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APOSTILA PREPARATÓRIA 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
GEOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ENSINO MÉDIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
1 
 
 
 
INTRODUÇÃO – CONCEITOS BÁSICOS 
 
Geografia é a ciência que estuda as inter-relações que ocorrem entre o ser humano e o quadro 
natural que o cerca. 
 
- TERRA - Planeta do Sistema Solar (terra + água + ar). 
 - 3º Planeta pela ordem de afastamento do Sol (1º Mercúrio, 2º Vênus). 
 - Superfície da Terra: 510.000.000 km². 
 
 
- PLANETA - Astro sem luz e calor próprio. Gira em torno de uma estrela que o 
aquece e ilumina. 
 - O Sistema Solar é constituído por oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, 
Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. 
 
 
- MOVIMENTO DE ROTAÇÃO: Movimento executado pela Terra em torno de seu eixo 
imaginário de Oeste para Leste, em 23 horas, 56 minutos, e 4 segundos (um dia). 
 
 
- MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO: Movimento executado pela Terra em torno do Sol de Oeste 
para Leste, em 365,6 dias. 
 
 
- MERIDIANO DE GREENWICH: Círculo tomado como origem do tempo universal e que 
passa pela antiga sede do observatório de Greenwich, na Inglaterra. 
 
 
- LINHA DO EQUADOR: Círculo máximo imaginário do Globo Terrestre que divide a Terra em 
Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. 
 
 
Existem quatro paralelos importantes por delimitarem as zonas térmicas da Terra: 
 
 
- TRÓPICOS: - TRÓPICO DE CÂNCER: ao Norte da linha do Equador (Caribe). 
 
 - TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO: ao Sul da linha do Equador (São Paulo). 
 
São os dois círculos terrestres paralelos ao Equador. 
 
 
- CÍRCULOS POLARES: - ÁRTICO – Hemisfério Norte 
 - ANTÁRTICO – Hemisfério Sul 
 
 
- HEMISFÉRIO – Meia esfera. Cada uma das meias esferas em que a Terra é imaginariamente 
dividida pela linha do Equador (Norte e Sul) e Greenwich (Leste e Oeste). 
 
 
 
BRASIL: País da América do Sul, com território de 8.511.965 km², na maior parte (93%) no 
Hemisfério Sul. O Brasil possui 209,5 milhões habitantes e está politicamente dividido em 26 
estados e um Distrito Federal. A divisão em estados foi estabelecida a partir da Proclamação 
da República e consequentemente, a partir da 1ª Constituição Republicana. Os Estados 
substituíram as Províncias do Império. Copiamos o sistema adotado nos Estados Unidos da 
América do Norte. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
- DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL: Segundo o IBGE, o Brasil está dividido em cinco regiões 
geográficas de acordo com os seus contrastes físicos, humanos e econômicos: Norte, Nordeste, 
Centro-Oeste, Sudeste e Sul. 
 
- DIVISÃO GEO ECONÔMICA: Três complexos regionais de acordo com a formação histórico 
econômica do país: Amazônia, Nordeste e Centro Sul. 
 
 
 
RELAÇÃO DOS ESTADOS COM AS RESPECTIVAS CAPITAIS: 
 
 
- Região Norte Amazonas 
Pará 
Roraima 
Amapá 
Acre 
Rondônia 
Tocantins 
Manaus 
Belém 
Boa Vista 
Macapá 
Rio Branco 
Porto Velho 
Palmas 
- Região Nordeste Pernambuco 
Maranhão 
Piauí 
Ceará 
Rio Grande do Norte 
Paraíba 
Alagoas 
Sergipe 
Bahia 
Recife 
São Luís 
Teresina 
Fortaleza 
Natal 
João Pessoa 
Maceió 
Aracaju 
Salvador 
- Região Centro Oeste Mato Grosso 
Mato Grosso do Sul 
Goiás 
Cuiabá 
Campo Grande 
Goiânia 
 
- Região Sudeste Minas Gerais 
Espírito Santo 
Rio de Janeiro 
São Paulo 
Belo Horizonte 
Vitória 
Rio de Janeiro 
São Paulo 
- Região Sul Paraná 
Santa Catarina 
Rio Grande do Sul 
Curitiba 
Florianópolis 
Porto Alegre 
- Distrito Federal Sede Administrativa do País Brasília 
 
 
 
Obs.: Tocantins é o mais novo estado do Brasil. Foi desmembrado do estado de Goiás. 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
Relevo: Relevo é o conjunto de acidentes geográficos da superfície terrestre. No Brasil 
predomina um relevo de baixa altitude. 
 
Planaltos do Brasil: 
 
- O Planalto Brasileiro subdivide-se em: Planalto Central e Planalto 
Meridional. 
 
- Planalto Atlântico: onde se localizam a Serra do Mar, a Serra da 
Mantiqueira e a Serra do Espinhaço. Neste Planalto, localizam-se 
o Pico da Bandeira com 2.840 metros e o Pico das Agulhas Negras 
com 2.787 metros de altitude. 
 
- Planalto Nordestino 
 
- Planalto das Guianas: Neste Planalto, localiza-se o Pico da 
Neblina com 3.014 metros de altitude, sendo o ponto culminante 
do Brasil. 
 
 
- Planícies do Brasil: 
 
1 – Planície Amazônica ao Norte. 
 
2 - Planície Costeira junto ao litoral. 
 
3 – Planícies do Pantanal na região Centro Oeste, onde é 
localizada a Chapada dos Guimarães, hospedeira de 650 
espécies de aves. 
 
 
 
 
Clima: 
 
 
- É a sucessão de estados da atmosfera em um determinado lugar. 
- É a sucessão dos estados do tempo em certo lugar. 
 
No Brasil: 
 
1 – Clima Equatorial – Na Amazônia (fenômeno da friagem). 
 
2 – Clima Tropical na maior parte do país. Apresenta verão quente 
e úmido e inverno quente e seco. 
 
3 – Tropical de altitude – nas áreas mais elevadas do Sudeste. 
 
4 – Semiárido no interior do Nordeste. 
 
5 – Subtropical no Sul do país. Santa Catarina (um estado do Sul) 
possui este tipo de clima. 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Hidrografia no Brasil: 
- Hidrografia: estudo das águas continentais (rios e lagos). 
- Dá-se o nome de Bacia Hidrográfica ao conjunto de terras banhadas por um rio principal, 
seus afluentes e subafluentes. O Brasil, neste particular, é um país privilegiado. 
 
- Nossas principais Bacias são: 
 
1 - Bacia Amazônica: 
 
- Extensão: 7.500.000 km² dos quais 
aproximadamente 4.000.000 km2 estão situados em 
território brasileiro, e o restante distribuído por oito 
países sul-americanos: Guiana Francesa, Suriname, 
Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia. 
 
A Bacia Amazônica possui cerca de 23 mil km de rios 
navegáveis; 
- Tem como principal rio o Amazonas. 
- Afluentes mais importantes Negros, Tapajós, Xingu, 
Japurá e outros. 
 
2 – Bacia Platina 
- Subdivida em: 
 
a) Bacia do Paraná, região sul do Brasil. 
- Tem como principal rio o Paraná que é o maior rio 
brasileiro em potencial hidroelétrico. Nasce na fusão 
dos rios Grandes e Paranaíba e deságua no Rio da 
Prata. Divide o Brasil, o Paraguai e a Argentina. Na 
Bacia Platina estão as hidroelétricas de Furnas, Três 
Irmãos, Barra Bonita, Ilha Solteira e a principal que é 
a de Itaipu. 
 
(b) Bacia do Uruguai: Rio principal: Uruguai que nasce 
da fusão dos rios Canoas e Pelotas. 
 
c) Bacia do Paraguai: Rio Principal: Paraguai que nasce 
na Serra do Araporé (MT). Atravessa o Pantanal e é 
altamente utilizado para a navegação. 
 
 
3 – Bacia do São Francisco 
 
- Fica no Planalto do Brasil 
- Tem como principal rio, o São Francisco que embora 
apresentando muitas cachoeiras, é também um rio 
navegável. É a mais importante bacia hidrográfica do 
Brasil inteiramente brasileira, tanto que o Rio São 
Francisco é conhecido como o Rio da Unidade Nacional. 
O São Francisco nasce na Serra da Canastra, em Minas 
Gerais e deságua no Oceano Atlântico (2.000 km 
navegáveis). Nesta bacia estão as hidroelétricas de 
Três Maria (MG), Sobradinho e Paulo Afonso (BA). No 
passado foi o principal elo entre o Nordeste e o Sul do 
país 
 
4 – Bacia Tocantins – Araguaia - É a maior bacia totalmente brasileira. 
- Tem como principal rio, o Tocantins com 2.450 km de 
extensão. 
- Seu principal afluente é o Araguaia. 
- Nesta bacia está a hidroelétrica de Tucuruí (Pará). 
 
5 
 
 
 
BRASIL – UM PAÍS PRODUTIVO 
 
Economia: é o conjunto de atividades que visa produzir e comercializar bens e serviços. O 
Brasil possui uma economia bastante diversificada nos diversos setores: 
 
A) Primário 
1 – Agricultura: um dos sustentáculos da economia bastante diversificada nos diversos 
setores. 
- No passado foi baseado em poucos produtos (café e cana-de-açúcar principalmente). Tornou-
se bastante variada com o cultivo da soja, do trigo, do fumo, do algodão, da uva, etc. 
- Papel: Abastece o país, cria excedente para as exportações e ainda energia atravésdo cultivo 
da cana-de-açúcar. 
- Predomínio de latifúndios (propriedade rural com mais de 600 ha) sobre os minifúndios. 
 
Principais produtos 
a) Cana-de-açúcar: Introduzida no Brasil durante o século XVI por Martim Afonso e Sousa 
donatário da Capitania de São Vicente. Na Europa o açúcar era produzido a partir da beterraba. 
De qualidade inferior e de pouca produtividade propiciou o uso do açúcar produzido com cana-
de-açúcar. O produto tornou-se um importante fator econômico na Colônia Brasileira e foi 
responsável pelo aumento populacional e ocupação de São Vicente, Bahia e Nordeste do Brasil. 
Maiores produtores mundiais (SP, MG, PR, GO, MS, AL). 
b) Café: Já foi nossa maior fonte de renda, sua produção cresceu durante o 2º Império 
ocupando regiões do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Vale do Paraíba, Minas Gerais e 
Paraná. No Paraná, região de terra roxa, o café teve alta produtividade e por ponde passou 
plantou cidades, vilas, fazendas, gerando lucro e fazendo fortunas. Atualmente, o estado de 
Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, com 54,3% da produção nacional. O café 
motivou, além da ocupação territorial, o desenvolvimento das Estradas de Ferro do Brasil. Foi 
o café a base econômica do crescimento de São Paulo. Maiores produtores: MG, ES, SP, , BA, 
RO e PR. 
c) Laranja: O Brasil é o maior produtor de laranja do mundo. Recentemente direcionado para 
a exportação (na forma de suco) sob o controle de multinacionais. 
d) Soja: é o segundo produto em área cultivada no Brasil. Segundo maior produtor mundial. 
Maiores produtores: MT, PR, RS e GO. 
 
2 – Pecuária: Desempenhou marcante papel no povoamento e expansão territorial do Brasil, 
nos colocando entre os maiores criadores do mundo. A Soma total do nosso rebanho é de 
aproximadamente 214,9 milhões de cabeças (bovino – maior produtor do mundo; suíno – 
quarto maior do mundo; e equino – sétimo maior do mundo). 
 
Tipos de criação: 
- Intensiva: pequena propriedade, áreas limitadas, alto rendimento, em geral utilizada com a 
criação leiteira. 
- Extensiva: grandes áreas, gados à solta, pastagens naturais, baixo rendimento, destinado à 
criação de corte. 
3- Extrativismo: São divididos em dois tipos: 
- Vegetal: destacando-se o Babaçu (palmeira do Nordeste cujo fruto fornece óleo, álcool e 
glicerina), o mogno (madeira nobre e de alto valor comercial, cortada livremente no Pará, Mato 
Grosso e Rondônia), etc. 
- Mineral: destacamos o minério de ferro e o petróleo. 
a) Minério de ferro: principais áreas: quadrilátero mineiro (Belo Horizonte, Santa Bárbara, 
Mariana e Congonhas) e Vale do Rio doce. Nosso principal corredor de exportação é o Porto 
de Tubarão, em Vitória (ES) 
b) Petróleo: encontrado nas bacias sedimentares, monopólio da Petrobrás. Principais áreas 
produtoras no continente: BA, SE, RN, etc. e na plataforma continental RS, SE, AL, RN. 
B) Secundário: Indústria: forte e diversificada, concentrada principalmente no Sudeste em 
função da melhor rede de transportes e comunicações, maior concentração de mercado 
consumido, maior produção energética, maior capital e mão de obra de maior qualificação. 
Essa concentração é maior em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, na região Sudeste. 
Existem poucas no Norte e Nordeste. 
C) Terciário: Comércio: encontramos atividades modernas (bancos, empresas de seguros e 
transportes, cadeias de supermercados, etc.) e atividades tradicionais (mercearias, bazares, 
etc.). 
6 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
GEOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
América: Continente “descoberto” por Colombo em 1492, habitado por representantes de 
diferentes culturas e civilizações (astecas, maias e incas) amerígenas. 
Entre os séculos XVI e XVII, foi colonizada pelos europeus, que exploraram riquezas e 
cultivaram produtos tropicais (cana-de-açúcar, tabaco, algodão) de alto valor comercial para 
as metrópoles europeias. 
Os ingleses estabeleceram “colônias de povoamento”, pois visavam constituir uma 
nova vida, um novo lar, “um novo mundo”: seus produtos agrícolas e artesanais atendiam 
seus próprios interesses de comércio local. Hoje constituem a América Anglo-Saxônica 
(Estados Unidos e Canadá). 
Todo o restante forma a América Latina, pois foi colonizada por espanhóis e 
portugueses e é caracterizada por uma grande diversidade cultural, instabilidade política, 
países subdesenvolvidos cujas características essenciais, são: a dependência econômica 
evidenciada pela injustiça na balança comercial, grande dívida externa e forte presença de 
empresas transnacionais, além das acentuadas diferenças sociais. 
A América está separada da Ásia pelo Estreito de Bering, é circundada pelo Oceano 
Glacial Ártico (ao Norte), Oceano Atlântico (Leste), Oceano Pacífico (Oeste). Limita-se ao Sul 
com a Antártida. 
Vastas Cordilheiras estendem-se a Oeste, planaltos e planícies a Leste. Grande número 
de Ilhas e arquipélagos. 
Geograficamente temos a América do Norte, a América Central e a América do Sul. 
América do Norte: 
Países e 
Capitais: 
Canadá 
Estados Unidos 
México 
Otawa 
Washington 
Cidade do México. 
Canadá: Maior país da América e 2º produtor mundial de artigos industrializados. É um dos 
maiores produtores mundiais de zinco, urânio, e níquel, produz grande quantidade de ouro, 
prata, cobre chumbo e minério de ferro. Possui áreas de excelente solo agrícola e ativa 
pecuária leiteira. 
Toronto, Montreal e Vancouver são grandes centros industrializados. 
Estados Unidos: Nação mais rica e poderosa da terra, por seu predomínio industrial-
financeiro-econômico, é o maior produtor de petróleo e um dos maiores mercados mundiais 
de produtos agrícolas. Chicago é o centro de Los Angeles, do cinema e produtos bélicos. 
México: Faz parte da América Latina, 1º produtor mundial de prata, população de maioria 
mestiça (índios com espanhóis). Possui uma das maiores reservas mundiais de petróleo, gás 
natural, ouro, enxofre, manganês, zinco, chumbo e cobre. 
 O país busca a industrialização: siderurgia (em Monterrey), petroquímica (em 
Salamanca), refinarias (em Tampico e Vera Cruz). 
 Canadá, Estados Unidos e México integram a NAFTA (Acordo Norte-Americano de Livre 
Comércio), desde 1994 cujo objetivo é apenas a criação de uma zona de livre comércio. 
Na América do Norte encontram-se: 
- O Círculo Polar Ártico. 
- O Trópico de Câncer (passa pelo México) 
- As Montanhas Rochosas (a Oeste), pontiagudas e cobertas de neve eterna. 
- O Mc Kinley (6.194): ponto culminante, no Alasca. 
- As Planícies do Rio S. Lourenço e dos Grandes Lagos (Superior, Michigan, Huron, Erie, 
Ontário) – as cataratas do Niágara ficam entre os lagos Ontário e Erie: uma beleza turística. 
- As Penínsulas da Califórnia e Yucatán. 
- Os Golfos da Califórnia e do México. 
- O Mar e Arquipélago das Antilhas. 
- Os Planaltos ricos em minarias, como o Planalto do Labrador (Canadá), os Montes Apalaches 
(EUA) e os Planaltos Mexicanos de Chihuana e Anauc. 
- Uma planície costeira acompanhando o Atlântico. 
- Os rios S. Lourenço (a Leste), a Bacia do Rio Mississipi (ao Centro), Mackenzie (ao Norte), 
Hudson (corta Nova Iorque), Colorado (a Oeste) e Grande (ao Sul). 
- O Vale da Morte (-83m) na Califórnia. 
- O famoso Grand Canyon, no Planalto do Rio Colorado. 
- A Serra Madre Oriental, Ocidental e do Sul (no México). 
Vegetação: - Tundra e floresta de coníferas – no Norte do Canadá e Alasca. 
- Floresta temperada – nos Apalaches, Labrador e Rochosas. 
- Floresta tropical – próxima ao Golfo do México. 
- Pradarias (vegetação rasteiras e herbáceas) – nas planícies centrais. 
8 
 
 
 
- Xerófitas – nas áreas desérticas do Colorado. 
- Climas com invernos rigorosos e verões fortes. 
- Indústrias com elevada tecnologia e agricultura amplamente mecanizada (exceto o México) 
América Central: 
É dividida em duas partes: 
-Ístmico ou Continental – liga a América do Norte à América do Sul. 
-Insular ou Arquipélago das Antilhas - são divididas em Antilhas,Pequenas Antilhas e 
Arquipélago das Bahamas. 
 
São suas características: 
- A Península e Planície do Yucatén. 
- Solo fértil, elevadas temperaturas e chuvas abundantes (na porção oriental). 
- Montanhas, clima temperado e chuvas escassas (na porção ocidental). 
- Vegetação variável: florestas, savanas, estepes com cactáceas. 
- Golfo do México (que sofre com a poluição petroquímica). 
- Mar das Antilhas (ou do Caribe). 
- Países exportadores de matérias-primas e consumidores de industrializados. 
- Economia agrícola (açúcar, banana, café) e extrativismo mineral. 
- Denso povoamento de índios, mestiços e brancos (minoria). 
- Pouca rede de comunicações. 
- Urbanização causada pelo êxodo rural. 
- O canal do Panamá (controlado pelos norte-americanos até o ano 2.000), une Atlântico ao 
Pacífico, através de comportas e eclusas. 
 
Principais países e capitais da América 
 
- Insulares: 
Jamaica Kingston 
Cuba Havana (país socialista exportador agrícola) 
Porto Rico San Juan 
Haiti Porto Príncipe 
República Dominicana São Domingo 
 
Estes países apresentam uma das mais elevadas densidades demográficas do mundo, 
população de negros e mestiços, agricultura de cana-de-açúcar, tendo o turismo como fonte 
de divisas. 
 
- Continentais 
Guatemala Guatemala 
El Salvador San Salvador 
Honduras Tegucigalpa 
Nicarágua Manágua 
Costa Rica San José 
Panamá Panamá 
 
O colonialismo, a exploração de companhias norte-americanas e a resistência das elites 
em promover mudanças que beneficiassem a população, contribuíram para o grande estado 
de pobreza da América Central. 
Os Estados Unidos intervieram militarmente em vários países, utilizando justificativas 
de “proteção da democracia”, “restauração de paz”, “promoção da estabilidade externa”, 
“ameaça da paz interna”- sempre defendendo seus interesses e a necessidade de promover-
se como “xerife do mundo”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
América do Sul: 
É cortada pelo Equador (passa por Macapá-AP) e pelo Trópico de Capricórnio (passa por São 
Paulo-SP). 
- Tem o Aconcágua (6.959) como ponto culminante. 
- A Cordilheira dos Andes, que se estende na costa do Pacífico: tem aproximadamente 8 mil 
km de extensão e largura que varia de 200 a 700 km, com neves eternas mesmo sob o 
Equador. 
- Planalto das Guianas, Brasileiro e da Patagônia. 
- A hidrografia tem grande importância econômica já que é intensamente utilizada para a 
irrigação, transporte, comunicação e produção energética nas margens de rios e lagos onde 
se desenvolvem importantes atividades econômicas. Ex.: Planícies do Rio Orenoco (em cujas 
margens se desenvolvem atividade criatória), do Rio Amazonas (o mais extenso do mundo), 
do Rio Paraná (que apresenta enorme potencial hidrelétrico, como Itaipu) e do Rio São 
Francisco (que é via de transporte e irriga o sertão nordestino). No encontro do Rio Amazonas 
com o Atlântico ocorre a pororoca. 
 
Lagos: - Maracaibo (Venezuela) – exploração de Petróleo. 
- Titicaca (Peru/Bolívia) – utilização agrícola das margens 
Ilhas: - Marajá, Falklands (Malvinas), Bananal (maior ilha fluvial do mundo) 
- A Corrente Marinha Humboldt, que bordeja o litoral do Pacífico e é responsável 
pelo clima desértico do Peru e Atacama (Chile); já a Corrente dos Falklands produz 
o clima semiárido da Patagônia. 
 
- A cobertura vegetal acompanha o clima: 
- Floresta Equatorial: na Amazônia. 
- Floresta Tropical: representada pela Mata Atlântica e Serrado. 
- Vegetação árida ou desértica: litoral do Peru, Norte do Chile e Sul da Argentina. 
- Vegetação semiárida: caatinga do Nordeste brasileiro. 
- Vegetação subtropical: mata de araucária ou pinhais. 
- Floresta Fria: nos Andes. 
 
- Economia agrícola, extrativismo mineral e industrialização (Brasil, Argentina e etc.) 
- Centro exportador de matérias-primas e consumidor de industrializados. 
Os países da América do Sul possuem certa unidade cultural devido à colonização espanhola 
e portuguesa, principalmente. Destacam-se: 
 
- Países 
Andinos: 
Chile 
Peru 
Bolívia 
Colômbia 
Venezuela 
Santiago: 
Lima: 
Laz Paz: 
Bogotá: 
Caracas: 
1º produtor mundial de cobre. 
5º produtor mundial de ouro. 
4º produtor mundial de estanho. 
3º produtor mundial de café 
21º produtor mundial de petróleo. 
 
- Países 
Platinos: 
Argentina 
Uruguai 
Paraguai 
Buenos Aires: 
Montevidéu: 
Assunção: 
 
3ª maior população da América Latina 
Notável pelas indústrias agropecuárias 
Agropecuária, tanino e erva-mate. 
- Guianas Suriname 
Guiana 
Guiana Francesa 
Paramaribo: 
Georgetown: 
Caiena: 
Antiga Guiana Holandesa. 
Ex-Guiana Inglesa. 
Departamento Ultramarino da França. 
Cultivam produtos tropicais, extração de 
minerais, principalmente a bauxita (minério 
de alumínio), exportada para os Estados 
Unidos e Canadá. 
 
- Brasil 
 
Brasília 
 
Economia basicamente agrícola com grande 
avanço na industrialização e exportações 
industriais. 
OBS: A Bolívia e o Paraguai não têm acesso ao mar. 
 
A queda dos governos militares e a redemocratização abriu caminho para a integração de 
países e a criação dos megablocos econômicos dessa parte de América: 
10 
 
 
1) Mercado Comum do SUL (MERCOSUL), constituído pelo Brasil, Argentina, Uruguai, 
Paraguai e Chile. O Mercado Comum do Cone Sul unificou as taxas de importação dos 
países membros e foi criado com o objetivo de obter uma unificação econômica até o 
ano 2000. 
2) O Pacto Andino é integrado por Bolívia, Chile, Equador, Peru e Venezuela foram 
assinados em 1993. 
3) Mercado Comum Centro-Americano (MCCA) reúne a Guatemala, Honduras, El 
Salvador, Nicarágua e Costa Rica. Tem pouca expressividade. 
 
Curiosidades: 
- A Ilha da Páscoa (Chile) exerce um grande fascínio sobre os milhares de turistas que o 
visitam anualmente, devido às suas grandes estátuas de pedra chamada “moais”, muito bem 
exploradas no filme Rapa-Nui. 
- A cidade de Cuzco, capital do antigo império Inca é a mais antiga do continente, os 
espanhóis demoliram seus templos, derreteram o ouro e a prata das estátuas e esculturas e 
escravizaram sua população. 
- A cidade de Machu Pichu, construída por volta de 1.420, no cume da Cordilheira dos Andes 
serviu de refúgio par aos incas quando Cuzco foi conquistada pelos espanhóis. Cercada de 
mistérios com suas construções anti-abalos sísmicos, é patrimônio cultural e natural da 
humanidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
GEOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
Continentes 
Em 1912, foi lançada a teoria do alemão Alfred Wegener – “a deriva dos continentes” – 
segundo a qual há milhões de anos os continentes formavam uma única massa da terra, que 
foi se deslocando, se dividindo e se fragmentando até as formas atuais. Eles continuam se 
movimento de 2 a 10 mm por ano. 
Continentes são extensas massas de terra que emergem dos oceanos, com seus climas, 
vegetação, rios e montanhas, golfos e península, baías e cabos e são também os conjuntos 
dos países, com seus aspectos físicos, humanos, econômicos e históricos. 
Há países ricos e pobres, bem desenvolvidos, pouco ou subdesenvolvidos. Países que se unem 
em organizações de cooperação e países que não se entendem. Há também outra classificação: 
países de 1º mundo, ou desenvolvidos; países de 2º mundo, ou em desenvolvimento; e países 
de 3º mundo ou subdesenvolvidos. 
Europa: 
- Tem mais de 10 milhões de km², duas vezes menor que a América do Sul e 3 vezes menor 
que a África. É a mais povoada depois da Ásia. 
- Limites: N – Oceano Glacial Ártico 
S – Mar Mediterrâneo 
L – Ásia 
O – Atlântico 
- Separam a Europa da Ásia os Montes Urais, o Rio Ural, os Mares Cáspio e Negro, a Cadeia 
do Cáucaso. 
- Seu litoral é muito extenso e recortado com inúmeros cabos, penínsulas (Escandinava, 
Ibérica, Itálica, Balcânica), golfos, baías, mares (Mediterrâneo, Negro, Cáspio, Báltico, do 
Norte) e ilhas (Britânicas, Islândia,Córsega, Sardenha, Sicília e as do Mar Egeu); depressão 
do Mar Cáspio. 
- O Estreito de Gibraltar é o ponto de aproximação entre a Europa e o Norte da África, o Canal 
da Mancha separa a Grã-Bretanha e a Europa continental. O litoral da Noruega apresenta 
fiordes (golfo estreitos e profundos entre montanhas) e a Holanda é famosa por seus poderes 
(terras conquistadas ao mar, dessecado e cercado de diques, abaixo do nível do mar). 
 
Principais países e capitais da Europa: 
 
Noruega Oslo Holanda Amsterdã 
Suécia Estocolmo Dinamarca Copenhague 
Inglaterra Londres Alemanha Berlim 
França Paris Polônia Varsóvia 
Espanha Madri Itália Roma 
Portugal Lisboa Grécia Atena 
Iugoslávia Belgrado Rússia Moscou 
 
Relevo: Contrastes entre as grandes cadeias de montanhas (Alpes, Pireneus, Apeninos, 
Cárpatos, Urais), os planaltos (da França, Espanha, Baviera) e as planícies (do Báltico, Russa, 
Húngara). Destacam-se os vulcões Etna, Vesúvio (Itália) e Hecla (Islândia). 
Hidrografia: Os rios são importantes vias de comunicação e transporte, como o Reno (o mais 
navegado do mundo, atravessa regiões ricas e industrializadas), o Danúbio e o Volga (o mais 
extenso da Europa) – estes são interligados e ligados a outros através de canais. Merecem 
destaques também o Tejo (Portugal) Sena (França), Tamisa (Inglaterra), Vistula (Polônia) e 
Tibre (Itália). 
 
Clima: Apresenta três tipos: frio, temperado (é o predominante) e mediterrâneo. 
 
Vegetação: Possui cinco variações: 
- Tundra (formada por musgos e liquens). 
- Florestas Coníferas (abetos, pinheiros, ciprestes – fornece madeira para indústria). 
- Florestas temperadas (quase extintas pela ocupação humana). 
- Mediterrânea (maquis). 
- Estepe (gramíneas e arbustos) – campos importantes para pastagens. 
 
 
13 
 
 
 
Aspectos humanos: Noruega, Finlândia e Suécia apresentam baixas densidades, Reino Unido 
e Itália, altas densidades demográficas. São mais de 50 as línguas faladas, divididas em três 
ramos: 
- Eslavo (polonês, russo, tcheco, eslavo, húngaro, iugoslavo) 
- Germânico (alemão, inglês, holandês, dinamarquês, sueco) 
- Românico (italiano, português, espanhol) 
 
Economia: Agricultura de alta produtividade com emprego de técnicas modernas e uso 
adequado de fertilizantes (trigo, centeio, aveia, beterraba, uva, azeitonas). Pecuária destinada 
a consumo e industrialização. Extrativismo mineral: carvão (Alemanha, Polônia, Inglaterra, 
Rússia), ferro (França, Suécia, Rússia), petróleo (Rússia, Inglaterra), pesca (Noruega, 
Finlândia, Suécia e Islândia). O turismo é importante fonte de divisas. 
 
A Europa possui a melhor rede de transportes do mundo. Os trens são muito utilizados. 
Ressaltamos que a Europa foi o “Berço da indústria moderna” e sete das maiores nações 
industrializadas estão lá: Alemanha, Rússia, Grã Bretanha, França, Polônia, Bélgica e Itália. 
Elas dispõem de abundantes matérias-primas, mão de obra especializada, políticas de 
incentivos, leis de proteção aos trabalhadores e grandes organizações internacionais. Apesar 
disso, o desemprego crônico está ocasionando aumento do número de pessoas que vivem 
abaixo dos limites de pobreza (França, Inglaterra e Alemanha). 
Criaram-se mercados comuns destinados ao crescimento industrial, eliminação de 
barreiras alfandegárias, o aumento de empregos e produção de mais mercadorias e serviços 
ao consumidor. 
COMECON – Conselho de Ajuda Econômica Mútua (foi uma organização de cooperação 
econômica que surgiu depois da Segunda Guerra Mundial e foi composta por países 
comunistas). 
MCE OU CEE – Mercado Comum Europeu ou Comunidade Econômica Europeia. A partir 
de 01/01/1993 se transforma em União Europeia e amplia seus objetivos: livre circulação de 
mercadorias. Busca-se ainda a adoção de uma moeda única. 
 
Ásia 
 
Junto com a Europa, forma EURÁSIA. Os Urais e a Cáucaso são limites convencionais. 
É o maior dos seis continentais. Superfície de 44 milhões de km², 6 bilhões de habitantes 
(censo de 1995). Tem seis dos 10 países mais populosos do mundo: China, Índia, Indonésia, 
Japão, Bangladesh e Paquistão. 
 
- Limites: N – Oceano Glacial Ártico 
S – Oceano Índico 
L – Oceano Pacífico 
O – Europa, Mar Negro e Mediterrâneo, África 
 
Há países continentais e insulares, eminentemente agrícolas (China e Índia), 
altamente industrializados (Japão), ricos (Kuwait) e pobres (Paquistão), países budistas 
(Ceilão, Nepal), muçulmanos (Bangladesh, Paquistão) e hinduístas (Índia). A Rússia é o 
maior do mundo. 
Características do Sul e Sudeste: intensa atividade agrícola e grandes populações 
pobres. 
No Oriente Médio, nasceu o judaísmo, o cristianismo e o islamismo: a região é rica 
em petróleo e desertos de areia. 
O Extremo Oriente é a religião mais povoada da Ásia. Palestinos e Curdos não têm 
pátria. No Oriente Médio e no sul do continente, as diferenças religiosas provocam constantes 
conflitos. 
 
Relevo: 
- Possui um conjunto de cadeias montanhosas, como o Himalaia, onde está o Everest (ponto 
culminante do mundo – 8872 m). 
- Planaltos do Tibete, da Mongólia, da Arábia, do Irã e do Decã. 
- Deserto gelado de Góbi e desertos quentes do Oriente Médio (Arábia). Planícies férteis na 
Índia. 
- O contorno do Litoral asiático (130.000 km) corresponde a mais de 3 vezes a circunferência 
da Terra> Bastante recortado por penínsulas (Arábia, Decã, Malaia, Indochina, Coréia, 
14 
 
 
 
Kamtchaka), cabos, golfos (Pérsico, Omã, Bengala), baías e arquipélagos (Indonésia, Filipinas, 
Japão). Intensa atividade vulcânica e abalos sísmicos. 
 
- Rios: Desempenham um papel fundamental na vida das pessoas. Aglomerados nos vales e 
deltas, dos rios Indo e Ganges (Índia), Azul e Amarelo (China), Mekong (Indochina), Ienissei, 
Ob e Irsith (Rússia), Tigre e Eufrates (Mesopotâmia). O Canal de Suez (Egito) separa a Ásia 
da África. 
- Climas variados: - calor úmido e constante no Sul e Sudeste; 
 - calor seco e abrasador no Sudoeste; 
 - benigno e uniforme no Leste; 
 - verões tórridos, invernos polares e frios (Sibéria). Monçônico, equatorial 
e subtropical. 
 
- Vegetação: Destaca-se a taiga (na Sibéria); florestas temperadas e abertas no Leste, 
florestas equatoriais e densas, gramíneas na região árida dos planaltos centrais, tamareiras 
e oliveiras nos oásis. 
- Fauna: camelo, dromedário, elefante, búfalo, tigre de bengala, orangotango, gibão, urso 
negro e rena. 
 
Principais países, capitais e economia da Ásia: 
 
- Rússia asiática: (dos Urais ao Estreito de Béring). Agricultura extensiva (trigo, beterraba...), 
rica em energia hidrelétrica e matérias primas (carvão, petróleo, ferro), indústrias básicas 
(siderurgia, refinarias, químicas). 
- Japão – Tóquio: grande potência industrial e agrícola (arroz, chá, trigo...), maior frota 
pesqueira mundial (atum, salmão, baleia...) indústrias químicas, petroquímicas, maquinarias, 
ópticas, fotográfica, microscópica, eletroeletrônicas, automobilísticas. 
- China – Pequim: maior rebanho suíno mundial, exportação de produtos agropastoris, 
minerais, seda natural e eletroeletrônicos. 
- Taiwan/Cingapura/Hong Kong/ Coréia do Sul. “Tigres asiáticos” – peculiar agressividade no 
crescimento industrial e comércio internacional: eletrônicos, equipamentos para computadores 
e telecomunicações, tecidos sintéticos, roupas, plásticos, veículos. 
- Índia Nova Delhi 
- Irã Teerã 
- Iraque Bagdad 
- Turquia Ancara 
- Arábia Saudita Riad 
- Israel TelAviv 
- Indonésia Jacarta 
- Tailândia Bangkok 
 
 
CURIOSIDADES: - Um túnel de 54 km (23 km sob o mar) une as ilhas japonesas de Honshu 
e Hokkaido, a Japan Railway Company opera 327 trens balas por dia, impecavelmente limpos 
e pontuais. 
- Os “navios-fábricas” do Japão são também uma característica de pesca em alto mar russa. 
- A ferrovia Transiberiana liga Moscou a Vladivostok, no Mar do Japão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÁFRICA 
Terra da árvore baobá (que dura de 3 a 6 mil anos), extraordinárias florestas, desertos 
escaldantes, animais exóticose selvagens, pirâmides milenares e arrojadas construções 
modernas. É cortada pelo Equador e pelos dois trópicos: Câncer e Capricórnio. 
Separa-se da Europa pelo Mar Mediterrâneo e Estreito de Gibraltar, da Ásia, pelo Canal de 
Suez e Mar Vermelho. O Leste é banhado pelo Atlântico, a Oeste, pelo Índico. Possui um litoral 
pouco recortado. 
 
- Relevo: - Cadeia do Atlas (ao Norte) e Cadeia do Cabo (ao Sul) 
 - No “Rift Valley” (extensa linha de falhas geológicas no lado oriental) estão os 
lagos Niassa, Vitória, Alberto e Tanganica e os maciços vulcânicos contendo o Kilimanjaro 
(5.895 m) e o Quênia. 
 - Os planaltos são bastante elevados, como os da Etiópia (a Leste) e o Drakensberg 
(ao Sul). 
 - Planícies pouco extensas na faixa litorânea e junto ao vale dos rios. 
 - Desertos do Saara (o maior do mundo) e o Kalahari (a Sudoeste). 
 
- Rios: com grandes obstáculos à navegação, destacando-se as bacias do Nilo, Níger, Congo, 
Zambeze e Kalahari. 
 
- Ilhas principais: Madeira, Canárias, Cabo Verde, Comores, Zanzibar e Madagascar. 
 
- Climas quentes: predomina o equatorial, o tropical e o desértico. Na porção centro-
ocidental, estão a floresta equatorial e as savanas. Margeando o Mar Mediterrâneo, o clima e 
vegetação são característicos. 
 
- Aspectos humanos: população jovem com baixa expectativa de vida. Altas taxas de 
mortalidade infantil (em cada 3 crianças africanas, uma passa fome). Predomínio da raça negra 
com 1/3 de brancos. 
 
- Agricultura de subsistência (praticada nas savanas e zonas litorâneas). Atividade criatória 
pouco desenvolvida. A carne é consumida no Norte e no Sul do continente. Grande rebanho 
ovino produz lã para as indústrias locais e para exportação. 
 
A partir dos anos 1960, muitos países nacionalizaram suas minas, cujas riquezas sempre foram 
exploradas por estrangeiros e suas multinacionais. Desenvolvimento da indústria alimentícia. 
 
 
 
Países destacados: 
- Líbia, Nigéria, Argélia e Gabão grandes produtores de petróleo. 
- Zaire 1º produtor mundial de diamantes 
- África do Sul 35% da produção mundial de ouro 
- Egito barragem hidrelétrica de Assuã/Canal de Suez 
- Etiópia, Camarões, e Quênia produção de café. 
- Costa do Marfim e Gana produtores de Cacau. 
- Egito, Uganda e Quênia produzem algodão. 
 
 
 
Quase todos os países africanos fazem parte da Organização da Unidade Africana (OUA), que 
visa: soberania e integridade territorial, solidariedade e cooperação internacional, eliminação 
do colonialismo e desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
OCEANIA: 
 
O menor dos continentes divide-se em quatro linhas maiores (Austrália, Nova Zelândia, 
Tasmânia e Nova Guiné), a Melanésia, a Micronésia e a Polinésia. 
Grã-Bretanha, França, Alemanha e Estados Unidos instalaram bases navais e 
comerciais em várias de suas ilhas. Na colonização da Austrália e Nova Zelândia ocorreu o 
massacre e escravização de seus nativos. 
- Grande parte das ilhas é constituída por atóis de corais. 
- Predomina o clima tropical e equatorial. 
- Na Austrália, encontram-se desertos. As florestas tropicais são constituídas por 
palmeiras e bambus e nas florestas subtropicais predomina o eucalipto gigante. 
- Também na Austrália está o segundo maior rebanho de ovinos do mundo, seus 
recursos minerais são a bauxita, zinco, minério de ferro, ouro e níquel. 
- A população da Oceania é urbana e de imigrantes. 
- As cidades mais populosas são: Sidney e Melbourne (Austrália), Aucklend e 
Cristchurch (Nova Zelândia) e Honolulu (Havaí). 
 
CURIOSIDADE: É na Austrália que se encontra o maior monólito do mundo – o Rochedo de 
Ayers – crivado de fendas e fossos, perto de Alice Springs, na região desértica. Mais de 30 
mil pessoas por ano visitam essa estranha maravilha da natureza. Tem 338 m de altura por 
2,6 km de comprimento por 1,6 km de largura e um perímetro de 8km. Seu tom avermelhado 
abrange todas as cores do espectro, do amarelo ao roxo, segundo a hora do dia e as condições 
do tempo. As cavernas na parte inferior possuem pinturas aborígenes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTÁRTIDA 
 
 A costa gelada do polo Sul é um continente de 14.200.000 km². As temperaturas são 
baixíssimas e chegam a 87º abaixo de zero. Os ventos são constantes e fortes. Levantam 
poeira de gelo. Dois vulcões estão ativos: o Erebus e o Terror. 
 As terras Antártida são reivindicadas por muitos países, como os Estados Unidos, 
Rússia, Noruega, França, Inglaterra, Chile, Argentina e Austrália. Em 1959, um tratado 
estabeleceu que a utilização do continente fosse feita para fins pacíficos. Ali já foram instaladas 
estações de pesquisas no continente e nas ilhas periféricas. Existem possibilidades de 
aproveitamento de recursos minerais (carvão, ferro, urânio). Na borda do Oceano Glacial 
Antártico, é rica a vida animal: baleias, pinguins, focas e elefantes marinhos. 
 
 
 
 
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ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 1 
Portugal, país da Europa, foi que liderou o movimento das Grandes Navegações. 
Queriam descobrir o caminho marítimo para a Índia. Para isto passou a explorar o Atlântico 
Sul, chamado de Mar Tenebroso. Desvendou, conquistando o litoral ocidental da África. 
Descobriu, através de Bartolomeu Dias, o Cabo da Boa Esperança e chegou à Índia em 1498 
através da expedição de Vasco da Gama. Tendo em vista a concorrência espanhola, Portugal 
e Espanha celebraram o Tratado de Tordesilhas. 
 
Para conquistar a Índia, o soberano D. Manuel organizou a esquadra de Pedro Álvares 
Cabral que, em 13 embarcações, viajou ao “largo”, isto é, afastou-se do litoral africano e 
acabou por descobrir o Brasil. 
A viagem de Cabral foi muito importante para Portugal. Significou a esperança de 
novas conquistas, novos negócios, além do domínio definitivo da Índia. Por esta razão é que 
festivamente a esquadra iniciou viagem saindo do Rio Tejo no dia 10 de março de 1500, com 
Cabral vieram os melhores navegantes além de Pero Vaz de Caminha que seria o governador 
português na Índia. Foi Pero Vaz de Caminha quem escreveu um diário de viagem, 
transformando mais tarde, na célebre Carta de Caminha que, enviada ao rei D. Manuel, 
noticiou a descoberta do Brasil. Descoberto o Brasil, a esquadra rumou diretamente para a 
Índia. 
 
