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Radiologia Industrial Resumo: Esta atividade tem o propósito de estudar a capacidade das técnicas de ensaios não destrutivos, dentro da radiologia industrial, como tomografia computadorizada industrial (TC), ultrassom, radiografia digital. Ao refletirmos sobre grandes construções: automóveis, metro, aeronaves, trens, navios, todas estas máquinas não poderiam ter um bom desempenho se não fossem a qualidade do projeto, dos materiais, fabricação e montagem, inspeção e manutenção. Esse alto nível de tecnologia é para assegurar e proteger a vida daqueles que necessitam que esses maquinários funcionem perfeitamente. Atualmente, a globalização nestes segmentos industriais fez aumentar o número de projetos e produtos. Esta revolução global tem como consequência a corrida por custos menores e pressão da concorrência. Sendo assim, como garantir que os materiais, componentes e processos utilizados tenham a qualidade requerida? Como garantir a isenção de defeitos que possam comprometer o desempenho das peças? As respostas estão em parte na inspeção e consequentemente na aplicação de ensaios não destrutivos. Eles investigam a qualidade dos materiais sem destruí-los ou introduzir quaisquer alterações nas suas características. Aplicados na inspeção de matéria prima, no controle de processos de fabricação e inspeção final, os ensaios não destrutivos constituem uma das ferramentas indispensáveis para o controle da qualidade dos produtos produzidos pela indústria moderna. Quando se deseja inspecionar peças com finalidade de investigar sobre defeitos internos, a Radiografia e o Ultrassom são poderosos métodos que podem detectar com alta sensibilidade. Eles desempenham papel importante na comprovação da qualidade da peça ou componente em conformidade com os requisitos das normas. Considerado como um processo especial pelos Sistemas da Qualidade, NBR ISO-90011 e outros, os ensaios não destrutivos são aplicados segundo requisitos de projeto do produto fabricado, e não de forma aleatória ao prazer da conveniência de engenheiros e técnicos. A radiologia industrial desempenha um papel importante e de certa forma insuperável na documentação da qualidade do produto inspecionado, pois a imagem projetada do filme radiográfico representa a "fotografia" interna da peça, o que nenhum outro ensaio não destrutivo é capaz de mostrar na área industrial. Sendo assim, o treinamento, qualificação e certificação dos profissionais envolvidos com estes métodos é requisito importante do sistema da qualidade. No Brasil, as qualificações e certificações de pessoal para ensaios não destrutivos são efetuadas por organizações de classe como associações, ou por instituições ou fundações governamentais. A mais importante é o Sistema Nacional de Qualificação e Certificação - SNQ&C gerenciado pela Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção - ABENDI, com reconhecimento pelo INMETRO. Introdução Radiografia é um recurso utilizado para examinar de forma não destrutiva, com base na absorção de radiação, que penetra na peça averiguada. Em razão das desigualdades na densidade e variações na espessura do material, ou mesmo diferenças nas características de absorção causadas por variações na composição do material, diferentes regiões de uma peça absorverão quantidades diferentes da radiação penetrante. Essa absorção diferenciada da radiação poderá ser detectada através de um filme, ou através de um tubo de imagem ou mesmo medida por detetores eletrônicos de radiação. Essa variação na quantidade de radiação absorvida, detectada através de um meio, irá nos indicar, entre outras coisas, a existência de uma falha interna ou defeito no material. A radiografia industrial é então usada para detectar variação de uma região de um determinado material que apresenta uma diferença em espessura ou densidade comparada com uma região vizinha, em outras palavras, a radiografia é um método capaz de detectar com boa sensibilidade defeitos volumétricos: como trinca, ranhuras, fissuras, o que dependerá da técnica de ensaio realizado. Estudo Estudo baseado em artigo desenvolvido na análise de peças de cimento. O cimento é composto por calcário e a argila, que retirados da natureza, passam por processos para redução de tamanho. O concreto pode apresentar trincas e fissuras. Defeitos que aparecem sob todas as configurações, aberturas e formas. Sejam elas com grandes aberturas, na forma de fraturas, ou micro fissuras invisíveis ao olho humano, mas detectáveis ao microscópio. São produzidas pela liberação de tensões, e que ultrapassam a tensão de tração do concreto, principalmente em sua fase de amadurecimento. Observa-se que os elementos de concreto sofrem quase sempre algum tipo de fadiga estrutural, às vezes por atrito na base ou engastamento nas extremidades, normalmente por deformações diferenciais que se desenvolvem entre a parte externa e a parte interna do concreto Quando há mudanças de volume nos elementos de concreto, causadas por gradientes de temperatura e umidade, provocando tensões de tração superiores às tensões de tração admissíveis, normalmente haverá o aparecimento de fissuras de origem física. A fissura pode levar à penetração de água. As causas físicas da deterioração do concreto podem ser agrupadas em duas categorias: desgaste superficial, ou perda de massa devida à abrasão. Radiografar concreto é diferenciado. Variações necessitam de adaptação da técnica em estudo. A inspeção radiográfica por filme, observando a exigência de que a qualidade da imagem seja a melhor possível, não permite manipulação e necessita refazer o ensaio radiográfico, caso a qualidade não seja alcançada, enquanto na radiografia digital pode-se manipular a imagem utilizando um software. No caso da radiografia digital industrial, materiais mais densos apresentam tons de cinza mais escuros e materiais com uma densidade menor aparecem com tons de cinza mais claros. O contrário ocorre na radiografia convencional. Conclusão: A técnica de radiografia industrial mostra-se adequada para observação da estrutura de concreto armado. A radiografia também se mostrou como um método para visualizar patologias em concreto, que são ocasionadas pelo tempo e exposição da estrutura a condições da natureza, além de indicar um método de análise de materiais com densidades diferentes do concreto. A tomografia industrial pode ser eficiente na identificação do volume de vazios no interior dos objetos, em amostras de concreto. Utilizando tomografia industrial, como uma proposta de ensaio não destrutivo, por meio que também podemos visualizar, em forma de fatias tomográficas, as características da peça, analisando assim a região de interesse. As técnicas apresentam resultados motivadores, sendo que a tomografia pode analisar internamente com detalhes muito precisos, demonstrando que as técnicas de ensaios não destrutivos estudadas são de grande importância, pois não perdem informações do interior. Referências: MEHTA P.K. e MONTEIRO, P. J. M. CONCRETO Microestrutura, propriedades e Materiais, São Paulo, 2008. MENDES, R. Estudo das patologias de concreto por imagens via radiografia industrial e tomografia. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010.
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