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SEMIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

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MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
í
- Determinar se existe doença no sistema 
nervoso. 
 Síncope ocorre quando uma quantidade 
baixa de O2 chega ao cérebro e o 
paciente desmaio e esse sinal clínico 
pode ocorrer em doenças 
cardiovasculares, hipoglicemia e outras 
situações que não sejam neurológicas. 
- Estabelecer a localização e a extensão da 
lesão. 
 Localizar lesão só é aprendido quando 
se já tem conhecimento da anatomia 
do sistema nervoso (principalmente 
da anatomia funcional) e interpretar 
os resultados do exame neurológico. 
- Determinar se a doença é focal ou 
multifocal. 
 Muitos tipos de encefalites podem 
ser multifocais.  Uma encefalite 
que atinge o canal medular, por 
exemplo. 
- Verificar se a doença é progressiva ou 
estática. 
 O status neurológico varia de uma 
hora para outra.  Verificar status 
neurológico de pacientes internados 
todos os dias. 
- Tentar direcionar o diagnóstico e 
prognóstico. 
 Tomografia computadorizada. 
 
Sistema nervoso central 
O SNC é composto pelo encéfalo e medula 
espinhal. O forame magno divide o SNC, o que 
está acima é o encéfalo e o que está abaixo 
é a medula. 
 
 
- Córtex = É o telencéfalo. Tem subdivisões 
cada uma com funções diferentes. 
 - Diencéfalo = é onde fica o hipotálamo, 
tálamo, epitálamo. É uma parte que regula 
várias funções endócrinas e vitais. 
- Núcleos basais = Partem os fascículos 
descendentes e ascendentes para po resto 
do SNC e fazem o começo do grande controle 
motor de tudo. 
 
Cérebro - Telencéfalo 
É formado por 2 hemisférios cerebrais cuja 
superfície é dividida em lobos/córtex. 
1- Lobos frontais – trato olfatório (função 
motora), responsável pela parte 
intelectual, raciocínio, comportamento e 
atividade motora fina. 
2- Lobos parietais – função sensorial. 
Toque, dor, propriocepção (se 
reconhece no ambiente e se posiciona de 
maneira ideal para ele). 
SNC
Medula 
Espinhal
Encéfalo
Cerebelo Cérebro
Telencéfalo
Diencéfalo
Tromco 
encefálico
Mesencéfalo
Ponte
Bulbo
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
3- Lobos temporais – função auditiva e 
comportamental.  Lesão pode causar 
sequela e deixar animais agressivos, 
muito apáticos ou qualquer mudança de 
comportamento. 
4- Lobos occipitais – função visual 
5- Núcleos da base – manutenção do tônus 
muscular e iniciação e controle da 
atividade motora. 
 
 
Cérebro - Diencéfalo 
Situado nas paredes do terceiro ventrículo e 
contém 4 regiões. 
1- Hipotálamo – controle do SNA, sede, 
fome, sono, temperatura, 
comportamento, funções endócrinas 
(hipófise) e é a origem no nervo óptico 
(quiasma optico). 
2- Tálamo – processos sensoriais 
(propriocepção). 
3- Epitálamo – funções endócrinas 
4- Subtálamo – manutenção da consciência. 
 
A medula espinhal é dividida por segmentos e uma 
lesão em um segmento causa lesão neurológica 
diferente de outro segmento. Ao fazer o exame 
neurológico e reconhecer os sinais clínicos, é 
possível identificar o segmento afetado. 
 Cervical 
 Cervicotorácico – há intumescência 
(parte mais grossa em função dos corpos 
dos neurônios inferiores). 
 Segmento toracolombar. 
 Segmento lombossacra – há 
intumescência. 
 
Tronco encefálico – mesencéfalo, 
ponte e bulbo 
O mesencéfalo se origina o 3º e 4º pares dos 
nervos cranianos (oculomotor e troclear). 
A ponte é a porção intermediária do tronco 
encefálico. Onde tem origem o 5º par de nervo 
(trigêmeo). 
O bulbo origina os nervos cranianos 6º ao 12º 
(abducente, facial, vestíbulo coclear, 
glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso). 
 Exame dos nervos cranianos = há um teste 
para cada par do nervo craniano. 
 
