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Apostila de ética cristã para obreiro

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APOSTILA DE ÉTICA CRISTÃ PARA OBREIRO 
 
 
A P O S T I L A D E E T I C A C R I S T Ã P A R A O B R E I R O D I A C O N O C A R L O S 
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ÉTICA CRISTÃ PARA OBREIRO E PASTOR – ÉTICA 
MINISTERIAL 
 DIACONO CARLOS TELEFONE (11)980950932 
1) Ética Cristã 
2) ÉTICA MINISTERIAL 
 3)ÉTICA MINISTERIAL O CARATER DE UM OBREIRO 
 
 PRIMEIRAMENTE AGRADEÇO A DEUS 
QUE TODOS IRMÃOS POSSA SER ABENÇOADO EM NOME DE JESUS. 
 TELEFONE : (11)980950932 
 DIACONO CARLOS ALBERTO 
 
 http://www.slideshare.net/OBREIRO/documents 
 http://diacono-carlosalberto.blogspot.com.br 
 
INTRODUÇÃO 
Ética é o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana, do ponto de vista do 
bem e do mal. Conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano. 
Nesta etapa do nosso estudo, falaremos sobre a Ética aplicada à vista ministerial do obreiro. 
Abordaremos suas implicações na conduta deste, enquanto líder eclesiástico, e ainda 
mostraremos a importância da Ética no relacionamento com Deus, com a igreja e com a 
comunidade. Mas, para isso, é importante conhecermos alguns conceitos sobre Ética. 
http://www.slideshare.net/OBREIRO/documents
http://diacono-carlosalberto.blogspot.com.br/
APOSTILA DE ÉTICA CRISTÃ PARA OBREIRO 
 
 
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Ética é o ramo da Filosofia que tem como objetivo moral o conjunto de princípios pelos quais os 
indivíduos devem pautar seu proceder no desempenho de sua profissão. Série de normas que 
leva à aquisição de hábitos e a formação do caráter dos indivíduos para que possam cumprir 
seus deveres e viver corretamente. 
Ética pode ser definida como o estudo crítico da moralidade. Consiste da análise da natureza da 
vida humana, incluindo os padrões do “certo” e do “errado”, pelos quais sua conduta possa ser 
guiada e dirigida. Em resumo: “ética” é na prática aquilo que você pensa e faz. 
A Ética trabalha com os seguintes conceitos: 
- Errado – desviado, afastado da verdade. 
- Certo – Exato, infalível, evidente em que não se acha erro. 
- Verdadeiro – o que realmente pode ser comprovado com o que foi dito, exatidão, qualidade 
daquilo que é verdade. 
- Valores – grau de utilidades das coisas. 
Particularmente, “ética cristã”, no contexto evangélico é um somatório de princípios que formam 
e dão sentido à vida cristã normal. É a marca registrada de cada crente. É o que cada crente 
pensa e faz. Por aquilo que o crente é e faz, portanto, evidencia-se a sua dependência de Deus e 
do próximo. Aqui está a fundamental diferença entre “ética cristã” e Ética” em sentido genérico, 
como simples estudo crítico da moralidade. 
Como dinâmica de vida, a ética cristã pode ser manifesta através do conceito de julgamento que 
se faz a respeito de determinados valores que integram o nosso dia-a-dia. Como investigadora 
da conduta ideal, a ética propõe questões que avaliam os passos do homem apreciados do 
ponto de vista do bem e do mal. Sendo assim, seu estudo foge do âmbito estritamente humano 
e passa a ser motivo de aferição fundamentada na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada que não 
muda ao sabor das circunstâncias. 
Ética é uma questão pessoal ou coletiva? Quais as implicações decorrentes do comportamento 
antiético para a Igreja local, para a comunidade onde ela está inserida e para a comunidade 
cristã como um todo? É possível ser ético sem afastar-se do convívio com não crentes? Isolar-se 
seria uma solução? A não observação dos preceitos éticos é a mesma coisa que pecar? Estas e 
outras perguntas serão respondidas durante o estudo desta disciplina. 
Veremos, abaixo, um pouco mais sobre a Ética Cristã, antes de entrar definitivamente no estudo 
da Ética Ministerial. 
 
