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GERENCIAMENTO DE OPERAÇÕES E DE PROCESSOS Princípios e práticas de impacto estratégico Nigel Slack | Stuart Chambers Robert Johnston | Alan Betts IN CL U I C D -R O M (E M IN G LÊ S) 2.ed. http://2.ed/ G367 Gerenciamento de operações e de processos [recurso eletrônico] : princípios e práticas de impacto estratégico / Nigel Slack ... [et al.] ; tradução: Luiz Claudio de Queiroz Faria ; revisão técnica: Ro gério Garcia Bañolas. – 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2013. Editado também como livro impresso em 2013. ISBN 978-85-65837-93-4 1. Administração. 2. Engenharia de produção. 3. Adminis- tra ção da produção. I. Slack, Nigel. CDU 658.5 Catalogação na publicação: Renata de Souza Borges CRB-10/1922 Iniciais_Eletronico.indd 2 31/05/13 14:36 274 Gerenciamento de Operações e de Processos Capacidade é a produção que uma operação (ou um único processo) pode entregar numa unidade de tempo defi nida. Ela refl ete uma habilidade para suprir, no sentido quantitativo. O gerenciamento da capacidade é a atividade que lida com o descompasso entre a demanda sobre uma operação e sua habilidade para suprir. Demanda é a quantidade de produtos ou serviços que os clientes requerem de uma operação ou processo a qualquer momento. Uma diferença entre a demanda e a capacidade pode ocorrer porque a demanda fl utua com o tempo ou a capacidade fl utua com o tempo, ou ambos. Defi nir capacidade como “a habilidade para suprir” é adotar uma visão geral do termo. A habilidade para suprir depende não somente das limitações da etapa anterior numa rede de suprimentos, opera- ções ou processos, mas de todas as etapas até aquele ponto. Assim, por exemplo, a capacidade de um fabricante de sorvete é uma função não só de quanto sorvete suas fábricas podem produzir num determinado momento, mas também de quanto material de embalagem, de maté- rias-primas, e assim por diante, seus fornecedores podem fornecer. Ele pode ter a capacidade de fazer 10.000 quilos de sorvete num dia, mas se seus fornecedores de laticínios puderem suprir somente 7.000 quilos por dia, então a capacidade efetiva (em termos de habilidade para suprir) será somente 7.000 quilos por dia. É claro, se a demanda permanece regular, qualquer operação tentará certifi car-se de que a capacidade de suprimentos não limita sua própria capacidade de fornecimento. Mas o gerenciamento da capacidade está relacionado com as fl utuações da demanda e de suprimentos. Ele lida com as dinâmicas de entrega de produtos e serviços para os clientes. Equilibrar as capacidades individuais de cada parte da rede é, portanto, uma tarefa difícil e contínua. Vale a pena observar que lidar com o descompasso entre a demanda e a capacidade não signifi ca que a capacidade deveria atender a demanda. Uma operação poderia tomar a decisão deliberada de não atender a demanda, ou não utilizar totalmente sua capacidade de fornecimento. Por exemplo, um hotel pode não fazer qualquer esforço para atender a demanda em períodos de pico porque fazendo isso incorreria em custos de capital. Ele fi ca, portanto, contente em deixar alguma demanda insatisfeita, pois pode aumentar seus preços para refl etir isso. Da mesma forma, um produtor de fl ores pode não for- necer toda a sua colheita (seu estoque potencial); se assim fi zesse, simplesmente derrubaria os preços do mercado e reduziria sua receita total. Níveis de gerenciamento da capacidade A atividade de resolver o descompasso entre capacidade e demanda lida com várias escalas de tempo. A longo prazo, a capacidade física necessita ser ajustada para refl etir o crescimento ou declínio da demanda a longo prazo. Essa tarefa implica em agrupar ou fechar unidades de capacidade física relati- vamente grandes por um período de tempo, possivelmente continuando por anos. Essa atividade foi tratada quando foi discutido o projeto das redes de suprimentos, no Capítulo 3. Além disso, e dentro das restrições físicas impostas pela capacidade a longo prazo, a maioria das operações necessitará lidar com o descompasso da capacidade e demanda a médio prazo, em que o médio prazo pode signifi car qualquer coisa de um dia até um ano. É nesse nível que discutiremos neste capítulo. A curto prazo, os processos individuais precisam lidar com o descompasso entre capacidade e demanda no dia a dia ou Q U E S T Õ E S D I A G N Ó S T I C A S O que é o gerenciamento da capacidade? Princípio de operações Qualquer medida da capacidade deveria refl etir a habilidade de uma operação ou processo suprir a demanda. _Slack_Book.indb 274_Slack_Book.indb 274 14/12/10 15:3014/12/10 15:30 Capítulo 8 • Gerenciamento da Capacidade 275 mesmo minuto a minuto. Essa é uma questão para o planejamento e controle de recursos, examinado no Capítulo 10. Os