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Pneumotórax: Mecânica da Respiração e Tratamento

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Pneumotórax 
 
1. Recordar a mecânica da respiração e as variações de 
pressão 
 
 
Ventilação pulmonar = fluxo de ar para dentro e para 
fora dos pulmões. 
Ocorre em função da diferença de gradientes de 
pressão entre o alvéolo e a ar atmosférico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os músculos respiratórios não são aderidos à superfície dos 
alvéolos para tracioná-los, portanto, os alvéolos não se expandem 
por conta própria. Os alvéolos se expandem passivamente em 
resposta a aumentos da pressão de distensão através da parede 
pulmonar. 
A alteração de volume dos pulmões depende do gradiente de 
pressão transmural (=pressão transpulmonar) gerado pelos 
músculos da inspiração. 
A interação entre os pulmões e a parede torácica ocorre por 
meio do espaço intrapleural (entre as pleuras visceral e parietal), 
cuja pressão é negativa, para que seja possível a retração 
pulmonar, expansão da parede torácica e bombeamento de fluido 
do espaço intrapleural pelos vasos linfáticos. 
 
 
 
2. Pneumotórax: se refere à existência de ar no espaço 
pleural, provocando o colapso parcial ou completo do 
pulmão afetado. 
ETIOLOGIA: 
 Pneumotórax espontâneo: Ocorre devido à ruptura 
de uma bolha de ar na superfície do pulmão, a qual 
possibilita que o ar atmosférico proveniente das 
vias respiratórias entre na cavidade pleural. Como 
a pressão alveolar é maior do que a pressão pleural, 
o ar flui dos alvéolos para o espaço pleural 
provocando colapso da porção envolvida do pulmão 
até que não exista um gradiente de pressão ou até 
que a diminuição no tamanho do pulmão 
interrompa o extravasamento. 
Pode ser dividido em primário: desenvolvido em 
pessoas saudáveis, com bolhas localizadas na parte 
superior dos pulmões, com incidência maior em 
jovens homens altos entre 10 a 30 anos. O 
tabagismo e histórico familiar positivo são fatores 
associados; ou secundário: geralmente são mais 
graves por se desenvolverem em pessoas com 
doença pulmonar subjacente causadoras do 
aprisionamento de gases e da destruição do tecido 
pulmonar (como asma, tuberculose, fibrose cística, 
sarcoidose, carcinoma broncogênico, doenças 
pleurais metastáticas e enfisema). 
 
 Pneumotórax traumático: resultado de uma lesão 
penetrante ou não, direta ao tórax ou às grandes 
vias respiratórias. 
 
 Pneumotórax de tensão: descreve uma condição 
potencialmente fatal na qual o aumento da pressão 
no interior da cavidade pleural compromete tanto a 
função pulmonar quanto a cardíaca. Isto ocorre 
porque o ar entra mas não consegue sair, gerando 
um aumento rápido da pressão no interior do tórax 
e compressão da veia cava, o que resulta na 
diminuição do retorno venoso para o coração e na 
redução do debito cardíaco. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
Dependem do tamanho e da integridade do pulmão 
subjacente. 
 Pneumotórax espontâneo: desenvolvimento de 
dor torácica ipsolateral. Ocorre um aumento 
quase imediato da FR, podendo ser 
acompanhada de dispneia que se manifesta 
como resultado da ativação dos receptores que 
monitoram o volume pulmonar. Pode haver 
assimetria do tórax por causa do ar 
aprisionado na cavidade pleural no lado 
afetado, com retardo da inspiração até que o 
pulmão preservado atinja o mesmo nível de 
pressão que o pulmão com ar retido. A 
percussão do tórax produz um som hiper-
ressonante e os sons respiratórios se 
apresentam mais baixos ou inexistentes sobre 
a área do pneumotórax. 
 
 Pneumotórax de tensão: as estruturas no 
espaço do mediastino se deslocam para o lado 
oposto da caixa torácica. Quando isso ocorre, a 
posição da traqueia se desvia junto com o 
mediastino. Devido ao aumento da pressão 
intratorácica, ocorre uma redução do volume 
sistólico de tal ponto que o debito cardíaco é 
diminuído, apesar do aumento da FC. Pode 
haver distensão da veia jugular, enfisema 
subcutâneo e sinais clínicos de choque devido 
ao comprometimento da função cardíaca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ocorre hipoxemia logo depois de um grande 
pneumotórax, seguida de vasoconstrição de vasos sanguíneos do 
pulmão afetado, fazendo o fluxo sanguíneo se deslocar para o 
pulmão não afetado. 
3. O tratamento de emergência de casos de pneumotórax de 
tensão envolve a inserção imediata de uma agulha de 
grande calibre ou um dreno no lado afetado do tórax, 
juntamente com a drenagem por válvula unidirecional ou 
sucção contínua do tórax para ajudar na reinflação do 
pulmão afetado. Uma ferida aspirativa da parede 
torácica, que viabiliza a passagem de ar para dentro e 
para fora da cavidade torácica, deve ser tratada 
imediatamente, cobrindo-se a área com um curativo 
hermético (p. ex., gaze com vaselina, pedaço de plástico 
firme). Tubos torácicos devem ser inseridos o mais 
rapidamente possível para reexpandir o pulmão. Devido 
ao risco de recorrência, pessoas com pneumotórax 
espontâneo primário devem ser aconselhadas contra o 
tabagismo, exposição a altas altitudes, voos aéreos não 
pressurizados e mergulho.

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