Buscar

censupeg setembro 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Unidade 1
Livro Didático 
Digital
Tatiana de Medeiros Santos
Educação a Distância 
e Novas Modalidades 
de Ensino
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autora 
TATIANA DE MEDEIROS SANTOS
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
A AUTORA
Tatiana de Medeiros Santos
Olá. Meu nome é Tatiana de Medeiros Santos. Sou formada em 
Pedagogia, com experiência técnico-profissional na área de educação, 
portanto sou especialista em Educação Infantil e também em Gestão 
Educacional. Sou mestre em Educação Popular e Doutora em Educação. 
Sou professora do Ensino Fundamental e Ensino Superior há mais de 10 
anos. Passei por empresas como a Universidade Federal da Paraíba, como 
professora substituta do curso Pedagogia e tutora a distância do curso 
a distância de Pedagogia; Prefeitura Municipal de João Pessoa, como 
professora da rede municipal de ensino; UNAVIDA – UVA e UNINASSAU, 
como professora. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. 
Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase 
de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Ensino Presencial, Híbrido e a Distância .........................................11
Educação e o Ensino Presencial, Híbrido e a Distância ..............................11
Origem e evolução da EAD ................................................................20
Educação a Distância no Mundo..........................................................................................20
Educação a Distância no Brasil ...................................................................................22
EAD no Ensino Superior.........................................................................29
Funcionamento da EAD no Ensino Superior...........................................................29
EAD na Educação Básica e Profissional.....................................40
Situando a EAD na Educação Básica e Profissional ...................................40
Educação a Distância e novas modalidades de ensino8
UNIDADE
01
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 9
INTRODUÇÃO
Você sabia que a educação a distância (EAD) é uma modalidade de 
ensino a distância que ao longo do tempo sofreu discriminação tanto no 
trabalho quanto na educação e em concursos públicos? 
Porém, com o tempo, passou a ser vista com novos olhares pelas 
pessoas que por algum motivo não podem estudar em ensino presencial 
e acabam optando pela EAD, que é regulamentada pela Lei de Diretrizes 
e Bases, Lei nº 9.394/1996. 
Muitas instituições de Ensino Superior acabaram optando por 
trabalhar nessa modalidade de ensino por meio de metodologias ativas e 
ensino híbrido, o que acabou ganhando muitos adeptos. 
Portanto, a EAD, em seu contexto histórico no Brasil, é tida como 
importante, pois é a possibilidade de alguns alunos poderem retomar 
seus estudos, já que trabalham e não possuem tempo para frequentar 
aulas presenciais. Assim, essa modalidade permite unir trabalho e estudo, 
por meio das tecnologias utilizadas pelas instituições brasileiras.
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste 
universo!
Educação a Distância e novas modalidades de ensino10
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Conceituar e diferenciar as modalidades educacionais, da 
presencial até as submodalidades da EAD;
2. Conhecer a história da EAD, compreendendo sua evolução e 
expansão no Brasil e no mundo;
3. Entender a legislação e a regulamentação da EAD no Ensino 
Superior;
4. Entender a legislação e a regulamentação da EAD na Educação 
Básica e Profissional de nível médio/técnico..
Vamos entender o que é Educação a Distância e como ela deve 
acontecer de acordo com normas, leis e decretos.
Então, preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
OBJETIVOS
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 11
Ensino Presencial, Híbrido e a Distância 
OBJETIVO
Conceituar e diferenciar as diversas modalidades 
educacionais, da presencial até as submodalidades da EAD.
Ao término deste capítulo, você será capaz de distinguir ensino 
presencial, híbrido e a distância. Também irá entender como a EAD 
deve ser colocada em prática e suas possibilidades metodológicas. Isso 
será fundamental para o exercício de sua profissão. E aí? Motivado para 
desenvolver essa competência? Então, vamos lá. Avante!
Educação e o ensino presencial, híbrido e a 
distância 
Na era da informação, comunicação e das tecnologias, 
transformações estão acontecendo a todo momento e entendemos que a 
educação deve procurar acompanhar e se adaptar a essas mudanças. Os 
alunos e professores que ainda são analfabetos digitais devem procurar 
se capacitar e correr para quebrar essa barreira, pois devemos usar as 
tecnologias em prol do processo de aprendizagem.
Figura 1 - Informação, comunicação e tecnologias
Fonte: @pixabay
Educação a Distância e novas modalidades de ensino12
Os autores Lima e Moura (2015) explicam que o acesso às ferramentas 
digitais e o seu uso estão cada vez mais simplificados, não precisa ser 
de grandes conhecimentos na área da informática, e sim executá-las em 
prol da aprendizagem, muitas vezes basta que haja interesse e pesquisa 
para aprender por meio de ferramentas de busca via internet. Os próprios 
colegas de trabalho podem fazer uma formação no dia do planejamento 
escolar, podem também gravar pequenos vídeos explicativos com a 
finalidade se adaptar às tecnologias. Mais uma vez é preciso despertar o 
interesse em aprender e colocar os conhecimentos em prática.
De acordo com Sunaga e Carvalho (2015), temos a tradição de 
nossos alunos irem para a escola e terem aulas expositivas, voltando para 
casa com o caderno cheio de conteúdos copiados de uma lousa. A crença 
é que esse método de ensino é muito eficiente. 
Atualmente, com a possibilidade do uso das novas tecnologias e 
a facilidade de acesso à informação, temos que entender que a escola 
precisa repensar sua prática, pois as informações estão chegando por 
meio da internet, não só nas casas das pessoas, mas em todos os lugares 
por peos computadores, notebooks, celulares, tablets, entre outros. 
Assim, as pessoas podem aprender em qualquer lugar e a qualquer hora. 
Nesse sentido, ao ter essa consciência, precisamos entender que 
a escoladeixa de ser um dos principais locais na busca da informação. 
Sendo assim, ela precisa se atualizar, não no sentido de diminuí-la, e sim 
de suas possibilidades de expansão, pois cabe a ela usar as tecnologias à 
favor do processo de ensino e aprendizagem. Desse modo, cabe aos que 
fazem a escola proporcionar aos seus profissionais essas possibilidades, 
capacitar professores e alunos no sentido de trazer essa inovação para o 
processo de ensino e aprendizagem. 
Você pode estar aí do outro lado se perguntando, como deve ser 
o processo de educação mediante essas transformações que ocorrem 
diariamente em nossa sociedade? 
A educação pode e deve acontecer por meio das tecnologias, mas 
não pode ser rígida nem flexível demais, porque é digital. Possibilidades 
existem muitas e nós educadores devemos nos unir às tecnologias em 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 13
prol do processo de ensino e aprendizagem, por isso também pode 
acontecer de forma híbrida, por meio de um ensino que seja presencial e 
a distância, os quais iremos compreender agora.
O ensino presencial é entendido como uma forma de ensinar e 
aprender em que professor e aluno devem estar presencialmente em um 
determinado local, geralmente é uma sala de aula, no mesmo dia, tempo 
e local determinado para que ela aconteça. Já o ensino a distância é 
marcado pela separação de espaço físico entre professor e aluno, ambos 
não precisam estar no mesmo local para que uma aula aconteça. A 
transmissão dos conteúdos é realizada pela utilização de tecnologias de 
comunicação e informação, rompendo barreiras de espaços geográficos 
e de tempo (COUTINHO, 2009, p. 2014).
O estudante tem autonomia e responsabilidade de poder ter acesso 
ao ensino sem ter dia, horários fixos e obrigatoriedade de estar no mesmo 
local em que o professor se encontra. Para tanto, é primordial que o aluno 
tenha autonomia para realizar as suas atividades, que geralmente têm 
prazo máximo para serem realizadas e entregues ao professor, assim, o 
aluno pode e deve criar o seu próprio cronograma de estudos. 
Estar longe do professor não quer dizer que estudar seja tarefa fácil, 
moleza e nem separa o estudante e professor, pois é com o auxílio das 
tecnologias e uso da internet que são produzidos meios para reduzir as 
distâncias, não excluindo o contato direto entre alunos e professores.
Bom, até agora vimos um pouco do ensino presencial e do ensino a 
distância e o que é o ensino híbrido, então? 
Sobre ensino híbrido, os autores Christensen, Horn e Staker 
(2013) explicam que foi nos Estados Unidos que foram desenvolvidas 
metodologias em que há combinação entre ensino tradicional e tecnologia 
digital. O ensino híbrido é um programa de educação formal em que há 
alunos que se encontram e aprendem com parte do ensino acontecendo 
de forma on-line e, para isso acontecer, é preciso que haja locais com 
controle dos alunos que pretendem estudar. 
Esse instrumento de controle deve registrar tanto o tempo em que 
o aluno passou no ambiente de aprendizagem estudando como o lugar, 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino14
modo ou ritmo do estudo. A outra parte dos estudos deve acontecer em 
um espaço físico e supervisionado em um local que não seja a casa do 
estudante. (COUTINHO, 2009, p. 2014)
Observa-se que o ensino com o auxílio das tecnologias pode e 
deve auxiliar o professor a realizar a particularização da aprendizagem 
dos seus respectivos alunos, proporcionando assim a inclusão de número 
muito maior de alunos, pois eles podem estudar dentro do seu ritmo, 
tempo disponível e de acordo com os conhecimentos já adquiridos. Essa 
forma de ensinar pode ter diversas vantagens, mas é preciso que o aluno 
tenha autonomia para definir seus horários e cumpri-los. Sendo assim, é 
possível compreender que no ensino híbrido haverá momentos em que 
a aprendizagem acontecerá parte em casa e parte em aulas presenciais.
