Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_1… 1/30 FILOSOFIA DO DIREITO E FILOSOFIA DO DIREITO E DIREITOSDIREITOS HUMANOSHUMANOS Me. Chr ist iane S ingh Bezerra Bou Khezam IN IC IAR 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_1… 2/30 introdução Introdução Nesta Unidade abordaremos a evolução histórica dos direitos humanos, com destaque aos principais acontecimentos da Antiguidade, na Era Medieval e na modernidade que in�uenciaram o surgimento dos Direitos Humanos. Em seguida, trataremos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e seu papel no sentido de Consagração dos Direitos Humanos, assim como a importância do Tribunal de Nuremberg na judicialização desses direitos. Ainda no contexto de evolução, abordaremos as gerações e dimensões dos direitos humanos, suas características, os direitos e as garantias fundamentais. E, por �m, apresentaremos de que forma os direitos humanos se apresentam no ordenamento jurídico brasileiro e a recepção dos tratados internacionais sobre o tema. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_1… 3/30 A compreensão da importância dos direitos humanos no mundo só pode ser alcançada a partir da compreensão de sua evolução histórica. Entender os acontecimentos que in�uenciaram na formação desses direitos, bem como os instrumentos que os consagraram, passa necessariamente pelo pensamento dos jus�lósofos da Antiguidade, como Sócrates, Platão, Aristóteles e Cícero, até chegar nos pensadores pós-modernos, como Luhmann, Alexy, Dworkin e outros. Nessa perspectiva, convém destacar que, na Antiguidade, dominada por um pensamento teocêntrico - cujo poder soberano era exercido por um monarca, constituído representante de Deus na terra e ao qual todos deviam obediência - já se observava preceitos de direitos humanos no pensamento de alguns jus�lósofos. Estes contrariando os dogmas da época demonstravam uma visão antropocêntrica de temas como ética, moral e justiça, que são fundamentais para a consagração e a tutela dos direitos humanos. Nesse sentido, Almeida (2009) destaca que: Os direitos humanos naOs direitos humanos na Antiguidade, na Era Medieval e naAntiguidade, na Era Medieval e na Era ModernaEra Moderna 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_1… 4/30 É a partir de Sócrates, no século V a.C., que a �loso�a passa a ter como eixo central de suas re�exões a formação do cidadão e do sábio virtuoso. Sócrates pode ser considerado o primeiro �lósofo antropocêntrico. No século IV a. C Platão e Aristóteles tinham como tema principal de seu pensamento �losó�co a pessoa humana e suas relações (ALMEIDA, 2009, p. 2). Seguindo os passos de Sócrates e Platão, na Roma antiga, temos na �gura de Cícero uma importante contribuição para os direitos humanos, uma vez que ele é o responsável por lançar os primeiros conceitos sobre igualdade de direitos, injustiça e tirania. Ainda segundo o autor, “a liberdade é condição essencial de vida” (CÍCERO, 2007, p. 14), na perspectiva do pensamento de Cícero, liberdade e igualdade são fundadas no direito natural e são essenciais a todos os indivíduos. Pela essência do pensamento desses jus�lósofos, observa-se que na Antiguidade já havia claramente um pensamento voltado à tutela dos direitos humanos, no entanto, é evidente que naquele momento não havia ainda a dimensão dos dias atuais em relação ao tema, sendo, portanto, pensamentos embrionários da defesa dos direitos humanos e da necessidade de resguardar direitos inerentes ao homem. No entanto, até o �m da Idade Média o mundo era dominado por uma visão teocêntrica, de modo que todas as ações dos homens e todos os seus direitos gravitavam em torno da ideia do poder divino e soberano, logo, não havia nenhuma preocupação em garantir direitos aos indivíduos, pois estes deveriam viver segundo os desígnios de seus soberanos e de Deus. O poder soberano era exercido pelo rei que comandava seus súditos que, por sua vez, eram desprovidos de qualquer direito, cabendo a eles apenas a obediência às decisões do rei, que atuava de acordo com suas próprias vontades, não estando sujeito a nenhum tipo de regra. Desse modo, liberdade e igualdade eram termos completamente distantes da realidade daquele período. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_1… 5/30 A partir do século XVIII, percebe-se o surgimento de uma nova concepção que se alicerçava na ideia de fazer cessar o arbítrio dos governantes. Esse movimento se alastrou por toda a Europa e propunha o �m do poder despótico e, assim, diversas revoluções se sucederam buscando estabelecer um “governo de leis e não de homens” (FERREIRA FILHO, 2010, p. 19). Surgem, então, as ideais iluministas, que colocam em xeque esse poder absoluto e desmedido exercido pelos reis. Os iluministas questionaram, de forma veemente, o pensamento medieval contrapondo-se, inclusive, às concepções católicas reinantes até então, para combater a ideologia de supremacia da fé sobre a razão. Questionou-se, ainda, o poder absoluto dos reis, como uma concessão divina e, obviamente, abriu-se espaço para um pensamento humanizado, voltado para o fato de que o homem deveria ser o centro do universo e não o divino. Essa, certamente, foi a grande contribuição do iluminismo em matéria de consolidação do conceito de direito humanos. A partir do pensamento iluminista difundido, principalmente, por importantes intelectuais da época, como Diderot, Voltaire, Kant, Hegel e outros, consolidou-se uma mudança de paradigma fundada, especialmente, na ideia de “separação do Estado com relação à vida privada dos indivíduos” (GORENDER, 2004, p. 13). Nesse contexto, o valor da liberdade foi consagrado e difundido como um direito dos indivíduos, com a consequente limitação do Poder do Estado. Esse processo se deu por meio dos movimentos revolucionários, como a Revolução Francesa, em 1789, e a Independência do Estados Unidos, em 1776. Esses movimentos consagraram os direitos individuais e inauguraram uma nova concepção de vida e de direitos, fundada no ideal de liberdade e de igualdade preconizados pela Revolução Francesa. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_1… 6/30 Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) As ideias iluministas rapidamente se propagaram pela Europa e, a partir daí, instaurou-se um clima de preocupação com a tutela dos direitos do homem. Essa preocupação, aliás, �cou evidente em diversos movimentos e não se restringiu à Europa, visto que os Estados Unidos também já haviam dado um grande passo nesse sentido. Dito isso, podemos a�rmar que a grande contribuição da Inglaterra ocorreu em 1689, com a assinatura da Bill of Rights, uma Declaração de Direitos, “que garantia a legalidade do Parlamento em controlar de diversas formas os poderes do monarca” (CASADO FILHO, 2012, p. 30). O documento mencionado foi considerado a primeira declaração moderna a limitar os poderes de um soberano, o que representa uma importante conquista no caminho de efetivação de direitos humanos elementares relacionados à liberdade. Igualmente importante foi o processo de Independência dos Estados Unidos em 1776. A partir desse acontecimento, veri�ca-se uma preocupação mais especí�ca com os direitos da pessoa humana e, também, uma limitação para a intervenção estatal. saiba mais Saiba mais Para compreender mais sobre os antecedentes do Direitos Humanos, sua evolução histórica e os fatos que in�uenciarama consagração desses direitos no contexto internacional, leia o conteúdo disponível no link a seguir: <https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/>. Acesso em: 1 maio 2019. ACESSAR https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/ 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_1… 7/30 Embora tenha representado um avanço tremendo para época “a Declaração de Independência Americana e a Constituição Americana, não asseguraram uma igualdade efetiva a todos os americanos” (CASADO FILHO, 2012, p. 31). Mesmo após a Independência, a questão racial ainda continuou sendo uma mácula na história dos Estados Unidos, já que a escravidão só foi abolida após muitas guerras e, até no século XX, a questão racial ainda representava um problema gravíssimo para o país. A Declaração Universal dos Direitos do Homem não é considerada uma norma de caráter compulsório, porém, tem caráter vinculante, pois é seguida pelos Tribunais do mundo todo, inclusive, pelo Supremo Tribunal Federal, no que diz respeito a resguardar direitos fundamentais, cujo respeito representa a garantia da dignidade humana. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_1… 8/30 atividade Atividade Os direitos humanos não surgiram prontos e completos, mas acompanharam o desenvolvimento da sociedade. Na medida em que a sociedade evolui, surge a necessidade de tutelar direitos e assim foi se estruturando toda a teoria dos Direitos Humanos. Com relação ao surgimento e à evolução dos direitos humanos, assinale a alternativa correta. a) As primeiras remissões aos Direitos Humanos são veri�cadas a partir de Sócrates que tinham como tema principal de seu pensamento �losó�co a pessoa humana e suas relações. b) A primeira vez que a se discutiu questões pertinentes aos Direitos Humanos foi após a Primeira Guerra Mundial. c) Na Antiguidade, qualquer expressão voltada à tutela de Direitos Humanos era fortemente rechaçada. Segundo a concepção aristotélica, os Direitos Humanos se contrapunham à visão teocêntrica daquele período. d) Platão e Sócrates negavam veementemente qualquer pensamento de tutela de direitos do cidadão por considerarem tal tipo de pensamento uma oposição ao teocentrismo por eles defendido. e) A noção de pessoa humana é recente na história da humanidade, tal expressão só passou a ser admitida a partir da Declaração Universal dos Direitos do Homem. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_1… 9/30 Muitos acontecimentos in�uenciaram a formação da teoria dos Direitos Humanos, ou seja, os Direitos Humanos re�etem a própria evolução da sociedade, portanto, é re�exo de uma época e de uma determinada sociedade. Nesse contexto, alguns acontecimentos foram muito signi�cativos para a formação da Teoria dos Direitos Humanos, dentre eles podemos destacar as duas Grandes Guerras Mundiais. Tribunal de Nuremberg Atualmente, um dos grandes desa�os em matéria de Direitos Humanos é a sua justicialização na ordem internacional. O Tribunal de Nuremberg teve um papel muito relevante nesse processo, já que foi o primeiro Tribunal Internacional criado para julgar crimes contra a humanidade. O Tribunal de Nuremberg foi um Tribunal Militar Internacional, instituído em 1945 pelo acordo de Londres e tinha como função julgar os criminosos de guerra. De acordo com Piovesan (2006), mais especi�camente “com a Evolução histórica dos DireitosEvolução histórica dos Direitos HumanosHumanos 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 10/30 competência de julgar os crimes cometidos ao longo do nazismo, seja pelos líderes do partido, seja pelos o�ciais militares” (PIOVESAN, 2006, p. 34). Importante destacar que diferente do que ocorre no ordenamento jurídico interno - em que cada país institui suas normas, com fundamento em sua soberania - no direito internacional, essa relação é mais complexa, por isso julgar crimes cometidos contra a humanidade, como se fez necessário no pós- guerra, requer a utilização de mecanismos diferenciados e que estejam em consonância com o direito internacional. Por essa razão, a estrutura e a competência do Tribunal foram determinadas por um Tratado Internacional, no caso, o Acordo de Londres, que entre outros detalhes de�niu quais os crimes o Tribunal julgaria, a citar: Crimes contra a paz; Crimes de guerra; Crimes contra a humanidade. Quanto à fundamentação das decisões proferidas pelo Tribunal, o autor Piovesan (2006) destaca que: O Tribunal de Nuremberg aplicou fundamentalmente o costume internacional para a condenação criminal de indivíduos envolvidos na prática de crime contra a paz, crime de guerra e crime contra a humanidade, previsto pelo Acordo de Londres (PIOVESAN, 2006, p. 35). Dessa forma, mesmo que pesem as críticas lançadas aos mecanismos do Tribunal, certo é que sua contribuição foi essencial para demonstrar que no contexto internacional, especialmente, quando a questão envolve Direitos Humanos, é necessário mitigar a soberania nacional e penalizar os indivíduos, mesmo que estes em tese não sejam sujeitos do direito internacional. Foi também graças ao Tribunal de Nuremberg que se de�niu a aplicação do costume internacional como fundamento para as condenações em crimes de guerra, visto que apenas os tratados internacionais não são capazes de prever todas as situações que necessitem de punição. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_1… 11/30 Figura 3.1 Tribunal de Nuremberg Fonte: Olga Popova / 123RF. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 12/30 atividade Atividade Leia o trecho a seguir: “O Tribunal de Nuremberg foi criado por um tratado, o Acordo de Londres, �rmado entre as Quatro Potências em 8 de agosto de 1945, ou seja, exatos três meses após a rendição incondicional da Alemanha. Toda a base organizacional, desde os limites de sua jurisdição até os detalhes procedimentais dos julgamentos, foi acordada entre as Quatro Potências por meio de negociações, sem limitarem-se a suas próprias normas jurídicas internas”. ZOCOLER, M. R. O Tribunal Militar Internacional para a Alemanha: Tribunal de Nuremberg: seu caráter de exceção e o princípio da legalidade. In: Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, n. 3766, 2013. