Ação de Oposição Ação de Habilitação

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA
Turma 6N1
Gabriele de Almeida Batista 11620058
Igor Pereira Guimarães 11613415
Maria de Lourdes Simões Coelho 11620045
Vanusa Vieira Fontana 11420869
Thaís Rabelo Machado 11711531
 Trabalho de Processo Civil IV
(Ação de Oposição/ Ação de Habilitação)
Belo Horizonte, 2021.
Ação de Oposição
1. Definição 
A ação de oposição consiste em nova ação autônoma, tratada nos artigos. 682 a 686 Código do Processo Civil. Em que o terceiro ajuíza em face das partes originárias do processo ou seja do autor e réu. 
Formulando pretensão sobre o mesmo objeto ou direito já disputado entre as partes, podendo a pretensão ser no todo ou em partes. O terceiro pretende obter o mesma coisa ou direito que é disputado na ação originaria.
Ação tem a finalidade de demostrar que terceiro tem direitos no objeto jurídico discutido na lide, portando não deve ser atribuído nem ao autor nem ao réu, mas sim para ele.
2. Procedimentos da ação de oposição
A. Competência 
Deve ser observados requisitos para propositura da ação conforme o artigo 683 do código de Processo Civil.
A distribuição da ação de oposição e vinculada a ação originaria e distribuída por dependência ao juízo da ação principal, sendo que juiz competente para julgar a oposição em razão de matéria. 
Ação de oposição e a ação principal correrão sempre simultaneamente, e serão julgadas em conjunto.
Ação pode ser interposta até ser proferida a sentença contra os autor e réu.
B. Petição inicial 
Ação de oposição deverá observar os mesmo requisitos exigidos para as petição inicial dispostos nos artigos. 319 e 320 do Código do Processo Civil, sob pena de indeferimento da ação.
A ação de oposição é própria do processo de conhecimento, Não cabe ação de oposição em processo de execução.
C. Citação
A distribuição da oposição, por seu turno, será vinculada e por dependência, implicando na citação de autor e réu por seus advogados para contestação no prazo comum de 15 (quinze) dias (p. único, art. 683).
D. Se um dos opostos reconhecer
Se houver reconhecimento do pedido por um dos opostos (autor ou réu na ação principal), tal medida resultará na continuidade da oposição do opoente contra somente um dos opostos, aquele que resistiu à pretensão (art. 684).
E. Admitido o processamento a oposição
A oposição, quando admitida, será apensada aos autos da ação originária, tramitando simultaneamente, sendo ainda julgadas na mesma sentença (art. 685, caput). No julgamento conjunto, o mérito da oposição será analisado antes mesmo da ação originária (art. 686).
F. Ajuizamento antes da audiência de instrução e julgamento
Por fim, ressalta-se ser possível que a oposição acarrete a suspensão processual – após a produção de provas (p. único, do art. 685) –, e isso ocorrerá quando for proposta após o início da audiência de instrução. Por outro lado, a suspensão pode ser afastada quando a unidade da instrução atender mais eficazmente ao princípio da razoável duração do processo.
G. Ajuizamento depois da audiência de instrução e julgamento 
“Art. 682. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos”
Sabendo que, se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o curso do processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade da instrução atende melhor ao princípio da duração razoável do processo. Pelo contrário, se a objeção for levantada após a audiência, a sentença será proferida nos termos do artigo 60 da Lei de Processo Civil no 73, de acordo com o procedimento ordinário, sem afetar a razão principal. Intervenção, mas ação autônoma, forma um processo de incidente.
H. Sentença 
Caso a oposição tenha sido proposta antes da audiência, o julgamento seguirá a regra proposta no art. 59 do CPC. “Art. 59. A oposição, oferecida antes da audiência, será apensada aos autos principais e correrá simultaneamente com a ação, sendo ambas julgadas pela mesma sentença.”
Se o oponente obtiver todo o apoio da sua reclamação, o pedido de reclamação principal será rejeitado. No entanto, ambas as ações podem ter validade parcial. Se a oposição for julgada improcedente, a ação principal será persistente ou improcedente.
