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A importância do plano de desenvolvimento de bairro artigo 02

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A importância do plano de desenvolvimento de bairro.
A quadra como uma unidade complexa.
Ana Beatriz Alvarenga Pires 
Brunna dos Santos Machado Silva
Carlos Antonio de Assis Soares 
Gratieva Bitencourt
Gustavo Henrique de Paula Andrade 
João Victor Guimarães Vaz
Kassya Marcondes 
Raquel Cardoso 
Resumo : Este artigo trata da observação feita sobe os problemas enfrentados pelas cidades de uma forma geral e da importância do plano de bairro,plano regional,bem como do plano diretor,como forma de coibir o crescimento desenfardo e promover qualidade de vida para os cidadãos e para a cidade como um todo.
Partindo do principio de que as quadras são uma unidade viva da malha urbana, temos os bairros como unidades complexas, pois se subdividem em grupos específicos, onde vários fatores são inerentes, como : classe social , região, cultura e uso do bairro.
Questões labirínticas formam as cidades como são, jogos de interesses a procura por moradias mais baratas e leis a serem aplicadas, compreendidas e cumpridas por todos! Como os cidadãos são responsáveis pelo bom funcionamento da cidade e o exercício da cidadania como uma questão vital para se fazer uma cidade melhor para todos.
 Usamos como objetos de estudos duas leituras de suma importância para a compreensão de como funciona uma cidade e o urbanismo de forma geral ,nossa primeira leitura foi de um artigo chamado “Habitações coletivas e a evolução da quadra”– Mario Figueroa.
E a segunda leitura foi o livro de “Reinvente seu Bairro “ – Candido Malta Campos Filho -2003.
Ambas leituras fora extremamente enriquecedoras para nós como estudantes de Arquitetura e urbanismo e serão mais importantes ainda para o nosso futuro acadêmico.
Palavras chave : Cidadania,especulação imobiliária,qualidade de vida,tecido urbano, urbanismo.
Índice.
1.introdução.
2.Trafego e Vias.
2.1 Corredor de transporte coletivo. 
3.Tecido urbano: Qualificações e diferenças.
3.1.Problemas e Soluções.
4.Especulação imobiliária e sua influencia na malha urbana.
4.1.Lugares, não lugares e lugares comuns.
4.2. Burguesia ambientalista x Burguesia predatória.
5. A importância do planejamento urbano.
6. Carência habitacional/ formulários de custos.
6.1. Zoneamento, ruídos e regulação de parâmetros.
7. Estudo de impacto/ poluição.
7.1.Qualidade ambiental de moradia/ Zonas corredor.
8. Planos de bairro e escolar.
8.1. A especulação imobiliária como impulsionadora de empregos .
 Conclusão.
Introdução 
O conjunto de ideias moderna e a reflexão sobre habitação coletiva estão relacionados profundamente aos problemas que transcorrem da densidade populacional urbana e do crescimento das grandes cidades a partir do século XX. Nisso as novas hipóteses de habitação e sua relação com o espaço urbano representam para o modernismo um inicio para investigações e experimentações desenvolvidas nas disciplinas da arquitetura para uma possibilidade de transformação em grande escala do ambiente urbano.A partir dos conceitos do texto de Christian de Portzamparc, A terceira era da cidade, trata-se do papel da habitação coletiva na formação das diferentes ideias de cidade a partir da segunda metade do século XIX até o final do século XX, compondo um quadro com oito tipos de estratégias projetuais que gera uma reflexão sobre diferentes formas de inserção, complementação e construção da habitação coletiva na cidade moderna. O raciocínio crítico do processo projetual estabelece conceitos sobre as estratégias da habitação coletiva e sua relação com o trajeto do desenvolvimento das cidades através de uma visão ampla do elemento urbano. Enfatizando nestas condições o constante confronto entre habitação e espaço habitável, o qual vem transformando a paisagem, a sociedade, a cultura, os hábitos e o desenho das cidades gerando assim subproblrmas de resolução ainda mais difícil, mesmo com as mudanças no conceito de habitação ainda encontramos problemas referentes urbanização, trajeto e todos os demais que envolvem o organismo vivo,mutável e complexo que é uma cidade.