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/25599>. Acesso em: 1 maio 2019. Com base na citação apresentada sobre o Tribunal de Nuremberg, assinale a alternativa correta: a) Era um Tribunal, ad hoc, criado especi�camente para julgar os criminosos do Eixo Europeu. b) Era um Tribunal Internacional, com competência para julgar qualquer crime de guerra. c) Era um Tribunal ad hoc, com competência exclusiva para julgar criminosos de guerra alemães. d) Era um Tribunal de Exceção criado pelos alemães e que tinha a função de julgar os criminosos de guerra. e) Era um Tribunal permanente com o escopo de julgar crimes contra a humanidade. https://jus.com.br/artigos/25599 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 13/30 Os Direitos Humanos foram desenvolvendo-se na medida em que a própria sociedade evoluiu, desse modo, eles representam as demandas da sociedade em um determinado período. Para tentar demonstrar essa evolução de forma didática, podemos classi�cá-los em gerações ou dimensões e , nesse tocante, a classi�cação mais aceita é aquela que atribui aos referidos direitos três dimensões/gerações, a citar: 1. Primeirageração/dimensão - Direitos Civis e Políticos; 2. Segunda dimensão - Direitos Sociais; 3. Terceira dimensão - Direitos de Solidariedade ou Fraternidade. Importante destacar que ainda paira uma discussão acerca da terminologia mais adequada para a classi�cação dos Direitos Humanos. Para alguns, o termo “geração” não seria o mais conveniente por remeter à ideia de sucessão de direitos, já que, na verdade, eles não são sucedidos um pelos outros, mas acrescidos ao rol de direitos a serem tutelados. Classi�cação dos DireitosClassi�cação dos Direitos Humanos: GeraçõesHumanos: Gerações 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 14/30 Nesse sentido, o autor Paulo Bonavides, por exemplo, utiliza a terminologia “geração” sob o fundamento de que esse termo remete à forma como historicamente esses direitos foram inseridos nas constituições dos países. Segundo ele, “os direitos fundamentais passaram na ordem institucional a manifestar-se em três gerações sucessivas, que traduzem sem dúvida um processo cumulativo e quantitativo” (BONAVIDES, 1993, p. 517). Em contrapartida, veri�ca-se aqueles que entendem que o termo “gerações” não seria apropriado por remeter a uma ideia de substituição. Nesse sentido, merecem destaque as lições do autor Sarlet (2007), segundo o qual: Em que pese o dissídio na esfera terminológica, veri�ca-se crescente convergência de opiniões no que concerne à idéia que norteia a concepção das três (ou quatro, se assim preferirmos) dimensões dos direitos fundamentais, no sentido de que estes, tendo tido sua trajetória existencial inaugurada com o reconhecimento formal nas primeiras Constituições escritas dos clássicos direitos de matriz liberal-burguesa, se encontram em constante processo de transformação, culminando com a recepção, nos catálogos constitucionais e na seara do Direito Internacional, de múltiplas e diferenciadas posições jurídicas, cujo conteúdo é tão variável quanto as transformações ocorridas na realidade social, política, cultural e econômica ao longo dos tempos. Assim sendo, a teoria dimensional dos direitos fundamentais não aponta, tão-somente, para o caráter cumulativo do processo evolutivo e para a natureza complementar de todos os direitos fundamentais, mas a�rma, para além disso, sua unidade e indivisibilidade no contexto do direito constitucional interno e, de modo especial, na esfera do moderno ‘Direito Internacional dos Direitos Humanos. (SARLET, 2007, p. 55). Independente da nomenclatura, é importante compreender que os Direitos Humanos formam uma unidade, cuja consagração de novos direitos é inerente à historicidade que os caracteriza. Ademais, as gerações/dimensões se complementam e, uma vez consagradas, não deixam de existir, posto que são inalienáveis e irrenunciáveis, além de inerentes à própria existência humana. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 15/30 Desse modo as dimensões/gerações têm por escopo relacioná-las às demandas sociais de determinado período e, também, à forma como foram recepcionadas no ordenamento jurídico interno. Nesse sentido, podemos destacar que os direitos civis e políticos, também chamados de direitos de primeira dimensão, consolidaram-se após a Declaração Universal dos Direitos do Homem, por meio do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos. Os direitos consagrados no referido Pacto dizem respeito à liberdade e representam “poderes de agir, ou não agir, independentemente da ingerência do Estado” (FERREIRA FILHO, 2010, p. 41). Esses direitos surgiram no contexto das Revoluções Burguesas, especialmente, da Revolução Francesa e Gloriosa, e tratam-se de prestações negativas, cujo objetivo é limitar a ação do Estado e permitir que o cidadão exerça livremente sua liberdade individual, dentre elas: 1. Liberdade de ir e vir; 2. Liberdade religiosa; 3. Liberdade de manifestação; 4. Liberdade de associação. Observa-se que a tutela da liberdade se faz no mais amplo sentido e dela decorrem diversos princípios, tais como: presunção de inocência, legalidade criminal e processual e outras. É importante ponderar que a consagração desses direitos foi extremamente in�uenciada pelo pensamento iluminista. Os direitos de segunda dimensão, por sua vez, são direitos decorrentes de uma concepção socialista, que se desenvolveu no contexto da Revolução Industrial como