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REVISÃO TURBO - Ética

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A OAB não possui vínculo com a Administração Pública. 
 A OAB possui Imunidade Tributária (bens, rendas e serviços); 
 Membro da Diretoria ou Conselheiro – atividade gratuita (não são remunerados); 
 Pode criar seu próprio título executivo (Certidão de Dívida Ativa). 
REVISÃO TURBO – PRIMEIRA FASE OAB XXXII – CÓDIGO DE ÉTICA 
PROFISSIONAL 
▶NATUREZA JURÍDICA DA OAB 
A OAB tem natureza jurídica especial e única, sui generis, sendo pessoa jurídica de direito 
público interno, que executa serviço público federal, porém não equiparável à autarquia nem à 
entidade paraestatal. 
A finalidade da OAB não se encaixa com a tutela ou controle da administração Direta. A OAB 
desempenha função essencial à justiça quando cumpre sua finalidade, por isso ela se trata de 
uma autarquia sui generis. Ou seja, a OAB só possui privilégios, como imunidade tributária, e 
nenhuma obrigação de prestar contas à União. 
Importante: 
 
 
 
 
 
▶CONSELHO FEDERAL 
Artigos 51 a 55 do Estatuto da Advocacia e da OAB 
O Conselho Federal (frequentemente e equivocadamente denominado de OAB federal) é o 
órgão máximo da OAB, sendo composto por conselheiros federais eleitos no Conselho Seccional 
(OAB Estadual). 
Cada Estado da Federação, além do Distrito Federal, possui um Conselho Seccional. Cada 
Conselho Seccional elegerá três conselheiros federais. 
O Presidente do Conselho Federal não precisa ser conselheiro federal. Os demais cargos 
devem ser, obrigatoriamente, compostos por conselheiros federais. 
Também são considerados membros do Conselho Federal seus ex-presidentes (honorários e 
vitalícios) – nas deliberações estes têm apenas direito de manifestação (voz), não terão direito 
a voto. 
IMPORTANTE – O voto dos conselheiros não é individual, mas por delegação (recorde-se: três 
conselheiros por Conselho Seccional); deve prevalecer o voto da maioria. 
Conferência Nacional de Advogados 
Órgão consultivo do Conselho Federal, que se reúne a cada três anos, no segundo ano do 
mandato, para discutir os rumos da advocacia e fazer sugestões ao Conselho Federal. 
Caixa de Assistência de Advogados 
Órgão assistencial de gestão cuja diretoria é eleita pelos advogados em seccionais com mais 
de 1.500 advogados inscritos. É vinculada ao Conselho Seccional e tem como objetivo prestar 
assistência aos advogados inscritos (órgão assistencial). 
Tem personalidade jurídica e patrimônio próprio, patrimônio esse que será incorporado ao 
Conselho Seccional no caso de extinção da CAA. Adquire personalidade jurídica quando seu 
Estatuto for aprovado e registrado junto ao Conselho Seccional. 
Os atos constitutivos são registrados no próprio Conselho Seccional. 
O Conselho Seccional pode intervir na Caixa de Assistência de Advogados, mediante voto de 
2/3, caso haja problemas de gestão. 
Cada seccional será composto pela Diretoria e Conselheiros Seccionais. 
Tribunal de Ética e Disciplina 
Órgão do Conselho Seccional. 
Composto por Conselheiros Seccionais e advogados de alto saber jurídico indicados e votados 
pelo Conselho. 
Tem competência para julgar, em primeiro grau, processos ético-disciplinares. 
Em outras palavras, o Tribunal de Ética e Disciplina tem atribuição de julgar o processo disciplinar 
em primeira instância (a segunda instância seria uma das Câmaras vinculadas ao Conselho 
Seccional – ou seja, o recurso contra decisão do TED). 
▶CONSELHOS SECCIONAIS 
Artigos 56 a 59 Estatuto da Advocacia e da OAB 
Se tem um Conselho Seccional por Estado (por isso conhecido como OAB Estadual – ou seção 
Estadual da OAB, embora não mais exista esta última denominação). 
É composto pelo Presidente e sua Diretoria, bem como pelos Conselheiros Estaduais (estes 
têm direito de votar, de decidir e deliberar – e o voto é unipessoal, diferente do Conselho 
Federal que é por delegação). 
Também podem participar das reuniões do Conselho Seccional o presidente da CAA, os 
conselheiros federais, o presidente do Conselho Federal, presidentes das subseções, presidente 
do Instituto dos Advogados e ex-presidentes do próprio Conselho. 
Estes últimos podem participar das reuniões e têm o direito de manifestação (voz – de 
emitir opinião), mas não poderão participar das deliberações, ou seja, não terão o direito de 
votar (este será exercido apenas pelos conselheiros e diretoria). 
▶ELEIÇÕES NA OAB 
Genericamente e objetivamente: 
a) São eleições diretas (para o Conselho Seccional, Subseção e CAA); 
b) O mandado é de três anos; 
c) A eleição para o Conselho Federal é indireta; 
d) O voto é secreto e em chapas (não pessoas de forma individual). 
Dessa forma, os advogados votarão em chapas regularmente inscritas para o Conselho Seccional 
(Diretoria, Conselheiros Seccionais, Três Conselheiros Federais e Diretoria da CAA) e Subseção 
(Diretoria e Conselho da Subseção – este se existir). 
Quando forem eleições diretas, o voto será obrigatório para os advogados regularmente 
inscritos – inscrição principal (não votar representa multa – 20% sobre o valor da anuidade). 
O voto será FACULTATIVO para os advogados com INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR (para votar deve 
avisar com antecedência). 
DICA – São PROIBIDOS DE VOTAR os advogados na condição de inadimplentes (devendo 
anuidade) e os estagiários (inscritos na OAB – estagiário paga anuidade, mas não tem direito 
de votar). 
IMPORTANTE – A eleição no Conselho Federal é indireta; quem vai eleger a diretoria são os 
Conselheiros Federais (os quais são em número de três e são eleitos junto com a chapa do 
Conselho Seccional) 
▶SUBSEÇÕES 
ATENÇÃO! O voto para os órgãos de gestão é obrigatório! Contudo, estão proibidos 
de votar o advogado inadimplente e o estagiário. Deixar de votar de forma injustificada resulta 
em multa de 20% do valor da anuidade. O voto será facultativo para advogados com inscrição 
suplementar. 
 