Em suma, “o julgamento de uma oposição pode referir-se a qualquer direito ou coisa que se opõe no processo principal e na relação processual da oposição, ou apenas parcialmente, e todos cumprem o âmbito do pedido de oposição. também são regras. É determinado pelo oponente quando o oponente é deduzido e determinado pelo juiz. 
· Jurisprudência de Ação de oposição
Reintegração de posse. Oposição. Apelo manejado pelo requerido nos autos da reintegração julgada improcedente, com a revogação da liminar inicialmente concedida. Ausência de interesse recursal do réu, pela inexistência de sucumbência. Recurso não conhecido. (TJ-SP – AC: 1005080702018260268 SP 1005080.70.2018.8.26.0268, Relator: Mauro Conti Machado, Data de Julgamento: 19/05/2021, 16ª Câmara de Direito Privado, Data da Publicação: 19/05/2021)
Resumo
Foi proposta ação de reintegração de posse pelo autor Antônio, em face do apelante, André. Posteriormente, sobreveio oposição manejada por Edmundo Ricardo, ficando Antônio e André como opostos. Tendo uma breve síntese do caso, o oposto André, indicou terreno oposto ao de posse do Antônio, um situado no Km 332 da BR 116 e o de Antônio, se encontra no Km 334, Br 116. Por outro lado, o imóvel indicado por Antônio, é o mesmo apresentado por Edmundo, ainda que inscritos em cadastros fiscais diferentes. Logo após, foi verificado que a prefeitura lançou dois números referindo-se do mesmo imóvel. Sendo assim, a posse ficou restrita a Antônio e Edmundo, tendo então restada improcedente a ação proposta por Antônio em face de André.
Ação de Habilitação
1. Definição
A habilitação é o procedimento utilizado para restabelecer a relação jurídica processual afetada pela morte de uma das partes disposto no Codigo de Processo Civil Artigos 687 a 692. O procedimento deve ser utilizado pela parte, ou pelos sucessores do falecido, para garantir sua vinculação ao processo e permitir a sua recondução, diante da paralisação causada pelo falecimento da parte. .
 E, é através do procedimento especial da habilitação que os herdeiros do falecido sucedem o de cujus na demanda. Não se admite, no entanto, a habilitação em ações intransmissíveis, como por exemplo ação de divórcio, reconhecimento de paternidade etc.
A habilitação de sucessores encontra-se prevista no art. 687 do NCPC. Art. 687. A habilitação ocorre quando, por falecimento de qualquer das partes, os interessados houverem de suceder-lhe no processo.
 Procedimento especial de jurisdição contenciosa, trata se de uma forma estabelecida pela lei para que haja continuidade a relação processual que foi impedida de ser resolvida por um acontecimento natural morte, no caso de acontecer a morte de uma das partes quebra o elo de um dos lados da relação jurídica.
Nessa perspectiva, Donizete (2009, p.997) afirma que o conceito de tal instituto é o “procedimento especial incidente que tem por fim restabelecer o desenvolvimento da relação processual interrompido pela morte de uma das partes. ” 
2. Procedimentos da ação de habilitação:
Apenas na hipótese de habilitação voluntária do sucessor não será necessária a suspensão do processo, bem como no caso de figurarem como partes, no mesmo polo processual.
A. Legitimidade para requerer a habilitação 
De acordo com o art. 1.829 do CC/2002, são sucessores os descendentes, ascendentes, o cônjuge supérstite e os colaterais. 
 Legitimidade para requerer a habilitação O art. 688 do CPC/2015, ao estabelecer a regra da iniciativa, permite conceber que há duas espécies de habilitação: (a) provocada (ou passiva); (b) espontânea (ou ativa). E, com efeito, a habilitação pode ser requerida pela parte, em relação aos sucessores (art. 688, I, do CPC/2015), Vejamos.
Art. 688. A habilitação pode ser requerida:
I - pelaparte, em relação aos sucessores do falecido; ou pelos sucessores, relativamente à parte (art. 688, II, do CPC/2015).
II - pelos sucessores do falecido, em relação à parte.
 No entanto, o acervo hereditário que inclui o objeto litigioso do processo em que se pretende a habilitação transmite-se imediatamente aos sucessores 
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
Formando até a partilha, o espólio. Então, cumpre distinguir a habilitação requerida antes ou após a partilha.