resposta à ausência de direitos sociais, sobretudo, aos operários que eram submetidos à condições degradantes de trabalho naquele período. De acordo com Almeida (2009), os Direitos de segunda dimensão dizem respeito às “prestações positivas do Estado: a satisfação das necessidades 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 16/30 sociais, econômicas e culturais do cidadão depende da ação do Estado” (ALMEIDA, 2009, p. 18). Esses direitos traduzem e relacionam-se com princípios de igualdade de direitos para todos, de forma concreta. É importante que se compreenda que o surgimento dos direitos de segunda dimensão não implica em abandono dos direitos de liberdade, anteriormente consagrados na primeira dimensão. Trata-se, em verdade, de uma evolução na conquista de Direitos Humanos, que complementa o rol de direitos anteriormente conquistados. É importante dizer que esses direitos coexistem e se complementam, uma vez que uma das principais características dos Direitos Humanos é exatamente sua complementaridade, ou seja, devem ser pensados de forma conjunta e interativa. Entre esses direitos estão: I. A igualdade de gênero; II. A igualdade racial; III. Direito ao trabalho digno. Os direitos consagrados são efetivados por meio de políticas públicas, instituídas pelo Estado e que, infelizmente, no Brasil, ainda não são uma realidade, visto que muitos direitos pertencentes não só a essa, mas a todas as dimensões/gerações, não estão totalmente efetivados por ine�ciência do Estado. Após consagrar nas duas dimensões anteriores os direitos de titularidade individual, a terceira dimensão traz os direitos de titularidade coletiva, também tratados pela doutrina como direito ao desenvolvimento. Estão nesse contexto, o direito ao meio ambiente saudável e o direito à paz, à solidariedade e à fraternidade (CASADO FILHO, 2012, p. 40). Os direitos de Terceira Dimensão “devem sua origem à ação dos países de Terceiro Mundo, que durante o período da Guerra Fria (...) por meio de competente ação diplomática, inseriram tais direitos na agenda internacional” (ALMEIDA, 2009, p. 18). 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 17/30 No contexto de evolução de direitos, após os direitos relacionados à igualdade e à liberdade, consagraram-se aqueles relacionados à solidariedade ou à fraternidade, considerados direitos de terceira geração/dimensão, que segundo o autor: Quatro são os principais direitos: o direito à paz, o direito ao desenvolvimento, o direito ao meio ambiente e o direito ao patrimônio comum da humanidade. A eles alguns acrescentam o direito dos povos a dispor deles próprios. (direito à autodeterminação dos povos) e o direito à comunicação (FERREIRA FILHO, 2010, p. 76). A terceira dimensão/geração de direitos é bastante controversa, pois muitos desses direitos não se encontram expressamente previstos no texto constitucional. Embora isso não retire a validade deles, traz questionamentos acerca de quais seriam os mecanismos hábeis para efetivá-los. Além disso, há na doutrina quem atribua alguns desdobramentos a esses direitos e os classi�quem em uma quarta geração/dimensão. Essa ideia é defendida por Celso Lafer, segundo ele, os direitos de terceira e quarta geração ultrapassam a esferaindividual (LAFER, 1988, p. 131). Preferimos, no entanto, optar pela classi�cação dos direitos em apenas três dimensões, visto que os direitos previstos na referida dimensão/geração são aqueles que têm como escopo a promoção da qualidade de vida. Portanto, são de titularidade coletiva ou difusa, diferente das duas primeiras gerações/dimensões, nas quais a tutela restringe-se à esfera individual. Desse modo, caso aceitássemos a existência de mais uma dimensão/geração, estaríamos abrindo o precedente para um in�ndável número de gerações/dimensões e estaríamos deixando em segundo plano um fator primordial nesse contexto que é a busca pela efetivação dos direitos já consagrados. flit 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 18/30 Característica dos Direitos Humanos Com base nas dimensões/gerações dos Direitos Humanos já é possível compreender suas características. Para tanto, partiremos da ideia, anteriormente exposta, de que ao se classi�car os Direitos Humanos em dimensões/gerações não se pretende passar uma ideia de exclusão ou de substituição, já que uma vez consagrado um direito humano, este não pode ser suprimido do ordenamento jurídico. Desse fato, decorre suas características: a) Históricos - Como se observou, os Direitos Humanos decorrem da natural evolução da sociedade, sendo consagrados ao longo do processo desenvolvimento da sociedade; b) Universais - Por decorrerem do direito natural. Devido ao fato de serem inerentes a todos os seres humanos, são considerados universais