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Antibioticoterapia e Resistência Bacteriana

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Isador� Silvestr�
. antibioticoterapi� .
ESTRUTURA E METABOLISMO DAS BACTÉRIAS
Características
● Procariontes
● Parede celular - peptideoglicanos em todas as formas de bactérias, exceto no Mycoplasma
● Membrana celular (fosfolipídica)
↳ Na bactéria, a membrana plasmática não contém esteróis (p. ex., colesterol), e isso pode
modificar a entrada de algumas substâncias químicas
● Não existe mitocôndria
ENVELOPE BACTERIANO = Parede celular + Membrana celular
**Algumas bactérias possuem uma proteção a mais → isso determina se ela concentra o corante ou
não (Gram - ou Gram +)
➔ Nas bactérias Gram-negativas, essa membrana previne a penetração de alguns agente
antibacterianos
CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS
1. Antibacterianos bacteriostáticos
Inibem a proliferação das bactérias → e isso faz com que o organismo do hospedeiro expulse a
bactérias
*Eles não matam a bactéria
Esses fármacos são menos eficazes para pacientes que são imunocomprometidos ou quando
as bactérias estiverem dormentes e não se dividindo
2. Antibacterianos bactericidas
Matam as bactérias; causa lise da bactéria. A lise bacteriana pode liberar substâncias que causam
efeitos indesejáveis no organismo humano. Alguns fármacos bactericidas são mais eficazes quando
as células bacterianas estão se dividindo ativamente e, portanto, podem ser menos eficazes se
administrados em conjunto com um fármaco bacteriostático
Isador� Silvestr�
**Para que os antibacterianos sejam bactericidas, devem ser administrados na concentração
adequada; uma concentração muito baixa pode torná-los apenas bacteriostáticos
Mecanismo de Ação
● Inibição da síntese de peptideoglicanos da parede celular bacteriana ou ativação de enzimas
que atuam na parede celular. Exemplos: β-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas,
monobactâmicos e carbapenêmicos), glicopeptídeos, fosfomicina
● Aumento da permeabilidade da membrana de fosfolipídios de células bacterianas, levando
ao vazamento de conteúdos intracelulares. Exemplos: polimixinas e daptomicina
● Prejuízo à função ribossômica bacteriana, produzindo inibição reversível da síntese proteica.
Exemplos: aminoglicosídeos, macrolídeos, lincosamidas, tetraciclinas, glicilciclinas,
estreptograminas, oxazolidinonas, cloranfenicol
● Bloqueio seletivo de vias metabólicas bacterianas. Exemplos: trimetoprima e sulfonamidas
● Interferência no metabolismo de DNA ou RNA bacteriano. Exemplos: fluoroquinolonas,
rifamicinas, nitroimidazóis, nitrofuranos
**Os glicopeptídeos não tem atividade sobre as bactérias gram negativa
RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA
A resistência antimicrobiana é a capacidade que os micróbios possuem para crescer na presença de
um fármaco que normalmente os matariam ou limitariam seu crescimento
Pode ser:
● Intrínseca (resistência inata): ocorre independente de o indivíduo usar ou não o
antibacteriano; a bactéria não vai responder. Por exemplo, Mycoplasma não responde à
penicilina, pois não tem cápsula
● Adquirida por modificação de sua estrutura genética (resistência adquirida): ocorre quando o
tratamento é interrompido antes do tempo necessário; assim, ficam cepas resistentes
Isador� Silvestr�
Como a bactéria pode adquirir resistência aos fármacos antibacterianos?