O tronco encefálico é uma área de passagem 
para feixes sensitivos e motores. Contém núcleos 
de nervos cranianos relacionados à deglutição, 
mastigação, sensibilidade da face. Contém ainda 
centro respiratório, cardiovascular e SARA -
Sistema ativados reticular ascendente 
(consciência). O SARA é um grupo de neurônios 
especializados que passa por todas as regiões do 
tronco encefálico. 
 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
O SARA é o início da consciência. Os neurônios 
captam a mensagem no meio ambiente e 
manda para cada área cortical específica, que 
é a via final da consciência. 
Se houver lesão a partir do tronco encefálico 
para frente, o estado de consciência estará 
alterado. 
 O SARA não passa informações para o 
cerebelo, assim, se ele for lesionado, o estado 
de consciência do animal não se altera. 
 
Cerebelo 
É localizado dorsalmente ao tronco encefálico 
e contém uma porção mediana, o vermis e 
duas massas laterais (hemisférios 
cerebelares). 
 Tem função de: 
 Centro controlador da motricidade e 
tônus muscular 
 Manutenção do equilíbrio e postura 
 Propriocepção inconsciente. 
 
Exame neurológico 
Instrumentação: 
 Martelo de reflexos 
 Fonte de luz 
 Pinças hemostáticas 
 
 Antes de iniciar o exame neurológico, 
descartar outras possibilidades que causem 
sinais semelhantes: displasia coxofemoral. 
Luxação da patela, ruptura dos ligamentos 
cruzados, ICC (síncope e fraqueza). 
SEQUENCIA DO EXAME NEUROLÓGICO 
1- Identificação e anamnese 
2- Estado mental e de consciência 
3- Postura e locomoção (marcha) 
4- Reações posturais 
5- Avaliação do tônus muscular 
6- Reflexos espinhais 
7- Sensibilidade, dor superficial e 
profunda 
8- Nervos cranianos 
 
Identificação e anamnese 
 Algumas raças são predispostas a 
epilepsia verdadeira: beagle, poodle, pastor 
alemão, setter irlandês, são bernardo e 
Dachshund. 
 Raças de cães predispostas a neoplasias 
cerebrais primárias: boxer, Boston, 
terrier. 
 Raças de cães predispostas a hidrocefalia: 
chihuahua. 
 Animais com menos de 1 anos: má 
formação ou intoxicações. 
o A má formação congênita mais comum 
em cães é a hidrocefalia. 
o A mais comum em gatos é a hipoplasia 
cerebelar (não tem equilíbrio). 
 Animais acima de 5 anos: neoplasias. 
 Fêmeas com tumores de mama: facilitam 
a metástase cerebral de adenocarcinoma 
mamário. 
 Machos podem facilitar metástase 
cerebral de adenocarcinoma prostático. 
 
Na anamnese os sinais clínicos refletem onde 
ocorreu a lesão. 
1- Início e evolução 
2- Mudança de comportamento 
3- Personalidade 
4- Convulsão - Só ocorre quando a lesão é no 
córtex cerebral. 
5- Queda, atropelamento, retirada de 
adenocarcinoma 
6- Intoxicação 
7- Ambiente, manejo, tratamento anterior. 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
Evolução da doença: 
 Casos estáticos - as anomalias congênitas 
não costumam evoluir para melhora ou 
piora. 
 Casos progressivos – aqueles que a causa 
é uma inflamação, degeneração neoplasia. 
Onde há evolução para pior. 
 Melhora clínica sem tratamento – 
intoxicações não severas, AVC de pequena 
intensidade e traumatismo leve. 
 