 
 
1 – Ética Cristã 
É o conjunto de regras de conduta, para o cristão, tendo por fundamento a Palavra de Deus. Para 
nós, crentes em Jesus, o certo e o errado devem ter como base a Bíblia Sagrada, a nossa “regra 
de fé e prática”. O termo “ética”, vem do grego “ethos”, aparece várias vezes no Novo 
Testamento, significando conduta, comportamento, porte e compostura (habituais. A ética cristã 
deve ser fundamentada no conhecimento de Deus como revelado na Bíblia, principalmente nos 
ensinos de Cristo, de modo que “…Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais 
para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” – 2ª Co 5.15; Ef 2.10. Nos dias 
APOSTILA DE ÉTICA CRISTÃ PARA OBREIRO 
 
 
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atuais, não difere das definições já expostas, tais como conduta ou prática de vida. Temos uma 
boa referência em 1ª Co 15.33 quando Paulo diz que: “as más conversações corrompem os bons 
costumes”. Este texto apresenta as exigências da Ética Cristã. O conceito que nós estudamos, 
encontramos fundamentalmente na Bíblia Sagrada; que nos ensina a maneira de vida e conduta. 
A conduta é considerada uma manifestação do comportamento da pessoa, ela vai ser o que 
identifica a pessoa e o caracteriza, vejamos os três principais desenvolvimentos da conduta: 
1. 1. A conduta moral 
A ética traz os argumentos básicos para que se possam conhecer os princípios de tomadas de 
decisões, como também a introdução à revolução moral. Leva também ao conhecimento moral 
das obrigações, dos direitos humanos, das punições impostas aos infratores, do sexo e 
casamento. O que faz do homem um ser imoral? Teologicamente como resposta cabal podemos 
dizer que é a ausência de Deus na vida. Quem tem a mente de Cristo não mente, não mata, não 
rouba, não comete adultérios, etc. 1ª Co 2.16 “Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o 
possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo”. 
 
