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ARBITRAGEM 2020

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PONTOS A SEREM OBSERVADOS NA ARBITRAGEM: LEI 9307/1996
FATOS SUBJETIVOS,
INTERESSES PESSOAIS,
BENS EM JOGO,
EMOÇÕES,
STATUS SOCIAL,
RELACIONAMENTOS,
CRENÇAS,
IDEOLOGIAS,
PRINCÍPIOS,
VALORES,
MEDOS,
HISTÓRICO FAMILIAR DE PERDAS,
ÓDIOS, CONTRATOS DE GAVETA, VÍNCULOS FAMILIARES ETC
CONFLITO :
- FALTA DE ENTENDIMENTO ENTRE
DUAS OU MAIS PARTES
- LITÍGIO:
- PROFUNDA FALTA DE ENTENDIMENTO
ENTRE DUAS OU MAIS PARTES.
- CONTENDA, PENDÊNCIA
- AÇÃO OU CONTROVÉRSIA JUDICIAL
MARC’sMétodos Adequados de Resolução de Conflitos:
São métodos alternativos ao judiciário estatal que evitam (ou minimizam) o
combate direto entre as partes, buscando construir uma solução conjunta.
Podem ser:
✓Autocompositivos: as partes decidem.
✓Hetero compositivo: um terceiro decide.
Pirâmide imaginária da solução de conflitos:
✓Maior litigiosidade (ESTAMOS FALANDO DE AÇÃO NO 
JUDICIÁRIO)
✓Aumento do formalismo – não significa deixar de observar 
princípios básicos, por exemplo, contraditório, publicidade etc.. 
✓Cresce a intervenção de terceiros
✓Mais duradoura
Novo:
DRB – xix COBREAP –FOZ DO IGUAÇÚ 
NEGOCIAÇÃO:
Método de resolução de conflitos em que as
partes constroem o acordo.
Não existe ‘terceiro’, pois as partes‘ ainda’
estão em um estágio onde existe confiança e é
possível o diálogo.
HAVERÁ NEGOCIAÇÃO EM TODOS OS
MOMENTOS: CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO,
ARBITRAGEM E ATÉ NO MOMENTO DE UMA
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO...
ARBITRAGEM:
•Método de resolução de controvérsia em que as
partes podem escolher terceiro (árbitro) para julgar a
questão conflitante, resultando na sentença arbitral,
cuja natureza é idêntica à da sentença judicial.
•Lei 9.307, 1996.Lei 13.140, 2015 (Arbitragem na
Administração Pública)
ARBITRAGEM:
Regulada no Brasil pela Lei 9.307/96, 
reformada em 2015: 13129/2015
✓O julgador é da livre escolha dos litigantes, 
chamado árbitro
✓O litígio é resolvido por um ou três árbitros, 
escolhidos pelas partes
✓A decisão dos árbitros é definitiva (não está 
sujeita a recursos) e equivale à sentença judicial 
(título executivo judicial)
✓O procedimento pode ser definido pelas 
partes (arbitragem institucional e ad hoc)
Processo Judicial : VERTENTES: COMPARAR ARBITRAGEM X PROCESSO JUDICIAL
✓Julgador generalista, sem especialização no tema
✓Formalismo excessivo: armadilhas processuais
✓Múltiplos recursos e graus: interlocutórios e protelatórios
✓Tempo excessivo para a solução do litígio
✓Litigiosidade acentuada entre as partes: cultura do combate
ARBITRAGEM : Nelson Nery Junior
obtempera:
“O que não se pode tolerar por flagrante
inconstitucionalidade é a exclusão, pela lei, da
apreciação de lesão a direito pelo Poder
Judiciário, que não é o caso do juízo arbitral. O
que se exclui pelo compromisso arbitral é o
acesso à via judicial, mas não à jurisdição. Não
se pode ir à Justiça estatal, mas a lide será
resolvida pela justiça arbitral. Em ambas há,
por óbvio, a atividade jurisdicional”.
OBSERVAÇÕES : Art. 42 CPC- O JUÍZO ARBITRAL NÃO
ESTÁ SUJEITO ÀS REGRAS DE COMPETÊNCIA DO CPC:
“AS CAUSAS CÍVEIS SERÃO PROCESSADAS E DECIDIDAS
PELO JUIZ NOS LIMTES DE SUA COMPETÊNCIA,
RESSALVADO ÀS PARTES O DIREITO DE INSTITUIR JUÍZO
ARBITRAL, NA FORMA DA LEI”.
ART. 337 CPC : § 5º - “Determina que a 
existência de convenção arbitral deve ser 
suscitada pela parte como preliminar e não 
pode ser reconhecida de ofício pelo juiz”.
Art. 35: SENTENÇA ESTRANGEIRA
PARA SER RECONHECIDA OU
EXECUTADA NO BRASIL, A
SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA
ESTÁ SUJEITA, UNICAMENTE, À
HOMOLOGAÇÃO DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA”
Pontos importantes dentro do instituto da arbitragem:
Forma extrajudicial de resolução de conflitos sobre direitos
patrimoniais disponíveis, escolhida pelas partes através da
Convenção de Arbitragem:
–Cláusula Compromissória: opção anterior ao surgimento
do litígio
–Compromisso Arbitral: opção posterior ao surgimento do
litígio
Art. 960: (.....) NOVIDADE NO CPC 2015
§ 3º A HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO
ARBITRAL ESTRANGEIRA OBEDECERÁ AO
DISPOSTO EM TRATADO E EM LEI,
APLICANDO-SE, SUBSIDIARIAMENTE, AS
DISPOSIÇÕES DESTE CAPÍTULO”
NA PRÁTICA, COMO REQUERER A 
HOMOLOGAÇÃO DA SENTENÇA 
ARBITRAL? 