1. Produzindo enzimas que inativam o fármaco. os exemplos são as enzimas β-lactamases,
que inativam algumas penicilinas, e enzimas que acetilam e, consequentemente, inativam os
aminoglicosídeos;
2. Modificação da bactéria para que a penetração do fármaco seja reduzida; um exemplo é a
ausência da proteína de membrana porina D2 em Pseudomonas aeruginosa resistente, que
previne a penetração do antibacteriano β-lactâmico Imipenem;
3. Expressão de bombas de efluxo que removem o antibacteriano da célula mais rapidamente
do que sua entrada; um exemplo são as bombas de efluxo de Staphylococcus aureus frente
às quinolonas;
4. Alteração estrutural na molécula-alvo para o fármaco antibacteriano; como exemplos, têm-se
proteínas de ligação à penicilina mutantes em enterococos resistentes que têm baixa
afinidade pela ligação às cefalosporinas, e di-hidrofolato redutase mutada que não é inibida
pela trimetoprima
Isador� Silvestr�
TIPOS E OBJETIVOS DO TRATAMENTO ANTIMICROBIANO
ESCOLHA DO ANTIBIÓTICO
Isador� Silvestr�
A concentração inibitória mínima (CIM) corresponde à menor concentração do fármaco capaz de
inibir a multiplicação de determinada cepa bacteriana
➔ Está relacionada com concentrações plasmáticas obtidas que não são tóxicas
Isador� Silvestr�
PRINCIPAIS CLASSES DE ANTIBIÓTICOS
Isador� Silvestr�
● Os β-lactâmicos atuam inibindo a síntese da parede celular e são representados pela
penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos, monobactâmicos e inibidores de β-lactamases
● Os glicopeptídeos também atuam inibindo a síntese da parede celular, sendo bacteriostáticos
contra Enterococcus e sem atividade contra Gram negativos. São representados pela
Vancomicina e Teicoplanina
Inibidore� d� síntes� d� pared� celula� - bet�-lactâmic��
Esse grupo consegue tratar vários tipos de infecção (infecção respiratória e de pele)
➔ Principalmente gram +, mas também trata gram -
➔ São fármacos seguros (criança e gestante)
Mecanismo de Resistência
Os principais mecanismos de resistência são:
● Produção de betalactamase: enzimas capazes de inativar a ligação da bactéria com o
antibiótico através da hidrólise de seu anel principal. Este vai ser o principal mecanismo
de resistência dos Gram negativos
● PBP com baixa afinidade pelo antibiótico devido a uma ligação fraca a esta proteína
● Canais proteicos que dificultam/impedem passagem do antibiótico
**Chlamydia e Mycoplasma não tem parede, então os beta lactâmicos não agem nelas
Se estiver diante de uma infecção muito difícil de se resolver e estiver usando algum desses
antibióticos citados (penicilina, cefalosporina), não estiver resolvendo e precisar trocar o
antibiótico, não precisa trocar por um antibiótico de um outro grupo, basta ter o conhecimento da
molécula e saber que pode usar uma molécula diferente (mais estável) e permanecendo dentro no
mesmo grupo dos betalactâmicos (monobactâmico ou carbapenêmico)
Exemplo: STAPHYLOCOCCUS AUREUS - Algumas delas produzem beta lactamases (enzimas
que destroem os anéis beta lactâmicos)
PENICILINA
- Bactericida
Agem inibindo a síntese da parede bacteriana de Gram-positivos e Gram-negativos
Isador� Silvestr�
A penicilina G e a oxacilina são ineficazes contra a maioria dos Gram-negativos justamente por
não conseguirem atravessar as 'porinas' da membrana externa, o que não acontece com as
aminopenicilinas (ampicilina, amoxicilina) e·outras penicilinas de nova geração
Classificação das Penicilinas
Penicilinas Naturais
★ Penicilina G Benzatina (Benzetacil)
● Via de adm.: IM
● Usada em infecções mais arrastadas/profilaxias
● Meia vida longa
● Penetração ruim no SNC
Cobertura: Estrepto e enterococos, (trata infecção de garganta no ciclo de emergência), neisseria
