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Classificação dos solos Existem dois tipos de classificação básica do solo: Classificação granulométrica Genética geral Classificação Granulométrica Esse tipo de classificação baseia-se nos tamanhos dos grãos presentes no solo e a sua quantidade. Dessa forma, o solo será classificado a partir da maior quantidade de tipo de solo presente nele. Porém, um dos problemas é que o comportamento do solo não depende apenas da granulometria. Em segundo, há diversas escalas granulométricas diferentes, dessa forma, a classificação de um solo com base em uma escala pode variar quando analisado em outra escala. Classificação Genética Geral Esse tipo de classificação leva em consideração a cor e posição de onde foi recolhida a amostra. Mais utilizados para problemas de estradas. Essa classificação divide o solo em 3 categorias, sendo elas: Solo superficial Esse solo contém muita matéria orgânica, apresenta cor distinta das camadas inferiores e apresenta espessura relativamente baixa. Solo de alteração É um solo Proveniente do intemperismo, dessa forma, apresenta granulometria crescente conforme aumenta a profundidade, ao contrário da ação do intemperismo que diminui com a profundidade. Esse tipo solo depende de que a velocidade de decomposição seja maior que a velocidade de remoção, por ser proveniente do intemperismo. São, em geral, solos de regiões tropicais, pois necessitam de fenômenos que atuam no intemperismo (chuva, vento, calor). Podem ter dezenas de metros de profundidade. Solo transportado É um solo que foi transportado pela gravidade, água, vento, ação humana, gelo etc. Esse tipo de solo recebe o nome do agente transportador. Solo Coluvionar (gravidade) Solo Aluvionar (água) Solo Eólico (vento) Drifts (gelo) Intemperismo Granulometria Classificação dos solos Devido à heterogeneidade dos solos e a grande variedade de suas aplicações, é praticamente impossível estabelecer um único critério para sua classificação. Desta forma, há a necessidade de existirem vários sistemas de classificação de solos, cada um procurando atender de maneira especifica os vários campos da geotecnia. Os diferentes solos com propriedades semelhantes podem ser classificados em grupos e subgrupos de acordo com seu comportamento. A maioria dos sistemas de classificação de solo desenvolvidos para engenharia tem como base as propriedades simples de índice, como distribuição granulométrica e plasticidade. Agora, embora diversos sistemas de classificação estejam em uso, nenhum é totalmente definitivo de qualquer solo para todas as aplicações possíveis por causa da ampla diversidade das propriedades de solo. Geralmente existem duas categorias principais nas quais os sistemas de classificação desenvolvidos são agrupados: Classificação Textural – tem como base a distribuição granulométrica da porcentagem de areia, silte e frações de argila. Comportamento dos Solos – leva em consideração a granulometria dos solos e seu comportamento relacionado à plasticidade. Triângulo de Feret A classificação granulométrica dos olhos pela textura pode ser auxiliada pelo diagrama triangular de Feret, desde que mencionada a versão (ou origem) do diagrama. Em um solo constituído apenas por areia, silte e argila, a soma das porcentagens destas três frações é 100%. Entrando no diagrama com a porcentagem com que cada uma destas frações compõe o solo, obtém-se a localização de um ponto em uma das áreas demarcadas, obtendo assim a classificação conforme esta versão do triângulo de Feret. Em solos com pedregulhos, geralmente soma-se a porcentagem desde à da areia. Roteiro 1- Inicialmente, devem-se definir, no gráfico da curva granulométrica do solo, os intervalos de porcentagem, em pesos correspondentes a argila, silte e areia; 2- Devem-se calcular as porcentagens em peso correspondentes a argila, silte e areia; 3- Nesta fase, para classificar o solo, deve-se fazer uso do diagrama triangular de Feret, que indica em cada um dos seus lados a porcentagem em peso de argila, silte e areia que o solo possui; 4- Realiza-se o cruzamento das porcentagens; 5- A soma das porcentagens, em peso, de argila, silte e areia do solo deverá ser 100%, e conduzem a um Pinto no interior do triângulo de Feret. 