Gaspar de Lemos Levou a Carta de Caminha a D. Manuel que ordenou que Gaspar de 
Lemos voltasse ao Brasil para melhor conhecer a nova terra. Então, Gaspar de Lemos 
comandou a primeira expedição que, viajando pelo litoral, deu nomes aos principais acidentes 
geográficos, como por exemplo, Cabo S. Roque, Baia de Todos os Santos, Cabo S. Tomé, Rio 
de Janeiro, etc. Gonçalo Coelho, Cristóvão Jacques, mas nada encontraram que desse a 
Portugal oportunidade de um grande negócio. 
A colônia foi abandonada e somente em 1530 os portugueses voltaram a interessar-
se por esta terra, isto porque os franceses aqui vieram extrair pau-brasil. Foi criado o sistema 
de governo Capitanias Hereditárias – primeiro sistema administrativo do Brasil. Das quinze 
existentes, somente duas prosperam: São Vicente e Pernambuco. 
Como o resultado não foi o esperado, o governo de Portugal criou para o Brasil o 
Governo Geral. Foi nomeado como primeiro governador, Tomé de Sousa. Ele trouxe para cá, 
D. Pero Fernandes Sardinha, nosso primeiro Bispo. Além do mais fundou, com a ajuda de 
Caramuru, a Vila de Salvador para ser a primeira Capital. 
Os três primeiros governadores foram: Tomé de Sousa, Duarte da Costa e Mem de Sá. 
O primeiro cumpriu bem o seu papel, instituiu uma estrutura administrativa, iniciou o trabalho 
agrícola, fomentou a pecuária, iniciou a catequese, deu amparo às Capitanias do Sul. 
Duarte da Costa foi péssimo, atacou a catequese e os jesuítas, desentendeu-se com 
Caramuru e com os índios, provocou a morte de D. Pero Fernandes Sardinha. Curiosamente, 
foi nesse governo, sem nenhuma participação governamental, que Manuel da Nóbrega,José 
de Anchieta e Manuel de Paiva fundaram a Vila de São Paulo do Piratininga (1554). 
A colônia brasileira arrastou-se na monotonia do tempo. Foi, ora esquecida, ora 
explorada por Portugal. É evidente, entretanto, que uma nova sociedade aqui estava se 
formando. Sociedade esta que se miscigenava a cultura do índio, do português e pouco mais 
tarde, do negro. Foi esta sociedade que por instinto, por amor próprio, por necessidade, passou 
19 
 
 
 
a defender seus interesses, sua terra. A isto se deu o nome de Nativismo. Nativismo é, 
portanto, amor à Terra Natal. 
Os principais movimentos nativistas foram: Emboabas, Mascates, Aclamação de 
Amador, Revolta de Beckman, Revolta de Felipe dos Santos e a Inconfidência Mineira. 
A chamada “Guerra dos Emboabas”, no início do século XVIII, aconteceu na região de 
Minas Gerais. Foi um movimento dos paulistas, que chegando primeiro, descobriram e 
exploraram as minas de ouro, contra os portugueses, forasteiros, que chegaram depois 
fazendo concorrência com os paulistas. 
A “Guerra dos Mascastes” aconteceu na mesma época de Emboabas, porém em 
Pernambuco. Foi uma contenda entre os moradores de Recife, mascates, pescadores, gente 
simples, contra a aristocracia portuguesa residente em Olinda. Recife, que lutou pela sua 
autonomia, acabou por conseguir. 
O principal movimento nativista foi a Inconfidência Mineira. Aconteceram 
principalmente na Vila de Ouro Preto, Minas Gerais. Dela participaram intelectuais, padres, 
militares, fazendeiros, porém Tiradentes quem mais falou, mais propagou o movimento 
fracassou, foi condenado à morte, enforcado para servir de exemplo à população 
(21/04/1792). D. Maria, mãe de D. João VI, rainha de Portugal, foi quem assinou a condenação 
de Tiradentes. 
 
No início do século XIX, Napoleão queria dominar a Europa, decretou o Bloqueio 
Continental e impondo-se, pela força e pelo medo, invadiu os países aliados da Inglaterra. 
Portugal foi um deles, D. João, que governava como regente (D. Maria estava louca), fugiu 
para o Brasil (1808), aqui chegando, procurou melhorar a colônia, principalmente o Rio de 
Janeiro, a fim de instalar a sua corte. Foi nesta ocasião que D. João VI construiu, no Rio de 
Janeiro, o Jardim Botânico. 
 
D. João não gostava da França, era inimigo de Napoleão. D. Carlota Joaquina, 
espanhola de origem, estava aborrecida com o seu país porque havia ajudado Napoleão a 
invadir Portugal. Ambiciosa, exigiu de D. João invadisse a região do Uruguai que pertencia aos 
espanhóis e que foi anexada ao Brasil com o nome de Província Cisplatina. D. João VI, por sua 
vez, mandou invadir, por vingança, a Guiana Francesa. 
No governo D. João VI o Brasil progrediu. Em 1815, por decreto imperial, fez do Brasil 
um Reino Unido de Portugal e Algarves. Em 1820, Portugal passou pela Revolução do Porto 
que de imediato exigiu o retorno de D. João VI. Os revolucionários queriam novamente a corte 
de Lisboa, sem outro meio, D. João VI voltou, deixando no Brasil o príncipe herdeiro. D. Pedro 
assumiu o governo como regente. Com o regresso da Família Imperial, os nacionalistas 
movimentaram-se no caminho da independência. Os políticos de Portugal queriam que D. 
Pedro voltasse também, enquanto isso, nossos políticos perceberam que isto prejudicaria o 
processo de independência e através de um abaixo assinado, solenemente entregue, pediram 
ao príncipe que aqui permanecesse. Conseguiram o que pretendiam e este acontecimento ficou 
conhecido como do Dia do Fico (09/01/1822). 
 
 
 
 
20 
 
 
 
D. Pedro proclamou a Independência do Brasil, às margens do Riacho Ipiranga, em 
São Paulo, no dia 07 de setembro de 1822 dando início ao Primeiro Império que durou até 
1831. 
 
Um governo necessita, além do chefe do executivo, de um ministério que atenda suas 
múltiplas necessidades específicas. O Imperador, muito jovem, era de temperamento 
intempestivo, arrojado, mas politicamente mal preparado. Por esta razão e por influência de 
D. Leopoldina, convidou José Bonifácio, político idoso, paulista, experiente, para ser o seu 
principal Ministro. 
 
Proclamada a Independência, o Imperador convocou a Assembleia Constituinte. Queria 
dar ao novo país uma Constituição. Os deputados foram eleitos, a Constituinte instalada, 
porém logo se percebeu que a maioria dos deputados era contra D. Pedro, contra os 
portugueses, contra a monarquia reinante. Um impasse político foi criado. O imperador foi 
atacado política e pessoalmente. D. Pedro perdeu a paciência, e, fazendo valer seu ímpeto 
despótico, fechou a Assembleia prendendo os deputados inimigos. (Noite da Agonia – 
11/1823). 
 
Depois da Independência, o Imperador preocupou-se também, com o reconhecimento 
internacional da nossa autonomia sem o que, seria impossível governar. O primeiro país a 
reconhecer a nossa Independência foram os Estados Unidos. Depois de algumas providências 
diplomáticas, a Inglaterra também reconheceu e forçou Portugal a fazê-lo. Os outros países 
seguiram a tradição. 
 
 
D. Pedro era um libertino. Sua vida foi ponteada de romances, aventuras e escândalos. 
O Imperador, casado com D. Leopoldina, tinha muitas amantes e dentre elas, a preferida era 
Domitila de Castro, a Marquesa de Santos. 
 
No ano de 1824, D. Pedro entregou ao povo a nossa primeira Constituição que ficou 
conhecida como a Carta Outorgada. Ele mesmo escreveu esta Constituição em companhia de 
alguns políticos de sua confiança. 
 
A dissolução da Assembleia Constituinte motivou revolta nas províncias. No Nordeste, 
lideradas por Pernambuco, as províncias rebelaram-se formando a Confederação do Equador. 
O movimento fracassou e seu líder intelectual, Frei Joaquim do Amor Divina Caneca (Frei 
Caneca), foi condenado à morte e executado. Este fato impopularizou D. Pedro. 
 
D. Pedro não soube governar o Brasil, sua situação política não era das melhores. 
Rompeu com José Bonifácio, perdeu a confiança e o apoio dos nacionalistas, permitiu a 
condenação de Frei Caneca, escandalizou a corte com suas amantes, fez guerra contra a 
Província Cisplatina, maltratou D. Leopoldina que acabou morrendo de parto, ficando assim, 
impossibilitando de governar. 
 
Quando viúvo, D. Pedro ficou desesperado e mandou à Europa embaixador a procura 
de uma nova esposa. Não foi fácil. Em sua vida de escândalo, muitos o atrapalhou. Acabou 
casando com Amélia de Leuchetenberg, filha do Príncipe Eugênio e neta da Imperatriz Josefina, 
primeira esposa de Napoleão. 
 
Politicamente, tudo ia mal. A Luta política entre nacionalista e monarquista estava cada 
vez mais acirrada. Havia uma intranquilidade social e política, principalmente nas províncias 
de Minas Gerais e de São Paulo. D. Pedro resolveu ir a Minas e tentar pessoalmente pacificar 
a província. Foi um total constrangimento. Ele foi recebido friamente e percebeu que seu 
governo estava no fim. Voltou ao Rio de Janeiro como um derrotado. 
 
Seus correligionários, na maioria portuguesa, a fim de amenizar a situação, preparam-
lhe uma festa. Foram, entretanto, impedidos pelos nacionalistas. Portugueses e brasileiros 
brigaram durante três noites. Este episódio ficou conhecido como A Noite das Garrafadas. 
 
 
Desmoralizado, não mais conseguindo dominar a situação, D. Pedro resolveu, num ato 
que surpreendeu a todos, abdicar a favor do príncipe herdeiro, D. Pedro de Alcântara, que 
tinha apenas cinco anos de idade. Isto aconteceu no dia 07 de Abril de 1831 e o Brasil, por 
esta razão, passou a ser governado por uma Regência. 
21 
 
 
 
A Regência durou até 1840, neste período destacaram-se: Padre Feijó, Araújo Lima e 
o legislador Antonio Carlos, irmão de José Bonifácio, que encabeçou o movimento da 
maioridade. 
 
Em 1840, D. Pedro II, com apenas 15 anos de idade, ocupou o governo. Ficou 49 anos 
no poder, isto é, até a Proclamação da República, em 1889. 
 
Na segunda metade do século XIX, o Brasil assistiu a uma Campanha Republicana, 
nela se envolveram intelectuais, religiosos,militares, fazendeiros e políticos liberais. Foi, 
entretanto, Deodoro da Fonseca liderando os militares, que pela força derrubou o último 
gabinete imperial encabeçado pelo Visconde de Ouro Preto. Deodoro proclamou, no Rio de 
Janeiro, a República brasileira. Isto aconteceu no dia 15 de novembro de 1889. 
 
Deodoro, na verdade, não era um republicado autêntico. Era isto sim, um desgostoso 
com o governo imperial. Ao liderar o movimento revolucionário que derrubou a monarquia, 
acabou por assumir o governo provisório republicano, que então se instalou. Dois anos depois, 
em 1891, numa eleição discutível, foi eleito o Presidente da República para o primeiro 
quatriênio. Não era um democrata, não era um liberal e não soube governar juntamente com 
o poder legislativo. Foi um ditador, enfrentou uma revolução da marinha e não conseguindo 
resolver a crise política, mesmo fechando o Congresso, resolveu renunciar ficando apenas sete 
meses no governo. Foi o primeiro presidente eleito e o primeiro a renunciar. 
 
Muitos foram os presidentes da chamada República Velha ou Primeira República. 
Depois de Deodoro da Fonseca veio Floriano Peixoto, depois Prudente de Moraes que foi 
sucedido por Campos Sales. Prudente e Campos Sales foram os dois primeiros presidentes 
civis, paulistas e republicanos autênticos. 
 
Rodrigues Alves, também paulista e civil, foi quem sucedeu Campos Sales. Sales havia 
recuperado as finanças do país e deu a Rodrigues Alves, a oportunidade de remodelar a cidade 
do Rio de Janeiro, bem como saneá-la. Foi o sanitarista Oswaldo Cruz quem desempenhou 
este papel. Na ocasião, o governo decretou o uso obrigatório da vacina. Foi o bastante para 
que os inimigos do governo tentassem, envolvendo o povo, derrubar Rodrigues Alves do poder, 
liderou então, a Revolução da Vacina que felizmente fracassou. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A partir de 1930, o país foi governado por Getúlio Vargas, caudilho, ditador, que 
chegou ao governo com a Revolução de 1930. Impôs sua vontade, fez a sua lei, derrubou o 
governo de Washington Luís e em 1932 venceu a Revolução. Constitucionalista de São Paulo, 
em 1934 deu ao país uma Constituição que ele próprio não respeitou. No ano de 1937, através 
de um golpe de Estado, fechou o Congresso instituindo o Estado Novo – período mais forte de 
sua Ditadura. 
 
De 1939 a 1945, aconteceu a Segunda Guerra Mundial, o Brasil entrou na guerra a 
favor dos aliados A.F.E.B. – Força Aérea Brasileira desenvolveu suas atividades bélicas na 
Itália. 
A Segunda Guerra terminou em 1945 – época e que o ditador alemão Adolf Hitler se 
suicidou. No mesmo período, Getúlio Vargas perdeu o poder. O Brasil voltou à ordem 
democrática. Eurico Gaspar Dutra foi eleito Presidente da República do Brasil, entretanto, no 
ano de 1950, quando da eleição sucessória, os políticos foram procurar novamente Getúlio 
Vargas, que desta vez, foi eleito pelo povo. Estando velho e já não possuindo a mesma 
disposição política, deixou-se envolver por negociatas e escândalos, acabando por suicidar-se. 
Era o ano de 1954. 
 
 
 
 
 
 
Depois de contornada a crise política que o suicídio desencadeou, foi eleito presidente, 
o governador mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira. O país passou então por um período 
de grande desenvolvimento, industrialização e Democracia plena. Juscelino assumiu o poder 
no Catete, no Rio de Janeiro e terminou o seu mandato na Nova Capital, que ele mandou 
construir: Brasília. 
 
 O sucessor de Juscelino foi o presidente Jânio Quadros, político intempestivo, populista 
ditatorial que, não tendo maioria no Congresso, acabou por renunciar. Este ato surpreendeu o 
país que mergulhou na maior crise política de sua história. João Goulart, vice-presidente, 
mesmo contra a vontade dos militares, assumiu a presidência. Durou pouco, pois uma 
revolução no ano de 1964 acabou por derrubá-lo. 
 
 Nasceu da ditadura militar que mandou neste país durante 20 anos, Figueiredo foi o 
último presidente, último ditador militar. Foi pressionado pela oposição e pelos trabalhistas, 
permitiu a eleição de um civil. 
 
 Tancredo Neves foi o eleito, mas morreu antes da posse. O vice-presidente José Sarney 
assumiu a presidência, levando o país à redemocratização plena. Foi substituído pelo 
presidente Collor – tragédia nacional. Imaturo, arrogante, sem apoio político, envolve-se em 
negociatas e acabou sofrendo um processo de cassação. Renunciou para não ser cassado, mas 
de nada adiantou, pois o Congresso, numa atitude discutível, acabou concluindo o processo e 
cassando-o. 
 
 Itamar Franco, vice-presidente, teve sua vez. Terminou o mandato Collor, colocou 
como Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso que conseguiu a aventura de acabar 
com a inflação. Fernando Henrique escudado no Plano Real foi eleito Presidente da República 
do Brasil. 
 
 
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ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 2 
HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL 
HISTÓRIA é a ciência que estuda o passado das sociedades humanas. Procura 
compreender as transformações da humanidade e ajuda a explicar nossas realidades 
econômicas, sociais, políticas e culturais. 
Para melhor entendê-las, os historiadores a dividiram em 4 períodos, a saber: 
IDADE ANTIGA: de 4.000 a.C. (origem da escrita) a 476 (queda de Roma); 
 : de 476 a 1453 (queda de Constantinopla); 
IDADE MODERNA: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa); 
IDADE CONTEMPORÂNEA: de 1789 até hoje. 
 Todo período anterior a 4.000 a.C. é chamando PRÉ-HISTÓRIA e baseia-se nos estudos dos 
fósseis, cavernas, restos de fogueiras, ossos, instrumentos e desenhos que nossos ancestrais 
deixaram. 
 
 O estudo da HISTÓRIA ANTIGA abrange várias civilizações, como: 
I – Na Mesopotâmia (hoje Iraque, região entre os rios Tigre e Eufrates), destacam-se 3 
civilizações: 
a) Os SUMÉRIOS (ao sul): fundaram cidades-reinos (Ur, Nipur, Uruk), criaram a escrita 
cuneiforme marcada sobre tabletes de argila. De Ur saiu Abraão, patriarca dos hebreus 
(judeus). 
b) Os BABILÔNIOS (ao centro): seus maiores soberanos foram Hamurábi, que organizou o 
primeiro código de leis escritas do mundo (Código de Hamurábi) e Nabucodonosor, responsável 
pela construção dos “Jardins Suspensos” e da “Torre de Babel”. 
c) Os ASSÍRIOS (ao norte): cruéis por suas guerras, conquistas e massacres, como Sargão 
II, Assurbanípal e Nabopolassar. Suas capitais foram Assur e Nínive, foram os primeiros a usar 
cavalaria. 
Os mesopotâmios, cuja economia era agrícola, eram politeístas. Criaram os horóscopos, o 
calendário, dividiram o dia em 24 horas, a hora em minutos e os minutos em segundos. 
Desenvolveram as quatro operações aritméticas, cálculos de raiz quadrada e cúbica, usavam 
plantas medicinais, contratos, cartas de crédito, empréstimos a juros. Deixaram lendas sobre 
a Criação e o Dilúvio, tinha escolas públicas e água encanada. Construíram zigurates 
(pirâmides escalonadas). O cuneiforme foi decifrado por Henrique Hawlinson. 
 
II – Às margens do Rio Nilo floresceu a civilização EGÍPCIA, famosíssima por suas pirâmides 
e templos monumentais. O poder dos seus reis, os “faraós”, eram teocráticos (governavam 
com deuses). Destacaram-se Menés (unificador territorial), Quéops e Quéfren (construtores 
de pirâmides), Thotmés III (levou as fronteiras até o Rio Eufrates) e Ramsés II (o maior de 
todos eles). Dedicaram-se à agricultura, técnicas de irrigação e drenagem, geometria e 
astronomia. Eram politeístas (Osíris, Ísis, Hórus, Amon, Rá) e mumificavam seus mortos: 
acreditavam na vida após a morte e seus túmulos são verdadeiros “poemas líricos”. 
Inventaram o papiro (papel) e sua escrita hieroglífica foi decifrada, em 1822, pelo sábio francês 
Champollion. 
 
III – Entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo localizaram-se: 
a) Os FENÍCIOS (atual Líbano): construíram as cidades reinos de Ugorit, Biblos, Sidone Tiro. 
Dedicaram-se à agricultura, ao comércio marítimo e pirataria. Fundaram feitorias e colônias 
em toda a bacia mediterrânea. A mais famosa foi Cartago (no norte da África). Vendiam 
objetos de cobre, ouro, marfim, artesanato, cerâmica, tecidos de lã, joias, vidro e escravos. 
Inventaram um alfabeto com o som das consoantes. Difundiram armas de ferro e bronze, além 
de ideias e culturas entre povos diferentes. 
b) Os HEBREUS: saldos de Ur, liderados pelo patriarca Abraão (contemporâneo de Hamurábi) 
emigram para a Palestina e, por causa das secas, fixam-se no Egito, onde são reduzidos à 
escravidão. Foi o único povo monoteísta da Antiguidade; seu Deus Javé outorgou a Moisés, 
líder do Êxodo (Fugas do Egito) às tábuas com o Decálogo (10 Mandamentos) no Monte Sinais. 
As 12 tribos hebraicas conquistaram a Palestina sob o comando de Josué e após sua morte 
perderam a unidade, sendo governados por juízes (Gedeão, Jefté, Sansão, Samuel, etc.). 
Salomão (ergueu o Templo de Jerusalém, organizou o culto e as festas religiosas). Sob o 
sucesso, Robão, o reino se divide em o Cisma: - Reino de Israel é destruído pelos assírios. 
- Reino de Judá foi escravizado e levado por Nabucodonosor à Mesopotâmia, onde 
permaneceram por 50 anos, até ser libertado por Ciro, rei dos persas. 
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Retornados à Palestina reorganizam-se, mas no ano 1970 foram dispersos (Diáspora) no 
mundo pelo imperador romano Adriano. A religião judaica sobrevive até hoje. A reunião dos 
livros que descrevem todas estas histórias chama-se Bíblia. 
JESUS CRISTO nasceu entre os judeus, durante o domínio romano. 
IV – Os PERSAS (Atual Irã): também formaram um imenso império, sob Ciro, Cambises e 
Dario. Cunharam moedas (dáricas), construíram estradas pavimentadas, inventaram os 
azulejos e aperfeiçoaram o sistema de correios. O sacerdote Zoroastro criou o Masdeísmo: 
religião que predizia a vinda de um Messias, a ressurreição dos mortos, um purgatório e um 
juízo final. 
 
V – Gutis, amoritas, hilitas, cassitas, mitanos, medas, líbios, núbios, cananeus, filisteus, 
amalecitas, edomitas, moabitas, arameus, árias, hindus, mongóis, chineses e japoneses foram 
outros tantos povos da Antiguidade. 
 
VI – No Sul da Europa, na Península Balcânica (banhada pelos mares Jônios, Egeu e 
Mediterrâneo) e na Península Itálica (circundada pelo mar Adriático, Jônio, Mediterrâneo e 
Tirreno), floresceram outras duas civilizações que são conhecidas pelo nome “clássicas”: a 
grega e a romana. 
 
Antes dos gregos surgirem, as ilhas do Mar Egeu eram habitadas pelos CRETENSES, 
com suas belas cidades de nossos (na ilha de Creta) e Tróia (no estreito que leva ao Mar 
Negro). 
Pelos anos 2.000 a.C., aqueus, eólios, jônios e dórios, sucessivamente, invadem a 
Península Balcânica formando os GREGOS, que se organizaram em várias “polis” (cidades-
reinos). Duas delas se projetarão: Esparta, preocupada com a disciplina militar, castigos 
corporais e exercícios físicos para formar bons guerreiros; Atenas, preocupada em formar bons 
cidadãos – um dos maiores privilégios sociais. Os atenienses aperfeiçoaram sua forma de 
governo em vários sistemas (Monarquia, Ar contado, Tirania) até chegarem à Democracia – 
uma exclusividade dos homens livres. O povo, os estrangeiros e escravos eram excluídos dela. 
Mesmo assim foram excepcionais: imaginaram seus deuses olímpicos (Zeus, Apolo, Afrodite, 
Hermes, etc.) como seres humanos, porém, imortais. Criaram as competições olímpicas entre 
as cidades, expandiram-se criando colônias por todo o Mediterrâneo, as crianças frequentavam 
escolas desde os 7 anos e aprendiam música, literatura, matemática, poesia, oratória, história, 
medicina e filosofia (Sócrates, Platão, Aristóteles). Adoravam Teatro, maravilhavam-se com a 
beleza estética. 
Os gregos foram atacados três vezes pelos persas e também guerrearam entre si, o 
que possibilitou sua conquista por Filipe da MACEDÔNIA, cujo filho, Alexandre Magno 
espalhou a cultura grega por todo o mundo, casando-a com a de outros povos: a isto se 
chamou “HELENISMO”. 
 
 
 
Gauleses, etruscos, italiotas e gregos ocupavam a Itália. Às margens do Rio Tibre, os 
latinos fundaram ROMA (há a lenda de Rômulo e Remo), cuja evolução política apresentou 
três períodos: Realeza (com sete reis), República (marcada pelas conquistas militares na 
península e com Cartago) e Império (quando se apoderam de toda a bacia mediterrânea, 
Espanha, Gália e Bretanha). 
Lutas internas também ocorreram: a dos plebeus por igualdade de direitos e dos 
escravos por liberdade. 
Augusto, Tibério, Calígula, Nero, Marco Aurélio, Cômodo – foram alguns dos 
imperadores. Constantino mudou a capital para Constantinopla e Teodósio dividiu o império 
em duas partes: 
- Império Romano do Ocidente – capital: Roma (foi invadida e dominada pelos 
bárbaros em 476); 
- Império Romano do Oriente (ou Império Bizantino) – capital: Constantinopla (irá 
perdurar até 1453, quando cairá em poder dos turcos otomanos). 
O espírito enérgico e político romano orientaram-nos para a Política, o Direito, as Artes 
e as Letras. Não se destacaram nas ciências e na Filosofia. 
Em todas essas civilizações, predominou o modo de produção escravista. Os reis ou 
imperadores eram donos da força de trabalho (escravos), dos meios de produção (terras), dos 
instrumentos (ferramentas) e do produto do trabalho. 
 
 
 
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Os chamados “povos bárbaros” (visigodos, ostrogodos, vândalos, francos, hérulos, 
anglos, saxões, russos, checos, hunos, turcos, etc.) desintegraram o Império Romano do 
Ocidente, com seus movimentos migratórios da Ásia. Suas tribos fixam-se em várias regiões 
europeias formando reinos. São politeístas, mas muitos se convertem ao cristianismo. As 
tradições bárbaras mescladas aos costumes e sistema romano originam uma nova organização 
sócio-político-econômica na Europa: a IDADE FEUDAL. 
Feudo é a propriedade rural pertencente a um senhor (vassalo) por doação do rei 
(suserano), nele moram e trabalham os servos, produzindo tudo para a manutenção desse 
sistema administrativo chamado feudalismo, da hierarquia social e do grande poder espiritual 
da Igreja, que se organiza como instituição e chega a ser dona de 2/3 da Europa. O Papa é o 
sucessor de São Pedro. O clero rezava, pregava e copiava livros à mão nos mosteiros: uma 
grande empresa econômica e que preservou a cultura clássica. 
O poder real enfraqueceu senhores e cavaleiros nobres vestidos com armaduras de 
metal, escudo, lança e espada, guerreia e faz torneios. 
A economia baseia-se na agricultura e no comércio à base de troca. 
O IMPÉRIO BIZANTINO, sob o reinado de Justiniano, atinge o apogeu como centro 
econômico e cultural. 
 
 
Enquanto isso, em Meca, na Arábia, surge a religião muçulmana criada pelo profeta 
Mohamed, que conseguiu reunir religiosa e politicamente as guerreiras tribos beduínas. 
Através da “Guerra Santa”, estende-se pelo Oriente próximo, o Norte da África e até a 
Espanha, criando califados. Tonam-se inventores, divulgadores das artes, ciências, comércio 
e agricultura. 
Atendendo ao apelo do Papa, os cristãos organizam expedições militares, as 
CRUZADAS, para a retomada dos lugares santos. Barões, reis (como Frederico Barba Roxa, 
Ricardo Coração de Leão e Felipe Augusto), cavaleiros, gente do povo e até crianças participam 
das oito expedições. Graças a elas renasce o comércio de produtos orientais. Gênova, Veneza, 
Florença, cidades italianas, praticamente controlam o Mediterrâneo, enquanto Bremen, 
Hamburgo e Lubeck dominam o Mar do Norte e o Báltico. 
Surgem feiras, confrarias, corporações de comerciantes e de ofícios, bancos, cheque, 
letras de câmbio e o capitalismo comercial. A nova classe burguesa faz-se poderosa e rica. 
Para derribar a nobreza feudal e tornarem-se senhores absolutistas, os reis fazem alianças 
com a burguesia, propiciando a formação de monarquias nacionais como o Sacro Império 
Romano-Germânico e as Monarquias Francesa e Inglesa. Os reis retomamsua força militar, 
controlam a justiça e a riqueza nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
Uma guerra entre Inglaterra e França, por razões sucessórias, prolonga-se por 100 
anos (1337 – 1453) e dela participa a donzela-guerreira Joana d’Arc, que morreu queimada 
em Rouen, acusada de bruxaria pelos partidários ingleses. Entre 1455 e 1485, as famílias 
Lancaster e York lutam pela coroa da Inglaterra e só terminam quando Henrique VII, um Tudor 
(descendente dos Lancaster) se casa com a herdeira dos York. 
As guerras desorganizaram a produção e provocaram crises de fome e epidemia como 
a peste negra, que matou 1/3 da população europeia. 
Em 1453 a célebre Constantinopla, ponto final das rotas das caravanas comerciais 
afro-orientais, é sitiada e conquistada barbaramente pelo sultão turco Mohamed II, 
muçulmano. O comércio no Mediterrâneo passa para suas mãos. A Idade Média se finda em 
1453. 
 
 
 
 
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LINHA DO TEMPO 
 
 
PRÉ-HISTÓRIA - descoberta do fogo 
 - origem da agricultura 
 - descoberta dos metais 
 
 
4.000 a.C. origem da escrita. 
 
 - Civilizações: 
• Sumérios 
• Egípcios 
• Babilônios 
• Assírios 
• Hebreus (monoteísmo) 
• Fenícios 
 
• Persas 
• Hindus 
• Chineses 
• Japoneses 
• Cretenses 
• Gregos/Helenismo 
• Romanos 
• (outras...) 
• Invasões bárbaras na Europa 
 
 
476 Queda de Roma 
 
• Império Bizantino 
• Reinos Bárbaros / Feudalismo 
• Domínio da Igreja 
• Islamismo (Maomé) e Império Árabe 
• As Cruzadas 
• A Burguesia: - renascimento comercial e urbano. 
- corporações/ hansas/ feiras 
- Gênova, Veneza, Pisa /Lubeck, 
Hamburgo. 
- Capitalismo comercial. 
• Monarquias Nacionais 
• Guerra dos 100 anos 
 
 
 
1453 Queda de Constantinopla 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
ANTIGA 
CRISTO 
 
HISTÓRIA 
MEDIEVAL 
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ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
29 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA 
NAVEGAÇÕES: Os principais acontecimentos do início da Idade Moderna foram as viagens 
marítimas e o descobrimento de novos continentes, graças ao invento da caravela, da bússola, 
do astrolábio, das armas de fogo. O príncipe D. Henrique fundara uma escola de navegantes 
em Sagres: os portugueses iniciaram a exploração do litoral africano, a escravidão negra e a 
descoberta do caminho marítimo para a Índia, realizada por Vasco da Gama. 
 Em 1492, Colombo (um genovês a serviço da Espanha) “descobriu” a América 
procurando chegar à Índia pelo ocidente, baseado no princípio da esfericidade da Terra. Fernão 
de Magalhães (português a serviço da Espanha) iniciou a primeira viagem de circunavegação 
(1519/22), que foi completada por Sebastião Elcano. Ingleses, franceses e holandeses 
concorreram com os ibéricos na colonização do mundo desconhecido. 
 
RENASCIMENTO/HUMANISMO: O comércio, o crescimento das cidades, as navegações e o 
contato com regiões e povos distantes despertou novos sentimentos e ideias nos artistas, 
cientistas e pensadores europeus. Tal movimento foi chamado Renascimento e surgiu na Itália: 
valorizou a cultura clássica Greco-romana e buscou uma exaltação da razão, personalidade, 
otimismo e individualismo. Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Botticelli, Shakespeare, 
Velásquez, El Greco e Camões foram os grandes destaques, além de Kepler e Copérnico 
(Heliocentrismo). Newton e Galileu (descobriu os anéis de Saturno e as manchas do Sol). 
 O Humanismo foi essa valorização do homem tornando-o o centro de todas as coisas. 
No século XV, ocorreu também uma revolução profunda e radical na economia europeia, 
marcando o aparecimento do capitalismo e de companhias comerciais, do desenvolvimento do 
sistema bancário e do Mercantilismo: uma série de medidas onde cada país defendeu sua 
produção e seu comércio e assim, fortaleceu o absolutismo real e a prosperidade do estado. 
 
ABSOLUTISMO: Denomina-se “absolutismo” o regime político no qual os reis e ministros 
tinham todos os poderes: decidiam sobre todos os assuntos. Nicolau Maquiavel, Thomas 
Hobbes e Jacques Bossuet procuraram explicar e justificar o sistema alegando que os reis 
governavam por “direito divino ” e só a Deus deviam prestar contas de seus atos. 
 
REFORMA: a Alemanha do Imperador Carlos V foi o palco de um grande movimento religioso-
político-econômico que provocou uma divisão nos católicos europeus: a origem do 
Protestantismo (ou Reforma). O objetivo de seu líder, o padre Martinho Lutero, era 
restabelecer a simplicidade e pureza da fé cristã, rejeitando a tradição ensinada pela igreja, a 
imoralidade do clero, o comércio de coisas sagradas e indulgências (perdão dos pecados 
mediante pagamento). Excomungado pelo Papa e condenado pelo Imperador à fogueira, 
refugiou-se no castelo do Príncipe Frederico onde traduziu a Bíblia para o alemão, 
possibilitando a qualquer pessoa entender a palavra de Deus. Para ele a salvação estava na 
fé. 
O governo convocou as Diretas (assembleias) de Spira e Worms para discutir o 
assunto, finalmente a Paz de Augsburgo (1555) acabou com o movimento reformista na 
Alemanha, concedendo liberdade de culto. 
Os protestantes dividiram-se em várias seitas, até rivais. Na Alemanha, Suécia e 
Dinamarca predominou o Luteranismo, em Genebra (Suíça) nasceu o Calvinismo de João 
Calvino que alegava “só tem fé quem Deus predestinar a salvação”. Suas ideias difundem-se 
na Holanda, França e Escócia. Guerras de religião assolaram toda a Europa. Até Henrique VIII, 
rei da Inglaterra e “Defensor da Fé” rompeu com o Papa, pois lhe pedira o divórcio de Catarina 
de Aragão para desposar a amante Ana Bolena. Furioso pela negação, ele próprio se divorcia 
e responde à excomunhão criando o Anglicanismo. Fechou conventos, confiscou terras e 
tesouros, fez-se Papa na Inglaterra. 
 
CONTRARREFORMA: A Igreja contra-atacou a Reforma com a convocação do Concílio de 
Trento (1545) que corrigiu abusos nela existentes e se disciplinou. Criou seminários, o 
catecismo, reafirmou os seus dogmas, a autoridade papal, o culto aos santos e a Maria e o 
celibato (ausência de casamento do clero). Reorganizou a Inquisição (que queimava pessoas 
“demoníacas”). Inácio de Loyola fundou a Companhia de Jesus – ordem jesuítica que recuperou 
o catolicismo em grande parte da Europa catequizou o Japão, a Índia e a América do Sul. 
ILUMINISMO E DESPOTISMO ESCLARECIDO: Iniciado na Inglaterra (séc. XVII) e atingindo 
seu apogeu na França, no início da Idade Contemporânea, o Iluminismo foi o movimento 
intelectual que combateu o Absolutismo, a intolerância, a desigualdade social, a política 
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mercantilista e defendia o predomínio da razão como cria da sabedoria. Filósofos como 
Voltaire, Montesquieu, Rousseau e o economista Adam Smith defendiam o governo exercido 
pelo povo, a igualdade social, a liberdade de culto e de expressão, a liberdade econômica. 
 Para impedir desordens e revoluções dos descontentes, alguns governantes 
promoveram reformas em seus Estados, sem, contudo, destruir o Absolutismo - seus métodos 
ficaram conhecidos como “Despotismo Esclarecido”. Os principais déspotas foram Catarina II 
da Rússia, Frederico II da Prússia, José II da Áustria, Carlos III da Espanha e o português 
Marquês de Pombal. 
 
INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS: Após as tentativas de Sir Walter Raleigh fundar 
a colônia da Virginia, foram os peregrinos do navio Mayflower, fugidos das guerras religiosas, 
que deram início à colonização da América do Norte. Com o passar do tempo, forma 13 
colônias, nas do Norte, predominou o comércio, a indústria artesanal e o trabalho assalariado. 
Nas do Sul, latifúndios (grandes propriedades), monocultura de algodão e escravagismo negro. 
Apesar dos monopólios e restrições comerciais, os colonos eram fiéis à Inglaterra. Porém, a 
elevação dos impostos, abusivamente e as doutrinas do Iluminismo despertam a consciência 
de libertação. A cidade de Filadélfia sedia dois congressos pela Independência, que é 
proclamadaa 4 de julho de 1776. Lutam ainda 7 anos para conseguirem o reconhecimento 
inglês pelos “Estados Unidos da América”. Sua Constituição democrática, a primeira do mundo, 
saiu em 1787: Federalismo, 3 Poderes independentes, liberdade de religião, reunião, 
pensamento e associação – democracia, só para brancos, exclusão para negros e índios. 
George Washington foi eleito primeiro Presidente. 
 
REVOLUÇÃO FRANCESA: Em 1789, a França está arruinada por guerras, falências, 
desemprego, altíssimo custo de vida, total miséria e fome para 96% do povo, que é obrigado 
a sustentar o clero e a nobreza. O Absolutismo de Luís XVI se mantinha pela repressão e regras 
políticas. Inflamados por “liberdade, igualdade e fraternidade” o povo, manobrado pela 
burguesia, ataca e invade uma tenebrosa fortaleza – prisão onde apodreciam criminosos e 
adversários políticos no dia 14 de julho. A Revolução se alastra: invade, queima castelos, 
assalta cartórios, desaparece com títulos de propriedade ao som da “Marselhesa”. Uma 
Assembleia Constituinte aprova a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” e a 
Constituição de 1791. Os reis são guilhotinados, Danton, Marat e Robespierre agitam os 
partidos políticos com suas ideias e discursos. A guilhotina não para. Por fim, a burguesia 
abraça o Poder e Napoleão Bonaparte coroa-se Imperador. 
 
CONGRESSO DE VIENA E SANTA ALIANÇA: Notável administrador, Napoleão reergue a 
França, conquista, anexa, cria reinos, decreta o Bloqueio Continental para enfraquecer a 
Inglaterra. Amedrontadas, outras potências se coligam para derrotá-lo. Invade a Rússia e 
retorna vencido pelo inverno. Sofre invasão, abdica, foge do exílio de Elba e retoma o poder. 
É derrotado em Waterloo (Bélgica), abdica, tenta fugir e morre prisioneiro inglês na ilha de 
Santa Helena (1821). Reis e representantes das nações vitoriosas redefinem o mapa político 
europeu no Congresso de Viena e criam a Santa Aliança para reprimir qualquer movimento 
pelas liberdades. Em 1823, o presidente James Monroe dos Estados Unidos dizia considerar 
ato de agressão ao seu país qualquer tentativa de interferência europeia nos problemas 
americanos, era a DOUTRINA MONROE. 
 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: Ela eclodiu na Inglaterra, a partir de 1760. Indústria significa 
iniciativa, investimento, rapidez de produção, assiduidade de operários, o uso de máquinas 
movidas a energia (primeiro a vapor, depois elétrica). Exige fornecimento de matérias-primas, 
aumento da população urbana, mercados consumidores, expansão do capitalismo. Significa 
também REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA, onde se expandem lâmpada, telégrafo, fotografia, 
morto a explosão, petróleo, aço, ferro, rádio, avião, locomotiva, etc. 
 Organizam-se monopólios controlados por danos de capitais bancários. Os volumosos 
negócios transbordam dos países desenvolvidos para o NEOCOLONIALISMO da África e Ásia: 
esses continentes são divididos pelas potências e a América do Norte. 
 
 
 
 
DOUTRINAS SOCIAIS: Enquanto isso, a péssima situação do operário (mal remunerado, 
sem moradia, sem direitos trabalhistas) preocupa alguns pensadores que conceberam algumas 
doutrinas sociais e econômicas. Dois deles, Karl Marx e Engels pregaram a união e luta armada 
dos trabalhadores contra o capitalismo, se quisessem criar uma sociedade sem injustiças, 
desigualdades e pobreza. A Igreja pedia reformas em bases cristãs. 
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NACIONALISMO E UNIFICAÇÕES: Uma de movimentos de rebenta em diferentes lugares 
da Europa no século XIX. Os povos buscaram o direito de viver num território unificado por 
laços étnicos, linguísticos, culturais e, sobretudo independentes como Nação. Exemplo: A Itália 
achava-se fragmentada em diversos Estados desde a Idade Média, sua unificação foi um árduo 
trabalho do qual participaram o conde Camilo diCavour e o revolucionário José Garibaldi (que 
lutou aqui no Brasil na Guerra dos Farrapos). Na Alemanha, o primeiro passo foi dado pela 
criação do Zolverein união aduaneira que aboliu os impostos alfandegários, facilitando o 
intercâmbio entre os diversos Estados alemães. Foi o primeiro ministro Otto Von Bismarcko 
planejador e executor da unificação alemã, possibilitando a proclamação de Guilherme I (em 
1871) como “Kaiser” do novo Império Alemão. 
 
1ª GUERRA MUNDIAL: No começo do século XX as relações entre as potências europeias 
não eram sinceras e cordiais, mas resultado de um trabalho que continha desconfianças, 
interesses econômicos e imperialistas. Havia um espírito de competição, orgulho nacional e 
rivalidades. Até que em 28 de junho de 1914, o assassinato do arquiduque Francisco 
Ferdinando, herdeiro do Império austro-húngaro, em Saravejo (Capital da Bósnia), deu início 
à 1ª Guerra Mundial: 1914 a 1918. Dois grupos, a Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro 
Húngaro, Itália) e a Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia) deixaram um saldo de 20 
milhões de mortos e uma Alemanha vencida, extorquida e humilhada pelo tratado de 
Versalhes, outros tratados recaíram sobre os demais perdedores. 
 Por sugestão do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, criou-se a Liga das 
Nações, destinada a resolver, pacificamente, as questões internacionais. 
 
ENTRE GUERRA: A Primeira Guerra Mundial não solucionou problemas, apareceram outros, 
impérios caíram, repúblicas surgiram. 
 Ainda em 1917, na Rússia, uma revolução proletária derrubou o Czar Nicolau II e, sob 
a posterior liderança de Lênin, implantou o primeiro regime socialista do mundo e criou-se a 
União das Repúblicas Soviéticas (1922) uma nova potência. 
 Na Europa surgiram outros sistemas que defendiam o poder total do Estado, um 
nacionalismo agressivo e expansionista, como o Fascismo, na Itália e o Nazismo na Alemanha, 
que abandonaram os ideais liberais e democráticos. Benito Mussolini, o “Duce”, Adolf Hitler, o 
“Fuhrer” e o poderio militar do Japão na Ásia, aliados à crise econômica mundial de 1929, 
prepararam os caminhos para outro confronto mundial. 
 
 
 
2ª GUERRA MUNDIAL: A política Imperialista do EIXO – Alemanha, Itália e Japão – entrou 
em choque com os interesses dos ALIADOS (Inglaterra, França, Rússia e Estados Unidos). O 
inconformismo e ódios da Alemanha com a perda de territórios impostos no Tratado de 
Versalhes fez Hitler iniciar reconquistas, invadindo a Polônia em 1 de setembro de 1939. Estava 
iniciando outro conflito mundial. A arte de matar, dominar, controlar e exterminar foi 
aperfeiçoada, ataques e contra-ataques, bombardeamentos, assaltos, fome, miséria, 
destruição, ruínas. Milhares de judeus sofreram horrores dos campos de concentração, das 
câmaras de gás, das experiências científicas, etc. Duas bombas atômicas atiradas, sobre civis 
em Hiroshima e Nagasaki. Milhões de mortos e vitória dos Aliados. 
 Até o Brasil foi envolvido no conflito, enviando a Força Expedicionária Brasileira (FEB) 
para lutar na Itália. Os “pracinhas” lá caídos descansam no cemitério de Pistoia. Outros, no 
mausoléu no Rio de Janeiro. 
 Finda a guerra com a derrota dos regimes totalitários, cria-se a Organização das 
Nações Unidas (ONU), com o objetivo de manter a paz mundial, fomentar as amizades e 
cooperações internacionais buscando soluções para os problemas humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
ATUALIDADE: A supremacia internacional passa a ser disputada por um conflito ideológico 
entre Socialismo e Capitalismo, entre a URSS e os Estados Unidos, uma “Guerra Fria”. Outra 
marca significativa da nova mudança internacional é a luta pela independência nas colônias 
afro asiáticas e o surgimento de novas nações. Esses países não desenvolvidos costumam ser 
designados como “3º mundo”. 
 