(meningococo), anaeróbicos e outros (ex. treponemas), mas não cobre estafilococos
Aplicação prática
● Tratamento de sífilis (exceto neurossífilis)
● Profilaxia para febre reumática → secundária a faringo amigdalites de repetição causada
pelo S. pyogenes
● Profilaxia para endocardite → causada pelo S.viridans
★ Penicilina G Cristalina
● Via de adm.: IV
● Usada em infecções mais agudas/graves
● Meia vida curta (4 hrs)
● Boa penetração no SNC → trata neurossífilis
Cobertura: Estrepto e enterococos, neisseria (meningococo), anaeróbios e outros (ex. treponemas),
mas não cobre estafilococos
Aplicação prática
● Infecções por S. pneumoniae → IVAS, PAC e meningites (exceto em RN)
● S. pyogenes → piodermites e faringoamigdalites
● S. agalactiae → meningite e sepse do RN
● S. viridans → endocardites
★ Penicilina G procaína
● Via de adm.: IM de 12/12h
● Espectro de ação semelhante
● Pouco usada na prática
★ Penicilina V oral
● Via de adm.: VO de 6/6h
● Espectro de ação semelhante
● Pouco usada na prática
● Não é usada para tratamento de bacteremia (baixa absorção)
● Estávelem ácido: Usada VO principalmente para INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS
SUPERIORES
Penicilinas Penicilinase-Resistente - Antiestafilocócicas
★ Oxacilina e Meticilina
● Grande vantagem: cobrir Staphylococcus aureus
● Resistentes a ação das beta lactamases das MSSA
Isador� Silvestr�
Aplicação prática
● Infecções de pele e partes moles
● Abcessos
● Pneumonia
● Estafilococcias
Penicilina Semissintéticas - Aminopenicilinas
★ Amoxicilina e Ampicilina
● Via de adm.: VO e IV
● Vantagem: espectro um pouco maior que as penicilinas naturais → alargam para G -
● Cruzam a BHE inflamada
Cobertura: Estreptococos, enterococos, listeria, neisseria (meningococo), hemófilos, mas não cobre
estafilococos e outros germes G -
Aplicação prática
● Infecções por S. pneumoniae → IVAS (rinossinusite, otite etc.), PAC e meningites do RN, S.
pyogenis → piodermites e faringoamigdalites, S. galactiae → meningite e sepse do RN, S.
viridans → endocardites
● ATB de cabeça e pescoço e dos neonatologistas
● Resistência dos hemófilos
Penicilinas Anti-pseudomonas
★ Piperacilina, Ticarcilina e Carbenicilina
● Via de adm.: (ambiente intra hospitalar)
● Vantagem: espectro mais potente p G - produtores de beta lactamase →
comunitários (PNEUMONIA NOSOCOMIAL)
● Usadas na prática com inibidores de beta lactamase
Cobertura: Proteus, Enterobacter e Pseudomonas
**Não pega pseudomonas intra hospitalares
Aplicação prática
● 1° ou 2° escolha (ou cefalosporina de 4°geração) → Enterobactérias hospitalares
● Pseudomonas hospitalares → Carbenicilina + Aminoglicosídeo
Penicilinas com inibidores de beta lactamase
★ Amoxicilina - Clavulanato (clavulin), Piperacilina - Tazobactam (Tazocin), Ampicilina -
Sulbactam
● Via de adm.: VO e IV
● Vantagem: ampliar o espectro de ação contra G+ e G-
Cobertura: Hemófilos, anaeróbios, MSSA, pseudomonas (comunitárias) e enterobactérias
Aplicação prática
● Amoxi-clavu: sinusite crônica, IVAS (pediatria), pé diabético infectado, mordedura de animais
etc
● Ampi-Sulbactam: idem a Amoxi-Clav + parenteral + cobertura para acinetobacter
● Piperacilina - tazobactam: infecções intra abdominais por G- resistentes (pseudomonas e
enterobactérias)
Espectro de ação
Isador� Silvestr�
Aplicação Clínica
Isador� Silvestr�
Farmacocinética
● Absorção
➔ São ácidos fracos → mais absorvidos quando ph é baixo
➔ Por VO ele é pouco ou não absorvido. Apenas as formas sintéticas e semissintéticas,
como a amoxicilina, são melhor absorvidas
O horário de administração das penicilinas, com exceção da amoxicilina oral, deve ser de 1 a 2
