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QUEIMADURAS PRINCIPAIS CAUSAS CAs queimaduras são feridas traumáticas causadas por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos, assim, compreende toda lesão provocada pelo contato direto com alguma fonte de calor ou frio, produtos químicos, corrente elétrica, radiação ou alguns animais e plantas, que atuam nos tecidos de revestimento do corpo, determinando destruição parcial ou total da pele e seus anexos, podendo atingir camadas mais profundas, entre elas tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos. EPIDEMIOLOGIA: terceirotipo de morte traumática no Brasil; quinta causa de morte acidental no muno; quarta causa de morte externa no EUA; 11 milhões de atendimento médico e 300 mil mortes; no Brasil, em média 1 milhão de pacientes são queimados por ano, 200 mil são atendidos na emergência, 50.144 internações e 74,4 milhões em recursos hospitalares; os óbitos por queimaduras ocorrem imediatamente após a lesão ou semanas mais tarde em consequência de falência múltipla de órgãos, sendo predominante nos extremos de idade (crianças e idosos); 66% das queimaduras acorrem em casa. POPULAÇÃO DE RISCO: inclui os extremos etários: idosos, crianças e pessoas com deficiência (principalmente neurológicas e psiquiátricas), em média 25% das queimaduras ocorre em vítimas até 16 anos (300 mil crianças), nas quais a queimadura pode causar sequelas no crescimento/desenvolvimento físico, assim, se a lesão não for bem tratada, quando crescer esse adulto pode não estar incluso na atividade produtiva laboral, deixando de contribuir para a sociedade, visto que a cicatriz não cresce. Chama/fogo: lesão pelo ar oxidado superaquecido; Escaldadura: lesão pelo contato com líquidos quentes, são mais comuns em vítimas de até 5 anos; Contato: lesão pelo contato com materiais sólidos quentes ou frios; As queimaduras podem ser classificadas de acordo com diferentes causa e profundidades, com vários fatores de risco vinculados entre eles: idade, localização, demografia e baixo nível econômico, que reforçam que a maioria das lesões e mortes por queimaduras são evitáveis e exigem estratégias de intervenção e prevenção. QUEIMADURAS TÉRMICAS: provocadas por fontes de calor como o fogo, líquidos ferventes, vapores, objetos quentes e excesso de exposição ao sol; barreira contra agentes físicos, químicos e biológicos no ambiente externo; fornece informações imunológicas obtidas no processamento de antígenos para células efetoras apropriadas no tecido linfático; participa na homeostasia ao regular a temperatura corporal e a perda de água; transmite a informação sensorial do ambiente externo para o SN; funções endócrinas por meio da secreção de hormônios, citocinas e fatores de crescimento, e converte moléculas precursoras em moléculas hormonalmente ativas; funciona na excreção por meio da secreção exócrina das glândulas sudoríparas, sebáceas e apócrinas. Maior órgão do corpo (15-20% da massa total), é a primeira barreira de proteção do organismo de agentes externos, estando sujeita a constantes agressões, possui muitas funções que possibilitam ao indivíduo lidar com o ambiente externo, entre elas:: ZONAS DE JACKSON FATORES DE RISCO: crianças menores que 5 anos em função de queimadura por contato e escaldadura (Ex.: panela no fogão), em adultos, os fatores de risco são alcoolismo, senilidade, transtornos psiquiátricos (Ex.: epilepsia) e doenças neurológicas (Ex.: medicações que alteram o estado de consciência). QUEIMADURAS QUÍMICAS: provocadas por substância química em contato com a pele ou mesmo através das roupas, ou seja, contato com agentes químicos nocivos; QUEIMADURAS POR ELETRICIDADE: provocadas pela condução de corrente elétrica através dos tecidos. LESÃO POR CHAMA X ESCALDADURA: em comparação, a queimadura com um forno de uma siderúrgica é preocupante, no entanto, uma escaldadura por água a 60oC em 3 segundos pode formar um flictena de segundo grau - já, em casos extremos, como óleo fervendo ou café, que possuem maior temperatura de ebulição e mais viscosidade pode ocorrer um trauma mais agravante, em função da limitação da fonte de calor. ANATOMIA DA PELE ESTRATO CÓRNEO: transição abrupta entre as células nucleadas do estrato granuloso e as células anucleadas