Sobre o significado do termo “hibridismo”, temos Moran (2015, p. 27) 
explicando que: 
Híbrido significa misturado, mesclado, blended. A educação 
sempre foi misturada, híbrida, sempre combinou vários 
espaços, tempos, atividades, metodologias, públicos. Esse 
processo, agora, com a mobilidade e a conectividade, é muito 
mais perceptível, amplo e profundo: é um ecossistema mais 
aberto e criativo. Podemos ensinar e aprender de inúmeras 
formas, em todos os momentos, em múltiplos espaços. 
Híbrido é um conceito rico, apropriado e complicado. Tudo 
pode ser misturado, combinado e podemos, com os mesmos 
ingredientes, preparar diversos ‘pratos’, com sabores muito 
diferentes.
É preciso entender que a educação é muito ampla e tem inúmeras 
possibilidades de acontecer de forma ativa e bem diversificada, ou seja, 
ela deve acontecer por meio do diálogo, de maneira que as competências 
e habilidades que o aluno deve alcançar sejam claras para ele, as quais 
devem ser diversificadas por meio de currículos e práticas adequadas à 
realidade da escola. 
Sendo assim, em relação ao ensinar, pode-se entender que a 
aprendizagem dos alunos pode acontecer de diferentes formas, de modo 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 15
progressivo, contínuo, que vão do presencial e/ou a distância; híbridos; 
intencionais e/ou não intencionais; formais e/ou informais e, ainda, os 
sistematizados e abertos. 
Assim, podemos entender que existem vários percursos na busca 
por aprendizagens, que podem acontecer tanto individual como em 
grupo.
Ainda sobre a educação e o ensino híbrido, os autores Bacich, 
Tanzi Neto e Trevisani (2015, p. 41) defendem que não há um modelo de 
ensinar, e sim vários na busca da aprendizagem do aluno, que deve ser 
um processo contínuo e que para essa aprendizagem acontecer deve-
se buscar diferentes formas, em diferentes espaços, por isso é possível 
encontrar diferentes definições para o ensino híbrido e que vão sempre 
se reportar a dois modelos de aprendizagem: “[...] o modelo presencial, 
em que o processo ocorre em sala de aula, como vem sendo realizado 
há tempos, e o modelo on-line, que utiliza as tecnologias digitais para 
promover o ensino [...]”. Os autores ainda afirmam que um complementa o 
outro na busca interativa por novas experiências, explicando que: 
O papel desempenhado pelo professor e pelos alunos sofre 
alterações em relação à proposta de ensino considerado 
tradicional, e as configurações das aulas favorecem momentos 
de interação, colaboração e envolvimento com as tecnologias 
digitais. O ensino híbrido configura-se como uma combinação 
metodológica que impacta na ação do professor em situações 
de ensino e na ação dos estudantes em situações de 
aprendizagem. (BACICH; TANZI NETO, TREVISANI, 2015, p. 41)
Nesse ínterim, chegamos ao entendimento de que o conhecimento 
do uso das tecnologias também é importante para promover novas 
aprendizagens, e cabe ao professor buscar se atualizar para trabalhar 
sempre com as ferramentas digitais que mudam constantemente em prol 
do processo de ensino e aprendizagem. 
No ensino a distância, o trabalho com os conteúdos devem ser 
flexíveis, ter objetivos e ser de fácil acesso. Esse trabalho do professor 
em sala de aula e por meio das tecnologias deve ocorrer por projetos 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino16
que podem ser desenvolvidos de forma individual ou em grupo. O 
professor e, se for o caso, o tutor devem ter acesso e acompanhar cada 
aluno na plataforma virtual de aprendizagem, além de permitir uma 
interação ativa nesses ambientes de aprendizagem, nos quais cada 
aluno tem a possibilidade de desenvolver suas competências cognitivas 
e socioemocionais. Por isso, é preciso ter planejamento, ser flexível e 
entender que há várias opções para que tudo isso aconteça em termos 
de possibilidades de tempo, espaço, métodos e recursos. 
Existem muitas discussões em relação a proporcionar 
transformações na área da educação,mas ainda está muito limitado à 
busca por modelos de design fechado, homogêneos, como receitas de 
bolo, nos quais estão focados em conteúdos e competências. 
É preciso ampliar esse olhar para possibilidades, e não centrar 
em ou outro, optando pela busca de padronização. Vamos entender um 
pouco mais sobre esses modelos que podemos chamar de padronizados 
na educação formal: 
 • Blended learning, semipresencial, que se misturam 
e trabalham por meio de formas físicas e digitais, que 
podem ser realizadas em grupos ou em vários momentos, 
sendo flexível, permitindo orientar o aluno a se organizar 
para ter autonomia, estudar e se organizar de acordo com 
o tempo disponível (MORAN, 2015).
 • Metodologias ativas: ocorrem por meio de práticas, 
projetos e atividades, as quais requerem envolvimento, 
colaboração e personalização, sejam presenciais ou não 
(MORAN, 2015).
 • Modelo on-line: Acontece quando professor e alunos 
estão juntos (on-line) em tempo real, devem interagir por 
meio de ferramentas tecnológicas, a exemplo de chats, 
fóruns, blogs, chamada de vídeo on-line, entre outros, nos 
quais o professor pode escolher entre participar junto aos 
alunos de forma individual ou em grupo (MORAN, 2015).
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 17
As ferramentas de aprendizagem digitais podem ser dinâmicas 
ou não, o professor precisa estar atento, pois pode estar utilizando-as 
de forma muito mecânica, mas a ideia é se abrir para o uso adequado 
e que trilhem por caminhos que permitam usar essas ferramentas para 
compartilhamento de ideias, coautoria, publicação e divulgação das 
diferentes narrativas. 
Todas essas atividades podem acontecer em uma plataforma virtual, 
na qual professores e tutores devem mediar as atividades explicando-as, 
resolvendo dúvidas e possíveis dificuldades dos alunos. 
Por meio do ensino híbrido, percebe-se que há possibilidades de 
atuar de forma ativa, proporcionando ao aluno aprender de maneira mais 
interessante e, com isso, utilizar-se desses meios para que eles se tornem 
mais participativos, críticos e reflexivos no processo educativo. 
Ratificando esses modelos de ensino, sobre o ensino interativo, 
Lima e Moura (2015, p. 78) recomendam fazer um planejamento e, para o 
uso do ambiente de aprendizagem, é necessária: 
[...] a instrução, o professor deve selecionar ou criar um vídeo 
adequado; se o objetivo é a interatividade, ele pode escolher 
um game ou um simulador; e se a meta é avaliar, ele deve 
escolher uma ferramenta eficiente no levantamento de dados 
para transformar feedback em orientação educacional. Em 
um planejamento de aula eficiente, devem ser escolhidas as 
ferramentas e a forma de utilizá-las, bem como se definir o 
papel do aluno e do professor. Quando o docente instrui uma 
atividade, ele pode utilizar o tempo de realização para ter 
contato com os estudantes que apresentam mais dificuldades 
e auxiliá-los de forma personalizada.
Para trabalhar com metodologias ativas, é preciso ter claras as 
estratégias de ensino, pois o próprio nome já nos informa que o aluno 
deve ter no processo de ensino e aprendizagem sua participação ativa, 
que pode acontecer tanto nas aulas presenciais como on-line (hibridismo). 
Portanto, entende-se que o aluno é o foco da aprendizagem e precisa 
de atividades as quais possa conseguir realizar operações mentais, 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino18
de maneira individualizada e com a proposta de se adaptar a diversas 
situações.
Nesse sentido, o professor deve ter atenção, cuidado com atividades, 
apesar de ser em sala de aula ou com o auxílio de tecnologias, pois elas 
precisam estar direcionadas para formar o cidadão crítico reflexivo no 
caminho de ampliar os conhecimentos dos alunos.
Lima e Moura (2015) explicam que o que irá trabalhar o ensino 
híbrido não se trata de somente propor a atividade, é preciso que se 
dedique tanto a um bom planejamento como conhecer, testar, escolher e 
validar ferramentas digitais nas quais vai trabalhar junto aos seus alunos. 
Sobre o ato de “testar” explica que é preciso pesquisar, conhecer a sua 
ferramenta pedagógica/tecnológica, buscando instrumentos cada vez 
mais simples e concisos. 
Sobre essa questão, os autores esclarecem, ainda, que o professor 
precisa estar atento se a ferramenta definida realmente será útil para atingir 
os objetivos de aprendizagem propostos. Avaliar também é necessário, 
pois exige que o professor verifique se o instrumento alcançou o mínimo 
de aprendizagem necessária. 
Seja qual for o ambiente de aprendizagem escolhido para transmitir 
uma aprendizagem formal ou informal, por meio de redes sociais, blogs, 
videoaulas, aulas em tempo real, entre outros, as atividades devem ser 
planejadas para serem significativas.