 
 
Assinalamos abaixo os principais eventos que marcam este século XX: 
 - Guerra Fria e corrida armamentista. 
 - Conquista espacial e descida do homem na Lua (Gagarin/Armstrong) 
 - Crises Cubanas (ascensão de Fidel Castro/ Bloqueio norte americano) 
 - Revolução Cultural Chinesa (Mao Tse-tung). 
 - Guerras da Coréia e Vietnã. 
 - Conflitos no Oriente próximo(judeus árabes e palestinos). 
 - Turbulências no Irã (o aiatolá Khomeini derruba a Monarquia). 
 - Saddan Hussein (Iraque) invade o Kwait: Guerra do Golfo Pérsico. 
 - Queda do Muro de Berlim e do Socialismo na URSS (Gorbachov). 
 - Conflitos na ex-Iugoslávia (croatas bósnios e sérvios) 
 - Revolução tecnológica (informática). 
- Formação de megablocos econômicos regionais: NAFTA, União Europeia, Pacto 
Andino, MERCOSUL, Bacia do Pacífico. 
- Problemas na América Latina (herança colonial 
/caudilhismo/populismos/ditaduras/guerrilhas/multinacionais/dívida externa/ 
desempregos/recessão/corrupção/imperialismo norte americano, etc.) 
 - O Brasil da Nova República (Sarney, Collor, Itamar, F. H. Cardoso). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINHA DO TEMPO 
 
1453 Queda de Constantinopla 
 
 
• Navegações marítimas 
• Renascimento/Humanismo 
• Absolutismo/Mercantilismo 
• Reforma/Contrarreforma 
• Iluminismo/Despotismo Esclarecido 
• Independência dos Estados Unidos 
 
 
1789 Revolução Francesa/Napoleão/Congresso de Viena 
 
• 2ª Revolução Industrial e Tecnológica 
• Doutrinas Sociais 
• Nacionalismos/Unificações 
• 1ª Guerra Mundial. Socialismo/Fascismo/Nazismo. 2ª 
Guerra Mundial. 
• Atualidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
MODERNA 
HISTÓRIA 
CONTEMPORÂNEA 
34 
 
 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
FILOSOFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
CAPÍTULO ÚNICO 
O QUE É FILOSOFIA? 
“Se deve filosofar, deve-se filosofar e, se não deve filosofar, deve-se filosofar, de todos os 
modos, portanto, se deve filosofar” (Aristóteles). 
 
“O que pretendo sob o título de filosofia, como fim e campo das minhas elaborações, seio-o, 
naturalmente. E, contudo não o sei...” (Husserl). 
 
Qual o pensador para quem, na sua vida de filósofo, a filosofia deixou de ser um enigma? 
“Só os pensadores secundários que, na verdade, não se podem chamar de filósofos, estão 
contentes sem as suas definições” (Husserl). 
 
A FILOSOFIA DE VIDA 
 Na medida em que somos seres racionais e sensíveis, estamos sempre dando sentindo 
às coisas. Ao “filosofar” espontâneo de todos nós, costumamos chamar filosofia de vida. 
Segundo Gramsci, “Não se pode pensar em nenhum homem que não seja também filósofo, 
que não pense, precisamente, porque pensar é o próprio do homem como tal”. Isso significa 
que as questões filosóficas fazem parte do nosso cotidiano. Se o filósofo da educação investiga 
os fundamentos da pedagogia, qualquer pessoa também se preocupa a escolher critérios não 
que sejam pouco rigorosos, a fim de decidir sobre a educação de seus filhos, ou para os jovens 
do seu tempo. Estamos diante de diferentes filosofias de vida quando preferimos morar em 
casa e não em apartamento, quando deixamos o emprego bem pago por outro não tão bem 
remunerado, porém mais atraente, quando escolhemos alternar a jornada de trabalho com a 
prática de esporte ou com a decisão de ficar em casa assistindo à tevê. É preciso reconhecer 
que existem critérios bem diferentes fundamentando tais decisões: há valores que entram em 
jogo aí. 
 Com isso, não estamos confundindo a filosofia de vida com a reflexão do filósofo que, 
como vemos, tem suas exigências de rigor que o bom senso não preenche. O que percebemos, 
no entanto, ao verificar que filosofia interessa a todo ser humano, é que, ainda segundo 
Gramsci, o especialista filósofo é diferente dos outros especialistas (como o físico ou o 
matemático). Por exemplo, podemos bem pensar que enquanto grande parte dos indivíduos 
não precisa se ocupar com assuntos como trigonometria, o mesmo não acontece com o objeto 
de estudo do filósofo, cujo interesse se estende a qualquer um. 
 Por isso, consideramos importante o ensino de filosofia nas escolas, não propriamente 
para despertar futuros filósofos especialistas, mas para aprimorar a reflexão crítica típica do 
filosofar e inerente a qualquer ser humano. Nesse sentido, o ensino da filosofia deveria se 
estender a todos os cursos e não só às classes de ciências humanas. 
 
O PROCESSO DE FILOSOFAR 
Entre os antigos gregos predominava inicialmente a consciência mística. Quando se dá 
a passagem da consciência mística para a racional, aparecem os primeiros sábios, sophos, 
como se diz em grego. 
Pitágoras (séc. VI, a.C.) era um dos filósofos pré-socráticos e também matemático, 
teria usado pela primeira vez a palavra filosofia (philos sophia) que significa “amor à 
sabedoria”. Assim, com o auxílio da etimologia, podemos ver que a filosofia não é puro lagos, 
pura razão, ela é a procura amorosa da verdade. 
Se a filosofia é essencialmente teórica, isso não significa que ela esteja à margem do 
mundo, nem que constitua um corpo de doutrina ou saber acabado, com determinado 
conteúdo, ou que seja um conjunto de conhecimentos estabelecidos de uma vez por todas. Ao 
contrário, a filosofia supõe uma onipresente disponibilidade para a indagação. Por isso, 
segundo Platão, a primeira virtude do filósofo é admirar-se. Essa é a condição para 
problematizar, o que marca a filosofia não como da verdade, mas como sua busca. Ou seja, 
se o filósofo é capaz de se surpreender com o óbvio e questionar as verdades dadas, aceita a 
dúvida como desencadeadora desse processo crítico. 
Para Kant, “não há filosofia que se possa aprender, só se pode aprender a filosofar”. 
Isso significa que a filosofia é, sobretudo, uma atitude, um pensar permanente. É um 
conhecimento instituíste sentido de questionar o saber instituído. 
O próprio tecido do pensar do filósofo é a trama dos acontecimentos, é o cotidiano. 
Por isso a filosofia se encontra no seio mesmo da história. Está mergulhada no mundo e fora 
dele, eis o paradoxo enfrentado pelo filósofo, como explica Marleau-Ponty em elogio da 
filosofia: “Pois é impossível negar que a filosofia coxeia. Habita a história e a vida, mas quereria 
instalar-se no seu centro, naquele ponto em que é adventos, sentido nascente. Sente-se mal 
36 
 
no já feito. Sentido expressão, só se realiza renunciando a coincidir com aquilo que exprime e 
afastando-se dele para lhe captar o sentido. É a utopia de uma posse a distância.” 
A filosofia surge no momento em que o pensar é posto em causa, tornando-se objeto 
de reflexão. Não se trata, porém, de qualquer reflexão. Quando vemos nossa imagem refletida 
no espelho, há um “desdobramento”, pois estamos aqui e estamos lá, no reflexo da luz, ela 
vai até o espelho e refletirá, em latim, significa “fazer retroceder”, “voltar atrás”. Portanto, 
refletir é retornar o próprio pensamento, pensar o já pensado, voltar para si mesmo e colocar 
em questão o que já conhece. 
É ainda Gramsci quem diz: “o filósofo profissional ou técnico não só ‘pensa’ com maior 
rigor lógico, com maior coerência, com maior espírito de sistema do que os outros homens, 
mas conhece toda a história do pensamento, sabe explicar o desenvolvimento que o 
pensamento teve até ele, é capaz de retomar os problemas a partir do ponto em que se 
encontram, depois de terem sofrido as mais variadas tentativas de solução”. 
O professor Dermeval Saviani conceitua a filosofia como uma reflexão radical, rigorosa 
e de conjunto sobre os problemas que a realidade apresenta, interpretarão esses tópicos. 
- Radical: a palavra latina radis, raditis, significa “raiz”, e no sentido figurado, 
“fundamento base”. Portanto a filosofia radical não no sentido corriqueiro de ser inflexível 
(nesse caso seria a antifilosofia), mas na medida em que busca explicar os conceitos 
fundamentais usados em todos os campos do pensar e do agir. Por exemplo, a filosofia das 
ciências examina os pressupostos do saber científico, do mesmo modo que, diante da decisão 
de um vereador em aprovar determinado projeto, a filosofia política investiga as “raízes” (os 
princípios políticos) que orientam sua ação. 
- Rigorosa: enquanto “filosofia de vida” não leva as conclusões até as últimas 
consequências, nem sempreexaminando os fundamentos delas, o filósofo deve dispor de um 
método claramente explicitado a fim de proceder com rigor. É assim que os filósofos inovam 
nos seus caminhos de reflexão, tais como o fizeram Platão, Descartes, Espinosa, Kant, Hegel, 
Husserl, Wittgenstein, etc. São inúmeros os métodos filosóficos em que se apoiam os filósofos 
para desenvolver um pensamento rigoroso, fundamentado a partir de argumentação, coerente 
em suas diversas partes e, portanto, sistemático. Além disso, o filósofo usa de linguagem 
rigorosa para evitar as ambiguidades das expressões cotidianas, o que lhe permite discutir 
com outros filósofos a partir de conceitos claramente definidos. Por isso o filósofo sempre 
“inventa conceitos”, criando expressões novas ou alterando o sentido de palavras usuais. Aliás, 
quanto os gregos souberam fazer isso, no nascimento da filosofia! 
De conjunto: a filosofia é globalizante, porque examina os problemas sob a perspectiva 
de conjunto, relacionando os diversos aspectos entre si. Nesse sentido, a filosofia visa ao todo, 
à totalidade. Mais ainda, o objeto da filosofia é tudo, porque nada escapa a seu interesse. Aí, 
sua função de interdisciplinaridade, ao estabelecer o elo entre as diversas formas de saber e 
agir humanos. Sob esse enfoque, a filosofia se distingue da ciência e de outras formas de 
conhecimento. 
 
A FILOSOFIA E A CIÊNCIA 
 
No século XVIII, a partir da revolução metodológica iniciada por Galileu, as ciências 
particulares começam a delimitar seu campo específico de pesquisa. Pouco a pouco, desde 
esse período até os dias atuais, ciências como física, astronomia, química, biologia, psicologia, 
sociologia, economia, etc., se especializam e investigam “recortes” do real. 
Apesar dessa separação entre o objeto da filosofia e das ciências, o filósofo continua 
tratando da mesma realidade apropriada pelas ciências, uma vez que jamais renuncia a 
considerar o seu objeto do ponto de vista da totalidade. Como vimos, a visão da filosofia é de 
conjunto, ou seja, o problema nunca é examinado de modo parcial. Se a ciência tende cada 
vez mais para a especialização, a filosofia, no sentindo inverso, quer superar a fragmentação 
do real, daí sua função interdisciplinar, que busca estabelecer o elo entre formas do saber e 
do agir. 
A filosofia ainda se distingue da ciência pelo modo como aborda seu objeto: em todos 
os setores do conhecimento e da ação, a filosofia está presente como reflexão crítica a respeito 
dos fundamentos desse conhecimento e desse agir. Por exemplo, se a física ou a química se 
denominam ciência e usam determinado método, não é da alçada do próprio físico ou do 
químico saber o que é ciência, o eu distingue esse conhecimento e quando o fazem, estão 
colocando questões filosóficas. O mesmo acontece quando, por exemplo, o psicólogo define o 
conceito de liberdade, o que já significa fazer filosofia. 
Mais uma diferença entre filosofia e ciência: os resultados das investigações científicas 
e a sua veraficabilidade permitem uniformidades de conclusões e, com isso, a ciência adquire 
maior objetividade. Nesse sentido, a ciência trabalha com juízos de realidade, já que de uma 
forma ou de outra pretende mostrar como os fenômenos ocorrem, quais as suas relações e, 
37 
 
consequentemente, como prevê-los. De modo diferente, a filosofia faz juízos de valor, porque 
o filósofo parte da experiência vivida e vai além dessa constatação, não vê apenas como é, 
mas como deveria ser. Por exemplo, discute qual o valor do método científico, ou quais as 
consequências éticas de um experimento. A filosofia julga o valor do conhecimento e da ação, 
sai em busca do significado: filosofar é dar sentido à experiência. 
 
QUAL É A “UTILIDADE” DA FILOSOFIA? 
 
Para responder à questão, precisamos saber primeiro o que entendemos por utilidade. 
Ora, vivemos em um mundo marcado pela busca dos resultados imediatos do conhecimento. 
Sob essa perspectiva, é considerada importante a pesquisa da cura do câncer, ou o estudo de 
matemática no ensino médio porque “entra no vestibular”, ou ainda a seleção de disciplinas 
que vão interessar o exercício de determinada atividade. Por isso, com frequência, o estudante 
se pergunta “Para que irei estudar filosofia, se não precisarei dela na minha profissão?”. 
Seguindo essa linha de pensamento, a filosofia seria realmente “inútil”, não serve para 
nenhuma alteração imediata de ordem pragmática. Neste ponto, ela é semelhante à arte. Se 
perguntarmos qual é a finalidade de uma obra de arte, veremos que ela tem um fim em si 
mesmo e, nesse sentido é “inútil”. Entretanto, não ter utilidade imediata não significa ser 
desnecessário. A filosofia é necessária. 
Onde está a necessidade da filosofia? Está no fato de que, por meio de reflexão (aquele 
desdobramento, lembra-se?), a filosofia nos permite ter mais de uma dimensão, além da que 
é dada pelo agir imediato no qual o “indivíduo prático” se encontra mergulhado. É a filosofia 
que dá o distanciamento para a avaliação dos fundamentos dos atos humanos e dos fins a que 
eles se destinam, reúne o pensamento fragmentado da ciência e o reconstrói na sua unidade. 
Retorna a ação pulverizada no tempo e procura compreendê-la. 
Portanto, a filosofia é a possibilidade da transcendência humana, ou seja, a capacidade 
de superar a situação não escolhida. Pela transcendência, a pessoa surge como ser do projeto, 
capaz de ser livre e de construir o seu destino. O distanciamento é justamente o que provoca 
a nossa aproximação maior com a vida. Whitehead, lógico e matemático britânico, disse que 
“a função da razão é promover a arte da vida”. A filosofia recupera o processo perdido no 
imobilismo das coisas feitas (mortas porque já ultrapassadas), ela impede a estagnação. 
Por isso, o filosofar sempre se confronta com o poder, e sua investigação não fica 
alheia à ética e a política. É o que afirma o historiador da filosofia François Chatelet: “Desde 
que há Estado da cidade grega às burocracias contemporâneas, a ideia de verdade sempre se 
voltou, finalmente, para o lado dos poderes (ou foi recuperada por eles, como testemunha, 
por exemplo, a evolução do pensamento francês do século XVII ao século XIX). “Por 
conseguinte, a contribuição específica da filosofia que se coloca ao serviço da liberdade, de 
todas as liberdades, é a de minar, pelas análises que ela opera e pelas ações que desencadeia 
as instituições repressivas e simplificadoras, que se trate de ciência, do ensino, da tradução, 
da pesquisa, da medicina, da família, da política, do fato carcerário, dos sistemas burocráticos, 
o que importa é fazer aparecer à máscara, deslocá-la, arrancá-la. 
A filosofia é, portanto, a crítica da ideologia, entendida como forma ilusória de 
conhecimento que visa à manutenção de privilégios. Atentando para a etimologia do vocábulo 
grego correspondente à vontade (a-létheia, a lethe-úein, “desnudar”), vemos que a verdade 
consiste em pôr nu aquilo que está escondido. Eis a vocação do filósofo: o desvelamento do 
que está encoberto pelo costume, pelo convencional, pelo poder. 
Finalmente, a filosofia exige coragem. Filosofia não é um exercício puramente 
intelectual, descobrir a verdade é ter a coragem de enfrentar as formas estagnadas do poder 
que tentam manter o status quo, é aceitar o desafio da mudança. Saber para transformar. 
Lembremos que Sócrates foi aquele que enfrentou com coragem o desafio máximo da morte. 
É bem verdade, alguns dirão que sempre houve e haverá os pensadores bajuladores 
do poder, aqueles que estão a serviço da manutenção do status quo e que emprestam suas 
vozes e argumentos para defender tiranos. Mas, aí, estamos diante das fraquezas do ser 
humano, seja por estar sujeito a enganar-se, seja por sucumbir ao tempo ou ao desejo de 
prestígio e glória. Segundo Karl Jaspers, “a antifilosofia é uma filosofia, embora pervertida, 
que, se aprofundada, engendraria sua própria aniquilação”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
APRENDENDO A FILOSOFAR 
 
A filosofiaé um modo de pensar que acompanha o ser humano na tarefa de 
compreender o mundo e agir sobre ele. Mais que postura teórica, é uma atitude diante da 
vida, tanto nas condições corriqueiras como nas situações limites que exigem decisões cruciais. 
Por isso, no encontro com a tradição filosófica não devemos nos restringir a receber 
passivamente como um produtor, mas sermos capazes, cada um de nós, de nos aproximarmos 
da filosofia como processo, ou seja, como reflexão crítica e autônoma a respeito da realidade 
vivida. 
Lembrando Jaspers mais uma vez, a filosofia é a procura da verdade, não a sua posse, 
porque “fazer filosofia é estar a caminho, as perguntas em filosofia são mais essenciais que as 
respostas transformam-se numa nova pergunta”. 
 
 
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA MORAL 
 
Os valores 
 
Diante de pessoas e coisas, estamos constantemente fazendo avaliações. “Esta caneta 
é ruim, pois falha muito”; “Esta moça é atraente”; “Acho que João agiu mal não ajudando 
você”; “Prefiro comprar este, que é mais barato”. Essas afirmações se referem a juízos de 
realidade, quando partimos do fato de que a caneta e a moça existem, mas a juízos de valor, 
quando lhes atribuímos uma qualidade que mobiliza nossa atração ou repulsa. Nos exemplos, 
destacamos valores que se referem à utilidade, à beleza, ao bem e mal, ao aspecto econômico. 
Dessa forma, os valores podem ser lógicos, utilitários, estéticos, afetivos, econômicos, 
religiosos, éticos, etc. 
Mas o que são valores? Embora a temática dos valores seja tão antiga como a 
humanidade, só no século XIX surge a teoria dos valores ou axiologia (do grego axios, “valor”). 
A axiologia não se ocupa dos seres e o sujeito que os aprecia. 
Diante dos seres (sejam eles coisa inertes, seres vivos ou ideias) somos mobilizados 
pela nossa afetividade, somos afetados de alguma forma por eles, porque nos atraem ou 
provocam nossa repulsa. Portanto, algo possui valor quando não permite que permaneçam 
indiferentes. É nesse sentido que Garcia Morente diz: “Os valores não são, mas valem. Uma 
coisa é valor e outra coisa é ser. Quando dizemos de algo que vale, não dizemos nada do seu 
ser, mas dizemos que não é indiferente. A não indiferença constitui esta variedade ontológica 
que contrapõe o valor ao ser. A não indiferença é a essência do valer”. 
Os valores são, num primeiro momento, herdados por nós. Ao nascermos, o mundo 
cultural é um sistema de significados já estabelecido, de tal modo que aprendemos desde cedo 
como nos comportar à mesa, na rua, diante de estranhos, como, quando e quanto falar em 
determinadas circunstâncias, como andar, correr, brincar, como cobrir o corpo e quando 
desnudá-lo, qual o padrão de beleza, que direitos e deveres temos. Conforme atendemos ou 
transgredimos os padrões, os comportamentos são avaliados como bons ou maus. 
A partir da valoração, as pessoas podem achar bonito ou feio o desenho que acabamos 
de fazer ou criticar-nos por não termos cedido lugar à pessoa mais velha no metrô, ou acham 
bom o preço que pagamos pela bicicleta, ou nos elogiam por termos mantido a palavra dada, 
ou nos criticam por termos faltado com a verdade. Nós próprios nos alegramos ou nos 
arrependemos de nossas ações ou até sentimos remorsos dependendo do que praticamos. 
Isso quer dizer que o resultado de nossos atos está sujeito à sanção, ou seja, ao elogio ou à 
reprimenda, à recompensa ou à punição, nas mais diversas intensidades: a críticas de um 
amigo, “aquele” olhar da mãe, a indignação ou até a coerção física (isto é, a repressão pelo 
uso da força, por exemplo, quando alguém é preso por assassinato). 
Embora haja diversos tipos de valores, vamos considerar neste capítulo apenas os 
valores físicos ou morais. 
 
 
A MORAL 
Os conceitos de moral e ética, ainda que diferentes, são com frequência usados como 
sinônimos. Aliás, a etimologia dos termos é semelhante: moral vem do latim mos, moris, que 
significa “costume”, “maneira de se comportar regulada pelo uso”, e de moralis, morale, 
adjetivo referente ao que é “relativo aos costumes”. Ética vem do grego ethos, que tem o 
mesmo significado: de “costume”. 
No entanto, podemos estabelecer algumas diferenças entre esses dois conceitos. A 
moral é o conjunto das regras de conduta admitidas em determinada época ou por um grupo 
39 
 
de pessoas. Em um primeiro momento dessa discussão, podemos dizer de modo simplificado 
que o sujeito moral é aquele que age bem ou mal na medida em que acata ou transgride as 
regras morais. A ética ou filosofia moral é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a 
respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. Essa reflexão pode seguir as 
mais diversas direções, dependendo da concepção de ser humano tomado como ponto de 
partida. 
À pergunta: “O que é o bem e o mal”? Respondemos diferentemente, caso o 
fundamento da moral esteja na ordem cósmica, na vontade de Deus ou em nenhuma ordem 
exterior à própria consciência humana. Podemos perguntar ainda: Há uma hierarquia de 
valores a obedecer? Se houver, o bem supremo é a felicidade? É o prazer? É a utilidade? É o 
dever? É a justiça? 
Por outro lado, é possível questionar. Os valores são essenciais? Têm conteúdo 
determinado, universal, válido em todos os tempos e lugares? Ou, ao contrário, são relativos: 
“verdade aquém, erro além dos Pirineus”, como dizia Pascal? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
SOCIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
CAPÍTULO ÚNICO 
O QUE É SOCIOLOGIA? 
 
A Sociologia é uma das Ciências Humanas que tem como objetos de estudo a 
sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupos, 
instituições e associações. Enquanto a Psicologia estuda o indivíduo na sua singularidade, a 
Sociologia estuda os fenômenos sociais, compreendendo as diferentes formas de constituição 
das sociedades e suas culturas. 
O termo Sociologia foi criado em 1838 (séc. XVIII) por Auguste Comte, que pretendia 
unificar todos os estudos relativos ao homem — como a História, a Psicologia e a Economia. 
Mas foi com Karl Marx (luta de classes sociais), Émile Durkheim (fatos sociais) e Max Weber 
(ação social) que a Sociologia tomou corpo e seus fundamentos como ciência foram 
institucionalizados. 
Apenas a partir do século XVII, a Sociologia foi institucionalizada, e isso ocorreu como 
resposta acadêmica para um desafio que estava surgindo: o início da sociedade moderna. Com 
a Revolução Industrial e posteriormente com a Revolução Francesa (1789), iniciou-se uma 
nova era no mundo, com as quedas das monarquias e a constituição dos Estados nacionais no 
Ocidente. Surge então essa ciência para compreender as novas formas das sociedades, suas 
estruturas e organizações. 
A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se 
repetem nas relações sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato 
social –, como também se preocupa com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o 
surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e importância 
que esses eventos têm na vida dos cidadãos. 
Como toda forma de conhecimento intitulada ciência, a Sociologia pretende explicar a 
totalidade do seu universo de pesquisa. O conhecimento sociológico, por meio dos seus 
conceitos, teorias e métodos, constitui um instrumento de compreensão da realidade social e 
de suas múltiplas redes ou relações sociais, capazes de desenvolver uma consciência crítica e 
analítica em relação à sociedade. 
 
OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA 
 
Augusto Comte 
O núcleo da filosofia de Comte radica na ideia de que a sociedade só pode ser 
convenientemente reorganizada através de uma completa reforma intelectual do homem. Ele 
achava que antes da ação prática, seria necessário fornecer aos homens novos hábitos de 
pensar de acordo com o estado das ciências de seu tempo. Por essa razão, o sistema Comteano 
estruturou-se em torno detrês temas básicos: em primeiro lugar, uma filosofia da história 
com o objetivo de mostrar as razões pelas quais certa maneira de pensar (chamada por ele 
filosofia positiva ou pensamento positivo) deve imperar entre os homens. Em segundo lugar, 
uma fundamentação e classificação das ciências baseadas na filosofia positiva. Finalmente, 
uma sociologia que, determinando a estrutura e os processos de modificação da sociedade, 
permitisse a reforma prática das instituições. 
A contribuição principal de Comte à filosofia do positivismo foi sua adoção do método 
científico como base para a organização política da sociedade industrial moderna. O estado 
positivo corresponde à maturidade do espírito humano. O termo positivo designa o real em 
oposição ao quimérico, a certeza em oposição à indecisão, o preciso em oposição ao vago. É 
o que se opõe as formas teológicas ou metafísicas de explicação do mundo. 
Ex: a explicação da queda de um objeto ou corpo: o primitivo explicaria a queda como 
uma ação dos deuses; o metafísico Aristóteles explicaria a queda pela essência dos corpos 
pesados, cuja natureza os faz tender para baixo, onde seria seu lugar natural; Galileu, espírito 
positivo, não indagaria o porquê, não procuraria as causas primeiras e últimas, mas se 
contentaria em descrever como o fenômeno da queda ocorre. 
Não era apenas quanto ao método de investigação que a filosofia positivista se aproximava 
das ciências da natureza. A própria sociedade foi concebida como um organismo constituído 
de partes integradas e coesas que funcionavam harmonicamente, segundo um modelo físico 
ou mecânico. Por isso o positivismo foi chamado também de organicismo. 
 
42 
 
 
Émile Durkheim 
Durkheim viveu numa época de grandes conflitos sociais entre a classe dos 
empresários e a classe dos trabalhadores. É também uma época em que surgem novos 
problemas sociais como favelas, suicídios, poluição, desemprego etc. No entanto, o crescente 
desenvolvimento da indústria e tecnologia fez com que Durkheim tivesse uma visão otimista 
sobre o futuro do capitalismo. Ele pensava que todo o progresso desencadeado pelo 
capitalismo traria um aumento generalizado da divisão do trabalho social e, por consequência, 
da solidariedade orgânica, a ponto de fazer com que a sociedade chegasse a um estágio sem 
conflitos e problemas sociais. 
Com isso, Durkheim admitia que o capitalismo é a sociedade perfeita; trata-se apenas 
de conhecer os seus problemas e de buscar uma solução científica para eles. Em outras 
palavras, a sociedade é boa, sendo necessário, apenas, "curar as suas doenças". 
Tal forma de pensar o progresso de um jeito positivo fez com que Durkheim concluísse 
que os problemas sociais entre empresários e trabalhadores não se resolveriam dentro de uma 
LUTA POLÍTICA, e, sim, através da CIÊNCIA, ou melhor, da SOCIOLOGIA. Esta seria, então, a 
tarefa da SOCIOLOGIA: compreender o funcionamento da sociedade capitalista de modo 
objetivo para observar, compreender e classificar as leis sociais, descobrir as que são falhas e 
corrigi-las por outras mais eficientes. 
E como está estruturada esta sociedade segundo Durkheim? 
A estrutura da sociedade é formada pelas esferas política, econômica e ideológica. 
Estas esferas formam a estrutura social responsável pela consolidação do Capitalismo. 
Outra preocupação de Durkheim, assim como outros pensadores, era a formação de 
uma ciência social desvinculada das Ciências Naturais. Além disso, na emergência do 
proletariado, era preciso encontrar formas de controle de tal forma que o indivíduo se integre 
à ordem. Este princípio será aplicado na educação. 
A contribuição de Durkheim foi de importância fundamental para que a Sociologia 
adquirisse o status de ciência, pois ele estuda a sociedade e separa os fenômenos sociais da 
Psicologia, construindo um Objeto e um Método. 
A obra ‘As regras do Método Sociológico’ publicada em 1895, definiu o método a ser 
usado pela Sociologia e as definições e parâmetros para a Sociologia tornar-se uma ciência, 
separada da Psicologia e Filosofia. Ele formulou o tipo de acontecimentos sobre os quais o 
sociólogo deveria se debruçar: os fatos sociais. Estes constituiriam o objeto da Sociologia. 
 
Max Weber 
 
Max Weber nasceu e teve sua formação intelectual no período em que as primeiras 
disputas sobre a metodologia das ciências sociais começavam a surgir na Europa, sobretudo 
em seu país, a Alemanha. Filho de uma família da alta classe média, Weber encontrou em sua 
casa uma atmosfera intelectualmente estimulante. Seu pai era um conhecido advogado e 
desde cedo o orientou no sentido das humanidades. Weber recebeu excelente educação 
secundária em línguas, história e literatura clássica. Em 1882, começou os estudos superiores 
em Heidelberg; continuando-os em Göttingen e Berlim, em cujas universidades dedicaram-se 
simultaneamente à economia, à história, à filosofia e ao direito. 
Concluído o curso, trabalhou na Universidade de Berlim, na qual idade de livre-docente, 
ao mesmo tempo em que servia como assessor do governo. Em 1893, casou-se e; no ano 
seguinte, tornou-se professor de economia na Universidade de Freiburg, da qual se transferiu 
para a Universidade de Heidelberg, em 1896. Dois anos depois, sofreu sérias perturbações 
nervosas que o levaram a deixar os trabalhos docentes, só voltando à atividade em 1903, na 
qualidade de coeditor do Arquivo de Ciências Sociais (Archiv für Sozialwissenschatt), 
publicação extremamente importante no desenvolvimento dos estudos sociológicas na 
Alemanha. A partir dessa época, Weber somente deu aulas particulares, salvo em algumas 
ocasiões, em que proferiu conferências nas universidades de Viena e Munique, nos anos que 
precederam sua morte, em 1920. 
A Sociologia weberiana caracteriza-se por um dualismo racionalismo – irracionalismo: 
- Racionalismo: rotina social; estabilidade; tradição; legalidade; continuidade; espírito 
científico e pragmático do ocidente, sacrificando a espontaneidade da vida aos cálculos e à 
seleção dos meios, para serem atingidos fins previamente escolhidos. 
- Irracionalismo: crenças; mitos; sentimentos; ação carismática. 
Para Weber a sociedade não seria algo exterior e superior aos indivíduos, como em 
Durkheim. Para ele, a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações 
43 
 
individuais reciprocamente referidas. Por isso, Weber define como objeto da sociologia a ação 
social. 
 
O que é ação social? 
 
Para Weber ação social é qualquer ação que o indivíduo faz orientando-se pela ação 
de outros. Por exemplo, um eleitor. Ele define seu voto orientando-se pela ação dos demais 
eleitores. Ou seja, temos a ação de um indivíduo, mas essa ação só é compreensível se 
percebemos que a escolha feita por ele tem como referência o conjunto dos demais eleitores. 
Assim, Weber dirá que toda vez que se estabelecer uma relação significativa, isto é, 
algum tipo de sentido entre várias ações sociais terá então relações sociais. A ação social é a 
conduta humana dotada de sentido. O sentido motiva a ação individual. 
Para Weber, cada sujeito age levado por um motivo que se orienta pela tradição, por 
interesses racionais ou pela emotividade. 
O objetivo que transparece na ação social permite desvendar o seu sentido, que é 
social na medida em que cada indivíduo age levando em conta a resposta ou reação de outros 
indivíduos. 
A ação social gera efeitos sobre a realidade em que ocorre. 
É o indivíduo que através dos valores sociais e de sua motivação, produz o sentido da 
ação social. 
A transmissão destes valores comuns de uma geração para outra é chamada 
socialização, que é uma forma inconsciente de coerção social. Ex. de valores sociais: respeito, 
virgindade, honestidade, solidariedade, etc. 
Só existe ação social quando o indivíduo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, 
a partir de suas ações, com os demais. 
 
IDEOLOGIA: UM CONCEITO POLÊMICO 
O conceito da ideologia foi criado por Destrutt de Tracy, filósofo francês,no final do 
século XVII. Tracy tinha pressuposto que as ideias não poderiam ser compreendidas como se 
possuísse vida própria, segundo ele, a ideologia deveria ser compreendida como “ciência das 
ideias”, assemelhando-se às ciências naturais. Na elaboração desse conceito, partia-se da 
crença na razão (própria do espírito iluminista do século XVII) e no poder da ciência submeter 
às ideias ao mesmo processo de análise e compreensão dos objetos naturais. Essa é a razão 
da concepção da Ideologia como ciência de ideias. 
Raymond Williams afirma que o conceito de ideologia pode ser definido, basicamente, de 
acordo com três concepções básicas: 
1. Como sistema de crenças de uma classe ou grupo social. Nessa concepção estariam 
incluídos os valores, ideias e projetos de um grupo de classe social específicos. 
2. Como sistema de crenças de uma classe ou grupo social. Nessa concepção estariam 
incluídas crenças ilusórias, baseadas em critérios impossíveis de ser comprovados, 
contrastariam com o conhecimento verdadeiro ou científico. 
3. Como o processo geral de produção de significados e ideias. 
Conforme Williams, as duas primeiras conotações serão as mais encontradas no 
pensamento marxista, vertente que se destacou no estudo da ideologia. 
No livro A ideologia Alemã, Marx e Engels apresentaram os três elementos básicos que 
caracterizaram sua compreensão da sociedade capitalista e sua definição de ideologia 
(definição como vê fortemente apoiada nas duas concepções destacadas por Williams). 
Esquematicamente, esses três elementos são: 
- Separação – resultante da afirmação da divisão da vida humana em duas instâncias 
específicas: a infraestrutura que é a esfera da produção material, e a superestrutura, 
esfera da produção de ideias. De maneira muito simplificada, podemos dizer que a 
44 
 
infraestrutura se compõe da economia (a produção dos bens necessários à sobrevivência 
dos homens) e a superestrutura se constituí da moral, do direito, da política e das artes. 
- Determinação – relação decorrente da separação observa-se o domínio estabelecido pela 
infraestrutura sobre a superestrutura. Serão as relações de produção que irão determinar 
(definir) a organização social – as formas de comportamento e de convívio entre os 
homens. Conforme o princípio da determinação apontado por Marx e Engels, as ideias têm 
sua origem na vida material – e são por ela determinadas. Mas o que é essa vida material? 
É relações desses homens o meio de produção que os homens estabelecem entre si, as 
quais dependem, por sua vez, das relações desses homens com os meios de produção – 
terra, máquinas, matérias-primas, fábrica, força de trabalho. Será, portanto, a esfera 
econômica (a organização da produção material, com a sua diferenciação entre 
possuidores e não possuidores dos meios de produção) que irá organizar as ideias sobre 
essa sociedade. 
- Inversão – Elemento constitutivo fundamental do conceito da ideologia, considerada 
distorção da realidade. Numa metáfora famosa do livro A ideologia Alemã, a ideologia faz 
com que a vida apareça para os homens como no interior de uma câmera fotográfica: de 
cabeça para baixo. Isto é, ela aparece para os homens de maneira inversa àquilo que é na 
realidade. Nesse contexto, o conhecimento científico, ou saber dela, será o elemento capaz 
e desmascarar a ideologia, recolocando o mundo de cabeça para cima, mostrando a 
realidade tal como ela é. Segundo Marx e Engels, destruindo a inversão que a ideologia 
produz, o conhecimento científico vai revelar os mecanismos de separação e determinação. 
 Para compreender a sociedade capitalista a partir dessas três relações (separação, 
determinação e inversão) estabelecidas por Marx e Engels, não podemos torná-las como 
formas imutáveis e inquestionáveis. No que diz respeito à definição da ideologia, por 
exemplo, é fundamental que se note que, ao longo do tempo, os próprios autores 
acabaram relativizando a conotação mistificadora que inicialmente deram ao conceito 
(essa relativização aparece no prefácio de Para a Crítica da Economia Política, escrito por 
Marx, 1859). 
 Além disso, eles também relativizaram a questão de determinação estrita da esfera 
econômica (infraestrutura) sobre a superestrutura (em cartas que escreveu a outros 
pensadores, Engels reconheceu certo grau de independência ou autonomia relativa da 
superestrutura diante da infraestrutura). É preciso que se diga finalmente que, ao longo 
do tempo, os elementos formais congelados e irretocáveis de compreensão da realidade. 
De qualquer modo, retomando o tema da ideologia na obra desses autores, é interessante 
observar que ele veicula uma relação fundamental, que é a oposição entre os conceitos de 
falso e de verdadeiro. Em A Ideologia Alemã, parece haver espaço para dois tipos de ideias, 
as falsas ou distorcidas (em resumo, a própria ideologia) e as verdadeiras, essas ideias 
verdadeiras seriam construídas pela ciência e funcionariam como as armas necessárias 
para combater a classe dominante. Para Marx, a ciência seria a ciência do proletariado, a 
única classe capaz de transformar a sociedade. Produto de uma época em que se 
acreditava que a sociedade poderia e deveria ser transformada por meio da razão, A 
ideologia Alemã, conforme a antropóloga brasileira Eunice Durham, apresenta a ciência 
como instrumento capaz de alcançar a justiça social que a ideologia impediria de ser 
obtida. 
45 
 
 
OS AGRUPAMENTOS SOCIAIS 
Os Grupos Sociais 
 
A própria natureza humana exige que os homens se agrupem. A vida em sociedade é 
condição necessária à sobrevivência da espécie humana. 
Desde o início, os homens têm vivido juntos, formando agrupamentos, como as 
famílias, por exemplo. Para o sociólogo Karl Mannheim, os contatos e os processos sociais que 
aproximam ou afastam os indivíduos provocam o surgimento de formas diversas de 
agrupamentos sociais, de acordo com o estágio de integração social. Tais formas são os grupos 
sociais e os agregados sociais. 
Vamos analisar inicialmente os grupos sociais: aqueles, devido aos contatos sociais 
mais duradouros, resultam em formas mais estáveis de integração social. Nos grupos sociais 
há normas, hábitos e costumes próprios, divisão de funções e posições sociais definidas. Como 
exemplos têm: família, a escola, a Igreja, o clube, o Estado, etc. 
 O grupo social é a união de duas ou mais pessoas, associadas pela integração, e, por 
isso, capazes de ação conjunta, visando atingir um objetivo comum. O indivíduo ao longo de 
sua vida participa de vários grupos sociais, e os principais são: 
 
- Grupo familiar – família; 
- Grupo vicinal – vizinhança; 
- Grupo educativo – escola; 
- Grupo profissional – empresa; 
- Grupo político – estado, partidos políticos. 
 
As principais características de um grupo social são: 
- A pluralidade de indivíduos – Há sempre mais de um indivíduo no grupo. 
- Grupos secundários – São os grupos mais complexos, como as igrejas e o Estado, em que 
predominam os contatos secundários; os contatos sociais, neste caso, realizam-se de maneira 
pessoal e direta – mas sem intimidade – ou de maneira indireta, através de cartas, telegramas, 
telefone, etc. 
- Grupos intermediários – São aqueles que se alternam e se completam as duas formas de 
grupos sociais (primários e secundários). Um exemplo deste tipo é o grupo de escola. 
- Interação Social – No grupo, os indivíduos comunicam-se uns com os outros. 
- Organização – Todo grupo, para funcionar bem, precisa de certa ordem interna. 
- Objetividade – e exterioridade – Os grupos sociais são superiores e exteriores ao indivíduo, 
isto é, quando uma pessoa entra no grupo, ele já existe; quando sai, ele continua a existir. 
- Conteúdo intencional ou objetivo comum – Os membros de um grupo unem-se em torno de 
certos princípios ou valores para atingir um objetivo de todo o grupo; a importância dos valores 
pode ser percebida pelo fato de que o grupogeralmente se divide quando ocorre um conflito 
de valores; um partido político, por exemplo, pode dividir-se quando uma parte de seus 
membros passa a discordar de seus princípios básicos. 
 Consciência grupal ou sentimento de “nós”- São as maneiras de pensar, sentir e agir 
próprias do grupo; existe um sentimento mais ou menos forte de compartilhar uma série de 
46 
 
ideias, de pensamentos, de modos de agir; um exemplo disso é o torcedor que, quando fala 
da vitória de seu time dizemos “Nós ganhamos”. 
 Continuidade – As interações passageiras não chegam a formar grupos sociais 
organizados, para isso, é necessário que elas tenham certa duração, como exemplo, temos a 
família, a escola, a Igreja, etc. Há, porém, grupos de duração efêmera, que aparecem e 
desaparecem com facilidade, como, por exemplo, o mutirão. 
 
OS ESTUDOS DA SOCIEDADE HUMANA 
De que se ocupam as Ciências Sociais? 
 
 Observando a sociedade, percebemos que as pessoas caminham, correm, respiram. 
Mas elas também cooperam umas com as outras no trabalho, recebem um salário, descontam 
cheques, fazem reuniões para melhorar a produção, entram greve, casam-se, estudam, 
divertem-se. 
 Como vemos, as pessoas apresentam os mais variados comportamentos. Alguns 
desses comportamentos como andar, respirar, dormir são estritamente individuais, que se 
originam no indivíduo enquanto organismo biológico. Esses tipos de comportamento são 
estudados pelas Ciências Físicas e Biológicas. Por outro lado, receber salário, fazer greve, 
casar-se são comportamentos sociais, pois só existem porque existe a sociedade, porque ao 
longo da História o homem organizou sua vida em grupo. Cabe às Ciências Sociais pesquisar 
e estudar o comportamento social humano e suas formas de organização. 
• Sociologia – estuda as relações sociais e as formas de associação, considerando as 
interações que ocorrem na vida em sociedade. A Sociologia abrange, portanto, o 
estudo dos grupos sociais, da divisão da sociedade em camadas, da mobilidade social, 
dos processos de cooperação, competição e conflito na sociedade, etc. 
• Economia – estuda as diversas atividades humanas ligadas à produção, circulação, 
distribuição e consumo de bens e serviços. São fenômenos estudados pela Economia 
a distribuição da renda num país, a política salarial, a produtividade de uma empresa, 
etc. 
• Antropologia – estuda as semelhanças e diferenças culturais entre os vários 
agrupamentos humanos, assim como a origem e a evolução das culturas. Atualmente, 
tem-se preocupado não só com a cultura dos povos pré-letrados, como também com 
a diversidade cultural existente na sociedade industrial. São objetos de estudo da 
Antropologia os tipos de organização famílias, as religiões, a magia, os ritos de 
iniciação dos jovens, os casamentos, etc. 
• Ciência Política – estuda, por exemplo, os partidos políticos, os mecanismos eleitorais, 
etc. 
Não existe uma divisão nítida entre essas disciplinas. Embora cada uma se ocupe 
preferencialmente de um aspecto da realidade social, elas complementam-se umas às outras 
e atuam frequentemente juntas para aplicar os complexos fenômenos da vida em sociedade. 
O objetivo das Ciências Sociais é aumentar o Máximo possível o conhecimento sobre o homem 
e a sociedade, através da investigação científica. As ciências sociais cumprem, portanto, um 
papel fundamental num mundo de mudanças e agitações sociais. Elas nos permitem entender 
47 
 
melhor a sociedade em que vivemos e compreender os fatos e processos sociais que nos 
rodeiam. 
 
