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FÁRMACOS ANTIVIRAIS Fármacos Antivirais 2 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DOCENTE: FÁVIA LIMA DISCIPLINA: FARMACOLOGIA ALUNOS: CLARISSA BORGES, DÉBORA RAVENA, HÉVILA CERQUEIRA, LARISSA OLIVEIRA, MATEUS SOUSA, NATALY FERREIRA, REBECA CARVALHO, YVELINNE MACHADO. VISÃO GERAL DOS VÍRUS Vírus é uma partícula com material genético e um envelope capsular proteico. Agentes infecciosos pequenos; Parasitas intracelulares obrigatórios; Possuem DNA ou RNA; Estrutura dos vírus CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS Vírus de DNA Herpes vírus Adenovírus Vírus hepatite B Bacteriófagos Vírus de RNA Retrovírus (HIV) Influenza Vírus Vírus da Hepatite A,C e D Vírus da febre hemorrágica (dengue, hantavírus, ebola vírus) Raiva vírus CICLO DE VIDA DE UM VÍRUS DE DNA CICLO DE VIDA DE UM VÍRUS DE RNA HERPES VÍRUS Vírus da Herpes Simples (HSV-1 e HSV-2) Varicela Zoster (VZV) Epstein- Barr (EBV) Citomegalovírus (CMV) Herpes Vírus Humanos (HHV) VÍRUS DA HERPES SIMPLES Tipo 1 (HSV-1): provoca a herpes oral; acomete face, esôfago e regiões cerebrais. Tipo 2 (HSV-2): provoca herpes genital, infecta região genitália, reto, pele, mãos e meninges; Fonte: https://www.mdsaude.com/2012/04/herpes-labial.html Fontes:https://saude.umcomo.com.br/artigo/como-reconhecer-o-herpes-1288.html; https://saudescolar.wordpress.com/2012/04/24/herpes-genital/ VÍRUS DA HERPES SIMPLES Transmissão: Secreções salivares Líquido das vesículas Contato íntimo (secreções vaginais) ou parto normal. Vírus de alta recorrência Febre Estresse Imunossupressão Raios UV VARICELA ZOSTER Causadora da varicela Doença de evolução rápida; Altamente contagiosa ; Lesões com diferentes estágios. Fonte: Google Imagens HERPES ZOSTER Reativação da Varicela Zoster Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens Rebeca Carvalho (RC) - EPSTEIN-BARR Doença do Beijo Transmissão: Secreção salivar Causa da Mononucleose Infecciosa Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens CITOMEGALOVÍRUS Transmissão: Fluidos corporais Pode causar: - CMV congênita - Pneumonia em imunocomprometidos Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens HERPES VÍRUS HUMANO HHV-6 e HHV-7: vírus causadores da Roseola Infantum - Transmissão horizontal (saliva) e vertical (infecção perinatal) HHV-8: herpes vírus associado à Sarcoma de Kaposi Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens URIDINAS Análogos de timina; Ativos contra DNA-vírus; As principais uridinas anti-herpéticas: - Idoxuridina (R= I, X= OH) - Citarabina (R= H, X= OH) - Fluordesoxiuridina (R= F, X= OH) - Bromodesoxiuridina (R= Br, X= OH) - 5’-aminoidoxuridina (R= I, X= NH2) - Trifluoridina (R= CF3, X= OH) Estrutura da uridina x timina URIDINAS Estrutura da uridina x timina Análogos de timina; Ativos contra DNA-vírus; As principais uridinas anti-herpéticas: - Idoxuridina (R= I, X= OH) - Citarabina (R= H, X= OH) - Fluordesoxiuridina (R= F, X= OH) - Bromodesoxiuridina (R= Br, X= OH) - 5’-aminoidoxuridina (R= I, X= NH2) - Trifluoridina (R= CF3, X= OH) MECANISMO DE AÇÃO DAS URIDINAS Trifosfato de idoxuridina DNA Polimerase viral Inibida Não - inibida Fita de DNA viral incompleta Proteínas virais defeituosas ACICLOVIR Análogo sintético do nucleosídeo Guanosina; Obtido através da simplificação ou abertura do anel de Guanosina. Fonte: Google Imagens ACICLOVIR ESPECTRO ANTIVIRAL Age contra todos os tipos de Herpes Vírus; Doses diferentes para tratamento de cada tipo viral; - HSV-1 < HSV-2 < VZV = Epstein-Barr < CMV; Mais tóxico para o tratamento do Citomegalovírus (CMV). ACICLOVIR MECANISMO DE AÇÃO Inibe a síntese de DNA viral; Interage com Timidinacinase viral e DNA-polimerase viral; É fosforilado