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ANTI-VIRAIS Prevenção: · Nutrição adequada · Higiene pessoal · Vacinação · Saúde publica · Rede publica de agua · Tratamento de esgotos · Controle de insetos · Praticas clinicas apropriadas · Formação/informação Tratamento: · Sintomático · Potencialização do sistema imune · Fármacos antivirais Bactérias Vírus Muitos antibióticos Altamente seletivo Poucos antivirais disponíveis Seletividade dificultada Utilizam o metabolismo do hospedeiro Certo grau de citotoxicidade Terapia antiviral: · Amplo espectro · Inibição completa da replicação viral · Capacidade de atingir o alvo sem interferir com o sistema imune do hospedeiro · Toxicidade mínima · Atividade frente a mutantes resistentes · Os vírus utilizam a maquinaria para a replicação · Se replicam muito rapidamente e aos milhares · Possuem mais de um hospedeiro · Possuem reservatórios · Sofrem mutação · Possuem vários tipos e subtipos · Falta de conhecimento de detalhes do método de replicação · Sem contato prévio · Resistência · Planejamento racional de agentes antivirais: · Inibição da fixação, penetração e liberação do material genético viral; · Inibição da síntese de ácidos nucleicos; · Inibição da tradução do RNAm viral – não produção de proteínas; · Inibição da transcriptase reversa (TR); · Inibição das proteases virais; · Alvos para a terapia antiviral: · Ciclo de replicação viral · Adsorção do vírus na celula · Penetração do vírus e desnudamento · Replicação dos componentes virais · Maturação, montagem e liberação do vírus · Mecanismos de ação: · Ação direta: virucidas ou com ação em etapas da replicação viral (atuam diretamente no vírus) · Ação indireta: estimulam o mecanismo de defesa do hospedeiro (imunomodeladores) · Busca de alternativas, com mecanismos de ação complementares aos dos fármacos já existentes. AGENTES ANTI-HERPES VIRUS: · Fármacos exercem sua ação durante a fase aguda · Com exceção do foscarnete (uso hospitalar), todos os outros são análogos das purinas ou da pirimidina que inibem a síntese do DNA viral. · Reativação de acordo com trauma na região inervada por glânglio infectado ou estímulos sistêmicos como estresse emocional, hipertermia, menstruação, desequilíbrio hormonal, exposição a UV da luz solar. Análogos sintéticos da guanosina: · Aciclovir, fanciclovir, penciclovir, ganciclovir · Pró fármacos – ésteres L-vail: Valaciclovir, valganciclovir · Entram na cadeia do DNA pois são análogos a guanina, uma base nitrogenada. · Inibidores da DNA polimerase: · Bloqueiam a formação do DNA · Início da terapia antiviral seletiva · Ativo contra DNA-vírus · Tratamento de: Herpe vírus, varicela-Zoster, citomegalovírus · Mecanismo de ação inibição da DNA-polimerase e, portanto, inibição da formação do DNA · Aciclovir precisa sofrer bioativaçao (por fosforilação) através da enzima TIMIDINA-QUINASE · Forma ativa trifosfato de aciclovir Aciclovir: · Mecanismo de Ação: inibição da síntese do DNA viral, através do bloqueio da DNA polimerase. · Precisa passar por etapas de bioativação (adição de fosfato em cada etapa): 1. Timidina quinase (viral): responsável por adicionar fosfato e transforma o aciclovir em monofosfato de aciclovir. 2. Timidilato quinase (celular): adiciona mais 1 fosfato – difosfato de aciclovir 3. Timidilato quinase (celular): adiciona maia 1 fosfato – trifosfato de aciclovir (fármaco ativo) · Sua seletividade de ação depende de duas proteínas/enzimas: timinidacinase e a DNA-polimerase · Usos clínicos: · Herpes 1 e 2, varicela-zoster e citomegalovírus em ordem decrescente de poder de ação · Profilaticamente em pacientes que vão ser tratados com imunossupressores ou radioterapia para inibir a reativação do herpes vírus. · Profilaticamente para inibir recidivas de infecção genitais pelo HSV (herpes) · Vias de administração: oral, IV, tópico (creme 5%). · Tratamento de escolha do primeiro episódio de herpes genital. · Tratamento de escolha para a encefalite por herpes simples, infecção neonatal por HSV e infecção grave por HSV