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PONTOS A SEREM OBSERVADOS NA ARBITRAGEM: LEI 9307/1996 FATOS SUBJETIVOS, INTERESSES PESSOAIS, BENS EM JOGO, EMOÇÕES, STATUS SOCIAL, RELACIONAMENTOS, CRENÇAS, IDEOLOGIAS, PRINCÍPIOS, VALORES, MEDOS, HISTÓRICO FAMILIAR DE PERDAS, ÓDIOS, CONTRATOS DE GAVETA, VÍNCULOS FAMILIARES ETC CONFLITO : - FALTA DE ENTENDIMENTO ENTRE DUAS OU MAIS PARTES - LITÍGIO: - PROFUNDA FALTA DE ENTENDIMENTO ENTRE DUAS OU MAIS PARTES. - CONTENDA, PENDÊNCIA - AÇÃO OU CONTROVÉRSIA JUDICIAL MARC’sMétodos Adequados de Resolução de Conflitos: São métodos alternativos ao judiciário estatal que evitam (ou minimizam) o combate direto entre as partes, buscando construir uma solução conjunta. Podem ser: ✓Autocompositivos: as partes decidem. ✓Hetero compositivo: um terceiro decide. Pirâmide imaginária da solução de conflitos: ✓Maior litigiosidade (ESTAMOS FALANDO DE AÇÃO NO JUDICIÁRIO) ✓Aumento do formalismo – não significa deixar de observar princípios básicos, por exemplo, contraditório, publicidade etc.. ✓Cresce a intervenção de terceiros ✓Mais duradoura Novo: DRB – xix COBREAP –FOZ DO IGUAÇÚ NEGOCIAÇÃO: Método de resolução de conflitos em que as partes constroem o acordo. Não existe ‘terceiro’, pois as partes‘ ainda’ estão em um estágio onde existe confiança e é possível o diálogo. HAVERÁ NEGOCIAÇÃO EM TODOS OS MOMENTOS: CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO, ARBITRAGEM E ATÉ NO MOMENTO DE UMA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO... ARBITRAGEM: •Método de resolução de controvérsia em que as partes podem escolher terceiro (árbitro) para julgar a questão conflitante, resultando na sentença arbitral, cuja natureza é idêntica à da sentença judicial. •Lei 9.307, 1996.Lei 13.140, 2015 (Arbitragem na Administração Pública) ARBITRAGEM: Regulada no Brasil pela Lei 9.307/96, reformada em 2015: 13129/2015 ✓O julgador é da livre escolha dos litigantes, chamado árbitro ✓O litígio é resolvido por um ou três árbitros, escolhidos pelas partes ✓A decisão dos árbitros é definitiva (não está sujeita a recursos) e equivale à sentença judicial (título executivo judicial) ✓O procedimento pode ser definido pelas partes (arbitragem institucional e ad hoc) Processo Judicial : VERTENTES: COMPARAR ARBITRAGEM X PROCESSO JUDICIAL ✓Julgador generalista, sem especialização no tema ✓Formalismo excessivo: armadilhas processuais ✓Múltiplos recursos e graus: interlocutórios e protelatórios ✓Tempo excessivo para a solução do litígio ✓Litigiosidade acentuada entre as partes: cultura do combate ARBITRAGEM : Nelson Nery Junior obtempera: “O que não se pode tolerar por flagrante inconstitucionalidade é a exclusão, pela lei, da apreciação de lesão a direito pelo Poder Judiciário, que não é o caso do juízo arbitral. O que se exclui pelo compromisso arbitral é o acesso à via judicial, mas não à jurisdição. Não se pode ir à Justiça estatal, mas a lide será resolvida pela justiça arbitral. Em ambas há, por óbvio, a atividade jurisdicional”. OBSERVAÇÕES : Art. 42 CPC- O JUÍZO ARBITRAL NÃO ESTÁ SUJEITO ÀS REGRAS DE COMPETÊNCIA DO CPC: “AS CAUSAS CÍVEIS SERÃO PROCESSADAS E DECIDIDAS PELO JUIZ NOS LIMTES DE SUA COMPETÊNCIA, RESSALVADO ÀS PARTES O DIREITO DE INSTITUIR JUÍZO ARBITRAL, NA FORMA DA LEI”. ART. 337 CPC : § 5º - “Determina que a existência de convenção arbitral deve ser suscitada pela parte como preliminar e não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz”. Art. 35: SENTENÇA ESTRANGEIRA PARA SER RECONHECIDA OU EXECUTADA NO BRASIL, A SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA ESTÁ SUJEITA, UNICAMENTE, À HOMOLOGAÇÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA” Pontos importantes dentro do instituto da arbitragem: Forma extrajudicial de resolução de conflitos sobre direitos patrimoniais disponíveis, escolhida pelas partes através da Convenção de Arbitragem: –Cláusula Compromissória: opção anterior ao surgimento do litígio –Compromisso Arbitral: opção posterior ao surgimento do litígio Art. 960: (.....) NOVIDADE NO CPC 2015 § 3º A HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ARBITRAL ESTRANGEIRA OBEDECERÁ AO DISPOSTO EM TRATADO E EM LEI, APLICANDO-SE, SUBSIDIARIAMENTE, AS DISPOSIÇÕES DESTE CAPÍTULO” NA PRÁTICA, COMO REQUERER A HOMOLOGAÇÃO DA SENTENÇA ARBITRAL? O requerimento de homologação da sentença arbitral estrangeira : deverá observar os requisitos do art. 319 do CPC AUTORA: Michele Pedrosa Paumgartten e Emir Calluf – Sobre arbitragem Hoje : “Seria inconstitucional a LArb (Lei da Arbitragem) se vedasse à parte o acesso ao Poder Judiciário, instituindo, por exemplo, casos de arbitragem obrigatória. Como não o fez, não há nenhuma inconstitucionalidade em permitir às partes a escolha entre o juiz estatal e o arbitral para solucionar a lide existente entre elas”. Hodiernamente, não há mais fundamento para a discussão sobre a constitucionalidade da arbitragem, que está sedimentada tanto na doutrina quanto na jurisprudência, em virtude dela ser opcional (diante da disponibilidade do direito veiculado) e não obrigatória. A obrigatoriedade, portanto, é que a tornaria inconstitucional. A impossibilidade de revisão do mérito arbitral pela jurisdição civil, todavia, não significa a inação desta, ou absoluta não intervenção, quando se trata de aspectos ligados à validade da decisão oriunda da jurisdição arbitral ou observância de direitos de índole constitucional. Com efeito, em que pesem as premissas postas, a jurisdição pública não deve renunciar ao poder-dever de controlar a legalidade e a constitucionalidade do procedimento arbitral, o que não se confunde a toda evidência com rever a questão de fundo decidida pelo árbitro com base nos termos da convenção fixada entre as partes. POIS VEJAM: Os limites do poder decisório do árbitro se escoam na aplicação das regras do jogo preestabelecidas pelos sujeitos da relação no termo/convenção de arbitragem, para a resolução de eventual pretensão resistida in concreto, podendo eventualmente ser questionada a lisura e a observância das regras constitucionais – em sua eficácia horizontal – pertinentes ao procedimento arbitral, perante a jurisdição civil. SITUAÇÕES QUE COMPORTAM ANÁLISES: Assim é que, hipóteses de inobservância dos limites da convenção de arbitragem e dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa comportam pleno controle pela jurisdição comum, ex vi do disposto pelos artigos 21, § 2o; 32, incisos IV e VIII; e 33, todos da Lei no 9.307/96. Vejam: Art. 21. LEI 9307-1996 A arbitragem obedecerá ao procedimento estabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, que poderá reportar-se às regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada, facultando-se, ainda, às partes delegar ao próprio árbitro, ou ao tribunal arbitral, regular o procedimento. […] § 2o Serão, sempre, respeitados no procedimento arbitral os princípios do contraditório, da igualdade das partes, da imparcialidade do árbitro e de seu livre convencimento.” Art. 32. É nula a sentença arbitral se: […] IV – for proferida fora dos limites da convenção de arbitragem; […] VIII – forem desrespeitados os princípios de que trata o art. 21, § 2o, desta Lei FORMAS DE INSTITUIÇÃO DA ARBITRAGEM: Prevista no contrato: Cláusula Compromissória: ❑Cumprimento obrigatório ❑Escolha prévia da entidade administradora da arbitragem (cláusula cheia) ◼Não prevista no contrato: Compromisso Arbitral ❑Depende de aceitação das partes para ser instaurada ❑Torna-se obrigatória com a assinatura do compromisso Modelo de cláusula arbitral (convenção de arbitragem, cláusula compromissória) http://www.crea-mg.org.br/cma/Paginas/Arbitragem.aspx •“Toda e qualquer controvérsia originada ou em Conexão com o presente contrato será resolvida por Arbitragem, a ser administrada pela CMA/CREA-MG–Câmara de Mediação e Arbitragem do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais, de acordo com o seu respectivo Regulamento de Arbitragem, por (x) Árbitro(s)*, nomeados na forma do referido Regulamento. A arbitragem terá sede na cidade de (a ser definida pelas partes), estará sujeita às leis do Brasil (ou outralegislação, se for o caso), e será conduzida no idioma (a ser definido pelas partes)”. •* A indicação de Árbitro deverá ser sempre em número ímpar. http://www.crea-mg.org.br/cma/Paginas/Arbitragem.aspx Requisitos : DENTRO DA ARBITRAGEM: FUNCIONAMENTO: TRIBUNAL ARBITRAL COM 1 OU TRÊS ÁRBITROS 1- Partes sejam capazes 2 - Direito seja patrimonial e disponível ◼Características do Tribunal de Arbitragem: ❑Celeridade ❑Especialização técnica ❑Informalismo ❑Sem recurso CASE A Experiência com os Comitês de Resolução de Disputas nos Jogos Olímpicos - Rio 2016
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