pela timidinacinase; - Monofosfato Difosfato Trifosfato; Trifosfato de aciclovir é incorporado no DNA viral; Extensão do DNA é bloqueada. Fonte: GOODMAN & GILMAN As Bases Farmacológicas da Terapêutica ACICLOVIR FARMACOCINÉTICA Meia vida curta; Administração tópica, oral e intravenosa; Distribuição ampla nos tecidos corporais; Eliminação por filtração glomerular e secreção tubular. Fonte: Google Imagens ACICLOVIR MECANISMO DE RESISTÊNCIA Ausência ou produção parcial de timidinacinase viral; Alteração da especificidade do substrato da timidinacinase; Alteração da DNA polimerase viral (raro). ACICLOVIR EFEITOS ADVERSOS Por via tópica: ardência, prurido, eritema, descamação e ressecamento da pele; Por VO: dores de cabeça, tontura, enjoos, vômito e febra; Por VI: prurido, inflamação no vaso medicado, eritema, erupção na pele e enjoos. CONTRA-INDICAÇÕES DO ACICLOVIR: Pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente da formula; DERIVADOS DO ACICLOVIR Aciclovir Valaciclovir Penciclovir VALACICLOVIR É um análogo do Aciclovir: L-valil éster de Aciclovir Pró-fármaco do Aciclovir Biodisponibilidade de 54% - meia-vida plasmática 2-3h Efeitos adversos Atua contra HSV, VZV e CMV Mecanismo de resistência PENCLOVIR Análogo do nucleosídeo Guanosina; Assemelha-se ao Aciclovir quanto ao Mecanismo de Ação, Farmacocinética e Mecanismo de Resistência. Aciclovir é 100x mais potente; EFEITOS ADVERSOS Ardência, dor aguda e hipossensibilidade local. Fonte: Google Imagens FOSCARNET Análogo a pirofosfato inorgânico Inibe todos dos herpes vírus MECANISMO DE AÇÃO Não necessita de fosforilação; Inibe a síntese de ácidos nucleicos; Bloqueia o sítio de ligação do pirofosfato; Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens FOSCARNET FARMACOCINÉTICA Administração Intravenosa; Excreção por filtração glomerular e secreção tubular MECANISMO DE RESISTENCIA Mutações puntiformes na DNA-polimerase EFEITOS ADVERSOS Nefrotoxicidade, hipocalcemia, cefaleia e tremores. Fonte: Google Imagens FOMIVIRSEM Mecanismo de ação: Dupla hélice Inibição da tradução do RNAm É um oligonucleotídeo anti-sense Fragmento de DNA complementar Sequência de bases do DNA do vírus FOMIVIRSEM Farmacocinética: Injeção vítrea Tratamento da retinite por CMV Portadores de HIV Efeitos adversos: Irritação gástrica Pressão intraocular. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ANTIVIRAIS INTERAÇÕES COM EFEITOS Aciclovir Zidovudina Letargia grave e fadiga Aciclovir Probenecida Inibição da depuração do aciclovir, . aumentando sua concentração ... .. .. plasmática Valaciclovir Probenecida Aumento dos níveis séricos de ... .. .. aciclovir Aciclovir Ciclosporina Risco aumento de nefrotoxicidade Foscarnet Anfotericina B e outros Risco aumento de nefrotoxicidade agentes nefrotóxicos Foscarnet Pentamidina Hipocalcemia Foscarnet Zidovudina Risco aumentado de anemia BIOSSEGURANÇA Riscos: Autoinoculação; Transmissão para o CD e sua equipe; Desconforto para o paciente. Na fase ativa da doençaAdiar o tratamento; Em casos de urgência Manter o tratamento. FÁRMACOS ANTI-INFLUENZA FÁRMACOS ANTI-INFLUENZA Inibidores da neuraminidase/da liberação viral e Inibidores da desmontagem do revestimento viral/ bloqueador do canal iônico Vírus influenza: H1N1, H2N2, H3N8, etc. COMO FUNCIONA ESSE CICLO? CLASSES DE ANTI-INFLUENZA Inibidores de neuraminidase: Efeitos adversos AMANTADINA RIMANTADINA Inibidores dos canais M2 Efeitos adversos; Resistência; FÁRMACOS ANTI-HEPATITE FÁRMACOS ANTI-HEPATITE Esses fármacos são utilizados com 3 objetivos: ▪ Impedir a evolução da doença aguda para crônica; ▪ Impedir a transmissão da doença para pessoas susceptíveis; ▪ E impedir o agravamento da doença; HEPATITE C (HCV) Uma das infecções virais mais comuns