A subseção é criada em extensões territoriais com, no mínimo, quinze advogados a ela 
vinculados. Ou seja, a subseção é parte autônoma do Conselho Seccional – abrange um ou 
mais municípios (desde que possua pelo menos 15 advogados a ela vinculados). 
O advogado para se candidatar aos cargos de Conselheiro Seccional ou da Subseção deve 
comprovar três anos de exercício de atividades privativas da advocacia – para os demais cargos 
de gestão o prazo será de cinco anos. 
Dentro das subseções com mais de cem advogados vinculados, podem existir Conselhos. 
As eleições acontecem por chapas. 
 
 
 
▶ INSCRIÇÃO 
Inicialmente, necessário recordar que a condição de Advogado se adquire com a inscrição na 
OAB (e não com a aprovação no Exame da OAB – este é apenas um dos requisitos para postular 
a inscrição). 
A inscrição é feita no Conselho Seccional, mas autoriza o exercício da advocacia em todo o país, 
limitado a cinco causas nos estados em que não tenha inscrição principal. Se houver mais 
de cinco ações judiciais em um estado, deverá requerer a inscrição suplementar. 
Os requisitos para inscrição junto a OAB estão definidos no art. 8º do Estatuto: 
 Capacidade civil; 
 Diploma/certidão de conclusão; 
 Título de eleitor/serviço militar; 
 Aprovação exame da OAB; 
 Não exercício de atividade incompatível; 
 Idoneidade moral. 
IMPORTANTE – As atividades incompatíveis estão definidas no artigo 28 do Estatuto e geram 
a proibição absoluta do exercício da advocacia – e exatamente por isso não permitem o 
deferimento da inscrição. 
Deferida e autorizada a inscrição, o advogado somente receberá sua Carteira profissional depois 
de prestar compromisso perante o conselho seccional (juramento previsto no artigo 20 do 
Regulamento Geral). 
Falta de idoneidade moral 
A falta de idoneidade moral deve ser analisada pelo Conselho Seccional (por decisão de dois 
terços de seus membros), a fim de impedir a inscrição (sendo concedido ao interessado o direito 
ao contraditório). Ou seja, para gerar o indeferimento da inscrição, deve haver decisão por 2/3 
dos conselheirosda seccional, respeitado o contraditório. 
ATENÇÃO – O Conselho Federal já definiu que a prática de violência contra a mulher, assim 
definida na Convenção Interamericana de Belém do Pará, constitui fator apto a demonstrar a 
ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB, 
independentemente da instância criminal. 
Incompatibilidade de atividade 
 
 
 
 
 
 
 
