nos crimes de ação penal privada por quem foi ofendido ou por meio o represente, expondo 
o fato criminoso e suas circunstâncias. 
 
Na Ação Penal Pública o correto é denúncia e não queixa. 
 
Queixa-Crime X Denúncia 
Ação Penal Privada 
Queixa-Crime; 
Feita exclusivamente ao Juiz; 
Precisa de advogado. 
Ação Penal Pública 
Denúncia; 
Representação, sem precisar de advogado; 
Pode ser feita ao Delegado ou MP. 
 
Gabarito: Errado. 
 (VUNESP/HCFMUSP/2015) 
36) De acordo com o artigo 25 do Código de Processo Penal, a representação do ofendido será 
A) irretratável, a qualquer tempo. 
B) irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
C) retratável. 
D) condicionada à apresentação de provas ao Ministério Público. 
E) condicionada à contratação de advogado para a realização do ato. 
Comentário: 
 
CPP/41. CPP - Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
 
Gabarito: Letra B. 
(FCC/SEGEP-MA/2016) 
37) Em tema de ação penal privada, correto afirmar que 
A) o perdão do ofendido independe de aceitação. 
B) o requerimento de instauração de inquérito policial não interrompe o prazo de oferecimento da queixa. 
C) importa em renúncia tácita ao direito de queixa o fato de o ofendido receber indenização do dano causado pelo 
crime. 
D) admissível o perdão do ofendido mesmo depois que passa em julgado a sentença condenatória. 
E) incabível extinção da punibilidade por perempção. 
Comentário: 
 
Letra A: Errada. 
 
Perdão 
- É um ato bilateral; 
- CPP/41, Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados (autor do crime) aproveitará a todos, sem 
que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. 
- CPP/41, Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será 
intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o 
seu silêncio importará aceitação. 
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade. 
- O perdão apresentado a um dos criminosos se estende a todos; 
- O perdão pode ser expresso ou tácito; 
- Sendo expresso, deve ser através da manifestação expressa do querelante perdoando o querelado; 
- Sendo tácito, ocorre a partir de um ato incompatível de processar o autor do crime; 
- O perdão pode ser Judicial (ocorre dentro do processo) ou Extrajudicial (acontece fora do processo); 
- O perdão pode ser aceito pessoalmente ou por procurador com poderes especiais; 
 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
24/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
Letra B: Correta. 
 
STJ/RHC 26.613/SC 
O Superior Tribunal de Justiça tem decidido que: (...) DECADÊNCIA. (...) 2. Sob pena de se operar o instituto 
da decadência, o direito de representação do ofendido deve ser exercido dentro do lapso temporal de 6 
(seis) meses, cujo termo inicial é a data em que a vítima ou o seu representante legal toma ciência de quem 
é o autor do delito, nos termos do disposto no art. 103 do Código Penal e art. 38 do Código de Processo 
Penal. (STJ. RHC 26.613/SC. Rel. Jorge Mussi. T5. DJe 03.11.2011). 
 
Ainda sobre o prazo decadencial, sua natureza é peremptória (art. 182 CPC), ou seja, é fatal e 
improrrogável e não está sujeito a interrupção ou suspensão. Assim, esse lapso temporal não pode ser dilatado (a 
pedido do ofendido ou do Ministério Público) e não prorroga para dia útil (caso termine em final de semana ou 
feriado). Ao contrário do prazo prescricional, não há causas interruptivas ou suspensivas na decadência. 
 
Fonte: http://www.tjpi.jus.br/themisconsulta/pdf/22958497 
 
Letra C: Errada. 
 
CP/40. Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente. 
 
Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de 
exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. 
 
Renúncia 
- É um ato unilateral; 
- A renúncia deverá ocorrer antes do ajuizamento, podendo ser expressa ou tácita; 
- O STJ entende que na renúncia tácita a não inclusão de um dos infratores (omissão do querelante 
(ofendido)) deve ter sido voluntária, caso tenha sido involuntária, não se considera renúncia tácita. 
Assim, o MP deve intimar o querelante para se manifestar com os demais infratores. 
- CPP/41, Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a 
todos se estenderá. 
- Caso o ofendido perdoe um dos querelados, ocorrerá o aproveitamento do perdão a todos; 
 
Letra D: Errada. 
 
CP/40. Art. 106. § 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória. 
 
Letra E: Errada. 
 
CP/40. Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
 
IV - pela prescrição, decadência ou perempção; 
 
Perempção 
- É a perda do direito de seguir a ação; 
- CPP/41, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a 
ação penal: 
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias 
seguidos; 
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para 
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber 
fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; 
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que 
deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; 
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. 
 
