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Estado de Direito, democricia, elementos do estado e sociedade

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Estad� d� Direit�
★ A visão de Estado de Direito era garantir a liberdade do direito do indivíduo, reconhecendo-lhe o
direito de cidadão e exercício democrático, protegendo-os das possíveis arbitrariedades do Estado
★ Elementos que ficaram marcados na história como bases do Estado de Direito:
1. Controle constitucional- A const. seria um conjunto de normas responsáveis por garantir os
direitos e deveres do indivíduo e a divisão dos poderes em Legislativo, Executivo e Judiciário. O
Judiciário, não seria mais uma peça solta e sem importância, mas, com o passar dos anos até
a atualidade, desempenharia papel-chave na resolução de crimes de interesse público
2. Divisão de poderes- a separação criada por Montesquieu deveria ser fixada nas constituições,
para que assim ficassem claras a diferenciação e a limitação de cada órgão e fosse possível
assegurar equilíbrio e proteção dos direitos subjetivos.
3. Legalidade- legalidade advém da expressão legal; pressupõe-se a ideia de que os atos políticos
ou particulares devam ser realizados nos termos da lei, pois, do contrário, seria um Estado
totalitário ou autoritário e não de direito.
4. Liberdade individual- pressupõe a máxima prevista na Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão de 1789:
“Art. 4º A liberdade consiste em poder fazer tudo o que não prejudique o próximo [...]”
(Declaração..., 2017)
★ As garantias fundamentais e a igualdade jurídica também podem ser consideradas elementos do
Estado de Direito
Fase� d� Estad� d� Direit�
★ Os juspositivistas adotam um conceito formal de Estado de Direito, com a autolimitação do Estado,
que confere liberdade aos indivíduos.
★ Já os defensores do jusnaturalismo e moralismo adotam um conceito substancial de Estado de
Direito com o entendimento de uma leitura moral do Direito.
➔ Primeira geração- em atenção às concepções liberais, consagrou os direitos da liberdade,
direitos civis e políticos com titularidade ao indivíduo, assim como direito de resistir ou opor-se
ao Estado (status negativus)
➔ Segunda geração- surgiu no Estado social, período marcado pela teoria marxista e socialista,
nos movimentos sociais trabalhistas, em consequência, conferiu titularidade à coletividade e
aos grupos sociais, consagrando os direitos sociais, culturais e econômicos e as prestações
positivas (status positivus)
➔ Terceira geração- consagrou a tutela dos interesses difusos e transindividuais, sem
especificação de titularidade.
➔ Quarta geração- seria responsável por consagrar o direito à democracia, o direito à informação
e o direito ao pluralismo
➔ Quinta geração- direito de que trataria da paz
Element�� constitutiv�� d� estad�
★ Povo e Nação: A nação é o conjunto de pessoas reunidas por um vínculo não jurídico, normalmente
cultural, moral ou ideológico. Já o povo é o conjunto de pessoas reunidas por um vínculo jurídico, como
a cidadania.
● Povo destinatário (os sujeitos que recebem a atuação do Estado)
● povo ativo (os sujeitos que realizam a atuação do Estado),
● povo legitimador (os sujeitos que justificam a atuação do Estado)
● povo ícone (os sujeitos indevidamente mencionados como fonte de legitimação)
★ Soberania e Poder político: a soberania é o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer
dentro de seu território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência.
★ Território e localidade geográfica: não há Estado sem território, já que a sua privação implicaria a
privação do próprio Estado; o território é o limite da atuação soberana do Estado
● O mar territorial: faixa adjacente à costa, que incide até 12 milhas náuticas a contar da linha
de base; apesar de não integrar o espaço de soberania do Estado, nessa zona, o Estado exerce
exploração, aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais de forma exclusiva
● Espaço aéreo: Apesar de não existir um expresso limite de altura, consideram que o espaço
extra-atmosférico é de livre acesso a todos os povos, sendo insuscetível de apropriação
● O espaço ultraterrestre, inclusive a Lua, não pode ser apropriado por qualquer Estado do globo.
Estad� � Democraci�
Democracia� d� present�
★ Democracia direta
➔ Poder político é exercido diretamente pelo povo, sem qualquer intermediação ou representação
➔ O exemplo evidente de democracia direta estaria na Antiguidade, com os gregos
➔ Na Grécia antiga, o interesse pela vida pública era inerente à condição de cidadão.
➔ Alguns destacam, entretanto, que nem mesmo a democracia grega poderia ser considerada
direta, na medida em que impunha severa restrição ao conceito de cidadania
➔ Assim, o governo poderia ser considerado do povo, mas pouquíssimos indivíduos eram
considerados “o povo”
★ Democracia indireta
➔ O poder político é exercido pelo povo por meio de representantes eleitos, razão pela qual
também é denominada democracia Representativa.
➔ O povo confere um mandato a alguns cidadãos para que eles exerçam o poder político
★ Democracia semidireta
➔ O poder político é exercido pelo povo por meio de representantes eleitos, mas que também
conta com institutos que permitem a discussão de determinados temas pelo povo.
➔ A atuação do povo não se limita à eleição de governantes e legisladores, mas compreende
também a efetiva tomada de decisão.
➔ Caberá a cada Estado definir a extensão da participação direta do povo
➔ Os seguintes institutos de atuação do povo na democracia semidireta: referendo (consultar se
o povo confirma ou não uma decisão já tomada); plebiscito (consulta prévia ao povo sobre
determinado tema); iniciativa popular (um número previamente determinado de eleitores dar
início ao processo legislativo, com a propositura de novas leis ou emendas à Constituição);
revogação (o povo promove o término antecipado de um mandato eletivo)
A democraci� d� futur�
★ A adoção generalizada de formas democráticas semidiretas revelou as deficiências do modelo e as
crises a ele inerentes.