***A licença da inscrição da OAB é uma autorização concedida pelo Conselho Seccional 
responsável, para que o advogado se afaste provisoriamente de seu exercício da profissão. De 
forma geral, o processo de licenciamento do advogado é regulado pelo artigo 12 do Estatuto 
da Advocacia e da OAB, que estabelece as hipóteses em que poderá ser iniciado. 
***O cancelamento da inscrição é algo mais sério do que apenas o licenciamento. Regulado 
pelo artigo 11 do Estatuto da Advocacia e da OAB, ocorre mediante processo administrativo 
iniciado pelo próprio advogado, por ofício do Conselho Seccional ou qualquer outra pessoa – a 
depender dos motivos pelo qual será iniciado. 
O pedido de licenciamento da inscrição deve ser motivado. 
Em caso de incompatibilidade temporária, ocorrerá o 
licenciamento***. Em caso de incompatibilidade 
definitiva, ocorrerá o cancelamento*** da inscrição. 
Outra circunstância que gera o licenciamento é doença mental curável. 
O pedido de cancelamento é personalíssimo, ou seja, somente pode ser requerido pelo próprio 
advogado (não pode ser feito por procurador, por exemplo). 
O cancelamento decorre da perda dos requisitos da inscrição, como perda da capacidade civil. 
Logo, se acometido de doença mental incurável (que resulte incapacidade), há o cancelamento 
da inscrição. Além disso, são causas de cancelamento o falecimento, a exclusão (sanção 
disciplinar), a suspensão por três vezes. 
A pessoa que teve sua inscrição cancelada poderá requerer nova inscrição, submetendo-se aos 
requisitos legais (mas não precisará fazer novo Exame da OAB – bastará provar que já foi 
aprovada anteriormente). 
Domicílio profissional 
A inscrição deverá ser feita perante o Conselho Seccional onde o advogado exercerá a advocacia 
com habitualidade. 
Será denominada inscrição principal. Poderá o advogado, facultativamente, buscar inscrição 
em outro Conselho Seccional, a denominada inscrição suplementar. 
O advogado deverá possuir uma inscrição principal e poderá ter quantas inscrição 
suplementares ele quiser (sempre uma – e apenas uma – por Conselho Seccional). 
IMPORTANTE: 
a) Não será exigido um novo exame de ordem para cada inscrição suplementar; 
b) Para cada inscrição (principal ou suplementar) haverá a incidência de uma anuidade 
(Ex.: dez inscrições, dez anuidades); 
c) A inscrição principal autoriza e habilita o advogado a exercer a advocacia em qualquer 
Estado (ou Conselho Seccional). 
→ Quando a inscrição suplementar será obrigatória? Em duas situações: 
Primeira: quando o advogado estiver atuando em mais de cinco causas em Conselho 
Seccional onde ele não tenha a inscrição principal (Exemplo: advogado com inscrição principal 
no Rio Grande do Sul pode atuar – exercer a advocacia – em qualquer Estado; mas se possuir 
mais de cinco ações num Estado, deverá providenciar a inscrição suplementar naquele Conselho 
Seccional correspondente). 
 Pedir certidão. 
 Retirar autos em carga (desde que seu nome conste na procuração) 
 Assinar petição de juntada 
Segunda: quando o advogado for sócio de sociedade de advogados, deverá obrigatoriamente 
possuir inscrição (principal ou suplementar) perante o Conselho Seccional onde a sociedade foi 
registrada. 
▶ESTAGIÁRIO 
A inscrição na OAB tem os mesmos requisitos da inscrição, exceto o diploma e a aprovação no 
exame da ordem. 
Para obter a inscrição como estagiário, devem ser obedecidos os requisitos do artigo 9º do 
Estatuto. O Estagiário com inscrição na OAB paga anuidade (mas não pode votar). 
Em conjunto com o advogado, o estagiário inscrito na OAB pode praticar todos os atos 
privativos; caso contrário, sem assistência de advogado, o estagiário poderá: 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO – O Estagiário, para atuar no processo, deve ter poderes, ou seja, ele deve 
aparecer na procuração ou no substabelecimento. 
O bacharel em direito poderá pedir a sua inscrição na OAB como estagiário, desde que atue em 
escritório jurídico conveniado à OAB. 
Em atividades extrajudiciais, o estagiário poderá atuar desde que autorizado pelo advogado e 
sob sua supervisão. 
▶ATIVIDADES PRIVATIVAS DO ADVOGADO 
Artigos 1º a 5º do Estatuto da Advocacia e da OAB 
Em primeiro lugar, deve-se salientar: Bacharel em Direito e estagiário não são advogados (ou 
seja, não podem agir ou atuar naquelas atividades definidas como privativas da advocacia). 
São atividades privativas da advocacia: 
 Consultoria e Assessoria Jurídica; 
 Direção e Gerência Jurídica; 
 Visar atos constitutivos (contratos sociais) de pessoa jurídica; 
 Postular em juízo ***. 
ATENÇÃO! a procuração outorgada na fase de conhecimento também vale para o 
cumprimento de sentença, exceto se o contrário constar expresso no instrumento. 
*** Via de regra, postular em juízo é atividade privativa do advogado, mas há exceções, que 
são: 
 HABEAS CORPUS (em qualquer instância); 
 JUS POSTULANDI TRABALHISTA; 
 JEC (limitação de valor); 
 JEF/JEFP. 
Nestes casos, das exceções, será possível postular em juízo sem a presença do advogado. 
▶PROCURAÇÃO 
Para que o advogado atue em nome de seu cliente, necessário que ele receba poderes para 
tanto. A forma processual é a outorga da procuração. 
A procuração, como todo o contrato, pode ter prazo determinado – se não contiver prazo, 
presume-se que ela tem eficácia até a conclusão da causa. 
Objetivamente, a procuração não se extingue ou perde valor/eficácia pelo decurso do tempo. 
 
