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Unidade 1 Livro Didático Digital Tatiana de Medeiros Santos Educação a Distância e Novas Modalidades de Ensino Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autora TATIANA DE MEDEIROS SANTOS Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS A AUTORA Tatiana de Medeiros Santos Olá. Meu nome é Tatiana de Medeiros Santos. Sou formada em Pedagogia, com experiência técnico-profissional na área de educação, portanto sou especialista em Educação Infantil e também em Gestão Educacional. Sou mestre em Educação Popular e Doutora em Educação. Sou professora do Ensino Fundamental e Ensino Superior há mais de 10 anos. Passei por empresas como a Universidade Federal da Paraíba, como professora substituta do curso Pedagogia e tutora a distância do curso a distância de Pedagogia; Prefeitura Municipal de João Pessoa, como professora da rede municipal de ensino; UNAVIDA – UVA e UNINASSAU, como professora. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: ICONOGRÁFICOS INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova com- petência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Ensino Presencial, Híbrido e a Distância .........................................11 Educação e o Ensino Presencial, Híbrido e a Distância ..............................11 Origem e evolução da EAD ................................................................20 Educação a Distância no Mundo..........................................................................................20 Educação a Distância no Brasil ...................................................................................22 EAD no Ensino Superior.........................................................................29 Funcionamento da EAD no Ensino Superior...........................................................29 EAD na Educação Básica e Profissional.....................................40 Situando a EAD na Educação Básica e Profissional ...................................40 Educação a Distância e novas modalidades de ensino8 UNIDADE 01 LIVRO DIDÁTICO DIGITAL Educação a Distância e novas modalidades de ensino 9 INTRODUÇÃO Você sabia que a educação a distância (EAD) é uma modalidade de ensino a distância que ao longo do tempo sofreu discriminação tanto no trabalho quanto na educação e em concursos públicos? Porém, com o tempo, passou a ser vista com novos olhares pelas pessoas que por algum motivo não podem estudar em ensino presencial e acabam optando pela EAD, que é regulamentada pela Lei de Diretrizes e Bases, Lei nº 9.394/1996. Muitas instituições de Ensino Superior acabaram optando por trabalhar nessa modalidade de ensino por meio de metodologias ativas e ensino híbrido, o que acabou ganhando muitos adeptos. Portanto, a EAD, em seu contexto histórico no Brasil, é tida como importante, pois é a possibilidade de alguns alunos poderem retomar seus estudos, já que trabalham e não possuem tempo para frequentar aulas presenciais. Assim, essa modalidade permite unir trabalho e estudo, por meio das tecnologias utilizadas pelas instituições brasileiras. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! Educação a Distância e novas modalidades de ensino10 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso propósito é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos: 1. Conceituar e diferenciar as modalidades educacionais, da presencial até as submodalidades da EAD; 2. Conhecer a história da EAD, compreendendo sua evolução e expansão no Brasil e no mundo; 3. Entender a legislação e a regulamentação da EAD no Ensino Superior; 4. Entender a legislação e a regulamentação da EAD na Educação Básica e Profissional de nível médio/técnico.. Vamos entender o que é Educação a Distância e como ela deve acontecer de acordo com normas, leis e decretos. Então, preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! OBJETIVOS Educação a Distância e novas modalidades de ensino 11 Ensino Presencial, Híbrido e a Distância OBJETIVO Conceituar e diferenciar as diversas modalidades educacionais, da presencial até as submodalidades da EAD. Ao término deste capítulo, você será capaz de distinguir ensino presencial, híbrido e a distância. Também irá entender como a EAD deve ser colocada em prática e suas possibilidades metodológicas. Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. E aí? Motivado para desenvolver essa competência? Então, vamos lá. Avante! Educação e o ensino presencial, híbrido e a distância Na era da informação, comunicação e das tecnologias, transformações estão acontecendo a todo momento e entendemos que a educação deve procurar acompanhar e se adaptar a essas mudanças. Os alunos e professores que ainda são analfabetos digitais devem procurar se capacitar e correr para quebrar essa barreira, pois devemos usar as tecnologias em prol do processo de aprendizagem. Figura 1 - Informação, comunicação e tecnologias Fonte: @pixabay Educação a Distância e novas modalidades de ensino12 Os autores Lima e Moura (2015) explicam que o acesso às ferramentas digitais e o seu uso estão cada vez mais simplificados, não precisa ser de grandes conhecimentos na área da informática, e sim executá-las em prol da aprendizagem, muitas vezes basta que haja interesse e pesquisa para aprender por meio de ferramentas de busca via internet. Os próprios colegas de trabalho podem fazer uma formação no dia do planejamento escolar, podem também gravar pequenos vídeos explicativos com a finalidade se adaptar às tecnologias. Mais uma vez é preciso despertar o interesse em aprender e colocar os conhecimentos em prática. De acordo com Sunaga e Carvalho (2015), temos a tradição de nossos alunos irem para a escola e terem aulas expositivas, voltando para casa com o caderno cheio de conteúdos copiados de uma lousa. A crença é que esse método de ensino é muito eficiente. Atualmente, com a possibilidade do uso das novas tecnologias e a facilidade de acesso à informação, temos que entender que a escola precisa repensar sua prática, pois as informações estão chegando por meio da internet, não só nas casas das pessoas, mas em todos os lugares por peos computadores, notebooks, celulares, tablets, entre outros. Assim, as pessoas podem aprender em qualquer lugar e a qualquer hora. Nesse sentido, ao ter essa consciência, precisamos entender que a escoladeixa de ser um dos principais locais na busca da informação. Sendo assim, ela precisa se atualizar, não no sentido de diminuí-la, e sim de suas possibilidades de expansão, pois cabe a ela usar as tecnologias à favor do processo de ensino e aprendizagem. Desse modo, cabe aos que fazem a escola proporcionar aos seus profissionais essas possibilidades, capacitar professores e alunos no sentido de trazer essa inovação para o processo de ensino e aprendizagem. Você pode estar aí do outro lado se perguntando, como deve ser o processo de educação mediante essas transformações que ocorrem diariamente em nossa sociedade? A educação pode e deve acontecer por meio das tecnologias, mas não pode ser rígida nem flexível demais, porque é digital. Possibilidades existem muitas e nós educadores devemos nos unir às tecnologias em Educação a Distância e novas modalidades de ensino 13 prol do processo de ensino e aprendizagem, por isso também pode acontecer de forma híbrida, por meio de um ensino que seja presencial e a distância, os quais iremos compreender agora. O ensino presencial é entendido como uma forma de ensinar e aprender em que professor e aluno devem estar presencialmente em um determinado local, geralmente é uma sala de aula, no mesmo dia, tempo e local determinado para que ela aconteça. Já o ensino a distância é marcado pela separação de espaço físico entre professor e aluno, ambos não precisam estar no mesmo local para que uma aula aconteça. A transmissão dos conteúdos é realizada pela utilização de tecnologias de comunicação e informação, rompendo barreiras de espaços geográficos e de tempo (COUTINHO, 2009, p. 2014). O estudante tem autonomia e responsabilidade de poder ter acesso ao ensino sem ter dia, horários fixos e obrigatoriedade de estar no mesmo local em que o professor se encontra. Para tanto, é primordial que o aluno tenha autonomia para realizar as suas atividades, que geralmente têm prazo máximo para serem realizadas e entregues ao professor, assim, o aluno pode e deve criar o seu próprio cronograma de estudos. Estar longe do professor não quer dizer que estudar seja tarefa fácil, moleza e nem separa o estudante e professor, pois é com o auxílio das tecnologias e uso da internet que são produzidos