horas antes ou depois das refeições, pois se tomadas com alimento podem alterar a ligação às
proteínas alimentares e a ativação por ácido
● Distribuição
➔ Se ligam a albumina → torna´se mais hidrossolúvel → chega em todo organismo
➔ A penicilina pode atingir quase todos os pontos do organismo, em diferentes
concentrações, chegando a barreira hemato-encefálica quando esta se encontra
inflamada
● Metabolismo
➔ As penicilinas sofrem biotransformação. Elas são quase todas transformadas no
ácido penicilóico correspondente
● Excreção
➔ Renal, no leite e no escarro
➔ A oxacilina é excretada tanto por via renal como biliar, portanto não é necessário
fazer ajuste da dose em casos de insuficiência renal. Já depuração da nafcilina
ocorre principalmente por excreção biliar
Farmacodinâmica
● Meia vida curta (< 1 hora) → É necessário fazer várias adms. durante o dia para que
mantenha a CMI
● Todos os agentes parenterais devem ser administrados a cada quatro horas quando
tratamento de infecções sistêmicas graves em pacientes com função renal normal
Isador� Silvestr�
● *A piperacilina possui farmacocinética dependente de doses e meia-vida mais longa quando
doses mais altas são administradas
Tabela para associação devido que alguns bactérias desenvolveram resistência
Efeitos Adversos
● Toxicidade Renal: Nefrite intersticial alérgica, e é mais comum com oxacilina. O paciente
apresenta febre, “rash”, hematúria e eosinofilia. Deve-se suspender imediatamente o
medicamento. Se o uso for mantido pode ocorrer insuficiência renal irreversível
● Neurotoxicidade: em pacientes com insuficiência renal prévia, que faz uso de doses elevadas
de penicilinas, pode ocorrer convulsões e problemas musculares. Deve-se retirar o
medicamento, pois são refratárias aos anticonvulsivantes
● Reações de hipersensibilidade: ocorre aproximadamente 8% dos pacientes e em especial
com a benzilpenicilina, apesar de estes fármacos apresentarem pouca toxicidade. Essas
reações podem variar desde uma reação urticariforme até choque anafilático
● Toxicidade hematológica: rara. Porém pode acontecer trombocitopenia e a anemia
hemolítica. Pode ocorrer leucopenia dose e tempo-dependente e desordens hemorrágicas,
devido a alterações na agregação plaquetária
● Manifestações cutâneas: ocorrem mais frequentemente com as aminopenicilinas,
geralmente de forma tardia e entre 1 a 10% dos pacientes. Podem variar desde rubor
(eritema), rash cutâneo (erupções vermelhas), placas urticariformes, até síndrome de
Stevens-Johnson em casos mais raros
Interações Medicamentosas
Algumas medicações podem interagir com a penicilina, são elas:
● Probenecida: é um agente uricosúrico. Ele irá inibir a excreção renal de penicilina,
prolongando seu efeito
● Anticoncepcionais: pode reduzir a eficácia dos anticoncepcionais orais
● Carbenicilina: as carboxipenicilinas podem inativar a gentamicina ou tobramicina, se forem
administradas em conjunto na mesma mistura. Devido a isso, precisam ser administradas
separadamente quando a associação é necessária
Isador� Silvestr�
CEFALOSPORINA
Características
● Meia vida mais curta
● Alternativa terapêutica - resistência bacteriana e em caso de reação alérgica grave, usa-se a
cefalosporinas
● Amplo espectro de ação, cobrindo bactérias Gram + (G+), Gram - (G-), aeróbias e
anaeróbias, não cobrem enterococos
● Vasta aplicabilidade clínica, abrangendo desde infecções localizadas até condições mais
grave
● Reações adversas semelhantes a penicilina
Mecanismo de ação e resistência
Atuam como agente bactericida → inibe a produção da parede bacteriana
Isador� Silvestr�
★ Como as bactérias criam um mecanismo de resistência contra os antibióticos?