As Desigualdades entre os Homens 
 
 Ao menor contato com a vida social, percebe-se, de imediato, que os indivíduos são 
diferentes entre si. Essas diferenças se expressam no plano das coisas materiais, da religião, 
da personalidade, da inteligência, do físico, da raça, do sexo, da cultura, entre outros. 
As diferenças citadas acima devem ser consideradas como os aspectos elementares da 
manifestação das desigualdades, que podem ser físicas ou sociais. 
 Ao olharmos mais atentamente para a sociedade em que vivemos, logo percebemos que 
há indivíduos que moram em favelas, outros em mansões, pessoas que morrem de fome, de 
desnutrição, enquanto outras se alimentam em excesso. Há indivíduos analfabetos que nunca 
tiveram acesso a escolas e há aqueles que possuem a melhor formação escolar. 
 Cada sociedade gera formas de desigualdade específicas que são resultado de como 
essas sociedades se organizam. As desigualdades se manifestam de um modo diferente no 
Brasil, nos EUA, na Índia, nas Filipinas ou na África de Sul. As desigualdades assumem feições 
distintas porque são constituídas a partir de um conjunto de elementos econômicos, políticos 
e culturais próprios. 
 
Desigualdade: A pobreza como fracasso 
 
 O desenvolvimento da Industrialização, a partir do século XVIII, propiciou o crescimento 
econômico capitalista, e as relações entre o capital e o trabalho tomaram formas 
correspondentes a essa sociedade que se solidificava. O capitalismo (o patrão) e o trabalhador 
(o operário) passaram a ser os personagens principais dessa nova organização social. 
 O Liberalismo que se desenvolveu no século XVIII foi a justificativa encontrada para o novo 
mundo e o novo homem que surgiram com o crescimento do capitalismo. Em outras palavras, 
o liberalismo tinha como base a defesa da propriedade privada, a liberdade de comércio, a 
igualdade perante a lei. A concepção de sociedade e de homem que vigorava na sociedade 
medieval estava sendo absolutamente transformada. 
 O triunfo do homem de negócios do capitalismo era exaltado como uma virtude 
(burguesa), de fato que justificava a necessidade de dar-lhe todas as credenciais, uma vez 
que ele realizaria a riqueza para o bem de toda sociedade. O enriquecimento particular era 
apresentado na forma de benefício para todos os indivíduos. 
 Louvava-se o homem de negócios como a expressão do sucesso, e sua conduta servia de 
modelo para a sociedade como um todo. A riqueza era mostrada como fruto do trabalho e a 
todos acessíveis por intermédio dele. A pobreza (indicador fundamental das desigualdades), 
em contraposição, seria produto do fracasso pessoal, e a sociedade não era responsável por 
sua existência. 
 Os pobres, no entanto, tinham que colaborar para a preservação dos bens dos ricos, uma 
vez que eles davam trabalho, e, mais ainda, não deviam se revoltar contra a sua situação para 
não criar dificuldades para os patrões, que não eram culpados de serem ricos. 
48 
 
 Divulga-se a ideia de que os pobres deviam preservar o bem de seus patrões, tais como 
máquinas e ferramentas, e que Deus os vigiava constantemente no seu trabalho. Portanto, 
perder tempo na execução de sua tarefa era roubar o patrão que lhe estava pagando por uma 
jornada de trabalho. 
 Ao pobre recomendava-se paciência, religiosidade e seriedade como forma de aceitação 
das novas regras morais que iam se estabelecendo. É interessante notar que não era mais 
apenas pela ausência da graça divina que se justificava a pobreza, como ocorria até o século 
XVII. Combina-se, agora, o fracasso e a ausência da graça. 
 Edmund Burke, no século XVIII, ao discutir se o governo e os ricos deviam ou não atender 
as necessidades dos pobres, argumentava que ninguém podia ajudá-los, uma vez que a 
providência divina os havia abandonado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
BIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO À BIOLOGIA 
DENIFINIÇÃO: A biologia é a ciência que estuda os seres vivos. Este estudo pode ser realizado sob 
diversos pontos de vista, dependendo do interesse do biólogo. 
 
ALGUMAS SUBDIVISÕES DA BIOLOGIA 
A Biologia constitui um campo de conhecimento muito extensoe complexo. Dessa forma há diversos ramos 
da Biologia. Podemos citar: 
• Citologia – estudo das células 
• Histologia – estudo dos tecidos 
• Fisiologia – estudo das funções e do funcionamento orgânico dos seres vivos 
• Ecologia – estudo dos seres vivos com o meio ambiente 
• Botânicos – estudos dos vegetais 
• Zoologia – estudos dos animais 
• Genéticos – estudos da transmissão das características hereditárias 
 
CITOLOGIA: é o ramo da Biologia que estuda as células e seu comportamento nos seres vivos, os níveis 
de organização dos seres vivos obedecem ao seguinte critério: CÉLULAS – TECIDOS – ÓRGÃOS E 
SISTEMAS ou APARELHOS, como veremos a seguir. 
 
CÉLULA: é a menor unidade morfofisiológica de todo organismo vivo, formada por MEMBRANA, 
CITOPLASMA e NÚCLEO. As células apresentam formas e características variadas. O tamanho das 
células também é variado. Elas são classificadas em: microscópicas (a maioria) e macroscópicas (a gema 
do ovo, fibras de algodão). 
O número de células nos seres vivos é variável. Eles podem ser unicelulares (uma única célula) ou 
pluricelulares (mais de uma célula). 
As células ainda podem ser procariontes (quando não possuem núcleo organizado), é o caso de seres bem 
simples como as bactérias, ou eucariontes (quando o núcleo é organizado), é o caso da grande maioria 
dos seres vivos, como no homem, no peixe, no mosquito, na árvore, etc. 
I – COMPONENTES CELULARES: 
• MEMBRANA PLASMÁTICA: é um envoltório lipoproteico, responsável pela propriedade seletiva 
da célula. Tem como principal característica ser semipermeável. 
• CITOPLASMA: é a porção líquida gelatinosa disposta ao redor do núcleo e limitada pela membrana 
plasmática, onde ocorrem os processos metabólicos, tais como respiração e digestão. 
• NÚCLEO: é um corpúsculo geralmente esférico, envolvido pelo citoplasma. No seu interior 
encontra-se uma massa filamentosa chamada cromatina que comanda as funções celulares. 
Contém em seu interior os cromossomos, sendo 46 a quantidade de cromossomos na espécie 
humana. 
OBS: a parede celular é a estrutura que diferencia uma célula animal de um vegetal. 
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] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II – ORGANELAS CELULARES: 
- RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO: é um complexo sistema de bolsas achatadas que podem ser: 
• LISO – quando constituído por membrana lisa; 
• RUGOSO – quando apresenta grânulos aderidos à sua superfície, chamados RIBOSSOMOS. 
OBS: Ribossomos têm a função da síntese proteica e do armazenamento e transporte de substância. 
• COMPLEXO DE GOLGI: tem como função o armazenamento e a secreção de substâncias. 
• MITOCÔNDRIAS: têm como função a respiração intracelular. 
• LISOSSOMOS: têm como função a digestão celular. 
• CENTRÍOLOS: tem como função a divisão celular, formação de cílios e flagelos. 
• PLASTOS: são organelas celulares responsáveis pelo armazenamento da clorofila. 
III – DIVISÃO CELULAR: 
- MITOSE: é a divisão celular de tipo equacional. Uma célula diploide (2n) divide-se em duas outras células 
diploides (2n), genericamente e morfologicamente idênticas. Nessa divisão a célula mãe desaparece. A mitose 
divide-se nas seguintes fases: 
a) Interfase (duplicação de DNA); 
b) Prófase (os centríolos se duplicam); 
c) Prometáfase (desaparece a carioteca); 
d) Metáfase (forma-se a placa equacional); 
e) Anáfase (ocorre a retração das fibras do fuso); 
f) Telófase (fase final da mitose onde ocorre a citocinese). 
- MEIOSE: também conhecida como divisão reducional. Uma célula diploide (2n) origina quatro células 
haploides (n). É a parte da divisão celular responsável pela formação dos gametas. Está dividida em dois 
períodos e cada um subdividido em fases: 
 - Divisão I 
 
a) Prófase I (nesta fase é que ocorre o fenômeno diplóteno chamado CROSSING-OVER, que consiste na troca 
de material genético); 
b) Prometáfase I (desaparece a carioteca); 
c) Metáfase I (formação de placa equacional); 
d) Anáfase I (ocorre a retração das fibras de fuso); 
e) Telófase I (ocorre a redução dos cromossomos de 46 para 23); 
 
- Divisão II 
 
a) Prófase II; 
b) Metáfase II; 
c) Anáfase II; 
d) Telófase II. 
 
 
 
 
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HISTOLOGIA: é o ramo da Biologia que estuda os tecidos, a partir das células e suas organelas, a fim de 
uma melhor compreensão dos processos vitais. 
 
 
IV – TECIDOS: é a reunião de várias células morfologicamente iguais, que realizam uma mesma função. 
Existem quatro tipos fundamentais de tecidos. 
 
 
a) TECIDO EPITELIAL: que está subdividido em: 
 
- tecido epitelial de revestimento. Ex: pele. 
- tecido epitelial glandular, formado por células secretoras: Glândula Exócrina ou de Secreção 
Externa (exemplo: glândula sudorípara, glândula sebácea, glândula salivar); Glândula Endócrina 
ou de Secreção interna, sua secreção é o hormônio (exemplo: hipófise, tireoide, suprarrenais, 
ovários, testículos) e Glândula Mista que possui unidade secretora interna e externa (exemplo: 
pâncreas que produz o suco pancreático – secreção externa – e a insulina – secreção interna). 
 
b) TECIDO CONJUNTIVO: que está subdividido em: 
 
 - Tecido conjuntivo adiposo (que origina uma porção gordurosa). Forma a gordura. Ex.: a camada 
de gordura sob a pele. 
 - Tecido conjuntivo cartilaginoso (formado por células chamadas cartilócitos). Forma a cartilagem. 
Ex: orelhas, nariz. 
 - Tecido conjuntivo ósseo (formado por células chamadas osteócitos). Formas os ossos. Ex: 
esqueleto. 
 - Tecido conjuntivo hematopoiético (encontrado na medula óssea responsável pela formação das 
células sanguíneas). 
 
 - HEMÁCIAS: glóbulos vermelhos responsáveis pelo transporte de substâncias na corrente 
sanguínea. 
 
 - LEUCÓCITOS: glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo. 
 
 - PLAQUETAS: responsáveis pela coagulação. 
 
 
 
c) TECIDO NERVOSO: é o conjunto de células especializadas, que formam os órgãos do sistema 
nervoso. Suas células recebem o nome de NEURÔNIOS, que formam uma rede denominada 
SINAPSE, que é responsável pela transmissão dos estímulos nervosos. 
 
 
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LEITURA 
O perigo de álcool e das drogas 
 De forma popular, usa-se a palavra “droga”, ou “tóxico”, para falar de substâncias que atuam sobre 
o sistema nervoso alterando a forma de pensar, de sentir e de perceber as coisas. Neste sentido, o próprio 
álcool, a maconha, a cocaína e até solventes como aqueles que existem na cola de sapateiro podem ser 
considerados drogas. Além dos efeitos que essas substâncias têm sobre o indivíduo que as consome, são 
extremamente graves as consequências que elas acabam causando às famílias e à sociedade. 
O álcool 
 Os efeitos do álcool sobre o organismo humano são hoje bem conhecidos. O consumo de altas 
doses de uma só vez pode levar à morte. Também conhecemos os males causados pelo consumo regular 
de doses menores. O álcool provoca nítidas mudanças no comportamento de quem bebe conhecida, em 
conjunto, como embriaguez: ocorre inicialmente uma sensação de “euforia e desinibição”, mais tarde, esse 
estado é seguido de um abatimento conhecido como depressão. Com o tempo, o sistema nervoso sofre 
danos permanentes: o alcoólatra acaba tendo enfraquecimento da memória e diminuição de sua atenção 
e seus reflexos. Também já foram bem estudados os efeitos nocivos do álcool sobre o fígado, que muitas 
vezes terminam por causar a cirrose hepática e, eventualmente, a morte do indivíduo. Pode-se dizer que 
a droga mais consumida no Brasil (no sentido de substância modificadora do comportamento) é, sem 
dúvida, o álcool. 
As demais drogas 
 De forma simplificada, as drogas podem ser classificadas, conforme a sua ação, em depressores, 
euforizantes e alucinógenos. 
 Os depressores, entre os quaisse incluem o álcool, a cola de sapateiro, a benzina, o ópio e alguns 
remédios para dormir, causam sensação de tontura, confusão mental e desinibição inicial. Mais tarde, 
ocorre uma sensação de sonolência. Algumas dessas substâncias têm uso médico, como certos elixires 
usados para controlar distúrbios intestinais, ou ainda certos xaropes calmantes da tosse. 
 Dos euforizantes, a mais conhecida é a cocaína. São também euforizantes de certos remédios 
moderadores de apetite, usados em regimes de emagrecimento. Essas substâncias causam euforia e 
sensação de maior eficiência e poder. Dão à pessoa, passageiramente, a impressão de que ela pensa 
melhor e de forma mais ágil. 
 Os alucinógenos causam alucinações. Em outras palavras, a pessoa passa a ouvir vozes, sentir 
cheiros e ver objetos que não existem. A mais comum dessas drogas é a maconha. Também são 
alucinógenos o LSD e substâncias presentes em certos cogumelos. 
A dependência 
 As drogas apresentam alguns efeitos comuns, independentemente da ação particular de cada uma. 
Uma das consequências mais graves de se usar drogas é a dependência. Uma pessoa dependente é aquela 
que não consegue abandonar o uso da droga, mesmo que ela tenha consciências profissionais. Muitas 
vezes, essas pessoas tentam abandonar o uso, mas a privação da droga lhe traz sensações de mal-estar 
tão grandes que elas voltam a se drogar para se sentirem melhor. As drogas causam desajuste social, 
distúrbios de comportamento e diminuição da capacidade sexual. Estão em curso, no mundo todo, 
pesquisas que deverão revelar ainda muitas outras desvantagens de seu uso. Vamos ficar longe delas! 
• Euforia = sensação de ânimo, de excitação. 
• Privação = falta de uso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
BIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
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FISIOLOGIA: é o ramo da Biologia que estuda o funcionamento dos órgãos. Os aparelhos ou sistemas são 
formados por conjuntos de órgãos que funcionam em estreita associação e realizam determinadas funções. 
1 – SISTEMA DIGESTIVO 
 
- DIGESTÃO: consiste na quebra de moléculas de um alimento em moléculas menores, para que possam ser 
absorvidas pelas células. Essa quebra ocorre com o auxílio das enzimas digestivas. A digestão de um alimento 
tem início na boca e depois segue os órgãos (principais) que fazem parte do Sistema Digestivo (faringe, 
esôfago, intestino e ânus). 
 
- ORGÃOS ANEXOS DO SISTEMA DIGESTIVO: servem para auxiliar a digestão. 
 - Glândulas Salivares: secretam a saliva, ajudam no início da digestão. 
- Fígado: é a maior glândula no ser humano. Ele secreta a bile que é lançada no duodeno e é usada 
na digestão das gorduras. 
 - Pâncreas: produz o suco pancreático, lançado também no duodeno. 
 
 
2 - SISTEMAS RESPIRATÓRIOS 
 
- RESPIRAÇÃO: é o processo de trocas gasosas entre o meio ambiente e o ser vivo. O aparelho respiratório 
consiste nas narinas, fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e nos órgãos principais: os PULMÕES. 
As trocas gasosas envolvem a absorção do oxigênio pelo organismo e a liberação do gás carbônico. 
 
OBS: - FARINGE: é um órgão que participa tanto do aparelho respiratório como do digestivo. 
 - DIAFRAGMA: é o músculo que participa do movimento respiratório. 
 - HEMATOSE: é a troca do sangue venoso, rico em CO2, por sangue arterial, rico em O2. Ocorre nos 
alvéolos. 
 - TIPOS DE RESPIRAÇÃO: a respiração pode ser cutânea (sapos), branquial (peixes), traqueal 
(insetos), pulmonar (mamíferos). 
 
3 – SISTEMAS CIRCULATÓRIOS 
 
- CIRCULAÇÃO: consiste no transporte de nutrientes, gases respiratórios, hormônios, resíduos metabólicos 
através dos fluidos circulantes. O aparelho circulatório é constituído por vasos transportadores, tais como: 
veias, artérias, capilares e o órgão principal: o CORAÇÃO (que é constituído por quatro cavidades). O sangue 
tem cor vermelha, sabor salgado, cheiro característico e é mais denso que a água. 
O sangue tem uma substância fundamental líquida, o plasma, e os elementos figurados que são as hemácias, 
os leucócitos e as plaquetas. O plasma é um líquido de cor amarelada, onde se dissolvem as substâncias 
transportadas pelo sangue. Ele tem 90% de água e 10% de substâncias orgânicas e inorgânicas. 
 
- PARTES DO CORAÇÃO: 
 - dois átrios ou aurículas 
 - dois ventrículos 
 - miocárdio 
 - endocárdio 
 - pericárdio 
 
OBS: - O sangue arterial circula apenas do lado esquerdo do coração. 
 - São os vasos sanguíneos e as veias cavas que levam o sangue venoso do organismo para o coração. 
- SISTEMA EXCRETOR 
 
- EXCREÇÃO: consistem em eliminar do organismo substâncias tóxicas produzidas pelo metabolismo celular, 
tais como: gás carbônico, ureia, sais, bile, amônia, ácido úrico, água, suor, gordura, fezes. O aparelho excretor 
ou urinário é formado pelos rins e pelas vias urinárias. 
 Em cada rim penetra uma artéria renal (traz o sangue para o rim) e uma veia renal (leva o sangue 
para fora). 
 A urina formada em cada rim é conduzida para o exterior pela uretra. 
OBS: - A principal função dos rins é filtrar o sangue. 
 - Néfrons são células responsáveis pela formação da urina. 
 
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5 – SISTEMAS NERVOSOS 
 O sistema nervoso tem como função controlar e regular, junto ao sistema endócrino, as funções dos demais 
órgãos do corpo, dividem-se em: 
 
- SISTEMA NERVOSO CENTRAL: que é formado pela medula espinal e o encéfalo (cérebro, cerebelo, ponte 
e bulbo). 
- SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: que é formado pelos nervos e gânglios nervosos (nervos cranianos e 
raquidianos). 
OBS: - As menores unidades morfológicas do sistema nervoso são as células nervosas chamadas 
NEURÔNIOS que são responsáveis pelos impulsos nervosos. 
 
 6 – SISTEMA LOCOMOTOR OU MUSCULAR 
Sua principal função é a sustentação do corpo e do sistema muscular, que consiste na movimentação. 
Os músculos podem ser: 
- MÚSCULO LISO: apresentam contração lenta e involuntária e lenta. Encontrado no sistema digestório e 
respiratório; na bexiga urinária e o intestino delgado e também na parede de vasos sanguíneos. 
- MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO: apresentam contração voluntária, consciente. É o tipo de músculo 
locomotor – de movimentação do corpo humano. 
- MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO: exclusivo do coração; realiza contração involuntária e vigorosa. 
 
PROPRIEDADES DOS MÚSCULOS: 
 - Elasticidade: permite ao músculo retomar exatamente a sua forma e dimensão após se alterarem. 
 - Contratilidade: permite ao músculo contração, ficando mais curto e mais grosso, sem perder seu volume. 
 
 7 – SISTEMAS ENDÓCRINOS 
O sistema endócrino é constituído por glândulas, cuja função é produzir substâncias chamadas 
hormônios. As principais glândulas endócrinas são: hipófise, tireoide, paratireoide, suprarrenais, ilhotas de 
Langherans, timo, glândulas sexuais. 
8 – SISTEMAS REPRODUTORES 
 A principal função do sistema reprodutor é perpetuar a espécie. 
 
- APARELHO REPRODUTOR FEMININO: 
 O aparelho reprodutor feminino é constituído por: trompas de Falópio (onde ocorre a fecundação), 
útero, vagina e vulva. 
 
- APARELHO REPRODUTOR MASCULINO 
 O aparelho reprodutor masculino é constituído por: testículos (onde é produzido a testosterona), 
epidídimo, canais deferentes, uretra (órgão que faz parte tanto do aparelho urinário como do reprodutor) e 
pênis. 
 
REPRODUÇÃO: é responsável pela perpetuação das espécies dando origem a outros seres vivos e podem 
ser: 
 - AGÂMICA (assexuada), Ex: Algumas bactérias. 
 - GÂMICA (sexuada), Ex: homem. 
 
FECUNDAÇÃO: consiste na união de dois gametas de sexos diferentes. Com a fusão dos núcleos há formação 
de uma célula-ovo chama ZIGOTO (que é o produto da fecundação). 
 
EVOLUÇÃO DO OVO: 
- FÊMEAS OVÍPARAS: são aquelas que eliminam ovos,que irão se desenvolver totalmente no meio externo. 
- FÊMEAS OVOVIVÍPARAS: são aquelas que eliminam ovos, cujo desenvolvimento é feito parcialmente no 
organismo materno. 
- FÊMEAS VIVÍPARAS: são aqueles em que o desenvolvimento do embrião é totalmente dependente do 
organismo materno. 
 
- FOLHETOS EMBRIONÁRIOS: ectoderme, mesoderme, endoderme. 
 
- ANEXOS EMBRIONÁRIOS: 
 - ÂMNIO: é o anexo embrionário responsável pela proteção do embrião contra choques mecânicos. 
 - CÓRION: é o anexo embrionário responsável pela formação da placenta. 
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LEITURA 
 Algumas doenças transmitidas por contato sexual. 
 Vamos falar aqui de quatro doenças: a gonorreia e a sífilis, causadas por bactérias e a AIDS e a herpes 
causadas por vírus. 
Gonorreia 
 Trata-se de uma doença bastante conhecida, transmitida por contato sexual, e causada por bactérias 
chamadas gonococos. Nos homens, a gonorreia é facilmente detectada, pois causa ardor ao urinar, além de 
formação de pus no pênis, visível na uretra. Nas mulheres, a infecção produz sintomas muito menos aparentes, 
e pode passar despercebida. Por causa disso, a infecção pode atingir certa gravidade antes de serem tomadas 
as providências necessárias. Podem ocorrer, por exemplo, inflamação nas trompas de Falópio, que chegam a 
obstrui-las. Isso pode ocasionar esterilidade, já que o trajeto do óvulo pela trompa fica interrompido. 
 A gonorreia tem sido combatida, com sucesso, por altas doses de antibióticos. No entanto, têm-se 
verificado nos últimos tempos, muitos casos de resistência das bactérias ao antibiótico usado. Em outras 
palavras, as bactérias hoje sobrevivem a antibióticos que antigamente faziam efeito. 
Sífilis 
 É também uma doença bacteriana, com uma incubação de aproximadamente três semanas. O primeiro 
sintoma é o aparecimento de um cancro no local da infecção, trata-se de uma lesão dolorida e dura. Esse 
cancro logo desaparece, mesmo que a doença não tenha recebido tratamento. 
 Porém, num prazo que varia entre dois e quatro meses, instala-se a fase secundária da doença como 
uma erupção generalizada na pele e infecções em outros órgãos. Em algumas pessoas, pode haver problemas 
circulatórios ou ainda no sistema nervoso. Eventualmente, a doença pode levar à morte. 
 A sífilis foi no passado um problema extremamente sério, antes da descoberta dos antibióticos. Hoje, 
sua cura é relativamente fácil com esses medicamentos. No entanto, tem-se verificado, tal como acontece 
com a gonorreia, a existência cada vez mais frequente de bactérias de sífilis resistentes aos antibióticos 
usados. 
AIDS (síndrome de imunodeficiência adquirida) 
Os primeiros casos de AIDS foram identificados em 1981. Essa doença é causada por um vírus que 
ataca os linfócitos, células do sangue especializadas na produção de anticorpos. Todo o sistema de defesa do 
organismo é desmantelado, já que os antígenos (moléculas estranhas) passam a não ser mais reconhecidos. 
Assim, a defesa do organismo contra infecção fica muito enfraquecida. 
Herpes 
 Essa doença é causada por um vírus que pode ocasionar lesões nos órgãos reprodutores. Logo depois 
da infecção, não há sintomas, mas o vírus se reproduz com muita rapidez. O indivíduo pode, no início, sentir 
formigamento ou coceira na região atingida. Em seguida, aparecem bolhas, num prazo entre dois e vinte dias. 
Quando elas se rompem, transformam-se em feridas bastante doloridas, que levam em torno de três semanas 
para desaparecer. 
 Depois disso, a doença entra num estágio latente, isto é, permanece “adormecida”, sem se manifestar 
por um bom tempo. O vírus, nesse estágio, vive em células nervosas nas proximidades da medula espinhal e 
pode “caminhar” ao longo de um nervo. 
 A doença pode voltar a se manifestar devido à exposição ao sol, relações sexuais, menstruação, e 
também por causa de fatores de tensão que levam à diminuição da resistência. 
1- Esterilidade – incapacidade de ter filhos, 
2- Incubação – período de tempo decorrido entre a contaminação por determinada doença e o 
aparecimento dos primeiros sintomas. 
3- Erupção – surgimento, na pele, de sinais como vermelhidão, bolhas, etc. 
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ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
BIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GENÉTICA: é o ramo da Biologia que estuda os fenômenos de hereditariedade e variação. 
LEI DE MENDEL: a Genética baseia-se nas LEIS DE MENDEL, que em 1865 descobriu os princípios 
básicos que regulam o mecanismo de herança de caracteres. 
GENE: é a unidade hereditária que determina os caracteres. 
Exemplo: O gene que determina a miopia é recessivo (mm). Logo, do casamento de um homem míope 
(mm) com uma mulher de visão normal homozigota (MM), a probabilidade de um filho nascer míope é 
0%. 
 
NOMENCLATURA GENÉTICA 
ALELOS: genes que determinam os caracteres. São eles: AA, Aa, aa. 
FENÓTIPOS: é o termo usado para indicar o aspecto exibido pelo indivíduo. 
GENÓTIPO: é o termo usado para indicar a constituição genética do indivíduo. 
HOMOZIGOTO: Quando apresenta os caracteres de dois genes alelos iguais. 
DETERMINAÇÃO DO SEXO 
Sistema XY: O sistema XY ocorre no homem e nos demais mamíferos. Neste sistema, o cromossomo 
X existe em dose simples no sexo masculino e em dose dupla no feminino XX. Cabe ainda ressaltar que 
o número de cromossomos na espécie humana é de 46. 
HAPLOPLODISMO: é a determinação sexual que não envolve cromossomos sexuais, como no caso das 
abelhas. 
HERANÇAS LIGADAS AO SEXO 
Dentre as principais, podemos citar o DALTONISMO e a HEMOFILIA (que são doenças 
determinadas por um gene ligado ao sexo). 
OBS: Existem genes exclusivos dos cromossomos Y (homem), chamados HOLÂNDRICOS (que passam 
de geração em geração sempre pela linhagem masculina), como por exemplo, a presença de pelos 
longos nas orelhas. 
GRUPOS SANGUÍNEOS 
OBS: - ANTÍGENO: é uma substância que estimula a produção de uma proteína de defesa. 
 - ANTICORPO: é o nome dado a essa proteína de defesa. 
 Na espécie humana, existem quatro grupos sanguíneos A, B, AB e O, dependendo de certos 
antígenos na superfície dos glóbulos vermelhos. 
 O receptor universal é aquele que possui sangue do tipo AB e o doador universal é aquele que 
possui sangue do tipo O. 
 
 
 
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SERES VIVOS 
 São classificados em reinos a partir dos estudos feitos pelo naturalista sueco LINEU. Os seres vivos 
encontram-se divididos em cinco reinos: 
 
- MONERA: é constituído pelos seres unicelulares (formado por uma única célula, muito simples, 
sem núcleo organizado – procarionte). Ex: bactérias. 
 
- PROTISTA: é constituído por seres também unicelulares, mas sua célula possui um núcleo 
organizado – eucariontes. Ex: protozoários. 
 
- FUNGI: são os fungos que são seres aclorofilados e heterótrofos (que não fabricam seu próprio 
alimento, necessitando de outrem para se alimentar). São pluricelulares, com alguns exemplos 
unicelulares. São eucariontes. Ex: bolos de pão, levedo de cerveja. 
 
- VEGETAL: é constituído pelas plantas que são fotossintetizantes/autótrofos (que fabricam seu 
próprio alimento). São pluricelulares. As duas principais classes são: 
• GIMINOSPERMAS: são aquelas que não possuem frutos e flores. Apresentam sementes. 
Ex: Pinheiros, sequoias e cedros. 
• ANGIOSPERMAS: são aquelas que possuem frutos e flores. Ex: macieiras, roseiras. 
OBS: Essa classe inclui desde ervas até grandes árvores. 
 
- ANIMAL: é o constituído pelos animais vertebrados e invertebrados. São seres heterótrofos (não 
são capazes de fabricar o próprio alimento, necessitando de outros para se alimentarem). São 
pluricelulares, eucariontes. Dividem-se em: 
 
a) INVERTEBRADOS: que não possuem coluna vertebral,como: 
 
- PORÍFEROS: Ex: esponjas do mar. 
- CNIDÁRIOS: Ex: água viva, hidra, caravela. 
- PLATELMINTOS: Ex: planária, solitária, esquistossomo. 
- NEMATELMINTOS: Ex: Lombriga, ancilóstomo, filaria (causadora da elefantíase). 
- ANELÍDEOS: Ex: minhoca, sanguessuga. 
- MOLUSCOS: Ex: caramujos, polvo, lula, ostra, mexilhão, lesma. 
- ARTRÓPODES: Ex: escorpião, aranhas, formigas, camarão, siri. OBS: É o maior reino, 
pois envolve aranhas, insetos, crustáceos e alguns outros. 
-EQUINODERMOS: Ex: estrela do mar, ouriço do mar, pepino do mar. 
 
b) VERTEBRADOS: são aqueles que possuem coluna vertebral: 
 
- PEIXES: Ex: tubarão, piranha, cavalo marinho, raia. 
- ANFÍBIOS: Ex: sapo, rã, salamandra, cobra cega, (aqueles que sofrem metamorfose). 
- RÉPITEIS: Ex: tartaruga, jacaré, lagarto, cobra. 
- AVES: Ex: pato, canário, arara, beija-flor, pinguim, ema. 
- MAMÍFEROS: Ex: homem, baleia, camelo, cão, zebra (suas principais características são: 
respiração pulmonar, homotérmicos, fecundação interna). 
 
OBS: Os únicos mamíferos ovíparos são o ornitorrinco e a equídea. 
 
- Os vírus são organismos que não se classificam em nenhum reino, pois são acelulares (não 
apresentam células). 
 
 
 
 
 
 
 
ECOLOGIA: é o ramo da Biologia que estuda a relação entre os seres vivos com o meio ambiente que os 
cerca. 
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DO MUNDO VIVO 
- POPULAÇÃO: indivíduos da mesma espécie que vivem numa mesma área geográfica. Ex: sapos de uma 
lagoa, mangueiras de um pomar. 
- COMUNIDADE OU BIOCENOSE: é o conjunto de populações. Ex. população de sapos + população de 
plantas aquáticas. 
- FATORES BIÓTICOS: são todos os seres vivos que constituem uma comunidade. 
- FATORES ABIÓTICOS: são as características físicas e químicas da região. Ex.: florestas, oceanos, 
desertos, rios, campos. 
- ECOSSISTEMA: é o conjunto dos fatores bióticos + fatores abióticos. Ex: florestas, oceanos, desertos, 
rios e campos. 
- BIOSFERA: é o conjunto de todos os ecossistemas do nosso planeta. 
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CADEIAS: são relações de dependência entre os seres vivos e o meio ambiente. A mais importante dela é 
a CADEIA ALIMENTAR, onde o homem geralmente é o consumidor primário ou secundário, e o produtor 
sempre um vegetal clorofilado. Devemos lembrar ainda que à medida que aumenta o número de integrantes 
de uma cadeia alimentar diminui a energia transferida por ela. 
Exemplo: 
Capim - Boi - Homem - Bactérias e fungos. 
PRODUTOR: CAPIM 
CONSUMIDOR PRIMÁRIO: BOI 
CONSUMIDOR SECUNDÁDIO: HOMEM 
DECOMPOSITOR: BACTÉRIAS E FUNGOS 
 
RELAÇÕES ECOLÓGICAS: dentre as principais, podemos citar: 
SOCIEDADE: é a relação ecológica que ocorre entre animais de uma mesma espécie que vivem em 
associação e onde cada um realiza uma função distinta. Ex: abelhas, formiga. 
COLÔNIA: associação entre seres de uma mesma espécie unidos fisicamente entre si. Ex.: corais. 
PREDATISMO: relação entre seres de espécie diferentes onde um mata o outro para se alimentar. Ex.: 
leão (predador) e lebre (presa). 
MUTUALISMO: associação entre seres de espécies diferentes onde um ajuda o outro e ambos são 
beneficiados. Ex.: linques = fungos + alga; cupim + protozoário. 
INQUILINISMO: associação entre seres de espécies diferentes onde um é beneficiado e o outro é 
indiferente. Ex.: orquídeas (plantas epífitas) nos troncos de árvores. 
COMENSALISMO: associação entre seres de espécie diferentes, onde um vive à custa dos restos de 
alimentos deixados pelo outro. 
COMPETIÇÃO: é um tipo de relação ecológica em que os animais da mesma espécie disputam pelo mesmo 
alimento, território ou companheiro sexual. Ex.: vacas, lobos. 
PARASITISMO: é relação entre dois seres de espécie diferentes em que um rouba substâncias nutritivas 
do outro. Ex.: homem e lombriga. 
 
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LEITURA 
“O Ministério da Saúde adverte”... 
 Num anúncio dramático e com certo grau de impacto, que apareceu alguns anos atrás na rua de 
Londres, havia uma bela moça grávida segurando um cigarro. Essa imagem era acompanhada destes 
dizeres. “Você acha justo obrigar seu bebê a fumar?” 
 Na Realidade, esse cartaz retomava uma controvérsia já antiga, mas que dura até os dias de hoje. 
De um lado, ficam os não fumantes, alegando que o cigarro faz mal à saúde, causa câncer, traz problemas 
cardíacos e ocasiona outros maléficos. Do outro lado, estão pessoas que fumam há dezenas de anos. 
Algumas delas admitem que o fumo é prejudicial, mas nem assim conseguem deixar de fumar, algumas 
até afirmam que se sentem muito bem, e que passariam mal se deixassem de consumir seus dois maços 
diários. Isso sem contar os interesses das indústrias que fabricam cigarros e que vendem seu produto 
com propagandas milionárias na televisão, nas quais o cigarro é sempre associado à riqueza, a carros 
luxuosos, a pessoas bonitas, enfim, ao poder, ao prestígio social e à beleza. 
 Nos últimos anos, em todos os países do mundo, a disputa parece ter ficado mais e mais acirrada. 
O não fumante está cada vez mais “torcendo o nariz” para quem fuma. Alegam que os fumantes 
prejudicam não apenas a si próprios, mas também a quem não fuma. O argumento é o seguinte: o fumo 
polui o ar da casa, do escritório ou da condução e, dessa forma, o fumante está obrigando o não fumante 
a “fumar” também, já que todos inalam o mesmo ar cheio de fumaça. 
 A batalha, aos poucos parece estar sendo vencida pelos não fumantes. Há algum tempo, em 
algumas cidades brasileiras, os restaurantes são obrigados a reservar uma área para quem fuma separada 
da área de não fumantes. Isso também ocorre em aviões, sem contar as proibições de fumar em 
elevadores e em transportes públicos. Por fim, os fabricantes foram obrigados, nos últimos anos, a incluir 
nos maços de cigarros e nas propagandas a mensagem: “O Ministério da Saúde adverte: fumar é 
prejudicial à saúde”. 
 Mas, afinal, fumar é realmente prejudicial? A verdade é que, nos últimos anos, acumularam-se 
informações concretas, provenientes as pesquisas científicas e estatísticas, e o problema deixou de ser 
uma mera questão de opinião. 
 Muito provavelmente, fumantes crônicos que lerem esses dados poderão não se impressionar. 
Afinal, alegarão, “eu fumo há mais de vinte anos e continuo vivo”. Nós acreditamos, porém, que essas 
informações poderão ser especialmente úteis a você, jovem, que vive a etapa em que muitos de seus 
comportamentos futuros e atitudes em relação à vida estão ainda se definido. 
 
RISCOS DE FUMO 
Expectativa da vida: 
Pessoas que consomem dois maços por dia têm, aos 25 anos idade, uma expectativa de vida 8,3 anos 
que menor do que os nãos fumantes. 
 
Câncer do pulmão: 
Sua causa principal é o fumo, tanto em homens como em mulheres. 
 
Câncer da boca e da laringe: 
O risco para os fumantes é três a doze vezes maior do que para os nãos fumantes. 
 
Doenças do coração: 
O fumo é seguramente um dos maiores fatores que dispõe o indivíduo a um dia apresentar doenças 
cardíacas. 
 
Bronquite crônica e enfisema: 
Os fumantes têm entre quatro e 25 vezes mais probabilidades de vir a morrer dessas doenças do que os 
nãos fumantes. 
 
 
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Nascimento de prematuros e de crianças abaixo do peso normal: 
Mães que fumam têm filhos que nascem com peso insuficiente, e muitas vezes, antes dos nove meses de 
gestação (crianças prematuras). Em geral, essas crianças, até os sete anos de idade, são menos 
desenvolvidas física e socialmente do que as de mães que não fumam. 
 
Úlceras gástricas e do duodeno: 
Fumantes desenvolvem úlceras com maior frequência do que não fumantes. Além de alergias e diminuição 
da resistência e infecções. 
 
São muito mais frequentes essas condições em fumantes. 
 
 
VANTAGENS DE PARAR DE FUMAR 
 Quem parou de fumar passa a ter, após dez a quinze anos, uma expectativade vida quase igual 
à de quem nunca fumou. 
 Dez a quinze anos após ter deixado o fumo, a taxa de risco desse câncer fica próximo à de uma 
pessoa que nunca fumou. 
 Dez a quinze anos depois de ter deixado de fumar, o risco volta a ser o mesmo do que o para o 
não fumante. A tosse e o catarro diminuem ou cessam nas primeiras semanas após o cigarro. Pode haver 
muito uma melhora da função pulmonar. 
 Mulheres que param de fumar pelo menos quatro meses antes de ficarem grávidas eliminam o 
risco de terem partos prematuros e de o recém-nascido apresentar peso insuficiente. 
 Os indivíduos que param de fumar podem também desenvolver úlceras, porém elas saram muito 
mais facilmente e de forma mais definitiva do que nos fumantes. 
 Evidentemente, os nãos fumantes são menos sujeitos a reações do tipo alérgico e têm uma 
resistência muito maior a infecções. 
 
64 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
E 
LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
CAPÍTULO 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMUNICAÇÃO: é a capacidade de entender e receber mensagens. Existem várias formas de se comunicar, 
pelos gestos, pela fala, pela escrita, pelo desenho, etc. 
ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO: 
a) EMISSOR OU REMETENTE: é aquele que envia a mensagem ao receptor. 
b) RECEPTOR OU DESTINATÁRIO: é aquele que recebe a mensagem. 
c) MENSAGEM: é a informação que o emissor deseja enviar ao receptor. 
d) CÓDIGO: é o conjunto de sinais organizados e escolhidos pelo emissor para transmitir a mensagem. Se 
emissor e receptor não tiverem o mesmo código, não ocorrerá comunicação. 
e) CANAL: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida. 
f) REFERENTE: é o código ou situação a que se refere a mensagem. 
 
DENOTAÇÃO: quando a palavra é empregada em seu sentido usual, próprio, não figurado. Ex.: Agora é tempo 
de abacaxi. 
CONOTAÇÃO: quando uma palavra adquire sentido especial, passível de várias interpretações, dependendo do 
contexto onde ela se encontra. Ex.: Hoje tivemos vários abacaxis para resolver. 
FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
FUNÇÕES PREDOMINANTES FINALIDADE RECURSOS 
a) Referencial ou Denotativa Transmitir informações Frase declarativa e objetiva 
b) Emotiva ou Expressiva Exprimir sentimentos e emoções Frase exclamativa, interjeições, 
superlativos, hipérboles, etc.. 
c) Apelativa ou Conativa Influenciar o recebedor Frase imperativa, convincente. 
d) Fática ou de Contato Gerar, favorecer e facilitar a 
comunicação. 
Frase breve, exata, clara. 
e) Metalinguística Iludir e esclarecer o código 
linguístico. 
Explicações, definições. 
f) Poética Valorizar a forma da linguagem Frases ou valor artístico. 
 