2- Tráfegos e vias
Para unidades ambientais de moradia existem parâmetros em que se consegue controlar o aumento do volume de veículos atravessadores de um bairro, estabelecendo nele “ilhas de tranqüilidade”. Isso quer dizer que podem ser ruas com volume de tráfico controlado, o que podemos chamar de travessia controlada ou civilizada, ou ruas sem saídas, vilas, ou o tráfego proibido para um conjunto de quadras. Portanto, esse conceito será tanto associado a um uso civilizado e contido do automóvel nas áreas onde isso é possível, ou também em áreas em que o sistema viário atingiu tão densidade que só se pode locomover com o transporte coletivo.
Ao contrário do que se argumenta, a garantia de conforto entre pessoas do bairro ou de fora do bairro que vem nele passear, em busca de sua tranquilidade, depende do tráfego excessivo e veículos dentro dele. Oque exclui socialmente o conforto enriquecedor urbano é o uso excessivo do automóvel, depredando a qualidade ambiental, transformando a rua de comercio em um “não lugar”.
2.1- Transporte coletivo.
Nas cidades, as centralidades urbanas tendem a se ordenar de formas diferentes no espaço urbano, de acordo com os sistemas de circulação e a demanda de comercio e serviços.Exemplo do transporte público coletivo, que, através de sua circulação linear, organizou de forma linear o comércio e serviço no passado.
Existe uma necessidade de priorização do transporte público coletivo, em uma organização que atenda as atuais necessidades do local que for implantado. Tal necessidade se deve ao crescente número de automóveis nas vias frente à impossibilidade de oferta de vias proporcionais ao alto fluxo devido ao altíssimo custo de implantação. Fenômeno esse comum em grandes centros metropolitanos, já é perceptível em cidades interiores em crescimento, as quais não estão devidamente preparadas para tal evolução, e que não contaram com um planejamento e uma previsão de crescimento adequada. Deve-se discutir as prioridades definidas pelo Plano Diretor, pressupondo diferentes tipos de mobilidade. Com isso, é muito importante avaliar a real capacidade de suporte do sistema de circulação que se terá com o possível acréscimo de sua oferta previsto no Plano Diretor, e a verificação se esse acréscimo é suficiente, levando sempre em conta as diretrizes de adensamento de atividades urbanas.
A atual orientação e estruturação urbana segue uma linha histórica, herança dos portugueses, onde se acompanhava os acidentes geográficos, respeitando-os e utilizando-os ao seu favor. Essa característica é visível no traçado viário brasileiro atual, seguindo esses caminhos regionais, resultando em sinuosas diretrizes. Os traçados retilíneos surgiram muito depois, no final do século XVIII, com o marquês de Pombal para a fundação e desenvolvimento de Campinas.
Na região é possível identificar a repetição dessa lógica. O tecido urbano regional foiproduzido pelas mudanças históricas na oferta da acessibilidade através dos caminhos, dependente das evoluções tecnológicas de transporte e a correspondência à realidade topográfica, evitando várzeas e preferindo áreas secas, acompanhando o trajeto do Rio Paraíba, desenhando assim a tortuosidade do traçado urbano.
3- Tecido urbano: Qualificações e diferenças.
Existem 4 tipos básicos, tendo em conta o traçado básico de quadras e a distribuição do tráfego de veículos e dos usos associados a ele. 
Tipo 1: Bairro nascendo e se desenvolvendo isoladamente, iniciando em periferia, tendo uma via de ligação inter-bairros;
Tipo 2: Bairros se relacionando a bairros vizinhos, formando uma malha de bairros conforme se expande, tendo 2 vias de ligação;
Tipo 3: Bairro planejado tipo “jardim” que nasce nas periferias urbanas em que são implantadas para mais tarde serem bairros centrais, tendo inúmeras vias;
Tipo 4: Bairro que se transformou em central devido sua expansão, tem muito mais vias de ligação inter-bairros.
Podemos relacionar esses quatro tipos básicos como o processo gradativode formação de um bairro desde a sua fundação até a sua consolidação ( preenchimento de lotes).
Na histórica evolução de um bairro, mantém-se um padrão “1” de tipologia básica com centralidades lineares ao longo das vias coletoras e estruturais, onde passa o ônibus. O tipo “2” são centralidades polares nos cruzamentos de vias estruturais e estações de transporte coletivo, estes, surgem pelo desenvolvimento de bairros laterais vizinhos.