B. Competência da ação 
Competência A habilitação processar-se-á perante o juízo no qual o processo estiver, essa é a regra
Prevista no art. 689 do CPC/2015. Independentemente de se tratar de um processo de competência originária dos tribunais, o fato é que será de competência do relator decidir sobre a habilitação mesmo na hipótese de processo principal que esteja tramitando perante o tribunal em grau de recurso. Nesse sentido, a habilitação deverá respeitar a previsão dos regimentos internos que não discrepam do modelo geral, permitindo a modalidade de habilitação espontânea, requerida pelos sucessores, ou de habilitação provocada, quando requerida pela parte sobrevivente.
Art. 689. Proceder-se-á à habilitação nos autos do processo principal, na instância em que estiver suspendendo-se, a partir de então, o processo.
C. Petição inicial 
A principal alteração promovida pelo CPC/2015 é a forma prevista no CPC/73. Na regra prevista no Código anterior, a habilitação deveria ser requerida por petição, instruída por documentos que comprovassem o óbito da parte, provocando a instauração de autos que tramitariam de forma apartada dos autos principais. Como será analisado a atual sistemática do Código, instituída pelo
CPC/2015, determina que a habilitação seja decidida nos autos do processo principal, salvo quando houver impugnação e necessidade de dilação probatória (art. 691 do CPC/2015 vejamos.
Petição de requerimento de habilitação A habilitação deverá ser requerida nos autos do processo principal, comprovando-se o falecimento da parte, com a certidão de óbito e a certidão de nascimento do requerente que comprove o seu (grau de) parentesco, no caso de requerimento do sucessor (art. 688, II, do CPC/2015). No caso do cônjuge sobrevivente, por motivos óbvios, mostrar--se- á indispensável a certidão de casamento.
Art. 688. A habilitação pode ser requerida: II - pelos sucessores do falecido, em relação à parte.
D. Citação 
Após o juiz receber o pedido de habilitação, ele ordenará a citação dos requeridos para se manifestarem nos autos, sendo o prazo de 05 (cinco) dias (art. 690, caput).
A citação será pessoal, caso ainda não exista o procurador constituído nos autos (p. único, art. 690). Ocorrendo quando a habilitação é requerida pela parte em relação aos sucessores do falecido, (art. 688, I do NCPC). 
Sendo assim, por determinação do oficial de justiça conforme (art. 246, II, do CPC/2015) ou pelo correio (art. 246, I, do CPC/2015). Entretanto, se a parte contrária tiver procurador constituído na causa, a citação ocorrerá na pessoa deste, independentemente se o advogado tiver recebido poderes especiais para receber citação. O prazo para manifestação é de cinco dias, a teor do (art. 690, do CPC/2015), e o prazo deverá ser contado conforme as regras comuns dos (art. 231 c/c art. 224 do CPC/2015). A manifestação deve versar sobre duas questões: (a) a transmissibilidade, ou não, do objeto litigioso e (b) a condição de sucessor. Em relação a esses aspectos, incidem as regras gerais, em especial o ônus da impugnação específica (art. 341, caput, do CPC/2015) e o princípio da eventualidade (art. 336 do CPC/2015).
E. Decisão do pedido de habilitação 
O juiz decidirá o pedido de habilitação imediatamente, salvo se este for impugnado e houver necessidade de dilação probatória diversa da documental, caso em que determinará que o pedido seja autuado em apartado e disporá sobre a instrução (art. 691, NCPC).
Caso o pedido de habilitação for impugnado e não for necessária dilação probatória, o juiz poderá fixar prazo para que se apresentem documentos que comprovem o óbito e a qualidade dos sucessores, decidindo a habilitação com base nos elementos constantes nos autos, ou procederá à habilitação na forma ordinária.
F. Sentença 
A sentença na habilitação funcionará da seguinte maneira: será entregue a petição solicitando a habilitação para atuar no processo ao juiz do processo; o juiz ordenará a citação dos requeridos para se pronunciarem no prazo de 5 (cinco) dias; o juiz decidirá o pedido de habilitação, salvo se este for impugnado e houver necessidade de dilação probatória diversa da documental; transitada em julgado a sentença de habilitação, o processo principal retomará o seu curso. 