desidratadas e achatadas do estrato córneo, compreende células achatadas mortas, citoplasma cheio de queratina, mais espessa na palma da mão e planta do pé (áreas de mais contato); ESTRATO LÜCIDO: se limita à pele espessa, considerado uma subdivisão do estrato córneo, possui células achatadas translúcidas; ESTRATO GRANULOSO: camada situada entre o estrato espinhoso e a camada mais superficial da porção não queratinizada da pele, composta por grânulos ricos em queratina, impedem a desidratação (impermeabilidade); ESTRATO ESPINHOSO: ou camada espinhosa ou camada de células espinhosas, é uma parede de espinhos, firme e aderente (coesa/resistente), impede que a pele se solte (cisalhamento/arrastamento); CAMADA BASAL: ou estrato germinativo, possuem atividade mitótica, há queratinócitos que garantem a recuperação tecidual e a cicatrização, nessa camada NÃO TEM REGENERAÇÃO TECIDUAL - na queimadura de segundo grau, há reepitelização teciaul e nas feridas profundas ocorre cicatrização. DERME PAPILAR: mais superficial, tecido conjuntivo frouxo localizado imediatamente abaixo da epiderme, forma uma rede irregular que inclui papilas, cristas dérmicas, vasos sanguíneos que suprem a epiderme e prolongamentos nervosos.. Há 7 camadas de pele (5 camadas na epiderme e 2 na derme) são elas: EPIDERME: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, que cresce continuamente, mas mantém a espessura normal pela descamação, tornam-se células anucleadas e sem vida à medida que se distanciam da camada basal. 1. 2. 3. 4. 5. DERME: composta de tecido conjuntivo denso, que proporciona suporte mecânico, resistência e espessura à pele, compreende estratos mais superficiais avasculares se nutrem por embebição plasmáticas de vasos profundos que emitem um plexo subdérmico que perfura toda a derme próxima a camada basal. DERME RETICULAR: situa-se abaixo da camada papilar, mais espessa e menos celularizada, formando um plexo frouxo nas porções mais profundas da camada reticular, esse arranjo é responsável pelo enrugamento da pele em órgãos eréteis. FISIOPATOLOGIA DAS QUEIMADURAS Localmente, a lesão térmica causa necrose coagulativa da epiderme e dos tecidos subjacentes, com a profundidade da lesão dependendo da temperatura à qual a pele foi exposta, do calor específico do agente causal e da duração da exposição, sendo classificadas em 5 categorias diferentes de causa e de profundidade da lesão. Quanto às causas: chama, escaldadura, contato, exposição química e eletricidade, as 3 primeiras induzem dano celular pela transferência de energia, que leva à necrose de coagulação, já as 2 últimas podem causa necrose coagulativa ou coliquativa (liquefativa). A pele é o maior órgão do corpo humano, fornce uma forte barreira à transferência de energia para os tecidos mais profundos, confinando grande parte da lesão, quando removido o foco desencadeador da queimadura, no entanto, a resposta dos tecidos locais pode levar à lesão nas camadas mais profundas. ZONA DE COAGULAÇÃO: área necrótica da queimadura onde as células foram destruídas, há morte celular e coagulação imediata das proteínas celulares; ZONA DE ESTASE: o tecido é danificado irreversivelmente no momento em que ocorre a lesão e a área imediatamente adjacente à zona necrótica tem um grau de lesão moderado, com perfusão tissular reduzida, há lesão na microcirculação circundante e diminuição da perfusão tecidual. Nesse estágio, dependendo das condições da ferida, pode sobreviver ou evoluir para necrose coagulativa, estando associada a dano vascular com extravasamento de fluidos. ZONA DE HIPEREMIA: vasodilatação em razão da inflamação circunjacente à queimadura, essa região contém o tecido claramente viável do qual se inicia o processo de cicatrização e, geralmente, não tem risco de necrose adicional,caracterizada pela ação de mediadores pró-inflamatórios e vasodilatação. GRAUS DE QUEIMADURA A profundidade da queimadura varia, dependendo do grau de lesão tecidual, sendo classificada em grau de lesão na epiderme, derme, tecido adiposo subcutâneo e estruturas subjacentes. Profundas: ocorrem na derme reticular mostram-se mais pálidas e mosqueadas, não empalidecem ao toque, mas permanecem dolorosas aos estímulos táteis, cicatrizam em 2-5 semanas por reepitelização a partir de ceratinócitos