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5ª AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO TEXTUAL 8º ANO - BRUNO FRANÇA

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Prévia do material em texto

zAVALIAÇÃO PONTUAL
(AP)
	NOTA DA PROVA
	
	
AVALIAÇÃO PROCESSUAL
(APR)
	PRODUÇÃO TEXTUAL/PESQUISA3,0
	
	
	ATIVIDADE CLASSE, EXTRACLASSE/3,0
PROJETO
	
	
	ORALIDADE 2,0
	
	
	RESPEITO MÚTUO2,0
	
	
	TOTAL
	
	
	
	
	MÉDIA TOTAL (APR+AP÷2)
	
ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL PADRE JOSÉ DE ANCHIETA 
SÃO FÉLIX DO PIAUÍ ______ DE OUTUBRO DE 2021
8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 
COMPONENTE CURRICULAR: PRODUÇÃO TEXTUAL
PROFESSOR: BRUNO FRANÇA 
TURNO: TARDE Nº: _______
ALUNO (A): ______________________________________________________________________________________
5ª AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Leia o texto a seguir para responder às questões 1,2,3,4 e 5.
Fuga
Graciliano Ramos
	A vida na fazenda se tornara difícil. Sinha Vitória benzia-se tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços rezando rezas desesperadas. Encolhido no banco do copiar, Fabiano espiava a catinga amarela, onde as folhas secas se pulverizavam, trituradas pelos redemoinhos, e os garranchos se torciam, negros, torrados. 	No céu azul as últimas arribações tinham desaparecido. Pouco a pouco os bichos se finavam, devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus um milagre. 
	Mas quando a fazenda se despovoou, viu que tudo estava perdido, combinou a viagem com a mulher, matou o bezerro morrinhento que possuíam, salgou a carne, largou-se com a família, sem se despedir do amo. Não poderia nunca liquidar aquela dívida exagerada. Só lhe restava jogar-se ao mundo, como negro fugido. 
	Saíram de madrugada. Sinha Vitória meteu o braço pelo buraco da parede e fechou a porta da frente com a taramela. Atravessaram o pátio, deixaram na escuridão o chiqueiro e o curral, vazios, de porteiras abertas, o carro de bois que apodrecia, os juazeiros. Ao passar junto às pedras onde os meninos atiravam cobras mortas, Sinha Vitória lembrou-se da cachorra Baleia, chorou, mas estava invisível e ninguém percebeu o choro. 
	Desceram a ladeira, atravessaram o rio seco, tomaram rumo para o sul. Com a fresca da madrugada, andaram bastante, em silêncio, quatro sombras no caminho estreito coberto de seixos miúdos - os meninos à frente, conduzindo trouxas de roupa, Sinha Vitória sob o baú de folha pintada e a cabaça de água, Fabiano atrás, de facão de rasto e faca de ponta, a cuia pendurada por uma correia amarrada ao cinturão, o aió a tiracolo, a espingarda de pederneira num ombro, o saco da matalotagem no outro. Caminharam bem três léguas antes que a barra do nascente aparecesse. 
	Fizeram alto. E Fabiano depôs no chão parte da carga, olhou o céu, as mãos em pala na testa. Arrastara-se até ali na incerteza de que aquilo fosse realmente mudança. Retardara-se e repreendera os meninos, que se adiantavam, aconselhara-os a poupar forças. A verdade é que não queria afastar-se da fazenda. A viagem parecia-lhe sem jeito, nem acreditava nela. Preparara-a lentamente, adiara-a, tornara a prepará-la, e só se resolvera a partir quando estava definitivamente perdido. Podia continuar a viver num cemitério? Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se. Era o que Fabiano dizia, pensando em coisas alheias: o chiqueiro e o curral, que precisavam conserto, o cavalo de fábrica, bom companheiro, a égua alazã, as catingueiras, as panelas de losna, as pedras da cozinha, a cama de varas. E os pés dele esmoreciam, as alpercatas calavam-se na escuridão. Seria necessário largar tudo? As alpercatas chiavam de novo no caminho coberto de seixos. 
	Agora Fabiano examinava o céu, a barra que tingia o nascente, e não queria convencer-se da realidade. Procurou distinguir qualquer coisa diferente da vermelhidão que todos os dias espiava, com o coração aos baques. As mãos grossas, por baixo da aba curva do chapéu, protegiam-lhe os olhos contra a claridade e tremiam. Os braços penderam, desanimados. 
— Acabou-se. 
	Antes de olhar o céu, já sabia que ele estava negro num lado, cor de sangue no outro, e ia tornar-se profundamente azul. Estremeceu como se descobrisse uma coisa muito ruim. 
	Desde o aparecimento das arribações vivia desassossegado. Trabalhava demais para não perder o sono. Mas no meio do serviço um arrepio corria-lhe no espinhaço, à noite acordava agoniado e encolhia-se num canto da cama de varas, mordido pelas pulgas, conjecturando misérias. 
	A luz aumentou e espalhou-se na campina. Só aí principiou a viagem. Fabiano atentou na mulher e nos filhos, apanhou a espingarda e o saco dos mantimentos, ordenou a marcha com uma interjeição áspera. 
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 71.  ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. p. 116-118. 
VOCABULÁRIO
copiar: varanda; alpendre.  garrancho: ramo tortuoso de árvore. 
morrinhento: enfraquecido, prostrado.  aió: bolsa feita de fibra de caroá. 