dois exemplos a seguir ilustram a natureza do gerenciamento da capacidade. Exemplo O Penang Mutiara1 Uma das regiões turísticas do mundo, o Sudeste Asiático tem muitos hotéis luxuo- sos. Um dos melhores é o Penang Mutiara, um hotel top de mercado situado numa atrativa área verde da costa da Malásia, banhada pelo Oceano Índico. Sendo propriedade e gerenciado pelo PERNAS, o maior grupo de hotéis da Malásia, o Mutiara tem lidado com uma demanda fl utuante, apesar do bom e relativamen- te constante clima da região. “Gerenciar um hotel deste tamanho é uma tarefa muito complicada”, diz o gerente. “Nossos clientes têm todo o direito de serem exigentes. A qualidade dos serviços deve ser impecável. A equipe deve ser cortês e, ainda assim, hospitaleira e amigável em relação aos nossos hóspedes. E, é claro, eles devem ter conhecimento para serem capazes de responder às perguntas dos hóspedes. O principal, no entanto, é o bom serviço, o que signifi ca antecipar as necessidades de nossos hóspedes, pensando na frente, de forma que você possa identifi car o que e quanto eles provavelmente demandarão.” O hotel tenta antecipar as necessidades dos hóspedes de diversas formas. Se o hóspede esteve no hotel em outra ocasião, suas prováveis preferências já foram observadas. “Um hóspede jamais deve esperar. Nem sem- pre isso é fácil, mas fazemos o melhor que podemos. Por exemplo, se nesta noite todos os hóspedes decidirem pedir serviço de quarto e solicitar uma refeição em vez de ir ao restaurante, nosso departamento de serviço de quarto fi caria imensamente sobrecarregado, e os clientes teriam de esperar um longo e inaceitável tempo pelas refeições. Podemos prever isso até certo ponto, mas também nos mantemos alerta em relação ao aumento da demanda de serviço de quarto. Se acharmos que o tempo de resposta vai fi car acima do nível aceitável para os clientes, chamaremos a equipe de outros restaurantes do hotel. É claro, para fazer isso, teríamos de ter certeza de que nossa equipe é multifuncional. Na verdade, temos uma política para assegurar que a equipe do restau- rante pode fazer mais de uma tarefa. É esse tipo de fl exibilidade que nos permite manter respostas rápidas ao cliente.” Embora o hotel necessite responder a algumas fl utuações a curto prazo na demanda dos serviços individuais, pode prever a provável demanda de forma razoável porque, a cada dia, o número real de hóspedes é conheci- do. A maioria dos hóspedes faz reserva de suas estadas, de forma que os níveis de atividade para o restaurante e outros serviços podem ser planejados antecipadamente. A demanda realmente varia durante o ano, chegando ao pico nos períodos de férias, e o hotel deve se adaptar a fl utuações sazonais. Isso é feito parcialmente usando uma equipe temporária de meio turno. Para as atividades de bastidores, isso não é um problema. Na lavanderia, por exemplo, é relativamente fácil colocar um turno extra em período de muito trabalho, aumentando a equipe. Contudo, isso torna-se um problema nos setores de atendimento que têm contato direto com o cliente. Não se pode esperar que uma equipe temporária ou uma equipe nova tenhaas mesmas habilidades no contato com o cliente que a regular. Uma solução seria manter uma equipe temporária em experiência probatória, enquanto for possí- vel, e ter certeza de que somente uma equipe habilitada, bem treinada, interaja com os clientes. Por exemplo, um garçom que anota os pedidos, serve a refeição e retira os pratos da mesa, em momentos de pico restringiria suas atividades a anotar pedidos e servir a refeição. A tarefa menos qualifi cada, retirar os pratos, poderia ser delegada para a equipe temporária. Exemplo Madame Tussaud de Amsterdam2 Férias curtas em Amsterdam não seriam completas sem uma visita ao Madame Tussaud, localizado nos quatro an- dares superiores da loja de departamentos mais proeminente na Dam Square. Com mais de 600.000 visitantes por ano, essa é a terceira atração turística mais popular em Amsterdam, depois do mercado das fl ores e dos passeios pelo canal. No verão, o centro pode atender somente 5.000 visitantes. Num dia úmido em janeiro, pode haver Fo nt e: C ou rte sy of M ut ia ra Be ac h Re so rt, Pe na ng _Slack_Book.indb 275_Slack_Book.indb 275 14/12/10 15:3014/12/10 15:30 276 Gerenciamento de Operações e de Processos somente 300 visitantes durante todo o dia. Mas embora a demanda média seja previsível, o número real de clientes pode fl utuar signifi cativamente. Por exemplo, um clima inesperadamente ruim quando existem muito visitantes em Amsterdam pode concentrar os turistas em locais abri- gados de entretenimento. No outro lado da rua, fi las de turistas ansiosos se formam ao longo da calçada, olhando as exibições nas vitrines da loja. Neste espaço aberto ao público, o Tussaud pode