do mundo; Associada a morbidade e mortalidades significativas; Vírus não integra o DNA celular; Possui cura. Interferonas Ribavirina FÁRMACOS CONTRA O HCV INTERFERONAS São potentes citocinas; Induzem alterações que medeiam as resposta imunológicas; Agem por meio de receptores específicos; Existem 3 tipos de interferonas; MECANISMO DE AÇÃO DAS INTERFERONAS Ligação a receptores gangliosídicos; Ativa-se a via de transdução de sinais Produção de proteínas Resposta antiviral Mecanismo de ação das interferonas Agem inibindo: Transcrição; Tradução; Maturação viral; Liberação viral; FARMACOCINÉTICA Baixa biodisponibilidade oral; Administração principalmente por via subcutânea; É incapaz de atravessar a barreira hematoencefálica; Absorção com a adição de polietileno glicol; Ribavirina É um análogo nucleosídeo; Agente antiviral de amplo espectro; Utilizada em conjunto com a interferona; Mecanismo de ação Interferência nos eventos iniciais da transcrição viral; Inibição da ionosina-monofosfato desidrogenase celular; Altera reservatórios de nucleotídeos; FÁRMACOS CONTRA O HBV Adefovir Entecavir Lamivudina Adefovir O adefovir dipivoxila penetra nas células e é desesterificado em adefovir. Em seguida, o adefovir é convertido por enzimas celulares em difosfato, que atua como um inibidor competitivo de DNA-polimerases e transcriptases reversas virais. Entecavir No interior da célula o entecavir é eficientemente fosforilado na forma ativa de trifosfato (TP), que compete com trifosfato de desoxiguanosina: 1. A iniciação da sequência de bases; 2. A transcrição reversa da banda negativa a partir do RNA mensageiro pré-genômico; 3. E a síntese da banda positiva do DNA do HBV; Lamivudina São análogos nucleosídicos ; Possui menor toxicidade em relação a outros fármacos; Fraca inibição da DNA polimerase celular; Mecanismo de ação Principal mecanismo é o término da cadeia de transcriptase reversa; Associa-se a Lamivudina + Zidovudina contra HIV; FÁRMACOS ANTI-RETROVIRAIS VÍRUS DA AIDS 1. Transcriptase reversa 2. Cápsula formada pela proteína P24 3. Membrana lipídica 4. Proteínas de matriz (P17) e glicoproteínas associadas 4.1. GP12 reconhece o TCD4 4.2. GP41 proteína de fusão Infecção, replicação e expulsão das cópias virais: 1. O retrovírus HIV tem tropismo por células TCD4 mediado pela GP120; 2. Fusão da membrana viral com a membrana do linfócito por meio de uma proteína de fusão GP41; 3. RNA viral é transformado em DNA: transcriptase reversa; 4. Incorporação do DNA viral ao genoma do hospedeiro. Essa incorporação é mediada pela integrase viral ; 5. A partir do DNA viral a célula humana passa a produzir proteínas gigantes que para se tornarem funcionais precisam ser clivadas pela protease viral; ASSIM, FALAREMOS DE 3 ALVOS PRINCIPAIS DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL DENTRE OS QUAIS TRÊS SE DESTACAM: ● Inibidores da transcriptase reversa ● Inibidores da integrasse ● Inibidores de protease Agentes Antirretrovirais Inibidores da transcriptase reversa Agentes nucleosídicos: São análogos de nucleosídeos; Não são capazes de serem incorporados à molécula do RNA; Zidovudina (AZT) Análogo da desoxitimidina; Compete com o nucleotídeo natural e bloqueia a síntese de DNA; Mecanismo de resistência: mutação do vírus Zidovudina (AZT) Farmacocinética Administração por via oral e intravenosa; Convertido em 5-glicuronil zidovudina; Atravessa a barreira hematoencefálica. Interações: Probenecida, fluconazol, atovaquona e ácido valproico Efeitos adversos: fadiga, mal-estar, mialgia, náuseas, anorexia, cefaleia e insônia. Inibidores da transcriptase reversa Agentes não - nucleosídicos: Ligação ao sítio alostérico da transcriptase reversa; Impede a ligação de novos nucleosídeos para a