 
Etiologias (mecanismos): DINAMIT V (5) 
Degenerações: DDIV (doenças de disco 
intervertebral), espondiloses, 
desmielinizantes. 
Inflamatórias/infecciosas: PIF, FeLV, FIV, 
toxoplasmose, criptococose. 
Neoplásicas/nutricionais: astrocitoma, 
meningioma. 
Anomalias: defeitos congênitos. 
Metabólicas: uremia, hipoglicemia, 
encefalopatia hepática. 
Idiopáticas/imunes: epilepsia, síndrome 
vestibular, miastenia adquiria, 
polirradiculoneurites 
Traumáticas/tóxicas: tétano, botulismo, 
organofosforado, carbamato 
Vascular: infarto ou hemorragia 
(tromboembolismo aórtico e encefalopatia 
isquêmica). 
 
Estado mental 
Se avalia o estado mental, a locomoção e a 
postura. 
 Fazer o paciente andar, correr, descer e 
subir escadas. Para ele realizar isso de forma 
normal é necessário que os sistemas: visual, 
motor, vestibular, cerebelar e proprioceptivo 
estejam normais. 
Deficiência Local da lesão 
Não desvia de obstáculos Sistema visual 
Perda de coordenação 
motora, dismetria (passos 
grandes), tremores de 
cabeça (apenas quando há 
lesão cerebelar) 
Cerebelo 
Perda de equilíbrio, andar 
em círculos, quedas e 
inclinações para um dos 
lados, inclinação de cabeça 
Sistema vestibular 
Paresia/paralisia (sempre é 
primeiro dos membros 
pélvicos nunca há 
paralisia de membros 
torácicos e pélvicos) 
Medula espinhal ou NMI 
 Paralisia é a perda total de movimentos e 
a paresia é uma perda parcial de movimentos. 
 O sistema vestibular é quem controla o 
equilíbrio do corpo. As doenças diferem se a lesão 
é no periférico ou central. 
 Perifericamente é composto pelo nervo 
vestíbulo coclear.  Otites internar e 
medicações ototóxicas por tímpano rompido. 
 O s. vestibular central tem uma porção na 
parte dorsal do bulbo e no cerebelo (centro 
flóculo-nodular). 
 
 Sinais do cerebelo = síndrome neurológica 
cerebelar. 
 Sinais de desequilíbrio = síndrome vestibular. 
 Animal com convulsão = síndrome cerebral 
(convulsão áreas do córtex está afetada). 
 Animais com lesão no segmento toracolombar 
= síndrome toracolombar. 
 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Avaliação quando a consciência 
1- Normal ou alerta ou vigília 
2- Deprimido: letárgico e menos 
responsivo, sonolento, mas 
despertável (maioria dos doentes.) 
3- Delírio, desorientado, confuso, 
obnubilado: responde ao ambiente, 
mas de maneira inadequada. 
 Na encefalopatia hepática o animal 
acumula muita amônia que é tóxica 
para o SN e causa uma síndrome 
cerebral: compressão de cabeça, 
andar a esmo. 
4- Estupor: não responde a estímulos 
ambientais, mas responde a 
estímulos dolorosos. 
5- Coma: inconsciente, não responde a 
nenhum estímulo (nem doloroso) com 
exceção da atividade reflexa. 
 Alterações do nível 3 – 5 indicam doença 
cerebral cortical ou do tronco cerebral. 
 
Postura 
A posição das porções do corpo é 
notavelmente influenciada pelo equilíbrio, 
propriocepção, coordenação, força e estímulo 
doloroso.  A importância de uma 
anormalidade na postura só pode ser definida 
após a conclusão de todo o exame. 
1- Cabeça – caída de lado pode indicar 
síndrome vestibular periférica. 
2- Membros – animal quando para é normal 
ou em base ampla (pode indicar sistema 
vestibular, cerebelo e medula espinhal  
desequilíbrio). 
 Observar espasticidade, rigidez de Schiff-
sherrington (essa postura só ocorre 
quando a lesão está entre T2 e L5  
membros torácicos rígidos e pélvicos 
flácidos, pescoço pode estar ou não em 
opistótomo), a rigidez por descerebelação 
é uma lesão que separa o cerebelo do SNC 
e incompatível com a vida (estado mental 
normal, membros torácicos rígidos e 
pélvicos flácidos e opistótomo), a rigidez 
por descerebração o animal tem uma 
rigidez dos 4 membros e epistótomo 
(animal não tem consciência e está em 
estado de no mínimo estupor). 
 