trazer pouco entretenimento aos visitantes, mas músicos e artistas de rua são rápidos para tirarem provei- to de um mercado atrativo. Chegando ao saguão de entrada, indivíduos, famílias e grupos compram seus ingressos. O saguão é no formato de uma grande ferradura, com a cabine de venda de ingresso ao centro. Nos dias de inverno ou em períodos calmos, há somente um assistente de vendas, mas em dias de mais trabalho, os visitantes podem pagar em qualquer um dos dois lados da cabine, para agilizar o processo. Após pago, os visitantes seguem com o grupo para os dois elevadores no outro lado do saguão. Enquanto esperam nessa área, um fotógrafo caminha ao redor oferecendo fotos aos visitantes ao lado das estátuas de cera de pessoas famosas no tamanho natural. Eles também podem ser entretidos por dublês vivos de personalidades famosas que atuam como guias para grupos de aproximadamente 25 clientes (a capacidade de cada elevador que leva os visitantes para a instalação superior). Os elevadores chegam a cada quatro minutos e os clientes simultaneamente desembarcam, formando um grupo de aproximadamente 50 clientes que fi cam juntos por toda a seção. O que esses dois exemplos têm em comum? A similaridade óbvia entre essas operações é a demanda fl utuante do cliente, e ambas encontraram formas de lidar com essas fl utuações, pelo menos até certo ponto. Isso é bom porque as operações so- freriam aos olhos de seus clientes e perderiam efi ciência se eles não conseguissem fazê-lo. Além disso, as duas operações são diferentes em um importante aspecto. Embora ambas tenham de lidar com a variação na demanda, e embora a demanda em ambas operações seja uma mistura do previsível e do imprevisível, o equilíbrio entre a variação previsível e a variação imprevisível na demanda é diferente. A demanda no Penang Mutiara é amplamente previsível. As fl utuações sazonais estão relacionadas aos conhecidos períodos de férias e a maioria dos clientes reserva suas estadas. O Madame Tussaud, por outro lado, tem de lidar com a demanda amplamente imprevisível. Muitas mudanças, a curto prazo, no clima podem afetar de forma signifi cativa a sua demanda. Nos dois exemplos, o descompasso entre a demanda e a capacidade deriva da variação previsível e imprevisível na demanda. Embora os descompassos na maioria das empresas resultem das fl utua- ções da demanda, algumas operações têm de lidar com a variação previsível e imprevisível na capacidade, caso a capacidade seja defi - nida como a habilidade para suprir. Por exemplo, a Figura 8.2 mostra a variação da demanda e da capacidade de duas empresas. O primeiro é um serviço de conserto de utensílios domésticos. Tanto a demanda quanto a capacidade variam mês a mês. A capacidade varia porque os operadores de serviço de campo da empresa preferem tirar suas férias em momentos específi cos do ano. Mesmo assim, a capacidade é relativamente estável durante o ano. A demanda, ao contrário, fl utua mais signifi cativamente. Parecia haver dois picos de demanda no ano, com o pico de demanda sendo aproximadamente o dobro do nível mais baixo da demanda. A segunda empresa é um fabri- cante de alimentos de espinafre congelado. A demanda desse produto é relativamente constante durante todo o ano, mas a capacidade da empresa (não em termos da capacidade de suas fábricas, mas de sua habilidade para suprir) varia de modo signifi cativo. Durante a estação de crescimento e colheita, a capacidade é alta, mas ela cai quase a zero durante parte do ano. Contudo, embora a di- ferença entre a demanda e a capacidade seja movida principalmente pelas fl utuações na demanda no primeiro caso, e pela capacidade no segundo caso, a atividade de gerenciamento da capacidade é essencialmente similar para ambos. Princípio de operações A decisão do gerenciamento da capacidade deve refl etir as variações previsíveis e imprevisíveis na capacidade e demanda. EXEMPLO ADICIONAL Fo nt e: E lis ab et h Pe te rs /A la m y _Slack_Book.indb 276_Slack_Book.indb 276 14/12/10 15:3014/12/10 15:30 Capítulo 8 • Gerenciamento da Capacidade 277 Todas as operações e processos precisam conhecer sua capacidade porque, se eles têm pouca capacida- de, não podem atender a demanda e, se têm muita, estão pagando pelo seu excesso. Assim, o primeiro passo no gerenciamento da capacidade é ser capaz de medir a capaci- dade atual. Isso parece simples, mas frequentemente não é. Na verda- de, somente quando a operação é relativamente padronizada e repeti- tiva é fácil defi nir a capacidade de modo claro. Qualquer medição da capacidade conterá suposições, podendo ser necessário uma estimativa de cada uma delas, mas cada uma oculta algum aspecto da realidade. Novamente, tomando a capacidade como a habilidade para suprir, essas suposições estão relacionadas ao mix de produtos