DEFINIÇÃO DE LITERATURA: Simplificando, podemos dizer que literatura é a arte que se manifesta por meio 
da palavra escrita ou falada. 
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO: Um mesmo tema pode ser tratado sob dois aspectos, dependendo 
do objetivo que o emissor quer atingir. No texto literário, o ficcionista idealiza a realidade, recriando-se segundo 
sua imaginação. No texto não literário, o emissor tem de ater-se à verdade. Deve apresentar os fatos e os seres 
tais como são na realidade. 
GÊNERO LITERÁRIO: é o conjunto de obras dotadas de características comuns. De acordo com a concepção 
clássica dos gêneros literários, pode-se esquematizar didaticamente da seguinte maneira: 
- LÍRICO: predomina o subjetivismo que reflete o mundo interior do artista, os seus sentimentos e emoções, 
como o amor, a saudade, a tristeza, a melancolia, etc. O gênero lírico apresenta poemas de forma fixa como 
sonetos, balada, triolé, rondó, etc. e poemas de forma livre como ode, ditirambo, elegia, canção, etc. 
- GÊNERO ÉPICO: é uma narrativa feita essencialmente em versos, é um canto, um poema de exaltação. A 
epopeia narra grandes feitos heroicos. Sua principal característica é ter um narrador que fala dos 
acontecimentos grandiosos e heroicos da história de um povo. 
- GÊNERO NARRATIVO: é uma variante do gênero épico, enquadrando as narrativas em prosa, onde há um 
narrador, personagens e uma sequência de fatos. As principais manifestações são o romance, a novela, o conto 
e a crônica. 
- GÊNERO DRAMÁTICO: neste gênero não há narrador, por isso os textos são próprios para serem encenados. 
No palco, os atores representam as personagens que ora dialogam, ora monologam. No texto literário, quando 
encenado, a linguagem verbal combina-se com o não verbal. Os tipos pertencentes a este gênero são a tragédia, 
a comédia, a tragicomédia, o drama, a farsa, o ato. 
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ESTILOS DE ÉPOCA OU ESCOLAS LITERÁRIAS: estilo de época é o conjunto de características 
semelhantes empregadas por diversos indivíduos numa determinada época. Logo, os escritores de uma 
mesma época apresentam características comuns que expressam, tanto no conteúdo quanto na forma, as 
tendências da época em que vivem ou atuam. Os estilos de época do Brasil, em relação aos de Portugal, são 
praticamente os mesmos, com a diferença de que o Brasil, além de não ter tido a Idade Média, isto é, não 
ter desenvolvido o Trovadorismo e o Humanismo, ainda recebia influência dos diferentes movimentos 
literários de Portugal com muitos anos de atraso. 
PERIODIZAÇÃO LITERÁRIA 
 PORTUGAL BRASIL 
TROVADORISMO 1189 – 1434 - 
HUMANISMO 1434 – 1527 - 
CLASSICISMO 1527 – 1580 - 
LITERATURA INFORMATIVO-JESUÍTICA 1500 – 1601 
BARROCO 1580 – 1756 1601 – 1768 
ARCADISMO 1756 – 1825 1768 – 1836 
ROMANTISMO 1825 – 1865 1836 - 1881 
REALISMO/NATURALISMO/PARNASIANISMO 1865 – 1890 1881 – 1893 
SIMBOLISMO 1890 – 1915 1893 – 1902 
PRÉ-MODERNISMO - 1902 – 1922 
MODERNISMO 1915 em diante 1922 – 1945, estendendo-se 
em sua FASE 
COMTEMPORÂNEA até os dias 
atuais. 
 
 
TROVADORISMO: é o tempo que designa o primeiro movimento literário surgido em língua portuguesa. 
Panorama histórico: as cruzadas, a luta contra os mouros, o feudalismo, o poder do clero. Essa época foi 
marcada por uma visão teocêntrica (Deus como centro do universo). Os poemas produzidos nesse período 
eram feitos para serem cantados por poetas e músicos (trovadores, menestréis, jograis e segréis) e recebiam 
o nome de cantigas porque eram acompanhadas por instrumentos de corda e sopro. As cantigas foram 
reunidas em dois gêneros: Cantigas líricas: de amigo e de amor; Cantigas satíricas: de escárnio e de 
maldizer. Seus principais representantes foram: D. Dinis, Paio Soares de Tasveirós, Martim Codax, D. Afonso 
Mendes de Besteiros, Fernando Esguio e outros. Nessa mesma época, a prosa de ficção teve grande 
importância, chamada novela de cavalaria. As novelas de cavalaria narravam aventuras de cavaleiros 
andantes ou de guerreiros investindo contra os mouros. Lancelote que abrangia A Demanda do Santo Graal 
e A Morte do Rei Arthur, Tristão e Isolda, Galaaz, Amadis de Gaula e outras. 
 
HUMANISMO: foi um movimento cultural de transição entre a Idade Média e o Renascentismo. As produções 
artísticas revelam a passagem do teocentrismo para o antropocentrismo, isto é, o homem começa a 
preocupar-se com o próprio homem, a voltar-se para si mesmo e para o mundo material. Principais 
representantes: Poesia: Garcia de Resende, João Roiz de Castelo Branco, Francisco de Sousa, Gil Vicente, Sá 
de Miranda e outros; Crônica: Fernão Lopes, Rui de Pina, D. Duarte e outros; Teatro: Gil Vicente (autos e 
farsas): Farsa do Velho da Horta, Farsa de Inês Pereira, Alto da Barca do Inferno, Auto da Visitação, etc. 
CLASSICISMO: ao redescobrirem os valores do ser humano, abafados pela Igreja durante a Idade Média, 
os artistas desse período voltam-se para a Antiguidade. Os escritores obedecem às rígidas normas de 
composição de seus modelos e incorporam temas pagãos, o ideal do amor platônico, a visão antropocêntrica, 
além dos elementos próprios de cada país em que o Classicismo se manifestou. Portugal viveu seu apogeu 
com Vasco da Gama chegando às Índiase Cabral descobrindo o Brasil. A literatura incorporou formas e 
motivos da Antiguidade: elegias, éclogas, cartas, etc. Além do soneto. Principais representantes: Sá de 
Miranda, João de Barros, Bernardim Ribeiro, Fernão Mendes Pinto, Fernão Cardim e a figura máxima desse 
período, Luiz Vaz de Camões. Ele escreveu poesias de Vasco da Gama à Índia que serve de pretexto para 
que se conte a história de Portugal, que Camões procura glorificar em seus versos. 
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LITERATURA INFORMATIVA: os primeiros escritos acerca do Brasil foram documentos de caráter 
informativo, referente à terra rica e fecunda, à fauna, à flora, aos nativos, ao clima tropical, etc. Essa 
literatura informativa feita por viajantes e missionários, embora não seja, própria literatura, tem valor 
inestimável como documentação dos primeiros tempos do Brasil Colônia. A Carta de Pero Vaz de Caminha 
foi o primeiro registro de contato com a nossa terra. 
LITERATURA JESUÍTICA: era composta de textos destinados a converter os índios ao catolicismo. 
Consideram-se como literatura informativa dos jesuítas, as obras dos padres Manuel da Nóbrega e José 
de Anchieta. 
BARROCO: PORTUGAL – inicia-se em 1580 e é um tempo de conflitos e contradições em consequência 
do panorama político, econômico e religioso da Europa. Duas correntes se distinguem: o cultismo (um estilo 
marcado pela erudição, pelo rebuscamento, pelo uso de inversões brutais e de numerosas figuras de 
linguagem) e o conceptismo (um estilo fluente, pouco rebuscado, expondo através do raciocínio lógico, 
ideias e conceitos e emprego da linguagem figurada). Principais representantes: Bento Teixeira Pinto, 
Gregório de Matos – o “Boca do Inferno” (poesias líricas, sacras e satíricas), Manuel Botelho de Oliveira 
(poesia: Música do Parnaso), Frei Manuel de Santa Maria Itaparica (epopeia: Eustáquidos; poesia: 
Descrição da cidade da Ilha de Itaparica), Pe. Antonio Vieira (Sermão da primeira dominga de Quaresma; 
Sermão de Santo Antônio; Sermão dos peixes; Sermão da Sexagésima). 
ARCADISMO: PORTUGAL: esse movimento reflete as grandes mudanças sociais do século XVIII, grandes 
descobertas científicas com consequente incremento tecnológico. Nesse período, a literatura busca 
despojar-se dos exageros e das sutilezas do Barroco, procurando recuperar a simplicidade e a clareza da 
cultura Greco latina e da Renascença. O Arcadismo português inicia em 1765 com a fundação da Arcádia 
Lusitânia. Principais representantes: Antônio Dinis da Cruz e Silva, Filinto Elísio, Correi Garção, Manuel 
Maria Barbosa Du Bocage e Pe. José Agostinho de Macedo. 
BRASIL: embora já se note preocupação em afastar-se dos modelos portugueses (começa a aparecer a 
realidade brasileira nas obras do momento), a literatura brasileira ainda revela características neoclássicas 
apontadas no Arcadismo português. O movimento teve início com a publicação de Obras de Claudio Manuel 
da Costa. Principais representantes: Tomás Antônio Gonzaga (Marília de Dirceu. Cartas Chilenas), Claudio 
Manuel da Costa (Obras poéticas), Silva Alvarenga (Glaura), Basílio da Gama (poesia épica – O Uruguai) e 
Frei José de Santa Rita Durão (poema épico: Caramuru). 
FIGURAS DE LINGUAGEM OU DE ESTILO: são modos de falar e escrever que dão mais beleza, mais 
força à expressão. Estudaremos aqui apenas algumas figuras. 
FIGURAS DE PALAVRAS 
1 - METÁFORA: é o emprego de um termo que se associa a outro que o substitui baseando-se numa 
comparação mental de ordem pessoal e subjetiva (há 2 elementos). Ex.: Eu sou uma ilha longe de você/ 
“Amor é um fogo que arde sem se ver”. 
2 – METONÍMIA: é a substituição de um termo por outro, baseando-se numa estreita relação de sentido. 
Ex: A professora leu Camões (o autor pela obra) / Ela usa gilete todo dia (a marca pelo produto). 
3 – CATACRESE: é o emprego de um termo figurado pela falta de um termo próprio. Ex. a perna da mesa 
quebrou / Consertou as casas da camisa. 
FÍGURAS DE CONSTRUÇÃO. 
1 – PLEONASMO: é a repetição da ideia com outras palavras. Ex.: Vi com estes olhos que a terra há de 
comer. / Ao rapaz deram-lhe o prêmio. 
2 – SILEPSE: é a concordância com a ideia e não com a palavra expressa (concordância ideológica). Ex: 
A vítima era alta e morena. (silepse de gênero)/ Saía gente de todo o lado e chorava. (silepse de número)/ 
Os dois íamos andando distraídos. (silepse de pessoa). 
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ELIPSE: é a omissão de um termo facilmente subtendido no contexto. Ex: Iremos a cavalo (nós). / Espero 
tenha gostado (que). 
FIGURAS DE PENSAMENTO 
1- ANTÍTESE: é a utilização de expressões de sentido contrário para realçar as ideias. Ex: Céu ou 
inferno ainda não sabe qual é o melhor lugar. / “Amor é ferida que dói e não se sente”. 
2- HIPÉRBOLE: consiste em realçar a ideia por meio do emprego de uma expressão exagerada de 
propósito. Ex: Eles morreram de rir. / Já pedi silêncio mil vezes. 
3- IRONIA: consiste em expressar exatamente o contrário do que se quer dizer com o intuito de criticar 
ou desprezas. Ex: Parabéns! Metade da sala teve nota vermelha. / Com a cara assim fechada, seu 
humor deve estar excelente. 
FONOLOGIA 
A - FONEMA: é a unidade sonora elementar empregada na língua falada (som). 
 
1 – VOGAIS: VOGAIS ORAIS: a, é, ê, i, ó, ô, u. Ex: já, pé, vê, ali, pó, dor, uva. 
VOGAIS NASAIS: a nasalidade pode ser indicada pelo til (~) ou pelas letras n e 
m. Ex: mãe venda pomba, nunca. 
 
2 –SEMIVOGAIS: i, e, u quando juntos de uma vogal, formam com ela uma mesma sílaba. Ex: Pa/pai, 
coi/sa. 
 
3 – CONSOANTES: b, c, d, f, g, etc. 
 
B – ENCONTRONS VOCÁLICOS: podem ser: 
 
1 – DITONGOS: é o encontro de uma vocal e uma semivogal (ou vice-versa mesma sílaba). Ex: pai, 
ginásio. 
Pode ser: DESCRESCENTE: vogal + semivogal. Ex: He/rói, Fei/jão. 
 CRESCENTE: semivogal + vogal. Ex: Ge/nio. Vá/ cuo. 
 
2 – TRITONGO: é o encontro de uma semivogal com um vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. Ex: 
Paraguai averiguou. 
 
3 – HIATO: é a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, pois 
nunca há mais de uma vogal numa sílaba. Ex: sa/í/da, ju/íz. 
 
C – ENCONTROS CONSONANTAIS: quando há grupos de consoantes sem vogal intermediária. Ex: Flor, 
grade, digno. 
- DÍGRAFOS: quando há duas letras que representam apenas um fonema. Podem ser: 
 CONSONANTAIS: quando o grupo de letras representa um fonema consonantal. Ex: chuva, filho, 
vinho. 
 VOCÁLICOS: quando o grupo de letras representa um fonema vocálico. Ex: tampa, mundo. 
 
SÍLABA: é um fonema ou um grupo de fonemas pronunciados num só impulso expiratório. Ex: pé, a/vó, 
ma/dei/ra. 
Quanto ao número de sílabas, as palavras podem ser classificadas em: 
1- MONOSSÍLABAS: tem apenas uma sílaba. Ex: mãe, pé, flor. 
2- DISSÍLABAS: tem duas sílabas. Ex: den/te, pon/te, da/do. 
3- TRISSÍLABAS: tem três sílabas. Ex: mé/di/co, a/mi/go, Ca/dei/ra. 
4- POLISSÍLABAS: tem quatro ou mais sílabas. Ex: a/mi/za/de, me/di/ci/na, li/te/ra/tu/ra. 
 
SÍLABA TÔNICA E SÍLABA ÁTONA: a sílaba de pronúncia mais forte é chamada de tônica, as demais são 
átonas. Ex. in/de/pen/den/te (sílaba tônica den, as demais são átonas) es/pe/ci/al/men/te (sílaba tônica = 
men, as demais são átonas). 
- Se a sílaba tônica for a última, a palavra será oxítona. Ex: A/ma/pá, tra/ba/lhar. 
- Se a sílaba tônica for a penúltima, a palavra será paroxítona. Ex: ja/ne/la, lá/pis. 
- Se a sílaba tônica for a antepenúltima, a palavra será proparoxítona. Ex: re/lâm/pa/go, fós/fo/ro. 
 
 
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
ACENTUAM-SE EXEMPLOS 
1 – todos os vocábulos proparoxítonos Pêssego, tímpano 
2 – os paroxítonos terminados em ditongo crescente. Férias, óleo 
3 – os paroxítonos terminados em: 
ã (s), ao (s), ei (s) 
i (s), us 
on (s) 
um, uns 
l, n, os 
r,x 
 
Imãs, benção, jóquei 
Júri, Vênus 
Íon, elétrons 
Álbum, álbuns 
Túnel, pólen, fórceps. 
Revólver, clímax 
OBS: as paroxítonas terminadas em n são acentuadas, mas as que terminam em ens não são acentuadas. 
4 – os oxítonos terminado em 
a (s), e (s), o (s), em, ens 
Pará, ipê, avó, além. 
5 – os monossílabos tônicos abertos 
a (s), e (s), o (s) 
Lá, Três, pó. 
6 – os ditongos tônicos abertos 
éi (s), eu (s), oi (s) 
Fogaréu, caracóis 
7 – o i e u tônicos quando forma hiato com a vogal anterior, 
estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas 
de s. 
Saída, saúde. 
. 
 
 
 
 
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS: basicamente, são dois os processos de formação das 
palavras. 
A – DERIVAÇÃO: através da derivação de uma palavra, outras se formam, por meio de afixos (prefixos e 
sufixos) 
1 – PREFIXAL: quando uma nova palavra é formada com o acréscimo de um prefixo. Ex: 
desrespeito, rever. 
2 – SUFIXAL: quando uma palavra é formada com o acréscimo de um sufixo. Ex: livro – livraria, 
moderno – modernizar. 
3 – REGRESSIVA: quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução. Ex: beijar 
– beijo, caçar – caça. 
4 – IMPRÓPRIA: quando uma palavra não sofre mudança de forma e sim de classe gramatical. Ex: 
substantivo usado como adjetivo = homem morcego/ verbo como substantivo = o jantar foi ótimo. 
5 – PARASSINTÉTICA: quando juntamos simultaneamente um prefixo e um radical. Ex: anoitecer/ 
desalmado. 
B – COMPOSIÇÃO: é o processo que consiste em criar palavras por meio da junção de radicais ou palavras 
já existentes na língua. Pode ser: 
 1 – JUSTAPOSIÇÃO: ocorre quando os radicais estão ligados, mas não sofrem alteração fonética 
ou gráfica. Ex: guarda-noturno / passatempo / beija-flor. 
 2 – AGLUTINAÇÃO: ocorre quando os radicais se ligam de tal forma que passam a constituir uma 
palavra com um único acento tônico. Ex: aguardente (água + ardente) / planalto (plano + alto). 
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MORFOLOGIA 
ESTRUTURA DAS PALAVRAS: as palavras são compostas pelos elementos mórficos. 
1 – RADICAL: é a parte mínima indivisível que indica o sentido básico da palavra, seu significado. Ex: certo, 
incerto, certeza. 
2 – VOGAL TEMÁTICA: é o elemento que se interpõe entre o radical e a desinência de uma palavra. Nos 
verbos, vogal temática indica a conjugação a que o verbo pertence. Ex: cantar (ar – 1ª conjugação), correr 
(er – 2ª conjugação), partir (ir – 3ª conjugação). 
3 – TEMA: é o radical já acrescido da vogal temática. Ex: amava, vender. 
4 – AFIXOS: são elementos que ajuntamos ao radical, para lhe diversificar o significado. Quando antepostos 
ao radical, são chamados de prefixo (ex: bisneto, repor), quando postos, são chamados de sufixos (ex: 
rouparia, civilizar). 
5 – DESINÊNCIAS: são elementos que servem para indicar as flexões de gênero (masculino e feminino) e 
número (singular e plural) nos nomes (nominais). Ex: menino/menina/meninos/meninas, e as flexões (de 
pessoas e número, termo e modo) nos verbos (verbal). Ex: canto, cantamos, cantam, cantei. 
6 – VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO: são as que trazem nenhuma informação gramatical ou 
modificação de sentido, vêm entre dois morfemas para facilitar a pronúncia. Ex: paulada = pau = radical; l 
= consoante de ligação, Ada = sufixo / gasômetro = gás = radical; ô = vogal de ligação; metro = sufixo. 
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ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
E 
LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
 
72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROMANTISMO: com a Revolução Industrial e a consequente industrialização, formam-se as grandes 
massas urbanas. O mercado literário, antes restrito aos salões da aristocracia, amplia-se e diversifica-se, 
atendendo aos interesses da nova classe dominante: a burguesia, que passa a ser grande apreciadora dessa 
arte literária. Nesse período há: o predomínio da emoção e da sensibilidade, visão individualista 
(subjetivismo), culto da natureza, volta à cultura medieval, amor e mulher idealizada sentimental e 
subjetivamente, temas cristãos e nacionais, etc. 
PORTUGAL: foi introduzido com a publicação do poema Camões, de Almeida Garret. Costuma-se 
classificar os autores do Romantismo em três gerações: 1ª geração: (ainda presa ao Neoclassicismo) 
Representantes: Almeida Garret (poesia: Camões, Dona Branca; prosa: Viagens na minha terra; teatro: 
Frei Luís de Sousa), Alexander Herculano (Eurico, O Presbítero, O Monge de Cister). 2ª geração: (ultra-
romantismo) Representantes: Camilo Castelo Branco (Amor de Salvação, Amor de Perdição, A Doida do 
Candal) 3ª geração (fase de transição para o Realismo). Realismo: Júlio Dinis (As pupilas do Senhor 
Reitor) e João de Deus (Campo de Flores-poesia). 
BRASIL: o marco inicial do Romantismo no Brasil foi com a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades, 
de Gonçalves Magalhães. A literatura romântica coincide com os movimentos políticos de independência, 
com um desejo de construir uma pátria nova, de criar uma literatura nacional. No Brasil, também se costuma 
classificar os autores românticos em três gerações. 
1ª Geração: nacionalista/indianista –marcada pela exaltação da natureza, volta ao passado histórico, 
medievalismo, criação do herói nacional na figura do índio. Principais representantes: Gonçalves Dias 
(Canção do Exílio, Se se morresse de amor, Sextilhas de Frei Antão, I-Juca Pirama), Gonçalves 
de Magalhães (Suspiros Poéticos e Saudades, A Confederação dos Tamoios). 
2ª Geração: Mal-do-século: influenciada pela poesia de Lord Byron e Musset. Impregnada de 
egocentrismo, negativismo boêmio, pessimismo, dúvida. Tema preferido: fuga da realidade que se 
manifesta na idealização da infância, nas virgens sonhadas e na exaltação da morte. Principais 
representantes: Álvares de Azevedo (Noite na Taverna, Lira dos Vinte Anos, Macário), Casimiro 
de Abreu (As Primaveras – Meus oito anos), Junqueira Freire (Contradições Poéticas, Inspirações 
do Claustro), Fagundes Varela (Diário de Lazaro, Cantos Religioso e Anchieta, elegia: Cântico do 
Calvário). 
3ª Geração: Condoreira: poesia social e libertária, também chamada de Condoreirismo – esse termo é 
consequência do símbolo da liberdade adotado pelos jovens românticos: A condor, águia que habita o alto 
da Cordilheira dos Andes. Principais Representantes: Castro Alves (Navio Negreiro, Vozes d’África, 
Canção do Africano, Saudação a Palmares, Tragédia do Lar), Sousândrade (Guesa Errante). 
PROSA: Joaquim Manuel de Macedo (A Moreninha), Manuel Antônio de Almeida (Memórias de um 
Sargento e Milícias), José de Alencar (A Viuvinha, Cinco Minutos, Senhora, O Guarani, Iracema e 
outros). TEATRO: Martins Pena (O inglês Maquinista, O Juiz de Paz na Roça), Gonçalves de 
Magalhães (O Poeta e a Inquisição, etc.), Joaquim Manuel de Macedo (A Torre em Concurso), 
Gonçalves Dias (Leonor de Mendonça) e outros. 
 
REALISMO/NATURALISMO: o progresso da ciência e da indústria, as conquistas sociais e o exagero 
da imaginação do Romantismo fizeram com que a literatura se voltasse para a aplicação da razão e da 
inteligência. Desdobrou-se em Realismo e Naturalismo na prosa e Parnasianismo, na poesia. 
PORTUGAL: inicia-se com Questão Coimbrã. Principais Representantes: Antero de Quental 
(Sonetos, Beatrice, etc.), Cesário Verde (A Folha, A Musa em Férias, etc.); PROSA: Eça de 
Queirós (O crime do Padre Amaro, O Primo Basílio, Os Maias, A Cidade e as Serras, etc.). 
BRASIL: a sociedade agrária, latifundiária, escravocrata e aristocrática passa a ser uma civilização 
burguesa e urbana. Com a assinatura da Lei Áurea, o setor econômico sofre uma violenta mudança. A 
literatura passa do exagero da imaginação do Romantismo para a aplicação da razão e da inteligência. O 
Realismo no Brasil consolidou a literatura nacional e teve início com a publicação de Memórias Póstumas 
de Brás Cubas, de Machado de Assis. Principais Representantes:Machado de Assis (Memórias 
Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Quincas Borba, Ressurreição, A mão e a luva, etc.), 
Raul Pompéia (O Ateneu, Uma tragédia no Amazonas, etc.), Aluísio de Azevedo (O Mulato, O 
Cortiço, etc.,) Manuel de Oliveira Paiva (A Afilhada, Contos, etc.) e outros. 
PARNASIANISMO: foi um movimento contemporâneo ao Realismo/Naturalismo, só que característico 
apenas da poesia. Em Portugal foi de pequena expressão, mas no Brasil teve muitos adeptos. Parnaso é 
o nome de uma montanha grega consagrada a Apolo e às musas inspiradoras das artes. O Parnasianismo 
zelava pela composição perfeita em verso, procurando não cair em romantismo e sentimentalismo 
exagerado. O papel do poeta seria esculpir o poema, criar o “Belo”, sem preocupações de ordem social 
ou moral. Defendia a “arte pela arte”. Principais Representantes no Brasil: Olavo Bilac (Poemas 
antológicos: Via Láctea, o Caçador de Esmeraldas, Poesias Infantis, Profissão de fé. Prosa: 
crônicas e novelas, A Defesa Nacional, etc.). Raimundo Correa (Primeiros Sonhos, Sinfonias, 
etc.), Alberto de Oliveira (Canções Românticas, Meridionais, etc.) e outros. 
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SIMBOLISMO: com a evolução da ciência, da tecnologia e do capitalismo, o mundo começa a caminhar 
cada vez mais em direção dos interesses materiais, mas o homem não consegue realizar-se financeiramente. 
Logo, a esperança cede lugar à frustração e esta leva à busca do lado mítico, espiritual do universo 
representando o subjetivo, o inconsciente. Nas obras simbolistas, encontramos: linguagem simbólica, jogos 
de vogais, musicalidade, usa de aliteração e temas como misticismo, amor, espiritualismo, etc. 
PORTUGAL: Principais Representantes: Eugênio de Castro (Oaristos, Horas, Tirésias), Antônio 
Nobre (Só, Despedidas, Primeiros Versos), Camilo Pessanha (Clépsidra). 
BRASIL: foi à reação contra toda a poesia do Parnasianismo. Teve início com a publicação de dois livros: 
Missal (prosa) e Broquéis (poesia), ambos de Cruz e Sousa. Principais Representantes: Cruz e 
Sousa (Missal, Broquéis, etc.), Alphonsus de Guimarães (A Catedral (poesia), Setenário das dores 
de Nossa Senhora, Câmara Ardente, etc.). 
 
CLASSES DE PALAVRAS 
SUBSTANTIVO: é a palavra que usamos para designar seres, coisas, ideias. Pode ser: 
- SIMPLES: quando é formado apenas por um radical. Ex.: chuva, flor. 
- COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical. Ex.: guarda-chuva, beija-flor. 
- PRIMITIVO: quando não se origina de nenhuma outra palavra. Ex.: ferro, livro. 
- DERIVADO: quando se origina de outra palavra: Ex.: ferreiro, livraria. 
- COMUM: designa qualquer elemento de um conjunto. Ex.: homem, cidade. 
- PRÓPRIO: destaca um determinado elemento de um conjunto, particularizando-o. Ex.: João, Brasil. 
- CONCRETO: designa seres e coisas do mundo real ou imaginário. Ex: criança, fada. 
- ABSTRATO: exprime ações, qualidades ou estados. Ex.: vida, saudade. 
- COLETIVO: designa um grupo de seres da mesma espécie. Ex.: bando, enxame. 
O substantivo, como palavra variável, é flexionado em gênero (masculino e feminino), número (singular 
e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). 
 
ARTIGO: é a palavra que se usa antes de um substantivo para dar-lhe um sentido definido ou indefinido. 
Os artigos definidos são: o, a, os, as. Ex: Os alunos vão viajar. 
Os artigos indefinidos são: um, uma, uns, umas. Ex: Uns alunos vão viajar. 
OBS: Qualquer palavra acompanhada pelo artigo assume função de substantivo. 
ADJETIVO: é a palavra que modifica o substantivo, atribuindo-lhe uma característica. Ex: Ele é um homem 
gentil (homem = substantivo, gentil = adjetivo) / Essa história é engraçada (história=substantivo, 
engraçada=adjetivo) 
LOCUÇÃO ADJETIVA: algumas expressões formadas de uma preposição e um substantivo podem exercer 
a função de adjetivo. Essas expressões recebem o nome de locuções adjetivas. Ex: Campeonato de 
estudantes. (locução adjetiva) – Campeonato estudantil (adjetivo) / Dia de chuva (locução adjetiva) – Dia 
chuvoso (adjetivo). 
ADJETIVO PÁTRIO: é o adjetivo que indica nacionalidade ou lugar de origem. Ex: homem italiano, vinho 
francês. O Adjetivo é flexionado em gênero (uniforme e biforme), número (singular e plural) e grau 
(comparativo e superlativo). 
NUMERAL: é a palavra que quantifica os seres ou que indica a posição que eles podem ocupar numa série. 
Os numerais classificam-se em: 
CARDINAIS: indicam quantidades determinadas de seres ou quantidades em si mesmas. Ex: Vi três 
pessoas na sala/ Dois e Dois são quatro. 
ORDINAIS: designam a ordem em que um substantivo se coloca no interior de uma série: Ex: Marcelo é 
o segundo aluno da sala. 
MULTIPLICATIVOS: referem-se à multiplicação das quantidades. Ex: Você tem o dobro da minha idade. 
FRACIONÁRIOS: quando se referem à divisão das quantidades. Ex: Ele tem um terço da minha idade. 
 
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PRONOME: é uma palavra variável que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o a uma 
das três pessoas do discurso. As pessoas do discurso são: 1ª pessoa: indica a pessoa ou as pessoas que 
falam: eu (singular), nós (plural). 2ª pessoa: indica a pessoa ou as pessoas com quem se fala: tu 
(singular), vós (plural) e 3ª pessoa: indica a pessoa ou as pessoas de quem se fala: ele, ela (singular), 
eles, elas (plural). 
Obs: Na maior parte do Brasil, o pronome você é usado no lugar do pronome tu. Por isso é considerado 
um pronome de segunda pessoa, embora leve o verbo para a terceira pessoa. 
 
Os pronomes classificam-se em: 
PESSOAIS: são aqueles que indicam as pessoas gramaticais. Podem ser retos que desempenham a 
função de sujeito: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas e oblíquos que desempenham a função de 
complemento verbal: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, o(s), a(s), lhe(s), ele(s), ela(s), si, consigo, 
nos, nós, conosco, vos, vós, convosco. 
TRATAMENTO: são as palavras e expressões com que nos dirigimos a alguém. Esses pronomes servem 
também para indicar o grau de formalidade existente em determinadas situações. Os pronomes de 
tratamento mais usuais são: Você, vocês, senhor, senhora, vossa senhoria, etc. 
POSSESSIVOS: são aqueles que expressam ideia de posse. São: meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), 
seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s). 
DEMONSTRATIVOS: são aqueles que indicam a posição dos seres no tempo e no espaço, relacionando-
os com as três pessoas do discurso. São: este (s), esta (s), isto (referem-se ao ser que está próximo à 
pessoa que fala); esse(s), essa(s), isso (referem-se ao ser que de que se fala). 
INDEFINIDOS: são os pronomes que se referem à terceira pessoa do discurso de modo vago, 
indeterminado. Ex: Alguém bateu na porta. Podem ser variáveis: algum, bastante, certo, muito, 
nenhum, outro, pouco, qualquer, tanto, todo, um, vários e invariáveis: algo, alguém, cada, nada, 
ninguém, outrem, tudo, quem. 
INTERROGATIVOS: os pronomes indefinidos que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas 
são pronomes interrogativos quando introduzem frases interrogativas. Ex: Quantos anos você tem? 
RELATIVOS: são os pronomes que substituem um termo expresso em oração anterior. Ex: Esse é o aluno 
que passou em primeiro lugar (que substitui a palavra aluno). Podem ser variáveis: o qual, a qual, os 
quais, as quais, cujo (s), cuja (s), quanto(s), quanta(s) e invariáveis: que, quem, onde. 
ADVÉRBIO: é uma palavra invariável que modifica um verbo, um adjetivo ou mesmo outro advérbio. 
Classificação: os advérbios podem ser: de afirmação: sim, realmente, certamente, deveras, etc./ de 
dúvida: talvez, porventura, acaso, quiçá, etc./ de intensidade: bastante, bem, demais, mais, menos, 
meio, muito, quase, tão, etc./ de lugar: abaixo, acima, adiante, além, ali, aqui, atrás, perto, longe, etc. 
/de modo: assim, bem, devagar, depressa, mal, pior, melhor, rapidamente, etc./ de negação: não / de 
tempo: agora,ainda, amanhã, cedo, tarde, nunca, jamais, depois, antes etc. 
LOCUÇÃO ADVERBIAL: quando há duas ou mais palavras que exercem função de advérbio. Ex.: de 
lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, etc./ de afirmação: por certo, sem dúvida, etc./ de 
modo: às pressas, de cor, em geral, etc. /de negação: de jeito nenhum, de modo algum, etc. /de tempo: 
à noite, de dia, de vez em quando, etc. 
VERBO: é a palavra variável que exprime ação, estado ou fenômeno da natureza. Ex: Correr (ação), Ele 
está feliz (estado). Anoitecer (fenômeno da natureza). 
MODO VERBAL: dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de uma 
ideia. São: indicativo: expressa uma certeza. Ex.: Ele ficou doente/ subjuntivo: expressa uma 
possibilidade ou desejo. Ex.: Espero que ele não fique doente./ imperativo: expressa ordem, advertência 
ou pedido. Ex.: Não saia desta sala! 
TEMPO VERBAL: tomando-se por base o momento em que se fala, o fato expresso pelo verbo pode 
ocorrer no presente. Ex.: Ele é o chefe da seção. / passado ou pretérito: Ele foi o chefe da seção./ 
futuro: Ex.: Ele será o chefe da seção. 
CONJUGAÇÕES: a vogal temática indica a conjugação a que pertence o verbo: 1ª conjugação: Ex.: 
falar/ 2ª conjugação: Ex.: vender, 3ª conjugação: Ex.: partir. 
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CLASSIFICAÇÃO: podem ser regulares: são aqueles que apresentam as desinências normais de sua 
conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical. Ex.: canto – cantei – cantará – cantasse. 
/irregulares: são aqueles que apresentam alterações no radical ou nas desinências. Ex.: faço – fiz – 
farei – fizesse/ defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Ex.: os verbos polir, 
falir, chover, trovejar, etc./ abundantes: são os que apresentam mais de uma forma com o mesmo 
valor, geralmente no particípio. Ex.: matado – morto – enxugado – enxuto/ anômalos: incluem mais 
de um radical em sua conjugação. Ex.: verbo ir: vou – irei –fui. Verbo ser: sou – era – fomos. 
FORMAIS NOMINAIS, são: infinitivo - Exprime a significação do verbo de modo vago, podendo ter 
valor de substantivo (pode ser pessoal ou impessoal). Ex.: Viver é lutar – gerúndio: pode funcionar como 
adjetivo ou advérbio e é formado com a desinência-ndo. Ex: Voltando da escola, encontrei alguns amigos./ 
Vi uma criança vendendo doces./ particípio: é empregado na formação dos tempos compostos e também 
expressa o resultado de uma ação terminada, formando-se com a desinência – ado e – ida e flexionando-
se como um adjetivo. Ex.: terminado, saído. Ex.: Terminadas as provas, todos se retiraram. 
VOZES: indica se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São: ativa: quando é agente, isto é, 
pratica ação expressa pelo verbo. Ex.: Mariana escreve uma carta (Mariana = sujeito agente, escreve = 
ação, carta = objeto = paciente) / passiva: quando o sujeito é paciente, recebe a ação expressa pelo verbo. 
Ex.: A carta foi escrita por Maria (a carta - sujeito paciente; foi escrito = ação; por Mariana = agente da 
passiva/ reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. 
Ex.: Mariana se feriu com a faca. 
INTERJEIÇÃO: é a palavra invariável que exprime emoções ou sensações. Classificação: a seguir, damos 
algumas interjeições e os sentidos que elas expressam: advertência: Cuidado! Devagar! Atenção! Calma! 
Olha! Alerta! Alegria ou satisfação: Oh! Ah! Oba! Viva!/ animação ou estímulo: Vamos! Força! Coragem! 
Ânimo! Firme! /aplausos ou aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Boa! / repulsa ou desaprovação: credo! 
Fora! Abaixo! Basta! Ora! / desculpa: Perdão! Etc. 
LOCUÇÃO INTERJEITIVA: quando há duas ou mais palavras que foram uma expressão equivalente a uma 
interjeição. Ex: Valha-me Deus! Graças a Deus! Não Diga! Etc. 
PREPOSIÇÃO: é a palavra que liga dois termos da oração, estabelecendo uma relação. Podem ser 
essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, 
trás e acidentais: (palavras que embora pertençam a outras classes e exercem eventualmente a função 
de preposição); durante, mediante, conforme, segundo, exceto, etc. 
 
LOCUÇÃO PREPOSITIVA: é o conjunto de duas ou mais palavras com função de preposição. 
Exemplo: Moro longe de você. São: abaixo de, além de, fora de, diante de, por trás de, acerca de, acima 
de, perto de, etc. 
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CRASE: é a contração da preposição a com o artigo definido a ou as. Essa contração vem sempre marcada 
pelo acento grave (`). Ex.: Vou à cidade de Santos. = a (artigo) + a (preposição). Ocorre também a crase 
quando a preposição a é seguida dos pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo, a , as. 
Ex.: Vamos àquela discoteca = a + aquela. 
USA-SE CRASE: 1- Nas expressões que indicam horas. Ex.: Chegarei às dez horas. 
2- Nas locuções conjuntivas e adverbiais formadas de substantivos, tais como: à medida que, às 
vezes, às pressas, etc. Ex.: Ele fez o trabalho às pressas. 
3-Na expressão à moda de, ainda que a palavra moda esteja subentendida. Ex.: Ele escreve à 
Machado de Assis. 
NUNCA USA-SE CRASE: 
1- Antes de substantivo masculino. Ex.: Vou a pé para o colégio. 
2- Antes de verbo. Ex.: Ele começou a trabalhar ontem. 
3- Antes de expressões formadas de palavras repetidas. Ex.: Tome o remédio gota a gota. 
 
Obs.: 1) com referência às palavras casa (no sentido de próprio lar) e terra (no sentido de terra 
firme, em oposição ao mar): 
a) O a não deve ser craseado quando essas palavras estiverem sozinhas na frase. Ex.: Voltei tarde 
a casa. / Os marinheiros desceram a terra. 
b) O a deve ser craseado se essas palavras vierem modificadas por outras. Ex.: Voltei à casa de 
meus pais. / Voltaremos à terra amada. 
2) Caso facultativo: antes de pronomes possessivos femininos e antes de nomes próprios 
femininos o uso do artigo é facultativo. Logo, se houver preposição antes das palavras, a crase 
ocorrerá também facultativamente, dependendo da presença ou não do artigo. Ex.: Desejo 
felicidades a (à) sua irmã. / 
3) Com referência a lugares, podemos usar uma regra prática para sabe se o a deve ser craseado. 
Ex.: Vou à praia. – Vou a Recife. / Venho da praia. – Venho de Recife. / Estou na praia. – Estou 
em Recife. 
Quando, ao trocar o verbo por outro que pede a preposição de ou em, o a se transforma em da 
ou na, então ele deverá ser craseado. Mas se ele se transformar em de ou em, então não deverá 
ser craseado. Ex.: Fui à Itália. – Fui a Salvador / Venho da Itália. – Venho de Salvador. / Estou 
na Itália. – Estou em Salvador. 
Atenção: se o nome da cidade for modificado por um adjetivo feminino, o a deverá ser craseado. 
Ex.: Fui à bela Salvador. 
CONJUNÇÃO: é a palavra ou locução invariável que liga orações ou termos de uma oração com a mesma 
função sintática. As conjunções dividem-se em: 
- aditivas: expressa ideia de acréscimo, adição: e, nem, não só... mas também, não só... como também, 
não só... Mas ainda, etc. Ex.: Ele não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório final. 
- adversativas: expressam ideia de oposição, adversidade: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, 
no entanto, etc. Ex.: Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 
- conclusivas: expressam ideia de conclusão: portanto, logo, pois, por isso, etc. Ex.: Ele fez um bom 
trabalho, portanto deve receber um bom pagamento. 
- explicativas: expressam ideias de explicação, justificativa: pois, que, porque, etc. Ex.: Venha para 
dentro, pois está começando a chover. 
SUBORDINATIVAS: são aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração 
dependente, introduzida pela conjunção subordinativa recebe o nome de oração subordinada. Elas podem 
ser integrantes (que, se) e adverbiais que expressam circunstâncias com relação à oração principal. 
São:- causais: introduzem uma oração que é a causada na ocorrência da principal: porque, que, como = 
porque, pois que, etc. Ex.: Vou ajudá-lo porque sou seu irmão. 
- concessivas: expressam ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização: 
embora, ainda, apesar de que, por mais que, etc. Ex.: Fomos visitá-lo, embora fosse tarde. 
- condicionais: indicam a hipótese ou a condição para a ocorrência principal: se, contanto que, salvo se, 
desde que, etc. Ex.: Se precisar de ajuda, chame sua mãe. 
- conformativas: exprimem semelhança, conformidade de um fato com outro: conforme, segundo, 
consoante, etc. Ex.: O trabalho foi feito conforme planejamos. 
- finais: expressam a finalidade ou objetivo com que se realiza a principal: para que, afim de que, etc. 
Ex.: Fiquem quietos para que possamos estudar. 
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- proporcionais: expressam um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal: à medida, 
à proporção que, ao passo que, etc. Ex.: O meio ambiente à medida que o progresso avança. 
- temporais: acrescentam uma circunstância de tempo ou fato expresso na principal: quando, enquanto, 
assim que, logo que, etc. Ex.: A festa ficou animada quando ele chegou. 
- comparativos: expressam ideia de comparação com referência à oração principal: como, assim como, 
(do) que, tal como, etc. Ex.: Ele escreve melhor (do) que seus colegas. 
- consecutivas: expressam a consequência da principal: de sorte que, de modo que, de forma que, (tão) 
que, etc. Ex.: A dor era tão forte que ela desmaiou. 
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ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
E 
LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
 
 
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PRÉ-MODERNISMO: inicia-se com as obras Os Sertões de Euclides da Cunha e Canaã de Graça 
Aranha e se estende até a Semana da Arte Moderna, em 1922. Foi uma fase que iniciou a análise crítica 
da realidade brasileira. Os autores escreviam para despertar nos leitos a consciência dos sérios problemas 
da sociedade. Apesar das várias tendências e estilos literários, encontramos pontos comuns nas obras, tais 
como: ruptura com o passado (linguagem chocante), inconformismo diante da realidade brasileira, 
interesse pelo costume do interior (regionalismo), tipos humanos marginalizados, etc. As obras de cunho 
urbano e social são representadas por Lima Barreto (Recordações do Escrivão Isaías Caminha, 
Triste fim de Policarpo Quaresma, Clara dos Anjos) e Graça Aranha (Canaã, A Viagem 
Maravilhosa), etc. As obras de cunho rural e regional são representadas por Euclides da Cunha 
(Os Sertões, Peru versus Bolívia, etc.), Monteiro Lobato (Urupês, Cidades Mortas, Negrinha; 
literatura infantil: O Sítio do pica-pau-amarelo) e outros. As obras de cunho indefinido 
(escondem a verdadeira realidade brasileiro) são representadas por Coelho Neto, Afrânio 
Peixoto, João do Rio; na poesia: Augustos dos Anjos (Versos Íntimos, O Morcego) e outros. 
MODERNISMO: com o desenvolvimento científico e tecnológico das primeiras décadas do século XX, criou-
se agitações sociais e políticas desenvolvendo profundas transformações no campo artístico. A arte 
moderna provém dos movimentos europeus: Futurismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo. 
PORTUGAL: 1ª FASE: - Principais representantes: Fernando Pessoa (foi um dos maiores poetas 
portugueses, criando heterônimos, ou seja, escreveu vários nomes, cada um representando uma 
pessoa com pensamentos e sentimentos próprios. Os mais famosos são: Ricardo Reis, Alberto 
Caeiro e Álvaro de Campos); Mário de Sá-Carneiro (Dispersão, A Confissão de Lúcio, etc.), 
Florbela Espanca, Almada Negreiros e outros. 2ª FASE: José Régio (Poemas de Deus e do Diabo, 
etc.), Miguel Torga, Adolfo Casais Monteiro e outros. 3ª FASE: Alves Redol, Fernando Namora, 
Vergílio Ferreira (Aparição) e outros. 
 