O tipo 1 nasce de uma ausência de planejamento sem zoneamento, ou regulados, por um zoneamento misto aberto, sem controle sobre essas transformações, como nas Z2 em São Paulo. O tipo 2 é o mesmo caso mas com diferença de entroncamento de 2 vias importantes, podendo ser apenas vias coletoras ou estrutural.
O tipo 3 pode ser de planejamento privado, como o caso da Cia City em São Paulo, ou de planejamento público, como Cohab-SP, Cecap e CDHU-SP. Esse tipo nasce de algum planejamento, destinado às classes médias quando a iniciativa é do loteador, e quando for pública é destinado às classes populares. O tipo 4 nasce do crescimento demográfico de bairros adjascentes e por um processo de adensamento urbano, podendo ser popular ou de classes médias e mistas, um fortalecendo o outro. O traçado de vias pode ser apenas ortogonal, radiocêntrico ou diagonais. Eles podem ter diferentes traçados viários básicos, como o xadrez( hipodâmico) com vias de cruzamento ortogonal, o curvilíneo ( preferido dos desenhistas de cidades-jardins) criando espaços verdes intersticiais, tirando a rigidez do traçado retangular. Devido as críticas, buscou-se quadras inteiras livres de edificações em altura, surgindo o verde intersticial com custo de produção menor. Este é o tecido básico 3( público), no entanto, é prejudicada pela monotonia no caso dos arranjos de prédios altos muito próximos que chamam a atenção de empreiteiras que os produzem mesmo com críticas de seus usuários de baixa e média renda.
As superquadras, como as de Brasília, utilizam conceitos que buscam inovar no traçado viário, em normas de localização dos edifícios de modo que garanta a qualidade paisagística de uma cidade-jardim de prédios horizontais, formando edifícios laminares que geram área verde entre os prédios.
No tipo 4 é difícil a implantação de projetos de requalificação sendo o único instrumento operacional disponível as operações urbanas mas de difícil implantação em bairros de menor renda. No Brasil, a transformação é em espaços urbanos de bairros e tecidos básicos 1 e 2, com seus traçados viários e quadras decorrentes de variada qualidade, depois sua consolidação horizontal em bairros populares e de classe média.
3.1- Problemas e soluções.
Alguns bairros que eram periféricos e se transformaram em centrais, por exemplo, em SP com o crescimento do território. Outros foram planejados pelo loteador ou pelo poder público. Outros foram idealizados como o tipo 3, de alta qualidade urbanística quando foram lançados se transformando em bairros de posição central como o Jardim América e o Pacaembu e recentemente o Alto do Pinheiros.
Devido à falta de planejamento urbano, estes bairros sofrem desvios por dentro de outros bairros por não conter vias aleatórias ou paralelas que façam ligação direta com uma determinada locação.
Dois são os fatores que podem produzir as transformações de acessibilidade dentro de uma lógica de mercado imobiliário, eles são: o aumento do tráfego de passagem em uma via, aumento da densidade demográfica acompanhada de poder aquisitivo. Em processo de transformação urbana, produz aumento ou redução, do valor de troca dos imóveis envolvidos.
Assim vemos que os 4 tipos básicos dependem, não apenas dos traçados viários definidores de quadra, mas também do tamanho dos lotes e das tipologias arquitetônicas construídas. Estas, por sua vez, se distinguem por sua altura, como sua posição mais central ou mais periférica na estrutura urbana da cidade, para se perceber a lógica transformadora para o bem ou para o mal.
O custo de desapropriação para a abertura ou alargamento viário é altíssimo e os custos sociais decorrentes do deslocamento de pessoas e do fechamento de atividades. A remodelação de bairros inteiros pode e deve ser uma meta para aquelas comunidades que estejam descontentes com o seu atual tecido urbano, mas devemos limitar essa intervenção ou talvez possamos, dentro de algum tempo, remodelar bairros inteiros. Com a requisição urbanística, a remodelação de bairros inteiros se tornará financeiramente possível, e recuperará as áreas verdes e espaços institucionais ocupados pela população empobrecida e também de áreas ocupadas pela classe média. E reconhecer que esta remodelação dos empobrecidos é justa, e também refazer os traçado viário e das quadras que possibilitará a melhora radicalmente da qualidade do nosso espaço urbano podre e periférico.