Desse modo, o ensino que envolve aulas presenciais e por meio 
do uso de recursos tecnológicos, o qual chamamos de ensino híbrido, 
pode e deve ser implementado em espaços formais de aprendizagens 
e não formais. Por que digo isso? Porque os alunos podem aprender por 
meio de vídeos que podem ser publicados em plataformas abertas, sem a 
necessidade do uso de senhas, como também podem aprender diversos 
cursos com a responsabilidade de serem diplomados por esse curso, 
em plataformas em que haja o controle de sua frequência, proporcione 
aprendizagens e avaliação conforme manda a nossa legislação da 
educação, as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/1996.
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 19
Desse modo, vamos ver nos próximos capítulos a ampla 
possibilidade de acesso nesse âmbito de ensino. Todavia, não se pode 
esquecer que o professor deve ser desafiado a proporcionar para os seus 
alunos, atividades que desenvolvam desde o raciocínio e a reflexão do 
aluno até desafios para realizar essas atividades. Ao fazê-las, também 
pode-se propor buscar por soluções e respeitar o ritmo de aprendizagem 
de cada um de seus alunos. 
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que vivemos em uma era digital e que devemos estar 
capacitados para acompanhar essas tecnologias em 
prol da educação. A educação a distância, utilizando as 
tecnologias, deve trabalhar com metodologias ativas, ser 
flexível, marcada pelo distanciamento do espaço físico do 
docente e do aluno, que não precisam estar no mesmo 
espaço para que ocorra a construção do conhecimento, 
que ocorre pela utilização das tecnologias de comunicação 
e informação rompendo as barreiras de espaço e tempo.
Educação a Distância e novas modalidades de ensino20
Origem e Evolução da EAD
OBJETIVO
Conhecer a história da EAD, compreendendo sua evolução 
e expansão no Brasil e no mundo.
Educação a Distância no mundo
Neste capítulo, você será capaz de entender a história da EAD, 
compreendendo sua evolução e expansão no Brasil e no mundo. Isso 
será fundamental para o exercício de sua profissão. E aí? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Figura 2 - Ensino a Distância
 
Fonte: @pixabay
A Educação a Distância na atualidade é praticada em diversos 
locais. Pode acontecer na Educação Básica, no Ensino Superior, em 
Universidades Abertas, Universidades Virtuais, formações de profissionais, 
treinamentos, cursos abertos e fechados, livres etc. (MAIA; MATTAR, 2007).
Existem vários conceitos de Educação a Distância. Todos chegam 
a pontos em comum. Dessa forma, Bernardo (2009) aponta o conceito de 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 21
homem em 1967, que enfatiza como uma a forma de estudo na Educação 
a Distância. 
Algumas súmulas destacam as epístolas de São Paulo às 
comunidades cristãs da Ásia Menor, registradas na Bíblia, como a origem 
histórica da Educação a Distância (GOLVÊA; OLIVEIRA,2006).
Ponderando a informação anterior, podemos entender que 
também existem outros marcos históricos, a partir do século XVIII, que 
consolidaram a Educação a Distância no mundo (CORREA, 2005, p. 17-19).
PANORAMA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO MUNDO
1829 Suécia, Instituto Líber Hermondes (150.000 usuários).
1840
Reino Unido, Faculdade Sir Isaac Pitman – Primeira escola por 
correspondência na Europa.
1892
EUA, Universidade de Chicago - Divisão de Ensino por 
Correspondência para preparação de docentes no Departamento de 
Extensão.
1922 União Soviética, ensino por correspondência (350.000 usuários).
1948 Noruega, primeira legislação para escolas por correspondência.
1969 Reino Unido, fundação da Universidade Aberta (200.000 alunos).
1977 Venezuela, fundação Universidade Nacional Aberta.
1978 Costa Rica, Universidade Estadual a Distância.
1984 Holanda, implantação da Universidade Aberta.
1985
Fundação da Associação Europeia das Escolas por Correspondência 
(AEEC).
1985
Índia, implantação da Universidade Nacional Aberta Indira Gandhi 
(242.000 alunos).
1987
Resolução do Parlamento Europeu sobre Universidades Abertas na 
Comunidade Europeia.
1987
Fundação da Associação Europeia de Universidades de Ensino a 
Distância.
1988 Portugal, fundação da Universidade Aberta.
1990
Implantação da rede Europeia de Educação a Distância, baseada na 
declaração de Budapeste.
1991
Relatório da Comissão sobre Educação Aberta e a Distância na 
Comunidade Europeia. 
Fonte: Elaborado a partir de Corrêa (2005, p. 17-19).
Educação a Distância e novas modalidades de ensino22
Após mencionar marcos histórico, acontecimentos e instituições, 
destaco que todos significaram o caminho para a consolidação da 
Educação a Distância, que atualmente é ofertada no mundo todo. Isso é 
destaque porque atualmente a EAD está presente em mais de 80 países, 
em todos os níveis de ensino, acolhendo milhões de alunos (GOLVÊA; 
OLIVEIRA, 2006).
Na atualidade, cresce o número de instituições e empresas que 
trabalham com treinamento de recursos humanos por meio da Educação a 
Distância. As universidades a distância têm aliado-se às novas tecnologias 
de informática e de telecomunicação, tais como a Universidade a Distância 
de Hagen, que promoveu Educação a distância com material impresso, 
em 1975 (BERNARDO, 2009). Na atualidade, o material didático é inserido 
por meio das tecnologias da informação e comunicação. Tudo isso foi 
potencializado pelo uso da internet. Como vimos, nas universidades 
abertas, tais como as da Inglaterra, Holanda e Espanha, estão seguindo 
esse caminho. 
Educação a Distância no Brasil
Acredita-se que não há registros sobre os primórdios da 
Educação à Distância no Brasil, mas a primeira que tem registro nessa 
modalidade de ensino acontece por volta do final do século XX, quando, 
por meio do uso da correspondência, os agricultores e pecuaristas 
europeus recebiam, por cartas, os ensinamentos de como plantar ou 
cuidar do rebanho.
Figura 3 - Educação a distância no Brasil
Fonte: @pixabay
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 23
É importante registrar os dados de Côrreia (2005, p. 21-22), pois 
a autora faz uma retrospectiva detalhada em relação a iniciativas de 
Educação a Distância do Brasil e nela podemos perceber que a tecnologia 
utilizada para promover a educação a distância mudava conforme o 
tempo e o espaço. Assim, essa tecnologia foi sendo ofertada na história 
da Educação a Distância em nosso país, vamos ver!
Panorama da Educação a Distância no Brasil
1923/1925 Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
1923 Fundação Roquete Pinto – Radiodifusão.
1939 Marinha e Exército – cursos por correspondência.
1941
Instituto Universal Brasileiro – cursos por correspondência, 
formação profissional básica.
1958
Universidade de Santa Maria (RS) - a televisão passou a ser utilizada 
para a difusão de programas educativos.
1970 Projeto Minerva – cursos transmitidos por rádio em cadeia nacional.
1974
TVE do Ceará – cursos de quinta à oitava série, com material 
televisivo, impresso e com monitores.
1976
Senac – Sistema Nacional de Teleducação, cursos por meio de 
material instrucional (em 1995 já havia atendido 2 milhões de 
alunos).
1979
Colégio Anglo-Americano (RJ) – atua em 28 países, com cursos por 
correspondência para brasileiros residentes no exterior, em nível de 
1º e 2º graus.
1979
UnB – cursos veiculados por jornais e revistas; em 1989 transforma 
no CEAD e lança o Brasil EAD.
1991
Fundação Roquette Pinto – programa Um salto para o Futuro, para 
a formação continuada de professores do Ensino Fundamental.
1995
Secretaria Municipal de Educação – MultiRio (RJ) – cursos de 
quinta à oitava série, por meio de programas televisivos e material 
impresso.
1995 Programa TV Escola – MEC.
1996
Secretaria de Educação a Distância (SEED), em substituição à 
Coordenadoria Nacional de Educação a Distância, criada em 1992, 
com o objetivo de traçar e implementar as políticas de EAD no 
Brasil, na estrutura do MEC.
2000
Unirede – Rede de Educação Superior a Distância – consórcio que 
reúne 68 instituições públicas do Brasil.
2005 Criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB).
Fonte: Adaptado de Corrêa (2005, p. 21-22).
Educação a Distância e novas modalidades de ensino24
Em 1904, o Jornal do Brasil divulga o curso por correspondência de 
datilografia. Em 1923, por meio do rádio, um grupo liderado por Henrique 
Morize e Edgard Roquette Pinto mencionou a Rádio Sociedade do Rio de 
Janeiro, que estava por oferecer uma diversidade de cursos: Português, 
Francês, Silvicultura, Literatura Francesa, Esperanto, Radiotelegrafia e 
Telefonia (ALVES, 2011). 
No finalzinho da década de 1930, em São Paulo, nasce o Instituto 
Monitor, que constituiu o primeiro instituto brasileiro a ofertar cursos 
profissionalizantes por correspondência e, já entrando na década de 1940, 
o Instituto Universal Brasileiro. 
Conforme Alves (2011, p. 7), o Instituto Universal Brasileiro foi:
[...] o segundo instituto a oferecer cursos profissionalizantes 
sistematicamente. Foi fundado por um ex-sócio do 
Instituto Monitor, hoje possui cerca de 200 mil alunos; 
juntaram-se esses dois institutos e outras organizações 
similares, que foram responsáveis pelo atendimento 
de milhões de alunos em cursos abertos de iniciação 
profissionalizantes à distância.