BRASIL: 1ª FASE: (1922 – 1930) – apesar dos escritores reconhecerem a necessidade de uma renovação 
na literatura, alguns não aceitavam a nova revolução estética, mas, aos poucos, formaram-se grupos, que 
ainda sem consciência clara e definida do que desejavam, sentiam que deviam abandonar os velhos 
modelos e buscar novas formas de expressão. Surgiram várias manifestações no intuito de renovação até 
que fosse realizada a SEMANA DE ARTE MODERNA, no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15, 
e 17 de fevereiro de 1922, com recitais, conferências, músicas e exposições. No campo da literatura, 
destacamos: Oswald de Andrade, Mário de Andrade; Na pintura: Anita Malfatti, Tarsila do Amaral 
e Di Cavalcanti; na música: Villa-Lobos; na escultura: Victor Brecheret e na arquitetura: Antônio 
Moya. O modernismo desenvolveu-se com uma série de movimentos: 1 – Movimento Pau-Brasil (1924) 
– Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Antônio de Alcântara Machado, Raul Bopp e outros. 
Principais Representantes da 1ª Fase: Manuel Bandeira (poesia: Cinza das horas, Carnaval, 
Libertinagem, etc.; prosa: Crônicas da Província do Brasil, Itinerário de Pasárgada, etc), Mário 
de Andrade (poesia. Macunaíma, etc.), Oswald de Andrade (prosa: Memórias Sentimentais de 
João Miramar, A Escada Vermelha, etc., poesia: Manifesto – Pau-Brasil, etc., teatro: O Rei da 
Vela), Menotti del Picchia (poesia: Juca Mulato, Chuva de Pedras, etc.; romance: O Homem e A 
Morte, A Tormenta, Salomé, etc.), Cassiano (conto: Brás, Bexiga e Barra Funda, Laranja da 
China, etc.). 
 
2ª FASE: (1930 - 1945) – nesta fase, os assuntos abordados, além dos nacionais, políticos e sociais, são 
ampliados para os religiosos, filosóficos e existenciais. Os temas regionalistas são explorados, mostrando 
a situação do homem que vive fora dos grandes centros, no sertão. Principais Representantes: poesia: 
Carlos Drummond de Andrade (alguma Poesia, Brejo das Almas, Lição de Coisas, etc.), Murilo 
Mendes (Poemas, Essa Negra Fulô, etc.), Cecília Meireles (Espectros, Viagem, Vaga Música, 
Romanceiro da Inconfidência, etc.). Augusto F. Schimidt (Cantos do Liberto, Navio Perdido, 
Estrela Solitária, etc.), Vinicius de Moraes (Novos Poemas, Poemas, Sonetos e Baladas; crônicas: 
Para Viver um Grande Amor, etc.); prosa: José Américo de Almeida (A Bagaceira), José Lins do 
Rego (Menino de Engenho, Usina, Riacho Doce, Fogo Morto, etc.), Rachel de Queiroz (O Quinze, 
Caminho de Pedras e outros), Graciliano Ramos (Caetés, São Bernardo, Angústia, Vidas Secas, 
Memórias do Cárcere, etc.), Érico Veríssimo (Clarissa, Olhai os Lírios do Campo, Saga, O Tempo 
e o Vento, Incidente em Antares, etc.), Jorge Amado (Mar Morto, Capitães da Areia, Terra do 
sem-fim, Gabriela Cravo e Canela, Dona Flor e seus dois Maridos, Tieta do Agreste). 
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3ª FASE: (período posterior a 1945 = arte contemporânea) – aprofunda-se na análise psicológica e 
existencial do ser humano. Principais representantes: prosa: José Guimarães Rosa (Sagarana, 
Grande Sertão: Veredas, Corpo de Baile, etc.); Clarice Lispector (romance: Perto do Coração 
Selvagem, A Hora da Estrela; conto: Laços de Família, Felicidade, etc.), José Candido de 
Carvalho (O Coronel e o Lobisomem, conto: Manequinho e o Anjo da Procissão, etc.), Dalton 
Trevisan (Crimes de Paixão, Cemitério de Elefantes, O Rei da Terra, etc.), Lygia Fagundes Telles 
(Ciranda de Pedra, Antes do Baile Verde, As horas Nuas, etc.), Rubem Fonseca, João Antonio, 
Antônio Callado, Ignácio de Loyola Brandão, Luiz Vilela, e outros; poesia: João Cabral de Melo 
Neto (Agrestes, Pedra do Sono, Morte e Vida Severina, etc.), J.J. Veiga (Os Cavalinhos de 
Platiplanto, De Jogos e Festas, A Máquina Extraviada, etc.) e outros. 
- CONCRESTISMO: (poesia concreta) inovação a partir de 1956. Principais Representantes: 
Haroldo de Andrade, Augusto de Campos, Décio Pignatari, José Lino Grünewald, Ronaldo 
Azeredo, José Paulo Paes. 
- POESIA PRÁXIS: PrincipaisRepresentantes: Mário Chamie. 
- TEATRO: Principais Representantes: Nélson Rodrigues, Dias Gomes, Jorge Andrade, Plínio 
Marcos, Gianfrancesco Guarnieri, Ferreira Gullar, Chico Buarque de Holanda e outros. 
- TENDÊNCIAS MODERNAS: CRÔNICAS: Rubem Braga, Fernando Sabino, Otto Lara Resende, 
Paulo Mendes Campos, Stanislaw Ponte Preta, Lourenço Diaféria, Luís Fernando Veríssimo, 
Millôr Fernandes e outros. 
SINTAXE 
FRASE: é um enunciado de sentido completo com uma ou várias palavras. Ex: Anoiteceu. 
ORAÇÃO: é a frase construída em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Ex: Fomos ao cinema 
ontem. 
PERÍODO: é a frase organizada em orações. Pode ser simples quando é formado por uma só oração. 
(Ex: Os alunos saíram) e composto quando é formado por mais de uma oração (ex: Os alunos saíram 
quando deu o sinal). 
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO: são: sujeito (é o elemento a respeito do qual se declara alguma 
coisa) e predicado (é aquilo que se declara do sujeito). 
TIPOS DE SUJEITO: simples (quando apresenta um só núcleo). Ex.: O dia está quente/composto 
(quando apresenta mais de um núcleo) Ex.: Eu e meu irmão vamos dar uma festa (Núcleos: eu/irmão) 
/ oculto (quando pode ser identificado, mas não está explicitamente representado na oração) Ex.: 
Estivemos na fazenda. (sujeito: nós, identificável pela desinência verbal) /indeterminado: (quando não 
há nenhuma referência a quem praticou a ação indicada pelo verbo, o sujeito existe, mas não pode ser 
identificado). Ex.: Roubaram meu carro! (Verbo na 3ª pessoa do plural); Precisa-se de um ajudante (verbo 
na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se); oração sem sujeito (quando não podemos 
relacionar o predicado a nenhum sujeito). Ex.: Havia vários livros sobre a mesa (o verbo haver é 
empregado com o sentido de existir) / Trovejou muito ontem (verbo que indica fenômeno meteorológico). 
 
TIPOS DE PREDICADO: predicado verbal: tem como núcleo um verbo transitivo ou intransitivo. Ex.: 
Os viajantes partiram; (partiram = verbo intransitivo) / O menino ganhou um presente (ganhou = verbo 
transitivo direto; presente = objeto direto) / Eu preciso de sua ajuda (preciso = verbo transitivo indireto; 
de sua ajuda = objeto indireto) / Ela entregou os documentos ao diretor (entregou = verbo transitivo 
direto e indireto; os documentos = objeto direto; ao diretor = objeto indireto) predicado nominal: tem 
como núcleo um nome, que indica estado ou característica do sujeito. É formado por um verbo de ligação 
e um predicativo do sujeito. Ex.: O menino ficou feliz (ficou = verbo de ligação; feliz = predicativo do 
sujeito) / predicado verbo-nominal: tem dois núcleos: um verbal e um nominal. Ex.: A enchente deixou 
a população apavorada (deixou = verbo transitivo direto. A população = objeto direto; apavorada = 
predicativo do objeto) / Todos nós observamos emocionados aquela cena (observamos = verbo transitivo 
direto; emocionados = predicativo do sujeito; aquela cena = objeto direto) / Renata viajou contente (viajou 
= verbo intransitivo; contente = predicativo do sujeito). 
OBS: verbo transitivo é o verbo que exige outro termo para que seu sentido seja completo. / Verbo 
transitivo indireto: se o termo que completa o sentido do verbo vier regido de preposição, dizemos que 
o verbo é transitivo indireto e seu complemento, objeto indireto. Ex.: ele gosta de doces (gosta = 
verbo transitivo indireto. De doces = objeto indireto). / verbo transitivo direto: se o termo que completa 
o sentido do verbo não vier regido de preposição, dizemos que o verbo é transitivo direto e seu 
complemento, objeto direto. Ex.: O professor corrigiu as provas (corrigiu = verbo transitivo direto, as 
provas = objeto direto/ verbo transitivo direto e indireto: pode ocorrer que um verbo venha seguido 
de dois complementos: um preposicionado (objeto indireto) e outro não preposicionado (objeto 
direto). Nesse caso, dizemos que o verbo é transitivo direto e indireto. Ex.: O mensageiro entregou a 
carta ao capitão (entregou = verbo transitivo direto e indireto; a carta = objeto direto, ao capitão = objeto 
indireto). 
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Verbo intransitivo: é o verbo que não necessita de nenhum complemento, pois tem sentido completo. 
Encerra em si mesmo a ideia básica do predicado. Ex.: Os convidados chegaram (chegaram = verbo 
intransitivo). / Verbo de ligação: é o verbo que não expressa ideia de ação. Indica estado ou condição 
do sujeito. Serve apenas como elemento de ligação entre o sujeito e um termo que o modifica, chamado 
predicativo do sujeito. Ex.: O dia está frio (está = verbo de ligação; frio = predicativo do sujeito), 
temos também o predicativo do objeto que é um termo que atribui características ao objeto, sempre 
por intermédio de um verbo transitivo. Ex.: A notícia deixou o homem preocupado (deixou = verbo 
transitivo direto; o homem = objeto direto; preocupado = predicativo do objeto). 
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO: os termos integrantes completam o sentido de adjetivos, 
substantivos, verbos e advérbios, etc. São: 
1 – Complementos verbais: objeto direto: é o complemento verbal que não vem introduzido por uma 
preposição. Ex.: Os alunos terminaram o trabalho, e o objeto indireto: é o complemento verbal que 
vem introduzido por uma preposição. Ex.: Raul precisa de ajuda. OBS: os pronomes oblíquos o, a, os, 
as e as variantes (lo, la, los, lãs, no, na, nos, nas) são sempre objeto direto; os pronomes oblíquos lhe, 
lhes são sempre objeto indireto, em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de uma 
preposição. Ex.: Adoremos a Deus / O professor elogiou a todos. 
 2 – Complemento nominal: é o termo que especifica ou completa o sentido de um substantivo, 
adjetivo ou advérbio vem sempre introduzido por uma preposição. Ex.: Ele tem inveja do colega. 
3 – Agente da passiva: é o termo que indica quem praticou a ação expressa pelo verbo quando este 
se apresenta na voz passiva. Ex.: O trabalho foi feito pela classe. Passando-se a oração da voz passiva 
para a voz ativa, o agente da passiva passa a ter função de sujeito. Ex.: A classe fez o trabalho. 
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO: são os termos dispensáveis à compreensão básica da oração. 
Sua função é dar algumas informações sobre os substantivos e os verbos. São: 
ADJUNTO ADNOMINAL: é o termo que modifica os substantivos, qualquer que seja a função que ele 
exerça na oração. Ex.: Esse aluno fez uma boa redação. Os adjuntos adnominais podem ser 
representados por: Adjetivos: Vimos um belo filme. / Locuções Adjetivas: Saímos num dia de sol. 
Artigos: Os alunos fizeram uma redação. / Numerais: chegaram duas pessoas. / Pronomes 
Adjetivos: Você leu esse livro? 
ADJUNTO ADVERBIAL: é o termo da oração que se refere ao predicado, indicando diferentes 
circunstâncias (modo, tempo, lugar, intensidade, etc.) Ex.: Vamos à festa (lugar) / Partiremos hoje à 
noite (tempo) /Desmaiou de fome (causa). 
APOSTO: é um termo da oração que explica ou esclarece outro termo da oração, não importando a função 
sintática que este termo exerça. Ex.: Essa obra foi escrita por Castro Alves, poeta brasileiro (poeta 
brasileiro = aposto). 
VOCATIVO: é um termo de natureza exclamativa que tem como função invocar ou chamar alguém ou 
alguma coisa personificada. O vocativo é sempre separado por vírgulas e vem acompanhado de 
interjeição. Ex.: Tenho certeza, amigos, que tudo isso vai acabar bem (amigos = vocativo) / Ei, menino 
venha cá (ei, menino = vocativo). O vocativo não tem relação com nenhum outro termo da oração, por 
isso sua classificação é à parte. 
PERÍODO SIMPLES: quando possui apenas uma oração (oração absoluta). Ex.: O menino entrou na 
sala. 
PERÍODO COMPOSTO: quando possui mais de uma oração. Ex.: O menino entrou na sala e pegou um 
disco. (O menino entrou na sala = 1ª oração; e pegou um disco = 2ª oração). O período composto pode 
ser por coordenação, subordinação e misto. 
 
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO – ORAÇÕESCOORDENADAS: são orações que não 
mantêm entre si nenhuma dependência sintática, elas são independentes. Podem ser: assindéticas: 
quando não são introduzidas por uma conjunção. Ex.: Durante o jogo, os torcedores gritaram, sofreram, 
vibraram (durante o jogo, os torcedores gritaram = oração 1; sofreram = oração 2; vibraram = oração 
3. Sindéticas: quando são introduzidas por uma conjunção e são classificadas de acordo com o sentido 
expresso por ela. Podem ser: oração coordenada sindética aditiva: é introduzida por uma conjunção 
aditiva. Ex.: Saí da escola e fui à lanchonete. / oração coordenada sindética adversativa: é 
introduzida por uma conjunção adversativa. Ex.: Estudei bastante, mas não passei no teste. 
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Oração coordenada sindética conclusiva: é introduzida por uma conjunção conclusiva. Ex.: Ele me 
ajudou muito, portanto merece minha gratidão. / Oração coordenada sindética alternativa: é 
introduzida por uma conjunção alternativa. Ex.: Seja mais educado ou retire-se da sala! / Oração 
coordenada sindética explicativa: é introduzia por uma conjunção explicativa. Ex.: Vamos andar 
depressa que estamos atrasados. 
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO – ORAÇÕES SUBORDINADAS: são orações que 
mantêm entre si certa relação sintática. Podem ser: 
Orações subordinadas adverbiais: são aquelas que exercem sempre a função de adjunto adverbial, 
da oração principal. Elas são introduzidas pelas conjunções subordinativas adverbiais, portanto, pode ser: 
oração subordinada adverbial causal: expressa causa. Ex.: Não fui à escola porque fiquei doente / 
oração subordinada adverbial condicional: expressa hipótese ou condição. Ex.: Irei à sua casa se 
não chover / oração subordinada adverbial concessiva: expressa ideia contrária. Ex.: Ela saiu à 
noite, embora estivesse doente. / Oração subordinada adverbial conformativa: expressa 
conformidade. Ex.: O trabalho foi feito conforme havíamos combinado. / Oração subordinada 
adverbial temporal: acrescenta uma circunstância de tempo. Ex.: Ele saiu da sala assim que eu 
cheguei. / Oração subordinada adverbial final: expressa finalidade ou objetivo. Ex.: Abri a porta do 
salão para que todos pudessem entrar / oração subordinada adverbial consecutiva: expressa 
consequência. Ex.: A chuva foi tão forte que inundou a cidade. / Oração subordinada adverbial 
comparativa: expressa ideia de comparação. Ex.: Ela é bonita como a mãe. / Oração subordinada 
adverbial proporcional: expressa uma ideia que se relaciona proporcionalmente ao que foi anunciada 
na oração principal. Ex.: Quanto mais reclamava, menos atenção recebia. 
Orações subordinadas substantivas: são aquelas que num período, exercem funções sintáticas 
próprias de substantivos e são introduzidas por uma conjunção integrante (que e se) ou ainda, por outros 
conectivos, tais como: Quando, como, etc. Podem ser: oração subordinada substantiva objetiva 
direta: quando exerce função de objeto direto. Ex.: O grupo quer que você ajude. / Oração 
subordinada substantiva objetiva indireta: quando exerce a função de objeto indireto. Ex.: Necessito 
de que você me ajude. / Oração subordinada substantiva subjetiva: quando exerce a função de 
sujeito do verbo da oração principal. Ex.: É importante que você colabore. / Oração subordinada 
substantiva completiva nominal: quando exerce a função de complemento nominal. Ex.: Estou 
convencido de que ele é inocente / Oração subordinada substantiva predicativa: quando exerce a 
função de predicativo do sujeito. Ex.: O importante é que você seja feliz. / Oração subordinada 
adjetiva restritiva: quando restringe ou especifica o sentido da palavra a que se refere. Ex.: O público 
aplaudiu o cantor que ganhou em primeiro lugar / oração subordinada adjetiva explicativa: 
acrescenta uma qualidade à palavra a que se refere, esclarecendo um pouco mais seu sentido, sem 
restringi-lo ou especificá-lo. Ex.: Esse escritor, que mora na Bahia, lançou um novo livro. 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL: o verbo concorda com o sujeito em pessoa e número. Ex.: Ela ficou na escola 
(ela 3ª pessoa do singular); ficou (3ª pessoa do singular). Este conteúdo apresenta várias observações. 
A seguir citaremos apenas algumas: 
- Um grupo entrou no salão. (sujeito = substantivo coletivo, o verbo vai para o singular). 
- Esses são os amigos que nos visitaram. (Sujeito = relativo que, o verbo concordará com o antecedente 
= amigos). 
- Ele é um dos que venceram o concurso. (Se o pronome relativo vier antecedido pela expressão um dos 
+ substantivo, o verbo geralmente irá para terceira pessoa do plural). 
- Mais de um aluno protestou contra a punição. (Sujeito = expressão mais de um + substantivo, o verbo 
ficará no singular). 
- A escuridão e o silêncio da caverna assustaram-me. (Sujeito composto antes do verbo, este vai para o 
plural). 
- Assustou-me a escuridão e o silêncio da caverna. (Sujeito composto depois do verbo, este pode concordar 
com o núcleo mais próximo). 
- Aflição, dor, tristeza, nada o fazia desistir do projeto. (Se os núcleos do sujeito forem resumidos por um 
pronome indefinido tudo, nada, ninguém, etc. o verbo vai para o singular). 
- Três horas é muito para se fazer este trabalho. (O verbo ser vai para o plural quando o sujeito é constituído 
de uma expressão numérica em que se realça a ideia de conjunto). 
- A maioria dos alunos era jovem. (O verbo ser concorda com o predicativo quando o sujeito é constituído 
de uma expressão de sentido coletivo). 
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- São três horas da tarde. (O verbo ser concorda com o predicativo em orações impessoais, indicando 
distância ou tempo.) 
- Há vários livros na mesa. (O verbo haver permanece na 3ª pessoa do singular quando é impessoal, ou seja, 
quando não tem sujeitado. Isso ocorre quando significa “existir” ou é empregado em sentido temporal). 
- Existem alunos estrangeiros nessa escola. (Flexiona-se normalmente o verbo existir, concordando sempre 
com o sujeito). 
- Faz dois anos que ele foi embora. (O verbo fazer quando empregado em sentido temporal ou se refere a 
fenômenos atmosféricos, é sempre impessoal, ficando na 3ª pessoa do singular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam sempre em 
gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) com o substantivo a que se referem. Ex.: Essas duas 
alunas fizeram um bom trabalho. Há, porém, algumas construções que pode causar dúvidas, tais, como: 
- Ele bebeu meio copo de café e comeu meia fatia de pão. / Recebi bastantes projetos ontem. (Quando se 
referem a substantivo, meio e bastante são adjetivos, admitindo, portanto, flexão). 
- A menina parecia meio aborrecida. / Eles falaram bastante na reunião. (Meio e bastante quando forem 
empregadas como advérbio, referindo-se, portanto a um verbo, adjetivo ou outro advérbio, essas palavras 
permanecem invariáveis). 
- Os vigilantes estão sempre em alerta. / Recebi menos encomendas do que você. (As palavras alerta e menos 
são advérbios, portanto, não variam). 
- Anexos à carta, vão os convites. / Muito obrigada, disse a menina. / Elas mesmas prepararam essa bonita 
festa. / Na pasta, inclusas, vão as listas das notas. / Eles próprios entregaram o documento ao juiz (as palavras: 
anexo, obrigado, incluso, mesmo, próprio, exerce função adjetiva, portanto concordam com o substantivo a 
que se referem). 
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL: regência é a relação de subordinação que se estabelece entre um verbo 
ou um nome e seus complementos. O tempo que pede complemento é chamado de termo regente e o 
complemento é chamado de termo regido. Quando o termo regente é um verbo, temos um caso de 
regência verbal. Ex.: Ele gosta de sorvete. (gosta = termo regente; de = preposição ;sorvete = termo 
regido). E quando o termo reagente é um nome (substantivo,adjetivo ou advérbio), temos um caso de 
regência nominal. Ex.: Ele é fanático por futebol (fanático = termo regente, por = preposição, futebol = 
termo regido). Os termos regidos podem vir ligados aos termos regentes por meio de preposições ou 
diretamente, sem preposição. É importante saber que a mudança de regência pode alterar o sentido da 
frase. Ex.: Ele aspirou perfume (aspirou = inspirou, cheirou) / Ele aspirou ao cargo de chefe (aspirou= 
desejou, pretendeu). Abaixo, apresentamos alguns casos: 
 
REGÊNCIA VERBAL 
- Aspire o ar da manhã. / Ele aspira ao sucesso. (O verbo aspirar não exige preposição quando significa sorver, 
cheirar e exige preposição quando significa “desejar, pretender”). 
- Assistimos a um belo espetáculo. / O médico assiste o ferido. (O verbo assistir exige a proposição a quando 
significa “ver, presenciar” e não exige preposição quando significa “socorrer”). 
- Ele visou o passaporte; / Ele visava ao posto de capitão. (O verbo visar exige a preposição a quando significa 
“ter em vista”, “desejar” e não exige a preposição quando significa “gostar”, “ter afeto”). 
- Quero uma cópia desse documento. / Quero a esta criança como se fosse minha filha. (O verbo querer não 
exige preposição quando significa “desejar” e exige a preposição quando significa “gostar”, “ter afeto”). 
REGÊNCIA NOMINAL: abaixo, alguns substantivos e adjetivos com suas regências mais usuais: 
Acostumado (a, com); aflito (com, por), alheio (a, de), amor (a, para com, por), ansioso (de, para, por), 
antipatia (a, com, contra, por), atenção (a, com, para, para com, sobre), capaz (de), comum (a, entre), 
confiança (com, em), conforme (a, com), contente (com, em, de, por), preferência (por, sobre), próximo (a, 
de), relacionado (com), etc. 
Ex.: Não estou acostumado a levantar tão cedo. / Será que ele é capaz de tal sacrifício? 
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL: quanto à posição, os pronomes átonos podem vir antes do verbo = 
próclise. (Ex.: Não me esconderei); depois do verbo = ênclise (Ex.: Escondi-me) e no meio do verbo 
= mesóclise. (Ex.: Esconder-me-ei). Usa-se a próclise: 
a) quando antes do verbo houver palavras de sentido negativo, como nunca, jamais, não, nada, 
ninguém, etc. Ex.: Ninguém me deu essa informação. / b) quando não houver advérbios. Ex.: Nunca te 
vi, sempre te amei. / c) quando antes do verbo houver pronome relativos. Ex.: Há filmes que nos comovem 
bastante. d) quando antes do verbo houver conjunção subordinativa. Ex: Espero que me ajudes; e) em 
frases exclamativas ou que expressem desejo. Ex.: Que Deus o proteja, meu filho! / f) em frases iniciadas 
por pronome interrogativos. Ex.: Quem te deu essa notícia? 
Usa-se a ênclise: a) quando o verbo está no infinitivo. Ex.: Vou procura-lo amanhã. / b) quando o verbo 
está no imperativo afirmativo. Ex.: Empreste-me aquele livro! / c) quando o verbo está no gerúndio. Ex.: 
Levantando-se da mesa, começou a fazer um discurso. d) quando o gerúndio é precedido da preposição 
em, usa-se a próclise. Ex.: Em se falando de teatro, não pode faltar sua opinião. 
Usa-se a mesóclise: a) quando o verbo está no futuro do presente. Ex.: Contar-lhe-ei a verdade. / b) 
quando o verbo está no futuro do pretérito. Ex.: Contar-lhe-ia a verdade. c) se antes do verbo existirem 
palavras de sentido negativo, pronomes ou advérbios interrogativos, usa-se próclise. Ex.: Nunca lhe 
contarei a verdade. / Quem lhe contará a verdade? 
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ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
INGLÊS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
86 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERSONAL PRONOUNS (PRONOMES PESSOAIS) 
SINGULAR: 1ª pessoa 
2ª pessoa 
3ª pessoa 
I 
YOU 
HE 
SHE 
IT 
(eu) 
(você) 
(ele) 
(ela) 
(ele, ela) = usado somente para objetos, animais e locais). 
 
PLURAL: 1ª pessoa 
2ª pessoa 
3ª pessoa 
WE 
YOU 
THEY 
(nós) 
(vós, vocês) 
(eles, elas) 
 
OBS: Observe a correspondência dos pronomes do singular com os do plural. As terceiras pessoas do 
singular (He, She, It) fazem o plural com o pronome da terceira pessoa do plural: THEY. 
 O pronome pessoal pode substituir o sujeito na frase. Ex: Peter is American (Peter = ele = He) = 
He is American. / Ann is beautiful (Ann = ela = she) = She is beautiful. / Paul and Charles are friends. 
(Paul e Charles = eles = They) They are friends. 
 
ARTICLES (ARTIGOS) 
- DEFINITE ARTICLES (ARTIGOS DEFINIDOS): os artigos definidos são o, a, os, as que são representados 
em inglês pela palavra THE. Usamos THE para o masculino do singular ou plural e para o feminino singular 
ou plural. Ex. The boy/ The boys (o menino/ os meninos) / The girl/ The girls (a menina/ as meninas). 
 - INDEFINITE ARTICLES (ARTIGOS INDEFINIDOS): os artigos indefinidos são um, uma que são 
representados em Inglês pelas palavras A, AN e são usados só em orações no singular. Usamos A antes de 
palavras singulares começadas por som consonantal (consoante). Ex.: A pen, a door, a teacher; e usamos 
AN antes de palavras singulares começadas por som vocálico (vogal). Ex.: An Orange, na animal, an egg. 
DEMONSTRATIVES (DEMONSTRATIVOS) 
- THIS/THESE (este, esta, isto): são pronomes demonstrativos usados para algo que está próximo. 
 SINGULAR = THIS 
 PLURAL = THESE 
Ex: This city is big. (Esta cidade é grande). 
These girls are beautiful. (Estas garotas são bonitas). 
 
- THAT/THOSE (aquele, aquela, aquilo): são pronomes demonstrativos usados para algo que está longe. 
 SINGULAR = THAT 
 PLURAL = THOSE 
Ex: That job is good. (Aquele trabalho é bom). 
Those exercises are difficult. (Aqueles exercícios são difíceis). 
 
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TO BE (VERBO SER E ESTAR) – PRESENTE TENSE (PRESENT) 
AFFIRMATIVE FORM 
(FORMA 
AFIRMATIVA) 
 CONTRACT FORM 
(FORMA CONTRACTA- 
ABREVIADA) 
I 
You 
He 
She 
It 
We 
You 
They 
 
am 
are 
is 
is 
is 
are 
are 
are 
(eu sou, eu estou) 
(Tu és, você é, tu estás, você está) 
(ele é, ele está) 
(ela é, ela está) 
(ele ela é; ele, ela estão) 
(nós somos, nós estamos) 
(vós sois, vocês são, vós estais, vocês estão) 
(eles/elas são, eles/elas estão) 
I’m 
You’re 
He’s 
She’s 
It’s 
We’re 
You’re 
They’re 
 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
NEGATIVA FORM 
(FORMA NEGATIVA) 
CONTRACT FORM 
(FORMA ABREVIADA) 
 
I 
You 
He 
She 
It 
We 
You 
They 
 
am not 
are not 
is not 
is not 
is not 
are not 
are not 
are not 
I’m not 
You aren’t 
He isn’t 
She isn’t 
It isn’t 
We aren’t 
You aren’t 
They aren’t 
 
A forma negativa é feita colocando-se NOT 
após o verbo. 
Ex: You aren’t a teacher. 
I am not a student. 
He isn’t a doctor. 
 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
 
INTERROGATIVE FORM 
(FORMA INTERROGATIVA) 
 
am 
are 
is 
is 
is 
are 
are 
are 
I 
You 
He 
She 
It 
We 
You 
They 
 
? 
? 
? 
? 
? 
? 
? 
? 
A forma interrogativa é feita colocando-se o 
verbo antes do sujeito. 
Ex: He is American. (forma afirmativa) 
Is He american? (forma interrogativa) 
They are brothers. (forma afirmativa) 
Are they brothers? (forma interrogativa) 
 Para respondermos as perguntas, normalmente usamos as respostas curtas. 
 Ex: Is he American? 
 Yes, he is. (Afirmativa) 
 No, he isn’t. (Negativa) 
OBS: - Não usamos a forma abreviada nas respostas afirmativas. 
 - Não se esqueça do ponto de interrogação nas frases interrogativas. 
 
 
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NUMBERS (NÚMEROS) 
- CARDINAL NUMBERS 
(NÚMEROS CARDINAIS) 
 
1 – one 
2 - two 
3 - three 
4 - four 
5 - five 
6 - six 
7 - seven 
8 - eight 
9 - nine 
10 - ten 
11 – eleven 
12 – twelve 
13 – thirteen 
14 – fourteen 
15– fifteen 
16 – sixteen 
17 – seventeen 
18 – eighteen 
19 – nineteen 
20 – twenty 
21 – twenty-one 
22 – twenty-two 
23 – twenty-three 
30 – thirty 
40 – forty 
50 – fifty 
60 – sixty 
70 – seventy 
80 – eighty 
90 – ninety 
100 – onehundred 
 
 
OBS: - A partir do número 21, coloca-se o número 20 + hífen + o número de 1 a 9. 
 - A partir do número 31, coloca-se o número 30 + hífen + o número de 1 a 9, e assim por diante. 
- ORDINAL NUMBERS 
(NÚMEROS ORDINAIS) 
 
1º - 
2º - 
3º - 
4º - 
5º - 
6º - 
7º - 
8º - 
9º - 
10º - 
first 
second 
third 
fourth 
fifth 
sixth 
seventh 
eighth 
ninth 
tenth 
1st 
2nd 
3rd 
4th 
5th 
6th 
7th 
8th 
9th 
10th 
 
11º - 
12º - 
13º - 
14º - 
15º - 
16º - 
17º - 
18º - 
19º - 
20º - 
eleventh 
twelfth 
thirteenth 
fourteenth 
fifteenth 
sixteenth 
seventeenth 
eighteenth 
nineteenth 
twentieth 
11th 
12th 
13th 
14th 
15th 
16th 
17th 
18th 
19th 
20th 
21º - 
22º - 
23º - 
24º - 
25º - 
26º - 
27º - 
28º - 
29º - 
30º - 
twenty-first 
twenty-second 
twenty-third 
twenty-fourth 
twenty-fifth 
twenty-sixth 
twenty-seventh 
twenty-eighth 
twenty-ninth 
thirtieth 
21st 
22nd 
23rd 
24th 
25th 
26th 
27th 
28th 
29th 
30th 
 
 
DATAS: - as duas letras que acompanham o número são as duas últimas letras do número quando escrito 
por extenso. 
 - Utilizamos os números ordinais para escrevermos o dia em Inglês. Ex.: dia 03 = 3rd. 
 - Utilizamos os números cardinais para escrevermos o ano, dividindo as dezenas. Ex.: 1996 = 
nineteen nine-six. 
 - Na data, colocamos primeiro o mês, depois o dia e por último o ano. 
Ex.: - 28 de fevereiro de 1996 = February 28th, 1996. 
 - 01 de julho de 1996 =July 1st, 1996. 
 
 
 
MONTHS OF THE YEAR (MESES DO ANO) 
January 
February 
March 
April 
May 
June 
July 
August 
September 
October 
November 
December 
Janeiro 
Fevereiro 
Março 
Abril 
Maio 
Junho 
Julho 
Agosto 
Setembro 
Outubro 
Novembro 
Dezembro 
OBS: os meses em Inglês iniciam-se com letra maiúscula. 
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INTERROGATIVES (INTERROGATIVOS) 
 Usamos algumas palavras para fazermos perguntas em Inglês: 
- WHAT = o quê...?,qual...?, quais...? 
 
Ex: What is his occupation? (Qual é sua ocupação?) 
He is a teacher. (Ele é um professor) 
- WHERE =onde…?, de onde…? Ex: Where is Luisa from? (De onde é Luisa?) 
Luisa is from São Paulo. (Luisa é de São Paulo). 
- HOW = como...? Ex: How are they? (Como estãoeles?) 
They are fine. (Eles estão bem). 
- HOW OLD = quantos anos...? 
 
Ex: How old are you? (Quantos anos você tem?). 
I am 20 years old. (Eu tenho 20 anos). 
 - WHO? = quem...? Ex: Who are you? (Quem é você?) 
I am Peter. (Eu sou Peter). 
- WHEN = quando... ? Ex: When is your birthday? (Quando é seu aniversário) 
It’s today. (É hoje). 
- WHY = por quê... ? Ex: Why are you happy? (Por que você está feliz?) 
Because I study English. (Porque eu estudo inglês). 
 
THE DAYS OF THE WEEK (OS DIAS DA SEMANA) 
Sunday Domingo Thrusday Quinta-feira 
Monday Segunda-feira Friday Sexta-feira 
Tuesday 
Wednesday 
Terça-feira 
Quarta-feira 
Saturday Sábado 
 
 
 
 
OBS: Os dias da semana em inglês iniciam-se com letra maiúscula. 
 
THERE TO BE (VERBO HAVER, EXISTIR) PRESENT TENSE (PRESENTE) 
- AFFIRMATIVE FORM: 
SINGULAR 
Ex: There is a cat under the chair. (Há um gato embaixo da cadeira). 
PLURAL 
 
Ex: There are cats under the chair. (Há gatos embaixo da cadeira). 
OBS: o artigo a (um) só é usado no singular. 
 
 
- NEGATIVE FORM: 
SINGULAR 
Ex: There is not a cat under the chair. 
 
PLURAL 
Ex: There are not cats under the chair. 
 
 
-INTERROGATIVE FORM: 
SINGULAR 
Ex: Is there a cat under the chair. 
 
PLURAL 
Ex: Are there cats under the chair. 
 
 
 
- RESPOSTAS CURTAS: 
SINGULAR – Yes, there is. / No, there’s isn’t. 
PLURAL – Yes, there are. / No, there aren’t. 
 
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PLURAL OF NOUNS (PLURAL DOS SUBSTRANTIVOS) 
A - De maneira geral, faz-se o plural acrescentando – s à forma do singular. 
Ex: table – tables / girl – girls. 
 
B – Exceções: 
1 – Acrescenta-se – es aos substantivos terminados em –s, -ch, -sh, -x, -z e –o. 
Ex: bus – buses/ box = boxes/ church –churches / brush – brushes/ buzz – buzzes/ tomato – 
tomatoes. 
2 – Nos substantivos terminados em –y precedidos de consoante, substitui-se o –y por –i e 
acrescenta-se – es. 
Ex: Lady – Ladies/ Sky – Skies. 
OBS: os substantivos terminados em –y precedidos de vogal, seguem a regra geral, ou seja, 
acrescenta-se –s. 
Ex: Key, Keys/ Toy, Toys. 
3 - Os substantivos terminados em –f ou –Fe mudam essas terminações para –v e recebem –es. 
Ex: Knife/knives / leaf – leaves / life – lives / thief – thieves q wife – wives. 
4 – Palavras estrangeiras abreviadas terminadas em –o recebem –s. 
Ex.: Casino – casinos / photo – fotos/ piano – pianos. 
 
C- Plural irregular: 
Man-men/ foot –feet / womam – women / tooth – teeth / mouse – mice / child – children. 
 
POSSESSIVE ADJECTIVES (ADJETIVOS POSSESSIVOS) 
 
Vêm antes dos substantivos a que se referem. Ex: Your name is Mary. 
 
CORRESPONDÊNCIA DOS PRONOMES PESSOAIS E DOS ADJETIVOS POSSESSIVOS 
PRONOMES PESSOAIS ADJETIVOS POSSESSIVOS 
I 
You 
He 
She 
It 
We 
You 
They 
My 
Your 
His 
Her 
Its 
Our 
Your 
Their 
(meu) 
(seu, sua) 
(dele) 
(dela) 
(dele/dela) 
(nosso (s)/nossa(s)) 
(seus, suas) 
(deles, delas) 
 
 
Ex: I have my car. (Eu tenho meu carro). / Your teacheris Young. (Seu professor é jovem). / Her names 
Jane. (O nome dela é Jane). 
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PRESENTE CONTINUOUS TENSE (PRESENTE CONTÍNUO) 
- Observe alguns verbos: 
INFINITIVO PARTÍCIPIO PRESENTE 
To speak 
To listen 
To sleep 
To go 
To do 
To work 
(falar) 
(ouvir) 
(dormir) 
(ir) 
(fazer) 
(trabalhar) 
Speaking 
Listening 
Sleeping 
Going 
Doing 
Working 
(falando) 
(ouvindo) 
(dormindo) 
(indo) 
(fazendo) 
(trabalhando) 
 
- O “Present Continuous” é formado pelo presente do Verbo TO BE + o particípio presente do verbo principal 
(verbo + -ing). Ex: The cat is sleeping is the Garden. (O gato está dormindo no jardim). 
- O “Present Continuous” é usado para expressar ações que estão acontecendo. É geralmente empregado 
com advérbios de tempo: now (agora), att his moment (neste momento), etc. 
- O “Present Continuous” na forma negativa é formado pela forma negativa do verbo “TO BE” + o particípio 
presente do verbo principal (verbo + ing). Ex: The Cat isn’t sleeping in the Garden. (O gato não está 
dormindo no jardim). 
- O “Present Continuous” na forma interrogativa é formado pela forma interrogativa do verbo “TO BE” + 
o particípio do verbo principal (verbo + -ing). Ex: He is sleeping in the Garden? (Ele está dormindo no 
jardim?) 
- Respostas Curtas: 
- Afirmativa: Yes, it is. 
- Negativa: No, it isn’t. 
 
 
REVIEW 
TEXT (Mary está visitando o Nordeste e escreveu um cartão postal para sua amiga Beth): 
Dear Beth, 
 I am writing from Maceió, It’s a beautiful day. It’s a 9 o’clock and I am at the hotel. 
 Here there are many beautiful beaches and the people are very nice. 
 I am going to stay here until October 21st. 
 
 Love, 
 Mary. 
 
 
1 – Where is Mary writing from? 
2 – Is it a beautiful day? 
3 - Is Mary at the hotel or at the beach? 
4 – Are there many beautiful beaches in Maceió? 
5 – How are the people? 
6 – When is Mary going to return? 
She is writing from Maceió. 
Yes, it is. 
She is at the hotel. 
Yes, there are. 
The people are very nice. 
She is going to return on October 21st 
 
Vocabulary: 
To write: escrever; People: pessoas; 
Many: muitos; Verynice: Muito agradável; 
Until: até; Here: aqui; 
From: de; To stay: ficar. 
Beaches: praias; Beautiful: Bonito(s), Bonita(s); 
To return:retornar; 
 
 
92 
 
 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
INGLÊS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
93 
 
CAPÍTULO 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TO BE (VERBO SER, ESTAR) 
PAST TENSE (PASSADO) 
AFFIRMATIVE 
FORM 
 
I 
You 
He 
She 
It 
We 
You 
They 
was 
were 
was 
was 
was 
were 
were 
were 
Ex: I was at work yesterday. (Eu estive no trabalho ontem) 
 
Observe que temos apenas duas formas: was e were. 
 
NEGATIVE FORM 
I 
You 
He 
She 
It 
We 
You 
They 
was not 
were not 
was not 
was not 
was not 
were not 
were not 
were not 
Ex: The dog wasn’t in the kitchen. (O cachorro não estava na 
cozinha). 
A forma negativa do passado é feita colocando-se NOT após o 
verbo. 
 
Podemos também abreviar: was not = wasn’t 
were not = weren’t 
 
INTERROGATIVE FORM 
was 
were 
was 
was 
was 
were 
were 
were 
I ? 
You ? 
He ? 
She ? 
It ? 
We ? 
You ? 
They ? 
Ex: Was it very cold yesterday? (Estava muito frio 
ontem?) 
 
A forma interrogativa do passado é feita 
colocando-se o verbo antes do sujeito. 
Respostas curtas: - Yes, it was. 
 - No, it was’nt. 
 
 GENITIVE CASE (CASO GENITIVO) 
- O “Genitive Case” expressa posse e é usado para pessoas e animais. 
- “Genitive Case” é formado pelo acréscimo de ‘s ao possuidor. 
Ex: The boy’s name. (O nome do garoto) 
 The cat’s eyes. (Os olhos do gato). 
- Quando o substantivo terminar em –s, usa-se apenas o apóstrofo (‘). 
Ex: The girls’ room. (O quarto das garotas). 
- Quando há mais de um possuidor: 
1) para indicar posse comum, apenas o último possuidor recebe o genitivo. 
Ex: Jack and Peter’s father. (Pai de Jack e Peter – o mesmo pai). 
2) para indicar posse individual, usa-se o genitivo para cada um dos possuidores. 
Ex: Joe’s and Jane’s father. (Pais diferentes). 
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PREPOSITIONS (PREPOSIÇÕES) 
- IN (em, dentro) Usa-se para: ▪ Séculos 
▪ Ano 
▪ Mês 
▪ País 
▪ Estado 
▪ Cidade 
▪ Bairro 
▪ Períodos do dia 
(in the 20th century). 
(in 1996). 
(in June). 
(in Brazil). 
(in São Paulo). 
(in São José dos Campos) 
(in Vista Verde) 
(exceto night) (in the morning) 
 
- ON (sobre, em) usa-se para: ▪ Dia do mês 
▪ Dia da semana 
▪ Nome de rua 
▪ Avenida 
▪ Praça 
 
(on May 2nd) 
(on Monday) 
(on Baker Street) 
(on São João Avenue) 
(on Times Square) 
- AT (em) usa-se para: ▪ Hora 
▪ Rua com número 
▪ Com a palavra night 
▪ Local específico 
(at 7 o’clock) 
(at 54 Main Street) 
(at night) 
(at school, at church, at home) 
 
- AMONG (entre vários); AROUND (ao redor de, em volta de); BEHIND (atrás de); BETWEEN (entre dois); 
IN FRONT OF (na frente de); OUT OF (fora de); TO (para); UNDER (embaixo de); FOR (por, para) etc.
 
