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PERFIL GLICÍDICO Profª Karyna Aleixo Araújo 1 GLICOSE É o carboidrato mais importante para manutenção energética do organismo. Glicose sanguínea em condições normais: Parte da glicose é oxidada e parte é convertida em glicogênio (combustível no jejum). 2 GLICEMIA Atividades metabólicas – levam a redução da glicose no jejum. Assim: Hipoglicemia – valores de glicose de jejum menores que os valores de referência. Hiperglicemia – valores de glicose de jejum maiores que os valores de referência. 3 REABSORÇÃO DA GLICOSE GLICOSE – normalmente filtrada pelos glomérulos e quase totalmente reabsorvida pelos túbulos renais. Presença de glicose na urina – glicosúria Pode ser por aumento da glicose sanguínea ou deficiência de reabsorção renal. 4 DIABETES É uma doença crônica, autoimune, caracterizada pela deficiência da produção de insulina pelo organismo. Falta de insulina e/ou incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. Insulina hormônio responsável pela redução da glicemia Na diabetes ocorre hiperglicemia – distúrbio do metabolismo de carboidratos (principalmente), proteínas e lipídios. 5 DIABETES MELLITUS 1 Resultante principalmente da destruição das células β pancreáticas – auto-imunidade ou causa desconhecida. 5 a 10% dos casos de DM. Fatores genéticos + meio ambiente. Indivíduos menores de 20 anos. Geralmente são insulino dependentes. 6 Crianças e adolescentes DIABETES MELLITUS 2 Graus variáveis de resistência/secreção de insulina. 80 a 90% casos de DM. Indivíduos obesos > 40 anos. Não dependentes de insulina (depende de cada caso). 7 Obesidade DIABETES GESTACIONAL Diminuição da tolerância à glicose durante a gestação. Pode ou não persistir após o parto. 1 a 20% mulheres grávidas – sendo 3% DM verdadeira. 50% desenvolvem a doença nos sete anos seguintes. 8 EXAMES LABORATORIAIS 9 Glicemia plasmática casual ≥ 200 mg/dL associada a sintomas de diabetes (poliúria, polidipsia e perda de peso inexplicável) Glicemia plasmática de jejum ≥ 126 mg/dL (repetida e confirmada em segunda amostra) Glicemia plasmática 2 horas após sobrecarga de 75 g de glicose, via oral, ≥ 200 mg/dL AMOSTRA Amostra: soro colhido em tubo com ativador de coágulo, com ou sem gel Sílica: agente ativador de coágulo Amostra: plasma colhido em tubo com fluoreto 10 Promove a cascata de coagulação Inibidor da enzima glicolítica 10 GLICOSE DE JEJUM Na presença de pequenas elevações da glicemia, o diagnóstico deve ser confirmado pela repetição do teste em outro dia. Valores considerados normais: Glicemia plasmática de jejum < 100 mg/dL; Glicemia de 2 horas após sobrecarga de 75 g de glicose < 140 mg/dL. Glicemia em jejum: deve ser coletada em sangue periférico após jejum calórico de no mínimo 8 horas; 11 GLICOSE PÓS-PRANDIAL As concentrações de glicose no sangue começam a subir, aproximadamente, 10 minutos depois do início da alimentação, como resultado da absorção dos hidratos de carbono. Dosagem da glicose após as refeições – geralmente a glicose sanguínea tende a voltar aos níveis normais após 2 horas. Valor recomendado: < 140 mg/dL após 2h 12 GESTAÇÃO Glicemia de jejum igual ou superior a 110 mg/dL deverá ser repetida antes do início de modificações dietéticas; Um segundo valor igual ou superior a 110 mg/dL faz o diagnóstico de DG. Glicemia de jejum entre 85 e 110 mg/dl, encaminhar para o TOTG; Glicemia de jejum menor que 85 mg/dl, mas presença de fatores de risco para DG, repetir glicemia de jejum a partir da 24ª semana. 13 CURVA GLICÊMICA Curva Glicêmica ou Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG). 75g de glicose em solução aquosa – tempos 0, 30, 60, 90 e 120 minutos. Crianças – devem receber 1,75 g/kg de peso até a dose máxima de 75g. Indicação TOTG: DM gestacional – modificada; Intolerância à glicose; Nefropatas, neuropatas, não explicáveis com glicose abaixo de 126 mg/dl. 14 HIPERGLICEMIA Redução da captação periférica. Deficiência de insulina – inibe a absorção de glicose e glicólise. Outros substratos são utilizados para produção de energia. CETOACIDOSE METABÓLICA 15 HEMOGLOBINA GLICADA Pós diagnóstico Hemoglobina glicada ou Glico-hemoglobina Oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses Sofre menor variabilidade dia a dia e independer do estado de jejum 16 GLICOSE CAPILAR Dosagem de glicose capilar: Indicação – pacientes tratados com insulina ou hipoglicemiantes orais. 3 x ao dia. Após as refeições. 17 EXEMPLO 18 TOTG NORMAL DIABÉTICO 0’ 80 150 60’ 120 260 120’ 110 250 VALORES DE REFERÊNCIA 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes 2017-2018. https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2017/diretrizes/diretrizes-sbd-2017-2018.pdf Acesso em: 04/10/2019 Wallach, Jacques B. Interpretação de exames laboratoriais. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 20