Em 1942, temos a primeira Universidade do Ar, que durou até 1944. 
Em 1947, temos a Nova Universidade do Ar, patrocinada pelo Serviço 
Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social do Comércio 
(Sesc) e emissoras associadas. 
Torres (2009, p. 197) afirma que existiram outras ações do Senac: 
[...] na década de 1950, a Universidade do Ar chegou a atingir 
318 localidades e 80 mil alunos. A experiência, levada a efeito 
até 1961, é parte da história da EAD no país. Em 1976, foi 
criado o Sistema Nacional de Teleducação e foram realizadas 
algumas experiências com rádio e TV. No período 1988/1991, 
procedeu-se a informatização e a reestruturação do sistema e, 
em 1995, foi criado um setor destinado exclusivamente à EAD 
— o Centro Nacional de Educação a Distância (Cead).
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 25
Por volta da década de 1960, surgem os Movimento de Educação 
de Base (MEB) por meio da Rádio Educativa (Igreja Católica junto ao 
Governo Federal), que acontecia com a intenção de democratizar acesso 
à educação. 
A década de 1970 marca acontecimentos importantes na Educação 
a Distância: tinhamos instituído o Projeto Minerva, que aconteceu por meio 
de um convênio da Fundação Padre Landell de Moura, com a Fundação 
Padre Anchieta, que tinha o intuito de produzir textos e programas. O 
telecurso foi ofertado pela Fundação Roberto Marinho, transmitida pela 
Rede Globo, um programa de educação que funcionava por meio de 
supletivo a distância, o qual se destinava ao Ensino Fundamental e ao 
Ensino Médio. 
Em 1992 foi criada a Universidade Aberta de Brasília(Lei nº 403/1992). 
Nisso, ampliou-se o conhecimento cultural, com a organização e o ensino 
superior, englobando tanto a graduação como a pós-graduação. Em 
1995, é fundada a TV Escola (canal educativo da Secretaria de Educação 
a Distância do Ministério da Educação). 
Em 1996, é fundada a Secretaria de Educação a Distância (SEED) 
pelo Ministério da Educação. Também é instituída a Lei de Diretrizes e 
Bases para a Educação Nacional, Lei nº 9.394/1996. Nesta lei, é oficializada 
a educação a distância como modalidade válida e equivalente para todos 
os níveis de ensino. 
Em 2005, temos o Decreto n° 5.622/2005, que revogou os Decretos 
n° 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e n° 2.561, de 27 abril de 1998, com 
normatização definida na Portaria Ministerial n° 4.361, de 29 de dezembro 
de 2004. 
Ainda em 2005, é fundada a Universidade Aberta do Brasil em 
parceria com o MEC, na modalidade a distância. 
Em 2006, temos o Decreto n° 5.773/2006, que dispõe sobre as 
funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação 
superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema 
federal de ensino, incluindo os cursos da modalidade a distância. 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino26
Em 2009, temos a Portaria nº 10/2020, que fixa critérios para a 
dispensa de avaliação in loco e dá outras providências para a Educação 
a Distância no Ensino Superior no Brasil. E no ano 2011 é extinta a SEED 
(ALVES, 2011).
Figura 4 - Autonomia do aluno para estudar
Fonte: @pixabay
Desse modo, é perceptível o que acontece de fato apesar da 
distância física entre professores e alunos. Ambos se comunicam pelo uso 
de ferramentas de aprendizagens, que são inovações trazidas pela EAD 
e que se constituem em um desafio para as instituições de ensino. Não 
podemos esquecer que para trabalhar com a EAD requer que sejam feitos 
investimentos em tecnologia de forma prosperada, pois é requisito para 
que a mediação aconteça. É preciso que professores e alunos mudem a 
mentalidade de só servir o modelo pedagógico presencial. 
Há autores que categorizam a EAD em gerações, embora possa 
haver divergências em relação a essas gerações na história da Educação 
a Distância no Brasil, é necessário destacar que o seu desenvolvimento 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 27
se deu por tecnologias e que elas variaram de acordo com o tempo e 
espaço em que foram vivenciadas pelas instituições brasileiras: 
Embora possa haver divergências quanto ao número de 
gerações de EAD, se três, quatro ou cinco, elas devem ser 
entendidas a partir da tecnologia disponível no momento. 
Iniciando como cursos por correspondência, tendo por base 
o material impresso (primeira geração), a EAD evoluiu com a 
introdução do rádio e da televisão, passando a utilizar mídias 
como áudio e videocassetes (segunda geração), chegando 
à utilização das TICs baseadas no uso do computador e da 
interatividade, a partir da Internet, de tele e videoconferências 
(terceira e quarta gerações). Presentemente, associam-se 
as mídias digitais como CD-ROM e DVD, caminhando para o 
uso da TV digital. A possibilidade de utilização da inteligência 
artificial para respostas automatizadas e tutoria inteligente 
pode representar a abertura de uma nova geração, ainda em 
desenvolvimento. (KIPNIS, 2009, p. 210)
A Educação a Distância é uma modalidade de ensino considerada 
inclusiva e a mais democrática das modalidades de educação. Tem a 
vantagem de usar as tecnologias de informação e comunicação para 
transmitir conhecimentos e se constitui em um instrumento capaz de dar 
conta de grande quantidade de pessoas, chegando em locais distantes 
em que antes nunca foram ministrados os ensinamentos e ainda contempla 
os que não podem estudar presencialmente, por motivo de não poder 
estar em horários pré-estabelecidos.
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: 
“O processo histórico da educação a distância e suas 
implicações: desafios e possibilidades” (LOPES, Maria 
Cristina et al.), acessível pelo link: https://bit.ly/3eU02nr 
(Acesso em 10/05/2020).
Educação a Distância e novas modalidades de ensino28
No mundo, cresce a oferta de cursos formais e informais através 
da modalidade de Educação a Distância. No Brasil, essa modalidade de 
educação está abraçada tanto por órgãos públicos e privados como em 
diversos cenários educativos e de ensino. O governo federal também criou 
normas e decretos, com a finalidade de manter a qualidade do ensino. 
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que a EAD é uma modalidade de ensino que cresce cada 
dia mais devido à necessidade de alguns alunos terem que 
trabalhar ou por outros motivos e não poderem estudar 
presencialmente, mas que tem o desejo de terminar 
ou realizar seus estudos e essa modalidade de ensino 
se encaixa com o tempo e espaço que eles têm para 
estudar. No Ensino Superior, as universidades viram essa 
modalidade de ensino como forma de incluir o aluno ao 
meio social, capacitando-os, e nada melhor do que o uso 
das tecnologias para aliar a educação que ocorreu por 
vários meios, desde cartas, rádios, televisão, cursos pelos 
correios até as mais sofisticadas tecnologias em prol da 
qualidade do ensino.
 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 29
EAD no Ensino Superior
OBJETIVO
Entender a legislação e a regulamentação da EAD no 
Ensino Superior. Ao término deste capítulo, você será capaz 
de entender como funciona o Ensino a Distância e seus 
respectivos marcos legais. Isso será fundamental para o 
exercício de sua profissão. E aí? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então, vamos lá. Avante!
Funcionamento da EAD no Ensino Superior
A primeira vez que o ensino a distância foi mencionado em nossa 
legislação, foi na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, 
Lei nº 9.394/1996. Sua regularização ocorreu a partir dela, quando foi 
apresentada como modalidade de ensino a distância e, a partir disso 
foram sancionadas outras normas, diretrizes e decretos.
Figura 5 - Educação a Distância
Fonte: @pixabay
Educação a Distância e novas modalidades de ensino30
Atualmente, a modalidade de Ensino a Distância (EAD) é vista como 
democrática. É por meio das tecnologias da comunicação, pelo uso da 
internet, que proporciona o aluno a obter conhecimento, seja em tempo 
real ou semipresencial. É uma aula que pode acontecer com professores, 
tutores e alunos, de forma que estejam juntos no mesmo tempo e local, 
mas cumprindo duas missão, cada qual com suas particularidades de 
ensinar ou aprender. Uma vantagem é que essa modalidade permite que 
o aluno trabalhe e estude.
Sobre a legislação existente para normatizar como deve acontecer 
a EAD e para que sua credibilidade seja atestada, existem Decretos, 
leis e atos normativos que asseguram o ensino da modalidade EAD, 
as quais passam por atualizações, pois estão sempre na busca de 
garantir a qualidade do ensino a distância. Sendo assim, temos como 
base para a regulamentação das Instituições de Ensino Superior o art. 
80 da LDBEN nº 9.394/1996. 
A modalidade EAD, desde a sua inicialização até a atualidade, 
trabalha com o ensino a distância, a novidade é que ganha ênfase com 
o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, 
com foco nas propostas pedagógicas e objetivos de aprendizagens, e 
ganha o boom com o auxílio do uso da internet, pois antes acontecia 
por meio do uso da televisão, do rádio e de impressos, que também 
oportunizaram aos alunos flexibilizar espaço e tempo para que 
pudessem estudar e se formar de maneira regulamentada por lei. 