 
IMPORTANTE – O advogado não pode aceitar procuração de quem já tenha patrono 
constituído. 
Há outra situação em que o advogado poderá postular em juízo, em nome do cliente, sem 
procuração: em caso de urgência para evitar prescrição, decadência e preclusão. Terá quinze 
dias para juntar o instrumento de procuração (prorrogáveis por mais 15 dias). 
Revogação 
Ocorre quando o cliente cassa, de forma imediata, os poderes do advogado. O cliente poderá 
revogar o mandato a qualquer tempo. 
Forma de extinção da procuração e dos poderes nela outorgados por iniciativa do cliente. 
Renúncia 
Ocorre quando o advogado renuncia (dispensa) os poderes outorgados por seu cliente. Caso 
seja o único advogado daquela parte atuando no processo, o renunciante ainda representará 
a parte durante 10 dias contados da comunicação da renúncia ao cliente. Entretanto, se a 
ATENÇÃO! a relação entre advogado e cliente é baseada em confiança. Logo, não há 
multa para caso de renúncia ou revogação de poderes. 
parte constituir novo procurador, encerra-se a atuação do advogado renunciante antes do 
transcurso do prazo de 10 dias. 
A revogação e a renúncia não dispensam o pagamento da verba honorária ao advogado, que 
receberá proporcionalmente. 
 
 
Substabelecimento 
Forma de o advogado transferir a outro advogado os poderes que recebeu. 
Pode haver substabelecimento com reserva de poderes, quando o advogado continua atuando 
no processo, e não depende de autorização do outorgante (ou seja, há um compartilhamento 
de poderes - poderá atuar tanto o advogado que substabeleceu quanto o advogado 
substabelecido); 
Ou sem reserva de poderes, quando o advogado que recebeu a procuração deixa de atuar no 
processo, e depende de autorização do outorgante porque caracteriza forma de renúncia (neste 
caso, o advogado que substabelece se afasta do processo e exatamente por isso que, aqui, será 
necessária a anuência/concordância do cliente). 
▶HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Os honorários advocatícios correspondem a remuneração ao profissional da advocacia pelos 
serviçosprestados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Honorários contratuais: Honorários quota litis: Honorários de sucumbência: 
 
•Contratados com o cliente. •Acerto entre advogado e 
cliente em que o advogado 
receberá um percentual sobre 
o proveito econômico auferido 
pelo cliente. 
•Contudo, há limitação: 
somado aos honorários de 
sucumbência, os honorários 
quota litis não poderão gerar 
ao advogado ganho maior que 
de seu cliente. 
•Fixados pelo juiz em favor do 
advogado da parte vencedora, 
a serem pagos pela parte 
vencida. 
As verbas honorárias não se excluem. O advogado pode 
receber honorários de sucumbência e honorários contratuais. 
 
O advogado não pode emitir títulos de crédito para a cobrança de honorários, exceto se o 
cliente solicitar a emissão de uma fatura (boleto). Contudo, o boleto de honorários não poderá 
ser protestado. Além disso, poderá receber como pagamento de honorários cheque e nota 
promissória (não pode emitir, mas poderá receber), os quais poderão ser protestados. 
O beneficiário da justiça gratuita também é condenado ao pagamento de honorários. No 
entanto, a condenação fica suspensa pelo prazo de cinco anos. Se houver mudança na 
situação econômica dentro do prazo de cinco anos, poderão ser cobrados. 
Na sentença, o juiz deve fixar os honorários de sucumbência. Caso silencie, cabe embargos de 
declaração. Na hipótese de sentença transitada em julgado omissa na fixação dos honorários 
de sucumbência ou no seu valor, caberá ação autônoma para fixá-los. 
 