ou serviços fornecidos, ao tempo no qual eles são fornecidos e à especifi cação do que é fornecido. Capacidade depende do mix de produto ou serviço A capacidade de uma operação depende do que é requisitado. Por exemplo, para um hospital é um problema medir sua capacidade, em parte porque não existe um relacionamento claro entre sua escala (em termos do número de leitos que ele tem) e o número de pacientes que ele trata. Se todos os seus pacientes necessitarem de tratamento relativamente menor com estadas curtas no hospital, muitas pessoas poderiam ser tratadas por semana. Por outro lado, se a maioria de seus pacientes necessitarem de longos períodos de observação ou recuperação, poderiam ser tratadas bem menos pessoas. A produção depende do mix de atividades com o qual o hospital está envolvido e, visto que a maioria dos hospitais desempenha muitos tipos diferentes de atividades, é difícil de prever a produção. Alguns desses problemas causados pela variação do mix podem ser parcialmente superados usando indicadores de capacidade agregada. “Agregado” signifi ca que diferentes produtos e serviços são agrupados a fi m de se obter uma visão geral da demanda e da capacidade. O gerenciamento da Q U E S T Õ E S D I A G N Ó S T I C A S Qual é a capacidade atual da operação? Princípio de operações A capacidade é uma função do mix de produto/ serviço, da duração e da especifi cação do produ- to/serviço. Vo lu m e Vo lu m e Serviçode conserto de utensílios domésticos Espinafre congelado Habilidade para suprir = capacidade Habilidade para suprir = capacidade Demanda Demanda Volumes mês a mês Volumes mês a mês Figura 8.2 O descompasso entre capacidade e demanda para um serviço de conserto de utensílios domésticos e uma empresa de espinafre congelado. _Slack_Book.indb 277_Slack_Book.indb 277 14/12/10 15:3014/12/10 15:30 278 Gerenciamento de Operações e de Processos capacidade a médio prazo normalmente está relacionado à defi nição dos níveis de capacidade em termos agregados, em vez de com os produtos detalhados e serviços individuais. Embora isso possa signifi car uma aproximação, especialmente se o mix dos produtos ou serviços produzidos varia de forma signifi cativa, normalmente ela é aceitável, sendo uma prática amplamente utilizada no ge- renciamento da capacidade a médio prazo. Por exemplo, um hotel poderá pensar na demanda e na capacidade em termos de “quartos por mês”; isto ignora o número de hóspedes em cada quarto e suas necessidades individuais, mas é uma primeira aproximação razoável. Um fabricante de computador poderá medir a demanda e a capacidade em termos do número de unidades que ele é capaz de fazer por mês, ignorando qualquer variação nos modelos. A capacidade depende do período de tempo em que a produção é requerida Capacidade é a produção que uma operação pode entregar numa unidade de tempo defi nida. O ní- vel de atividade e produção que pode ser feita em curtos períodos de tempo não é o mesmo que capacidade, que é sustentável regularmente. Por exemplo, um escritório que processa imposto de renda, durante seus períodos de pico no fi nal (ou início) do ano fi nanceiro, pode ser capaz de processar 120.000 solicitações por semana, estendendo as horas de trabalho da equipe, desenco- rajando a equipe de tirar férias durante esse período, evitando qualquer ruptura potencial de seus sistemas de TI (não permitindo atualizações durante esse período, etc.) e, talvez, com trabalho árduo e intensivo. Contudo, a equipe realmente necessita de férias, nem pode trabalhar longas horas continuamente e, cedo ou tarde, o sistema de informações terá de ser atualizado. A capaci- dade em tempos de pico não é sustentável durante longos períodos. Frequentemente, capacidade é interpretada como o nível de atividade ou produção que pode ser sustentado durante um extenso período de tempo. A capacidade depende da especifi cação da produção Algumas operações podem aumentar sua produção mudando a especifi cação do produto ou serviço (embora isto seja mais aplicável a um serviço). Por exemplo, um serviço postal pode, efetivamente, reduzir sua confi abilidade na entrega em tempos de pico. Assim, durante o período movimentado de Natal, o número de cartas entregues no dia posterior ao que foram postadas pode cair de 95% para 85%. Isto nem sempre incomoda o cliente, que entende que o serviço postal está especialmente sobrecarregado nesta época. Da mesma forma, empresas de contabilidade evitam longas reuniões para desenvolver o relacionamento com clientes durante os períodos movimentados. Embora sejam importantes, elas em geral podem ser adiadas para momentos de menor movimento. O importante é distinguir entre os elementos do serviço que se “deve fazer” – que não deveria ser sacrifi cado – e as partes do serviço que “é bom fazer” – que