dos folículos pilosos e das glândulas sudoríparas, muitas vezes formam cicatrizes graves devido à perda da derme. QUEIMADURA DE PRIMEIRO GRAU: lesões confinadas à epiderme, são dolorosas, eritematosas (ardor e vermelhidão) e empalidecem ao toque/pressão digital, há sensibilidade aumentada, com uma barreira epidérmica intacta (camada basal é preservada), em geral não resultam em cicatrizes, mas há regeneração rápida e o tratamento visa ao conforto com o uso tópico de pomadas emolientes, com ou sem aloé, e anti-inflamatórios orais não esteroides (AINEs) - ou seja, hidratação e algesia oral. QUEIMADURA DE SEGUNDO GRAU: tem algum grau de dando dérmico, pode ser superficial ou profunda, forma um edema em função da desnaturação das proteínas gerando acúmulo de líquido no interstício, provoca dor, inchaço e flictemas (bolhas) - estas podem ter fundo mais róseo (superficial, há camada basal) ou mais esbranquiçado (profundo, não cicatriza por segunda intenção, em geral, é um caso cirúrgico), devendo ser debridada e substituída por pomada e curativo. Trata-se de uma lesão úmida em função da perda de pele com regeneração mais lenta. Superficiais: eritematosas, dolorosas, empalidecem ao toque e frequentemente formam bolhas, reepitelizam espontaneamente por estruturas epidérmicas retidas nas cristas dermoepidérmicas, folículos pilosos e glândulas sudoríparas em 1-2 semanas, após a cicatrização, podem ter leve descoloração cutânea a longo prazo; A fórmula de Berkow é utilizada para determinar com precisão o tamanho das queimaduras em crianças, assim, estima o tamanho da queimadura (%) com base na área da queimadura na parte do corpo isolada - as estimativas são feitas, registradas e então somadas para obter uma estimativa precisa da área de superfície corporal queimada. TAMANHO DA QUEIMADURA O tamanho determina a extensão da lesão, geralmente é avaliado pela regra dos noves, em adultos, cada membro superior e a cabeça correspondem a 9% da área de superfície corporal total (ASCT), extremidades inferiores e troncos anterior e posterior correspondem a 18% cada e o períneo e genitália são considerados 1% da ASCT. As crianças tem comparativamente uma maior área da superfície corpórea na cabeça e no pescoço, que é compensada por uma superfície relativamente menor nas extremidades inferiores, elas tem 21% da ASCT no somatório da cabeça e pescoço e 13% em cada perna, que se aproximam gradualmente das proporções adultas com o aumentar da idade. QUEIMADURA DE TERCEIRO GRAU: envolvem outros órgãos abaixo da pele, como músculos, ossos e cérebro, ultrapassa a derme, é indolor - o entorno da lesão pode ser de segundo grau causando dor - há uma área escura ou marrom, lesão seca, geralmente necessita de enxerto. QUEIMADURA DE PRIMEIRO GRAU ardor e vermelhidão QUEIMADURA DE SEGUNDO GRAU dor, inchaço e flictema; profunda ou superficial; dolorosa QUEIMADURA DE TERCEIRO GRAU indolor, seca, escura CAMADAS DA QUEIMADURA QUEIMADURA DE QUARTO GRAU: ocorre quando o tecido chega perto da mumificação. QUEIMADURA NÃO ACIDENTAL: observar possibilidade de maus tratos, história de abuso ou violência familiar, quando há demora em procurar ajuda, várias versões da história, inconsistente com a idade de desenvolvimento da criança - escaldaduras com linhas de imersão clara e sem respingo; queimadura em palma e planta, genitaise nádegas; preservação de dobras e posição de defesa; queimadura simétrica e de profundidade uniforme; lesão de contenção de membros; história de outras lesões ou falta de cuidado. Se atentar a crianças, idosos e pessoas deficientes. Queimaduras graves que cobrem mais de 40% da ASCT tipicamente são seguidas por um período de estresse, inflamação e hipermetabolismo, caracterizados por uma resposta circulatória hiperdinâmica com aumento da temperatura corporal, glicólise, proteólise, lipólise e ciclo de substrato. TRATAMENTO Pacientes queimados devem ser removidos do cenário do trauma - sempre atentar- se para a segurança do ambiente. O processo lesivo deve ser interrompido, em caso de eletrocussão, deve-se desligar a fonte de energia, em caso de contato com ácido, deve-se diluí-lo, se a pessoa estiver em chamas, deve-se pedir que ela deite e role no chão e tentar apagar a chama abafando-a com um aquecedor úmido. Lesão