THERE TO BE (VERBO HAVER, EXISTIR) 
PAST TENSE (PASSADO) 
AFFIRMATIVE FORM: 
- SINGULAR: 
Ex: There was a pen on your desk. (Havia uma caneta sobre sua carteira). 
- PLURAL: 
Ex: There were pens on your desk. (Havia canetas sobre sua carteira). 
 
NEGATIVE FORM: 
- SINGULAR: 
Ex: There wasn’t a pen on your desk. (Não havia uma caneta sobre sua carteira). 
- PLURAL: 
Ex: There weren’t pens on your desk. (Não havia canetas sobre sua carteira). 
 
INTERROGATIVE FORM 
- SINGULAR: 
Ex: Was there a pen on your desk. (Havia uma caneta sobre sua carteira?). 
- PLURAL: 
Ex: Were there pens on your desk. (Havia canetas sobre sua carteira?). 
 
 
IMPERATIVE (IMPERATIVO) 
- O “Imperative” é formado com o verbo no infinitivo sem o “to“. 
Ex: Come! (Venha!) / Go! (Vá!) / Speak! (Fale). 
- O “Imperative” é usado para expressar uma ordem ou um pedido. 
Ex: Clean you room! (Limpe seu Quarto!). 
- A forma imperativa let’s + verbo é usada para expressar uma proposta um convite. 
Ex: Let’s visit Nancy. 
- Afirmativa: Go Home! (Vá para casa!) 
- Negativa: Don’t go home! (Não vá para casa!). 
 
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PAST CONTINUOUS TENSE (PASSADO CONTÍNUO ) 
- “O Past Continuous Tense” é formado pelo passado do verbo “TO BE“ + o particípio presente do verbo 
principal (verbo + ing). 
Ex: She was going to school. (Ela estava indo para a escola). 
EXEMPLO DO VERBO “TO WALK” NO “PAST CONTINUOUS TENSE”: 
AFFIRMATIVE FORM NEGATIVE FORM INTERROGATIVE FORM 
I 
You 
He 
She 
It 
We 
You 
They 
was 
were 
was 
was 
was 
were 
were 
were 
walking 
walking 
walking 
walking 
walking 
walking 
walking 
walking 
 
I 
You 
He 
She 
It 
We 
You 
They 
was 
were 
was 
was 
was 
were 
were 
were 
not 
not 
not 
not 
not 
not 
not 
not 
walking 
walking 
walking 
walking 
walking 
walking 
walking 
walking 
was 
were 
was 
was 
was 
were 
were 
were 
I 
You 
He 
She 
It 
We 
You 
They 
walking? 
walking? 
walking? 
walking? 
walking? 
walking? 
walking? 
walking? 
- O “Past Continuous Tense” é usado para expressar: 
 a) Ações que estavam acontecendo num determinado momento do passado. 
 Ex: They were studying five minutes ago. (Eles estavam estudando cinco minutos atrás). 
 b) Ações que estavam acontecendo quando outra ação ocorreu. 
 Ex: They were studying while I was working. (Eles estavam estudando enquanto eu estava 
trabalhando). 
SIMPLE PRESENTE TENSE (PRESENTE SIMPLE) 
- Observe alguns verbos: 
Infinitivo 
 To walk (caminhar) (To work) (trabalhar) 
 To study (estudar) (To go) (ir) 
 O infinitivo dos verbos é geralmente precedido de TO, sem tradução neste caso. 
- O “Simple Present” tem como forma básica a mesma dos verbos no infinitivo sem TO. 
Ex: To walk (infinitivo). 
Walk (forma básica do presente). 
EXEMPLO DO VERBO “To walk” 
AFFIRMATIVE FORM NEGATIVE FORM INTERROGATIVE FORM 
I 
You 
He 
She 
It 
We 
You 
They 
walk 
walk 
walks 
walks 
walks 
walk 
walk 
walk 
I 
You 
He 
She 
It 
We 
You 
They 
don’t 
don’t 
doesn’t 
doesn’t 
doesn’t 
don’t 
don’t 
don’t 
 
walk 
walk 
walk 
walk 
walk 
walk 
walk 
walk 
Do 
Do 
Does 
Does 
Does 
Do 
Do 
Do 
I 
You 
He 
She 
It 
We 
You 
They 
walk? 
walk? 
walk? 
walk? 
walk? 
walk? 
walk? 
walk? 
 
 
 
96 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AFFIRMATIVE FORME 
- Na forma afirmativa, acrescentamos um –s ou –es quando o sujeito for 3ª pessoa do singular (he, she, 
it). 
Ex: I work there. (I = 1ª pessoa). 
 He Works there. (He = 3ª pessoa do singular). 
 
- Regra geral: acrescenta-se –s nas 3as pessoas do singular. 
Ex: He walks every day. 
 
- Acrescenta-se –es nas 3as pessoas do singular quando o verbo terminar em –ss, -sh, -ch, -x, -z ou -o. 
Ex: He kisses / She washes. 
 
- Se o verbo terminar em –y precedido de consoante, troca-se o –y por –i e acrescenta-se –es 
(3aspessoas do singular) 
Ex: He tries/ She studies. 
 
- Se o verbo terminar em –y precedido de vogal, segue a regra geral, ou seja, acrescenta-se apenas o –
s. (3ª pessoa do singular) Ex.: She plays. 
 
NEGATIVE FORM 
- A forma negativa é feita usando o verbo auxiliar “DO/DOES”. 
- Para a forma negativa do “Simple Present”, é necessário usarmos o verbo auxiliar “DO” (que neste caso 
não tem tradução) +not, após o sujeito da frase. (do not = forma abreviada = don’t). 
Ex: I walk to school (afirmativa). 
 I don’t walk to school (negativa). 
 They work there (afirmativa). 
 They don’t work there (negativa). 
- Nas 3as pessoas do singular (he, she, it), usamos ‘does’+not (does not = forma abreviada = doesn’t). 
Ex: He walks to school (afirmativa). 
 He doesn’t walk to school (negativa). 
ATENÇÃO: Você deve ter percebido que nas 3as pessoas do singular, na forma afirmativa, o verbo principal 
apresenta –s (walks) e na forma negativa, o verbo principal não tem –s. É assim mesmo! Quando usamos 
o auxiliar DOES NOT ou DOESN’T, NÃO acrescentamos –s, -es ou –ies,pois o auxiliar já nos mostra 
que o sujeito é terceira pessoa do singular (he, she ou it). Assim, o verbo principal da frase fica na sua 
forma básica. Outros exemplos: 
 He washes the dishes. (afirmativa) / He doesn’t wash the dishes (negative). 
 She buys books in a bookstore / She doesn’t buy books in a bookstore (negativa). 
 
 
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INTERROGATIVE FORM 
- Como na forma negativa, a interrogativa também necessita do verbo auxiliar “do“. 
- Para fazermos perguntas no “Simple Presente”, colocamos o auxiliar “do” antes do sujeito e ponto de 
interrogação no final da frase. 
Ex: They work there (afirmativa). 
Do they work there? (interrogativa). 
- Para as 3as pessoas do singular (he, she, it), usamos “does”. 
Ex: He goes to school (afirmativa). 
Does he go to school? (interrogativa). 
ATENÇÃO: Na forma interrogativa, o verbo principal da frase também fica na sua forma básica, pois 
usamos o “does” como auxiliar, o que nos demonstra que o sujeito é a 3ª pessoa do singular (he, she, 
it). 
Outros: exemplos: 
She lives in Belém (afirmativa) / Does she live in Belém? (interrogativa). 
She washes the dishes (afirmativa) / Does she wash the dishes? (interrogativa). 
RESPOSTAS CURTAS: 
Nas respostas curtas, o auxiliar “DO/DOES” substitui o verbo principal. 
Ex: Does she wash the dishes? Afirmativa: Yes, she does Negativa: No, she doesn’t. 
 Do they work there? Afirmativa: Ues, the do Negativa: No, they don’t. 
 
 
HOURS (HORAS) 
Para perguntarmos “Que horas são?” “Usamos a expressão “What time is it?” 
 Para dizermos ou escrevermos as horas em inglês, usamos os números cardinais. 
Ex: 9:00 h = It is nine o’clock (a expressão “o’clock” usa-se somente para horas inteiras). 
 -10:45 h = It is tem forty-five. 
 -3:35 h = It is three thirty-five. 
 - Meio dia = It is Noon./ It is Midday. 
 - Meia noite = It is midnight. 
- What time is it? It is ten forty- five ( 10:45). 
Review 
 
TEXT: Paul’s day starts very early. He gets up at six o’clock in the morning. He goes to school at seven 
o’clock and he stays there until noon. 
After school, he goes home and he has lunch. After lunch, he studies and he does his homework. 
At seven o’clock he has dinner. Then, he watches TV and he goes to bed before o’clock. 
1 – What time does Paul get up? 
2 –What does he do after school? 
3 – What does he do after lunch? 
4 – What does he do after dinner? 
5 – Does he go to bed before or after 
ten o’clock? 
He gets up at six o’clock. 
After school, he has lunch. 
After lunch he studies and he does his homework. 
After dinner, he watches TV. 
He goes to bed before ten o’clock. 
 
Vocabulary: 
To start: começar there: lá then: então 
To stay: ficar homework: tarefa after: depois 
To have lunch: almoçar before: antes to go: ir 
To watch: olhar, observer, assistir a to get up: levanter to do: fazer 
Veryearly: muito cedo noon: meio dia bed: cama 
 
 
98 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
ARTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
99 
 
 
 
 
 
 
A ARTE 
 
A arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de 
alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias 
formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras. 
Após seu surgimento, há milhares de anos, a arte foi evoluindo e ocupando um importantíssimo espaço na 
sociedade, haja vista que algumas representações da arte são indispensáveis para muitas pessoas nos dias 
atuais, como, por exemplo, a música, que é capaz de nos deixar felizes quando estamos tristes. Ela funciona 
como uma distração para certos problemas, um modo de expressar o que sentimos aos diversos grupos da 
sociedade. 
Muitas pessoas dizem não ter interesse pela arte e por movimentos ligados a ela, porém o que elas 
não imaginam é que a arte não se restringe a pinturas ou esculturas, também pode ser representada por 
formas mais populares, como a música, o cinema e a dança. Essas formas de arte são praticadas em todo o 
mundo, em diferentes culturas. Atualmente a arte é dividida em clássica e moderna e qualquer pessoa pode 
se informar sobre cada uma delas e apreciar a que melhor se encaixar com sua percepção de arte. 
ARTES PLÁSTICAS 
No início da década de 1830, um grupo de pintores, entre os quais Théodore Rousseau, Charles-
François Daubigny e Jean-François Millet, se estabeleceram no povoado francês de Barbizon com a intenção 
de reproduzir as características da paisagem local. Cada um com seu estilo enfatizaram em seus trabalhos o 
simples e ordinário, ao invés dos aspectos grandiosos da natureza. Millet foi um dos primeiros artistas a pintar 
camponeses, dando-lhes um destaque até então reservado a figuras de alto nível social. Outro importante 
artista francês frequentemente associado ao realismo foi Honoré Daumier, ardente democrata que usou a 
habilidade como caricaturista a favor de suas posições políticas. 
O primeiro pintor a enunciar e praticar deliberadamente a estética realista foi Gustave Courbet. Como 
a enorme tela "O estúdio" foi rejeitda pela Exposition Universelle de 1855, o artista decidiu expor esse e 
outros trabalhos num pavilhão especialmente montado e deu à mostra o nome de "Realismo, G. Courbet". 
Adversário da arte idealista incitou outros artistas a fazer da vida comum e contemporânea motivo de suas 
obras, no que considerava uma arte verdadeiramente democrática. Courbet chocou o público e a crítica com 
a rude franqueza de seus retratos de operários e camponeses em cenas da vida diária. O realismo tornou-se 
uma corrente definida na arte do século XX. A ela se integram as cenas quase jornalísticas do lado mais 
desagradável da vida urbana produzidas pelo grupo americano conhecido como Os Oito, e a expressão do 
cinismo e da desilusão do período após a Primeira Guerra Mundial na Alemanha, presente nas obras do 
movimento conhecido como Neue Sachlichkeit (Nova Objetividade). 
O realismo socialista, adotado como estética oficial na União Soviética a partir dos primeiros anos da década 
de 1930, foi pouco fiel às características originais do movimento. Embora se propusesse também a ser um 
espelho da vida, sua veracidade deveria estar de acordo com a ideologia marxista e as necessidades da 
construção do socialismo. O maior teórico do realismo socialista foi o húngaro György Lukács, para quem o 
realismo não se limita à descrição do que existe, mas se estende à participação ativa do artista na 
representação das novas formas da realidade. Essa doutrina foi implementada na União Soviética por Andrei 
Jdanov. Em pintura, destacou-se entre os soviéticos Aleksandr Gherassimov. Os retratos de intrépidos 
trabalhadores produzidos dentro da linha do realismo socialista, no entanto, deixam transparecer um 
positivismo heroico, mas a ambição realista perde-se na idealização de uma organização social perfeita. 
Grande número de artistas soviéticos, partidários de uma sociedade de justiça social, mas cerceados em sua 
liberdade essencial de criar, abandonaram o realismo socialista, deixaram a União Soviética e se integraram 
aos movimentos artísticos do Ocidente. 
100 
 
 
 
ARTE NA HISTÓRIA 
 
Ao longo do tempo, percebemos que a existência do homem não se limita à simples obtenção dos 
meios que garantem a sua sobrevivência material. Visitando uma expressiva gama de civilizações, 
percebemos que existem importantes manifestações humanas que tentaram falar de coisas que visivelmente 
extrapolam a satisfação de necessidades imediatas. Em geral, vemos por de trás desses eventos uma clara 
tentativa de expressar um modo de se encarar a vida e o mundo. 
Paulatinamente, essa miríade de expressões passou a ser reconhecidacomo sendo “arte”. Para muitos, este 
conceito abraça toda e qualquer manifestação que pretenda ou permita nos revelar a forma do homem encarar 
o mundo que o cerca. Contudo, o lugar ocupado pela arte pode ser bastante difuso e nem sempre cumpre as 
mesmas funções para diferentes culturas. Não por acaso, sabemos que, entre alguns povos, o campo da 
expressão artística esteve atrelado a questões políticas ou religiosas. 
Na opinião de alguns estudiosos desse assunto, o campo artístico nos revela os valores, costumes, crenças e 
modos de agir de um povo. Ao detectar um conjunto de evidências perceptíveis na obra, o intérprete da arte 
se esforça na tarefa de relacionar estes vestígios com algum traço do período em que foi concebida. A partir 
dessa ação, a arte passa a ser interpretada com um olhar histórico, que se empenha em decifrar aquilo que 
o artista disse através da obra. Com isso, podemos concluir que a arte é um mero reflexo do tempo em que 
o artista vive? Esse tipo de conclusão é possível, mas não podemos acabar vendo a arte como uma 
manifestação presa aos valores de um tempo. 
Em outras palavras, é complicado simplesmente acreditar que a arte do século XVI tem somente a 
função de exprimir aquilo que a sociedade desse mesmo século pensava. Sem dúvida, o estudo histórico do 
campo artístico é bem mais amplo e complexo do que essa mera relação. 
Estudando a História da Arte, o pesquisador ou estudante irá perceber que uma manifestação de clara 
evidência “artística” pode não ser encarada como tal pelo seu autor ou sociedade em que surge. Além disso, 
ao estabelecermos um olhar atento à obra de um único artista, podemos reconhecer que os seus trabalhos 
não só refletem o tempo em que viveu, mas também demonstram a sua relação particular, o diálogo singular 
que estabeleceu com seu tempo. 
Atualmente, o olhar histórico sobre a arte vem sendo acrescido de outras questões bastante interessantes. A 
apropriação da obra pelo público, os meios de difusão do conteúdo artístico e o intercâmbio entre diferentes 
manifestações integram os novos caminhos que hoje englobam esse significativo campo de conhecimento. 
Sem dúvida, ao perceber tantas perspectivas, temos a garantia de que as possibilidades de se enxergar a 
arte ou uma única obra podem conceber variados sentidos. 
GRAFITE 
A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos. A definição mais 
popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes. Existem relatos e vestígios dessa arte 
desde o Império Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na década de 1970, em Nova 
Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum 
tempo depois, essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos. 
O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse 
movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive principalmente os 
menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas. 
O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se 
contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro. 
O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo. 
Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenhado com 
qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e vandalismo. A pichação ou vandalismo é 
caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos e vias públicas. Os materiais utilizados 
pelos grafiteiros vão desde tradicionais latas de spray até o látex. 
Principais termos e gírias utilizadas nessa arte: 
 
• Grafiteiro/writter: o artista que pinta. 
• Bite: imitar o estilo de outro grafiteiro. 
• Crew: é um conjunto de grafiteiros que se reúne para pintar ao mesmo tempo. 
• Tag: é a assinatura de grafiteiro. 
• Toy: é o grafiteiro iniciante. 
• Spot: lugar onde é praticada a arte do grafitismo. 
 
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DANÇA 
Desde 1982, no dia 29 de abril, comemora-se o dia internacional da dança, instituído pela UNESCO 
em homenagem ao criador do balé moderno, Jean-Georges Noverre. A Dança é a arte de mexer o corpo, 
através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia própria. Não é somente através 
do som de uma música que se pode dançar, pois os movimentos podem acontecer independentes do som 
que se ouve, e até mesmo sem ele. A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na Pré-
História, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade aos sons, 
descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas. 
O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, em que as pessoas 
faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os primeiros registros dessas danças mostram 
que elas surgiram no Egito, há dois mil anos antes de Cristo. 
Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia, em virtude das 
comemorações aos jogos olímpicos. O Japão preservou o caráter religioso das danças. Até hoje, elas são 
feitas nas cerimônias dos tempos primitivos. Em Roma, as danças se voltaram para as formas sensuais, em 
homenagem ao Deus Baco (Deus do vinho), e dançava-se em festas e bacanais. Nas cortes do período 
renascentista, as danças voltaram a ter caráter teatral, que estava se perdendo no tempo, pois ninguém a 
praticava com esse propósito. Praticamente daí foi que surgiram o sapateado e o balé, apresentados como 
espetáculos teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação e cenário compõem sua estrutura. 
No século XVI surgiram os primeiros registros das danças, em que cada localidade apresentava 
características próprias. No século XIX surgiram as danças feitas em pares, como a valsa, a polca, o tango, 
dentre outras. Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais conservadores, até que no século XX surgiu 
o rock’n’roll, que revolucionou o estilo musical e, consequentemente, os ritmos das danças. 
Assim como a mistura dos povos foram acontecendo, os aspectos culturais foram se difundindo. 
O maracatu, o samba e a rumba são prova disso, pois através das danças vindas dos negros, dos índios e 
dos europeus esses ritmos se originaram. Hoje em dia as danças voltaram-se muito para o lado da 
sensualidade, sendo mais divulgadas e aceitas por todo o mundo. Nos países do Oriente Médio a dança do 
ventre é muito difundida; e no Brasil, o funk e o samba são populares. Além desses, o strip-tease tem tido 
grande repercussão, principalmente se unido à dança inglesa, pole dance, também conhecida como a dança 
do cano. 
 
TEATRO 
A origem do teatro refere-se às primeiras sociedades primitivas que acreditavam nas danças 
imitativas como favoráveis aos poderes sobrenaturais para o controle dos fatos indispensáveis para a 
sobrevivência. Em seu desenvolvimento, o teatro passa a representar lendas referentes aos deuses e heróis. 
O teatro apareceu na Grécia Antiga, no séc. IV a.C., em decorrência dos festivais anuais em consagração a 
Dionísio, o deus do vinho e da alegria. 
A palavra teatro significa uma determinada arte, bem como o local físico em que tal arte se apresenta. 
A implantação do teatro no Brasil ocorreu em razão do empenho dos jesuítas em catequizar os índios. 
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A ESTRUTURA DAS CORES. 
A estrutura da cor é dividida em estrutura física e psicológica. A estrutura física se subdivide em matiz, 
que é a que difere uma cor da outra; luminosidade, que é o componente que provoca alteração nas cores entre 
claro e escuro; saturação, que produzem várias nuances de acordo com a pureza e intensidade da cor. A 
estrutura psicológica relata a sensação inconsciente que a cor traz para o homem. A temperatura traz a 
sensação de quedeterminada cor é quente, fria ou morna. O contraste sucessivo traz a sensação de 
modificação das cores quando vistas em conjunto. Dimensão traz a sensação que a cor aproxima, distancia. 
Peso e tamanho traz a sensação que as cores escuras são menores e mais pesadas que as cores leves. No 
sabor, as cores quentes estimulam o apetite. 
Em pesquisa realizada com 236 pessoas da Ásia, África e Europa, foi constatado que as mulheres 
percebem mais as cores do que os homens. Os pigmentos responsáveis pela absorção das cores, chamados 
opsinas, estão presente no cromossomo X. A mulher possui dois X enquanto o homem possui um só, e isso 
faz com que a mulher tenha duas cópias de opinas. 
AS CORES 
A ciência que estuda a medida das cores é chamada de calorimetria. A calorimetria desenvolve métodos 
de quantificação da cor e estuda o tom, a saturação e a intensidade da cor. 
O tom da cor é que faz com que ela seja identificada como azul, verde, amarela etc. A saturação da 
cor mostra se a cor é natural ou pigmentada artificialmente. A intensidade caracteriza a força da cor. 
As cores são divididas em primárias, secundárias, terciárias e neutras. 
Cores Primárias 
As cores primárias são: vermelho amarelo e azul. São consideradas as primeiras cores. O vermelho é 
uma cor quente que mostra vitalidade energia e coragem. O amarelo é uma cor suave e alegre que simboliza 
o otimismo. O azul é a cor que dá concentração e melhora a mente. 
Cores secundárias 
As cores secundárias são formadas pela mistura de duas cores primárias. As cores secundárias são: 
verde, roxo e laranja. 
O azul misturado com o amarelo origina o verde. O azul misturado com o vermelho origina o roxo, e o 
vermelho misturado com o amarelo origina a laranja. 
Cores terciárias 
As cores terciárias resultam da mistura de uma cor primária com uma ou duas cores secundárias. São 
todas as outras cores, como o marrom, que é a mistura de amarelo ou vermelho com preto. 
Cores neutras 
As cores neutras são usadas para complementar uma cor desejada, sendo que as cores neutras têm 
pouco reflexo. Entre as cores neutras podemos citar o branco, a cinza e o marrom. O branco é luz isenta de 
cor, o preto é a ausência de cor e os tons cinza são a mistura do branco com o preto. 
103 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
104 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATÉRIA 
 Tudo aquilo que ocupa lugar no espaço recebe o nome de MATÉRIA. 
 Uma porção limitada da matéria constitui um CORPO. 
 Todo corpo que se presta à determinada finalidade constitui um OBJETO. 
 Exemplo: 
 MATÉRIA CORPO OBJETO 
 FLORESTA MADEIRA BANCO 
PROPRIEDADES DA MATÉRIA 
 As propriedades da matéria são: 
- INÉRCIA: é a propriedade pela qual a matéria conserva seu estado de repouso ou não altera seu 
estado de movimento, a menos que uma força aja sobre ela. 
- PESO: o peso de um corpo é a força de atração que a Terra exerce sobre ele. 
- IMPENETRABILIDADE: é a propriedade que duas porções de matéria têm de não poderem 
ocupar, ao mesmo tempo, o mesmo lugar no espaço. 
 ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA 
 A matéria se apresenta em três estados físicos: 
- ESTADO SÓLIDO: tem forma própria e volume definido; 
- ESTADO LÍQUIDO: não tem forma própria e seu volume é definido; 
- ESTADO GASOSO: não tem forma própria e não tem volume definido. 
MUDANÇA DE ESTADO 
 A matéria pode mudar de um estado para outro. 
 SUBLIMAÇÃO 
 
 FUSÃO VAPORIZAÇÃO 
SÓLIDO SOLIDIFICAÇÃO LÍQUIDO CONDENSAÇÃO GASOSO 
 
 SUBLIMAÇÃO 
 
 MUDANÇAS DE FASE 
 
Uma substância pode passar de uma fase para outra através do recebimento ou fornecimento de calor. 
Essas mudanças de fase são chamadas de: 
a) Fusão: é a passagem de uma substância da fase sólida para a fase líquida; 
b) Solidificação: é a passagem de uma substância da fase líquida para fase sólida; 
c) Vaporização: é a passagem da fase líquida para fase gasosa; 
d) Condensação ou liquefação: é a passagem da fase gasosa para líquida; 
e) Sublimação: é a passagem direta da fase sólida para a fase gasosa ou da fase gasosa para a fase 
sólida. 
 
105 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA 
 Qualquer transformação da matéria é considerada um fenômeno que pode ser classificado em: 
- FENÔMENO FÍSICO: não altera a natureza da matéria, isto é, a sua composição; 
- FENÔMENO QUÍMICO: altera a natureza da matéria, ou seja, a sua composição. 
Exemplo: a queima de um papel, a queima de fogos de artifício. 
 
 
 
 
ESTUDO DA MATÉRIA 
 Todo o universo material é constituído de pequenas partículas denominadas ÁTOMOS. Um conjunto 
de átomos com as mesmas propriedades químicas constitui um ELEMENTO QUÍMICO. 
 
SUBSTÂNCIAS 
- SUBSTÂNCIAS SIMPLES: formadas por um único elemento químico, ou seja, por um único tipo de 
átomo. 
Exemplo: H2; CI2; O2; F2,etc. 
- SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS: apresentam em sua composição mais de um elemento. 
Exemplo: H2; H2SO4HCI, etc. 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ÁTOMO 
- NÚMERO ATÔMICO (Z): é o número que indica a quantidade de prótons existentes no núcleo de um 
átomo. 
Exemplo: 20Ca Z = 20 e p = 20 Z = número de prótons Z = p 
- NÚMERO DE MASSA (A): é a soma do número de prótons com o número de nêutrons presentes no 
núcleo de um átomo. 
Exemplo: 20Can = 20 A = Z + n A = p + n ou A = Z +n 
 40 = 20 + 20 
ELEMENTO QUÍMICO: é o conjunto de átomos e íons que apresentam mesmo número atômico. Uma forma 
esquemática dessa representação é dada por: 
 
 AX ou X²__________ número de massa 
 Z z___________ número atômico 
 
Exemplo: 
 200Hg; 27AI; 23Na 
 80 13 11 
SEMELHANÇA ATÔMICA 
- ISÓTOPOS: são átomos que apresentam o mesmo número atômico (Z), mas apresentam diferentes 
número de massa (A). 
 
Exemplos:20 Ne 21Ne 22Ne 
 10 10 10 
- ISÓBAROS: são átomos que apresentam diferentes números atômicos (Z), mas que possuem o mesmo 
número de massa (A). 
Exemplo: 40Ca 40Ar 
 20 18 
- ISÓTONOS: são átomos que apresentam o mesmo número de nêutrons (n) com diferentes números 
atômicos (Z) e de massa (A). 
Exemplos: 26MG { n = 14 28Si { n = 14 
 12 14 
106 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA 
 Os elétrons estão representados em camadas ao redor do núcleo: 
 K = 2, L = 8, M = 18, N = 32, O = 32, P = 18, Q = 2. 
Exemplos: 
-20Ca K = 2; L = 8; M = 8; N = 2 
-35BR K = 2; L = 8; M = 18; N = 7 
NÚMEROS QUÂNTICOS 
- NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL(n): indica o nível de energia do elétron. 
Camadas K; L; M; N; O; P; Q; 
Nível de energia 1 2 3 4 5 6 7 
- NÚMERO QUÂNTICO SECUNDÁRIO (l): indica que cada nível de energia é constituído por um ou mais 
subníveis, designados pelas letras minúsculas. 
Subníveis -> s; p; d; f; 
Valores de ℓ -> 0 1 2 3 
DIAGRAMA DE LINUS PAULING 
Linus Pauling determinou, num diagrama, a ordem crescente de energia dos subníveis para os elementos 
conhecidos. 
NÍVEIS CAMADAS No. de e’ DIAGRAMA 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
 
K 
L 
M 
N 
O 
P 
Q 
2 
8 
18 
32 
32 
18 
2 
1s² 
2s² 
3s² 
4s² 
5s² 
6s² 
7s² 
 
 
2p6 
3p6 
4p6 
5p6 
6p6 
7p6 
 
 
3d10 
4d10 
5d10 
6d10 
 
 
 
 
4f14 
5f14 
 
 Ordem crescente de energia: 
 1s², 2s², 2p6 ,3s², 3p6, 4s2, 3d10, 4p6, 5s², 4d10, 5p6, 6s², 4f14, 5d10, 6p6, 7s², 5f14, 6d10 
Exemplos: 
- 17 Cl -> 1s², 2s², 2p6, 3s², 3p5 
- 19 K -> 1s², 2s², 2p6, 3s², 3p6, 4s¹ 
- 50Sn -> 1s², 2s², 2p6, 3s², 3p6, 4s², 3d10, 4p6, 5s², 4d10, 5p² 
 
TABELA PERIÓDICA 
 Na tabela periódica atual, os elementos químicos estão dispostos em ordem crescente de número 
atômico, originando na horizontal os períodos e na vertical as famílias. 
 
107CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS 
- METAIS: são bons condutores de calor e corrente elétrica. Apresentam brilho metálico. 
Exemplo: Mg, Na, K, Ag, Au, etc. 
- NÃO-METAIS: nas condições ambientais apresentam-se nos seguintes estados físicos: 
 - sólido -> C, P, S, Se, I, At. 
 - líquido -> Br. 
 - gasoso -> N; O; F; Cl. 
- SEMI-METAIS: apresentam propriedades intermediárias entre metais e não metais. 
Exemplo: B, Si, Ge, As, Sb, Te e Po. 
- GASES NOBRES: nas condições ambientes apresentam-se no estado gasoso. 
Exemplo: He, Ne, Ar, Kr, Xe e Rn. 
- HIDROGÊNIO: é um gás. 
PROPRIEDADES PERIÓDICAS 
- ELETRONEGATIVIDADE: é a força de atração exercida sobre os elétrons de uma ligação. 
- ELETROPOSITIVIDADE: é a capacidade de um átomo perder elétrons, originando cátions. 
LIGAÇÕES QUÍMICAS 
- LIGAÇÕES IÔNICAS: a ligação iônica é a única em que ocorre a transferência definitiva de elétrons. 
- TEORIA DO OCTETO: a maioria dos átomos adquire estabilidade eletrônica quando apresenta oito 
elétrons na sua camada mais externa. 
- VALÊNCIA: é um número puro e indica quantas ligações um átomo pode fazer. 
- ÍON: é a espécie química que apresenta o número de prótons diferente do número de elétrons. 
 - íons positivos: cátions 
 - íons negativos: ânions 
Exemplos: 
- Ligação entre o sódio (Na) e o cloro (Cl) 
 11 Na -> 1s²; 2s² ; 2p6; 3s¹ 
 1s² 2s² 2p6 3s¹ 
 
 K=2 L=8 M=1 
 Camada mais externa ou camada de valência. 
 
 17Cl -> 1s², 2s², 2p6, 3s², 3p5. 
 1s² 2s²2p² 3s² 3p5 
 
 
 K = 2L = 8 M = 7 
 Camada mais externa ou camada de valência. 
 
Na. Perde 1e- [Na] + 
 
Cl ganha 1e- [Cl] = Na + Cl ->NaCl 
108 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Ligação entre o cálcio (Ca) e enxofre (S) 
20Ca -> K = 2, L = 8, M = 8, N = 2 
16S -> K = 2, L = 8, M = 6. 
Ca: perde 2e-[Ca]²+ 
Se ganha 2e-[S]² = Ca2+S²- -> Ca2 S2 ->CaS 
LIGAÇÕES COVALENTES OU MOLECULARES 
 Ocorre entre átomos com tendência de receber elétrons. No entanto, como não é possível que todos 
recebam elétrons, os átomos envolvidos na ligação apenas compartilham um ou mais pares de elétrons de 
camada de valência, sem “perdê-los” ou “ganhá-los” definitivamente. 
Exemplos: 
H2 fórmula molecular. 
 
H H -> fórmula eletrônica 
H -> fórmula estrutural 
 1 ligação simples 
 
O2 
 
O OOO 
 
 
 
N2 
 
N N N N 
 
 1 ligação dupla 
 
 
 
 1 ligação tripla 
 
NÚMERO DE OXIDAÇÃO (Nox) 
 O Nox de cada átomo em uma substância simples é sempre igual a zero. 
Exemplo: 
H2Cl2 
Zero zero 
 
 Existem elementos que apresentam Nox fixo em seus compostos. 
- Família 1A ->Nox +1 
 Na ; K ; Li 
 +1+1 +1 
- Família 2A ->Nox +2 
 Mg ; Ca; Sr 
 +2 +2 +2 
 
- O flúor (f) por ser mais eletronegativo será sempre igual a -1. 
- O oxigênio (O), na maioria dos seus compostos, é igual a -2. 
- A soma do Nox de todos os átomos constituintes de um composto iônico ou molecular é sempre igual a 
zero. 
Exemplos: 
 HCI NaCl CaO 
 +1-1+1-1 +2-2 
 
 H3PO4 Al2 (SO4)3 
 +1 x -2 +3 x -2 
 +3 x – 8 = 0 +6 3x -24 = 0 
 X= +5 Nox do (P) é +5 x = +6 Nox do (S) é +6 
 
109 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
110 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNÇÕES INORGÂNICAS 
- ÁCIDO: é toda substância que, em solução aquosa, liberta como cátions somente íons H +. 
Exemplos: 
HCI H2O H++ Cl- 
H2SO4 H2O 2H++ SO4-2 
- CLASSIFICAÇÃO: 
 A presença de oxigênio na molécula. 
 - hidrácidos HCl, HBr 
 - oxiácios HnO3, H2SO4 
 
 
 FORMULAÇÃO E NOMENCLATURA 
 A fórmula molecular de um ácido sempre apresentará como primeiro símbolo o H. 
 Hx ânion onde x é um número maior ou igual a 1. 
Exemplos: 
 H+SO4-2-> H2 SO4 -> Ácido Sulfúrico 
 H++ PO4-3-> H3 PO4.6 -> Ácido Fosfórico 
 
 
- BASE: é toda substância que, em solução aquosa, sofre dissociação, liberando como único ânion o OH 
-. 
Exemplos: 
 NaOH H2O Na+ + OH- 
 Ca (OH)2H2 O Ca+2 + 2OH- 
- CLASSIFICAÇÃO 
 O número de hidroxilas: 
 - mono bases: KOH, NaOH 
 - di bases: Ca(OH)2 ,Mg (OH)2 
 - tribases: Al(OH)3 , Fe (OH)3 
 - tetra bases:Sn(OH)4, Pb(OH)4 
FORMULAÇÃO E NOMENCLATURA 
A fórmula molecular de uma base pode ser representada genericamente por: 
 C(OH)X onde C é um cátion. 
Exemplos: 
 Ca+2OH ->Ca(OH)2 
 Na+OH ->NaOH 
Para a nomenclatura das bases, pode-se utilizar a seguinte regra: 
 
Hidróxido de nome do cátion 
Exemplos: 
 
 NaOH -> Hidróxido de sódio 
 Ca(OH)2-> Hidróxido de cálcio 
111 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- SAL: é toda substância que, em solução aquosa, sofre dissociação, libertando pelo menos um cátion 
diferente de H+ e um ânion diferente de OH. 
Exemplos: 
 NaCl(s)H2O Na+ + Cl- 
 CaSO4(s) H2O Ca+2 + SO4-2 
CLASSIFICAÇÃO 
 O número de elementos que os constituem: 
 - Sal binário: NaCl; Kl; 
 - Sal ternário: CaSO4; AlPO4; 
 - Sal quaternário: NaHCO3; KHSO4; 
 
 
 
NOMENCLATURA 
 A nomenclatura dos sais é obtida a partir da nomenclatura do ácido que originou o ânion 
participante do sal, pela mudança de sufixos. 
 Ácido Sal 
 Idrico eto 
 Oso ito 
 Ico ato 
Exemplos: 
 Ácido clorídrico ânion cloreto NaCl -> Cloreto de Sódio 
 HCl Cl 
 
 Ácido nítrico ânion nitrato NaNO3 -> Nitrato de Sódio 
 HNO3 NO3 
 
 Ácido nitroso ânion nitrito NaNO2 -> Nitrito de Sódio 
 HNO2 NO2 
- ÓXIDOS: é um composto binário, sendo que o oxigênio é o mais eletronegativo entre eles. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
1 – ÓXIDOS BÁSICOS: possuem caráter iônico, onde o metal irá apresentar Nox + 1, +2 ou +3. 
Exemplos: 
 Na2O -> óxido de sódio 
 BaO -> óxido de bário 
 FeO -> óxido ferroso 
 Fe2O3 -> óxido férrico. 
 
2 – ÓXIDOS ÁCIDOS: possuem caráter covalente e geralmente são formados por não-metais. 
Exemplos: 
 CO2 -> dióxido de carbono 
 SO3 -> trióxido de enxofre 
 N2O5 ->pentóxido de dinitrogênio 
 
3 – ÓXIDOS NEUTROS: são óxidos covalentes, isto é, formados por não-metais, e que não reagem com 
água, ácido ou base. 
 
 CO -> monóxido de carbono. 
 NO -> monóxido de nitrogênio. 
 N2O -> óxido de dinitrogênio. 
 
 
112 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BALANCEAMENTO 
 As combinações entre as substâncias são fenômenos químicos que são chamados de REAÇÕES 
QUÍMICAS. As reações químicas são representadas por meio de fórmulas das substâncias. 
MÉTODO DE TENTATIVAS 
 O processo das tentativas consiste em procurar números que sirvam de coeficiente para igualar 
os dois membros da equação: número total dos reagentes = número total de produtos. 
Exemplos: 
 Reagente Produto 
 2H2 + 102 2H2O 
 Antes depois Antes depois 
 H=2 ->H=4 H=2 -> H=4 
 O=2 -> O=2 O=1 -> O=2 
 
3H2SO4 + 2Al -> 1Al2 (SO4) + 3H2 
2AlCl3 + 1Mg -> 1Al(OH)3 + 3MgCl2 
4H3PO4 + 3Pb(OH)4 -> IPb3(PO4)4 + 12H2O 
CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES 
1 – REAÇÃO DA SÍNTESE: são reações nas quais dois ou mais reagentes dão origem a um único produto. 
Exemplos: 
 C + O2-> CO2 
 2Mg + O2 -> 2MgO 
 
2 – REAÇÃO DE ANÁLISE OU DECOMPOSIÇÃO: são reações nas quais um único reagente dá origem 
a dois ou mais produtos. 
Exemplos: 
 ∆ 
CaCo3 CaO + CO2 
 ∆ 
2KClO2 2KCl + 3 CO2 
 
3 – REAÇÃO DE DESLOCAMENTE OU SIMPLES TROCA: quando uma substância simples reage com 
uma substância composta e “desloca”, desta última, uma nova substância simples. 
Exemplos: 
 
 Fe+ CuSO4 -> FeSO4 + Cu 
 
 Zn+ CuSO4 -> ZnSO4 + Cu 
 
4 – REAÇÃO DE DUPLA TROCA: quando dois compostos reagem, permutando entre si dois elementos 
e dandoorigem a dois novos compostos. 
Exemplos: 
 
 NaCl + AgNO3 -> NaNO3 + AgCl 
 
 FeS + 2HCl -> FeCl2 + H2S 
 
113 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MASSAS DOS ÁTOMOS 
MASSA ATÔMICA (M.A.) 
 Massa Atômica de um elemento é a média ponderada das massas atômicas dos átomos de seus 
isótopos constituintes. 
Exemplo: 
 3517Cl 75% 
 35 x 75 + 37 x 25 C≈ 35,5u 
35
17Cl 25% 100 
 
Obs.: as massas atômicas de cada elemento você encontra na tabela. 
 
MASSA MOLECULAR (M.M) 
 Massa molecular de uma substância é a massa da molécula dessa substância expressa em unidades 
de massa atômica (u). 
Exemplos: 
H2o H2SO4 
1 16 1 32 16 
2+16 -> M.M.=18u 2+32+64 -> M.M.=98u 
 
MOL: é a quantidade de matéria ou quantidade de substância. 
Exemplos: 
 1 mol de átomo de S -> 1S 
 2 mols de átomos de S -> 2S 
 1 mol de molécula de H2O -> 1H2O 
 2 mols de molécula de H2O -> 2H2O 
CONSTANTE DE AVOGADRO: é o número de átomos de12C contidos em 0,012kg de 12C. Seu valor 
numérico é: 6,02.1023. 
 
 6,02.1023 átomos 
 1mol 
 6,02.1023 moléculas 
 
MASSA MOLAR: é a massa de um mol de átomos ou substância que é numericamente igual à sua massa 
atômica ou a sua massa molecular. 
Exemplos: 
 M.A. do Cl -> 35,5u 
 Massa molar do Cl -> 35,5g/mol 
 M.A. do H2O -> 18u 
 Massa molar da H2O -> 18h/mol 
114 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
115 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GASES 
VARIÁVEIS DO ESTADO DOS GASES 
- Pressão: (ao nível do mar) = 1 atm = 760 mmHg = 760 torr. 
- Temperatura: é indicada na escala Kelvin (K) = Tk = T ºC + 273. 
- Volume: 1m³= 1000L 
 1dm³ =1L 
1000 cm³ = 1L = 1000mL 
 
TRANSFORMAÇÕES GASOSAS 
-Transformações isotérmicas: são as transformações nas quais variam a pressão e o volume, mas a 
temperatura permanece constante. 
 P1V1 = P2V2 
-Transformações isobáricas: são as transformações nas quais variam o volume e a temperatura, mas a 
pressão permanece constante. 
V1 = V2 
 T1V2 
-Transformações isocóricas: são as transformações nas quais variam a pressão e a temperatura, mas o 
volume permanece constante. 
P1= P2 
 T1 T2 
 
 
 
 
EQUAÇÃO GERAL DOS GASES 
Relacionando as três transformações ocorridas com uma massa fixa de um gás, obtém-se a chamada 
EQUAÇÃO GERAL DOS GASES, que relaciona as três variáveis de estado (P, V e T), sofrendo modificações 
simultâneas. 
P1V1 = P2V2 
 T1 T2 
 
 
 VOLUME MOLAR 
É o volume ocupado por um mol de moléculas de substâncias. Experimentalmente, verificou-se que 1 mol 
de moléculas de qualquer substância no estado gasoso ocupa o volume de 22,4L nas condições normais. 
1 mol (C.N.T.P.): 22,4L 
 
EQUAÇÃO DE CLAPEYRON 
Quaisquer que sejam as transformações sofridas por uma massa fixa de gás, a relação PV apresenta sempre 
um valor constante que depende do número de mol do gás. Quando essa quantidade for igual a 1 mol, a 
constante será representada por R. 
O valor de R quando: 
 P = atm R = 0,082 
 P = mmHg R = 62,3 
Genericamente, por um número qualquer de mol (n), temos: 
PV = n.R.T onde n = m ou PV = m.R.T 
 MM 
116 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DENSIDADE 
d = m onde m = massa da solução (gramas) 
v v = volume da solução (cm³ ou mL) 
 
 
MOLARIDADE OU CONCENTRAÇÃO MOLAR (M) 
 
M = n1 onden1 = número de mol do soluto → n1 = m1 
V M1 
 
m1 = massa do soluto 
M1 = massa molar do soluto 
 
M =m1 
M1.V 
 
 
Exemplo: 17,1g de Al2(SO4)3são dissolvidos em água suficiente para a obtenção de 80ml de solução. 
Calcule a concentração molar dessa solução. 
m1 = 17,1g 
V = 80ml→ 0,08L M = m1 = 17,1_ = 0,625 mol/L 
M1.V 342. 0,08 
Massa molar do Al2(SO4)3 = 54 + 96 + 192 = 342 = M1 
 
TERMOQUÍMICA 
 
 As reações químicas são acompanhadas por trocas de energia que podem se manifestar de 
diferentes formas. Na termoquímica, estudam-se as transferências de calor associadas a uma reação 
química ou mudanças no estado físico de uma substância. 
 