3- Tronco – está reto ou com escoliose, 
cifose e lordose. 
 
Algumas neuropatias periféricas que alteram 
a postura: doenças neuromusculares ou 
polineuropatias. 
 O gato diabético costuma fazer a posição 
palmígrada ou plantígrada: pisar com 
metatarso ao invés de apenas com o coxim. 
 
 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Locomoção 
Pode indicar alterações no córtex cerebral, 
tronco cerebral, sistema vestibular, cerebelo, 
medula espinhal, nervos espinhais e músculos. 
 Paresia/paralisia: medula, córtex, 
tronco cerebral. 
 Andar em círculos e desvio de 
cabeça: sistema vestibular 
 Andar compulsivo e apoio da cabeça 
contra objetos: córtex cerebral 
 Hiper/hipometria: cerebelo. 
 As síndromes mais comuns são: 
cerebelar, vestibular, cerebral e medula 
espinhal. 
 
Termos de locomoção: 
1- Ataxia – incoordenação dos 
movimentos. Ela pode ser: 
 Sensorial – a informação não está 
passando direito e ele só apresenta a ataxia 
 lesão medular leve. 
 Vestibular – relacionada ao equilíbrio. Pode 
apresentar além da ataxia, andar em 
círculos, nistagmo e cabeça pendente. 
 Cerebelar – além da ataxia, apresenta 
tumores de intenção, hipermetria e 
membros abertos. 
2- Paresia – incapacidade parcial de 
realizar movimentos voluntários nos 
membros posteriores, fraqueza 
muscular. 
3- Paraplegia – paralisia dos membros 
posteriores, ausência total de força. 
4- Tetraparesia/plegia – nos 4 
membros. 
5- Hemiparesia/plegia – afeta os 
membros de um lado do corpo 
6- Dismetria – incapacidade de 
controlar a amplitude dos 
movimentos musculares, resultando 
em ultrapassagem do alvo. 
Reações posturais 
É uma complexa série de respostas que 
mantém um animal em estação. Envolvem 
múltiplas vias do SNC e reflexos espinhais. 
 Não fornecem a localização da lesão, mas 
são indicadores sensíveis de disfunção em 
algum local da via neurológica. 
Os reflexos são: propriocepção, saltitar, 
caminhar unilateral, carrinho de mão, 
posicionamento tátil e visual. 
 
Saltitar: avalia o cérebro, cerebelo, tronco 
encefálico, medula e receptores de pressão 
em articulações, músculos e tendões. 
 Retira o apoio dos membros e faz o animal 
saltitar para frente e para fora. É necessário 
repetir com todos os membros. 
 
Hemiestação e hemilocomoção: É semelhante 
ao saltitar, mas é deixado como apoio um 
lembro torácico e um pélvico. 
 No reflexo normal, o animal consegue 
se equilibrar e andar com os dois 
membros do mesmo lado, quando 
empurrado lateralmente. 
 É alternativo ao saltitar para cães 
grandes e gigantes. 
 Avalia lesão cerebelar – tropeços, 
hipermetria e respostas lentas 
 Avalia lesão vestibular – equilíbrio. 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
Carrinho de mão – avalia os membros pélvicos 
e torácicos e locomoção simétrica. 
No reflexo normal, o animal consegue 
caminhar com dois membros normalmente. 
Geralmente felinos deitam. 
 Retirar apoio dos dois membros pélvicos 
ou torácicos, deixando o animal se apoiar 
apenas com dois membros restantes. 
 