1. 2. A conduta cristã 
Normalmente quando alguém se identifica como cristão; o nome já requer atitudes éticas, tendo 
em vista que o livro texto do cristão é a Bíblia Sagrada. Esse conceito pode nos deixar pensativos 
no que tange ao que não devemos fazer. Mas o propósito do nosso viver deve ser aquele que 
Pedro repetiu em sua epístola: “Sede santos, porque Eu Sou Santo” 1ª Pe 1.16. O conceito de 
viver de uma forma santa significa mostrar nas suas boas ações de cristão o exemplo 
encontrado na vida e ensinamentos de Jesus. 
1. 3. A conduta pessoal 
Mateus 5.16 ensina: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”. A ética é 
a ciência da conduta ideal. Aborda a conduta ideal do indivíduo, isto é, nossa responsabilidade 
primária. Os evangelhos nos ensinam que a transformação moral nos conduz as perfeições de 
Deus Pai, Mateus 5.16. E daí, parte-se para a transformação de acordo com a imagem do Filho 
de Deus, Rom 8.29 “Portanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem 
conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”; 2ª 
Co 3.18 “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do 
Senhor, somos transformados, de glória em glória na sua imagem”. Precisamos cuidar de nossopróprio desenvolvimento espiritual como indivíduos. Essa transformação reflete em nossa 
conduta pessoal, pois a conversão cristã gera essa transformação na vida do ser humano 
direcionando-o a ética pessoal, 2ª Co 5.17 “Se alguém está em Cristo, é nova criatura as coisas 
antigas passaram, eis que tudo se fez novo”, Numa sociedade corrompida, a Ética Cristã, gera 
impacto em todos os sentidos. Quando um cristão se recusa a mentir, se droga ou comete 
adultério, revela a sua submissão ao Espírito Santo, Lc 14.33 “Assim, pois todo aquele que 
dentro vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo”. Nesse caso, a Ética 
Cristã supera as demais éticas pelo fato de ser gerada pela presença do Espírito Santo, Gl 5.25 
“Se vivermos no Espírito, andemos também no espírito”. Vejamos também alguns impactos que a 
Ética Cristã causa em alguns grupos pessoais: 
√ Nos Novos convertidos – Um novo convertido demonstra sua nova vida através da ação do 
Espírito de Deus no seu interior, como disse Paulo “nova criatura” 2ª Co 5.17, ou como disse o 
Senhor Jesus: “Aquele que não nascer de novo” João 3.3. O maior impacto da ética no novo 
convertido surge através da mudança de comportamento. 
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√ Na sociedade – Jesus disse em Mateus 5.13,14: “Vós sois o sal da terra, e a luz do mundo”. Os 
dois valores do sal são: o sabor e o poder de preservar da corrupção. O cristão, portanto, deve 
ser exemplo para o mundo e, ao mesmo tempo, deve militar contra o mal e a corrupção na 
sociedade. O sal também representa as ações de ordem e equilíbrio que os cristãos exercem na 
sociedade. 
√ No Lar – A tragédia dentro do lar começa quando perdemos alguns valores Lc 15.9. Quando 
há prioridade para a Palavra e a Oração, certamente, os valores éticos ressurgem. Para encontrar 