meios para reduzir as distâncias, não excluindo o contato direto entre alunos e professores. Bom, até agora vimos um pouco do ensino presencial e do ensino a distância e o que é o ensino híbrido, então? Sobre ensino híbrido, os autores Christensen, Horn e Staker (2013) explicam que foi nos Estados Unidos que foram desenvolvidas metodologias em que há combinação entre ensino tradicional e tecnologia digital. O ensino híbrido é um programa de educação formal em que há alunos que se encontram e aprendem com parte do ensino acontecendo de forma on-line e, para isso acontecer, é preciso que haja locais com controle dos alunos que pretendem estudar. Esse instrumento de controle deve registrar tanto o tempo em que o aluno passou no ambiente de aprendizagem estudando como o lugar, Educação a Distância e novas modalidades de ensino14 modo ou ritmo do estudo. A outra parte dos estudos deve acontecer em um espaço físico e supervisionado em um local que não seja a casa do estudante. (COUTINHO, 2009, p. 2014) Observa-se que o ensino com o auxílio das tecnologias pode e deve auxiliar o professor a realizar a particularização da aprendizagem dos seus respectivos alunos, proporcionando assim a inclusão de número muito maior de alunos, pois eles podem estudar dentro do seu ritmo, tempo disponível e de acordo com os conhecimentos já adquiridos. Essa forma de ensinar pode ter diversas vantagens, mas é preciso que o aluno tenha autonomia para definir seus horários e cumpri-los. Sendo assim, é possível compreender que no ensino híbrido haverá momentos em que a aprendizagem acontecerá parte em casa e parte em aulas presenciais. Sobre o significado do termo “hibridismo”, temos Moran (2015, p. 27) explicando que: Híbrido significa misturado, mesclado, blended. A educação sempre foi misturada, híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, atividades, metodologias, públicos. Esse processo, agora, com a mobilidade e a conectividade, é muito mais perceptível, amplo e profundo: é um ecossistema mais aberto e criativo. Podemos ensinar e aprender de inúmeras formas, em todos os momentos, em múltiplos espaços. Híbrido é um conceito rico, apropriado e complicado. Tudo pode ser misturado, combinado e podemos, com os mesmos ingredientes, preparar diversos ‘pratos’, com sabores muito diferentes. É preciso entender que a educação é muito ampla e tem inúmeras possibilidades de acontecer de forma ativa e bem diversificada, ou seja, ela deve acontecer por meio do diálogo, de maneira que as competências e habilidades que o aluno deve alcançar sejam claras para ele, as quais devem ser diversificadas por meio de currículos e práticas adequadas à realidade da escola. Sendo assim, em relação ao ensinar, pode-se entender que a aprendizagem dos alunos pode acontecer de diferentes formas, de modo Educação a Distância e novas modalidades de ensino 15 progressivo, contínuo, que vão do presencial e/ou a distância; híbridos; intencionais e/ou não intencionais; formais e/ou informais e, ainda, os sistematizados e abertos. Assim, podemos entender que existem vários percursos na busca por aprendizagens, que podem acontecer tanto individual como em grupo. Ainda sobre a educação e o ensino híbrido, os autores Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015, p. 41) defendem que não há um modelo de ensinar, e sim vários na busca da aprendizagem do aluno, que deve ser um processo contínuo e que para essa aprendizagem acontecer deve- se buscar diferentes formas, em diferentes espaços, por isso é possível encontrar diferentes definições para o ensino híbrido e que vão sempre se reportar a dois modelos de aprendizagem: “[...] o modelo presencial, em que o processo ocorre em sala de aula, como vem sendo realizado há tempos, e o modelo on-line, que utiliza as tecnologias digitais para promover o ensino [...]”. Os autores ainda afirmam que um complementa o outro na busca interativa por novas experiências, explicando que: O papel desempenhado pelo professor e pelos alunos sofre alterações em relação à proposta de ensino considerado tradicional, e as configurações das aulas favorecem momentos de interação, colaboração e envolvimento com as tecnologias digitais. O ensino híbrido configura-se como uma combinação metodológica que impacta na ação do professor em situações de ensino e na ação dos estudantes em situações de aprendizagem. (BACICH; TANZI NETO, TREVISANI, 2015, p. 41) Nesse ínterim, chegamos ao entendimento de que o conhecimento do uso das tecnologias também é importante para promover novas aprendizagens, e cabe ao professor buscar se atualizar para trabalhar sempre com as ferramentas digitais que mudam constantemente em prol do processo de ensino e aprendizagem. No ensino a distância, o trabalho com os conteúdos devem ser flexíveis, ter objetivos e ser de fácil acesso. Esse trabalho do professor em sala de aula e por meio das tecnologias deve ocorrer por projetos Educação a Distância e novas modalidades de ensino16 que podem ser desenvolvidos de forma individual ou em grupo. O professor e, se for o caso, o tutor devem ter acesso e acompanhar cada aluno na plataforma virtual de aprendizagem, além de permitir uma interação ativa nesses ambientes de aprendizagem, nos quais cada aluno tem a possibilidade de desenvolver suas competências cognitivas e socioemocionais. Por isso, é preciso ter planejamento, ser flexível e entender que há várias opções para que tudo isso aconteça em termos de possibilidades de tempo, espaço, métodos e recursos. Existem muitas discussões em relação a proporcionar transformações na área da educação,mas ainda está muito limitado à busca por modelos de design fechado, homogêneos, como receitas de bolo, nos quais estão focados em conteúdos e competências. É preciso ampliar esse olhar para possibilidades, e não centrar em ou outro, optando pela busca de padronização. Vamos entender um pouco mais sobre esses modelos que podemos chamar de padronizados na educação formal: • Blended learning, semipresencial, que se misturam e trabalham por meio de formas físicas e digitais, que podem ser realizadas em grupos ou em vários momentos, sendo flexível, permitindo orientar o aluno a se organizar para ter autonomia, estudar e se organizar de acordo com o tempo disponível (MORAN, 2015). • Metodologias ativas: ocorrem por meio de práticas, projetos e atividades, as quais requerem envolvimento, colaboração e personalização, sejam presenciais ou não (MORAN, 2015). • Modelo on-line: Acontece quando professor e alunos estão juntos (on-line) em tempo real, devem interagir por meio de ferramentas tecnológicas, a exemplo de chats, fóruns, blogs, chamada de vídeo on-line, entre outros, nos quais o professor pode escolher entre participar junto aos alunos de forma individual ou em grupo (MORAN, 2015). Educação a Distância e novas modalidades de ensino 17 As ferramentas de aprendizagem digitais podem ser dinâmicas ou não, o professor precisa estar atento, pois pode estar utilizando-as de forma muito mecânica, mas a ideia é se abrir para o uso adequado e que trilhem por caminhos que permitam usar essas ferramentas para compartilhamento de ideias, coautoria, publicação e divulgação das diferentes narrativas. Todas essas atividades podem acontecer em uma plataforma virtual, na qual professores e tutores devem mediar as atividades explicando-as, resolvendo dúvidas e possíveis dificuldades dos alunos. Por meio do ensino híbrido, percebe-se que há possibilidades de atuar de forma ativa, proporcionando ao aluno aprender de maneira mais interessante e, com isso, utilizar-se desses meios para que eles se tornem mais participativos, críticos e reflexivos no processo educativo. Ratificando esses modelos de ensino, sobre o ensino interativo, Lima e Moura (2015, p. 78) recomendam fazer um planejamento e, para o uso do ambiente de aprendizagem, é necessária: [...] a instrução, o professor deve selecionar ou criar um vídeo adequado; se o objetivo é a interatividade, ele pode escolher um game ou um simulador; e se a meta é avaliar, ele deve escolher uma ferramenta eficiente no levantamento de dados para transformar feedback em orientação educacional. Em um planejamento de aula eficiente, devem ser escolhidas as ferramentas e a forma de utilizá-las, bem como se definir o papel do aluno e do professor. Quando o docente instrui uma atividade, ele pode utilizar o tempo de realização para ter contato com os estudantes que apresentam mais dificuldades e auxiliá-los de forma personalizada. Para trabalhar com metodologias ativas, é preciso ter claras as estratégias de ensino, pois o próprio nome