Honorários assistenciais 
Criado em 2018, os honorários assistenciais são aqueles pagos a um advogado contratado por 
entidade sindical para prestar assistência jurídica ao trabalhador sem condições financeiras de 
arcar com os custos de um defensor. 
Na forma do artigo 22, §6º do Estatuto da Advocacia e da OAB, os honorários assistenciais são 
aqueles fixados em ações coletivas propostas por entidades de classe em substituição 
processual, sem prejuízo aos honorários convencionais. 
Simplificando, seriam honorários de sucumbência, fixados na Justiça do Trabalho, em benefício 
dos advogados contratados pelos sindicatos para defesa de direitos coletivos. 
Prescrição dos Honorários 
A pretensão de cobrar os honorários prescreverão em cinco anos, prazo esse contado 
dependendo de cada caso ou da origem dos honorários: 
 Vencimento do contrato; 
 Trânsito em julgado da sentença que fixou; 
 Término do serviço extrajudicial; 
 Da desistência ou da transação; 
 Da renúncia ou da revogação. 
▶ADVOCACIA PRO BONO 
Durante um determinado período, se entendeu que o advogado não poderia trabalhar sem 
cobrar honorários (que tal atitude poderia configurar forma de aviltamento de honorários). 
Advogado que atua em causa própria também tem direito a honorários de sucumbência. 
Com o intuito de regular essa atividade, foi trazida para o sistema brasileiro a possibilidade do 
exercício da advocacia pro bono. Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, 
eventual e voluntária de serviços jurídicos – essas são as características principais. 
Este tipo de atuação pode acontecer em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos 
seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de 
profissional. 
Também pode ser exercida para pessoas naturais hipossuficientes. 
E, de forma bem objetiva, não poderá o advogado atuar como pro bono com objetivos político-
partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como 
instrumento de publicidade para captação de clientela. 
ATENÇÃO – segundo o provimento 166/2015 do Conselho Federal da OAB, os advogados que 
desempenharem a advocacia pro bono estão impedidos, pelo prazo de três anos, a exercer 
advocacia remunerada para quem trabalhou como pro bono. 
Provimento 166 do Conselho Federal: Estabelece que o advogado que atuou como pro bono 
em favor de uma parte não poderá ser contratado pela mesma parte mediante remuneração, 
pelo prazo de três anos contados do término do serviço gratuito. 
▶ADVOGADO EMPREGADO 
É um profissional assalariado – mas esta relação de emprego não pode retirar sua independência 
profissional. 
Tem jornada de trabalho diferenciada (4 horas diárias e 20 semanais), salvo no caso de dedicação 
exclusiva (ou acordo coletivo), quando a jornada poderá ficar em 8 diárias e 40 semanais. 
 
 
 