a moeda perdida, a mulher, em Lucas 15, teve de fazer três coisas fundamentais: “acender a 
candeia; varrer a casa e buscar até achá-la”. 
1. 4 Conceitos de Ética Cristã. 
Como dinâmica de vida, a ética cristã pode ser manifesta através do conceito ou julgamento que 
se faz a respeito de determinados valores que integram o nosso dia-a-dia. Ao longo desta lição 
abordaremos os conceitos da ética cristã quanto ao lar, a propriedade, a igreja, a família cristã, 
ao bem, ao mal, à nova moralidade, ao comportamento e ao caráter. 
4. 1 – O Lar. 
 O lar é a expressão física do casamento e da família. Quando pensamos no lar, logo nos vêm à 
mente, um homem, uma mulher, filhos, casa, alimento, disciplina, ordem, etc. O lar é de 
inestimável valor às nossas conclusões quando nos propomos estudar o comportamento sócio-
religioso das pessoas. O lar é a célula máter, o principal núcleo da sociedade, da religião e da 
pátria. Aquilo que for o lar há de determinar o que será a sociedade, a Igreja e a Pátria. Se os 
pais são pessoas responsáveis e tementes a Deus, por certo que seus filhos serão criados no 
caminho do bem, contribuindo assim para o fortalecimento da sociedade, da Igreja e da nação. 
Infelizmente se acontecer o contrário os resultados negativos serão igualmente de se esperar. 
Particularmente entre os salvos, o que Deus espera dos nossos lares? Deus espera que como 
pais sejam exemplo para nossos filhos, na fé, na comunhão com Deus, no respeito, na 
autoridade e no temor, criando-os sob disciplina, e conduzindo-os a uma experiência pessoal 
com Deus. Dos filhos, Deus espera que eles respeitem e honrem a seus pais, que o temam e 
que tenham prazer nos seus mandamentos. Só assim o lar será fortalecido, a sociedade e a 
pátria preservadas e o nome do Senhor glorificado. 
4. 2 – A Propriedade. 
É Deus quem livremente distribui entre os homens aquilo que lhe pertence, como a posse da 
terra, da água, dos animais, e de todos os demais bens materiais e até os espirituais. 
Deus é supremo, é pleno e ilimitado. Tudo o que há no Universo é de Deus e todas as coisas 
d’Ele provêm. Tiago 1.17 “ Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai 
das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança”. 
Deus é o Criador. A Bíblia diz que: “No princípio criou Deus os céus e a terra” Gn 1.1. A força 
desta expressão não nos deixa dúvida alguma de que nada existe que se possa igualar ao poder 
criador de Deus e à força e segurança da Sua palavra. Hebreus 11.3 “Pela fé, entendemos que foi 
o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que 
não aparecem.” 
O propósito divino na Criação. Deus criou todas as coisas boas e perfeitas, pois ao concluir sua 
gigantesca obra, incluindo Adão e Eva, as Escrituras afirmam que Gn 1.31 “viu Deus tudo quanto 
tinha feito, e eis que era muito bom”; Dt. 32.4 “Eis a Rocha! suas obras são perfeitas, porque 
todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto.” 
APOSTILA DE ÉTICA CRISTÃ PARA OBREIRO 
 