Propriocepção – manter o animal em estação 
e apoiar a parte dorsal da pata na mesa. 
Reflexo normal: animal corrigir a posição. 
Resposta anormal: movimento retardado, não 
ocorre reposicionamento da pata. 
 
Posicionamento visual e tátil – a visão do 
animal é suprimida, suspende o animal em 
plano horizontal e a faze dorsal dos membros 
entra em contato com a superfície da mesa. 
Reflexo normal  posicionamento imediato 
do membro sobre a superfície. O estímulo não 
necessita do córtex occipital íntegro. 
 
Propulsão extensora – avaliar a contração 
dos músculos extensores.  Erguer o animal 
do chão. 
Reflexo normal: animal estimar os membros 
para achar suporte o mais rápido possível. 
 
 
Tônus muscular 
Fazer junto com os reflexos espinhais. Teste 
de flexão, extensão e palpação de membros. 
 Animal em decúbito lateral 
 Observar atonia, hipoatonia 
relacionado a lesão do NMI, 
espasticidade relacionados a lesões 
de córtex, tronco encefálico e 
medula espinhal rostral ao membro 
testado. 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Tônus – estado de relativa tensão de um 
músculo normal em repouso. 
Hipertonia – aumento do tônus. 
Atonia – ausência completa de tônus 
Hipotonia – diminuição do tônus 
 
O tônus muscular e os reflexos espinhais 
pode estar: 
0- Ausente 
1- Diminuído (+) 
2- Normal (++) 
3- Aumentado (+++) 
 
Os reflexos espinhais classificam a origem 
da fraqueza ou da paralisia de um membro 
como de origem nos NMS ou NMI. 
 Localizar o nível da lesão na medula 
 Monitorar a progressão da doença. 
 Arreflexia, hiporreflexia, normoreflexia e 
hiperreflexia. 
 
Neurônio motor superior e inferior 
O NMS regula e modula a atividade dos NMI’s. 
 O NMS vem do encéfalo e seu corpo 
celular e axônio fica contido dentro do 
SNC. 
 O NMI tem o corpo celular dentro do SNC 
e o seu axônio está fora do SNC, 
constituindo um nervo periférico. 
A localização do corpo celular do NMI faz com 
que a região que estão localizados fiquem mais 
intumescentes. 
 
 Quando há uma lesão no NMS, a 
modulação deixa de existir e o NMI fica sem 
a regulação dos NMS. 
 O NMI responde de uma maneira 
mais exagerada. 
 Testar o arco reflexo. 
 Não é necessário via superior para 
haver resposta do reflexo e tônus 
muscular, porque o NMS apenas 
modula e regula, ele não origina. 
 
 
Divisão dos segmentos da medula espinhal 
C6 – T2  Intumescência cervical (arco 
reflexo). 
L4 – S3  Intumescêncialombossacra (arco 
reflexo). 
Local da lesão 
Deficiência do 
membro 
torácico 
Deficiência do 
membro 
pélvico 
A - C1 – C5 NMS NMS 
B- C6 – T2 NMI NMS 
C- T3 – L3 Normal NMS 
D- L4 – S3 Normal NMI 
 
Lesão no segmento A – O que está lesão é o 
NMS  Animal com os reflexos e tônus mais 
exagerados em todos os membros. 
 Hiperreflexia e hipertonia. 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Lesão no segmento B – No membro torácico 
haverá lesão do corpo celular do NMI e no 
segmento pélvico haverá lesão no NMS.  
Animal com reflexos e tônus exagerados. 
 Hipertonia e hiperreflexia dos 
membros pélvicos. 
 Hiporreflexia e hipotonia dos 
membros torácicos. Pode haver 
atonia ou arreflexia a depender da 
gravidade da lesão. 
LESÃO DE NMS 
 Hiperreflexia 
 Hipertonia 
 Atrofia muscular lenta (vem pelo 
desuso) 
LESÃO DE NMI 
 Hiporreflexia 
 Hipotonia 
 Atrofia muscular aguda (neurogênica 
 lesão no nervo periférico do 
músculo) 
Testes de reflexos espinhais nos membros 
torácicos. 
1- Reflexo, bicipital, tricipital e extensor 
do radio do carpo não são muito 
utilizados. 
2- Reflexo flexor (de retirada) é o mais 
importante. 
 Demonstra apenas a integridade do 
arco reflexo e não indica que o animal 
tenha percebido o estímulo que 
causou o reflexo. 
 Apertar os coxins e puxar de leve. O 
reflexo normal do animal é retirar o 
membro. 
Testes de reflexos espinhais nos membros 
torácicos. 
1- Reflexo tibial cranial não é muito 
utilizado. 
2- Reflexo patelar 
 Bater um martelinho no ligamento 
patelar. Reflexo normal é o animal 
“chutar”. 
3- Reflexo flexor (de retirada) 
 