O requerimento de homologação da 
sentença arbitral estrangeira : deverá 
observar os requisitos do art. 319 do 
CPC
AUTORA: Michele Pedrosa Paumgartten
e Emir Calluf – Sobre arbitragem
Hoje : “Seria inconstitucional a LArb (Lei
da Arbitragem) se vedasse à parte o
acesso ao Poder Judiciário, instituindo,
por exemplo, casos de arbitragem
obrigatória. Como não o fez, não há
nenhuma inconstitucionalidade em
permitir às partes a escolha entre o juiz
estatal e o arbitral para solucionar a lide
existente entre elas”.
Hodiernamente, não há mais fundamento para a discussão
sobre a constitucionalidade da arbitragem, que está
sedimentada tanto na doutrina quanto na jurisprudência, em
virtude dela ser opcional (diante da disponibilidade do direito
veiculado) e não obrigatória. A obrigatoriedade, portanto, é que
a tornaria inconstitucional.
A impossibilidade de revisão do mérito
arbitral pela jurisdição civil, todavia, não
significa a inação desta, ou absoluta não
intervenção, quando se trata de
aspectos ligados à validade da decisão
oriunda da jurisdição arbitral ou
observância de direitos de índole
constitucional.
Com efeito, em que pesem as premissas
postas, a jurisdição pública não deve
renunciar ao poder-dever de controlar a
legalidade e a constitucionalidade do
procedimento arbitral, o que não se
confunde a toda evidência com rever a
questão de fundo decidida pelo árbitro
com base nos termos da convenção
fixada entre as partes.
POIS VEJAM: Os limites do poder decisório do árbitro se
escoam na aplicação das regras do jogo preestabelecidas
pelos sujeitos da relação no termo/convenção de
arbitragem, para a resolução de eventual pretensão
resistida in concreto, podendo eventualmente ser
questionada a lisura e a observância das regras
constitucionais – em sua eficácia horizontal – pertinentes
ao procedimento arbitral, perante a jurisdição civil.
SITUAÇÕES QUE COMPORTAM
ANÁLISES: Assim é que, hipóteses de
inobservância dos limites da convenção
de arbitragem e dos princípios
constitucionais do contraditório e da
ampla defesa comportam pleno controle
pela jurisdição comum, ex vi do disposto
pelos artigos 21, § 2o; 32, incisos IV e
VIII; e 33, todos da Lei no 9.307/96.
Vejam: Art. 21. LEI 9307-1996
A arbitragem obedecerá ao procedimento estabelecido pelas
partes na convenção de arbitragem, que poderá reportar-se
às regras de um órgão arbitral institucional ou entidade
especializada, facultando-se, ainda, às partes delegar ao
próprio árbitro, ou ao tribunal arbitral, regular o
procedimento. […]
§ 2o Serão, sempre, respeitados no procedimento arbitral os
princípios do contraditório, da igualdade das partes, da
imparcialidade do árbitro e de seu livre convencimento.”
Art. 32. É nula a sentença arbitral se: […]
IV – for proferida fora dos limites da
convenção de arbitragem; […]
VIII – forem desrespeitados os princípios
de que trata o art. 21, § 2o, desta Lei
FORMAS DE INSTITUIÇÃO DA ARBITRAGEM:
Prevista no contrato: Cláusula Compromissória:
❑Cumprimento obrigatório
❑Escolha prévia da entidade administradora da arbitragem
(cláusula cheia)
◼Não prevista no contrato: Compromisso Arbitral
❑Depende de aceitação das partes para ser instaurada
❑Torna-se obrigatória com a assinatura do compromisso
Modelo de cláusula arbitral (convenção de arbitragem,
cláusula compromissória) http://www.crea-mg.org.br/cma/Paginas/Arbitragem.aspx
•“Toda e qualquer controvérsia originada ou em Conexão com
o presente contrato será resolvida por Arbitragem, a ser
administrada pela CMA/CREA-MG–Câmara de Mediação e
Arbitragem do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
de Minas Gerais, de acordo com o seu respectivo Regulamento
de Arbitragem, por (x) Árbitro(s)*, nomeados na forma do
referido Regulamento. A arbitragem terá sede na cidade de (a
ser definida pelas partes), estará sujeita às leis do Brasil (ou
outralegislação, se for o caso), e será conduzida no idioma (a
ser definido pelas partes)”.
•* A indicação de Árbitro deverá ser sempre em número ímpar.
http://www.crea-mg.org.br/cma/Paginas/Arbitragem.aspx
Requisitos : DENTRO DA ARBITRAGEM:
FUNCIONAMENTO: TRIBUNAL ARBITRAL COM 1 OU TRÊS 
ÁRBITROS
1- Partes sejam capazes
2 - Direito seja patrimonial e disponível
◼Características do Tribunal de Arbitragem:
❑Celeridade
❑Especialização técnica
❑Informalismo
❑Sem recurso
CASE
A Experiência com os Comitês de Resolução
de Disputas nos Jogos Olímpicos - Rio 2016

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