Gabarito: Letra B. 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
http://www.tjpi.jus.br/themisconsulta/pdf/22958497
 
25/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ação Civil
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
26/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 (VUNESP/Prefeitura de Alumínio - SP/2016) 
38) O termo inicial do prazo de prescrição para o ajuizamento da ação de indenização por danos 
decorrentes de crime (ação civil ex delicto), de ação proposta contra empregador em razão de crime 
praticado por empregado no exercício do trabalho que lhe competia, é a data 
A) da prática do ato ilícito. 
B) da data da lesão. 
C) do trânsito em julgado da sentença penal condenatória. 
D) da data do conhecimento do fato por parte do titular lesado. 
E) da data do conhecimento do fato por parte do empregador. 
Comentário: 
 
Ação de Execução Ex Delicto Ação Civil Ex Delicto 
CPP/41. Art. 63. Transitada em julgado a sentença 
condenatória, poderão promover-lhe a execução, no 
juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o 
ofendido, seu representante legal ou seus 
herdeiros. 
 
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença 
condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo 
valor fixado nos termos do inciso iv do caput do 
art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação 
para a apuração do dano efetivamente sofrido. 
CPP/41. Art. 64. Sem prejuízo do disposto no 
artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano 
poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor 
do crime e, se for caso, contra o responsável civil. 
 
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da 
ação civil poderá suspender o curso desta, até o 
julgamento definitivo daquela. 
 
CC/02. Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a 
prescrição antes da respectiva sentença definitiva. 
 
Gabarito: Letra C. 
 (CESPE/DPE-DF/2013) 
39) Mesmo que tenha sido reconhecida categoricamentea inexistência material do fato pelo juízo criminal, 
sendo proferida sentença absolutória, poderá ser proposta a ação civil ex delicto, dada a possibilidade de 
que a mesma prova seja valorada de outra forma no juízo cível. 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta 
quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato. 
 
Gabarito: Errado. 
(TJ-SC/TJ-SC/2019) 
40) Acerca da Ação Civil pode-se afirmar: 
I. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver 
sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato. 
II. A sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime obsta a propositura da ação 
civil. 
III. O despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação não impedirá a propositura da 
ação civil. 
IV. A decisão que julgar extinta a punibilidade obsta a propositura da ação civil. 
A) Somente as proposições I, II e III estão corretas. 
B) Somente as proposições I e III estão corretas. 
C) Somente as proposições II e IV estão corretas. 
D) Somente as proposições II, III e IV estão corretas. 
E) Todas as proposições estão corretas. 
Comentário: 
 
Item I: Correto. 
 
CPP/41. Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando 
não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato. 
 
Item II: Errado. 
 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
27/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
CPP/41. Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: 
 
III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime. 
 
Item III: Correto. 
 
CPP/41. Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: 
 
I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação; 
 
Item IV: Errado. 
 
CPP/41. Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: 
 
II - a decisão que julgar extinta a punibilidade; 
 
Gabarito: Letra B. 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
28/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
29/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 (NC-UFPR/TJ-PR/2019) 
41) Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque sem 
provisão de fundos. 
Comentário: 
 
STF/Súmula 521 
O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão 
dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo 
sacado. 
 
Gabarito: Correto. 
(NC-UFPR/TJ-PR/2019) 
42) Caso a vítima seja indígena, competirá à Justiça Federal o julgamento de crime de furto. 
Comentário: 
 
STF/Súmula 140 
Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou 
vítima. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/MPU/2018) 
43) Havendo a prática de contravenção penal contra bens e serviços da União em conexão probatória com 
crime de competência da justiça federal, opera-se a separação dos processos, cabendo à justiça estadual 
processar e julgar a contravenção penal. 
Comentário: 
 
CF/88, Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
 
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União 
ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a 
competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; 
 
STJ/Súmula 38 
Compete a Justiça Estadual Comum, na vigência da CF88, o processo por contravenção penal, ainda 
que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades. 
 
Gabarito: Correto. 
(VUNESP/MPE-SP/2018) 
44) Sobre competência no processo penal, assinale a alternativa correta. 
A) Havendo crime militar conexo a crime comum, prevalece a competência da justiça castrense, a qual deverá 
julgar ambos os crimes. 
B) Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro do lugar da infração, ainda quando 
conhecido o domicílio do réu. 
C) A competência da Justiça Federal é residual em relação à competência da Justiça Estadual. 
D) A Justiça Estadual e a Justiça Federal são espécies de jurisdição comum. 
E) Compete ao foro do local da emissão do cheque processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque 
sem provisão de fundos. 
Comentário: 
 
Letra A: Errada. 
 