 
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A criação do homem à imagem de Deus foi acompanhada da entrega de grande 
responsabilidade. Nenhuma outra criatura recebeu tantos privilégios de Deus como o homem. 
Deus concedeu ao homem domínio sobre toda a terra e sobre todos os animais, Gn 1.26 
“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha 
ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, 
sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.” 
Dessa forma o homem tornou-se propriedade de todas aquelas coisas boas que Deus havia 
criado, com plenos poderes para sujeitar todas as coisas e dominar sobre tudo. Como já foi dito 
anteriormente, todas as coisas, incluindo o homem, pertencem a Deus, que é Todo-Poderoso e 
Criador. Salmo 24.1. 
Dispondo de todas as coisas existentes- Um dos princípios básicos da propriedade é que ao 
criar o mundo, foi desejo de Deus colocá-lo à disposição do homem para dominá-lo e governá-
lo, Gn 1.26. 
 4. 2.1 – A propriedade individual de bens 
O instinto de aquisição foi concedido por Deus ao ser humano para despertar-lhe o desejo de 
possuir bens, de adquiri-los para o seu bem estar e conforto. Isto faz parte da vida do homem. 
a) O assunto tratado no Antigo Testamento. O Antigo Testamento expressa não somente o 
direito de propriedade individual como também registra muitas leis que tem por objetivo a 
proteção da propriedade do homem ( Nm 26.52-55; Dt 19.14; 17.17; Pv 22.28; OS 5.10). 
b) O assunto tratado no Novo Testamento. Jesus em seus ensinos, sempre defendeu o direito de 
alguém possuir bens terrestres, Mt. 6.25 “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa 
vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de 
vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” 
Sem negar tal direito, Jesus lembrou também a posição de mordomia que o homem deve ocupar 
em relação aos bens adquiridos e ainda advertiu quanto ao perigo de se colocar o coração nas 
riquezas terrestres esquecendo-se, assim, das riquezas espirituais e passando a amar mais os 
bens terrenos do que os tesouros celestiais. Mt 6.19-21; 19.24; Lc 12.15. 
4. 2.2 – A propriedade Coletiva 
Existem coisas que foram criadas para o bem comum de todas as pessoas que convivem em 
uma mesma terra e compartilham de um mesmo ambiente, sendo para isso necessário haver a 
colaboração de toda a comunidade no sentido de conservar todos esses bens. 
É interesse coletivo um dos aspectosque proporcionam condições para se formar uma 
comunidade, uma sociedade, um estado, uma nação. 
A. A divisão dos bens entre o povo de Israel. Deus havia prometido uma terra abundante e fértil 
aos descendentes de Abraão, para que eles pudessem se constituir em nação, Gn 12.2 “de ti 
farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!” Não 
uma pequena nação, mas uma grande nação. E Ele cumpriu tal promessa. 
B. O espírito que operava na Igreja primitiva. No princípio da fé, quando os primeiros cristãos 
começaram a reunir-se formando a Igreja, havia um forte espírito de cooperação e unidade 
entre eles, como podemos ler em Atos 2.44,45. 
Com o crescimento da Igreja e a propagação do Evangelho efetuada pelo apóstolo Paulo e os 
demais apóstolos, vão constatar que as normas mudaram e foi instalado um novo sistema de 
recolhimento de ofertas para serem distribuídas aos mais necessitados ( 1ª Co 16.1; Rm 15.26; 
Gl 2.10) 
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Em nossos dias o sistema continua o mesmo. Os crentes tem o dever de levar suas ofertas e 
seus dízimos para o sustento da obra e auxílio aos necessitados. 
 5 1. A prestação de Contas 
A vida da humanidade vem passando por inúmeras transformações, e à medida que o homem, 
abusando dos poderes que lhe foram concedidos por Deus, vai dominando a natureza de forma 
incontrolável e impiedosa, ele próprio colabora para um terrível desequilíbrio, que é notado em 
todos os aspectos da vida. 
Ninguém deve pensar que Deus está alheio aos acontecimentos. Chegará um dia em que todos 
serão julgados ( 1ª Co 2.12-15; Ap 20.11,12). Nem mesmo os crentes fiéis ficarão sem 
julgamento ( 1ª Co 3.13-15). 
Jesus ensinou através de parábolas que ao homem são dadas condições de administrar bem 
tudo aquilo que lhe é responsabilidade (Mt 25.15-30). O homem foi constituído mordomo das 
riquezas que pertecem a Deus e como tal, um dia deverá prestar contas de como administrou 
tais riquezas ao verdadeiro proprietário, que fará justiça a todos. 
6. Os Fundamentos Bíblicos da Ética Cristã. 
O ministério do ensino se expõe de maneira incisiva e clara nas Escrituras (Ex 18.20; Lc 19.47). 