 
REAÇÕES EXOTÉRMICAS 
É aquela que ocorre com liberação de calor. 
Ex o→para fora 
 
Exemplo: 2H2 (g) + O2 (g) →2H2O (l) + calor 
2H2 (g) + O2 (g) → 2H2O (l) + 285,8 KJ 
 
 
 
 
REAÇÕES ENDOTÉRMICAS 
É aquela que ocorre com absorção de calor 
Endo→para dentro 
 
Exemplo: 2H2O (l) + calor →2H2 (g) + O2 (g) 
2H2O (l) + 285,8 KJ → 2H2 (g) + O2 (g) 
 
 
Calor liberado para o meio ambiente 
Calor absorvido do meio ambiente 
117 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA ORGÂNICA 
 
 
CADEIAS CARBÔNICAS 
 Os átomos de carbono têm a propriedade de se unirem, formando estruturas denominadas cadeias 
carbônicas. 
Exemplo: 
 
 
TIPOS DE CARBONO 
Os átomos que fazem parte de uma cadeia podem ser classificados em: 
a) Carbono primário: encontra-se ligado diretamente, no máximo a outro átomo carbono. 
Exemplo: 
 
 
b) Carbono secundário: encontra-se ligado diretamente a apenas dois outros átomos de carbono. 
Exemplo: 
 
c) Carbono terciário: encontra-se ligado diretamente a três outros átomos de carbono. 
Exemplo: 
 
d) Carbono quaternário: encontra-se ligado diretamente a quatro átomos de carbono. 
Exemplo: 
 
118 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE CADEIAS CARBÔNICAS 
a) Cadeia aberta: é aquela que apresenta pelo menos duas extremidades (pontas). 
Exemplo: 
 
 
As cadeias abertas podem ser: 
 
- Normal: apresenta somente carbonos primários e secundários. 
Ex.: 
 
- Ramificada: apresenta carbonos primários, secundários, terciários e quaternários. 
Ex.: 
 
- Saturada: apresenta ligações simples entre carbonos. 
Ex.: 
 
- Insaturada: apresenta ligações duplas ou triplas entre os carbonos. 
Ex.: 
 
- Homogênea: constituída por átomos de carbono. 
Ex.: 
 
- Heterogênea: constituída por átomos de carbono e pelo menos um heteroátomo entre os átomos 
de carbono. 
Ex.: 
 
 
 b) Cadeia fechada: é aquela que não apresenta extremidades. 
Exemplo: 
 
119 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNÇÕES ORGÂNICAS 
 
 A nomenclatura oficial leva em consideração o número de carbonos, os tipos de ligações entre eles e a 
função que pertence a substância. 
 
1- Hidrocarbonetos: Os compostos da função hidrocarbonetos apresentam moléculas formadas 
somente por carbono e hidrogênio. 
Exemplos: 
Etano: 
 
 Eteno: 
 
 
Etino: 
 
 Benzeno (aromático): 
 
 
 
2- ALCOÓIS 
Os compostos que apresentam o grupo hidroxila (-OH) ligado ao carbono saturado, isto é, o 
carbono que apresenta somente ligações simples. 
Exemplo: 
Etanol (C2H5OH) 
 
 Propanol (C5H7OH) 
 
3 – FENÓIS 
Os fenóis são compostos que apresentam o grupo hidroxila (-OH) ligado a um átomo de carbono do anel 
aromático. 
Exemplos: 
Hidroxi-benzeno α-hidroxi-benzeno 
 
120 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- ALDEÍDOS 
Os aldeídos apresentam o grupo carbônico (-C=O) ligado a um carbono primário. 
Exemplo: 
 
 
5- CETONAS 
As cetonas são compostas que apresentam o grupo carbônico (-C=O) ligado a um carbono secundário. 
Exemplo: 
 
 
 6- HALETOS ORGÂNICOS 
São compostos que apresentam pelo menos um átomo de halogênio (F, Br, Cℓ, I) ligado a um radical 
derivado de hidrocarboneto. 
Exemplos: 
 
→etanol ( C2H4O) 
→propanona (C3H6O) 
Cloro metanodiclorometano tricloro metano 
121 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício resolvido 
 Um gás ocupa um volume de 5m³ na CNTP. Qual a pressão desse gás em atm, quando seu volume 
reduzir a 250L numa temperatura de 273ºC? V1 = 5m³ = 5000L 
CNTP P1 = 1atm P1V1 =P2V2 
 T1 = 273K T1 T2 
 
V2 = 250L 
T2 = 273ºC + 273 = 546K 1. 5000L = P2. 250 P2 = 40 atm 
P2= ?273 546 
 
SOLUÇÕES 
 Solução é qualquer mistura homogênea, ou seja, qualquer sistema monofásico de dois ou mais 
componentes. 
Exemplo: água e sal 
 - soluto → menor quantidade (sal) 
 - solvente → maior quantidade (água) 
 - m1 → massa do soluto 
 - m2→massa do solvente 
 - m →massa da solução 
Assim temos: 
m = m1 + m2 
 
As soluções podem ser: 
 
- SOLUÇÃO DILUÍDA: quando a proporção de soluto é pequena em relação ao solvente. 
Exemplo: 1g de sal em 1L de H2O, xºC 
-SOLUÇÃO CONCENTRADA: quando a proporção de soluto é grande em relação ao solvente. 
Exemplo: 20g de sal em 1L de H2O, xºC 
-SOLUÇÃO SATURADA: é o máximo de soluto que o solvente consegue se dissolver a uma dada 
temperatura. 
Exemplo: 30g de sal em 1L de H2O, xºC 
-SOLUÇÃO SUPERSATURADA: contém maior quantidade de soluto que a respectiva solução saturada á 
mesma temperatura. 
Exemplo: 31g de sal em 1L de H2O, xºC, onde 1g de sal passa a ser corpo de fundo porque não foi 
dissolvido. 
As soluções diluídas e concentradas também são chamadas de soluções insaturadas. 
 
CONCENTRAÇÕES DE SOLUÇÕES 
É qualquer maneira de indicar a proporção entre as quantidades de soluto e de solução (ou solvente). 
-CONCENTRAÇÃO COMUM (C) 
C = m1 ondem1 = massa do soluto (gramas) 
 V V = volume da solução (litros) 
 
 
Exemplo: Uma solução aquosa contém 27g de NaCℓ (sal de cozinha) em 1 litro de água. Qual a 
concentração em g/L? 
C = ? C = m1 → C = 27= 27g/L 
m1 = 27g V1 
 V = 1L 
122 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
123 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CINEMÁTICA 
CINEMÁTICA é a parte da Física que estuda os movimentos dos corpos, não se preocupando com a causa 
dos mesmos. 
1- MOVIMENTO E REPOUSO: um corpo está em movimento quando a distância entre este corpo e 
o referencial varia com o tempo. Quando a distância entre o corpo e o referencial não variar no 
decorrer do tempo, dizemos que o corpo está em repouso. 
2- TRAJETÓRIA: é uma linha determinada pelas diversas posições que um corpo ocupa no decorrer 
do tempo. 
3- ESPAÇO: é a distância entre dois pontos. A distância normalmente é medida em: metro (m), 
quilômetros (km) e centímetro (cm). 
4- TEMPO: é o intervalo existente entre dois ou mais acontecimentos e pode ser determinado pelas 
seguintes unidades: segundo (seg), minuto (min) e hora (h). 
Obs.: 1 minuto = 60 segundos; 
 1 hora = 60 minutos; 
 1 hora = 3.600 segundos. 
5 – VELOCIDADE: é a relação existente entre o espaço percorrido por um móvel e o tempo gasto em 
percorrê-lo. As unidades mais usadas em velocidade são: metros por segundo (m/s) quilômetros por 
hora (km/h). 
 
MOVIMENTO UNIFORME (M.U) 
 Um corpo realiza um M.U. Quando percorre distâncias iguais em intervalos de tempos iguais, isto 
é, a velocidade constante é diferente de zero. 
 Função horária S = So + vt. 
S = Espaço 
So = Espaço inicial 
V = Velocidade 
T = Tempo 
Exemplo: 
Dada a função horária S= 20 +5t, determine: 
a) O espaço inicial 
b) A velocidade 
c) O espaço no instante t = 2 seg. 
Resolução: 
a) S = S0 + vt 
 
S =20 + 5t 
S = 20 m 
 
b) V = 5 m/s. 
 
c) S = 20 +5t 
S = 20 +5.(2) 
S = 20 + 10 
S = 30 m 
124 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DINÂMICA 
1 – DEFINIÇÕES GERAIS 
 A Dinâmica tem por objetivo a resolução de dois problemas básicos. 
 - Conhecendo-se o movimento de um corpo, caracterizar as forças que agem sobre ele. 
 - Conhecendo-se as forças que agem sobre um corpo, caracterizar o seu movimento. 
2 – FORÇAS RESULTANTES 
 É a força que, se substituísse todas as outras que agem sobre um corpo, produziria nele o mesmo 
efeito que todas as forças aplicadas. 
 - Duas forças concorrentes e perpendiculares entre si. 
 F1 
 R 
 F2 FR = F1² + F2² 
3 – PRINCÍPIOS DA DINÂMICA (LEIS DE NEWTON) 
a) PRINCÍPIO DA INÉRCIA OU PRIMEIRA LEI DE NEWTON 
Um ponto material isolado está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. 
 
b) Fr 
--------------------------------------- m EM MÓDULO: FR = m.a 
A unidade de força no SI (Sistema Internacional) é o NEWTON, que se indica por N. 
C) PRINCÍPIO DA AÇÃO E REAÇÃO (TERCEIRA LEI DE NEWTON): 
 Sempre que um corpo A exerce uma força sobre o corpo B, este reage exercendo em A uma outra 
força, de mesma intensidade e direção, mas de sentido contrário. 
Exemplo: 
 F AB é a força que A aplica em B ---------------------------------- 
 FBA F AB 
 F BA é a força que B aplica em A 
 
125 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÁLCULO DA FORÇA RESULTANTE: 
Exemplo: 
Dadas as forças F1 = 4N e F2 = 3N, determine a resultante nos seguintes casos: 
A) F1 e F2 têm a mesma direção e sentido. 
 R = F1 + F2 F1 
 R = 3 + 4 = 7N F2 
B) F1 e F2 têm mesma direção e sentido contrário: 
 R = F2 – F1 F2 F1 
 R = 4 – 3 = 1N 
C) F1 e F2 são perpendiculares. 
F1 R = √F1² + F2² 
 R R = √3² + 4² 
 F2 R = √25 
 R = 5N. 
 
ESTÁTICA 
1- FORÇA RESULTANTE 
É a força única que produz o mesmo efeito causado por várias forças agindo sobre um mesmo corpo. 
R = força resultante encontrada pela soma vetorial. 
 
R = F1 +F2 + ........ + Fn 
 
Se houver duas forças concorrentes, teremos: 
 
Fr = F1 + F2 + 2 F1.F2. cos α 
Ou Fr = F1 + F2 
 
2 – COMPONENTES RETANGULARES DE UMA FORÇA 
 
Fx = F cos α 
Fy = F sen α 
 
3 – EQUILÍBRIO 
Um corpo pode estar em equilíbrio das seguintes maneiras: 
 
a) Equilíbrio estático: quando V= 0 
O corpo está em repouso em relação a certo referencial, isto é, a velocidade é nula para qualquer ponto 
do corpo. 
 
b) Equilíbrio dinâmico: quando V é diferente de O, ou seja, V = constante. 
O corpo está em movimento retilíneo uniforme de referencial escolhido, isto é, a velocidade é constante 
para qualquer ponto. 
 
4 – MOMENTOS DE UMA FORÇA 
 
Momento de uma força F, em relação a um ponto O fixo, é o produto da intensidade da força F pela 
distância do ponto à reta suporte da força. 
- Rotação no sentido anti-horário = momento positivo. 
- Rotação no sentido horário = momento negativo. 
126 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
127 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Si = área inicial 
TERMOLOGIA 
1 – TEMPERATURA 
 Temperatura é a grandeza que mede o estado de agitação térmica das partículas que constituem 
um corpo. Por exemplo, a temperatura de um gás mede o estado de agitação das moléculas desse gás. 
 Quanto maior a velocidade média das moléculas, maior a sua temperatura. 
 
2 – ESCALAS TERMOMÉTRICAS 
 Escala Termométrica é um conjunto de valores numéricos de temperaturas, associados a um 
determinado estado térmico preestabelecido, denominados pontos fixos da escala. 
Observe as escalas abaixo: 
 
CELSIUS FAHRENHEIT KELVIN 
• 100º C 
• TC 
• 0º C 
• 212º F 
• TK 
• 32ºF 
• 373K (ponto vapor) 
• TK 
• 273K (ponto gelo) 
 
Logo, 
 tc = tf + 32 = tk – 273 
 5 9 5 
 
Em particular: 
 
1 – Para transformar graus Celsius em graus Kelvin e vice-versa, usamos a fórmulaabaixo. 
 tk = tc + 273 
2 – Para transformar graus Celsius em graus Fahrenheit e vice-versa, usamos a fórmula abaixo. 
tc = tf – 32 
5 9 
 
DILATAÇÃO TÉRMICA 
Geralmente o aumento da temperatura de um sólido provoca um aumento de suas dimensões, enquanto 
uma diminuição da temperatura provoca uma contração. 
- Dilatação linear: é aquela em que predomina a variação em uma única direção. 
 L = Li.α∆t 
Lf = Li.(1 + α∆t) 
Em que: 
- Li = comprimento inicial 
- Lf = comprimento final 
- ti = temperatura inicial 
- tf = temperatura final 
- ∆L =Lf- Li = variação do comprimento 
- ∆t = tf – ti = variação de temperatura 
- α = coeficiente de dilatação (ºC) 
 
- Dilatação superficial: é aquela em que predomina a variação em duas direções (superfície). 
S = Si.β∆t 
Sf = Si.(1 + β∆t) 
Em que: 
- Sf = área final 
- β = coeficiente de dilatação superficial 
- ∆S = Si – Sf = variação de área 
Para dilatação superficial β = 2α 
 
- Dilatação volumétrica: é aquela em que se considera a variação em três direções (volume). 
 V = Vi.γ∆t 
Vf = Vi.(1 + γ∆t) 
 
Em que: 
- Vi = volume inicial 
- Vf = volume final 
- ∆V = Vf – Vi = variação de volume 
- γ = coeficiente de dilatação volumétrica 
 
Para dilatação volumétrica γ = 3α 
 
 
128 
 
 . Vi . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DILATAÇÃO DOS LÍQUIDOS 
 
Como os líquidos estão contidos em recipientes sólidos, a dilatação realmente sofrida pelo líquido é igual à 
soma da dilatação aparente do líquido com a dilatação volumétrica do recipiente. 
V real = V ap + V recip 
Em que: 
- V real = α real .Vi . t (dilatação real do líquido) 
- V ap = α ap . Vi . t (dilatação aparente do líquido) 
- V recip = α recip .Vi . t (dilatação volumétrica do recipiente) 
Logo, 
α real = αap + α recip 
 
 
 
DILATAÇÃO DA ÁGUA 
 
Aumentando-se a temperatura da água entre 0ºC e 4ºC há diminuição de volume; a partir de 4ºC há 
aumento de volume. 
 
 
FÓRMULA FUNDAMENTAL DE CALORIMETRIA 
Q = m.c.∆t 
Logo, 
Q = m.c (tf – ti) 
 
Em que: 
- Q =quantidade de calor sensível (cal) 
- m= massa do corpo (g) 
- c = calor específico (cal/gºC) 
- ∆t = tf – ti = variação de temperatura 
Se: 
 - Tf é maior que ti, então Q é menor que O (calor recebido pelo corpo) 
- Tf é menor que ti, então Q é menor que O (calor cedido pelo corpo) 
CAPACIDADE TÉRMICA DE UM CORPO 
 
Representa a quantidade de calor necessária para que a temperatura do corpo varie 1ºC. É dado por: 
C = Q ou C = m. c 
t 
C = capacidade térmica (cal/ºC) 
 
PRINCÍPIO DA IGUALDADE DAS TROCAS DE CALOR 
 
Quando dois ou mais corpos, com temperaturas diferentes são postos em contato, eles trocam calor entre 
si, até atingir o equilíbrio térmico. Para um sistema termicamente isolado, temos: 
 Q recebido + Q cedido = 0 
 
CALOR LATENTE 
É a quantidade de calor que um grama de uma substância precisa ganhar ou perder para mudar de uma 
fase a outra. Durante a mudança de fase a temperatura permanece constante. 
Q = m. L 
Em que: 
- Q = quantidade de calor trocada durante a mudança de fase (cal) 
- m = massa do corpo (g) 
- L = calor latente de mudança de fase (cal/g) 
 
129 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MUDANÇAS DE FASE 
 
Uma substância pode passar de uma fase para outra através do recebimento ou fornecimento de calor. Essas 
mudanças de fase são chamadas de: 
f) Fusão: é a passagem de uma substância da fase sólida para a fase líquida 
g) Solidificação: é a passagem de uma substância da fase líquida para fase sólida. 
h) Vaporização: é a passagem da fase líquida para fase gasosa. 
i) Condensação ou liquefação: é a passagem da fase gasosa para líquida. 
j) Sublimação: é a passagem direta da fase sólida para a fase gasosa ou da fase gasosa para a fase 
sólida. 
 
PROPAGAÇÃO DE CALOR 
 
Existem três processos de transmissão de calor: 
• Condução: é o processo de transmissão de calor através do qual a energia passa de partícula para 
partícula sem que elas sejam deslocadas. 
Na condução, o fluxo de calor Q que atravessa uma chapa é o quociente entre a quantidade de calor Q que 
passa perpendicularmente através da chapa e o intervalo de tempo x gasto em atravessá-la. 
Logo, 
Q = Qx = K.S. (t2 – t1) 
e 
Em que: 
- ti e t2 = temperatura das fases 
- K = coeficiente de condutibilidade térmica de material 
- S = área da superfície 
- e = espessura da chapa 
 
• Convecção: é uma forma de transmissão de calor que ocorre nos líquidos dos gases, juntamente 
com o transporte de matéria. 
 
• Irradiação: é a propagação de energia através do espaço, mesmo na ausência de matéria. 
ESTUDO DOS GASES 
Transformações gasosas 
Chamam-se transformações de um gás a mudança de estado por ele sofrida devido à alteração de suas 
variáveis de estado. As transformações mais conhecidas são: 
• ISOTÉRMICA (temperatura constante) 
• ISOBÁRICA (pressão constante) 
• ISOMÉTRICA (volume constante) 
• ADIABÁTICA (não há troca de calor) 
 
 
130 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
131 
 
 
 
ÓPTICA 
 
NOÇÕES BÁSICAS DE ÓPTICA 
 
 
1- FONTE PRIMÁRIA DE LUZ 
É aquela que emite luz própria. 
Exemplo: o sol, a chama de uma vela, etc. 
 
2- FONTE SECUNDÁRIA DE LUZ 
É aquela que se reflete a luz que recebe de outros corpos. 
Exemplo: a lua, o vaso, a parede, etc. 
 
3- FONTE DE LUZ PUNTIFORME 
É a fonte de luz cujas dimensões são desprezíveis. 
Exemplo: uma lâmpada comum observada a uma distância de 40m. 
 
4- RAIO DE LUZ 
É toda linha que representa geometricamente a direção e o sentido de propagação da luz. Um 
conjunto de raios de luz forma um feixe de luz que pode ser: 
- Cilíndrico ou paralelo 
- Cônico divergente 
- Cônico convergente 
 
5- MEIOS TRANSPARENTES, TRANSLÚCIDOS E OPACOS. 
 
• Transparente: é aquele que permite a visualização nítida dos objetos através dele. 
• Translúcido: é aquele que não permite a visualização nítida através dele. 
• Opaco: é aquele que não permite a visualização dos objetos através dele. 
 
6- VELOCIDADE DA LUZ 
A velocidade da luz no vácuo é constante e igual a: 
c = 3000.000 km/s 
Em Astronomia, utiliza-se a unidade de comprimento denominada ano-luz, que representa a 
distância percorrida pela luz no vácuo em um ano. 
 
1 ano-luz = 9,6.1015m 
7- PRINCÍPIO DA ÓPTICA GEOMÉTRICA 
 
a) Princípio da propagação retilínea da luz 
Num meio homogêneo e transparente, a luz propaga-se em linha reta. 
 
b) Princípio da independência dos raios de luz 
Um raio de luz, ao cruzar com outro, não interfere na sua propagação. 
 
c) Princípio da reversibilidade dos raios de luz 
O caminho seguido pela luz independe do sentido de propagação. Isto significa que o caminho 
de volta é igual ao de ida. 
 
 
 
8- ÂNGULO VISUAL 
É o ângulo sob o qual o observador vê o objeto. O ângulo é formado pelos raios que partem dos 
pontos observados. 
 
 
 
132 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ONDULATÓRIA 
NOÇÕES BÁSICAS DE ONDULATÓRIA 
1- ONDA 
É uma perturbação que se propaga. Toda onda transmite energia, sem transportar matéria. 
Quanto à natureza, as ondas podem ser: 
- Mecânicas (precisam de um meio material para se propagar); 
- Eletromagnéticas (não necessitam de meio material para se propagar, isto é, propagam-se no vácuo). 
Quanto à direção de vibração, as ondas podem ser: 
- Transversais (as vibrações são perpendiculares à direção de propagação); 
- Longitudinais (as vibrações coincidem com a direção de propagação). 
Exemplo: ondas sonoras. 
 
2- ONDAS SONORAS 
As ondas sonoras são de origem mecânica, pois são produzidas por deformação em um meio elástico. 
O ouvido normal é excitado por ondas sonoras de frequência entre 20hz e 20.000HZ. 
Quando a frequência é maio que 20.000Hz, as ondas são ditas ultrassônicas, e menor que 20Hz, 
infrassônicas.Os sons não são transmitidos no vácuo porque exigem um meio material para a sua propagação. 
 
3- QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM 
A- ALTURA: é a qualidade que permite classificar os sons em grave e agudo. 
- grave ou baixo = frequência menor 
- agudo ou alto = frequência maior 
 B – INTENSIDADE: é a qualidade que permite distinguir um som forte de um som fraco. 
 - forte = grande intensidade sonora (potência) 
 - fraco = pequena intensidade sonora (potência) 
C – TIMBRE: é a qualidade que permite classificar os sons de mesma altura e de mesa intensidade, 
emitidos por fontes diferentes. 
Exemplo: um piano e um violino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
133 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELETRICIDADE 
A) DEFINIÇÃO: A Eletricidade é um tipo, uma forma de energia como a luz, o calor, o som e outras 
modalidades. A energia não tem definição e por isso Eletricidade não se define. 
 
B) CONDUTORES OU ISOLANTES: 
 
- CONDUTORES: é o corpo que possui elétrons livres dos quais se deslocando através dele faz 
com que a Eletricidade atinja todos os pontos do corpo. Os melhores condutores são os metais. 
- ISOLANTES: é o corpo que possui elétrons livres e a Eletricidade só se manifesta nas regiões 
atritadas, não se propagando. 
 
C) LEI DE COULOMB: “A força entre dois pequenos corpos eletrizados é proporcional ao produto de 
suas cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles e tem a direção que 
os une”. 
 
É representado pela expressão: 
 
F = K.Q1.Q2 
d² 
D) LEI DE OHM: Em temperatura constante, a intensidade de corrente que percorre um condutor é 
diretamente proporcional à diferença de potencial existente entre seus extremos e inversamente 
proporcional à resistência que o condutor oferece à passagem da corrente elétrica. 
I = V 
 R 
Representação gráfica: 
 
 V 
 
 
 
 
 I 
134 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
zzz10
Ω 
 
e) ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES: 
 1 – SÉRIE: aquela em que os resistores são ligados, entre si, de maneira que o fim de um coincide 
com o início do outro. 
 R = R1 + R2 
 2 – PARALELO: aquela em que os resistores são ligados, entre dois pontos: A e B. 
 1 = 1+ 1 .... 
 R1R2 
 
 Exemplo prático: 
 1 – Calcule a resistência equivalente do circuito: 
 
1 = 1 +1 + 1 
R10 10 5 
 
1 = 1 + 1+ 2 1= 4 4R = 10 R = 10 R = 0,25 Ω 
R 10 R 10 4 
 
R = R1 + R2 + R3 R = 1,5 + 2,5 + 11 R= 15 Ω 
 
 2 – Qual é a resistência equivalente à associação da figura abaixo em ohms? 
 
 
R = R1 + R2 -> R = 3 + 3 R = 6Ω 
1 = 1+ 1 1 = 1 + 1 ->1 = 1+2 
RR1 R2 R 6 3 R 6 
 
1 + 3-> 3R = 6 R= 6 R = 2Ω 
R 6 3 
 
135 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
136 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I – CONJUNTOS 
a) Definição: chamamos de conjunto toda a reunião de elementos. Podemos representá-lo por: 
- Sua propriedade característica. 
Ex.: A = {x/x é o conjunto das vogais} 
 
- Enumerando seus elementos entre chaves: 
Ex.: A = {a, e, i, o, u} 
 
- Por diagrama de Venn: 
 
 
 
 
 
 
 
b) Tipos de conjuntos: 
 
- Universo: quando possui mais de um elemento. 
Ex.: A = {x/x é o conjunto dos números naturais} 
 
- Unitário: quando possui apenas um elemento. 
Ex.: A = {x/x é p conjunto dos dias da semana começados pela letra d} 
 
- Vazia: quando não possui nenhum elemento. 
Ex.: {x/x é o conjunto dos dias da semana começados pela letra x} 
 
c) Operações com conjuntos: 
- União: A U B = {x/x ∈ A ou x ∈ B} 
- Intersecção: A ∩ B = {x/x ∈ A ou x ∈ B} 
- Diferença: A – B = {x/x ∈ A e x ∉ B} 
 
d) Conjuntos numéricos: 
 - N = conjunto dos números naturais (são todos os números inteiros e positivos). 
 - Z = conjunto dos números inteiros (são todos os números inteiros + e -). 
 - Q = conjunto dos números inteiros racionais (são todos os números na forma de fração A onde B≠0). 
 B 
 - I = conjunto dos números irracionais (são números cuja representação decimal não é exata, nem 
periódica). 
 - R = conjunto dos números reais (Q + I). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a u e 
o 
 i 
Exercício resolvido: 
1- Dado o conjunto A = {x/x é o conjunto dos números naturais entre 0 e 6} e B = {x/x é o conjunto 
dos números naturais entre 1 e 8}, determine: 
a) Represente os números acima enumerando seus elementos entre chaves. 
b) Identifique o tipo de conjunto representado. 
c) Encontre AUB, A∩B e A – B 
d) Dentre os conjuntos numéricos estudados, a qual grupo pertence? 
Resolução: 
a) A = {1, 2, 3, 4, 5} 
B = {2, 3, 4, 5, 6, 7} 
b) A e B => são do tipo de universo. 
c) A U B = {1, 2, 3, 4, 5} U {2, 3, 4, 5, 6, 7} = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} 
d) Naturais. 
 
 
137 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 II – FUNÇÃO 
a) Definição: sendo A e B dois conjuntos não vazios e uma relação ƒ de A em B, essa relação ƒ 
é uma função de A em B quando a cada elemento x do conjunto A está associado um e um só 
elemento y do conjunto B. 
ƒ: A → B 
Ex.: y = x + 5 => f(x) = x + 5 
b) Conjunto domínio (D): é o conjunto de partida de uma função. 
c) Conjunto imagem (Im): é o conjunto de chegada de uma função. 
 
Exercício Resolvido: 
a) Dado A = {0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4, 5} definir a função ƒ: A →B onde y = x + 1 e determine 
domínio e Im. 
Resolução: 
 A B 
 
 
 
 
 
 
D = {0, 1, 2} 
Im = {1, 2, 3} 
 
b) Estudo das funções: 
 
 
FUNÇÃO DO 1º GRAU 
1- Função linear: é uma função de 1º grau do tipo y =a x + b, seu gráfico será sempre uma reta. 
Ex.: y = x + 1 y 
 x y 
1 2 4 
2 3 
3 4 3 
 
2 
 1 2 3 x 
 
 2 – Função afim: é uma função incompleta de 1º grau do tipo y = a x, seu gráfico será também 
uma reta. 
Ex.: y =2x 
 
 
 
 
 
0 
 
1 
 
2 
0 
1 
2 
5 
3 
138 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 x y 
1 2 
2 4 6 
3 6 
4 
 
2 
 
 12 3 x 
 
 
3-Função identidade: é uma função de 1º grau do tipo x = y, seu gráfico será uma reta que corta o ponto 
origem (0,0). 
Ex.: x = y y 
 
 x y 
1 1 3 
2 2 
3 3 2 
 
1 
 
 1 2 3 x 
 
 
4- Função constante: é toda função do tipo y = b e seu gráfico será sempre uma reta paralela ao eixo x. 
Ex.: y = 2 y 
 x y 
 
1 2 
2 2 2 
3 2 
 
 1 2 3 x 
 
 
III- EQUAÇÃO ESPONENCIAL E LOGARÍTMICA 
a) Exponencial: é toda equação do tipo y = ax 
Exemplos práticos: 
1) 4x= 32 22x= 25 2x= 5x = 5 
2 
 
2) 2x= 1 2x= 2-4 x = - 4 
 16 
 
3) 2x = 3√4 2x = 41/3 2x = (22)1/3 
2x=22/3 x = 2 
3 
 
b) Logaritmo: é toda equação do tipo loga b = x 
Propriedade dos logaritmos: 
 
logb (a.c) = logba + logbc 
logba = logba - logbc 
c 
logban = n. logba 
logbn √a = logba 1/n =1 . logb a 
 n 
 
 
139 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos práticos: Observe que log. é transformado em uma potência. 
1) log4 x = 2 x = 4² x = 16 
2) log5 x² = 0 x² = 60 x² = 1 x² = ±√1 x = ± 1 
Raiz Quadrada 
Raiz quadrada, de certa forma, lembra um pouco a Potenciação. 
Na potenciação temos, por exemplo: 2² = 4 
Se fosse um exercício de raiz seria: √4 = 2. 
O símbolo √ é chamado de radicando. 
Para saber como calcular raiz quadrada, o aluno deve conhecer a tabuada, principalmente o resultado 
dos números multiplicados por eles mesmos. Veja a tabela abaixo: 
2 . 2 = 4 
3 . 3 = 9 
4 . 4 = 16 
5 . 5 = 25 
6 . 6 = 36 
7 . 7 = 49 
8 . 8 = 64 
9 . 9 = 81 
10 . 10 = 100 
Com base na tabela acima, se for perguntado qual a raiz quadrada de 49, qual seria o resultado? A 
resposta certa seria 7 pois: 7x7 = 49. 
Com base nisso, podemos concluir que a raiz quadrada de um número, é o número real que multiplicado 
por ele mesmo tem como resultado o número que está debaixo do radicando. 
Resolvendo um exercício de raiz quadrada: 
 
√4 = 2, pois 2 x 2 = 4, √36 = 6, pois 6 x 6 = 36, √81 = 9, pois 9 x 9 = 81 ,√121 = 11, pois 11 x 11 = 121 
√169 = 13, pois 13 x 13 = 169, √324 = 18, pois 18 x 18 = 324 
Para Raízes quadradas exatas, se o número terminar em: 
1, sua raiz termina com 1 ou 9 
4, sua raiz termina com 2 ou 8 
5, sua raiz termina com 5 
6, sua Raiz termina com 4 ou 6 
9, sua raiz termina com 3 ou 7 
Ex: qual raiz quadrada de 169 
√169 13 
 -1 23x3 =69 
069 
-69 
 0 
Raiz quadrada de 169 é 13. 
 
 
 
140 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
141 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUCESSÃO OU SEQUÊNCIA 
- Definição: Sucessão ou sequência é todo conjunto em que consideramos os elementos dispostos em certa 
ordem. 
 (a1, a2, a3, ...., an) 
-P.A.: Progressão aritmética é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao 
anterior somado com um número fixo chamado razão da progressão. 
Ex.: P.A. (2, 5, 8, 11...) r = 3 
 
• Fórmula geral do termo geral de uma P.A. 
 an= a1 + (n – 1). r 
 
 
 
Razão 
nº de termos 
1º termo 
Termo procurado 
Exemplo: Encontre o vigésimo termo da PA (3, 8...) 
 
an= a1 + (n – 1). r 
a20 = 3 + (20 – 1). 5 
a20= 3 + 19 . 5 
a20= 3 + 95 
a20= 98 
 
Obs.: Para encontrar a razão da PA subtrai-se os termos consecutivos. 
 Ex.: PA (2, 4, 6...) 
 r = razão = 6 – 4 = 2 
 
 
- P.G.: Progressão Geométrica é uma sequência de números não nulos em que cada termo posterior, a 
partir do segundo, é igual ao anterior multiplicado por um número fixo chamado razão da progressão. 
• Fórmula do termo geral de uma P.G. 
an= a1 . q n-1 
 
nº de termos 
Razão 
142 
 
 
 
 
 
 
 
 
in 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º termo 
Termo procurado 
Exemplo: Encontre o 4º termo de PG (2, 4...) 
a4 = ? an= a1 . q n-1 
a1 = 2 a4= 2. 24-1 
q = 2 a4= 2. 8 
n = 4 a4= 16 
 
Obs.: Para encontrar a razão da PG, dividem-se os termos consecutivos um pelo outro. 
 
Ex.: PG (2, 4, 8...) 
q = razão = 4 = 2 
2 
 
 
FATORIAL 
1- Definição: Sendo n um número maior que 1, define-se fatorial de n e indica-se n! 
Ex.: 4! = 4 x 3 x 2 x 1 = 24 
Obs.: Veja que é um produto de fatores de números inteiros decrescentes até o número 1. 
Ex.: 2! = 2 x 1 = 2 
3! = 3 x 2 x 1 = 6 
5! = 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120 
2- Arranjo simples 
É um conjunto de elementos com uma sequência definida. 
Ex.: Uma corrida tem 4 competidores. Há quantas possibilidades para os dois primeiros lugares? 
Resposta: (observe que a sequência é importante neste caso). Para as possibilidades, usamos novamente a 
regra da multiplicação utilizada acima. 
4 possibilidades para o primeiro lugar 
3 possibilidades para o segundo lugar 
Portanto temos 4 x 3 = 12 possibilidades. 
 
143 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE COMBINATÓRIA 
1- Contagem 
a) Imagine que você tenha 1 calça e 1 camisa. De quantas formas diferentes você pode se vestir? 
Resposta: 1 só forma. 
Chame a calça de A e a camisa de B. Assim: 
1 possibilidade 
A B 
 (calça) (camisa) 
 
 
b) E se fossem, 1 calça e 2 camisas. De quantas formas diferentes você poderia se vestir? 
Se a calça for A e as camisas B1 e B2, fazemos: 
 
B1 
 
A 
 B2 
 
 
 
Portanto, são duas formas diferentes de se vestir. 
 
c) E se fossem 2 calças e 2 camisas? Teríamos nesse caso: 
 
A1 B1 
 
 
A2 B2 
 
 
 
 
Cada seta representa 1 possibilidade. Como temos 4 setas, temos 4 possibilidades. 
Outro exemplo: Numa corrida há 3 competidores. Há quantos resultados possíveis? 
 
Resposta: para o primeiro lugar, há 3 possibilidades, pois há 3 competidores. 
Para o segundo lugar, há 2 possibilidades, pois sobraram 2 competidores. 
Para o terceiro lugar, há 1 possibilidades, pois sobrou 1 competidor. 
 
Feito isso, multiplicamos as possibilidades: 3 x 2 x 1 = 6 possibilidades. 
Portanto, há um total de 6 possibilidades no resultado da corrida. 
 
 
(camisa 1) 
(camisa 2) 
(calça 1) 
(calça 2) 
3- Permutações simples 
 
A permutação é um arranjo simples com uma diferença: na permutação, todos os elementos são 
necessariamente usados. Assim, no exemplo anterior, a pergunta seria: Quantos resultados são possíveis 
na corrida (com 4 competidores)? E a resposta seria: 
4 possibilidades para o primeiro lugar, pois são quatro competidores. 
3 possibilidades para o segundo lugar porque 1 competidor já tirou o primeiro lugar. 
2 possibilidades para o terceiro lugar porque sobraram 2 competidores. 
1 possibilidade para o quarto lugar porque sobrou 1 competidor. 
 
Portanto, temos 4 x 3 x 2 x 1 = 24 resultados possíveis. 
144 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- Combinações Simples 
 É um conjunto de elementos que não depende da sua sequência. 
Exemplo 1: Quantas combinações podem fazer com as letras A e B? 
Resposta: Apenas 1 combinação: AB (pois BA representa a mesma combinação). 
 
Exemplo 2:Quantas combinações, de suas cores, podemos fazer com as cores azul, verde e branco? 
Resposta: Azul e verde; verde e branco e azul e branco. 
Todas as outras uniões representam duplas repetidas. 
 
Equações do 1º Grau - Definição 
Definição: Toda sentença matemática expressa por uma igualdade, na qual exista uma ou mais letras 
que representem números, é denominada equação. Cada letra que representa este número desconhecido 
é chamada de variável ou incógnita. 
A expressão matemática situada à esquerda do símbolo = é denominada 1º membro da equação (ou 
igualdade). 
A expressão matemática situada à direita do símbolo = é denominada 2º membro da igualdade (ou 
equação). Exemplos: 
 
2x + 8 = 0 
5x - 4 = 6x + 8 
3a - b - c = 0 
 
A equação geral do primeiro grau: 
ax+b = 0 
Onde a e b são números conhecidos e a diferente de 0, se resolve de maneirasimples: subtraindo b dos 
dois lados, obtemos: 
ax = -b 
Dividindo agora por a (dos dois lados), temos: 
 
 
 
 Considera a equação 2x - 8 = 3x -10 
 
A letra é a incógnita da equação. A palavra incógnita significa "desconhecida". 
Na equação acima a incógnita é x; tudo que antecede o sinal da igualdade denomina-se 1º membro, e o 
que sucede 2º membro. 
 
 
 
 Qualquer parcela, do 1º ou do 2º membro, é um termo da equação, não são equações: 
 
 4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta) 
 x - 5 < 3 (Não é igualdade) 
 (não é sentença aberta, nem igualdade) 
 
 
145 
 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
 
 
 
MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
146 
 
 
CAPÍTULO 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRIGONOMETRIA DO TRIÂNGULO RETÂNGULO 
 
1- Teorema de Pitágoras 
A trigonometria, que é uma palavra de origem grega: trigo = triangular, metria= medida, tem por 
objetivo estabelecer relações entre os seis elementos de um triângulo. 
Antes de entrarmos no estudo da Trigonometria, vamos rever a definição de um triângulo retângulo: 
 
 Triângulo retângulo é todo retângulo que tem um ângulo reto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Em todo triângulo retângulo, os lados que formam o ângulo reto são denominados catetos e o lado 
oposto ao ângulo reto é chamado de hipotenusa. 
 Assim, em todo triângulo retângulo, a soma dos quadrados das medidas dos catetos é igual ao 
quadrado da medida da hipotenusa. 
 
a² = b² + c², que é o Teorema de Pitágoras. 
C 
A B 
b 
c 
a 
90º 
2- Razões trigonométricas no triângulo retângulo 
Vamos um pouco mais além: se os pontos fossem (2, 3) e (1, 2) 
 
• sen β = cateto oposto a βsen β = b 
hipotenusa a 
 
• cos β = cateto adjacente a β cos β = c 
hipotenusa a 
 
• tg β = cateto oposto a β tg β = b 
cateto adjacente a β c 
 
 
 
 
 
 
b 
C 
 
β 
90º 
α 
α + β = 90º 
147 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c A B 
INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ANALÍTICA 
 
1- Plano 
Imagine que você está na sala de uma casa e, de repente, apaga a luz. Você sabe que uma lanterna 
está a 2 passos para a frente e 2 passos para a direita. Chamaremos de coordenadas x e y. Os dois 
passos para frente representam a direção y e os dois passos para a direita, a direção x. Podemos 
representar assim: 
 
 y 
 
 
2 
 
 
2 x 
 
 
posição inicial 
 
O espaço em x e y demonstrado é chamado de plano, o plano xy. 
Portanto, com um valor para x e outro para y, identificamos um ponto no plano. 
Exemplo: 
 y 
 
2 
 
 
 
2 x 
O primeiro elemento dos parênteses é x e o segundo elemento é y. 
Lanterna 
Ponto (2, 2) 
 2- Distância entre 2 pontos no plano 
 Considere 2 pontos no plano: o ponto (1, 1) e o ponto (2, 1). Vamos representá-los no gráfico: 
 y 
 
1 
 
 
 1 2 x 
 
 Unindo os dois pontos, temos a distância entre eles. Vamos calcular? 
 Vamos chamar o ponto (1, 1) de (x1, y1) e o ponto (2, 1) de (x2, y2). 
 A regra é: 
 (x2 – x1) = x 
 (y2 – y1) = y 
 
 Voltando ao gráfico, qual é à distância de (1, 1) e (2, 1)? 
 Aplicando a regra: (x2 – x1) = (2 – 1) = 1 
 (y2 – y1) = (1 – 1) = 0 
 
 
 
 Portanto, a distância em x é 1 e em y é 0. 
 
 
 
 
 
148 
 
 
 
 
 
 Vamos um pouco mais além: Se os pontos fossem (2, 3) e (1,2)? 
 y 
 
3 
2 
 1 2 x 
 Como achar a distância entre esses pontos? Temos que usar o Teorema de Pitágoras. 
h² = x² + y² h =  x² + y² 
 
 
 
 
 
Vamos voltar ao gráfico anterior e identificar nele um triângulo retângulo. Veja: 
 y 
 
 
 
 
 x 
 x 
 
 Assim: (1 – 2) = - 1 = x 
 (2 – 3) = -1 = y 
 
 Portanto, h = (-1)² + (-1)² = √2 
 
 
Exercício revolvido: 
1- Encontre h, ou seja, a distância entre os pontos dados: (1, 3) e (2, 2) 
 
 
h = 1² + 1² = √2 
 
x = (2 – 1) = 1 
y = (2 – 3) = -1 
h 
y 
x 
h 
y

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