Outras reflexos importantes: reflexo perineal 
(eferente) e pudendo (aferente). 
Estimulo tátil da região perineal (resposta 
normal contração do esfíncter anal externo), 
estímulo S1-S3 e cauda C1-C5. 
Reflexo cutâneo do tronco ou panículo ( avalia 
n. tóraco dorsal). É feita desde a região 
lombossacra até a t2.  O reflexo normal é 
a contração da musculatura subcutânea do 
ponto testado até a T2, bilateralmente.  
Feita com pinça hemostática.  Resposta 
anormal é exagerada no nível da lesão ou um 
pouco acima. 
 É importante para tentar localizar a lesão. 
 
Testes de tônus muscular 
É feito colocando o coxim palmar e plantar na 
palma da mão do examinador, empurra o 
membro do animal para ele mesmo de forma 
flexiva. 
 
Teste de dor 
Avalia a dor superficial e profunda. 
Se o animal não tem dor superficial, se avalia 
a profunda. 
Se o animal tem dor superficial, não se avalia 
a profunda. 
 Isso porque os feixes nervosos que 
responder a dor superficial estão 
superficialmente a pele e os fascículos de dor 
profunda ficam mais profundamente, assim a 
dor superficial não chega até os fascículos 
profundos. 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Como é feito o teste? Beliscar a pele ou 
comprimir a base da unha com pinça 
hemostática. Iniciar com suave pressão e 
aumentar a força apenas se necessário para 
obter reação.  Colocar focinheira para 
evitara acidentes. 
 A resposta é comportamental 
(animal vocaliza, morde, rosna). 
 Animal inconsciente sem resposta a 
dor é um animal em coma. 
 A perda da percepção da dor indica 
prognóstico e dano grave em lesão 
medular. 
Dor superficial: estímulo tátil a nível cutâneo. 
Dor profunda: pressão vigorosa sobre o 
periósteo da região interdigital. 
 Pode ocorrer analgesia, hipoestesia e 
hiperestesia. 
 
Teste de sensibilidade a dor profunda 
Avalia a integridade da medula espinhal e se 
observa um comportamento de dor como 
choro. 
 Perda de dor profunda indica lesão 
grave. 
 Ausência de dor profunda acima de 
48 horas o prognóstico é ruim. 
 Só é testada se a dor superficial 
estiver ausente. 
 À medida que a lesão vai entrando no 
canal medular, o prognóstico vai 
piorando. 
1- Perda da propriocepção é 
prognóstico bom. 
2- Perda da função motora voluntária o 
prognóstico é regular. 
3- Perda da sensação de dor superficial 
é prognóstico regular. 
4- Perda da sensação de dor profunda 
o prognóstico é ruim. 
 Na recuperação, o paciente apresenta 
melhora do nível 4 para o 1, ou seja, a ultima 
coisa a ser reestabelecida é a propriocepção. 
 
 
Exame dos nervos cranianos 
Nervo olfatório – se origina no telencéfalo 
Nervo óptico se origina no diencéfalo. 
Os 10 pares restantes se originam no tronco 
encefálico. 
 Deficiência de nervo craniano confirma 
lesão acima do forame magno. 
 