por inalação deve ser suspeitada e O2 a 100% administrado por máscara. Deve-se apagar o fogo das roupas em combustão e removê-las o mais cedo possível para prevenir lesões adicionais. Todos os anéis, relógios, joias e cintos devem ser removidos, pois eles retêm calor e podem produzir um efeito torniquete. Dentro de 15 minutos, água à temperatura ambiente pode ser vertida no ferimento da lesão para diminuir a profundidade do ferimento, mas quaisquer medidas subsequentes para refrescar o ferimento devem ser evitadas de modo a prevenir a hipotermia durante as manobras de reanimação. ALTERAÇÕES SISTÊMICAS TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR XABCDEF DO TRAUMA A - AIRWAYS - vias aéreas e proteção da coluna cervical B - BREATHING - respiração C - CIRCULATION - circulação Acima de 20% de superfície corpórea queimada tem-se repercussão sistêmica (REMIT). Contenção de hemorragia externa grave, comum em casos de avulsão ou perda de membro, sendo usado em lesões vasculares muito grandes com sangramento rápido, que pode levar a uma amputação traumática e implicar na sobrevida. X - EXSANGUINAÇÃO - hemorragia externa grave/lesão vascular extensa Avaliação das vias aéreas: o estado das vias aéreas do paciente deve ser imediatamente avaliado, principalmente pela obtenção de resposta verbal - a incapacidade de falar indica depressão severa do estado mental ou obstrução ao fluxo de ar através da via aérea superior, neste caso, o paciente está incapaz de manter uma via aérea adequada, que permita manutenção de oxigenação e ventilação aceitáveis. Indicadores adicionais incluem respiração nasal, trauma facial severo, especificamente com sangue orofaríngeo ou presença de corpo estranho e paciente agitado. Entre os acessórios imediatos das vias aéreas estão: oxigênio suplementar, cânulas nasofaríngea e orofaríngea e ventilação sob ambu, que pode ser aplicado rapidamente para dar suporte à insuficiência do paciente, enquanto se prepara para assegurar uma via aérea definitiva. A via aérea de escolha definitiva é a entubação endotraqueal por via oral usando técnica de sequência rápida, com aplicação de pressão sobre a cricoide, com sedação do paciente e o uso de bloqueador neuromuscular de ação rápida, como succinilcolina, para maximizar o aumento da visualização glótica - por fim, a posição do tubo endotraqueal deve ser confirmada realizando ausculta torácica e abdominal, dosagem de dióxido de carbono expiratório final e, finalmente, uma radiografia de tórax. Proteção da coluna cervical: inclui o uso de colar cervical rígido e a manutenção da técnica de rolamento em bloco para movimentar o paciente como um todo, esta proteção pode ser aumentada pelo uso de prancha longa, que deve ser removida em pouco tempo após a chegada no serviço de emergência para prevenir feridas por pressão, que podem ocorrer dentro de curto período de tempo. A respiração é avaliada pela visualização e palpação do tórax, ausculta dos ruídos pulmonares e medida da saturação de oxigênio - a frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e observação da musculatura acessória devem ser analisados. Em geral, esforço respiratório limitado ou dispneia são indicativos da necessidade de estabilizaçãode vias aéreas e suporte ventilatório - a incapacidade para ventilar adequadamente o paciente deve ser secundária a pneumotórax hipertensivo, hemotórax maciço ou tórax instável com contusão pulmonar. Em caso de queimadura, deve-se avaliar queimadura das vias aéreas, visto que um paciente com queimadura de via área apresenta mais risco de morte, suspeitar de intoxicação por monóxido de carbono (subproduto decorrente da fumação com alta afinidade pela hemoglobina), e lesões por inalações (caracterizadas por rouquidão, escarro carbonáceo, dispneia IRA e queimadura de vibrissas). QUEIMADURA DE VIAS AÉREAS: entubação orotraqueal (Glasgow < 8; PaO2 < 60; PaCO2 > 55; Sat < 90) INTOXICAÇÃO POR INALAÇÃO: oxigênio a 100% ESCAROTOMIA: corte da escara, é feito em caso de queimaduras profundas de segundo e terceiro graus que envolvem a circunferência de uma extremidade, comprometendo a circulação periférica para o membro, assim, o desenvolvimento de edema generalizado abaixo de uma escara não complacente impede a drenagem venosa e afeta a irrigação