já nos informa que o aluno deve ter no processo de ensino e aprendizagem sua participação ativa, que pode acontecer tanto nas aulas presenciais como on-line (hibridismo). Portanto, entende-se que o aluno é o foco da aprendizagem e precisa de atividades as quais possa conseguir realizar operações mentais, Educação a Distância e novas modalidades de ensino18 de maneira individualizada e com a proposta de se adaptar a diversas situações. Nesse sentido, o professor deve ter atenção, cuidado com atividades, apesar de ser em sala de aula ou com o auxílio de tecnologias, pois elas precisam estar direcionadas para formar o cidadão crítico reflexivo no caminho de ampliar os conhecimentos dos alunos. Lima e Moura (2015) explicam que o que irá trabalhar o ensino híbrido não se trata de somente propor a atividade, é preciso que se dedique tanto a um bom planejamento como conhecer, testar, escolher e validar ferramentas digitais nas quais vai trabalhar junto aos seus alunos. Sobre o ato de “testar” explica que é preciso pesquisar, conhecer a sua ferramenta pedagógica/tecnológica, buscando instrumentos cada vez mais simples e concisos. Sobre essa questão, os autores esclarecem, ainda, que o professor precisa estar atento se a ferramenta definida realmente será útil para atingir os objetivos de aprendizagem propostos. Avaliar também é necessário, pois exige que o professor verifique se o instrumento alcançou o mínimo de aprendizagem necessária. Seja qual for o ambiente de aprendizagem escolhido para transmitir uma aprendizagem formal ou informal, por meio de redes sociais, blogs, videoaulas, aulas em tempo real, entre outros, as atividades devem ser planejadas para serem significativas. Desse modo, o ensino que envolve aulas presenciais e por meio do uso de recursos tecnológicos, o qual chamamos de ensino híbrido, pode e deve ser implementado em espaços formais de aprendizagens e não formais. Por que digo isso? Porque os alunos podem aprender por meio de vídeos que podem ser publicados em plataformas abertas, sem a necessidade do uso de senhas, como também podem aprender diversos cursos com a responsabilidade de serem diplomados por esse curso, em plataformas em que haja o controle de sua frequência, proporcione aprendizagens e avaliação conforme manda a nossa legislação da educação, as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/1996. Educação a Distância e novas modalidades de ensino 19 Desse modo, vamos ver nos próximos capítulos a ampla possibilidade de acesso nesse âmbito de ensino. Todavia, não se pode esquecer que o professor deve ser desafiado a proporcionar para os seus alunos, atividades que desenvolvam desde o raciocínio e a reflexão do aluno até desafios para realizar essas atividades. Ao fazê-las, também pode-se propor buscar por soluções e respeitar o ritmo de aprendizagem de cada um de seus alunos. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que vivemos em uma era digital e que devemos estar capacitados para acompanhar essas tecnologias em prol da educação. A educação a distância, utilizando as tecnologias, deve trabalhar com metodologias ativas, ser flexível, marcada pelo distanciamento do espaço físico do docente e do aluno, que não precisam estar no mesmo espaço para que ocorra a construção do conhecimento, que ocorre pela utilização das tecnologias de comunicação e informação rompendo as barreiras de espaço e tempo. Educação a Distância e novas modalidades de ensino20 Origem e Evolução da EAD OBJETIVO Conhecer a história da EAD, compreendendo sua evolução e expansão no Brasil e no mundo. Educação a Distância no mundo Neste capítulo, você será capaz de entender a história da EAD, compreendendo sua evolução e expansão no Brasil e no mundo. Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. E aí? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Figura 2 - Ensino a Distância Fonte: @pixabay A Educação a Distância na atualidade é praticada em diversos locais. Pode acontecer na Educação Básica, no Ensino Superior, em Universidades Abertas, Universidades Virtuais, formações de profissionais, treinamentos, cursos abertos e fechados, livres etc. (MAIA; MATTAR, 2007). Existem vários conceitos de Educação a Distância. Todos chegam a pontos em comum. Dessa forma, Bernardo (2009) aponta o conceito de Educação a Distância e novas modalidades de ensino 21 homem em 1967, que enfatiza como uma a forma de estudo na Educação a Distância. Algumas súmulas destacam as epístolas de São Paulo às comunidades cristãs da Ásia Menor, registradas na Bíblia, como a origem histórica da Educação a Distância (GOLVÊA; OLIVEIRA,2006). Ponderando a informação anterior, podemos entender que também existem outros marcos históricos, a partir do século XVIII, que consolidaram a Educação a Distância no mundo (CORREA, 2005, p. 17-19). PANORAMA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO MUNDO 1829 Suécia, Instituto Líber Hermondes (150.000 usuários). 1840 Reino Unido, Faculdade Sir Isaac Pitman – Primeira escola por correspondência na Europa. 1892 EUA, Universidade de Chicago - Divisão de Ensino por Correspondência para preparação de docentes no Departamento de Extensão. 1922 União Soviética, ensino por correspondência (350.000 usuários). 1948 Noruega, primeira legislação para escolas por correspondência. 1969 Reino Unido, fundação da Universidade Aberta (200.000 alunos). 1977 Venezuela, fundação Universidade Nacional Aberta. 1978 Costa Rica, Universidade Estadual a Distância. 1984 Holanda, implantação da Universidade Aberta. 1985 Fundação da Associação Europeia das Escolas por Correspondência (AEEC). 1985 Índia, implantação da Universidade Nacional Aberta Indira Gandhi (242.000 alunos). 1987 Resolução do Parlamento Europeu sobre Universidades Abertas na Comunidade Europeia. 1987 Fundação da Associação Europeia de Universidades de Ensino a Distância. 1988 Portugal, fundação da Universidade Aberta. 1990 Implantação da rede Europeia de Educação a Distância, baseada na declaração de Budapeste. 1991 Relatório da Comissão sobre Educação Aberta e a Distância na Comunidade Europeia. Fonte: Elaborado a partir de Corrêa (2005, p. 17-19). Educação a Distância e novas modalidades de ensino22 Após mencionar marcos histórico, acontecimentos e instituições, destaco que todos significaram o caminho para a consolidação da Educação a Distância, que atualmente é ofertada no mundo todo. Isso é destaque porque atualmente a EAD está presente em mais de 80 países, em todos os níveis de ensino, acolhendo milhões de alunos (GOLVÊA; OLIVEIRA, 2006). Na atualidade, cresce o número de instituições e empresas que trabalham com treinamento de recursos humanos por meio da Educação a Distância. As universidades a distância têm aliado-se às novas tecnologias de informática e de telecomunicação, tais como a Universidade a Distância de Hagen, que promoveu Educação a distância com material impresso, em 1975 (BERNARDO, 2009). Na atualidade, o material didático é inserido por meio das tecnologias da informação e comunicação. Tudo isso foi potencializado pelo uso da internet. Como vimos, nas universidades abertas, tais como as da Inglaterra, Holanda e Espanha, estão seguindo esse caminho. Educação a Distância no Brasil Acredita-se que não há registros sobre os primórdios da Educação à Distância no Brasil, mas a primeira que tem registro nessa modalidade de ensino acontece por volta do final do século XX, quando, por meio do uso da correspondência, os agricultores e pecuaristas europeus recebiam, por cartas, os ensinamentos de como plantar ou cuidar do rebanho. Figura 3 - Educação a distância no Brasil Fonte: @pixabay Educação a Distância e novas modalidades de ensino 23 É importante registrar os dados de Côrreia (2005, p. 21-22), pois a autora faz uma retrospectiva detalhada em relação a iniciativas de Educação a Distância do Brasil e nela podemos perceber que a tecnologia utilizada para promover a educação a distância mudava conforme o tempo e o espaço. Assim, essa tecnologia foi sendo ofertada na história da Educação a Distância em nosso país, vamos ver! Panorama da Educação a Distância no Brasil 1923/1925 Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. 1923 Fundação Roquete Pinto – Radiodifusão. 1939 Marinha e Exército – cursos por correspondência. 1941 Instituto Universal Brasileiro – cursos por correspondência, formação profissional básica. 1958 Universidade de Santa Maria (RS) - a televisão passou a ser utilizada para a difusão de programas educativos. 1970 Projeto Minerva – cursos transmitidos por rádio em cadeia nacional. 