Voltando à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que 
propõe essamodalidade de ensino por meio do art. 80, ficou a cargo 
do Poder Público estimular o desenvolvimento e a veiculação de 
programas de ensino a distância, que passa a atender todos os níveis 
e modalidades de ensino, incluindo a educação continuada, como 
podemos ver a seguir: 
Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a 
veiculação de programas de ensino a distância, em todos os 
níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 31
§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime 
especiais, será oferecida por instituições especificamente 
credenciadas pela União. 
§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de 
exames e registro de diploma relativos a cursos de educação 
a distância. 
§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de 
programas de educação a distância e a autorização para sua 
implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, 
podendo haver cooperação e integração entre os diferentes 
sistemas. 
§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, 
que incluirá: 
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens; 
II - concessão de canais com finalidades exclusivamente 
educativas; 
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, 
pelos concessionários de canais comerciais.
A modalidade EAD foi inserida no Brasil com maior ênfase a partir da 
credibilidade das Instituições de Ensino Superior (IES), como uma forma 
atualizada de ensinar e, por outros, com muita desconfiança. A crença era 
de que essa modalidade limitava, e muito, a aprendizagem dos alunos. 
Em meio a esses debates, tinha-se a necessidade de colocar em 
prática o que foi determinado pela LDB (9.394/1996) de forma crítica, com 
o estabelecimento de normas e procedimentos que tenha por objetivo 
assegurar a confiança de seu desenvolvimento. 
As Instituições de Ensino Superior acreditavam na inclusão social 
que o Ensino a Distância poderia fazer, contemplando as pessoas que por 
algum motivo não podiam estudar presencialmente.
Educação a Distância e novas modalidades de ensino32
No Brasil, desde 1999 até 2009, percebeu-se que houve 
modificações na modalidade de ensino a distância, mas ainda há muito a 
percorrer em relação a essa modalidade, com o anseio de que a mesma 
ocupe seu devido lugar na educação contemplando todos os níveis, 
inclusive quebrando barreiras de preconceitos. 
Após nove anos a LDBEN (9.394/1996) ter garantido a modalidade 
de Educação à Distância, novas discussões foram realizadas em prol 
de regulamentar e disciplinar essa modalidade de ensino para o Ensino 
Superior. 
Percebe-se que ainda há resquícios de preconceitos contra 
qualquer modalidade de ensino. Nos Institutos de Ensino Superior 
e em algumas regiões nacionais, já há quebras de barreiras e de 
preconceitos relacionados à EAD, a qual passa a criar seu espaço e 
complementar o modelo de ensino tradicional.
Portanto, a regulamentação da EAD contribui para começar a 
quebrar barreiras em relação a preconceitos com essa modalidade 
que perdurou por anos, devido à falta de conhecimento, e que agora é 
garantida na lei, a qual assegura que temos a mesma qualidade no ensino.
Desse modo, entende-se que foi por meio da leitura do art. 80 que 
a legislação consentiu avanços, quando passou a permitir que a modalidade de 
Ensino a Distância estivesse presente em todos os níveis. 
Nesse contexto, buscando regulamentar o artigo mencionado, o 
Executivo Federal passou a baixar uma variedade de decretos, sendo 
o primeiro deles no ano de 1998, que por intermédio do desempenho 
apresentado no processo educacional no decorrer dos últimos anos, 
alguns foram revogados e outros substituídos. 
Em 2005, no dia 19 de dezembro, o Decreto nº 5.622 teve cunho 
inovador, devido a permitir desenvolver uma política nacional de educação 
a distância com diretrizes norteadoras, passando a serem fixas para os 
sistemas de ensino do país. O decreto está dividido em seis capítulos, que 
apresentam 37 artigos e subdivisões em parágrafos e incisos. 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 33
Mas foi por meio do Ensino Superior quem mais se destacou e se 
desenvolveu nessa área. Por isso foi instituído o Decreto nº 5.622, de 20 de 
dezembro de 2005, que normatiza como deve acontecer a modalidade 
de Ensino a Distância nos IES, a exemplo do que podemos ler a seguir 
no artigo primeiro e segundo do decreto citado: 
Art. 1º Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação a 
distância como modalidade educacional na qual a mediação 
didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem 
ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação 
e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo 
atividades educativas em lugares ou tempos diversos. 
§ 1º A educação a distância organiza-se segundo metodologia, 
gestão e avaliação peculiares, para as quais deverá estar 
prevista a obrigatoriedade de momentos presenciais para: 
I - avaliações de estudantes; 
II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação 
pertinente; 
III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando 
previstos na legislação pertinente; 
e IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando 
for o caso. 
Art. 2º A educação a distância poderá ser ofertada nos 
seguintes níveis e modalidades educacionais: 
I - educação básica, nos termos do art. 30 deste Decreto; 
II - educação de jovens e adultos, nos termos do art. 37 da Lei 
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; 
III - educação especial, respeitadas as especificidades legais 
pertinentes; 
IV - educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e 
programas: 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino34
a) técnicos, de nível médio; 
b) tecnológicos, de nível superior;
V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e 
programas: 
a) sequenciais; 
b) de graduação; 
c) de especialização; 
d) de mestrado; 
e) de doutorado. 
Apesar de existir a crítica sobre essa modalidade de ensino, o 
Ministério da Educação e Cultura (MEC) não relaxou sobre essa questão, 
intensificando suas avaliações e seus comunicados em relação à 
necessidade, em todos os níveis, nos mais variados momentos presenciais. 
Muitas pessoas discordam dessas exigências alegando que a EAD tem 
meios altamente confiáveis que utilizam as tecnologias disponíveis com o 
intuito de avaliar e controlar e, devido a isso, passa a ter rigidez, passando 
a inviabilizar projetos inovadores.
Destaca-se que a avaliação responsável é essencial nos cursos 
de modalidades a distância para que seja obter o diploma de curso de 
graduação, visando que seja legitimado pela sociedade. 
As Instituições de Ensino a Distância que optarem por trabalhar com 
essa modalidade, deve ter instalações físicas em sua sede e em seus polos 
de apoio credenciados, para que os alunos possam ir presencialmente 
(de acordo com a Portaria nº 40, de 13 de dezembro de 2007). Esses locais 
devem ter critérios de qualidade como qualquer outro Instituto Superior 
de Ensino presencial, tais como bibliotecas, laboratórios e espaço com o 
intuito de os alunos realizarem as avaliações.
O aluno que estuda na modalidade a distância deve ter um vínculo 
com um espaço físico presencial, pois acredita-se que no momento em 
que frequenta esse espaço da instituição, seu conhecimento acontece 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 35
por meio do contato presencial com os conteúdos, docentes, tutores e 
demais alunos. 
Também acredita-se que essa participação direta por meio da 
estrutura física acaba proporcionando além do conhecimento o seu 
vínculo com a instituição e isso pode diminuir a evasão na educação.
O art. 80 da LDBEN nº 9.393/1996 informa que o ensino a distância deve 
atingir todos os níveis e modalidades de ensino,que classifica em Educação 
Básica, de Jovens e Adultos, Especial, Profissional e Superior, que também inclui 
os cursos de graduação.
Por isso, no Decreto nº 5.622/2005 destaca-se que a educação da 
modalidade a distância elenca todos os níveis de ensino, se encaixando muito 
com a forma de ensino para a Educação de Jovens e Adultos.
Art. 3º A criação, organização, oferta e desenvolvimento 
de cursos e programas a distância deverão observar ao 
estabelecido na legislação e em regulamentações em vigor, 
para os respectivos níveis e modalidades da educação 
nacional.
§ 1º Os cursos e programas a distância deverão ser projetados 
com a mesma duração definida para os respectivos cursos na 
modalidade presencial.
§ 2º Os cursos e programas a distância poderão aceitar 
transferência e aproveitar estudos realizados pelos estudantes 
em cursos e programas presenciais, da mesma forma que as 
certificações totais ou parciais obtidas nos cursos e programas 
a distância poderão ser aceitas em outros cursos e programas 
a distância e em cursos e programas presenciais, conforme a 
legislação em vigor.
O legislador registra que os cursos de educação a distância devem 
ter o mesmo tempo de duração que os cursos presenciais correspondentes 
à legislação do curso presencial, o que busca tentar diminuir os abusos na 
oferta da modalidade a distância.
Educação a Distância e novas modalidades de ensino36
Em relação à regulamentação da Educação a Distância do curso, 
também deve-se compreender que há um limite mínimo de tempo para 
que o curso se concretize. Isso é compreendido a partir do ponto de vista 
de que é considerado importante que se tenham normas como essas, 
semelhantes à presencial, pois se considera importante tratar essas duas 
modalidades de educação com o intuito de tentar evitar que Institutos 
de Ensino Superior, pouco confiáveis, passem a emitir diplomas de forma 
fácil, a exemplo de promessas de graduações a ser realizadas em menor 
tempo. Ainda sobre o Decreto 5.622/2005: 
Art. 4º A avaliação do desempenho do estudante para fins de 
promoção, conclusão de estudos e obtenção de diplomas ou 
certificados dar-se-á no processo mediante:
II - cumprimento das atividades programadas; e
 II - realização de exames presenciais.
§1º Os exames citados no inciso II serão elaborados pela própria 
instituição de ensino credenciada, segundo procedimentos 
e critérios definidos no projeto pedagógico do curso ou 
programa.