Teste do nervo olfatório 
Bloquear a visão do animal e oferecer 
alimento.  Anormalidade: hiposmia ou 
anosmia. 
 Não colocar álcool ou substâncias 
irritantes para não estimular o n. 
trigêmeo. 
 
Teste do nervo óptico e oculomotor 
Via sensitiva – n. óptico e via motora – n. 
oculomotor. 
Incidir luz em sala escura. 
Miose – n. óptico (inervação simpática) 
Midríase – n. oculomotor (inervação 
parassimpática) 
 É possível que o animal não enxergue, mas 
tenha células da retina funcionando (reflexos 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
normais). Fazer teste de ameaça para saber 
se o animal enxerga ou não (animal pisca ou 
afasta a cabeça)  cuidado com o estímulo 
tátil da face ao deslocar ar. 
O n. óptico é testado com o n. facial no reflexo 
de ameaça para piscar. 
 
O n. oculomotor também faz a inervação os 
mm extraocular (mm dorsal, medial, ventral e 
oblíquo ventral), assim se houver lesão, o 
animal pode apresentar estrabismo 
ventrolateral, ptose palpebral superior e 
midríase.  O n. faz a movimentação 
palpebral superior e o reflexo pupilar a luz. 
 
 
Teste do nervo trigêmeo e facial 
Reflexo corneal - O nervo trigêmeo é 
sensitivo para quase toda a face do animal, 
inclusive a córnea (tocar levemente a córnea 
com algo macio). 
 N. trigêmeo (ramo oftálmico) e n. 
facial. 
Reflexo palpebral – Tocar pálpebra e 
esperar o animal piscar. 
O n. facial faz par com o trigêmeo, porque ele 
é sensitivo para a face.  Mantém o tônus 
dos mm. da face. 
 Quem sente o estímulo é o n. trigêmeo e 
quem faz o movimento de retirada é o n. 
facial. 
Sensação nasal – bloquear a visão de animais 
e fazer o reflexo. 
 
Teste do nervo glossofaríngeo e vago 
Reflexo de deglutição – apertar levemente os 
primeiros anéis traqueias e observar o animal 
deglutir. 
 
Teste do nervo oculomotor, troclear e 
abducente 
Observar o animal de frente e observar se o 
animal tem algum estrabismo. 
Estrabismo lateral – lesão no oculomotor 
Estrabismo mediodorsal – lesão no n. troclear. 
Estrabismo mais interno – lesão no n. 
abducente. 
 
Se o estrabismo não for muito evidente, 
pode-se colocar a cabeça do animal invertida, 
porque o estrabismo fica mais evidente. 
 
 
Teste do nervo vestibulococlear, fascículo 
longitudinal medial, nervos oculomotor, 
troclear e abducente 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Reflexo oculocefálico – virar a cabeça para o 
lado esquerdo e direito várias vezes. Em 
resposta normal, os olhos acompanham o 
movimento. 
 
Teste do nervo hipoglosso 
Testar fazendo um movimento de esfregar 
no focinho. Na resposta normal o animal irá 
se lamber. 
Em resposta anormal, há desvio lateral da 
língua. Atrofia unilateral e perda da função 
motora as língua. 
 
Exames complementares 
1- Avaliação do líquido cefalorraquidiano. 
2- Exames de imagem 
 Radiografia simples (observar desvios 
na medula espinhal  não observa 
tecidos moles ou tecido nervoso) 
 Mielografia 
 Epidurografia 
 TC 
 Ressonância magnética 
3- Testes eletrodiagnóstico 
 Eletroencefalografia 
 Eletroneuromiografia 
 
Como é feita a coleta de liquor? 
Ele é colhido no espaço Subaracnoide. 
 Uso de agulhas específicas de calibre 
20 a 22 graus. 
 Frasco com EDTA e sem EDTA. 
o Para caso de o liquor conter 
sangue. 
 Animal precisa estar em anestesia 
geral. 
 Uso de luvas cirúrgicas 
 Fazer tricotomia 
 Coloca-se o animal paralelamente a mesa 
e palpa com o dedo médio e polegar a asas do 
atlas, traça uma linha imaginária cranialmente 
na asa do atlas e palpar a protuberância 
occipital, traçando uma linha imaginária. No 
pontode intersecção entre as linhas, é o local 
de introdução da agulha para a coleta. 
 