folha: metal.  taramela: trava, em geral de madeira ou metal. 
arribação: deslocamento de aves.  matalotagem: provisão de mantimentos. 
alazão: que tem pelos cor de canela, amarelo-avermelhados. 
espingarda de pederneira: espingarda de caça na qual o mecanismo se encontra no exterior da arma. 
1. após a leitura do texto, aponte dois motivos que obrigaram a família a retirar-se da fazenda? 
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. Fabiano sabe decifrar os sinais da natureza. Em que trecho se narra essa habilidade? 
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Que reação de Fabiano, no final do capítulo, demonstra que ele não se conforma com o fato de ter de abandonar a fazenda? Justifique sua resposta.
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4. O universo de qualquer trabalhador apresenta características próprias.
a. Identifique no texto elementos que caracterizam o universo de atuação de Fabiano. 
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b. Fabiano não é proprietário dos instrumentos com que trabalha - a terra, os animais, o arado, etc, não lhe pertencem. Podemos dizer então que sua relação com o meio (o local) é estável ou provisória? Justifique sua resposta.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Basicamente, ser cidadão é gozar do domínio sobre o próprio corpo, ter acesso a um salário condizente para promover a própria vida, usufruir do direito à educação, à saúde, à habitação e ao lazer. Desse ponto de vista, Fabiano pode ser considerado um cidadão? Justifique sua resposta. 
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Leia o texto abaixo e, a seguir, responda a questão 6.
   6. O que torna essa tirinha engraçada?
a. 
4
b. A ordem dada à garota.
c. A garota escrever no diário.
d. A garota escrever o que ouve.
e. A repetição de “Querido Diário”.
 Leia os textos abaixo e, responda à questão 7.
Faróis acesos de dia e de noite nas BRs
    De dia ou de noite, os motoristas devem manter os faróis de seus veículos acesos ao passar pelas rodovias federais na próxima semana, quando se comemoram os feriados de Tiradentes e da Semana Santa.
    O pedido é da Polícia Rodoviária Federal (PRF), como parte de uma campanha para promover a segurança no trânsito. Intitulado “Uma luz para a vida”, o movimento começa já na próxima segunda-feira, dia 18.
    Participar é simples: ao dirigir o seu veículo, deixe os faróis ligados. O objetivo, segundo a PRF, é a redução dos índices de acidentes e de mortes.
    “Os faróis acesos, além do valor simbólico do envolvimento da sociedade brasileira na busca por um trânsito mais humano e seguro, constituem importante fator contribuinte para a redução dos riscos de acidentes, pois favorecem uma melhor visualização dos veículos que trafegam pelas rodovias”, afirma a Polícia Rodoviária, em seu comunicado.
Carros Batidos
    Além dos faróis, a polícia fará exposição de veículos envolvidos em acidentes reais. A iniciativa surgiu no Estado, mas será colocada em prática nas BRs por todo o país. Junto dos automóveis e das motos, serão colocadas faixas com frases educativas, em pontos estratégicos das rodovias.
A GAZETA. Vitória (ES), sábado, 16 abr. 2011, p. 4.
7. De acordo com esse texto, para participar da campanha "Uma luz para a vida" basta
a. Deixar os faróis ligados.
b. Reduzir os índices de acidentes.
c. Reduzir os índices de mortes.
d. Usar faixas educativas.
 Leia o texto abaixo e, a seguir, responda às questões 8, 9 e 10.
Sociedade
Carlos Drummond de Andrade
   O homem disse para o amigo: — Breve irei a tua casa e levarei minha mulher. O amigo enfeitou a casa e quando o homem chegou com a mulher, soltou uma dúzia de foguetes. O homem comeu e bebeu. A mulher bebeu e cantou. Os dois dançaram. O amigo estava muito satisfeito. Quando foi hora de sair, o amigo disse para o homem: — Breve irei a tua casa. E apertou a mão dos dois. No caminho o homem resmunga: — Ora essa, era o que faltava. E a mulher ajunta: — Que idiota. — A casa é um ninho de pulgas. — Reparaste o bife queimado? O piano ruim e a comida pouca. E todas as quintas-feiras eles voltam à casa do amigo que ainda não pôde retribuir a visita.
Disponível em: http://www.citador.pt/poemas/sociedade -carlos-drummond-de-andrade. Acesso em: 22 jan. 2016.
7. De acordo com o texto, o homem e a mulher visitantes
a. Enfeitaram a casa. 
b. Beberam e dançaram.
c. Retribuíram a visita ao amigo. 
d. Soltaram uma dúzia de foguetes.
8. No verso “E todas as quintas-feiras eles voltam à casa do amigo”, o termo “eles” se refere
a. Ao homem e à mulher visitantes e ao dono da casa.
b. À mulher visitante e ao amigo dono da casa.
c. Ao homem visitante e ao dono da casa.
d. À mulher e ao homem visitantes.
9. No verso “ – A casa é um ninho de pulgas.”, a expressão “ninho de pulgas”, no contexto do poema, significa que a casa
a. Possui uma boa higiene.
b. É cheia de animais.
c. Possui aconchego.
d. É mal cuidada.

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