podem ser omitidas ou atrasadas a fi m de aumentar a capacidade. A perda de capacidade Mesmo depois de incluir todas as difi culdades inerentes à medição da capacidade, a capacidade teórica de um processo (a capacidade que foi projetada) não é sempre alcançada na prática. Algumas razões para isso são, até certo ponto, previsíveis. Diferentes produtos ou serviços podem ter diferentes ne- cessidades, de forma que o processo precisará parar enquanto é substituído. A manutenção precisará ser feita. Difi culdades de programação podem signifi car perda de tempo adicional. Nem todas essas perdas são necessariamente evitáveis; elas podem ocorrer por causa das demandas técnica e de merca- do sobre o processo. Contudo, alguma redução na capacidade pode ser o resultado de menos eventos previsíveis. Por exemplo, faltas ao trabalho, problemas de qualidade, atrasos na entrega dos produtos e serviços comprados, e paradas de máquina ou do sistema podem reduzir a capacidade. Essa redução na capacidade é, às vezes, chamada de perda de capacidade. _Slack_Book.indb 278_Slack_Book.indb 278 14/12/10 15:3014/12/10 15:30 Capítulo 8 • Gerenciamento da Capacidade 279 Efi ciência Global dos Equipamentos3 A medida da Efi ciência Global dos Equipamentos (OEE – Overall Equipment Effi ciency) é um método popular de avaliação da efi cácia da capacidade que incorpora o conceito de perda de capacidade. É baseado em três aspectos de desempenho: • o tempo no qual o equipamento está disponível para operação; • a velocidade, ou taxa de processamento, do equipamento; • a qualidade do produto ou serviço que produz. A Efi ciência Global dos Equipamentos é calculada multiplicando uma taxa de disponibilidade por uma taxa de desempenho (ou velocidade) multiplicado por uma taxa de qualidade. A Figura 8.3 ilustra isso. Alguma redução na capacidade disponível de uma parte do equipamento (ou qualquer proces- so) é causada pelas perdas de tempo, perdas na preparação e substituição (quando o equipamento ou processo está sendo preparado para sua próxima atividade) e falhas de quebra (quando a máquina está sendo consertada). Certa capacidade é perdida pelas perdas de velocidade, quando o equipamento está ocioso (por exemplo, quando ele está temporariamente esperando por trabalho de um outro processo) e quando o equipamento está sendo processado abaixo de sua taxa normal de trabalho. Por fi m, o que é processado pelo equipamento não está livre de erros, de forma que certa capacidade é perdida pelas perdas de qualidade. Tempo de operação disponível Tempo total de operação Perdas de disponibilidade Tempo de operação da rede Perdas de velocidade Tempo útil de operação Perdas de qualidade Não trabalhado (não planejado, por exemplo, erros de previsão) Atrasos na comunicação/ planejamento Paradas por falhas Perdas de aprendizagem (por exemplo, equipe nova) Subdesempenho da equipe Atrasos relacionados à tecnologia Perdas por retrabalho Lidar com reclamações Atividades de inspeção Taxa de disponibilidade Taxa de desempenho Taxa de qualidade tempo líquido de operação tempo total de operação p = tempo útil de operação tempo de operação da rede q = tempo total de operação tempo de operação disponível a = Figura 8.3 Efi ciência Global dos Equipamentos (OEE). _Slack_Book.indb 279_Slack_Book.indb 279 14/12/10 15:3014/12/10 15:30 280 Gerenciamento de Operações e de Processos Adotando a notação na Figura 8.3: OEE = a × p × q Para que o equipamento opere de forma efi caz, ele precisa alcançar altos níveis de desempenho nessas três dimensões. Vistos isoladamente, esses indicadores individuais são medições importantes do desempenho da planta, mas não fornecem uma imagem completa da efi cácia global da máquina. Isso somente pode ser entendido olhando o efeito combinado das três medidas calculado pela multi- plicação dos três indicadores individuais. Todas essas perdas para o desempenho da OEE podem ser expressas em termos de unidades de tempo – o tempo de ciclo projetado para produzir uma boa peça. Assim, uma rejeição de uma peça equivale a uma perda de tempo. Com efeito, isto signifi ca que uma OEE representa o tempo útil de operação como uma porcentagem da capacidade projetada. A OEE pode ser usada para processos e operações de serviço, mas é difícil fazê-lo. Dos três fatores (tempo, velocidade e qualidade) somente o tempo é facilmente aplicável. Não existe equivalente direto da veloci- dade ou taxa de processamento que seja fácil de medir de forma objetiva. Da mesma forma, medir a qualida- de de produção é mais fácil, mas fatores intangíveis,como “relacionamento”, podem ser importantes, mas são mais difíceis de serem medidos. Apesar disso, dado um fator qualquer, pode-se aceitar um grau de apro- ximação; portanto, não existe uma razão teórica que justifi que que a OEE