CPP/41. Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo: 
 
I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar; 
 
 
STJ/Súmula 90 
Compete à Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial militar pela prática do crime militar, e à 
Comum pela prática do crime comum simultâneo àquele. 
 
Letra B: Errada. 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
30/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
 
CPP/41. Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da 
residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. 
 
Letra C: Errada. 
 
CPP/41. Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes 
regras: 
 
III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação; 
 
Letra D: Correta. 
 
Justiça 
Comum Especial 
Justiça Federal 
Justiça Estadual 
Justiça Eleitoral 
Justiça do Trabalho 
Justiça Militar 
 
Letra E: Errada. 
 
STJ/Súmula 244 
Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque sem 
provisão de fundos. 
 
Gabarito: Letra D. 
(CESPE/PF/2018) 
45) João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende, 
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade brasileira. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
Caso haja indício de transnacionalidade no crime de contrabando praticado, a competência para apurar e julgar o 
delito é da justiça federal e, se João estiver preso, a Polícia Federal deverá concluir o inquérito em até dez dias. 
Comentário: 
 
STJ/CC 160.748/SP 
1. A jurisprudência desta Corte orientava para a competência da Justiça Federal para o julgamento dos 
crimes de contrabando e descaminho (Súmula 151/STJ), até que julgado (CC n. 149.750/MS, de 
26/4/2017), fundado em conflito que debateu crime diverso (violação de direito autoral), modificou a 
orientação sedimentada, para limitar a competência federal, no caso de contrabando, às hipóteses em que 
for constatada a existência de indícios de transnacionalidade na conduta do agente. 
2. Consolidada a nova compreensão, sobreveio o julgamento do CC n. 159.680/MG (realizado em 8/8/2018), 
no qual a Terceira Seção entendeu pela competência federal para o julgamento do crime de 
descaminho, ainda que inexistentes indícios de transnacionalidade na conduta. 
3. Tal orientação, no sentido da desnecessidade de indícios de transnacionalidade, deve prevalecer não 
só para o crime de descaminho, como também para o delito de contrabando, pois resguarda a segurança 
jurídica, na medida em que restabelece a jurisprudência tradicional; além do que o crime de contrabando, tal 
como o delito de descaminho, tutela prioritariamente interesse da União, que é a quem compete 
privativamente (arts. 21, XXII e 22, VII, ambos da CF) definir os produtos de ingresso proibido no país, além 
de exercer a fiscalização aduaneira e de fronteira. 
4. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo Federal da 4ª Vara Criminal da Seção Judiciária 
do Estado de São Paulo, o suscitante. 
 
Finalizaçãodo Inquérito Policial – Exceções dos Prazos 
Crimes de Competência da Justiça Federal 
* Prazo de 15 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 15 dias; 
* Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto; 
Crimes da Lei de Drogas 
* Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 30 dias; 
* Prazo de 90 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 90 dias; 
Crimes contra a economia popular 
* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso; 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
31/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver solto; 
Crimes Militares 
* Prazo de 20 dias, se o indiciado estiver preso; 
* Prazo de 40 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 20 dias; 
 
Gabarito: Errado. 
 (CESPE/PF/2018) 
46) O prefeito de determinado município desviou, em proveito próprio, verba federal transferida e 
incorporada ao patrimônio municipal. Instaurado o competente IP, os autos foram relatados e 
encaminhados, pela autoridade policial, à justiça estadual. Nessa situação, agiu corretamente a autoridade 
policial ao encaminhar os autos à justiça comum estadual, a quem compete o processamento e o 
julgamento de casos como o relatado. 
Comentário: 
 
STJ/Súmula 208 
Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação 
de contas perante órgão federal. 
 
STJ/Súmula 209 
Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao 
patrimônio municipal. 
 
Gabarito: Correto. 
 (CESPE/PF/2018) 
47) Compete à justiça estadual o julgamento de crimes relativos à difusão ou aquisição, em determinado 
estado da Federação, de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes por meio da rede 
mundial de computadores. 
Comentário: 
 