1. Produção de beta-lactamases
2. Perda de porinas
3. Via PBP-relacionada
Classificação
● Primeira geração: cefalexina, cefadroxila, cefazolina e cefalotina;
● Segunda geração: cefuroxima, cefaclor e cefoxitina;
● Terceira geração: ceftriaxona, cefotaxima e ceftazidima;
● Quarta geração: cefepime;
● Quinta geração: ceftarolina e ceftobiprole;
● Outras cefalosporinas: cefiderocol
Farmacocinética
● Meia vida curta (geralmente no máximo 1 hora) - devem ser administradas a cada 4 horas no
tratamento de infecções sistêmicas graves
Exceto a cefazolina e a ceftriaxona que, por possuírem meia-vida mais longa, podem ser
administradas a cada 8 e 24 horas, respectivamente
● Devem ter sua dose ajustada em caso de insuficiência renal, EXCETO a ceftriaxona, cuja
excreção é biliar
● Todas as cefalosporinas atingem concentrações terapêuticas nos fluidos corporais: líquidos
pleural, pericárdico, peritoneal e sinovial, assim como na urina
As cefalosporinas de primeira e segunda gerações (exceto a cefuroxima) não atravessam a
BHE, não sendo, dessa forma, indicados para infecções no SNC
Farmacodinâmica
As cefalosporinas chegam até o sítio da infecção (seja óssea, cutânea, sanguínea, de líquidos
corporais ou de partes moles) e atuam sobre as bactérias, inibindo a síntese da parede bacteriana
Contraindicação
Durante o aleitamento → uma vez que estas passam para o leite e podem modificar a flora intestinal
do lactente
Efeitos Adversos
● Diarreia por Clostridium difficile (colite pseudomembranosa)
● Tromboflebite
● Trombocitopenia
Isador� Silvestr�
● Leucopenia
● Reações alérgicas (mais comum o exantema / urticária e a anafilaxia são raras
Toxicidade
● Deve ser evitada em neonatos (≤28 dias), se estiverem recebendo ou se espera que
recebam produtos contendo cálcio intravenoso(entre estes a solução de Ringer ou a nutrição
parenteral)
1° GERAÇÃO
★ Cefalexina (VO), Cefadroxila (VO), Cefazolina (PARENTERAL), e Cefalotina (PARENTERAL)
● Via de adm.: VO e IV
● Penetração ruim no SNC
Cobertura: G+ estreptos e estafilos comunitários
Aplicação clínica
● Infecções cutâneas, de partes moles, ósseas e de articulações
● Faringites estreptocócicas
● Profilaxia cirúrgica (em cirurgias limpas e potencialmente contaminadas)
● Infecções por S. pneumoniae, S. pyogenis, S. agalactiae e S. viridans
**Não costuma ser usada em infeções mais graves
Via parenteral: Cefazolina → Ação contra Staphylococcus produtores de penicilinases
2° GERAÇÃO
● Haemophilus influenzae (cefuroxima) e bacteroides (cefoxitina)
Tem boa penetração no SNC e espectro de ação mais amplo, cobrindo anaeróbios e alguns bacilos
G-, como enterobactérias (comunitárias) e Haemophilus, mas perdem o espectro de ação contra
Staphylococcus e Streptococcus quando comparadas à primeira geração
Aplicação Clínica
➔ Infecções gastrointestinais causadas por Klebsiella, Salmonella, Shigella ou Escherichia e
para infecções por anaeróbios, sendo um dos melhores antibióticos para o combate deste
tipo de bactéria
➔ A cefuroxima pode ser utilizada para profilaxia cirúrgica
**As cefalosporinas desta geração são fortes indutoras de beta-lactamases, motivo pelo qual é
importante evitar a monoterapia, ou seja, dar preferência ao uso combinado da cefalosporina com um