§2º Os resultados dos exames citados no inciso II deverão 
prevalecer sobre os demais resultados obtidos em quaisquer 
outras formas de avaliação a distância.
É perceptível a preocupação em relação às avaliações presenciais, 
que de acordo com a legislação vigente é um fator que visa a garantir a 
qualidade dos cursos ocorridos pela modalidade de educação a distância. 
A modalidade de Ensino a Distância, pautada na legislação, proporciona 
mecanismos que legitimam e autenticam a avaliação, haja vista que esta é uma 
preocupação dos legisladores, que determinam a avaliação presencial com o 
intuito de evitar fraudes. 
Sendo assim, é muito importante que todos os envolvidos nessa 
modalidade de ensino demonstrem formação e qualidade do seu trabalho, 
por meio de processos controlados, por experiências concretas obtidas 
com eficácia, que de acordo com a lei, as instituições credenciadas e 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 37
registradas passam a emitir sem qualquer diferença entre diplomas que 
forem emitidos tanto na modalidade presencial como a distância. Sobre 
os artigos 5º e 6º:
Art. 5º Os diplomas e certificados de cursos e programas 
a distância, expedidos por instituições credenciadas e 
registrados na forma da lei, terão validade nacional. (...)
Art. 6º Os convênios e os acordos de cooperação celebrados 
para fins de oferta de cursos ou programas a distância entre 
instituições de ensino brasileiras, devidamente credenciadas, 
e suas similares estrangeiras, deverão ser previamente 
submetidos à análise e homologação pelo órgão normativo 
do respectivo sistema de ensino, para que os diplomas e 
certificados emitidos tenham validade nacional.
Podemos observar que os diplomas emitidos deverão ter valor igual 
da modalidade presencial, uma vez que acompanham todos os critérios 
de qualidade deles. Os acordos realizados de cooperação e convênios 
que foram realizados com o intuito de ofertar em programas ou cursos 
em modalidades de ensino a distância por intermédio de instituições de 
ensino no Brasil e exterior, para validação nacional, devem haver análise 
e homologação por parte do órgão normativo do respectivo sistema de 
ensino, do mesmo jeito que no ensino presencial.
Os artigos 7º e 8º do Decreto nº 5.622/2005 informa que as 
perspectivas e o potencial da modalidade de Educação a Distância 
mediante as dificuldades, e consciente da necessidade dela, são vistos 
pelos legisladores do Brasil, que definem que cabe ao Executivo Federal 
as práticas de credenciamento, autorização e reconhecimento como as 
devidas renovações. 
A modalidade de Ensino a Distância, por intermédio da normas, 
reivindica que o MEC preserve organizado um sistema de informação 
que seja aberto ao público, permitindo os dados nacionais, relacionados à 
Educação a Distância, o que foi uma conquista alcançada pela sociedade, 
por intermédio do Decreto nº 5.622/2005. 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino38
Desse modo, podemos dizer que para garantir a qualidade e o 
controle legal e institucional dessa modalidade de ensino, temos sim 
uma legislação, que zela pela qualidade, credibilidade, amplitude em 
seus certificados em relação aos cursos ofertados na modalidade EAD.
Também vale destacar a Portaria Normativa nº 2, de 10 de janeiro 
de 2007, que esclarece o conceito de polo como apoio presencial e altera 
a compreensão do MEC sobre a abrangência geográfica na EAD. Dá 
destaque para que sejam admitidas aberturas de polos sem visita prévia 
de comissões avaliadoras. Pedidos de ampliação de polos de atuação 
somente poderiam ser efetuados após o reconhecimento do primeiro 
curso a distância da instituição. Merece destaque também a inclusão 
de referências específicas aos polos de apoio presencial, que foram 
contemplados com as regras dos decretos existentes e pela Portaria 
Normativa nº 2, de janeiro de 2007. Mas para que o polo passe a integrar, 
com especial ênfase, o conjunto de instalações, estas sim receberão 
avaliação externa quando do credenciamento institucional para a 
modalidade de educação a distância. (MEC/SEED, 2007). 
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: 
“EAD: como pequenas IES podem se diferenciar dos 
grandes grupos” (HOFFMANN, Gustavo), acessível pelo 
link: https://bit.ly/3jNyHHs/. (Acesso em: 23/07/2020).
No ano de 2007, a Secretaria de Educação a Distância (SEED/MEC) 
apresentou os Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a 
Distância. Trata-se de um documento que, embora não tenha força de lei, 
é um referencial que existe para nortear e subsidiar atos legais do poder 
público, para a sua regulação em processos específicos de regulação, 
supervisão e avaliação dessa modalidade. Esse documento contempla 
a legislação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do Decreto nº 
5.622/2005, do Decreto nº 5.773/2006 e das Portarias Normativas nº 
1/2007 e 2/2007. 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 39
Nesse documento, há o compromisso institucional que visa a 
garantir o processo de formação, contemplando a dimensão técnico-
científica que prepara para o mundo do trabalho e a dimensão política para 
formar o cidadão crítico e atuante. Dá destaque a aspectos pedagógicos, 
recursos humanos e infraestrutura que devem estar contemplados no 
Projeto Político Pedagógico do curso ofertado na modalidade a distância. 
Nele tambémconsta como deve acontecer a avaliação do processo 
de aprendizagem e institucional, coerente com o Sistema Nacional de 
Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e envolver os diversos atores: 
estudantes, professores, tutores e quadro técnico administrativo. 
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que a EAD é uma modalidade de ensino a distância que 
é vista como democrática, a qual utiliza as tecnologias da 
comunicação para transmitir conhecimentos em tempo real 
ou semipresencial e uma de suas vantagens é proporcionar 
ao aluno trabalhar e estudar ao mesmo tempo. A EAD 
tem normas e sua credibilidade é atestada por meio de 
decretos, leis e atos normativos que asseguram o ensino 
da modalidade EAD, o qual passa por atualizações, visando 
a garantir a qualidade no ensino a distância. Sendo assim, 
as Instituições de Ensino Superior (IES) passaram a trabalhar 
com a modalidade EAD, acreditando que ela proporciona 
aos estudantes a inclusão social, contemplando as pessoas 
que por algum motivo não podiam estudar presencialmente.
Educação a Distância e novas modalidades de ensino40
EAD na Educação Básica e Profissional
OBJETIVO
Entender a legislação e a regulamentação da EAD na 
Educação Básica e Profissional de nível médio/técnico.
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender como 
funciona a legislação e regulamentação da EAD na Educação Básica e 
Profissional de nível médio/técnico. Isso será fundamental para o exercício 
de sua profissão. E aí? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então, vamos lá. Avante!
Situando a EAD na Educação Básica e 
Profissional
Sobre a educação básica a distância, antes da era da internet e dos 
computadores, podemos afirmar que ela sempre esteve mais a favor da 
educação de jovens e adultos. Bizzo (2015) nos informa que o Decreto 
no 50.370/1961 determina que o governo federal deve se amparar ao 
movimento de promoção da Educação Básica da Conferência Nacional 
dos Bispos do Brasil (CNBB). 
Figura 6 - Ensino a distância em todo lugar
Fonte: @pixabay
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 41
Logo após esse decreto, as colaborações foram ampliadas, 
incluindo a permissão de canais radiofônicos e empréstimo de 
funcionários públicos para o MEB. Dessa forma, tudo isso aconteceu 
com a intencionalidade de atender alunos e professores que se 
encontravam distantes e essa prática nos remete para entender a ideia 
de sincronia e diacronia. Bizzo (2015) ainda explica que diacrônicos se 
referem ao que é realizado ao longo de um tempo que foi estipulado para 
fazer a tarefa e sincrônicos é o que remete a uma solicitação de atividade 
que envolva a realização em tempo real. 
A LDBEN no 9.394/1996, no artigo 80, além da Educação a Distância, 
também cita os programas de educação continuada, estas passam a visão que 
o ato de aprender funciona como um processo que vai se realizar ao longo 
da vida e vê os alunos como cidadãos de direitos. 
Desse modo, Bizzo (2015) nos informa que tudo inclui também a 
EAD ao acesso “[...] aos cursos, treinamentos e grupos de estudos responde às 
necessidades individuais de aperfeiçoamento, especialização, crescimento 
pessoal e profissional”, tudo isso respeitando e visando estar conforme as 
exigências que envolvem o desenvolvimento tecnológico e preparando as 
pessoas para o mundo do trabalho. Desse modo, entende-se que os “[...] 
programas de educação continuada em todos os níveis e modalidades de 
ensino ‘podem ser realizados presencialmente, a distância ou combinando 
as duas formas”. 
Dessa forma, podemos compreender que está previsto no artigo 
32, § 4º da LDBEN que as estratégias de EAD podem ser usadas tanto 
no ensino presencial como complementação da aprendizagem: “O ensino 
fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como 
complementação da aprendizagem ou em situações de emergência”. 
Também enfatiza a necessidade de realizar a presença dos alunos em 
cursos, tanto na educação básica quanto na superior, estabelecendo 
mínimos obrigatórios a serem observados (BIZZO, 2015).
O autor ainda explica que não podemos falar de EAD na Educação 
Básica e não ter o Telecurso 2000 (T2000) apontado como modalidade de 
ensino a distância que se tornou uma referência no Brasil. 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino42
Esse foi um programa que teve uma grande dimensão para os brasileiros, 
atingindo uma marca de mais de 5 milhões de brasileiros em 10 anos e se 
tornando referência para a educação básica.
