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7 ANO - MOD 28 - REINOS E IMPÉRIOS AFRICANOS - BREVE HISTÓRIA DA ÁFRICA

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A África é considerada o principal berço da
humanidade, por ter ocorrido o surgimento
dos seres humanos e, consequentemente,
pelo aparecimento das primeiras sociedades
políticas organizadas.
REINOS E IMPÉRIOS AFRICANOS
Módulo 28
162
BREVE HISTORIA DA ÁFRICA
Os primeiros habitantes da África transformaram-
se constantemente, consolidando seu domínio
sobre técnicas para a fabricação de utensílios
inovadores, sobre práticas agropastoris (cultivos
de cevada, trigo e plantas têxteis e criações de
animais domésticos) e sobre a cerâmica, uma das
mais revolucionárias invenções humanas, que
permitiu a acumulação e o armazenamento de
vegetais, extraídos ou cultivados.
O Neolítico africano foi marcado por uma organização do
trabalho até então não existente, na medida em que
ampliou as possibilidades de escolhas em relação às
tarefas e suas repartições, tornando-as cada vez mais
especializadas entre camponeses, pastores, artesãos etc.
Essa nova organização do trabalho, aliada à crescente
eficiência das novas ferramentas, permitiu a existência
de funções mais variadas, impedindo que ficassem
restritas à produção e à coleta, passando, também, a ser
aplicadas para os serviços, como o artesanato
O crescimento das forças produtivas
africanas durante esse período provocou
um considerável crescimento
demográfico, o qual, por sua vez,
estimulou fenômenos migratórios por
todo o continente.
Foi o momento de consolidação e fixação
das etnias africanas, tais como os
pigmeus e os khoisan (mais arcaicos) e,
posteriormente, os bantos (também
conhecidos como bantus) e os habitantes
de Asselar, no vale do Oued Tilemsi, no
atual Mali.
Arte rupestre neolítica 
africana, localizada na 
Namíbia
No mesmo período, expandiram-se as
representações artísticas africanas, especialmente
nas regiões ao norte do continente – abrangendo,
por exemplo, o Egito e o Saara – e na África Oriental
e Meridional.
Acredita-se que essa arte refletia, por um lado, o
encantamento dos seres humanos diante da
exuberante natureza que se agitava ao redor de
suas moradias. Na maioria dos casos, contudo,
tratava-se de uma espécie de arte majoritariamente
social, centrada na representação coletiva do
cotidiano, como trabalhos grupais, caça às feras,
conflitos contra clãs rivais, jogos, passatempos etc.
Muitas civilizações africanas alcançaram seu ápice entre
os séculos XII e XVI.
Trata-se de um período privilegiado, no qual a África
desenvolveu culturas originais e, sem perder sua
personalidade, assimilou influências trazidas de outros
continentes.
Conhecer a riqueza dessas sociedades tornou-se possível
graças à abundância de documentações escritas e fontes
arqueológicas produzidas a partir do século XI,
principalmente entre os séculos XIII e XIV.
CARACTERÍSTICAS DAS CIVILIZAÇÕES AFRICANAS
O rei africano Mansa Musa, que governou o Império Mali 
no século 14 é, até hoje, a pessoa mais rica da história, sua 
fortuna passa facilmente dos três trilhões de dólares
No século XV, os europeus, em especial os portugueses,
produziram um amplo conjunto de documentos a
respeito dos reinos da costa da África Ocidental, os
quais possuíam acentuado grau de desenvolvimento,
como revelam as informações acerca dos povos que
habitavam o Golfo do Benin e os arredores do Rio Zaire,
também conhecido como Rio Congo.
As civilizações e os reinos africanos existentes
nesse período apresentavam algumas
características comuns fundamentais.
O clã (ou linhagem) constituía a forma rudimentar
de Estado, em que os membros reconheciam um
ancestral comum e viviam sob a autoridade de um
patriarca ou chefe eleito, que possuía a função de
organizar a divisão do trabalho, repartir os ganhos
do grupo e administrar a justiça.