4- Especulação imobiliária e sua influencias na malha urbana
A especulação imobiliária muitas vezes é vista como positiva, pois gera a maior valorização do imóvel e aparentemente isso é vantajoso pra todos, mas pensando a nível social , dentro de uma cidade com várias realidades financeiras, começamos a compreender como se iniciou o processo de surgimento das ditas “favelas” ou áreas periféricas de baixo padrão. A alta valorização dos imóveis acaba provocando esses fenômenos, já que a cada dia a terra é mais cara e em quase todas as cidades existe um defict de moradias por pessoa, sendo assim, aqueles menos favorecidos acabam por se instalar em locais considerados de risco, como beiras de rios e represas, alto de morros, áreas propensas a deslizamentos etc .
Por outro prisma temos uma parcela da população que pode comprar ou alugar um imóvel, mas a localização não os favorece, obrigando-os a pegar, duas , três, quatro conduções por dia.
Muitas vezes acreditamos que essa realidade seja apenas dos grandes centros urbanos e das metrópoles, mas é ai que nos enganamos, nas pequenas cidades, esses fenômenos ocorrem também com freqüência, já que muitas vezes os centros comerciais ou industriais são afastados dos bairros , então compartilhamos de uma mesma realidade, em cidades pequenas e grandes, será esse o preço da urbanização desenfreada ?
4.1- Lugares, não lugares e lugares comuns.
O papel dos monumentos históricos, pontual e exaltam as memórias de um povo ou região, seus feitos e fatos marcantes.
Além de engrandecerem a cultura de seus lugares,servem também como qualificadores de local,onde o autor Candido Malta em seu livro “Reinvente seu bairro” chama os locais com monumentos históricos de “lugares magnéticos” que se contrapõem a “lugares comuns” aonde se tem a circulação de pessoas com intensidade razoável.
Existe também o fenômeno dos “Não Lugares” que o autor qualifica como locais de serviços específicos, como portos e aeroportos . Em sua grande maioria os” lugares magnéticos” e “lugares comuns” são interligados por” não lugares” fazendo assim a malha urbana com maior ou menor fluxo de automóveis e pessoas , nem sempre essas áreas são pensadas, muitas vezes elas vão acontecendo devido a transformação da malha viária .
4.2- Burguesia ambientalista x Burguesia predatória.
São pessoas parte, envolvidas com assuntos coletivos e parte envolvidas com ganhos pessoais, geralmente essas pessoas procuram praticar a cidadania promovendo e providenciando a integração do meio natural com o meio urbano, tornando por exemplo a cidde mais limpa, mais arborizada, comparecendo as assembléias ,defendendo projetos de lei que promovam ciclovias , áreas verdes, áreas de conservação ambiental , parques e bosques.
Essas pessoas por mais que estejam parte ligadas aos seus ganhos pessoais, pensam no coletivo e na qualidade devida da cidade
Outra parcela da população são os burgueses predatórios ,são aqueles que visam o ganho pessoal a cima da qualidade de vida das pessoas, muitas vezes são cidadãos que adquirem terras ou imóveis e os vendem ou alugam a preços exorbitantes pela localização ou apenas por especulação o que impulsiona aos menos favorecidos a irem morar longede seus empregos e em áreas de risco, com moradias irregulares, o que gera outro fenômeno que é o crescimento desenfreado das áreas de risco nas cidades em geral.
5-A importância do planejamento urbano.
A cidade de São Paulo sempre foi referência no Brasil quando se fala em cidade, porém sempre encontrou problemas na questão do planejamento urbano. Isso se deve ao crescimento acelerado sem o planejamento adequado, gerando transtornos difíceis de serem contornados pela consolidação da cidade. Pode-se imaginar que se trata de um problema apenas das grandes metrópoles, porém a falta de planejamento e de definição de uma metodologia de crescimento é visível em praticamente todo o país, causando desastrosos problemas de circulação, moradia, convívio e crescimento, além de atingir esferas mais profundas da urbanidade como a questão da intervenção social e a relação do homem com o espaço.