★ Paulo Bonavides destaca a crise na
➞ Legitimidade dos partidos políticos: desviam-se de seus interesses e não mais espelham os ideais
políticos que defendiam,
➞ Fragilidade dos institutos de manifestação direta do povo: mecanismos idealizados como
autênticos meios de transformação social sucumbiram a uma realidade indiferente, sendo pouco
empregados e, quando utilizados, trazendo resultados conservadores e sem significativo impacto
★ Norberto Bobbio faz uma intensa crítica ao modelo democrático representativo e destaca que essa
democracia se tornou um ambiente de promessas não cumpridas.
Democraci� Pa�ticipativ�
★ Implica uma ampliação do diálogo e da participação concreta, dispensando técnicas meramente
formais.
★ Nesse estágio, a inclusão do cidadão deve atingir todos os planos, de sorte que nem a função
jurisdicional, nem o próprio processo legislativo escapam desse fenômeno.
★ A democracia participativa é aquela que melhor permite confrontar as crises do modelo anterior.
★ Novos mecanismos devem ser postos à disposição dos indivíduos para dar vida ao postulado
democrático, enquanto velhos elementos do mundo jurídico devem ser repensados. Todos os poderes
constituídos já contam com mecanismos amplos de participação direta do povo:
➞ Poder Legislativo: Há a legitimidade de qualquer pessoa para denunciar irregularidades financeiras
junto ao Tribunal de Contas, bem como podem ser realizadas audiências públicas no âmbito do
processo legislativo, vale lembrarmos dos instrumentos tradicionais da democracia semidireta:
iniciativa popular, referendo e plebiscito
➞ Poder Executivo: no palco da Administração Pública, as consultas públicas despontam como
mecanismos de inclusão dos interessados em gerir diretamente parcela do orçamento estadual e
estarem presentes na atuação política
➞ Poder Judiciário: gera uma forma de participação, já que oportuniza o diálogo entre os envolvidos
D� sociedad�
Origen� d� sociedad�
★ O convívio social traz vantagens e desvantagens para o sujeito, uma vez que aceitar o convívio
social implica uma série de restrições à liberdade do sujeito
Duas grandes teoriasexplicam esse caráter agregador do homem:
1. Teoria naturalista- é a corrente mais aceita, diz que a vida em sociedade não dependeria de
uma escolha do sujeito, mas da própria natureza humana.
2. Teoria contratualista- considera, em linhas gerais, que a sociedade tem origem na livre
manifestação de vontade dos sujeitos, os quais, por meio de um contrato hipotético, decidem
se associar e formar a comunidade
Característica� essenciai�
★ A ciência política identifica três características essenciais para que se possa reconhecer uma
sociedade e diferenciá-la de uma mera reunião de pessoas:
➞ Finalidade social: reconhecimento de que uma sociedade, para ser considerada como tal, deve traçar
objetivos
➞ Ordem social: para garantir que o objetivo almejado seja atingido, é necessária uma orientação
comum dos sujeitos nesse sentido. A existência de uma ordem social revela que o indivíduo tem a
liberdade para dar cumprimento à norma ou não, ficando sujeito a uma eventual punição pela
desobediência daquilo que foi convencionado em sociedade
➞ Poder social: aptidão conferida a alguém em um contexto social para que submeta a sua vontade a
outrem. A essa corrente de pensamento, aderem os anarquistas. São características essenciais do
poder social: a socialidade (que exclui a existência de meros fatores individuais) e a bilateralidade (que
demonstra a exigência de uma pluralidade de vontades)
Pode� � Autoridad�
★ Adriano Moreira diferenciou o mero exercício de poder e o emprego legítimo desse poder,
➔ Quando há a obediência pelo consentimento do outro, decorrente do reconhecimento da
legitimidade de quem manda, haveria emprego de autoridade.
➔ Por outro lado, quando há obediência pela imposição da força e do temor, decorrente da
ausência de reconhecimento da legitimidade de quem manda, haveria emprego de poder.
★ Um mero poder social se torna autoridade ao identificar as fontes de legitimidade do poder
➔ Autoridade tradicional: é aquela baseada na tradição e nos costumes de determinadas
sociedades. Decorre de um status anterior de aceitação do poder pela comunidade. Como se
trata de mera tradição, essa autoridade é caracterizada pela ausência de uma regra expressa
que confere poder ao titular
➔ Autoridade carismática: baseada no carisma do titular, a legitimidade decorre das qualidades
pessoais do titular e são reconhecidas pela comunidade (por exemplo, a notável sabedoria,).
Sociedade permanece estável apenas enquanto durar o líder
➔ Autoridade racional (ou burocrática): uma regra de direito que atribui poder ao titular. Assim, o
exercício do poder é legítimo porque está em consonância com as leis e as demais regras
escrita
Espécie� d� Sociedade�
1. Sociedades de fins particulares- tem propósito definido e orientado pelos seus membros. Nelas,
todas as atividades são direcionadas à concretização do propósito definido pelos integrantes de
forma direta e imediata
2. Sociedades de fins gerais- as sociedades políticas estão inseridas nessa definição. Tem
propósito indefinido e genérico; nelas, busca-se a criação de condições necessárias para que
integrantes, sujeitos e outras sociedades atinjam os seus fins particulares
3. As sociedades políticas- busca a criação de condições para o atingimento das finalidades
particulares dos seus integrantes, compreendem a maioria das ações humanas,
coordenando-as em torno de um objetivo comum.

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