Contudo, o fato de o advogado empregado ter contrato de trabalho com dedicação exclusiva 
não o impede de advogar para outras pessoas: a dedicação exclusiva importa para o tempo de 
trabalho e para a fixação de horas extraordinárias (calculadas o percentual de 100%). 
 A hora noturna do advogado (20h até às 05h) é paga com adicional de 25%. 
O advogado empregado tem direito de receber honorários de sucumbência. Entretanto, no 
contrato de trabalho, poderá ser acordado que o advogado empregado cederá os seus 
Com dedicação exclusiva 
• 08h diárias e 40h 
semanais. 
Sem dedicação exclusiva 
• 04h diárias e 20h 
semanais. 
honorários de sucumbência ao empregador. Caso o contrato silencie, os honorários 
sucumbenciais serão do advogado empregado. 
▶ADVOGADO ESTRANGEIRO 
Para advogado estrangeiro poder advogar no Brasil deve se inscrever na OAB, submetendo-se 
aos mesmos requisitos do advogado brasileiro (terá, no entanto, que revalidar seu diploma, 
circunstância que não é de competência da OAB). 
Pode o advogado estrangeiro, no entanto, receber uma autorização (precária) para dar 
Consultoria em direito estrangeiro (mediante requerimento ao Conselho Seccional). 
OBSERVAÇÃO – PORTUGAL: Conforme o Provimento 129/2008 – Tratado de Reciprocidade – 
podem advogados portugueses exercer advocacia no Brasil, bem como advogados brasileiros 
advogar em Portugal. 
▶ASSOCIAÇÃO ENTRE ADVOGADOS 
Contrato feito entre advogados, sem vínculo empregatício, com um objetivo comum (por 
exemplo, atuar juntos em determinado processo). 
▶SOCIEDADE DE ADVOGADOS 
Pessoa jurídica cujo quadro societário é formado somente por advogados. Pode ser unipessoal 
ou composta por mais pessoas. Adquire personalidade jurídica (passa a ser titular de direitos e 
obrigações) com o registro de seus atos constitutivos junto ao Conselho Seccional competente 
(não é registrada na Junta Comercial ou em outro Cartório Extrajudicial). Para que um advogado 
integre o quadro societário, deverá também estar inscrito na Seccional em que a sociedade será 
registrada. 
O advogado somente poderá integrar uma sociedade por Conselho Seccional. Na sociedade, a 
responsabilidade do sócio é subsidiária e ilimitada. 
▶DIREITOS E PRERROGATIVAS DO ADVOGADO 
→ Não há hierarquia (subordinação) entre advogados, juízes, promotores e defensores públicos; 
Não existe hierarquia entre advogados, órgãos do Poder Judiciário e Ministério Público –
objetivamente não existe poder de mando sobre o advogado, devendo exercer sua função como 
independência. 
→ O local de trabalho do advogado e seus instrumentos de trabalho (aí incluídos todos os 
documentos relativos ao serviço da advocacia) são invioláveis (inviolabilidade relativa); 
Esta inviolabilidade pode, excepcionalmente, ser quebrada, existindo indícios de autoria 
e materialidade contra o advogado, mediante ordem judicial específica e fundamentada 
explicitando exatamente o que deve ser buscado e apreendido, constar o nome do investigado 
e a diligência ser acompanhada por representante da OAB. 
→ Ingressar livremente em qualquer órgão público (fórum, sedes administrativas); 
Essa prerrogativa abre a possibilidade de conversar com o juiz independente de hora 
marcada (ser atendido). 
→ Comunicar-se com o seu cliente, de forma privada e individual; 
 Tem direito o advogado a comunicar-se de forma pessoal e reservada com seu cliente 
(mesmo sem procuração), ainda que o cliente esteja recolhido na condição de incomunicável. 
→ Direito a cela especial até o trânsito em julgado dadecisão. Após, perde esse direito. Se não 
houver a cela especial (sala de estado maior), caberá prisão domiciliar (Segundo decisões 
reiteradas do STF); 
Tem direito o advogado, antes de sentença condenatório transitada em julgado, de ser 
recolhido preso em sala de Estado Maior (com instalação e comodidade condigna). Neste caso, 
para o reconhecimento deste direito, a motivação não importa (ou seja, mesmo que a prisão 
tenha origem em crime não ligado ao exercício da advocacia, ainda assim terá o advogado a 
prerrogativa de local especial para sua prisão). 
→ Prisão em flagrante decorrente do exercício da advocacia exige, para que o flagrante seja 
legal, a presença de representante da OAB. Se a prisão decorrer de outro fato que não 
relacionado ao exercício da advocacia, dispensa-se a presença do representante da OAB; 
 A lavratura do flagrante sem a presença de representante da ordem dos advogados vai 
gerar a nulidade da prisão. 
→ Vista de qualquer processo, independente de procuração, exceto quando tramitem em 
segredo de justiça. Para retirar os autos em carga, exige-se procuração, exceto autos findos que 
não versem sobre segredo de justiça; 
O advogado tem direito a vistas dos autos em andamento (ou arquivados), mesmo sem 
procuração – este direito garante a possibilidade de tirar cópia e fazer apontamentos. Caso os 
autos estejam protegidos por sigilo, para ter acesso será necessária a procuração. 
Excepcionalmente, será concedida carga de autos arquivados sem procuração (no entanto, 
estando protegidos por sigilo, necessária também neste caso a procuração). 
Em resumo – para ter vistas dos autos, a regra é a desnecessidade da procuração; para 
ter carga dos autos, ao contrário, a regra será a necessidade da procuração. 
DICA – Sempre que os autos estiverem protegidos pelo sigilo (segredo de justiça) o acesso do 
advogado (para vistas ou carga) dependerá da procuração. 
→ Exame de inquérito policial: Tem direito o advogado de fazer cópias e apontamentos de 
autos de prisão em flagrante ou inquérito policial, findo ou em andamento (ainda que concluso 
a autoridade), mesmo sem procuração; 
Será necessária a procuração apenas quando o Inquérito Policial estive sob sigilo (segredo 
de justiça) 
→ Imunidade: advogado que comete injúria ou difamação no exercício da profissão não comete 
crime; 
→ Todas as informações recebidas do cliente devem ser mantidas em sigilo. O sigilo poderá 
ser desrespeitado pelo advogado em situações de justa causa: perigo de vida ou à honra, bem 
como em sua própria defesa; 
→ O advogado se negará a depor sobre fatos de que teve conhecimento em função da 
profissão. 
O artigo 7-B criminalizou o desrespeito às seguintes prerrogativas: 
→ Inviolabilidade do escritório; 
→ Comunicação com o cliente; 
→ Direito a cela especial (de estado maior), e 
→ Presença de representante da OAB na lavratura do flagrante por crime cometido no 
exercício da advocacia. 
▶DIREITOS E PRERROGATIVAS DE ADVOGADA GESTANTE/ADOTANTE 
 