Existem amparos legais e diretrizes que orientam e norteiam como deve ser esse planejamento, como os Planos Regionais, o Plano Diretor, e o próprio Plano de Bairro, uma possibilidade existente no Plano Diretor. Além dos já citados, os Planos de Transporte, de Uso do Solo e de Habitação têm também um papel importantíssimo na estruturação da forma urbana. Porém para qualquer desses planos atendam as expectativas de qualidade é necessário um roteiro metodológico eficiente e adequado a realidade de cada cidade.
Além disso, a participação do cidadão é extremamente importante, estando ciente dos vínculos básicos entre a estruturação urbana e a formação dos tecidos urbanos, de forma a conscientemente participar da definição da regulação urbanística, planejamento da infraestrutura de serviços urbanos (principalmente de circulação), planejamento das regras de uso do solo (destacadamente as de zoneamento), etc.
Um fator importante no planejamento é a definição legal das densidades populacionais máximas de cada região, resguardando assim as características dos bairros e tendo um maior controle do crescimento da cidade. Além disso, os equipamentos de serviço urbano de toda natureza dependem dessa definição de densidade para seu dimensionamento adequado.
6- Carência Habitacional /Formulação de custos.
A solução da carência habitacional não pode ser realizada sem a capacidade de investido, principalmente para faixa de salário entre 0 e 5 salários mínimos de rende mensal por família. A questão da inclusão social tem por visão em repovoar as áreas que estão diminuindo o número de pessoas de alta, média e baixa renda, e isso passa a acontecer por causa da expulsão, e por isso a política da regulação mobiliaria tenta reverter a expulsão gradativa transferindo as pessoas de baixa e até média renda para outras área inclusive para as pequenas periferias, e tudo isso deve ser feito em cima da ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) e plano diretor, avaliando a capacidade efetiva de ação aprovada ambas pelo plano diretor.
Uma possibilidade mais concreta seria o recurso da CDHU, da caixa econômica federal, e isso depende da capacidade de suporte e das tipologias de zonas tendo assim que esperar as definições serem aprovadas, as pessoas terão desejo de com todo direito interferir nessas definições, principalmente por interesse especulativo imobiliário.
Os planos regionais e os bairros devem sempre participar para tomar conhecimento do cálculo técnico que utiliza sua própria metodologia sendo esses cálculos feitos para pelo menos 3 níveis de organização do território urbano.
6.1- Zoneamento,ruídos e regulação de parâmetros.
Os dois conceitos polares de regulação urbanística são tipos de zonas que tudo onde o uso é permitido ou proibido, o tipo de zona que tudo permite sem que sejam definidos os tipos de zona, ou que define um único tipo básico de zona mista, uma macrozona na verdade, onde todos ou quase todos os usos são permitidos desde que atendam a parâmetros urbanísticos. E essa questão importante corresponde a uma discussão de duas modalidades básicas de zoneamente, como a modalidade tradicional, que cita os usos permitidos por zona com os parâmetros urbanísticos que completam a tipologia do lote e da edificação, com um novo tipo de regulação urbanística que utiliza a flexibilidade obedecendo os parâmetros para não incomodar os vizinhos.
O zoneamento tradicional estabelecido para questão dos ruídos urbanos, tendo uma mistura entre o conceito de zonas com categorias de uso permitidos e um outro conceito onde a proximidade de determinados usos é permitida desde que atenda os parâmetros permitidos.
O plano diretor fez uma opção básica pela existência dos tipos de zonas sendo combinadas em diversas modalidades e devem ser avaliadas em seus prós e contras.
Em São Paulo a prática de ruídos é muito alta, e a vida de muitos cidadãos passam a ser muito perturbadas por bares e restaurantes que existem ao lado ou nas proximidades, havendo ali muitas denúncias, sendo que muitos que se cansaram de tentar acabaram se acomodando com a situação tento em vista tolerando a lei que não se pode ultrapassar uma certa quantidade de volume. E como resultado os cidadãos passaram a agüentar essas situações se revestindo de uma carapaça emocional.
A regulação paramétrica á aquela onde todos os usos podem estar ao lado de todos os outros, desde que passam a obedecer aos parâmetros de incomodidade, sabendo que é mostrar a impossibilidade de se usar parâmetros como uma regra geral no papel de medidores de incomodidade provocada.