Os clãs viviam em territórios cujos limites eram
bem demarcados, dispondo de terras
consideravelmente extensas, tanto no Saara quanto
nas áreas de florestas.
165
Nesse mesmo período, a religião islâmica foi
difundida em grande parte do continente,
propagada por comerciantes e guerreiros.
Os muçulmanos, reconhecidos como grandes
mercadores e pesquisadores, dominaram
várias rotas comerciais e contribuíram para o
desenvolvimento das técnicas da Filosofia e
das Ciências em grande parte das regiões em
que se instalaram
166
A expansão islâmica, acentuada a partir do
século XI, contou com o decisivo apoio dos
almorávidas, cujos exércitos conquistaram
parte do Magreb e da Península Ibérica,
além de terem restaurado a Suna em todo o
Ocidente muçulmano.
Entre 1050 e 1076, os almorávidas
combateram e venceram o Império de Gana,
conquistando sua capital, a cidade de
Kumbi. Várias regiões ricas em ouro e
anteriormente submissas aos ganeses
aderiram ao islamismo e passaram a
integrar as rotas comerciais árabe-berberes.
Além disso, muitos mercadores oriundos do Golfo
Pérsico e da Arábia conseguiram penetrar na costa
oriental africana, instalando ali feitorias, desde
Madagascar até o Chifre da África, integrando-as ao
mercado internacional.
Formaram-se importantes centros comerciais, como
em Mogadíscio (na atual Somália), Kilwa (na atual
Tanzânia) e Sofala (em Moçambique), os quais se
transformaram em “portas” que ligaram a África ao
comércio marítimo pelo Oceano Índico.
Ao longo da costa africana, desenvolveu-
se uma civilização afro-muçulmana,
conhecida como suaíli, com
características árabes e bantas.
Suas influências se estenderam por toda
a África Oriental, pelo litoral dos Grandes
Lagos africanos e nas proximidades do
Rio Zaire, difundindo as influências
islâmicas
Além da expansão islâmica, outro
elemento que impulsionou a integração
do continente africano foi o
desenvolvimento de relações comerciais
e, consequentemente, de intercâmbios
culturais entre os povos.
Nesse processo, havia tanto relações que
ocorriam dentro do próprio continente
africano como as distantes, entre povos
africanos e povos de outros continentes.
Como exemplos das primeiras, podemos citar as
ocorridas no Saara, por onde passavam grandes
caravanas que transportavam produtos variados; ou
mesmo entre as savanas sudanesas e as regiões
florestais situadas ao sul, por meio das quais ocorreram
transferências de mercadorias e técnicas de uma região
para outra.
No tocante a relações distantes, houve exportação de
ouro e marfim africanos para a Índia e para a Arábia,
através do Oceano Índico, além de trocas de produtos,
como grãos, tecidos, peles, sedas, armas e artesanatos
entre Sudão, Vale do Níger, Gao (no atual Mali), Kano e
Katsina (na atual Nigéria).
As integrações religiosas, culturais e
comerciais impulsionaram o
desenvolvimento de reinos e impérios
entre os séculos XII e XVI – embora
alguns deles, como o Congo, o
Zimbábue e o Monomotapa (Mwene
Mutapa), tenham sofrido
pouquíssimas influências diretas do
Islã.
Nessas regiões, a ausência de documentos escritos não
configura um fator intransponível para o conhecimento
histórico, uma vez que em territórios equatoriais, centrais
e meridionais africanos existem impressionantes
monumentos de pedra construídos pelas populações
bantas, conhecidas como Zimbábue e Mapungubwe (hoje
uma província da África do Sul), verdadeiras cidades
fortificadas que permitem aos pesquisadores,
antropólogos e arqueólogos reconhecer características
importantes dessas sociedades do passado, as quais
possuíam sólida organização sociopolitica,.
É possível perceber, portanto, que várias formas de
Estado existiram na África entre os séculos XII e
XVI.
Nos próximos módulos, conheceremos melhor
algumas civilizações e alguns reinos africanos, tais
como Reino do Congo, Reino do Zimbábue, cidades
iorubás, Reino do Benin, Império do Mali e Império
Songhai.

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