Advogada gestante 
→ Preferência nas audiências e sessões; 
→ Não passar no raio-x ou detector de metais; 
→ Vaga na garagem dos tribunais; 
Advogada adotante/luz 
→ Preferência nas audiências e sessões; 
→ Creche nos tribunais; 
→ Suspensão do processo por trinta dias, se for a única advogada do processo e depois 
de ter notificado o cliente. O mesmo direito assiste ao advogado que se tornou pai, com 
prazo de suspensão de oito dias; 
▶DESAGRAVO 
Artigos 18 e 19 do Regulamento Geral. 
O Desagravo é forma que a OAB tem, como instituição de classe, de responder a ofensas 
exaradas contra advogados no exercício (ou em razão) da profissão. Ocorre em sessão pública. 
Como a ofensa atinge não só o advogado, mas todos os advogados, o pedido pode ser feito 
por qualquer pessoa (e, também nesta mesma linha, o desagravo não depende de concordância 
do ofendido, que não pode dispensá-lo, devendo ser promovido a critério do Conselho). 
O Conselho Seccional autoriza o desagravo (excepcionalmente pode ser autorizado pela 
Diretoria, ad referendum dos Conselheiros; e também de forma excepcional, pode ser autorizado 
pelo Conselho Federal, no caso de ofensa contra Conselheiro Federal, Presidente da Seccional 
ou ofensa com grande repercussão). 
Uma vez iniciada a investigação perante o conselho competente para decidir sobre a 
necessidade de realizar o desagravo, o procedimento deverá ser concluído em sessenta dias. 
Deferido o desagravo, terá trinta dias para acontecer. 
▶IMPEDIMENTO E INCOMPATIBILIDADE 
Artigos 18 e 19 do Regulamento Geral. 
Incompatibilidade 
A incompatibilidade vai gerar a proibição total do exercício da advocacia. 
IMPORTANTE: A incompatibilidade pode ser definitiva (vai gerar o cancelamento da inscrição) 
ou poderá ser temporária (circunstância que acarretará o licenciamento da inscrição). 
Impedimento 
O impedimento é a proibição parcial (limitação) do exercício da advocacia. 
IMPORTANTE: O impedimento não gera licenciamento ou cancelamento; o advogado impedido 
pode advogar, tem carteira da OAB (apenas exercerá a advocacia com algumas limitações). 
Causas que geram a incompatibilidade – artigo 28 do Estatuto da Advocacia e da OAB 
 Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos 
legais; 
 Membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos 
de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos 
os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração 
pública direta e indireta; 
 Ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta 
ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de 
serviço público; 
 Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do 
Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro (Serventuário do poder 
judiciário (todos) – inclusive dos cartórios extrajudiciais); 
 Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial 
de qualquer natureza (qualquer atividade policial); 
 Militares de qualquer natureza, na ativa; 
 Ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação 
ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; 
 ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas; 
 cargo ou função na administração pública direta ou indireta com poder de mando sobre 
terceiros. 
Atenção: Art. 28, § 2º do Estatuto “Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não 
detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho 
competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao 
magistério jurídico.”. Ou seja – não têm incompatibilidade Diretor ou Coordenador de 
Curso/Faculdade de Direito de Universidade Pública. 
OBSERVAÇÃO – Gerente de banco (público ou privado) não pode advogar; no entanto, o 
Gerente Jurídico de banco pode, exclusivamente para o banco. 
Causas que geram o Impedimento 
São impedidos de exercer a advocacia: 
 os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública 
que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; 
 os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas 
jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações 
públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de 
serviço público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO – Existem alguns cargos públicos com poder de mando – por exemplo: Procurador 
Geral do Estados, Defensor Público Geral, Advogado Geral da União, dentre outros – onde é 
possível exercer a advocacia nos limites do seu cargo (não podem exercer em causa própria). 
▶INFRAÇÕES DISCIPLINARESArtigo 34 do Estatuto da Advocacia e da OAB 
São conduta negativas ou comportamentos indesejados do advogado, definidas e tipificadas 
pelo Estatuto (e não podem ser objeto de interpretação extensiva ou analógica). 
Em regra, aplica-se às infrações ao CED. Havendo circunstância atenuante aplicável à censura, 
a sanção será de advertência (não fica registrada). 
Apenas os inscritos na OAB podem cometer infração disciplinar (não há como responsabilizar 
terceiro, não inscrito). 
▶SANÇÕES DISCIPLINARES 
As sanções disciplinares, para serem aplicadas, exigem devido processo legal (contraditório e 
ampla defesa) – ou seja, processo disciplinar válido. Somente serão aplicadas após decisão 
condenatória transitada em julgado em processo ético-disciplinar. 
Se dividem em Censura (existindo atenuantes pode ser substituída por Advertência), Suspensão 
e Exclusão. 
 
 
 
É aplicada, basicamente, quando o advogado comete atos contrários ao Código de Ética e 
Disciplina (CED). Não é pública e consiste em registrar no prontuário do advogado a pena. 
Existindo circunstâncias atenuantes (art. 40 do Estatuto), a Censura poderá ser convertida em 
Advertência, situação em que será apenas remetido um ofício reservado ao advogado (sem 
qualquer registro no prontuário). 
 