1974 TVE do Ceará – cursos de quinta à oitava série, com material televisivo, impresso e com monitores. 1976 Senac – Sistema Nacional de Teleducação, cursos por meio de material instrucional (em 1995 já havia atendido 2 milhões de alunos). 1979 Colégio Anglo-Americano (RJ) – atua em 28 países, com cursos por correspondência para brasileiros residentes no exterior, em nível de 1º e 2º graus. 1979 UnB – cursos veiculados por jornais e revistas; em 1989 transforma no CEAD e lança o Brasil EAD. 1991 Fundação Roquette Pinto – programa Um salto para o Futuro, para a formação continuada de professores do Ensino Fundamental. 1995 Secretaria Municipal de Educação – MultiRio (RJ) – cursos de quinta à oitava série, por meio de programas televisivos e material impresso. 1995 Programa TV Escola – MEC. 1996 Secretaria de Educação a Distância (SEED), em substituição à Coordenadoria Nacional de Educação a Distância, criada em 1992, com o objetivo de traçar e implementar as políticas de EAD no Brasil, na estrutura do MEC. 2000 Unirede – Rede de Educação Superior a Distância – consórcio que reúne 68 instituições públicas do Brasil. 2005 Criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB). Fonte: Adaptado de Corrêa (2005, p. 21-22). Educação a Distância e novas modalidades de ensino24 Em 1904, o Jornal do Brasil divulga o curso por correspondência de datilografia. Em 1923, por meio do rádio, um grupo liderado por Henrique Morize e Edgard Roquette Pinto mencionou a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que estava por oferecer uma diversidade de cursos: Português, Francês, Silvicultura, Literatura Francesa, Esperanto, Radiotelegrafia e Telefonia (ALVES, 2011). No finalzinho da década de 1930, em São Paulo, nasce o Instituto Monitor, que constituiu o primeiro instituto brasileiro a ofertar cursos profissionalizantes por correspondência e, já entrando na década de 1940, o Instituto Universal Brasileiro. Conforme Alves (2011, p. 7), o Instituto Universal Brasileiro foi: [...] o segundo instituto a oferecer cursos profissionalizantes sistematicamente. Foi fundado por um ex-sócio do Instituto Monitor, hoje possui cerca de 200 mil alunos; juntaram-se esses dois institutos e outras organizações similares, que foram responsáveis pelo atendimento de milhões de alunos em cursos abertos de iniciação profissionalizantes à distância. Em 1942, temos a primeira Universidade do Ar, que durou até 1944. Em 1947, temos a Nova Universidade do Ar, patrocinada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social do Comércio (Sesc) e emissoras associadas. Torres (2009, p. 197) afirma que existiram outras ações do Senac: [...] na década de 1950, a Universidade do Ar chegou a atingir 318 localidades e 80 mil alunos. A experiência, levada a efeito até 1961, é parte da história da EAD no país. Em 1976, foi criado o Sistema Nacional de Teleducação e foram realizadas algumas experiências com rádio e TV. No período 1988/1991, procedeu-se a informatização e a reestruturação do sistema e, em 1995, foi criado um setor destinado exclusivamente à EAD — o Centro Nacional de Educação a Distância (Cead). Educação a Distância e novas modalidades de ensino 25 Por volta da década de 1960, surgem os Movimento de Educação de Base (MEB) por meio da Rádio Educativa (Igreja Católica junto ao Governo Federal), que acontecia com a intenção de democratizar acesso à educação. A década de 1970 marca acontecimentos importantes na Educação a Distância: tinhamos instituído o Projeto Minerva, que aconteceu por meio de um convênio da Fundação Padre Landell de Moura, com a Fundação Padre Anchieta, que tinha o intuito de produzir textos e programas. O telecurso foi ofertado pela Fundação Roberto Marinho, transmitida pela Rede Globo, um programa de educação que funcionava por meio de supletivo a distância, o qual se destinava ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio. Em 1992 foi criada a Universidade Aberta de Brasília(Lei nº 403/1992). Nisso, ampliou-se o conhecimento cultural, com a organização e o ensino superior, englobando tanto a graduação como a pós-graduação. Em 1995, é fundada a TV Escola (canal educativo da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação). Em 1996, é fundada a Secretaria de Educação a Distância (SEED) pelo Ministério da Educação. Também é instituída a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, Lei nº 9.394/1996. Nesta lei, é oficializada a educação a distância como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino. Em 2005, temos o Decreto n° 5.622/2005, que revogou os Decretos n° 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e n° 2.561, de 27 abril de 1998, com normatização definida na Portaria Ministerial n° 4.361, de 29 de dezembro de 2004. Ainda em 2005, é fundada a Universidade Aberta do Brasil em parceria com o MEC, na modalidade a distância. Em 2006, temos o Decreto n° 5.773/2006, que dispõe sobre as funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino, incluindo os cursos da modalidade a distância. Educação a Distância e novas modalidades de ensino26 Em 2009, temos a Portaria nº 10/2020, que fixa critérios para a dispensa de avaliação in loco e dá outras providências para a Educação a Distância no Ensino Superior no Brasil. E no ano 2011 é extinta a SEED (ALVES, 2011). Figura 4 - Autonomia do aluno para estudar Fonte: @pixabay Desse modo, é perceptível o que acontece de fato apesar da distância física entre professores e alunos. Ambos se comunicam pelo uso de ferramentas de aprendizagens, que são inovações trazidas pela EAD e que se constituem em um desafio para as instituições de ensino. Não podemos esquecer que para trabalhar com a EAD requer que sejam feitos investimentos em tecnologia de forma prosperada, pois é requisito para que a mediação aconteça. É preciso que professores e alunos mudem a mentalidade de só servir o modelo pedagógico presencial. Há autores que categorizam a EAD em gerações, embora possa haver divergências em relação a essas gerações na história da Educação a Distância no Brasil, é necessário destacar que o seu desenvolvimento Educação a Distância e novas modalidades de ensino 27 se deu por tecnologias e que elas variaram de acordo com o tempo e espaço em que foram vivenciadas pelas instituições brasileiras: Embora possa haver divergências quanto ao número de gerações de EAD, se três, quatro ou cinco, elas devem ser entendidas a partir da tecnologia disponível no momento. Iniciando como cursos por correspondência, tendo por base o material impresso (primeira geração), a EAD evoluiu com a introdução do rádio e da televisão, passando a utilizar mídias como áudio e videocassetes (segunda geração), chegando à utilização das TICs baseadas no uso do computador e da interatividade, a partir da Internet, de tele e videoconferências (terceira e quarta gerações). Presentemente, associam-se as mídias digitais como CD-ROM e DVD, caminhando para o uso da TV digital. A possibilidade de utilização da inteligência artificial para respostas automatizadas e tutoria inteligente pode representar a abertura de uma nova geração, ainda em desenvolvimento. (KIPNIS, 2009, p. 210) A Educação a Distância é uma modalidade de ensino considerada inclusiva e a mais democrática das modalidades de educação. Tem a vantagem de usar as tecnologias de informação e comunicação para transmitir conhecimentos e se constitui em um instrumento capaz de dar conta de grande quantidade de pessoas, chegando em locais distantes em que antes nunca foram ministrados os ensinamentos e ainda contempla os que não podem estudar presencialmente, por motivo de não poder estar em horários pré-estabelecidos. SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “O processo histórico da educação a distância e suas implicações: desafios e possibilidades” (LOPES, Maria Cristina et al.), acessível pelo link: https://bit.ly/3eU02nr (Acesso em 10/05/2020). Educação a Distância e novas modalidades de ensino28 No mundo, cresce a oferta de cursos formais e informais através da modalidade de Educação a Distância. No Brasil, essa modalidade de educação está abraçada tanto por órgãos públicos e privados como em diversos cenários educativos e de ensino. O governo federal também criou normas e decretos, com a finalidade de manter a qualidade do ensino. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a EAD é uma modalidade de ensino que cresce cada dia mais devido à necessidade de alguns alunos terem que trabalhar ou por outros motivos e não poderem estudar presencialmente, mas que tem o desejo de terminar ou realizar seus estudos e essa modalidade de ensino se encaixa com o tempo e espaço que eles têm para estudar. No Ensino Superior, as universidades viram essa modalidade de ensino como forma de incluir o aluno ao meio social, capacitando-os, e nada melhor do que o uso das tecnologias para aliar a educação que ocorreu por vários meios, desde cartas, rádios, televisão, cursos pelos correios até as mais sofisticadas tecnologias em prol da qualidade do ensino. Educação a Distância e novas modalidades de ensino 29 EAD no Ensino Superior OBJETIVO Entender a legislação e a regulamentação da EAD no Ensino Superior. Ao término deste capítulo, você será capaz de entender como funciona o Ensino a Distância e seus respectivos marcos legais. Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. E aí? Motivado para desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante! Funcionamento da EAD no Ensino Superior A primeira vez que o ensino a distância foi mencionado em nossa legislação, foi na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, Lei nº 9.394/1996. Sua regularização ocorreu a partir dela, quando foi apresentada como modalidade de ensino a distância e, a partir disso foram sancionadas outras normas, diretrizes e decretos. Figura 5 - Educação a Distância Fonte: @pixabay Educação a Distância e novas modalidades de ensino30 Atualmente, a modalidade de Ensino a Distância (EAD) é vista como democrática. É por meio das tecnologias da comunicação, pelo uso da internet, que proporciona o aluno a obter conhecimento, seja em tempo real ou semipresencial. É uma aula que pode acontecer com professores, tutores e alunos, de forma que estejam juntos no mesmo tempo e local, mas cumprindo duas missão, cada qual com suas particularidades de ensinar ou aprender. Uma vantagem é que essa modalidade permite que o aluno trabalhe e estude. Sobre a legislação existente para normatizar como deve acontecer a EAD e para que sua credibilidade seja atestada, existem Decretos, leis e atos normativos que asseguram o ensino da modalidade EAD, as quais passam por atualizações, pois estão sempre na busca de garantir a qualidade do ensino a distância. Sendo assim, temos como base para a regulamentação das Instituições de Ensino Superior o art. 80 da LDBEN nº 9.394/1996. A modalidade EAD, desde a sua inicialização até a atualidade, trabalha com o ensino a distância, a novidade é que ganha ênfase com o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, com foco nas propostas pedagógicas e objetivos de aprendizagens, e ganha o boom com o auxílio do uso da internet, pois antes acontecia por meio do uso da televisão, do rádio e de impressos, que também oportunizaram aos alunos flexibilizar espaço e tempo para que pudessem estudar e se formar de maneira regulamentada por lei. Voltando à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que propõe essamodalidade de ensino por meio do art. 80, ficou a cargo do Poder Público estimular o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, que passa a atender todos os níveis e modalidades de ensino, incluindo a educação continuada, como podemos ver a seguir: Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. Educação a Distância e novas modalidades de ensino 31 § 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. § 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância. § 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. § 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens; II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais. A modalidade EAD foi inserida no Brasil com maior ênfase a partir da credibilidade das Instituições de Ensino Superior (IES), como uma forma atualizada de ensinar e, por outros, com muita desconfiança. A crença era de que essa modalidade limitava, e muito, a aprendizagem dos alunos. Em meio a esses debates, tinha-se a necessidade de colocar em prática o que foi determinado pela LDB (9.394/1996) de forma crítica, com o estabelecimento de normas e procedimentos que tenha por objetivo assegurar a confiança de seu desenvolvimento. As Instituições de Ensino Superior acreditavam na inclusão social que o Ensino a Distância poderia fazer, contemplando as pessoas que por algum motivo não podiam estudar presencialmente. Educação a Distância e novas modalidades de ensino32 No Brasil, desde 1999 até 2009, percebeu-se que houve modificações na modalidade de ensino a distância, mas ainda há muito a percorrer em relação a essa modalidade, com o anseio de que a mesma ocupe seu devido lugar na educação contemplando todos os níveis, inclusive quebrando barreiras de preconceitos. Após nove anos a LDBEN (9.394/1996) ter garantido a modalidade de Educação à Distância, novas discussões foram realizadas em prol de regulamentar e disciplinar essa modalidade de ensino para o Ensino Superior. Percebe-se que ainda há resquícios de preconceitos contra qualquer modalidade de ensino. Nos Institutos de Ensino Superior e em algumas regiões nacionais, já há quebras de barreiras e de preconceitos relacionados à EAD, a qual passa a criar seu espaço e complementar o modelo de ensino tradicional. Portanto, a regulamentação da EAD contribui para começar a quebrar barreiras em relação a preconceitos com essa modalidade que perdurou por anos, devido à falta de conhecimento, e que agora é garantida na lei, a qual assegura que temos a mesma qualidade no ensino. Desse modo, entende-se que foi por meio da leitura do art. 80 que a legislação consentiu avanços, quando passou a permitir que a modalidade de Ensino a Distância estivesse presente em todos os níveis. Nesse contexto, buscando regulamentar o artigo mencionado, o Executivo Federal passou a baixar uma variedade de decretos, sendo o primeiro deles no ano de 1998, que por intermédio do desempenho apresentado no processo educacional no decorrer dos últimos anos, alguns foram revogados e outros substituídos. Em 2005, no dia 19 de dezembro, o Decreto nº 5.622 teve cunho inovador, devido a permitir desenvolver uma política nacional de educação a distância com diretrizes norteadoras, passando a serem fixas para os sistemas de ensino do país. O decreto está dividido em seis capítulos, que apresentam 37 artigos e subdivisões em parágrafos e incisos. Educação a Distância e novas modalidades de ensino 33 Mas foi por meio do Ensino Superior quem mais se destacou e se desenvolveu nessa área. Por isso foi instituído o Decreto nº 5.622, de 20 de dezembro de 2005, que normatiza como deve acontecer a modalidade de Ensino a Distância nos IES, a exemplo do que podemos ler a seguir no artigo primeiro e segundo do decreto citado: Art. 1º Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. § 1º A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de momentos presenciais para: I - avaliações de estudantes; II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente; III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação pertinente; e IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso. Art. 2º A educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades educacionais: I - educação básica, nos termos do art. 30 deste Decreto; II - educação de jovens e adultos, nos termos do art. 37 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; III - educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes; IV - educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas: Educação a Distância e novas modalidades de ensino34 a) técnicos, de nível médio; b) tecnológicos, de nível superior; V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas: a) sequenciais; b) de graduação; c) de especialização; d) de mestrado; e) de doutorado. Apesar de existir a crítica sobre essa modalidade de ensino, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) não relaxou sobre essa questão, intensificando suas avaliações e seus comunicados em relação à necessidade, em todos os níveis, nos mais variados momentos presenciais. Muitas pessoas discordam dessas exigências alegando que a EAD tem meios altamente confiáveis que utilizam as tecnologias disponíveis com o intuito de avaliar e controlar e, devido a isso, passa a ter rigidez, passando a inviabilizar projetos inovadores. Destaca-se que a avaliação responsável é essencial nos cursos de modalidades a distância para que seja obter o diploma de curso de graduação, visando que seja legitimado pela sociedade. As Instituições de Ensino a Distância que optarem por trabalhar com essa modalidade, deve ter instalações físicas em sua sede e em seus polos de apoio credenciados, para que os alunos possam ir presencialmente (de acordo com a Portaria nº 40, de 13 de dezembro de 2007). Esses locais devem ter