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ANATOMIA DO PERIODONTO - PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO

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PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO 
LIGAMENTO PERIODONTAL 
“É um tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado e celular que circunda as raízes dos 
dentes e une o cemento radicular ao osso alveolar”. 
Não consegue ser analisado clinicamente, pode ser analisado através de exames radiográficos, 
onde se verifica o espaço que contém o ligamento periodontal. Esse espaço do ligamento 
periodontal tem anatomia em formato de ampulheta, é mais largo na porção cervical e apical se 
estreitando um pouco no terço médio da raiz. O ligamento periodontal mede em torno de 0,25 
a 0,4 mm e sua presença é essencial para função mastigatória, ele: “permite que forças, 
produzidas durante a função mastigatória e outros contatos dentários, sejam distribuídas e 
absorvidas pelo processo alveolar através do osso alveolar”, fazendo um tipo de amortecimento 
das forças mastigatórias. 
Na clínica isso pode ser percebido quando dentes de pacientes com doença periodontal perdem 
a sua função mastigatória. A mobilidade dentária é, em grande parte, determinada pela largura, 
pela altura e pela qualidade do ligamento periodontal. Então, dentes que apresentam 
mobilidade dentária possuem alteração no ligamento periodontal, seja perda parcial/total ou 
até mesmo alteração de qualidade. Existem outras situações clinicas, além da disbiose, que 
podem levar o elemento a desenvolver mobilidade como, por exemplo, o trauma oclusal (força 
excessivas) que pode promover remodelação do espaço do ligamento periodontal afetando sua 
largura, neste exemplo não há comprometimento na altura do osso, ou seja, não perdem altura 
na crista óssea. Isto nos mostra que nem todo dente que tem mobilidade possui como causa a 
doença periodontal. Obs.: pode haver os dois casos. Durante a movimentação ortodôntica fato 
semelhante ocorre, devido a remodelação óssea, o espaço do ligamento também fica 
aumentando e isto gera maior mobilidade do elemento dentro do seu próprio alvéolo. Em 
ambos os casos, quando estimulo é removido, o elemento dentário volta a ter sua sustentação 
e não apresentar mais mobilidade, diferentemente da doença periodontal, que gera perda em 
quantidade óssea e pode comprometer a função mastigatória. Independentemente da situação 
é necessário verificar a causa da mobilidade. 
Ligamento periodontal – fibras 
• Fibras da crista alveolar. 1/3 cervical 
• Fibras horizontais. 1/3 médio para cervical 
• Fibras obliquas. 1/3 médio para apical 
• Fibras apicais. 1/3 apical 
• Fibras interarticulares: na região de furca em dentes 
multirradiculares 
 
Essas fibras colágenas seguem um curso ondulado, não estão esticadas no ligamento. Elas não 
fornecem elasticidade ao ligamento e sim a inserção e resistência ao tecido. Essa característica 
ondulada permite que o ligamento se distenda um pouco e, após isso, retorne a posição original 
quando forças excessivas são aplicadas sobre ele. 
Formação do ligamento periodontal 
Ocorre a partir da formação de dois feixes, de um lado do osso alveolar e do outro o cimento 
radicular. Esses feixes crescem em direção um ao outro e sofrem anastomoses, dando origem 
então ao ligamento periodontal. As fibras de Sharpey seriam as porções das fibras que ficam 
mineralizadas que estão inseridas na estrutura da qual foi gerada, que por si são estruturas 
mineralizadas. Já as fibras oxitalânicas, também presentes no ligamento periodontal, são fibras 
elásticas imaturas, fibras elásticas que não incorporaram a elastina dentro do seu feixe. Essas 
fibras seguem um curso paralelo ao cemento radicular e não se inserem como as fibras do 
ligamento periodontal, acredita-se que essas fibras formem uma trama aumentando a 
resistência do ligamento periodontal. Uma quantidade maior dessas fibras oxitalânicas podem 
ser encontradas em dentes com sobrecarga, como dentes com trauma oclusal, movimentação 
ortodôntica, então existe essa associação das fibras em ligamentos com sobrecarga, apesar de 
a função delas não estar bem esclarecida ainda. 
Células do ligamento periodontal 
• Fibroblastos: são as células produtoras das fibras. 
• Osteoblastos: na parede externa do osso alveolar, voltados para o ligamento 
periodontal, são células formadoras de osso. 
• Osteoclastos: são células reabsortivas (turnover ósseo), trabalham na remodelação do 
osso alveolar. 
• Cementoblastos: parede externa do cemento. 
• Restos epiteliais de Mallassez: restos da embriogenese, podem sofrer estímulos nocivos 
e se proliferar gerando patogêneses císticas. 
• Fibras nervosas: trabalham na propriocepção, ajuda a identificar a dureza dos alimentos, 
bem como a gerar o estímulos defensivo de abertura bucal quando algum alimento 
muito rígido é forçado contra a superfície dentária. 