ou VSV · Possui uma distribuição ampla: líquidos corporais, secreções salivares e secreções vaginais. · Concentra-se no líquido amniótico, leite materno e placenta. · Mecanismo de Resistência: · Ausência ou produção parcial de timinidacinase; · Alteração da especificidade do substrato da timinidacinase · Alteração da DNA polimerase. · Efeitos adversos: · Inflamação no local da aplicação · Disfunção renal (IV) – infusão lenta · Nause, cefaleia, encefalopatia (rara) · Ciclosporina + aciclovir = nefrotoxicidade · Zidovudina + aciclovir = aumenta a sedação e letargia. Valanciclovir · Análogo do aciclovir: L-valil éster de adiclovir · Convertido em aciclovir quando ingerido · Pró-farmaco do aciclovir – passa por todas as etapas do aciclovir. · 10x mais potente do que o aciclovir. · Mecanismo de ação igual ao do aciclovir: bloqueio da DNA polimerase. · Efeitos adversos: náuseas, diarreia e dor de cabeça · Atua contra HSV, VZV, CMV Penciclovir · Análogo acíclico do nucleosideo guanina · Assemelha-se ao aciclovir no seu espectro de atividade contra o HSV, VZV e HBV · 100x menos potente que o aciclovir. · MA: inibidor da síntese do DNA viral INIBIÇÃO DA DNA-POLIMERASE · Baixa disponibilidade (VO). Usado pela via tópica. · Interação com alimentos (reduz a concentração). · Efeitos adversos: mutagênico em altas concentrações – câncer. · Não há estudo estabelecendo seu uso durante a gravidez. · Tempo de meia vida: 20h (permanece mais tempo na célula). Fanciclovir · HSV-1, HSV-2 e VZV e EBV e HBV. · Tratamento de escolha do primeiro episódio de herpes genital (VO). Foscarnete (fosfonoformato trissódico) · Análogo sintético não-nucleosídeo do pirofosfato inorgânico · Fármaco hospitalar. · Ativo contra citomegalovírus em pacientes imunocomprometidos · HIV, HSV-1 e HSV-2, VZV, cepas resistentes a aciclovir · Uso: IV · Mecanismo de Ação: · Inibe a síntese de ácidos nucleicos – DNA polimerase. (herpes-virus) · Inibe a transcriptase reversa (HIV) · T1/2: 3-4 dias · Efeitos adversos: nefrotoxicidade e hipocalemia; cefaleia, convulsões, tremor, febre, anemia e vômitos · Não pode ser prescrito a gestantes abortivo e teratogênico FÁRMACOS USADOS NO TRATAMENTO DAS INFECÇOES POR CITOMEGALOVIRUS Ganciclovir · Análogo de guanosina acíclico · Alvo: DNA polimerase viral · MA: inibe a síntese do DNA viral · Efeitos adversos: mielossupressao · Atua contra HSV, CMV, VZV, EBV, HHV-6, HHV-8. · Utilizado em pacientes com transplante. · Fármaco categoria C · Indicado para prevenção e tratamento da doença de órgão-alvo por CMV em pacientes com Aids. Cidofovir: · Análogo nucleotídeo de citosina · Inibe a síntese do DNA viral (DNA-polimerase) · Tratamento de retinite por CMV. FÁRMACOS ANTI-INFLUENZA · Inibidores de Neuraminidase (bloqueiam a neuraminidase) · Bloqueiam a liberação de partículas virais · Oseltamivir (V. oral) – Tamiflu · Zanamivir (v. inalatória) – Relenza · Inibidores de canais de íons M2 (inibem os canais de íons M2) · Amantadina – Matidan · Rimantadina (não comercializado no BR) · Influenza A, B e o H1N1 já são resistentes Inibidores de Neuraminidase · Influenza A e B · MA: bloqueio da liberação de partículas virais. Interferem na liberação da progênie de vírus das células hospedeirasinfectadas. · Efeitos adversos: · Osetalmivir: náuseas, desconforto abdominal · Zanamivir: broncoespasmos, deterioração aguda pulmonar. · São teratogênicos · Categoria C prescritos para gestantes apenas se o risco for menor que o benefício Adamantanas – amantadina e rimantadina · Influenza A · Inibe penetração da partícula viral do hospedeiro · MA: Bloqueia a desencapsulaçao do genoma viral e a transferência deste para a célula hospedeira · MA: impedimento estérico do canal iônico formado pela proteína viral M2 · Ef adv mais graves: nervosismo, tontura, insônia, alucinação, convulsão, delírio. · Efeitos potencializados com o uso de anti-histamínicos, anticolinérgicos, hidroclorotiazida, sulfametoxazol-trimetroprima. Trifluridina (trifluorotimidina) · Inibidor da DNA-polimerase inibe a síntese