O propósito e os métodos deste ministério podem ser vistos tanto no Antigo como no Novo 
Testamento. Jesus disse: “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou” (Jo 7.16). 
Esta declaração veio dos lábios do próprio Jesus, revelando o propósito da Palavra como manual 
de ensino. 
6. 1 Nos tempos da Lei 
O Antigo Testamento, não tenta ensinar apenas para desenvolver o intelecto, mas comunicar, 
ensinar a viver de acordo com suas crenças e de acordo com suas necessidades éticas ( Ex 20.1-
17; 21.1-16). O conceito que se tem a simples vista do ensino do Antigo Testamento, é que 
apenas os israelitas tinham que aprender longos relatos de seus antepassados e históricos de 
suas experiências na trajetória até a terra de Canaã (Dt 4.1). Porém se olharmos para o conceito 
que se tinha do ensino do aprendizado veremos que isto vai muito além do que sabemos. 
6. 2 Na vida de reis e príncipes 
Muitos reis e príncipes foram beneficiados pela Palavra de Deus. Pv 3.13-16. Os vários desvios 
da nação de Israel surgiram em consequência da ignorância da Palavra (II Cr 36.16) Por outro 
lado, quando o rei buscava ao Senhor e voltava-se para a Palavra, a nação prosperava (II Cr 
26.5). Essa é uma constante na História de Israel “queda e levantamento”. Na época de Juízes, 
tem vários relatos das consequências desastrosas da desobediência de Israel (Jz 21.25). Josué 
recebeu sérias recomendações para observar os preceitos da Lei do Senhor (Js 1.7,8). Sua 
obediência lhe valeu o sucesso. 
6. 3 Nos tempos de Esdras 
Conforme o plano de Deus, Zorobabel conduziu um grupo de remanescentes judeus exilados de 
volta à Palestina. Alí, o Senhor encarrega Esdras, o sacerdote para promover a maior 
reconstrução espiritual: o retorno à Bíblia ( Ne 8). Esse capítulo descreve um dos maiores 
avivamentos da história. A Palavra de Deus remodelou seu povo e gerou em seus corações uma 
grande fome espiritual, mudando suas atitudes pecaminosas e renovando suas forças (Ne 8.5-6, 
10). 
6. 4 No Novo Testamento 
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A palavra “DIDASKO” é geralmente usada quando se trata de instrução verbal, no entanto, 
também pode ser usada para dizer: “mostra-nos”. Outras vezes esta palavra tem duplo sentido: 
“fazer e ensinar” (Mt 5.19; At.1.1). Também pode ser traduzida como se instruir mutuamente (Cl 
3.26). Entretanto, a palavra “PAIDEÚO”, dá idéia de educar uma criança (Pv 22.6). Também 
implicam neste ensino, disciplina e correção (1ª Co 11.21; 1ª Tm 1.20; Tt 2.12). 
Não somente o Novo Testamento, como toda Bíblia está repleta de exemplos éticos, tendo em 
vista que ela é um manual de todas as éticas. Procuraremos demonstrar apenas três exemplos 
de ética no Novo Testamento, mas devemos procurar outros exemplos éticos em toda Bíblia, 
afinal ela é nosso manual por excelência. 
6. 5 O exemplo de Zaqueu 
A confissão genuina do pecado e a verdadeira fé, que produz salvação em Cristo resultam na 
transformação da conduta externa da pessoa Rm 10.9 “Se com a tua boca confessares ao Senhor 
Jesus, e em seu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo”. Zaqueu 
demonstrou arrependimento e conversão com uma atitude espontânea de restituir e repartir os 
bens. A presença de Cristo em sua vida o transformou em um homem ético com exemplos 
práticos de uma nova vida (Lc 19.8). 
6. 6 O exemplo de Paulo a Filemom 
Paulo escreveu esta “carta da prisão” (Fm 1.9) a um homem chamado Filemom, mais 
provavelmente durante sua primeira prisão em Roma. Filemom era um Senhor de escravos (Fm 
1.16) e membro da Igreja de Colossos. Onésimo era um escravo de Filemom que fugira para 
Roma; alí, teve contato com Paulo e entregou sua vida a Jesus. Paulo dentro da ética devolve a 
Filemom o seu escravo Onésimo com uma carta de intercessão. Certamente Onésimo seria muito 
útil a Paulo na prisão, mas não era ético ficar com ele. 
6. 7 A cobrança de uma postura ética 
A Bíblia mostra Ananias e Safira que combinaram vender uma propriedade e entregar parte do 
valor como se fosse o todo (At 5.1). Seu verdadeiro objetivo era obter prestígio e mentiram 
diante da Igreja a respeito de suas contribuições (At 5.3). Deus considerou um delito grave 
contra o Espírito Santo disciplinando-os com a morte (At 5.5). Já pensou se todos os crentes 
infiéis morressem iguais a Ananias e Safira? (At 5.10). Que tragédia! As mortes de Ananias e 
Safira ficaram como exemplos perpétuos da atitude de Deus para com qualquer coração 
enganoso entre aqueles que professam ser cristãos (At 5.11). 
 