na medida em que transcendem os ordenamentos jurídicos e, até mesmo, a soberania do Estado; reflitaRe�ita Os direitos sociais representam o resultado de longas lutas e protestos da classe trabalhadora especialmente no período da Revolução Industrial, quando homens, mulheres e crianças trabalhavam em condições desumanas, sem o mínimo de segurança e de saúde. Todo esse cenário de indignidade e de total ausência de direitos fez com que diversos movimentos se desenvolvessem em busca de condições dignas aos trabalhadores. Nesse cenário, surgiram leis que proibiam o trabalho em condições degradantes, limitavam a jornada de trabalho, proibiam o trabalho do menor etc. No entanto, será que no Brasil superamos esses problemas? Esses direitos estão efetivados? 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 19/30 c) Imprescritíveis - Podem ser exigidos a qualquer tempo, são inerentes à pessoa humana por acompanhá-la desde antes de seu nascimento e, até mesmo, após sua morte; d) Inalienáveis - Suas titularidades não podem ser transferidas, visto que nascem e morrem com seu titular; e) Irrenunciáveis - Não admitem nenhum tipo de renúncia na medida em que são inerentes à pessoa. Ainda com relação as características, observa-se na doutrina algumas variações, segundo Almeida (2009), por exemplo, além das características anteriores ainda acrescentam-se as seguintes: a) Extrapatrimonialidade - Não são dotados de natureza econômica imediata; b) Inviolabilidade - As disposições infraconstitucionais devem sempre estar em consonância com os Direitos Humanos; c) Efetividade - Cabe ao Estado garantir que os Direitos Humanos sejam efetivados; d) Relatividade - Não existe hierarquia entre os Direitos Humanos, de modo que podem ser exercidos simultaneamente e são limitados uns pelos outros, por essa razão, em determinados momentos pode ocorrer colisão entre eles, quando isso ocorre é necessário valer-se da razoabilidade e da proporcionalidade para relativizar um em detrimento de outro, atentando-se ao mais relevante em um contexto especí�co. e) Limitabilidade - Não são direitos absolutos, signi�ca dizer que podem sofrer restrições em situações excepcionais, por exemplo, aquelas previstas nos artigos 136 a 141 da Constituição Federal. f) Complementaridade - São direitos que devem ser sempre observados de forma conjunta e interativa, sempre em consonância com as normas constitucionais; 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 20/30 g) Indivisibilidade - Os Direitos Humanos devem ser sempre analisados no todo, de forma conjunta, visto que o descumprimento de um direitos acarreta a violação de uma série de outros direitos (ALMEIDA, 2009, p. 18). Direitos e Garantias Fundamentais No contexto do ordenamento jurídico interno, a tutela dos direitos e a garantia fundamentais estão necessariamente relacionadas à promulgação da Constituição Federal de 1988, visto que marca a redemocratização do país e consagra a dignidade humana como fundamento da República. Conforme destaca a Constituição Federal, “institucionaliza a instauração de um regime político democrático e introduz avanço indiscutível na consolidação legislativa das garantias e direitos fundamentais e na proteção de setores vulneráveis da sociedade brasileira” (ALMEIDA, 2009, p. 44). Assim, a partir do momento que estão previstos no ordenamento interno de cada país, os Direitos Humanos, graças a sua positivação, ou seja, a sua previsão constitucional, passam a ser vistos como direitos fundamentais e gozam de coercibilidade, tornando-se dever do Estado restaurá-los quando violados, ainda que o agente que o violou seja estatal. Para melhor esclarecimento sobre o conceito de direitos fundamentais, merece destaque as seguintes lições: As expressões direitos humanos e direitos fundamentais são muitas vezes utilizadas como sinônimos. Entretanto, em geral, reserva-se a expressão direitos fundamentais para designar os direitos positivados, ou seja, reconhecidos e garantidos pelo Direito positivo, em âmbito interno (ALMEIDA, 2009, p. 43). Uma vez entendido o conceito de direitos fundamentais, cabe agora entendermos o que são garantias. De antemão, já é importante esclarecer que as garantias podem ser compreendidas a partir de diversos sentidos, contudo, aquele que mais nos interessa é o da garantia em sentido amplo 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 21/30 que, nas palavras do autor, “são a estrutura institucional organizada que se volta para a defesa de direitos” ( FERREIRA FILHO, 2010, p. 50). Em última análise, podem as garantias serem consideradas direitos fundamentais, decorrentes da proteção que cabe a estes que estão, inclusive, expressamente previstos na Constituição Federal sob o título “Dos Direitos e Garantias Fundamentais”, o que signi�ca dizer que são expressamente tutelados pelo ordenamento jurídico e recebem proteção especial, posto que estão previstos na lei maior do Estado brasileiro. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 22/30 atividade Atividade A respeito das gerações/dimensões dos direitos humanos, assinale a alternativa correta. a) Os Direitos Humanos de segunda dimensão/geração caracterizam-se por exigir uma atuação positiva do Estado para sua efetivação. b) Os Direitos Humanos de segunda dimensão/geração substituíram os direitos de primeira dimensão por serem mais complexos e evoluídos que os anteriores. c) Os Direitos Humanos de segunda dimensão/geração representam os direitos de solidariedade, por exemplo, os direitos ao meio ambiente saudável. d) Os direitos de segunda geração/dimensão são aqueles relacionados à liberdade, representados, portanto, pelos direitos civis ou individuais. e) Os direitos de primeira dimensão/geração são representados pelos direitos sociais, ligados ao conceito de igualdade e que se efetivam por meio de Políticas Públicas. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_…23/30 O tema Direitos Humanos no Brasil só ganha status constitucional com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a chamada “Constituição Cidadã”, como a chamou o ilustre constituinte Ulysses Guimarães. A recepção do tema Direitos Humanos pela Carta Constitucional de 1988 �ca evidente desde o artigo 1º, especi�camente no inciso III, consagrada com um dos fundamentos da República Federativa do Brasil a Dignidade Humana; e de forma expressa, quando no art. 4º, dispõe quanto aos princípios que regem as relações internacionais, sendo no inciso II contemplada a prevalência dos direitos humanos. A análise dos artigos acima mencionados demonstra que o tema Direitos Humanos ganhou destaque na Constituição Federal, o que o “consagrou como o maior instrumento de proteção de direitos humanos da história constitucional do nosso povo” (SIQUEIRA, 2009, 159). Ainda sobre o prestígio dos Direitos Humanos, no contexto da Carta Constitucional de 1988, são expostas as seguintes considerações: Os Direitos Humanos noOs Direitos Humanos no Ordenamento Jurídico BrasileiroOrdenamento Jurídico Brasileiro e os Tratados Internacionaise os Tratados Internacionais 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 24/30 É necessário frisar que a Constituição brasileira de 1988 constitui o marco jurídico da transição democrática e da institucionalização dos direitos humanos no Brasil. O texto de 1988, ao simbolizar a ruptura com o regime autoritário, empresta aos direitos e garantias constitucionais ênfase extraordinária, situando-os como o documento mais avançado, abrangente e pormenorizado sobre a matéria, na história constitucional do pai (PIOVESAN, 1996, p. 143). Postas essas considerações, não podemos nos furtar de analisar a recepção dos tratados internacionais sobre Direitos Humanos pelo ordenamento jurídico brasileiro, haja vista a globalização trazer à tona a importância do direito internacional e de seus mecanismos. Consequentemente, ganha relevância nesse processo os tratados internacionais que versam sobre Direitos Humanos e, de forma mais especial, a maneira como estes são recepcionados pelo ordenamento jurídico pátrio. No caso brasileiro, o processo de incorporação do direito internacional dos direitos humanos e de seus importantes instrumentos é consequência do processo de democratização, iniciada em 1985. O processo de democratização possibilitou a reinserção do Brasil na arena internacional de proteção de direitos humanos - embora relevantes medidas ainda necessitem ser adotadas pelo Estado brasileiro para o completo alinhamento do país a causa da plena vigência dos direitos humanos (PIOVESAN, 1998, p. 54-55), Para garantir plena efetividade aos Direitos Humanos no ordenamento jurídico interno, a Constituição Federal dispôs sobre mecanismos especí�cos para essas normas determinando, inclusive, no § 2º do artigo 5º, que os direitos expressamente previstos na Constituição “não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte” (ALMEIDA, 2009, p. 50). 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 25/30 É notório pela previsão constitucional que o ordenamento jurídico recepciona os tratados internacionais que versem sobre Direitos Humanos, desde que evidentemente seja o Brasil signatário. Quanto ao processo de recepção dos tratados internacionais pelo ordenamento jurídico brasileiro, para que sejam estes dotados de status constitucional, deverão observar a previsão introduzida pela Emenda Constitucional 45, acrescentando ao art. 5º da Constituição Federal o § 3º, que estabeleceu: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo: DLG nº 186, de 2008, DEC 6.949, de 2009, DLG 261, de 2015, DEC 9.522, de 2018) (BRASIL, 1988). Assim, o entendimento que tem prevalecido no STF quanto ao ingresso dos tratados internacionais no ordenamento jurídico brasileiro é que estes têm caráter ordinário ou supralegal ou, ainda, com status constitucional, dependendo da opção do Poder Legislativo. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 26/30 atividade Atividade Sobre a recepção dos Tratados Internacionais que versam sobre Direitos Humanos, no ordenamento jurídico brasileiro, assinale a alternativa correta. a) Quando internalizados, os tratados internacionais sobre Direitos Humanos podem receber status normativo-hierárquico constitucional ou legal. b) São recepcionados por meio de emenda constitucional, aprovada pelo Congresso Nacional, em cada Casa, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros. c) São internalizados como lei ordinária, devendo ser aprovados pelo Congresso Nacional, em cada Casa, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros. d) São recepcionados como lei complementar, devendo ser aprovados pelo Congresso Nacional, em cada Casa, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros. e) São recepcionados como emenda constitucional, independentemente da aprovação pelo Congresso Nacional para adquirir referido status. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 27/30 indicações Material Complementar LIVRO A Era dos Direitos Noberto Bobbio. Editora: Elsevier. ISBN: 978-85-352-1561-8. Comentário: o livro permite uma exata noção do surgimento dos Direitos Humanos e sua evolução a partir das demandas mundiais. O autor traz de forma muito clara a importância de criar mecanismos de efetivação dos já consagrados Direitos Humanos e divide-os em gerações para que seja possível identi�car o bem jurídico tutelado do qual decorre esse rol de direitos. 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 28/30 FILME Julgamento de Nuremberg Ano: 2000 Comentário: o �lme retrata o julgamento dos criminosos nazistas que praticaram atrocidades durante a Segunda Guerra Mundial. O Tribunal tinha como objetivo julgar os criminosos de guerra de forma imparcial e promover a justiça contra aqueles que cometeram atrocidades contra a humanidade e, em especial, contra os Judeus. O �lme traz questões relevantes sobre a história da humanidade, da �loso�a e do direito. TRA ILER 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 29/30 conclusão Conclusão Ao longo desta Unidade foi possível veri�car que os Direitos Humanos são tão antigos quanto a própria sociedade. Mesmo na Antiguidade, já existiam remissões a esses direitos, veri�camos também que o iluminismo abriu caminho para que esses direitos começassem a se consagrar na ordem internacional e que a necessidade de criação de instrumentos para sua efetivação restou claro pela instituição do Tribunal de Nuremberg. Nesse sentido, estudamos que a evolução dos Direitos Humanos acompanha o próprio desenvolvimento da sociedade, conforme é notório pelas dimensões/gerações de Direitos Humanos, que se complementamao longo do tempo e que são consagradas no ordenamento jurídico interno por meio da recepção dos tratados internacionais que versam sobre Direitos Humanos. referências Referências Bibliográ�cas ALMEIDA, G. A.. Direitos Humanos. São Paulo: Atlas, 2009. BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: 25/09/2021 15:47 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_728042_… 30/30 <https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641393/paragrafo-3-artigo-5-da- constituicao-federal-de-1988>. Acesso em: 1 maio 2019. BONAVIDES, P. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 1993. CASADO FILHO, N.. Direitos Humanos Fundamentais. São Paulo: Saraiva, 2012. CÍCERO, T. M. De o�ciis dos deveres. São Paulo: Martin Claret, 2007. FERREIRA FILHO, M. G. Direitos fundamentais, 12 ed., São Paulo: Saraiva, 2010. GORENDER, J.. Direitos Humanos: o que são (ou devem ser). São Paulo: Editora SENAC, 2004. LAFER, C.. A reconstrução dos Direitos Humanos: Um diálogo com o pensamento do Hannah Arent. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. PIOVESAN, F. A Constituição brasileira de 1988 e os tratados internacionais de proteção dos direitos humanos. São Paulo: Max Limonad, 1996. ____. Direitos humanos e justiça internacional: um estudo comparativo dos sistemas regionais europeu, interamericano e africano. São Paulo: Saraiva, 2006. SARLET, I. W. A E�cácia dos Direitos Fundamentais. 8ª ed., Porto Alegre : Livraria do Advogado, 2007. ____. Temas de direitos humanos. São Paulo: Max Limonad, 1998. IMPRIMIR https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641393/paragrafo-3-artigo-5-da-constituicao-federal-de-1988
Compartilhar