de DNA · Inibesíntese de DNA em HSV, CMV e demais adenovírus · Tratamento de HSV resistente à aciclovir FÁRMACOS CONTRA A HEPATITE Interferona – Mais caro · Fármaco anti-viral INDIRETO · Proteínas naturais produzias pelas células do sistema imune na resposta a vírus, bactéria, parasitas e células tumorais · Ação antiviral que modula a resposta imune · Três classes: alfa, bega e gama · Fármaco de escolha para o tratamento de HCV · MA: no geral, BLOQUEAR A SÍNTESE DE PROTEÍNAS · Induz a proteína quinase que INIBE A SÍNTESE PROTEÍNA · Induz a OLIGOADENILATO SINTETASE que comanda para a DEGRADAÇÃO do mRNA viral · Induz a FOSFODIESTERASE que INIBE o tRNA INIBINDO a TRANSDUÇÃO · Efeitos colaterais · Síndrome do tipo gripal · Febre, dor de cabeça, prurido · Supressão da MO (anemia) · Neuro e cardiotoxicidade · Perda da fertilidade · Alguns usos · Hepatite B e C crônicas · Infecções por CMV em pacientes TRANSPLANTADOS (diferente do foscarnete que é eficiente em pacientes IMUNODEPRIMIDOS) · Sarcoma de Kaposi em pacientes com AIDS · Interferon peguilado modificado · Interferon peguilado + Ribavirina HCV · Ribavirina: analoco nucleosideo sintético · Tratamento de 6 (genótipo 2 e 3) a 12 meses (genotipo 1) · Muitos efeitos colaterais: cefaleia, febre, dores musculares TRATAMENTO DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE B Objetivo do Tratamento: · Suprimir a replicação viral · Evitar a progressão para cirrose, insuficiência hepática e CHC · Interrompe a progressão da doença. Adefovir dipivoxila · Pró fármaco diéster – análogo nucleotídeo de adenina fosforado acíclico · Inibidor da DNA-polimerase do HBV · Também ativo contra HSV, HIV · MA: inibidor competitivo de DNA-POLIMERASE e TRANSCRIPTASE REVERSA virais · Age interrompendo a síntese do DNA viral · Uso VO · t/12: 7,5h · ef adv: nefrotoxicidade, difunçao tubular, glicosiuria, proteinuria · Não pode ser prescrito para gestante Entecavir · Análogo nucleosídeo da Guanosina · Indicado para o tratamento de infecção crônica de HBV · MA: inibe a DNA-polimerase do HBV · Fármaco atinge os níveis plasmáticos após 6-10 dias (começa a ter efeito com 6-10 dias) · T1/2: 149 horas!! · Efeitos adversos: cefaleia, fadiga, tontura, náuseas · Função hepática deve ser monitorada Telbivudina · Análogo nucleosídeo da Timidina · Inibidor da DNA-polimerase do HBV · Uso: VO – pode ser tomado com alimentos (possui interação) · T1/2: 49 horas · Efeitos adversos: mialgia, miopatia, fadiga, diarreia, febre, tontura, náuseas TRATAMENTO DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C Ribavarina + Interferon · Análogo da guanosina · MA: inibição da DNA polimerase. · Ativo em infecções por DNA e RNA-vírus (amplo espectro) · Hepatite A, B e C; influenza A e B e herpes · Tratamento padrão para infecção crônica pelo HCV (oral + injeção de pegIFN-alfa-2A ou 2B) · Mecanismo de Ação: altera os reservatórios de nucleotídeos celulares e inibe a síntese de RNAm viral · T1/2: 200-300H · Muitos efeitos colaterais: · Cefaleia; febre; dores musculares; cansaço; perda do apetite; perda de peso; prurido; depressão; queda dos glóbulos brancos, plaquetas e anemia. Sofosbuvir (novo tratamento): · Análogo nucleotídeo · Inibidor de RNA polimerase (genótipo 1, 2, 3 ou 4) – torna o medicamento mais potente. · Efeitos adversos: fadiga e cefaleia · Limitação do uso: preço elevado Simeprevir (novo): · Doença hepática compensada · Inibidor da protease (genótipo 1) e RNA polimerase. · Efeito adverso: fotossensibilidade e exantema. · Limitação: caro. POR QUE É TAO DIFICIL CRIAR DROGAS ANTIVIRAIS? · Virus utilizam a maquinaria celular para a replicação (parasita intracelular) · Se replicam muito rapidamente e aos milhares ou milhões por células · Infectam novas células/hospedeiros · Fazem latência (herpesvírus) ou promovem infecções persistentes (HIV) · Falta de conhecimento de detalhes do método de replicação (HPV) · Sem contato prévio (ebola) · Resistência viral · Não existe um padrão de replicação
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