Depois de chegar ao espaço subaracnoide, 
fixa-se a agulha para ela não entrar mais e 
colher de uma maneira que não se ultrapasse 
1ml de liquor a cada 5 kg. 
 
 Também pode ser feita uma punção 
lombar. 
Palpar asa do íleo e a depender da espécie, 
coletar o liquor no espaço intervertebral. 
Cão  L5-6 ou L4-L5 
Gato  L6-L7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
NERVOS CRANIANOS FUNÇÕES TESTES ANORMALIDADES 
I – OLFATÓRIO Olfação Oferecimento de 
alimentos 
Incapacidade de sentir 
odores 
 
II – ÓPTICO 
 
Visão 
Teste do obstáculo, 
resposta de ameaça, 
reflexo pupilar 
 
Cegueira total ou parcial 
 
III – OCULO-MOTOR 
Inervação dos músculos 
extraoculares; controle 
da pupila; elevação da 
pálpebra superior 
Reflexo pupilar, avaliar 
movimentação da 
pálpebra superior 
 
Reflexo pupilar ausente e 
ptose palpebral 
 
IV – TROCLEAR 
 
Movimentação do globo 
ocular 
Observar anormalidades 
no posicionamento do 
globo ocular 
Pupila sem estar paralela a 
pálpebra inferior. Grande 
visualização da parte branca 
do olho (esclera) 
 
 
 
V – TRIGÊMEO 
 
Sensibilidade da córnea, 
pálpebras e cabeça; 
motricidade dos 
músculos da mastigação 
 
Oferecer alimentos e 
avaliar apreensão e 
mastigação. Testar a 
sensibilidade da face 
Dificuldade para apreensão e 
mastigação de alimentos. 
Ptose (relaxamento) da 
mandíbula, salivação. Não 
reage ao estímulo doloroso 
da face. Ausência de reflexo 
palpebral e corneal 
 
VI – ABDUCENTE 
 
Movimentação do globo 
ocular 
Observar posicionamento 
do globo ocular e 
coordenação dos 
movimentos deste 
Estrabismo medial e 
inabilidade para retrair o 
globo ocular 
 
VII – FACIAL 
Inervação motora de 
orelhas, pálpebras e 
musculatura relacionada 
com a expressão facial 
Observar simetria das 
pálpebras, orelhas e 
narinas. Realizar reflexo 
palpebral. 
Diminuição ou ausência da 
movimentação das orelhas. 
Ptose de orelhas, pálpebras 
ou lábios 
 
VIII – VESTÍBULO 
COCLEAR 
 
 
Equilíbrio e audição 
Observar posição da 
cabeça, identificar 
presença de nistagmo. 
Avaliar a captação de 
estímulos auditivos. 
Rotação da cabeça. 
Dificuldade de captação de 
sons. 
Presença de nistagmo 
 
IX - GLOSSOFARÍGEO 
Inervação da faringe e 
sensibilidade da porção 
caudal da língua 
Oferecer alimentos e 
observar deglutição 
 
Disfagia 
 
 
X – VAGO 
Função motora e 
sensorial para as 
vísceras torácicas e 
abdominais; função 
motora da laringe e 
faringe 
 
 
“Slap teste”, oferecer 
alimentos. 
 
Disfagia e sons inspiratórios 
anormais devido a flacidez 
laringiana. 
XI – ACESSÓRIO Função motora para 
músculos do pescoço 
Eletromiografia - 
 
XII - HIPOGLOSSO 
 
Motricidade da língua 
Oferecer alimentos, 
observar movimentação 
da língua e simetria 
Perda da função motora da 
língua. Fácil tração e 
dificuldade de retração da 
língua.

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