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AdolescênciaAdolescênciaAdolescência O que fazer para os outros perceberem que eu tenho sonhos, vontades e escolhas próprias? Que m e u so u? O que eu quero? Para o adolescente o corpo já não é o mesmo, parece estranho: Tem a impressão de que sobram pernas e braços, tropeçam em tudo, aparecem pelos, os seios das meninas começam a crescer, elas menstruam e surgem espinhas horrorosas – se olham no espelho e não se reconhece. É difícil ter clareza sobre essas mudanças. O adolescente intui que elas estão ocorrendo, mas como elas fazem parte de um processo que leva alguns anos para acontecer, fica difícil para os adultos e para os próprios adolescentes terem consciência dessas transformações. Por volta dos 10 ou 11 anos, a criança percebe que já não é mais pequena. Quem tem 11 ou 12 anos é grande e quer ser tratado como tal. É por volta desse período que começam as mudanças físicas: no início, nem dá para notá-las, depois, já começa a perceber que a calça ficou curta e a manga do moletom também. Esses são alguns dos questionamentos presentes na fase da adolescência, caraterizada como a passagem da infância e preparação para a fase adulta. A despedida da infância ocorre em um momento indeterminado. É um processo que se inicia por volta dos 11 ou 12 anos, com a chegada da puberdade, e termina quando a pessoa se sente adulta, isto é, quando não tem medo de assumir responsabilidade por seus atos e quando é reconhecida como tal. As primeiras mudanças do corpo, que é o início da puberdade. Sentimento de que não é mais crianças, mas ainda não é bem-vindos ao mundo adulto. Os adolescentes vivem o conflito de querer ser pequeno quando as coisas ficam muito difíceis de resolver e decidir e grande quando a ocasião parece feita para isso, mas a realidade é diferente e, muitas vezes, traz frustrações. De acordo com Azevedo (2003), a adolescência começa com: Ocorrem mud anças no corpo, n o comp ortamen to e nos esta dos emo cionais. O jeito de enca rar o mu ndo, a famíli a e os amigo s se transform a e tud o isso ao mesmo tempo, gerando um turbilhão incon trolável de sentime ntos. Nicolle Marcondes 1 Pais ou responsáveis se veem confusos frente às atitudes que devem ter com os filhos que já não são mais crianças, mas que ainda não são adultos. Muitas vezes, embaraçam-se na hora de delimitar regras e apontar obrigações. O pré-adolescente, no entanto, transita entre alguns aspectos ainda arraigados da fase infantil e outros que se identificam mais com a fase da adolescência, tais como autonomia e independência. O trânsito entre a infância e a adolescência, por vezes chamado de pré-adolescência, convoca- nos a refletir a respeito de determinados pontos, como os explicitados a seguir: AdolescênciaAdolescênciaAdolescência Azevedo (2003) afirma que as mudanças que fazem parte desse processo não são sinal de rebeldia, mas sinal de que começamos a perceber que somos pessoas com personalidade própria, com gostos próprios, opiniões e com a possibilidade de fazer algumas escolhas – estamos começando a buscar nossa identidade. Nesse período de transformações, os hormônios estão trabalhando a todo vapor e provocam muitas oscilações de humor. São mudanças metabólicas, em que novas substâncias circulam pelo corpo e interferem até mesmo em nosso astral. Além disso, são esses hormônios que fazem aparecer pelos, aumentar os seios, surgir as espinhas e que dão uma fome quase incontrolável. São também os hormônios de crescimento que trabalham incessantemente, porque tudo cresce em nosso corpo até que termine o processo de puberdade e as cartilagens ósseas se fechem. Importante Passado esse momento de transição, emerge a adolescência, que é marcada fortemente como uma fase de escolhas, entre as quais uma das mais difíceis é a da profissão, que ocorre justamente no momento em que estamos descobrindo quem somos, o que pensamos e o que queremos da vida. A entrada na adolescência, ou pré-adolescência, geralmente, começa quando os alunos estão no sexto ano do Ensino Fundamental. Nesse momento, a escola lhes propõe um número maior de professores, ou seja, geralmente um professor para cada disciplina; muitas vezes, a ludicidade vai perdendo lugar para uma quantidade maior de conteúdos e, ainda, as formas de avaliação passam a ser diversificadas. Por volta dos 14 ou 15 anos, vem uma nova mudança – é a passagem para o Ensino Médio. Muitas vezes, a mudança de ciclo é acompanhada pela troca de escola, o que significa deixar para trás os amigos e um ambiente que se domina para enfrentar um novo universo, novas caras, novas regras. A isso se soma a expectativa crescente dos pais, da escola e do grupo no que diz respeito ao nosso futuro. É nessa fase tão complicada que o jovem está afirmando seus valores religiosos, políticos e filosóficos. Nicolle Marcondes 2 Nesse momento, surgem conflitos internos e que são conflitos de interesse, porque nos deparamos, muitas vezes, com desejos incompatíveis. Para o adolescente, é muito difícil aceitar que, ao fazer uma escolha, ao decidir por um caminho, ele está abortando outras possibilidades. A adolescência se caracteriza por uma onipotência e dá a impressão de que é possível fazer tudo, de que se dá conta de tudo. Levando em consideração o que foi dito anteriormente vale ressaltar que a família, nos dias de hoje, ainda exerce um papel muito importante no desenvolvimento do adolescente. A emergência de novas composições familiares, associadas à forma específica como os pais foram educados e à influência de novos padrões de relacionamento interpessoal que vigoram na atualidade, tendem a desencadear dificuldades na educação dos filhos, sendo que a preocupação com o desenvolvimento de crianças e adolescentes, com o modo de educá-los e orientá-los, e as maneiras de conduzi-los com segurança rumo a uma adultez saudável, nunca estiveram tão presentes nas discussões, científicas ou não, como nos dias atuais. Considerando que o adolescente se desenvolve no contexto familiar e nele permanece por um período que tem se expandido cada vez mais - lembrando que em países da América Latina esse tempo de convívio com a família de origem é maior do que o observado em outras culturas, como é o caso da sociedade norte-americana. AdolescênciaAdolescênciaAdolescência A adolescência é assim: transformações constantes, um período de muita agitação interna, um desencontro com o corpo, um humor que muda a toda hora, muitas dúvidas e muitos medos que acompanham sempre tudo aquilo que é novo e desconhecido. O crescimento não é um movimento linear; é um período de aprendizagem sobre como lidar com os novos mecanismos, os novos fatos, as novas emoções, as novas formas de relacionamento. Concluindo... Nicolle Marcondes 3
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