arterial aos leitos distais. Essas extremidades requerem escarotomias, que são liberações da escara da queimadura, realizadas no leito, através de incisão lateral e medial da extremidade afetada usando lâmina de bisturi ou eletrocautério - toda a escara constritiva deve ser incisada longitudinalmente para aliviar o obstáculo ao fluxo sanguíneo completamente. Quanto à respiração, nota-se que uma escara constritiva no tronco pode reduzir a ventilação pela limitação da expansão torácica, o que deve levar à inspeção do tórax e a escarotomias apropriadas para aliviar a constrição e permitir volumes correntes adequados. Avaliação do comprometimento cardiovascular, ao reconhecer o choque, a reanimação é imediatamente iniciada com infusão de 1 a 2 litros de solução cristaloide aquecida através de cateteres intravenosos periféricos, curtos de diâmetro largo, visando reconhecimento das 5 principais localizações de perda sanguínea significativa: tórax, abdome, retroperitônio (frequentemente, uma fratura pélvica), múltiplas fraturas de ossos longos e sangramentos externos. Um rápido exame físico identificará fraturas de ossos longos e causas de hemorragia externa, radiografia de tórax avaliará a perda torácica de sangue e uma radiografia pélvica identificará uma fratura pélvica, e a ultrassonografia abdominal focada no trauma (FAST) ou lavagem peritoneal diagnóstica (LPD) para grande volume de sangue avaliam sangramento intra-abdominal. IMPORTANTE! Há poucas chances de sangramento e o tecido morto desprovido de vaso ocorre uma maior dificuldade de infecção Classificação de choque hipovolêmico: REPOSIÇÃO VOLÊMICA: o Soro Ringer com Lactato é a solução isotônica de escolha (cristaloide) e pode ser usado soro fisológico, não deve-se ofertar colóide, albumina, DVA, AINDE e diurético. E - EXPOSURE - exposição e controle ambiental F - FÓRMULA DE PARKLAND A avaliação descrita durante a observação primária necessita da completa exposição do paciente para assegurar que importantes achados não foram escondidos pela roupa, e a manutenção da temperatura corporal é prioridade máxima (evitar hipotermia). Em caso de queimadura, deve-se avaliar a superfície corpórea queimada, sempre lembrar de virar o paciente para visualizar completamente a superfície corpórea. FASCIOTOMIA: técnica para liberação de feixes musculares individuais, cujas incisões devem ser longas para acomodarem o subsequente intumescimento muscular e evitar compressão futura. Se o paciente estiver pálido, com queimadura circunferencial, edema, rígido, dor fora do normal e resfriamento, são sinais indicativos de síndrome compartimental do membro e a fasciotomia deve ser realizada. D - DRUGS AND DISABILITYS - incapacidade ou estado neurológico (escala de Glasgow) A rápida determinação da função neurológica pode ser obtida pelo cálculo da ECG, que reflete a abertura das pupilas dos olhos do paciente, respostas verbal e motora e, potencialmente, reflete o grau da lesão neurológica, que deve ser avaliado prioritariamente antes da administração de sedativos ou medicações paralisantes. Além de analisar a capacidade para mobilizar as extremidades deve ser determinada, porque isto pode ser indicativo de lesão medular. Importante avaliar escala de Glasgow, intoxicação exógenapor alguma droga e qualicar o nível de consciência do paciente. Usada para cálculo da hidratação: 4 ml x % SCQ x peso (kg) Essa fórmula é usada em pacientes adultos quando se tem uma queimadura de 20-50%, menos de 20% pode-se realizar reidratação oral e de 20-50% usa-se acesso venoso. Em caso de queimadura elétrica sempre usar 4 ml x % SCQ x peso (kg) Idosos, portadores de insuficiência renal crônica e de insuficiência cardíaca congestiva devem ter o tratamento iniciado com 2 ml x % SCQ x peso (kg), e necessitam de mais monitorização quanto ao resultado da diurese. Para avaliar se a hidratação está sendo suficiente deve-se passar uma sonda vesical de demora para monitorar a diurese, sendo o valor ideal 30-50 ml/hora - em caso de queimadura elétrica, espera-se 100 ml/hora. O débito urinária deve ser 0,5 ml/kg/hr - exceto na queimadura elétrica, que será 1 ml/kg/hr- sendo calculado por: débito urinário = volume de urina : hora : peso LAYANE SILVA
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