 
 
Artigo 37 Estatuto da Advocacia e da OAB - do Aplicada a pena de suspensão, restará o 
advogado proibido de exercer a advocacia em todo o território nacional (embora tenha que 
continuar pagando anuidade da OAB). 
Importante repetir – as penas somente poderão ser aplicadas após o trânsito em julgado da 
decisão condenatória. No entanto, existe uma exceção: a suspensão preventiva prevista no art. 
70, §3º, do Estatuto – havendo repercussão prejudicial a dignidade da advocacia, o TED (Tribunal 
de Ética e Disciplina) poderá notificar o acusado para uma sessão especial, onde será analisada 
a aplicação ou não da suspensão preventiva (o acusado terá direito de apresentar sua defesa 
nesta sessão, pelo prazo de 15 minutos). 
Caso aplicada a suspensão preventiva o julgamento do processo disciplinar deve acontecer em 
90 dias, sob pena de constrangimento ilegal. 
• Perda da capacidade postulatória de 30 dias a 12 meses. Em regra, aplica-se às infrações 
relacionadas a dinheiro, retenção abusiva de autos, inépcia profissional, reincidência, condutas 
inadequadas. 
Suspensão 
Censura 
Penalidade acessória (não existe sozinha, sempre cominada à censura ou suspensão). 
Penalidade mais gravosa, aplicada mediante decisão de 2/3. Gera o cancelamento da inscrição. 
Em regra, aplica-se às sanções de apresentação de prova falsa dos requisitos da inscrição; 
aplicação de três suspensões; condenação por crime infamante (repulsa social). 
 
 
Existe, ainda, uma sanção acessória, a Multa. É uma espécie de agravante, não existe sozinha, 
apenas aplicada em conjunto com a Censura ou a Suspensão (na Exclusão não existe multa). 
 
 
 
ATENÇÃO – para aplicação da exclusão será necessária a manifestação de dois terços do 
conselho seccional de forma favorável. 
▶PROCESSO DISCIPLINAR 
Será instaurado de ofício ou mediante representação (essa não pode ser anônima). 
A atribuição para conduzir o processo, na primeira instância, será do TED (Tribunal de Ética e 
Disciplina), o qual é órgão subordinado ao Conselho Seccional. 
Será garantido o sigilo do processo até a decisão final, proporcionando-se ao acusado a mais 
ampla e constitucional defesa. 
O julgamento do TED, apesar de ser a primeira instância, será colegiado (não existe decisão 
monocrática). 
Recurso 
O recurso contra decisão do TED será de competência do Conselho Seccional, por uma de suas 
Câmaras Julgadoras. 
Os recursos terão, como regra, o duplo efeito (devolutivo e suspensivo). 
Quando o recurso não suspenderá a decisão? Quando versar sobre eleição; atacar 
decisão que excluiu advogado por prova falsa dos requisitos da inscrição; contra decisão 
que deferiu a suspensão preventiva. 
▶REABILITAÇÃO 
 Artigo 41 Estatuto da Advocacia e da OAB 
Multa 
Exclusão 
Tem direito o advogado punido de pretender a reabilitação, que é uma forma de, ultrapassado 
determinado prazo, afastar dos seus registros a referência sobre a punição sofrida (maneira de 
“limpar a ficha”). 
O Estatuto prevê de forma expressa que será permitido requerer, após um ano do cumprimento 
da pena, a reabilitação. 
OBSERVAÇÃO – Quando a pena disciplinar decorrer de condenação criminal, a reabilitação 
perante a OAB exigirá, primeiro, a reabilitação criminal. 
▶PUBLICIDADE 
Artigos 39 a 47 do Código de Ética e Disciplina 
A palavra-chave nas regras referentes a publicidade é a moderação. Não pode a publicidade ter 
viés Mercantilista, Empresarial, Industrial ou Comercial. Ou seja, o advogado não pode fazer 
publicidade que resulte em mercantilização da profissão (captação de clientela = propaganda). 
Diante de tais princípios, não pode o advogado, na sua publicidade: 
a) Indicar o preço do trabalho; 
b) Divulgar que trabalha de graça, sem cobrança de honorários; 
c) Referir que ostenta ou ostentou cargo ou função pública; 
d) Veicular publicidade na Rádio e na Televisão; 
e) Relacionar, na publicidade do advogado, com outra atividade não advocatícia; 
f) Divulgar o serviço em carros de som ou outdoor. 
Ao contrário, é permitido ao advogado, na sua publicidade: 
a) Divulgação em jornal, revistas e periódicos; 
b) Áreas de interesse e atuação; 
c) Títulos acadêmicos; 
d) Endereço, número de telefone, e-mail e site. 
▶PRESCRIÇÃO 
A prescrição da pretensão punitiva ocorre após cinco anos da ciência oficial dos atos que 
poderia gerar a abertura de um processo disciplinar. 
Este prazo será interrompido pelas seguintes circunstâncias: 
a) Instauração do processo disciplinar; 
b) Notificação regular do acusado; 
c) Decisão condenatória recorrível. 
No decorrer do processo é possível acontecer a prescrição intercorrente, a qual é identificada 
pela paralização do processo disciplinar por mais de três anos.

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