não possa ser usada para serviços. Exemplo Num período normal de 7 dias, o departamento de planejamento programa uma máquina específi ca para traba- lhar por 150 horas, seu tempo de carga. Substituições e preparações levam uma média de 10 horas, e as paradas por falhas em média 5 horas nos 7 dias. O tempo que a máquina não pode trabalhar porque está esperando pelo material a ser entregue de outras partes do processo é de 5 horas em média, e durante o processamento, em média, produz a 90% de sua taxa de velocidade. Três por cento das peças processadas pela máquina subsequen- temente apresentam algum defeito. Tempo máximo disponível = 7 × 24 horas = 168 horas Tempo de carga = 150 horas Perdas de disponibilidade = 10 horas (preparação) + 5 horas (paradas) = 15 horas Portanto, Tempo total de operação = tempo de carga – disponibilidade = 150 horas – 15 horas = 135 horas Perdas de velocidade enquanto processa são de 10% (0,1) da taxa de velocidade, então Total de perdas de velocidade = 5 horas (ocioso) + ((135 – 5) x 0,1) horas (processando) = 18 horas Portanto, Tempo líquido de operação = tempo total de operação – perdas de velocidade = 135 – 18 = 117 horas Perdas de qualidade = 117 (tempo de líquido de operação) x 0,03 (taxa de erro) = 3,51 horas Assim, Tempo útil de operação = tempo de líquido de operação – perdas de qualidade = 117 – 3,51 = 113,49 horas _Slack_Book.indb 280_Slack_Book.indb 280 14/12/10 15:3014/12/10 15:30 Capítulo 8 • Gerenciamento da Capacidade 281 Portanto, Taxa de disponibilidade = a = tempo total de operação tempo de operação disponível = 135 = 90% 150 Taxa de desempenho = p = tempo líquido de operação tempo total de operação = 117 = 86,67% 135 Taxa de qualidade = q = tempo útil de operação tempo líquido de operação = 113,49 = 97% 117 OEE (a × p × q) = 75,6 Entender a natureza dos descompassos potenciais entre a demanda e a capacidade é necessário para o gerenciamento efi caz da capacidade. Para a maioria das empresas, isso é igual a entender como a demanda poderá variar (embora a mesma lógica se aplique à variação na capacidade). Em particular, o equilíbrio entre a variação previsível e a imprevisível da demanda afeta a natureza do gerenciamento da capacidade. Quando a demanda é previsível (normalmente sob condições de demanda dependente – veja capítulo anterior), a capacidade pode necessitar de ajuste, mas o ajuste pode ser planejado de maneira antecipada, preferivelmente para minimizar os custos da mudança. Com a variação imprevi- sível da demanda (em geral sob condições de demanda independente), caso uma operação deva reagir à variação, pelo menos, ela deve fazê-lo muito rapidamente; de outra forma, a mudança na capacidade terá pouco efeito sobre a habilidade da operação lidar com a demanda modifi cada. A Figura 8.4 ilustra como o objetivo e as tarefas do gerenciamento da capacidade variam dependendo do equilíbrio entre a variação previsível e a imprevisível. O conhecimento melhorado do mercado torna o planejamento da capacidade mais fácil O planejamento da capacidade deve lidar com o descompasso entre a capacidade e a demanda. Por- tanto, entender profundamente as forças do mercado que irão gerar a demanda é, se não um pré- -requisito absoluto, particularmente importante. Isto vai além da ideia da previsão como o prognóstico de eventos incontroláveis. O conhecimento melhorado do mercado é um conceito mais geral e é ilustrado na Figura 8.5. Quando a principal característica da diferença entre suprimento e demanda é a variação imprevisível, então a previsão no seu sentido convencional é importante, pois converte a variação imprevisível em variação previsível. Porém, quando o principal gerenciamento da capacida- de é a variação previsível, então uma melhor previsão tem pouco valor, porque o descompasso entre suprimento e demanda é, por defi nição, já conhecido. O que é útil sob essas circunstâncias não é tanto um conhecimento de qual será o descompasso entre suprimento e demanda, mas de como ele pode Q U E S T Õ E S D I A G N Ó S T I C A S O descompasso entre capacidade e demanda é entendido? _Slack_Book.indb 281_Slack_Book.indb 281 14/12/10 15:3014/12/10 15:30 282 Gerenciamento de Operações e de Processos ser modifi cado. Assim, por exemplo, será que um grande cliente pode ser persuadido a transferir sua demanda para um período mais calmo? Os preços, que aumentam em períodos de pico, moverão a demanda para períodos de não pico? As novas técnicas de armazenagem tornam possível o suprimento de alimentos durante todo o ano? Variação imprevisível Baixa Alta Variação previsível Alta Baixa Objetivo – ajustar a capacidade planejada com o máximo de eficiência possível Tarefas de gerenciamento da capacidade Objetivo – assegurar que a capacidade básica é adequada Tarefas de gerenciamento da