inibidor de beta-lactamases
3° GERAÇÃO
● Ceftazidima, Ceftriaxona e Cefotaxima
Mais utilizada, tendo excelente penetração no SNC e em líquidos teciduais
Aplicação Clínica
Isador� Silvestr�
➔ Neisserias, Streptococcus (sensíveis e resistentes), pseudomonas, Haemophilus influenzae;
além de alta atividade contra Enterobacteriaceae (Escherichia coli, Proteus mirabilis, Proteus
indol-positiva, Klebsiella, Enterobacter, Serratia, Citrobacter)
➔ Primeira escolha para meningites gram-negativas causadas por Enterobacteriaceae
➔ Podem também ser alternativas úteis para os aminoglicosídeos no tratamento de infecções
por bactérias resistentes a outros antibióticos beta-lactâmicos, particularmente no paciente
com disfunção renal
Boa ação anti-pseudomonas X Fraca atividade contra pseudomonas
(ceftazidima) (ceftriaxona e cefotaxima)
Ceftriaxona
● Utilizada para a meningite meningocócica e para a gonorreia
● Efetiva contra infecções por Streptococcus resistentes e enterobactérias (Escherichia coli,
Klebsiella, Shigella, Salmonella)
4° GERAÇÃO
● Cefepime
Boa penetração no SNC
**É a união das coberturas das cefalosporinas de primeira e de terceira gerações
Aplicação Clínica
➔ Streptococcus (sejam sensíveis ou resistentes), Staphylococcus aureus meticilino-sensíveis
(MSSA) até Haemophilus, pseudomonas, neisserias e enterobactérias (incluindo o grupo
PESC – Providencia, Proteus, Enterobacter, Serratia e Citrobacter)
➔ Costuma ser usado contra germes intra-hospitalares, cuja gravidade tende a ser maior
➔ Infecções hospitalares, como pneumonias nosocomiais
➔ Enterobactérias mais resistentes, assim como em casos de neutropenia febril
Efeitos Colaterais
● Convulsões
**Quando isso ocorre ou há falha terapêutica, a opção principal torna-se a combinação
piperacilina-tazobactam (tazocin)
5° GERAÇÃO
Esta droga possui espectro de ação semelhante à ceftriaxona, porém tem atividade melhor contra
G+, e trouxe como principal vantagem a ampliação do espectro de ação das cefalosporinas, cobrindo
Staphylococcus aureus meticilino-resistente (MRSA) e enterococcus
Desvantagem: Não possui ação relevante contra alguns anaeróbios
Aplicação Clínica
➔ Infecções de pele e partes moles complicadas
**Os dois representantes da quinta geração são bastante utilizados em infecções por Gram -, em
ambiente intra-hospitalar, muitas vezes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI)
**A ceftarolina não possui ação anti-pseudomonas e o ceftobiprole não possui ação contra
bacteroides
Isador� Silvestr�
CARBAPENÊMICOS
Esses antibióticos possuem espectro de atividade mais amplo que a maioria dos outros do mesmo
grupo
Todos os carbapenêmicos devem ser usados com cautela em pacientes com disfunção renal
→ porque eles atingem altas concentrações no líquido intersticial de vários tecidos corporais e são
metabolizados e excretados principalmente pelos rins
Imipenem
Aspecto Clínico
➔ Estreptococos (inclusive o S. pneumoniae resistente à penicilina), os enterococos (com
exceção do E. faecium e as cepas resistentes às penicilinas não produtoras de
beta-lactamase), os estafilococos e a Listeria, são todos sensíveis, sendo excelente contra
as Enterobacteriaceae, incluindo os microrganismos que são resistentes às cefalosporinas.