No Ensino Médio Técnico presencial, há a legalização que 
determina que o ele pode ter 20% de suas aulas a distância. Destaca-
se que a Educação a Distância toma corpo com o aumento do uso das 
tecnologias educacionais de hipermídia, com o uso de computadores e 
rede de internet. Assim, os alunos podem aprender mesmo localizados 
em tempos e espaços diversos, com interação e interatividade. Uma coisa 
que auxiliou e muito para que essa previsão legal de 20% de aula em EAD 
acontecesse, foi a criação de plataformas virtuais de aprendizagem. 
Construção de plataformas virtuais, a exemplo do Moodle, com a sua 
propagação no mundo, e junto ao avanço tecnológico para o uso de redes 
de internet, unindo-se a aquisições de infraestrutura e o aparecimento de 
cursos de formação em EaD para professores e alunos, tudo isso sinaliza 
que esse é um acontecimento importante e representa um avanço para 
a aprendizagem no Ensino Médio, pois vem se consolidando nos ideários 
de formação, mas com algumas resistências e/ou dificuldades.
Com o avanço do Ensino a Distância em nosso país, percebemos 
que a LBDEN (9.394/1996) o ampara por meio do artigo 80. 
Temos também instituído por meio do Decreto nº 5.622 (BRASIL, 
2005), como deve acontecer a regulamentação dessa modalidade de 
ensino, nas instituições de ensino superior e a definição das Diretrizes 
Nacionais Básicas da EAD, são legislações que subsidiam como deve 
acontecer a implantação dessa modalidade de ensino em instituições, 
sistemas, cursos e processos de formação em EAD no país. Com o 
lançamento dos Referenciais de Qualidade para Educação Superior a 
Distância (BRASIL, 2007), temos nesse documento que foi determinado 
que a EAD pode ser operacionalizada desde a Educação Básica até a 
Superior. 
Em relação à EAD para o ensino em nível médio, a previsão desse 
acontecimento, de maneira formal, aconteceu a partir da institucionalização 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 43
da Resolução nº 6 do Conselho Nacional de Educação (BRASIL, 2012). 
Nesta resolução, destaca-se o artigo 26, parágrafo único, que determina: 
Art. 29 Os cursos de Educação Profissional Técnica de Nível 
Médio oferecidos nas formas subsequente e articulada 
concomitante, aproveitando as oportunidades educacionais 
disponíveis, portanto sem projeto pedagógico unificado, 
devem respeitar as cargas horárias mínimas de 800, 1.000 
ou 1.200 horas, conforme indicadas para as respectivas 
habilitações profissionais no Catálogo Nacional de Cursos 
Técnicos instituído e mantido pelo MEC. 
Art. 30 A carga horária mínima para cada etapa com 
terminalidade de qualificação profissional técnica prevista em 
um itinerário formativo de curso técnico de nível médio é de 
20% (vinte por cento) da carga horária mínima indicada para 
a respectiva habilitação profissional no Catálogo Nacional de 
Cursos Técnicos instituído e mantido pelo MEC. 
Art. 31 A carga horária mínima dos cursos de especialização 
técnica de nível médio é de 25% (vinte e cinco por cento) da 
carga horária mínima indicada no Catálogo Nacional de Cursos 
Técnicos para a habilitação profissional a que se vincula. 
(BRASIL, 2006)
Desse modo, a EAD deve acontecer de modo a respeitar o limite de 
carga horáriacitada e acontecer nos eixos tecnológicos, como: Ambiente 
e Saúde, Controle e Processos Industriais, Desenvolvimento Educacional 
e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Militar, 
Infraestrutura, Produção Alimentícia, Produção Cultural e Design, Produção 
Industrial, Segurança, Recursos Naturais e Turismo, Hospitalidade e Lazer. 
Nos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio da modalidade de 
Educação de Jovens e Adultos (EJA): 
Parágrafo único. Nos cursos do Programa Nacional de 
Integração da Educação Profissional com a Educação Básica, 
na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) 
exige-se a seguinte duração: 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino44
I - mínimo geral de 2.400 horas; 
II - pode ser computado no total de duração o tempo que 
venha a ser destinado à realização de estágio profissional 
supervisionado e/ou dedicado a trabalho de conclusão de 
curso ou similar nas seguintes proporções: 
a) nas habilitações com 800 horas, podem ser computadas 
até 400 horas;
b) nas habilitações com 1.000 horas, podem ser computadas 
até 200 horas. 
III - no caso de habilitação profissional de 1.200 horas, as 
atividades de estágio devem ser necessariamente adicionadas 
ao mínimo de 2.400 horas.
É muito importante destacar que, por mais que o curso tenha 
essa regulamentação de carga horária de até 20% do curso acontecer, 
os estágios devem obrigatoriamente acontecer de forma presencial, 
conforme artigo 1º da Lei nº 11.788 (BRASIL, 2008):
Art. 1o  Estágio é ato educativo escolar supervisionado, 
desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação 
para o trabalho produtivo de educandos que estejam 
frequentando o ensino regular em instituições de educação 
superior, de educação profissional, de ensino médio, da 
educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, 
na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. 
§ 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além 
de integrar o itinerário formativo do educando. 
§ 2o O estágio visa ao aprendizado de competências próprias 
da atividade profissional e à contextualização curricular, 
objetivando o desenvolvimento do educando para a vida 
cidadã e para o trabalho. 
Art. 2o O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, 
conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, 
modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do 
curso. 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 45
§ 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto 
do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e 
obtenção de diploma. 
§ 2o  Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como 
atividade opcional, acrescida à carga horária regular e 
obrigatória. 
§ 3o  As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação 
científica na educação superior, desenvolvidas pelo estudante, 
somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de 
previsão no projeto pedagógico do curso.  
Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei 
quanto na prevista no § 2o  do mesmo dispositivo, não cria 
vínculo empregatício de qualquer natureza. (BRASIL, 2008)
Vale salientar que os estágios e trabalhos de conclusão de curso, 
na formação técnica de nível médio, fazem parte de carga horária sempre 
normal, com exceção das previsões para EJA. 
Dessa forma, a proporção de 20% em EAD só pode acontecer sobre 
a carga horária da Base Nacional Comum, do Núcleo Profissionalizante e 
da Parte Diversificada dos Cursos. Portanto pode envolver os três grupos 
citados ou parte deles, ficando a critério de interesses, possibilidades e 
necessidades das instituições, por isso há essa flexibilidade.
Naturalmente, nos cursos técnicos de nível médio e no Ensino 
Médio, há uma competição de qual é mais atrativo para o aluno, pois 
é algo que ocorre devido a vários motivos que causam discussões em 
relação à duração de formação do aluno. Alguns cursos podem ocorrer 
em três anos e outros, a maioria, em quatros anos, além das condições de 
ingresso, acesso e permanência na instituição de ensino.
É necessário que as instituições de cursos de ensino técnico estejam 
atentas ao tempo de duração dos cursos, pois ele pode acarretar prejuízos 
para a formação do aluno, por optar por estudar a distância no ensino EAD. 
É importante que o gestor providencie plataformas, tecnologias a utilizar, 
infraestrutura, capacitação do pessoal para trabalhar com os alunos, além 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino46
das modificações na organização cultural instauradas nas instituições de 
ensino formativas. 
Existem previsões que as vagas na EAD tendem a se ampliarem 
de acordo com o novo plano Decenal de educação, na Meta 11 (2014), 
que traz à tona novamente a discussão das Diretrizes Nacionais, tendo em 
vista a modalidade de ensino a distância não como uma alternativa para 
quem não pode estudar presencial, mas como desenvolvimento.
A LDB e o Decreto nº 5.622/2005 são tomados como base para se 
trabalhar na modalidade de Ensino a Distância nos cursos presenciais, além 
de documentos como Portarias, do MEC (BRASIL, 2004), das graduações, 
e a Resolução nº 6/2012, do Conselho Nacional de Educação, em relação 
aos cursos técnicos de nível médio.
Nos cursos de educação presencial, para que fosse implementada a 
Educação a Distância, foram apoiados também na Portaria nº 4.059/2004, 
do MEC, além da Resolução nº 6/2012, do Conselho Nacional de 
Educação, relacionados aos cursos de graduação, como também aos 
cursos técnicos de nível médio. 
No contexto mundial, a modalidade EAD não é algo novo, mas 
ainda há pessoas que não tem tanta intimidade com as tecnologias, 
apresentando dificuldades em relação a isso.
A falta de informações em relação a essa modalidade de ensino 
faz com que algumas pessoas sintam receios e apresente algum tipo 
de resistência. Contudo, percebe-se que as políticas públicas têm se 
preocupado, especificamente na Rede Federal de Educação, por meio 
do Plano Decenal de Educação (BRASIL, 2014), o qual foi um estímulo 
à modalidade EAD, como relata Franzin et al. (2014), pois acreditava-se 
que essa modalidade fosse a salvação das crises de eficiência e eficácia 
das instituições, a exemplo da evasão dos alunos, que é muito grande no 
Ensino Médio. 