capacidade Avaliar ótimos mix de métodos para flutuação da capacidade Trabalhar em como reduzir o custo de colocar em prática o plano • • Pesquisar formas de fornecer capacidade fixa eficaz • Objetivo – ajustar a capacidade planejada o mais eficientemente possível e melhorar a capacidade de ajustes rápidos futuros Tarefas de gerenciamento da capacidade: Combinação daqueles para variação previsível e imprevisível • Objetivo – ajustar a capacidade, o mais rápido possível Tarefas de gerenciamento da capacidade Identificar fontes de capacidade extra e/ou uso para capacidade excedente Investigar formas de ajustar a capacidade e/ou usos da capacidade rapidamente • • Figura 8.4 A natureza do gerenciamento da capacidade depende da combinação de demandas previsíveis e imprevisíveis com a variação da capacidade. Variação imprevisível Baixa Alta Variação previsível Alta Baixa Melhor conhecimento do mercado, necessário para explorar as possibilidades de mudar a demanda/suprimento Melhor conhecimento do mercado, necessário para explorar as possibilidades de mudar a demanda/suprimento e reduzir a incerteza da demanda/suprimento Conhecimento (melhorado) do mercado, necessário para reduzir a incerteza da demanda/suprimento Caminho que reduz a dificuldade do gerenciamento da capacidade Figura 8.5 O melhor conhecimento do mercado de suprimentos e da demanda pode tornar o gerenciamento da capacidade mais fácil. Princípio de operações Quanto maior o conhecimento do mercado da operação, mais o gerenciamento da capacidade focará no descompasso previsível entre capacida- de e demanda. _Slack_Book.indb 282_Slack_Book.indb 282 14/12/10 15:3014/12/10 15:30 Capítulo 8 • Gerenciamento da Capacidade 283 Caso o gerenciamento da capacidade seja mais uma questão de lidar com diferenças signifi cativas, mas previsíveis, entre demanda e suprimento, então o conhecimento sobre como os mercados podem ser modifi cados é importante. Contudo, quando a variação imprevisível é alta, a primeira tarefa é transformar a variação de imprevisível em previsível por meio de uma melhor previsão. É claro, a previsão não pode eliminar a variação previsível, mas é um primeiro passo em direção a minimizar os efeitos negativos da variação no gerenciamento da capacidade. Tornando úteis as previsões para o gerenciamento da capacidade Sem entender as fl utuações do suprimento e da demanda futura, não é possível planejar de modo efe- tivo os eventos futuros, somente reagir a eles. Por isso, é importante entender como as previsões são feitas. As previsões foram discutidas no suplemento do Capítulo 3 e, claramente, ajudam a atividade de gerenciamento da capacidade a ter uma previsão exata. Contudo, além da exatidão, existem várias questões adicionais que tornam as previsões mais (ou menos) úteis como uma entrada para o planeja- mento da capacidade.As previsões podem não ser exatas o tempo todo. Contudo, algumas vezes, os erros de previsão são mais prejudiciais que em outras. Por exemplo, se um processo está operando num nível próximo da sua capacidade máxima, previsões superotimistas poderiam levar o processo a se comprometer com gastos de capital desnecessários para aumentar sua capacidade. Previsões inexatas para um processo operando bem abaixo de seu limite da capacidade também resultarão num custo extra, mas provavelmente não na mesma extensão. Assim, o esforço colocado na previsão deveria refl etir a sensibilidade variável para o erro de previsão. As previsões também precisam ser expressas em unidades que sejam úteis para o planejamento da capacidade. Se as previsões são expressas somente em termos de dinheiro e não fornecem indicaçõs de demandas que serão colocadas sobre a capaci- dade de uma operação, elas necessitarão ser traduzidas em expectativas realistas de demanda, ex- pressas na mesma unidade que a capacidade (por exemplo, horas-máquina por ano, necessidade de operadores, espaço, etc.). O ponto mais importante talvez seja que as previsões devem fornecer um indicador da incerteza relativa. A demanda em alguns períodos é mais incerta que em outros. Isso é importante porque os gerentes de operações precisam entender quando a incerteza torna necessária a aquisição de capacidade reserva. Uma previsão probabilística permite esse tipo de avaliação entre planos possíveis que garantiriam a habilidade da operação para atender a real demanda e planos para minimizar os custos. De forma ideal, esta avaliação deveria ser infl uenciada pela natureza da conquista de pedidos pela empresa: mercados sensíveis ao preço podem necessitar de um plano de risco, evitando a minimização de custo que nem sempre satisfaz a demanda de pico, mas os mer- cados que valorizam a adaptabilidade e a qualidade do serviço podem justifi car uma provisão mais generosa de capacidade