critérios de qualidade como qualquer outro Instituto Superior de Ensino presencial, tais como bibliotecas, laboratórios e espaço com o intuito de os alunos realizarem as avaliações. O aluno que estuda na modalidade a distância deve ter um vínculo com um espaço físico presencial, pois acredita-se que no momento em que frequenta esse espaço da instituição, seu conhecimento acontece Educação a Distância e novas modalidades de ensino 35 por meio do contato presencial com os conteúdos, docentes, tutores e demais alunos. Também acredita-se que essa participação direta por meio da estrutura física acaba proporcionando além do conhecimento o seu vínculo com a instituição e isso pode diminuir a evasão na educação. O art. 80 da LDBEN nº 9.393/1996 informa que o ensino a distância deve atingir todos os níveis e modalidades de ensino,que classifica em Educação Básica, de Jovens e Adultos, Especial, Profissional e Superior, que também inclui os cursos de graduação. Por isso, no Decreto nº 5.622/2005 destaca-se que a educação da modalidade a distância elenca todos os níveis de ensino, se encaixando muito com a forma de ensino para a Educação de Jovens e Adultos. Art. 3º A criação, organização, oferta e desenvolvimento de cursos e programas a distância deverão observar ao estabelecido na legislação e em regulamentações em vigor, para os respectivos níveis e modalidades da educação nacional. § 1º Os cursos e programas a distância deverão ser projetados com a mesma duração definida para os respectivos cursos na modalidade presencial. § 2º Os cursos e programas a distância poderão aceitar transferência e aproveitar estudos realizados pelos estudantes em cursos e programas presenciais, da mesma forma que as certificações totais ou parciais obtidas nos cursos e programas a distância poderão ser aceitas em outros cursos e programas a distância e em cursos e programas presenciais, conforme a legislação em vigor. O legislador registra que os cursos de educação a distância devem ter o mesmo tempo de duração que os cursos presenciais correspondentes à legislação do curso presencial, o que busca tentar diminuir os abusos na oferta da modalidade a distância. Educação a Distância e novas modalidades de ensino36 Em relação à regulamentação da Educação a Distância do curso, também deve-se compreender que há um limite mínimo de tempo para que o curso se concretize. Isso é compreendido a partir do ponto de vista de que é considerado importante que se tenham normas como essas, semelhantes à presencial, pois se considera importante tratar essas duas modalidades de educação com o intuito de tentar evitar que Institutos de Ensino Superior, pouco confiáveis, passem a emitir diplomas de forma fácil, a exemplo de promessas de graduações a ser realizadas em menor tempo. Ainda sobre o Decreto 5.622/2005: Art. 4º A avaliação do desempenho do estudante para fins de promoção, conclusão de estudos e obtenção de diplomas ou certificados dar-se-á no processo mediante: II - cumprimento das atividades programadas; e II - realização de exames presenciais. §1º Os exames citados no inciso II serão elaborados pela própria instituição de ensino credenciada, segundo procedimentos e critérios definidos no projeto pedagógico do curso ou programa. §2º Os resultados dos exames citados no inciso II deverão prevalecer sobre os demais resultados obtidos em quaisquer outras formas de avaliação a distância. É perceptível a preocupação em relação às avaliações presenciais, que de acordo com a legislação vigente é um fator que visa a garantir a qualidade dos cursos ocorridos pela modalidade de educação a distância. A modalidade de Ensino a Distância, pautada na legislação, proporciona mecanismos que legitimam e autenticam a avaliação, haja vista que esta é uma preocupação dos legisladores, que determinam a avaliação presencial com o intuito de evitar fraudes. Sendo assim, é muito importante que todos os envolvidos nessa modalidade de ensino demonstrem formação e qualidade do seu trabalho, por meio de processos controlados, por experiências concretas obtidas com eficácia, que de acordo com a lei, as instituições credenciadas e Educação a Distância e novas modalidades de ensino 37 registradas passam a emitir sem qualquer diferença entre diplomas que forem emitidos tanto na modalidade presencial como a distância. Sobre os artigos 5º e 6º: Art. 5º Os diplomas e certificados de cursos e programas a distância, expedidos por instituições credenciadas e registrados na forma da lei, terão validade nacional. (...) Art. 6º Os convênios e os acordos de cooperação celebrados para fins de oferta de cursos ou programas a distância entre instituições de ensino brasileiras, devidamente credenciadas, e suas similares estrangeiras, deverão ser previamente submetidos à análise e homologação pelo órgão normativo do respectivo sistema de ensino, para que os diplomas e certificados emitidos tenham validade nacional. Podemos observar que os diplomas emitidos deverão ter valor igual da modalidade presencial, uma vez que acompanham todos os critérios de qualidade deles. Os acordos realizados de cooperação e convênios que foram realizados com o intuito de ofertar em programas ou cursos em modalidades de ensino a distância por intermédio de instituições de ensino no Brasil e exterior, para validação nacional, devem haver análise e homologação por parte do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, do mesmo jeito que no ensino presencial. Os artigos 7º e 8º do Decreto nº 5.622/2005 informa que as perspectivas e o potencial da modalidade de Educação a Distância mediante as dificuldades, e consciente da necessidade dela, são vistos pelos legisladores do Brasil, que definem que cabe ao Executivo Federal as práticas de credenciamento, autorização e reconhecimento como as devidas renovações. A modalidade de Ensino a Distância, por intermédio da normas, reivindica que o MEC preserve organizado um sistema de informação que seja aberto ao público, permitindo os dados nacionais, relacionados à Educação a Distância, o que foi uma conquista alcançada pela sociedade, por intermédio do Decreto nº 5.622/2005. Educação a Distância e novas modalidades de ensino38 Desse modo, podemos dizer que para garantir a qualidade e o controle legal e institucional dessa modalidade de ensino, temos sim uma legislação, que zela pela qualidade, credibilidade, amplitude em seus certificados em relação aos cursos ofertados na modalidade EAD. Também vale destacar a Portaria Normativa nº 2, de 10 de janeiro de 2007, que esclarece o conceito de polo como apoio presencial e altera a compreensão do MEC sobre a abrangência geográfica na EAD. Dá destaque para que sejam admitidas aberturas de polos sem visita prévia de comissões avaliadoras. Pedidos de ampliação de polos de atuação somente poderiam ser efetuados após o reconhecimento do primeiro curso a distância da instituição. Merece destaque também a inclusão de referências específicas aos polos de apoio presencial, que foram contemplados com as regras dos decretos existentes e pela Portaria Normativa nº 2, de janeiro de 2007. Mas para que o polo passe a integrar, com especial ênfase, o conjunto de instalações, estas sim receberão avaliação externa quando do credenciamento institucional para a modalidade de educação a distância. (MEC/SEED, 2007). SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “EAD: como pequenas IES podem se diferenciar dos grandes grupos” (HOFFMANN, Gustavo), acessível pelo link: https://bit.ly/3jNyHHs/. (Acesso em: 23/07/2020). No ano de 2007, a Secretaria de Educação a Distância (SEED/MEC) apresentou os Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a Distância. Trata-se de um documento que, embora não tenha força de lei, é um referencial que existe para nortear e subsidiar atos legais do poder público, para a sua regulação em processos específicos de regulação, supervisão e avaliação dessa modalidade. Esse documento contempla a legislação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do Decreto nº 5.622/2005, do Decreto nº 5.773/2006 e das Portarias Normativas nº 1/2007 e 2/2007. Educação a Distância e novas modalidades de ensino 39 Nesse documento, há o compromisso institucional que visa a garantir o processo de formação, contemplando a dimensão técnico- científica que prepara para o mundo do trabalho e a dimensão política para formar o cidadão crítico e atuante. Dá destaque a aspectos pedagógicos, recursos humanos e infraestrutura que devem estar contemplados no Projeto Político Pedagógico do curso ofertado na modalidade a distância. Nele tambémconsta como deve acontecer a avaliação do processo de aprendizagem e institucional, coerente com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e envolver os diversos atores: estudantes, professores, tutores e quadro técnico administrativo. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a EAD é uma modalidade de ensino a distância que é vista como democrática, a qual utiliza as tecnologias da comunicação para transmitir conhecimentos em tempo real ou semipresencial e uma de suas vantagens é proporcionar ao aluno trabalhar e estudar ao mesmo tempo. A EAD tem normas e sua credibilidade é atestada por meio de decretos, leis e atos normativos que asseguram o ensino da modalidade EAD, o qual passa por atualizações, visando a garantir a qualidade no ensino a distância. Sendo assim, as Instituições de Ensino Superior (IES) passaram a trabalhar com a modalidade EAD, acreditando que ela proporciona aos estudantes a inclusão social, contemplando as pessoas que por algum motivo não podiam estudar presencialmente. Educação a Distância e novas modalidades de ensino40 EAD na Educação Básica e Profissional OBJETIVO Entender a legislação e a regulamentação da EAD na Educação Básica e Profissional de nível médio/técnico. Ao término deste capítulo, você será capaz de entender como funciona a legislação e regulamentação da EAD na Educação Básica e Profissional de nível médio/técnico. Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. E aí? Motivado para desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante! Situando a EAD na Educação Básica e Profissional Sobre a educação básica a distância, antes da era da internet e dos computadores, podemos afirmar que ela sempre esteve mais a favor da educação de jovens e adultos. Bizzo (2015) nos informa que o Decreto no 50.370/1961 determina que o governo federal deve se amparar ao movimento de promoção da Educação Básica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Figura 6 - Ensino a distância em todo lugar Fonte: @pixabay Educação a Distância e novas modalidades de ensino 41 Logo após esse decreto, as colaborações foram ampliadas, incluindo a permissão de canais radiofônicos e empréstimo de funcionários públicos para o MEB. Dessa forma, tudo isso aconteceu com a intencionalidade de atender alunos e professores que se encontravam distantes e essa prática nos remete para entender a ideia de sincronia e diacronia. Bizzo (2015) ainda explica que diacrônicos se referem ao que é realizado ao longo de um tempo que foi estipulado para fazer a tarefa e sincrônicos é o que remete a uma solicitação de atividade que envolva a realização em tempo real. A LDBEN no 9.394/1996, no artigo 80, além da Educação a Distância, também cita os programas de educação continuada, estas passam a visão que o ato de aprender funciona como um processo que vai se realizar ao longo da vida e vê os alunos como cidadãos de direitos. Desse modo, Bizzo (2015) nos informa que tudo inclui também a EAD ao acesso “[...] aos cursos, treinamentos e grupos de estudos responde às necessidades individuais de aperfeiçoamento, especialização, crescimento pessoal e profissional”, tudo isso respeitando e visando estar conforme as exigências que envolvem o desenvolvimento tecnológico e preparando as pessoas para o mundo do trabalho. Desse modo, entende-se que os “[...] programas de educação continuada em todos os níveis e modalidades de ensino ‘podem ser realizados presencialmente, a distância ou combinando as duas formas”. Dessa forma, podemos compreender que está previsto no artigo 32, § 4º da LDBEN que as estratégias de EAD podem ser usadas tanto no ensino presencial como complementação da aprendizagem: “O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações de emergência”. Também enfatiza a necessidade de realizar a presença dos alunos em cursos, tanto na educação básica quanto na superior, estabelecendo mínimos obrigatórios a serem observados (BIZZO, 2015). O autor ainda explica que não podemos falar de EAD na Educação Básica e não ter o Telecurso 2000 (T2000) apontado como modalidade de ensino a distância que se tornou uma referência no Brasil. Educação a Distância e novas modalidades de ensino42 Esse foi um programa que teve uma grande dimensão para os brasileiros, atingindo uma marca de mais de 5 milhões de brasileiros em 10 anos e se tornando referência para a educação básica. No Ensino Médio Técnico presencial, há a legalização que determina que o ele pode ter 20% de suas aulas a distância. Destaca- se que a Educação a Distância toma corpo com o aumento do uso das tecnologias educacionais de hipermídia, com o uso de computadores e rede de internet. Assim, os alunos podem aprender mesmo localizados em tempos e espaços diversos, com interação e interatividade. Uma coisa que auxiliou e muito para que essa previsão legal de 20% de aula em EAD acontecesse, foi a criação de plataformas virtuais de aprendizagem. Construção de plataformas virtuais, a exemplo do Moodle, com a sua propagação no mundo, e junto ao avanço tecnológico para o uso de redes de internet, unindo-se a aquisições de infraestrutura e o aparecimento de cursos de formação em EaD para professores e alunos, tudo isso sinaliza que esse é um acontecimento importante e representa um avanço para a aprendizagem no Ensino Médio, pois vem se consolidando nos ideários de formação, mas com algumas resistências e/ou dificuldades. Com o avanço do Ensino a Distância em nosso país, percebemos que a LBDEN (9.394/1996) o ampara por meio do artigo 80. Temos também instituído por meio do Decreto nº 5.622 (BRASIL, 2005), como deve acontecer a regulamentação dessa modalidade de ensino, nas instituições de ensino superior e a definição das Diretrizes Nacionais Básicas da EAD, são legislações que subsidiam como deve acontecer a implantação dessa modalidade de ensino em instituições, sistemas, cursos e processos de formação em EAD no país. Com o lançamento dos Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância (BRASIL, 2007), temos nesse documento que foi determinado que a EAD pode ser operacionalizada desde a Educação Básica até a Superior. Em relação à EAD para o ensino em nível médio, a previsão desse acontecimento, de maneira formal, aconteceu a partir da institucionalização Educação a Distância e novas modalidades de ensino 43 da Resolução nº 6 do Conselho Nacional de Educação (BRASIL, 2012). Nesta resolução, destaca-se o artigo 26, parágrafo único, que determina: Art. 29 Os cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio oferecidos nas formas subsequente e articulada concomitante, aproveitando as oportunidades educacionais disponíveis, portanto sem projeto pedagógico unificado, devem respeitar as cargas horárias mínimas de 800, 1.000 ou 1.200 horas, conforme indicadas para as respectivas habilitações profissionais no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos instituído e mantido pelo MEC. Art. 30 A carga horária mínima para cada etapa com terminalidade de qualificação profissional técnica prevista em um itinerário formativo de curso técnico de nível médio é de 20% (vinte por cento) da carga horária mínima indicada para a respectiva habilitação profissional no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos instituído e mantido pelo MEC. Art. 31 A carga horária mínima dos cursos de especialização técnica de nível médio é de 25% (vinte e cinco por cento) da carga horária mínima indicada no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos para a habilitação profissional a que se vincula. (BRASIL, 2006) Desse modo, a EAD deve acontecer de modo a respeitar o limite de carga horáriacitada e acontecer nos eixos tecnológicos, como: Ambiente e Saúde, Controle e Processos Industriais, Desenvolvimento Educacional e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Militar, Infraestrutura, Produção Alimentícia, Produção Cultural e Design, Produção Industrial, Segurança, Recursos Naturais e Turismo, Hospitalidade e Lazer. Nos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA): Parágrafo único. Nos cursos do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica, na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) exige-se a seguinte duração: Educação a Distância e novas modalidades de ensino44 I - mínimo geral de 2.400 horas; II - pode ser computado no total de duração o tempo que venha a ser destinado à realização de estágio profissional supervisionado e/ou dedicado a trabalho de conclusão de curso ou similar nas seguintes proporções: a) nas habilitações com 800 horas, podem ser computadas até 400 horas; b) nas habilitações com 1.000 horas, podem ser computadas até 200 horas. III - no caso de habilitação profissional de 1.200 horas, as atividades de estágio devem ser necessariamente adicionadas ao mínimo de 2.400 horas. É muito importante destacar que, por mais que o curso tenha essa regulamentação de carga horária de até 20% do curso acontecer, os estágios devem obrigatoriamente acontecer de forma presencial, conforme artigo 1º da Lei nº 11.788 (BRASIL, 2008): Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. § 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando. § 2o O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. Art. 2o O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. Educação a Distância e novas modalidades de ensino 45 § 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. § 2o Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. § 3o As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do curso. Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no § 2o do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza. (BRASIL, 2008) Vale salientar que os estágios e trabalhos de conclusão de curso, na formação técnica de nível médio, fazem parte de carga horária sempre normal, com exceção das previsões para EJA. Dessa forma, a proporção de 20% em EAD só pode acontecer sobre a carga horária da Base Nacional Comum, do Núcleo Profissionalizante e da Parte Diversificada dos Cursos. Portanto pode envolver os três grupos citados ou parte deles, ficando a critério de interesses, possibilidades e necessidades das instituições, por isso há essa flexibilidade. Naturalmente, nos cursos técnicos de nível médio e no Ensino Médio, há uma competição de qual é mais atrativo para o aluno, pois é algo que ocorre devido a vários motivos que causam discussões em relação à duração de formação do aluno. Alguns cursos podem ocorrer em três anos e outros, a maioria, em quatros anos, além das condições de ingresso, acesso e permanência na instituição de ensino. É necessário que as instituições de cursos de ensino técnico estejam atentas ao tempo de duração dos cursos, pois ele pode acarretar prejuízos para a formação do aluno, por optar por estudar a distância no ensino EAD. É importante que o gestor providencie plataformas, tecnologias a utilizar, infraestrutura, capacitação do pessoal para trabalhar com os alunos, além Educação a Distância e novas modalidades de ensino46 das modificações na organização cultural instauradas nas instituições de ensino formativas. Existem previsões que as vagas na EAD tendem a se ampliarem de acordo com o novo plano Decenal de educação, na Meta 11 (2014), que traz à tona novamente a discussão das Diretrizes Nacionais, tendo em vista a modalidade de ensino a distância não como uma alternativa para quem não pode estudar presencial, mas como desenvolvimento. A LDB e o Decreto nº 5.622/2005 são tomados como base para se trabalhar na modalidade de Ensino a Distância nos cursos presenciais, além de documentos como Portarias, do MEC (BRASIL, 2004), das graduações, e a Resolução nº 6/2012, do Conselho Nacional de Educação, em relação aos cursos técnicos de nível médio. Nos cursos de educação presencial, para que fosse implementada a Educação a Distância, foram apoiados também na Portaria nº 4.059/2004, do MEC, além da Resolução nº 6/2012, do Conselho Nacional de Educação, relacionados aos cursos de graduação, como também aos cursos técnicos de nível médio. No contexto mundial, a modalidade EAD não é algo novo, mas ainda há pessoas que não tem tanta intimidade com as tecnologias, apresentando dificuldades em relação a isso. A falta de informações em relação a essa modalidade de ensino faz com que algumas pessoas sintam receios e apresente algum tipo de resistência. Contudo, percebe-se que as políticas públicas têm se preocupado, especificamente na Rede Federal de Educação, por meio do Plano Decenal de Educação (BRASIL, 2014), o qual foi um estímulo à modalidade EAD, como relata Franzin et al. (2014), pois acreditava-se que essa modalidade fosse a salvação das crises de eficiência e eficácia das instituições, a exemplo da evasão dos alunos, que é muito grande no Ensino Médio. É extremamente necessário dar suporte tecnológico ao aluno na modalidade EAD, porém é preciso ensiná-lo que isso não é tudo nessa maneira de aprender. Considerando o contexto histórico da EAD, percebe-se que existem algumas formas de atendimentos não presencial, Educação a Distância e novas modalidades de ensino 47 as quais já eram realizadas na educação básica de forma supletiva ou profissionalizante. SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “A valorização da EaD pelas empresas” (TAMOTO, Rejane), acessível pelo link: https://bit.ly/3g1Tuof/ (Acesso em 04/05/2020). Atualmente, para que a implantação do ensino a distância ocorra na totalidade das escolas, é preciso que haja máquinas, banco de dados e plataformas com a finalidade de serem utilizadas nessa modalidade de ensino, pois é preciso que as informações cheguem em tempo real, com a finalidade de construção coletiva de conhecimentos, por isso a necessidade de investir em tecnologias e formação de professores. No contexto da EAD, quando falamos em aprendizagem, o professor deve zelar para que ela aconteça de forma significativa para o aluno, de acordo com sua realidade, suas necessidades e seus interesses, respeitando a origem das informações. Também deve haver controle na organização, nas atividades, para que estas não se tornem sem sentido e mecânicas. Por isso, é necessário que os docentes planejem as atividades, os projetos pedagógicos, a avaliação e outros conceitos com o intuito de obter aproveitamento da carga horária parcial em EAD.É muito importante que o docente planeje todas as suas atividades e que uma parte delas se destine ao não presencial, além do presencial, pois elas devem ser organizadas de maneira diferente para cada modalidade. O docente deve trabalhar com materiais didáticos ou objetos relacionados à aprendizagem, com qualidade igualmente aos utilizados em sistemas presenciais, por intermédio de um modelo instrucional bem estabelecido e com equipes multidisciplinares. Portanto, devemos ter em mente que a modalidade de ensino EAD Educação a Distância e novas modalidades de ensino48 deve se ajustar ao modelo desejado para a formação presencial. Nesse contexto, a EAD será um artifício de agilidade dos cursos, escondendo a base da proposta escolhida para essa modalidade, buscando integrar o currículo e o incentivo à permanência dos alunos na Educação a Distância. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a modalidade de Ensino a Distância cada dia mais ganha repercussão, pois à medida que o mercado de trabalho cresce, mais há necessidade de profissionais capacitados para atuarem em áreas específicas. E nada melhor do que a modalidade EAD para dar suporte para quem não pode estudar presencialmente e trabalhar, optando assim pela modalidade a distância, a qual atende as suas necessidades. Portanto, os discentes podem estudar e aprender mesmo nos mais variados espaços e de acordo com seu tempo disponível com interatividade e com o apoio do tutor orientando a aprendizagem, a organização do aluno e autonomia nos estudos, ele consegue concluir com êxito. Educação a Distância e novas modalidades de ensino 49 BIBLIOGRAFIA ALVES, L. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância – ABED. v. 10. 2011. Disponível em: http://www.abed.org.br. Acesso em: 5 fev. 2018. BACICH, L.; TANZI NETO, A. e TREVISANI, F. Ensino híbrido: Personalização e tecnologia na educação. In: TREVISANI, F. (orgs.). Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015. BERNARDO, V. Educação a distância: fundamentos. Universidade Federal de São Paulo UNIFESP. Disponível em: http://www.virtual.epm.br/ material/tis/enf/apostila.htm#INTRODUÇÃO. Acesso em: 28 dez. 2009. BIZZO, N. Ensino de ciências e EAD. 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A valorização da EaD pelas empresas. Vagas. Disponível em: https://www.vagas.com.br/profissoes/a-valorizacao-do-ead-pelas- empresas/. Acesso em: 12 de maio 2020. Educação a Distância e novas modalidades de ensino52 Você sabia que a EAD é uma modalidade de Ensino a distância que ao longo dos tempos sofreu discriminação tanto no trabalho quanto na educação e em concursos públicos. Porém, com o passar dos anos, passou a ser vista como novos olhares pelas pessoas, que por algum motivo não podem estudar em ensino presencial por algum motivo e acabam optando por essa modalidade de ensino que é regulamentada pela
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