Sendo a falta de insolação, falta de ventilação e falta de espaço verdes (espaço de terreno como cobertura vegetal), esta é a primeira lista de possível incomodidade, segundo a regulação paramétrica para resolver essa questão da insolação teríamos que estabelecer uma quantidade de horas de insolação mínima a que todo cidadão deveria ter direito de estar exposto, sendo apenas essa regra a ser fixada.
Sendo cada projeto de edificação examinado para aprovação do poder público, não havendo recuos obrigatórios pois essas distancias divididas caso a caso, conforme os projetos dos loteamentos fossem apresentados para atender aos parâmetros fixados. Sabendo que a sua margem de escolha iria se diminuindo, chegando a situação de não haver um mínimo de horas de insolação a quem tem direito.
E o mesmo raciocínio podemos levar para a ventilação, onde no caso a passagem do ar várias vezes por minuto, com determinada velocidade, sendo que os primeiros a ocuparem terão um maior grau de liberdade e os últimos nem tanto, sendo isso uma injustiça.
Para área verde os parâmetros da regulação paramétrica exigiriam para um bairro ou uma quadra a obediência de um nível mínimo de verde a ser observado no seu e não a regra para cada lote, onde a flexibilidade acaba causando uma desigualdade no tratamento dos cidadãos.
Agora a incomodidade resultante a geração de trafego também traz grande incomodo, mas isso é gerado por nós mesmos, com trafego de veículos, pedestres, ciclistas, transporte coletivo, e individual, e o controle de trafego é crucial para garantirmos a nossa maior ou menor tranquilidade desejada.
Os parâmetros que entra na formulação do zoneamento tradicional, analisam o que será proibido ou permitido para que não provoque congestionamento e para que os investimentos que são feitos pela cidade sejam plenamente utilizados se possível.
Sabendo que é obviamente impossível ao cidadão comum fiscalizar quem está cumprindo o acordo, que acaba passando a assumir um caráter privado, pois mesmo sendo público em sua natureza, pois acaba exigindo um esforço insano dos vizinhos incomodados.
O “tudo pode desde que obedeça parâmetros”, na maioria dos casos os que querem introduzir esse tipo de legislação na verdade querem é acabar com qualquer controle.
Isso leva a dimensão antissocial de um mercado de propinas, onde nele o lucro que se obtém com a realização da lei é comparado ao custo gasto com agentes fiscais, membros corruptos do poder público, declarados especuladores imobiliários ou favorecedores dela.
7- Estudos de impacto /poluição.
Hoje grande parte domundo sofre com problemas causados devido à poluição da natureza, um bom exemplo são algumas indústrias, empresas, entre outros órgãos que contribuem de maneira negativa para essa condição . Sabemos que diversas delas soltam grandes poluentes no ar, na água e no solo; isso se tornou um assunto muito difundido e de grande importância . Hoje devido a tantas discuções e loudos comprobatórios encontramos leis que tentam combater e coibir esses processos negativos,tentam sempre fiscalizar essas áreas e como incentivo esses locais que se emcaixm nos novos parametros ambientais recebem as denominadas IS0 9000. No processo de zoneamento deve-se analisar o espaço, a forma e função do tal. Por esse motivo determinados lugares afastados acabam se tornando um espaço industrial, para não atingir tanto a população que está no entorno. Hohe as empresas se preocupam mais com questões ambientais ,devido as novas leis hoje em vigor.
7.1- Qualidade ambiental de moradia / zonas corredor
Há várias formas de urbanização no plano diretor, no estudo o grande foco é a melhor maneira e a eficácia de uma implantação correta. Com as grandes construções as áreas verdes desses espaços acabam sumindo. Os lotes vão sendo ocupados, dependendo do local esses moradores nem plantam por falta de espaço. Mas vemos também locais onde se encontram diversas tipos de plantações nas ruas, em casas e etc. E esses espaços são valorizados, pois oferecem um conforto melhor. A qualidade e o bem-estar dos que estão por perto melhoram sem sombra de dúvidas.
Zonas corredores são de formatos lineares, com permissão de comércio compatível com a vizinhança. Nela encontram-se residências e pontos comercias, sem que se torne um grande problema.
8.0. Planos de bairro e escola.
Nos anos de 1990 e 1991, elaboramos para a FDE (fundação para o desenvolvimento da educação), 6 planos diretores de bairro de caráter pioneiro no Brasil.