operacional. Lembre, contudo, que a ideia de que uma “melhor previsão” é necessária para o gerenciamento efi caz da capacidade é só parcialmente verdadeira. Uma abor- dagem melhor seria dizer que o melhor conhecimento do mercado (de demanda e de suprimentos) geralmente é importante. Melhor previsão ou melhor adaptabilidade de operações? O grau de esforço (e custo) para se dedicar à previsão é frequentemen- te uma fonte de grande debate dentro das empresas. Isto normalmente se resume a dois argumentos opostos. Um diz algo como: “É claro que é importante que as previsões sejam mais exatas; não podemos planejar ca- pacidade de operações de outra forma. Isso invariavelmente signifi ca que terminamos com excesso de capacidade (portanto, custos) ou falta de ca- pacidade (portanto, perdendo receita e não satisfazendo os clientes)”. O contra-argumento é muito diferente: “A demanda sempre será incerta, pois esta é a natureza da demanda. Princípio de operações A tentativa de aumentar o conhecimento do mer- cado e a tentativa de aumentar a fl exibilidade de operações apresenta abordagens alternativas para o gerenciamento da capacidade, mas que não são mutuamente exclusivas. _Slack_Book.indb 283_Slack_Book.indb 283 14/12/10 15:3014/12/10 15:30 284 Gerenciamento de Operações e de Processos Acostume-se com isso. A única forma de satisfazer os clientes é tornar a operação sufi cientemente adaptável para lidar com a demanda, quase independentemente do seu tamanho”. Ambos os argumentos têm algum mérito, mas ambos são posições extremas. Na prática, as operações devem achar um equilíbrio entre ter melhores previsões e ser capaz de lidar sem previsões perfeitas. Tentar obter previsões corretas tem um valor peculiar onde a operação acha difícil ou impossível reagir a fl utuações inesperadas da demanda a curto prazo. Varejistas baseados na Internet, durante as festas de fi nal de ano, por exemplo, acham difícil fl exibilizar a quantidade de bens que eles têm no estoque a curto prazo. Os clientes possivelmente não querem esperar. Por outro lado, outros tipos de operação trabalhando em mercados intrinsecamente incertos podem desenvolver processos rápidos e fl exíveis para compensar a difi culdade de obter previsões exatas. Por exemplo, fabricantes de roupas da moda tentam superar a incerteza em seu mercado reduzindo seu tempo de resposta às novas ideias da moda (tempo da passarela para o cabide) e o tempo para repor estoques nas lojas (tempo de reposi- ção). Da mesma forma, quando o custo de não atender a demanda é muito alto, os processos também têm de confi ar em sua adaptabilidade em vez de em previsões exatas. Por exemplo, departamentos de acidentes e emergências no hospital devem ser adaptáveis, mesmo se isto signifi ca às vezes subutilizar os recursos. A forma mais comum de planejar a capacidade é decidir sobre um “nível básico” de capacidade e então ajustá-lo periodicamente para cima ou para baixo para refl etir as fl utuações na demanda. Na verdade, o conceito de capacidade “básica” não é comum porque, embora seja o nível de capacidade nominal em relação ao qual aumentos e reduções são planejados, em mercados muitos instáveis, onde as fl utuações são signifi cativas, ele possivelmente não vai ocorrer. Além disso, essas duas decisões de “qual deveria ser o nível básico da capacidade?” e “como ajustamos a capacidade em torno dessa base para refl etir a de- manda?” estão inter-relacionadas. Uma operação poderia determinar seu nível básico da capacidade num nível tão alto comparado à demanda que não haveria necessidade nem mesmo de ajustar os ní- veis de capacidade, pois eles nunca excederiam o seu nível básico. Contudo, isto é claramente um desperdício, e, por isso, a maioria das operações costuma ajustar seu nível de capacidade com o passar do tempo. Contudo, embora as duas decisões estejam inter-relacionadas, normalmente vale a pena determinar a capacidade nominal antes de continuar a explorar como ela pode ser ajustada. Defi nindo a capacidade básica O nível básico de capacidade em qualquer operação é infl uenciado por muitos fatores, mas deveria estar claramente relacionado a três fatores em particular: • a importância relativa dos objetivos de desempenho da operação; • a perecibilidade da produção da operação; • o grau de variabilidade da demanda ou do suprimento. EXEMPLO ADICIONAL Q U E S T Õ E S D I A G N Ó S T I C A S Qual deveria ser a capacidade básica da operação? Princípio de operações Quanto mais alta a capacidade básica, menos fl u- tuação da capacidade é necessária para satisfazer a demanda. _Slack_Book.indb 284_Slack_Book.indb 284 14/12/10 15:3014/12/10 15:30 caraujo Retângulo Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Capa Iniciais Ficha catalográfica
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