Nesses ligamento existem células que podem gerar um novo ligamento periodontal, ou seja, são 
capazes de regenerar aquele tecido. 
Cemento radicular 
“O cemento radicular é um tecido mineralizado especializado que reveste as superfícies 
radiculares e, ocasionalmente, pequenas porções das coroas dos dentes.” LINDHE, 2018 
 O cemento radicular possui constituição semelhante, pois se formam a partir de uma matriz de 
cemento conjuntivo, que no cemento é uma matriz chamada de matriz cementóide (produzida 
pelo cementoblastos), onde ficam aprisionados nessa matriz cristais de hidroxiapatita (65%), 
porém o cemento radicular não é vascularizado, não tem inervação, não sofre remodelação e 
nem reabsorção fisiológica, o cemento também pode ser depositado continuamente de acordo 
com as demandas funcionais. No cemento algumas células ficam aprisionadas em sua matriz, 
essas células, os cementocitos, não possuem mais capacidade de produção de cemento e se 
nutrem através de prolongamentos que conectam uma célula a outra. A principal função do 
cemento é conectar as fibras do ligamento periodontal da raiz e contribuir para o processo de 
reparo após danos à superfície radicular. 
Tipos de cemento 
Cemento acelular afibrilar – é encontrado na porção cervical do cemento. Não possui 
cementócitos em sua matriz e também não possui fibras extrínsecas (fibras que partem do 
cemento em direção ao ligamento periodontal), essa porção do cemento é aquela porção que 
“cobre” junção cemento esmalte. 
Cemento acelular de fibras extrínseca – é encontrado nas porções coronal e média da raiz e 
contém principalmente feixes de fibras de Sharpey. 
Cemento celular estratifica misto – é encontrado no terço apical das raízes e nas áreas de 
ramificação. Contém fibras extrínsecas e intrínsecas, assim como cementócitos. É um cemento 
que se forma mais rapidamente em resposta às demandas funcionais. 
Cemento celular de fibras intrínsecas – é encontrado nas lacunas de reabsorção e contém fibras 
intrínsecas (dentro da matriz) e cementócitos. As fibras extrínsecas se perdem durante o 
processo de reabsorção. 
Obs.: todos esses cementos possuem a mesma função. 
A – se forma mais lentamente, o cementoblastos deposita a 
matriz cementóide e vai se afastando da superfície do 
cemento o que faz com que eles não fiquem aprisionados 
nela. 
B – se forma mais rapidamente decorrente da demanda funcional e aprisiona na sua matriz 
cementoblastos, dando origem ao cemento celular. 
Região de junção amelocementária 
Existem três situações, na primeira o esmalte entra em contato (30%) com cemento sem haver 
sobreposição. Eles podem também não se encontrar (10%) existe um GAP entre o esmalte e 
cemento, nesta situação a dentina encontra-se exposta, sem a proteção do cemento, é uma 
região frágil. Esta situação explica a sensibilidade dentinária de pacientes que tem gengiva 
recobrindo a região de junção amelocementária. Em 60% das situações, há uma superposição, 
em que o cemento recobre o esmalte, é nesta situação em que se encontra um cemento acelular 
e afibrilar, é uma região de epitélio juncional e não de inserção conjuntiva. Neste caso, existe 
uma proteção extra nesta região, que normalmente é uma regiãomuito frágil. Quando há 
retração gengival com exposição da junção amelocementária, pode haver um desgaste, tanto 
do esmalte, quanto do cemento, decorrente de atrito da escovação, ingestão de alimentos 
ácidos ou outros, que podem gerar perda da superfície dentária e conseguinte exposição da 
dentina. Nas situações onde o cemento tem contato ou não se encontra não há cemento 
afibrilar ou acelular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osso alveolar 
É osso que reveste o alvéolo dental e recebe as fibras do 
ligamento periodontal. O osso alveolar faz parte do periodonto 
e é dente dependente ele só permanece na presença do dente, 
a partir do momento que o dente é extraído o osso alveolar é 
reabsorvido. O osso alveolar é um tecido mineralizado que 
nele são inseridas as fibras do ligamento periodontal, cuja 
função principal é distribuir as forças geradas pela mastigação 
e por outros contatos dentários. O osso alveolar, junto as 
outras estruturas do periodonto de sustentação, são 
fundamentais para a estabilidade do processo mastigatório. O 
processo alveolar é definido como parte da maxila e da 
mandíbula que forma e dá suporte aos alvéolos dentários. O 
osso alveolar propriamente dito, é o osso que está ao redor dos 
elementos dentários, é o osso que forma o alvéolo dentário, 
quando há a reabsorção do osso alveolar pela ausência 
dentária, sobra o processo alveolar que é a base da mandíbula e maxila para a formação do 
alvéolo. 