6- Por fim, a área em que o ponto de cruzamento das porcentagens de argila, silte e areia se localizarem, no interior do triângulo de Feret, fornece a classificação do solo. Sistema Sistema Unificado de Classificação dos Solos (SUCS) A forma original desse sistema foi proposta por Casagrande em 1942. Esse sistema classifica o solo em duas amplas categorias. Solos granulares grossos Possuem a natureza de pedregulhos e areia com menos de 50% passante pela peneira #200. Símbolos (G ou S) G – Pedregulhos ou solo com pedregulhos S – Areia ou solo arenoso Solos granulares finos Possuem a natureza de siltes e argilas com 50% ou mais passante pela peneira #200. Símbolos (M, C ou O) M - Silte inorgânico C - Argila inorgânica O - Silte ou argilas inorgânicas O símbolo Pt é utilizado para turfa, humo e outros solos altamente orgânicos. Outros símbolos para a classificação são: W – Bem graduado P – Fracamente graduado L – Baixa plasticidade (LL < 50) H – Alta plasticidade (LL > 50) Roteiro Para a classificação apropriada de acordo com esse sistema, algumas ou todas as seguintes informações devem ser conhecidas e deve ser utilizada a tabela de classificação – Sistema Unificado de Classificação dos Solos (SUCS). 1- Porcentagem de pedregulho: fração que passa na peneira 76,2mm e é retida na peneira #4 (abertura 4,75mm); 2- Porcentagem de areia: fração que passa na peneira #4 e fica retida na peneira #200(abertura de 0,75mm); 3- Porcentagem de silte e argila: fração que passa na peneira #200; 4- Coeficiente de uniformidade (Cu) e Coeficiente de curvatura (Cc); 5- Limite de Liquidez e Índice de plasticidade da fração do solo passante na peneira #40. O gráfico abaixo auxilia na nomenclatura dos solos finos ou com solos finos. 𝐼𝐺 = 𝐹200 − 35 0,2 + 0,005 𝐿𝐿 − 40 + 0,01 𝐹200 − 15 𝐼𝑃 − 10 Sistema Rodoviário de Classificação dos Solos (HRB) O sistema também conhecido como AASHTO de classificação de solo foi desenvolvido no início do século XX, como sistema de classificação de Administração Rodoviária Pública (EUA). De acordo com este sistema, o solo é classificado em sete grupos principais: A-1 a A-7. Solos A-1, A-2 e A-3: são materiais granulares dos quais no máximo 35% das partículas passam pela peneira #200. Solos A-4, A-5, A-6 e A-7: são materiais granulares dos quais mais de 35% passam pela peneira #200. Esses solos são formados principalmente de materiais tipo silte e de argila. Esse sistema de classificação tem como base os seguintes critérios: Tamanho dos grãos Plasticidade IP ≤ 10 (siltoso) IP ≥ 11 (argiloso) Para avaliar a qualidade de um solo como um material subgraduado de estrada, deve também estar incorporado uma grande quantidade chamada índice de grupo (IG) com grupos e subgrupos do solo. Este índice é escrito entre parênteses após designação de grupo ou subgrupo. O índice de grupo é proporcionado pela equação: Cálculo do IG para os grupos A-4, A-5, A-6 e A-7 𝐼𝐺 = 0,01 𝐹200 − 15 𝐼𝑃 − 10 Cálculo do IG para os grupos A-2-6 e A-2-7 Sendo: • F200 = porcentagem passante pela peneira #200; • LL = Limite de Liquidez; • IP = Índice de Plasticidade. Condições para o cálculo do IG Se a equação fornecer um número negativo para IG, este é tido como 0; O índice de grupo calculado é arredondado para o número inteiro mais próximo, por exemplo: IG = 3,4 é arredondadopara 3 IG = 3,5 é arredondado para 4 Não existe limite superior pra índice de grupo; O índice de grupo dos grupos A-1a, A- 1b, A-2-4, A-2-5 e A-3 é sempre 0. Geralmente o grau de desempenho de um solo como material subgraduado é inversamente proporcional ao índice de grupo. Para classificar um solo de acordo com o método HRB, devem-se aplicar os dados de ensaio da esquerda para a direita, pelo processo de eliminação, o primeiro grupo da esquerda nos quais os dados de ensaio se ajustam é a classificação correta.
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