É extremamente necessário dar suporte tecnológico ao aluno 
na modalidade EAD, porém é preciso ensiná-lo que isso não é tudo 
nessa maneira de aprender. Considerando o contexto histórico da EAD, 
percebe-se que existem algumas formas de atendimentos não presencial, 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 47
as quais já eram realizadas na educação básica de forma supletiva ou 
profissionalizante. 
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “A 
valorização da EaD pelas empresas” (TAMOTO, Rejane), 
acessível pelo link: https://bit.ly/3g1Tuof/ (Acesso em 
04/05/2020).
Atualmente, para que a implantação do ensino a distância ocorra 
na totalidade das escolas, é preciso que haja máquinas, banco de dados 
e plataformas com a finalidade de serem utilizadas nessa modalidade 
de ensino, pois é preciso que as informações cheguem em tempo real, 
com a finalidade de construção coletiva de conhecimentos, por isso a 
necessidade de investir em tecnologias e formação de professores.
No contexto da EAD, quando falamos em aprendizagem, o 
professor deve zelar para que ela aconteça de forma significativa para o 
aluno, de acordo com sua realidade, suas necessidades e seus interesses, 
respeitando a origem das informações. 
Também deve haver controle na organização, nas atividades, para 
que estas não se tornem sem sentido e mecânicas. Por isso, é necessário 
que os docentes planejem as atividades, os projetos pedagógicos, a 
avaliação e outros conceitos com o intuito de obter aproveitamento da 
carga horária parcial em EAD.É muito importante que o docente planeje todas as suas atividades 
e que uma parte delas se destine ao não presencial, além do presencial, 
pois elas devem ser organizadas de maneira diferente para cada 
modalidade.
O docente deve trabalhar com materiais didáticos ou objetos 
relacionados à aprendizagem, com qualidade igualmente aos utilizados 
em sistemas presenciais, por intermédio de um modelo instrucional bem 
estabelecido e com equipes multidisciplinares. 
Portanto, devemos ter em mente que a modalidade de ensino EAD 
Educação a Distância e novas modalidades de ensino48
deve se ajustar ao modelo desejado para a formação presencial. Nesse 
contexto, a EAD será um artifício de agilidade dos cursos, escondendo a 
base da proposta escolhida para essa modalidade, buscando integrar o 
currículo e o incentivo à permanência dos alunos na Educação a Distância.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que a modalidade de Ensino a Distância cada dia mais 
ganha repercussão, pois à medida que o mercado de 
trabalho cresce, mais há necessidade de profissionais 
capacitados para atuarem em áreas específicas. E nada 
melhor do que a modalidade EAD para dar suporte para 
quem não pode estudar presencialmente e trabalhar, 
optando assim pela modalidade a distância, a qual atende 
as suas necessidades. Portanto, os discentes podem 
estudar e aprender mesmo nos mais variados espaços e de 
acordo com seu tempo disponível com interatividade e com 
o apoio do tutor orientando a aprendizagem, a organização 
do aluno e autonomia nos estudos, ele consegue concluir 
com êxito.
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 49
BIBLIOGRAFIA
ALVES, L. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. 
Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância – ABED. v. 10. 
2011. Disponível em: http://www.abed.org.br. Acesso em: 5 fev. 2018.
BACICH, L.; TANZI NETO, A. e TREVISANI, F. Ensino híbrido: Personalização 
e tecnologia na educação. In: TREVISANI, F. (orgs.). Ensino Híbrido: 
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015. 
BERNARDO, V. Educação a distância: fundamentos. Universidade 
Federal de São Paulo UNIFESP. Disponível em: http://www.virtual.epm.br/
material/tis/enf/apostila.htm#INTRODUÇÃO. Acesso em: 28 dez. 2009.
BIZZO, N. Ensino de ciências e EAD. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (orgs.). 
Educação a Distância o Estado da Arte. São Paulo: Pearson Education 
do Brasil, 2009. 
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução n° 6 de 20 de 
setembro de 2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Brasília: MEC, 2012. 
BRASIL. Decreto nº 5.773 de 09 de maio de 2006. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 2006. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5773.
htm. Acesso em: 24 jul. 2020.
BRASIL. Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio 
de estudantes. Brasília, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm. Acesso em: 24 jul. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Plano Decenal de 
Educação para Todos – 1993-2003. Brasília: MEC, 1993.
BRASIL. Ministério da Educação. Decreto Federal nº 5.622/2005. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci-vil_03/_Ato2004-
2006/2005/Decr eto/D5622.htm. Acesso em: 15 out. 2009.
Educação a Distância e novas modalidades de ensino50
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Base da educação 
Nacional. Lei nº 9.394/1996. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/
ccivil_03/LEIS/l9394.htm. Acesso em: 15 out. 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria n° 4.059, de 10 de dezembro de 
2004. Brasília: MEC, 2004. 
BRASIL. Portaria nº 10, de 02 de julho de 2009. Disponível em: http://
portal.mec.gov.br/dmdocuments/portaria10_seed.pdf. Acesso em: 24 jul. 
2020.
BRASIL. Referenciais de qualidade para Educação Superior a distância. 
2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/
legislacao/refead1.pdf. Acesso em: 24 jul 2020.
CÂMARA dos Deputados. Câmara aprova Plano Nacional de Educação: 
texto segue para sanção. 2014. Disponível em: https://www.camara.leg.
br/noticias/435706-camara-aprova-plano-nacional-de-educacao-texto-
segue-para-sancao/. Acesso em: 24 jul. 2020.
CHRISTENSEN, C. M.; HORN, M. B.; STAKER, H. Ensino híbrido: uma 
inovação disruptiva? Uma introdução à teoria dos híbridos. San Mateo: 
Clay ton Christensen Institute, 2013.
CORRÊA, J. O cenário atual da educação a distância.  In:  SENAC.  Curso 
de especialização a distância.  E-Book. Rio de Janeiro: Editora Senac 
Nacional, 2005. CD-ROM.
COUTINHO, L. Aprendizagem on-line por meio de estruturas de cursos. In: 
LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (orgs.). Educação a distância: o estado da arte. 
2. ed. São Paulo: Pearson Education, 2009. 
FORMIGA, M. A terminologia da EAD. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. 
(orgs.). Educação a distância: o estado da arte. 2. ed. São Paulo: Pearson 
Education, 2009. p. 39-46.
FRANZIN, S. F. L. et al. A institucionalização da EaD e os indicadores de 
eficácia na Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Revista Inter 
Science Place, [S. l.], vol. IX, n. 30, p. 147‒26, julho/setembro de 2014.
Educação a Distância e novas modalidades de ensino 51
GOUVÊA, G.; C. I. OLIVEIRA. Educação a Distância na formação de 
professores: viabilidades, potencialidades e limites. 4. ed. Rio de Janeiro: 
Vieira e Lent. 2006.
KIPNIS, B. Educação superior a distância no Brasil: tendências e 
perspectivas. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (org.). Educação a distância: o 
estado da arte. 2. ed. São Paulo: Pearson Education, 2009. 
KRUSE, T. EAD fica mais próximo do ensino híbrido. Terra, 2019. 
Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/educacao/ead-fica-
mais-proximo-do-ensino-hibrido,e8e1be08dbd03972aaf7b5a8145d39c6
7za2fa2n.html. Acesso em: 12 maio. 2020.
LIMA, L. H. F. de; MOURA, F. R. de. O professor no ensino híbrido. In: BACICH, 
L.; TANZI NETO, A. e TREVISANI, F. (orgs.). Ensino Híbrido: personalização 
e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
LITTO, F. M. As interfaces da EaD na educação brasileira. Revista USP, São 
Paulo, n° 100, p. 57‒66, dezembro/janeiro/fevereiro 2013‒2014.
LOPES, M. O processo histórico da educação a distância e suas 
implicações: desafios e possibilidades. Disponível em: http://www.
histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada7/_GT1%20
PDF/O%20PROCESSO%20HIST%D3RICO%20DA%20EDUCA%C7%C3O%20
A%20DIST%C2NCIA%20E%20SUAS%20IMPLICA%C7%D5ES.pdf. Acesso 
em: 10 maio 2020.
MAIA, C.; J. MATTAR. ABC da EaD: a Educação a Distância hoje. 1. ed. São 
Paulo: Pearson. 2007.
MORAN, J. Educação Híbrida: um conceito-chave para a educação hoje. 
In: BACICH, L.; TANZI NETO, A. e TREVISANI, F. (orgs.). Ensino Híbrido: 
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
SUNAGA, A.; CARVALHO, C. S. de. As tecnologias digitais do ensino híbrido. 
In: BACICH, L.; TANZI NETO, A. e TREVISANI, F. (orgs.). Ensino Híbrido: 
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
TAMOTO, R. A valorização da EaD pelas empresas. Vagas. Disponível 
em: https://www.vagas.com.br/profissoes/a-valorizacao-do-ead-pelas-
empresas/. Acesso em: 12 de maio 2020.
Educação a Distância e novas modalidades de ensino52
Você sabia que a EAD é uma modalidade de Ensino a distância que 
ao longo dos tempos sofreu discriminação tanto no trabalho quanto na 
educação e em concursos públicos. 
Porém, com o passar dos anos, passou a ser vista como novos olhares 
pelas pessoas, que por algum motivo não podem estudar em ensino 
presencial por algum motivo e acabam optando por essa modalidade de 
ensino que é regulamentada pela

Outros materiais