Tratou-se da primeira elaboração de planos diretores de bairro de modo participativo.devido á preocupação da FDE com a inserção de escolas de 1º e 2º grau nos bairros, buscando evitar especialmente a depredação constante dos edifícios, por meio de seu presidente Cesar Callegar, quis houvesse uma participação maior da comunidade no seu planejamento. Propusemos que se desenvolvesse planos diretores do bairro onde a escola estava sendo construída, com a participação da direção da escola, quando houvesse, e da associação de moradores que reivindicava a escola 
 Excelente experiência pedagógica, mas que foi parcialmente praticada. 
8.1. A especulação imobiliária como impulsionadora de empregos
É comum ouvirmos dos especuladores imobiliários que, permitindo-se construir prédios de maior altura ou com mais metros quadrados em um mesmo terreno, ou permitindo-se construir onde é proibido, aumenta-se o efeito de emprego. 
Só seria verdade caso o zoneamento fosse restritivo como um todo, de modo que a oferta de potencial construtivo fosse inferior à demanda dos interessados em construir.
Ocorre que o potencial construtivo para todos os usos que se deseja é muito superior à demanda. Vemos que o potencial construtivo disponível permitiria abrigar o total das atividades hoje existentes.
Os especuladores querem é construir mais e mais nos Bairros de maior prestígio sem si preocupar com a sobrecarga ou qualidade.
para conseguir que o preço se torne compatível, é necessário implementar políticas públicas que consigam baixar o preço dos terrenos e aluguéis e, de outro, ampliar a oferta pública de habitação popular. 
Á medida que a cidade vai se congestionando por excesso de prédios e alto, ou lojas em determinada área, como em corredores de transporte, o que teremos será um aumento de “deseconomias de aglomeração”, ou seja, mais horas no trânsito, menos dinheiro.
Exigir que o sistema de circulação seja planejado em conjunto com o zoneamento. São esses os fatores determinantes do seu bairro e do futuro da cidade. Só reverteremos a degradação gradativa e já acelerada de nossa qualidade de vida quando a nossa força de cidadão superar a de cidadãos especiais. Mas na verdade defendem interesses do que, para ganhar, depredam a nossa qualidade de vida.
CONCLUSÃO
Após diversos questionamentos e reflexões sobre as informações obtidas foi possível concluir que o planejamento é a base fundamental de qualquer estruturação urbana. Além disso, o equilíbrio entre as questões sociais, imobiliárias e ambientais é fundamental para que exista a perfeita sincronização de interesses e a inclusão do cidadão na urbanidade, em uma relação saudável e produtiva.
A cidade por si só é um elemento vivo, em constante modificação, com uma diversidade incrível de bairros e características próprias. Porém é preciso diretrizes para controlar e direcionar essa força constante, de forma que ela trabalhe a favor do ser humano e não contra ele. O que vivenciamos hoje em dia é o massacrante crescimento urbano aos quais estamos sujeitos e teoricamente imobilizados de agir. Congestionamentos, poluição visual, sonora, perda de espaços públicos e de convivência, elitização de áreas infra estruturadas de encontro à marginalização urbana da classe média/baixa, especulação imobiliária, todos sérios problemas urbanos vivenciados nos dias de hoje. Porém com esforços adequados e soluções coletivas podemos mudar a situação, resgatando a essência de coletividade, de viver em conjunto, e evitando futuros problemas aos quais não poderemos mais intervir.
A questão financeira é forte e muito presente no urbanismo brasileiro, chegando ao ponto de ultrapassar os limites salubres necessários para o bem-estar na cidade. A especulação financeira é tão inserida na questão imobiliária brasileira que muitas vezes as próprias decisões governamentais são baseadas em tais esquemas. Porém, com o exercício da cidadania por todos os moradores da urbe, é possível contornar essa triste situação que vivenciamos nos dias de hoje.
A cidade sempre foi e sempre será um elemento complexo, com suas peculiaridades e defeitos. Porém, cabe a nós, cidadãos, valorizá-la e cobrar das autoridades melhorias e intervenções. A informação é a melhor aliada, e a participação pública é capaz de operar mudanças nessa instituição tão importante conhecida como cidade.
Lorena 2016

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