 A Transitada em julgada a sentença de habilitação, o processo principal retomará o seu curso, e cópia da sentença será juntada aos autos respectivos (art. 692).
· Jurisprudência de Ação de Habilitação 
EMENTA
 AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. 1. FALECIMENTO DE UMA DAS PARTES. EFEITO EX TUNC. ANULAÇÃO DOS ATOS POSTERIORES. PRECEDENTES. 2. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO E VIOLAÇÃO AO ART. 689 DO CPC/2015. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356/STF. 3. AGRAVO CONHECIDO PARA CONHECER PARCIALMENTE O RECURSO ESPECIAL E, NESSA EXTENSÃO, NEGAR-LHE PROVIMENTO.
Resumo
BAELGO MINEIRA FOMENTO MERCANTIL LTDA Sustentou, em síntese, que, embora esteja correta a decretação de suspensão do processo para habilitação do espólio, não é devida a anulação dos atos após a morte do devedor, uma vez que não evidenciado prejuízo ao direito de defesa do espólio de Reclus Gerbi. Argumentou que a habilitação deve ser processada na instância em que for suscitada interpôs, RECURSO ESPECIAL no qual teve negado recurso. O Tribunal de origem não admitiu o processamento do recurso especial por não ter sido demonstrada ofensa aos dispositivos legais apontados e em virtude da incidência da Súmula n. 7/STJ (e-STJ, fls. 597-598).
“A PRETENÇAO DE SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL”
BELGO MINEIRA FOMENTO MERCANTIL LTDA, reconhecido improcedente o RECURSO ESPECIAL interpôs. Embargos à Execução. Contrato de recompra de Títulos e outras avenças. Embargos julgados improcedentes. Comunicação do óbito de dois embargados. Nulidade de todos os atos posteriores à data do falecimento. Sentença anulada de ofício. Com a morte de uma das partes, o processo será suspenso a fim de que seja regularizado o polo ativo e passivo da relação jurídica processual a suspensão do processo opera-se imediatamente ao falecimento da parte, ainda que a informação sobre o fato ao juízo da causa ocorra tempos depois. Trata-se de hipótese de suspensão automática ope legis, de modo tal que a decisão judicial posterior que pronuncie a suspensão ou delibere sobre a questão possui natureza meramente declaratória. O reconhecimento do fato pelo magistrado e a determinação de suspensão retroagem em seus feitos ao momento do falecimento.
Não prospera o pedido da BELGO MINEIRA FOMENTOS LTDA de que seja reconhecido os atos praticados após a morte de dois embargados no processo na forma do artigo 313 inciso I código processo civil” com a morte da parte o processo e suspenso. 
Referencias
Gonçalves, M.V. R. Coleção Sinopses Jurídicas 13 - Processo civil : procedimentos especiais. [Digite o Local da Editora]: Editora Saraiva, 2017. 9788553601196. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553601196/. Acesso em: 20 May 2021
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1537/Oposicao-Novo-CPC-Lei-no-13105-15
https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/336668287/ncpc-a-oposicao-nao-e-mais-modalidade-de-intervencao-de-terceiro
https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15#art-682
https://rafaelbertramello.jusbrasil.com.br/artigos/121943090/breves-consideracoes-sobre-a-oposicao-no-processo-civil-brasileirohttps://jus.com.br/artigos/49577/a-oposicao-no-novo-cpc-de 2015#:~:text=Se%20a%20oposi%C3%A7%C3%A3o%20for%20proposta,da%20dura%C3%A7%C3%A3o%20razo%C3%A1vel%20do%20processo.&text=As%20partes%20no%20processo%20origin%C3%A1rio%20passam%20a%20ser%20litisconsortes%20passivos.
Alvim, Eduardo Arruda Direito processual civil
Processo civil 2. Processo civil – Brasil I. Título II. Grana-do, Daniel Willian III. Ferreira, Eduardo Aranha.
Direito processual civil 2. Processo civil : Direito civil /PAGINAS 1285 a 1290347.9 347.9CDU 347.9 / Eduardo Arruda Alvim, Daniel
Willian Granado e Eduardo Aranha Ferreira. – 6. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019.
https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/470857052/habilitacao-de-herdeiro-no-ncpc-disposicoes-gerais-e-modelo-gratuito