formação da nova fita de DNA do vírus; Neviparina Usado em infecções por HIV resistentes ao AZT; Não inibe a transcriptase reversa do HIV-2 e da DNA polimerase humana Neviparina Farmacocinética Baixa disponibilidade oral e ligação a proteínas; Eliminado inalterado por excreção renal. Efeitos adversos Febre, fadiga, cefaleia, sonolência e náuseas. Inibem a enzima que vai converter a poliproteína não funcional em várias proteínas funcionais; Devem ser usados em associação; INIBIDORES DA PROTEASE Saquinavir Inibidor de protease do tipo peptídico mimético de proteases; Farmacocinética: Biodisponibilidade oral baixa; Administrado em combinação com ritonavir; Eliminação pelo sistema biliar e pelas fezes Interações: Indutores de CYP3A4 Efeitos adversos dos inibidores de proteases: Inibição do P450; Distúrbios do TGI; Anomalias metabólicas; Cálculos renais; Redistribuição de gordura; Parestesia em torno da boca, mão e pés. Impedem que o vírus adentre nos linfócitos T: INIBIDORES DE FUSÃO: Enfuvirtida: A Enfuvirtida é um polipepitídeo (sequência de aminoácidos) que interage com a glicoproteína GP41 impedindo a alteração conformacional e a formação do poro de fusão. Farmacocinética: É o único agente antirretroviral aprovado que precisa ser administrado por via parenteral. A principal via de eliminação ainda não foi estabelecida e a sua meia-vida de eliminação é em média 3,8 h. Efeitos adversos: Efeitos colaterais localizados como dor, eritema (vermelhidão da pele) no local da injeção. Em 80% dos pacientes verifica-se desenvolvimento de nódulos ou cistos. Interações: Não se sabe se ela altera as concentrações de qualquer outro fármaco coadministrado. TERAPÊUTICA COMBINADA CONTRA O HIV: O ATRIPLA é um fármaco que combina Efavirens (Inibidor da transcriptase reversa não análogo de nucleosídeos + Tricitabina (Inibidor da transcriptase reversa Análogo de nucleosídeo) e Tenofivir (inibidor de protease). ATRIPLA PRÓS: Maior eficácia (80 – 85% das pessoas tem uma sobrevida maior a utilizar terapêutica combinada) Diminuição da carga viral > 30 vezes Redução da resistência viral CONTRAS: Aumento da toxicidade e reações adversas significativas (pois somam-se os efeitos adversos de cada um dos fármacos da associação) Frequentemente abandono do esquema posológico, devido às reações adversas e a toxicidade. Terapêutica e monitoramento dispendiosos (Alto custo terapêutico) REFERÊNCIAS: OLIVEIRA, Rebeca Hymer G.; ALMEIDA, Tatiana F. de. RISCOS BIOLÓGICOS EM ODONTOLOGIA: uma revisão da literatura. Revista Bahiana de Odontologia, [S.l.], v. 6, p. 34-46, abr. 2015. Consolaro A, Consolaro MFM-O. Herpes simples recorrente na prática ortodôntica: devemos suspender o atendimento?. Rev. dent. press ortodon. ortopedi. facial. 2009;14(2): 16- 24. SANTOS, Manuelly Pereira de M. Herpesvírus humano: tipos, manifestações orais e tratamento. REVISTA_CRO, Recife, v. 11, n. 3, p. 191-196, set. 2012. Disponível em: <http://revodonto.bvsalud.org/pdf/occ/v11n3/a04v11n3.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2018. SILVA, Penildon. Drogas Antivirais, Farmacoterapia da AIDS. In: SILVA, Penildon. Farmacologia. 8ª edição. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. cap. 108, p. 1048-1102 Golan, D.E., Tashjian, A.H., Armstrong, E.J., Armstrong, A.W. Princípios de Farmacologia:A Base Fisiopatológica da Farmacoterapia. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. Rang, H.P., Dale, M.M., Ritter, J.M., Flower, R.J., Henderson, G. Farmacologia. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. GOODMAN & GILMAN As Bases Farmacológicas da Terapêutica. Alfred Goodman Gilman Joel G. Hardman Lee E. Limbird eds, 12ª edição Mc Graw Hill, 2012.
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