**A maioria das cepas de Pseudomonas e Acinetobacter é resistente a esse medicamento
Farmacocinética
● Via de adm.: parenteral
Isador� Silvestr�
**Não é uma droga absorvida por via oral.
● Rapidamente hidrolisado por uma dehidropeptidase - por isso a necessidade de sua
combinação com a cilastatina - fármaco que inibe a degradação do imipenem pela DH1,
aumentando assim o seu tempo de meia-vida
● Necessário ajuste de dose nos pacientes que possuem algum grau de insuficiência renal
Reações Adversas
● Náuseas, vômitos e diarreias
● Convulsões (quando administradas altas doses)
Indicações Terapêuticas
A combinação (imipenem-cilastatina) é muito eficaz no tratamento de uma ampla variedade de
infecções, tais como:
● Infecções do trato urinário
● Infecções das vias respiratórias inferiores;
● Infecções intra-abdominais e ginecológica
● Infecções da pele, dos tecidos moles, dos ossos e das articulações
● Infecções hospitalares resistentes às cefalosporinas, inclusive Citrobacter freundii e espécies
de Enterobacter
Meropenem
Espectro menor em relação aos cocos gram-positivos
Farmacocinética
● Via de adm.: parenteral
● Boa penetração no Sistema Nervoso Central (SNC)
● Meia-vida maior do que o imipenem
● Não precisa ser administrado com a cilastatina, pois ele não é sensível à DH1
Efeitos Adversos
● Sua toxicidade assemelha-se a do imipenem, mas tem menor tendência a provocar
convulsões
Indicações Terapêuticas: Meningite bacteriana
Ertapenem
Possui uma atividade antimicrobiana inferior aos outros dois medicamentos dessa classe no que diz
respeito à atuação contra a P. aeruginosa e espécies de Acinetobacter. Porém, possui um melhor
espectro na cobertura de bactérias gram-positivas, Enterobacteriaceae e anaeróbios
Farmacocinética
● Via de adm.: intravenosa e intramuscular
● Maior meia-vida, cerca de 24h. Por isso, pode ser utilizado de forma domiciliar
Reações Adversas
● Flebite
● Diarreia
● Náuseas
Isador� Silvestr�
● Vômitos
Indicações Terapêuticas: infecções intra-abdominais e pélvicas, bem como no caso de infecções
prolongadas por germes gram-negativos
Outros carbapenêmicos
O Doripenem tem um espectro de atividade semelhante ao imipenem e do meropenem e apresenta
uma maior potência contra P. aeruginosa.
➔ Possui uma boa eficácia para tratar infecções do trato urinário complicados e infecções
intra-abdominais
MONOBACTÂMICOS
Aztreonam
É um antibiótico resistente a muitas beta-lactamases, mas não resiste à ação das beta-lactamases
da Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC)
➔ Sua eficácia está restrita às bactérias gram-negativas, não possuindo qualquer atividade
contra as bactérias gram-positivas e microrganismos anaeróbios
➔ Possui uma atividade excelente contra as Enterobacteriaceae e contra P. aeruginosa, além
de boa atividade contra H. influenzae e gonococos
Farmacocinética
● Via de adm.: via intramuscular ou intravenosa
● Sua meia-vida é de aproximadamente 1,7h e a maior parte dele é recuperada em sua forma
inalterada na urina
Nos pacientes anéfricos a meia-vida aumenta para cerca de 6h
Efeitos Adversos
Isador� Silvestr�
● Flebite, erupções cutâneas e ocasionalmente, testes de função hepáticas anormais
Os pacientes alérgicos às penicilinas ou às cefalosporinas parecem não reagir ao aztreonam,
com exceção da ceftazidimaIndicações Terapêuticas
● Infecções causadas por microrganismos gram-negativos, que normalmente seriam tratadas
com um antibiótico beta-lactâmico. Logo, observa-se que pode ser uma alternativa para os
pacientes alérgicos aos outros beta-lactâmicos

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