STJ/CC 120.999/CE 
1. A competência da Justiça Federal para processar e julgar os delitos praticados por meio da rede 
mundial de computadores é fixada quando o cometimento do delito por meio eletrônico se refere a 
infrações previstas em tratados ou convenções internacionais, constatada a internacionalidade do fato 
praticado (art. 109, V, da CF), ou quando a prática de crime via internet venha a atingir bem, interesse ou 
serviço da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas (art. 109, IV, da CF). 
2. No presente caso, há hipótese de atração da competência da Justiça Federal, uma vez que o fato de 
haver um usuário do Orkut, supostamente praticado delitos de divulgação de imagens pornográficas 
de crianças e adolescentes, configura uma das situações previstas no art. 109 da Constituição Federal. 
3. Além do mais, o Brasil comprometeu-se perante a comunidade internacional a combater os delitos 
relacionados á exploração de crianças e adolescentes em espetáculos ou materiais pornográficos, ao 
incorporar no direito pátrio, por meio do decreto legislativo nº 28 de 14/09/1990, e do Decreto nº 99.710 de 
21/12/1990, a Convenção sobre direitos da Criança adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. 
4. Ressalte-se, ainda, que a divulgação de imagens pornográficas, envolvendo crianças e adolescentes por 
meio do Orkut, não se restringe a uma comunicação eletrônica entre pessoas residentes no Brasil, uma vez 
que qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, desde que conectada à internet e integrante do dito sítio 
de relacionamento, poderá acessar a página publicada com tais conteúdos pedófilos-pornográficos, 
verificando-se, portanto, cumprido o requisito da transnacionalidade exigido para atrair a competência da 
Justiça Federal. 
5. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo Federal da 16ª Vara de Juazeiro do Norte - SJ/CE, 
ora suscitado. 
 
 
Circulação de Material Pornográfico de criança ou adolescente 
Competência da Justiça Federal Competência da Justiça Estadual 
Divulgação do conteúdo de forma ampla por meio da 
rede mundial de computadores. 
Troca, por e-mail ou mensagens via Whatsapp, do 
conteúdo. (Ambiente mais restrito). 
STF/RE 628624/MG STJ/CC 121215/PR 
 
Gabarito: Errado. 
(FCC/Câmara Legislativa do Distrito Federal/2018) 
48) Ocorre a chamada conexão objetiva ou teleológica quando 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
 
32/90 
@Quebrandoquestões 
 
Direito Processual Penal 
A) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas ou umas 
contra as outras. 
B) duas ou mais infrações houverem sido praticadas por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e 
lugar. 
C) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. 
D) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras ou para conseguir 
impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas. 
E) dois ou mais crimes, idênticos ou não, forem praticados pelo mesmo agente, mediante uma só ação ou 
omissão. 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 76. A competência será determinada pela conexão: 
 
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas 
reunidas (Conexão Intersubjetiva por simultaneidade ocasional), ou por várias pessoas em concurso, 
embora diverso o tempo e o lugar (Conexão Intersubjetiva por Concurso), ou por várias pessoas, umas 
contra as outras (Conexão Intersubjetiva por Reciprocidade); 
 
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar (Conexão Objetiva Teleológica) ou 
ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas (Conexão 
Objetiva Consequencial); 
 
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de 
outra infração (Conexão Instrumental). 
 
Tipos de Conexões 
* Conexão Intersubjetiva por simultaneidade ocasional: Duas pessoas diversas cometem infrações 
diversas no mesmo local, na mesma época, sem possuir nenhum vínculo subjetivo. 
* Conexão Intersubjetiva por Concurso: Ocorre quando os agentes com um vínculo subjetivo, uma 
comunhão de esforços para a prática das infrações penais, não importando o local e o momento da 
infração. 
* Conexão Intersubjetiva por reciprocidade: Infrações praticadas no mesmo tempo e local, um agente 
contra o outro. 
* Conexão Objetiva Teleológica: uma infração é cometida para facilitar a outra. 
* Conexão Objetiva Consequencial: Uma infração é cometida para ocultar a outra, ou, para garantir a 
impunidade do infrator ou a vantagem da outra infração. 
* Conexão Instrumental: A prova da ocorrência de uma infração e de sua autoria deve influenciar a 
caracterização da outra infração. 
 
CPP/41. Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: 
 
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; 
 
II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código 
Penal (hipóteses de concurso formal – CP. Art. 70, 73 e 74). 
 
Tipos de Continência 
* Continência por Cumulação Subjetiva: Duas ou mais pessoas são acusadas pela mesma infração. 
Existe apenas um fato criminoso, na conexão existem vários. 
* Continência por Concurso Formal: Mediante uma única conduta, o agente comete mais de um crime 
sem a intenção de praticá-los. 
 
Gabarito: Letra D. 
 (CESPE/PJC-MT/2017) 
49) No estado de Mato Grosso, Pedro cometeu crime contra a economia popular; Lucas cometeu crime de 
caráter transnacional contra animal silvestre ameaçado de extinção; e Raí, um agricultor, cometeu crime 
comum contra índio, no interior de reserva indígena, motivado por disputa sobre direitos indígenas. 
Nessa situação hipotética, a justiça comum estadual será competente para processar e julgar 
A) somente Pedro e Raí. 
B) somente Lucas e Raí. 
C) Pedro, Lucas e Raí. 
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/
https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/

Continue navegando