De acordo com a região, na maxila ou mandíbula, os dentes podem estar posicionados mais para 
vestibular ou lingual. Os dentes anteriores, normalmente, possuem alvéolos mais 
vestibularizados, então a tábua óssea V é mais delgada que a tábua óssea L, e a partir do 
momento que se caminha para posterior vai havendo, gradualmente, uma inversão. Isso pode 
explicar porque muitos elementos anteriores possuem recessões gengivais que ocorrem de 
defeitos ósseos que originam as recessões nessas regiões, muitas vezes os defeitos ósseos estão 
associados a reabsorção decorrente de mal posicionamento de um elemento dentário, como 
dentes que estão fora desse envelope ósseo, podendo gerar deiscências ou fenestrações ósseas, 
por conta do posicionamento dentro do processo alveolar. 
As deiscências são defeitos que acompanham a crista óssea, isto é, acompanham a crista óssea, 
já as fenestrações são defeitos que são semelhantes a janelas que não acompanham a crista 
óssea, então há uma crista óssea remanescente e o defeito inferior a ela. Esses defeitos não são 
detectados nem clinicamente, nem radiograficamente, pois pode, respectivamente, ocorrer um 
recobrimento gengival que recobre o defeito e sobreposição radiográfica. Isto pode decorrer de 
algum fator etiológico, como inflamações ou movimentação ortodôntica (dente sendo 
posicionado fora do processo alveolar), pode ocorrer 
de que a deiscência aumente ou até mesmo a gengiva 
pode ser perdida, pois a vascularização da gengiva é 
decorrente dos vasos supraperiostiais (“a gengiva é 
tapete de osso”). 
Componentes estruturais do osso alveolar 
Células 
• Osteoblastos 
• Osteócitos 
• Osteoclastos 
A reabsorção óssea está sempre associada com osteoclastos, que são especializados na 
degradação da matriz e dos minerais, a reabsorção ocorre pela liberação de produtos ácidos no 
qual os sais minerais são dissolvidos. Os osteoclastos em reabsorção ativa aderem à superfície 
óssea por meio de receptores e produzem lacunas chamadas de lacunas de Howship. No 
processo de remodelação o osteoblasto se posicionaria logo em seguida e faria a aposição de 
tecido ósseo mineralizado, primeiro através de uma matriz osteóide e incorporação de cristais 
minerais. 
O osso alveolar propriamente dito é composto de osso lamelar incluindo lamelas 
circunferências. É constituído de ósteons, que são estruturas circulares onde o osso se forma de 
maneira contínua, através de lamelas concêntricas, no centro do ósteons há vasos sanguíneos, 
conhecidos como canal de Havers (sistema) e os canais de Volkman, que desembocam no 
ligamento periodontal trocando a vascularização do osso com o ligamento. O osso alveolar 
propriamente dito é um osso compacto, formado por essas estruturas, mas no processo alveolar 
é encontrado o osso trabecular. 
Suprimento sanguíneo do periodonto 
Osso alveolar 
“Com frequência diz-se que várias artérias suprem certas regiões bem definidas da dentição. 
Entretanto, na realidade, há inúmeras anastomoses entre as diferentes artérias. Desse modo, 
todo o sistema de vasos sanguíneos deve ser visto como uma unidade que faz o suprimento dos 
tecidos duros e moles da maxila e mandíbula.” 
A artéria dentária, que é um ramo da artéria dentária 
alveolar superior ou inferior, emite a artéria intrasseptal 
antes de penetrar no alvéolo. Os ramos terminais da 
artéria intrasseptal penetram no osso pelos canais em 
todos os níveis do alvéolo. O que existe na verdade é 
uma trama vascular proveniente de várias anastomoses 
de vasos sanguíneos. 
Gengiva 
A gengiva é irrigada principalmente por vasos 
sanguíneos supraperiostiais, que são ramos terminais da 
artéria sublingual, artéria mentual, artéria oral, artéria 
facial, artéria palatina maior, artéria infraorbitária e 
artéria dentária superior posterior. Isso explica como a 
perda óssea leva a perda gengival, afinal com a reabsorção óssea o periósteo é reabsorvido e 
então falta suprimento sanguíneo. 
Sistema linfático do periodonto 
A gengiva vestibular e lingual da região dos incisivos drena para os linfonodos submentuais 
(sme). 
A gengiva palatina da maxila é drenada para os linfonodos cervicais profundos (cp). 
A gengiva vestibular da maxila e vestibular e lingual dos pré-molares inferiores drenam para os 
linfonodos submandibulares (sma). 
Todos os dentes, com seus tecidos periodontais drenam para os linfonodos submandibulares, 
com exceção dos terceiros molares (linfonodos jugulodigástricos [jd]) e os incisivos 
inferiores (linfonodos submentuais). 
Muitos pacientes apresentam enfartamento ganglionar devido a lesões agudas 
(abscessos periodontais) e por isso é importante conhecer as regiões de drenagem. 
Inervação do periodonto 
Os receptores periodontais registram dor, tato e pressão e estão localizados no 
ligamento periodontal, o que possibilita identificar pequenas forças aplicadas aos 
dentes. Diversas regiões da gengiva são inervadas por ramos terminais do nervo 
trigêmeo.

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