 
 
 
6. 8 Na atualidade 
Na atualidade, pela graça de Deus temos métodos diversificados de ensino bíblico. O Espírito de 
Deus tem despertado vidas novas para darem ênfase a esse ensino. Historicamente, na Idade 
Média, houve algumas barreiras religiosas por parte da Igreja Católica e algumas ideologias 
amedrontadoras àqueles que liam a Bíblia: “Dizia-se que quem lesse a Bíblia ficava doido”. 
Felizmente, houve um despertamento progressivo desde que Deus levantou Lutero, o 
reformador, paradevolver a Bíblia às nações. 
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Compreender a origem, propósito e alcance da Bíblia é condição indispensável a todos quantos 
buscam compreender a boa, santa e agradável vontade de Deus, a fim de estarem habilitados 
para toda boa obra (2ª Tm 2.15). Assim como o corpo físico necessita de alimentos e proteínas, 
também, o nosso espírito necessita de alimento espiritual e esse alimento é o estudo pessoal da 
Palavra de Deus (Sl 1.1-3) 
1 “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho 
dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 
2 Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 
3 Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e 
cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. 
Seria interessante fazer uma auto-avaliação e verificar quanto tempo do dia, estamos dedicando 
ao estudo pessoal da Palavra de Deus. Jesus disse: Nenhuma hora pudeste velar comigo? (Mt 
26.40b). 
6. 9 Ética Ministerial 
É o ramo da Ética que apresenta o “padrão” que deve o Obreiro possuir para vir a desenvolver 
um ministério eficaz, onde a luz de Cristo venha resplandecer em suas ações, pois assim como o 
fruto é determinado pela espécie da árvore, o ministério inteiro de um homem de Deus será 
qualificado pelo tipo de homem que ele é. 
O Senhor Jesus disse: “…a boca fala do que está cheio o coração” (Mt 12.34). O grande pregador 
escreveu: “Porque, como imagina em sua alma, assim ele é…”(Pv 23.7). Isso requer que o 
coração seja puro e repleto das coisas que ele deseja que transpareça no ministério. “Sobre tudo 
o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” (Pv 4.23). 
Jesus era pleno da graça e da verdade; e assim, logicamente, isso é o que emanava de toda a Sua 
vida (João 1.14). 
Ao considerarmos o caráter de um bom ministro do evangelho, notaremos primeiramente, certas 
tendências naturais que serão excelentes e quase necessárias. As inclinações vem do berço; 
mesmo assim são passíveis de desenvolvimento e devem ser cultivadas. Igualmente, é bom 
saber que, embora parecendo ausentes determinados dotes, a maravilhosa graça de Jesus é tão 
excelente que podemos, por meio dela, adquirir muitas daquelas caracteristicas consideradas 
“naturais”. 
6. 10 Ser o Exemplo 
“…Mas sê o exemplo dos fiéis; na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé e na pureza” 
!º Tm 4.12. 
Esse texto apresenta um exemplo extremamente importante referente à exemplificação moral, 
salientando a qualificação moral para o ministério cristão. Além deste texto a epístola toda dá 
elevada prioridade ao caráter e à conduta do Obreiro; o Apóstolo Paulo apresenta para Timóteo 
três implicações de ordens que atingem a este jovem obreiro em suas duas responsabilidades 
gerais. A primeira implicação se dirige ao homem de Deus, referindo a ele ser o exemplo diante 
dos membros da Igreja, devendo ser um tipo de modelo para os crentes, o Apóstolo Paulo 
tipifica o exemplo moral em cinco áreas: 
- Na linguagem, ou seja, na sua comunicação como homem de Deus; 
- em seu estilo de vida em geral; 
- Em sua caridade; 
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- Em sua fé, no sentido de fidelidade e credibilidade; 
- Em sua pureza pessoal. 
Sem integridade de vida, seus pronunciamentos, pregações e doutrinamentos estariam 
limitados. A segunda implicação é uma lembrança sobre a concentração de suas 
responsabilidades profissionais, de modo que seu progresso seja visível por todos, aí entra a 
sua preparação intelectual. A terceira implicação se concentra em Timóteo vir a buscar a 
santidade, tendo uma vida de pureza, a razão porque o Apóstolo Paulo dá essas ordens, é: 
“…porque fazendo isto te salvarás, tanto a ti mesmo, como aos que te ouvem” 1ª Tm 4.16. De 
modo quase inacreditável, o exemplo pessoal ombreia com o ministério da palavra de Deus no 
contexto da salvação. 
 
 
2 ÉTICA MINISTERIAL 
1 – O caráter do Obreiro 
O caráter nunca é comprovado por uma declaração escrita ou oral de convicções. É demonstrado 
pelo modo como vivemos pelo comportamento, pelas escolhas e decisões; caráter é virtude 
vivida. O caráter ruim ou o comportamento pouco ético tem sido comparado a um odor ruim é 
sempre percebido, porém o caráter bom é um aroma agradável e suave que exala por todo 
ambiente que é encontrado. O Obreiro deve sempre ser sensíveis que suas ações falam mais alto 
do que sua oratória; visto que as ações que praticamos raramente são percebidas como prova de 
caráter defeituoso, fazem-se essenciais a introspecção e a auto-avaliação, não porque 
desejamos agradar ou evitar ofender os outros, mas porque a reputação e a auto-avaliação, não 
porque desejamos agradar ou evitar ofender os outros, mas porque a reputação e o caráter do 
Obreiro devem estar acima de toda a repreensão, como fala o Apóstolo Paulo em (1ª Tm 3.2 e 7) 
“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, 
sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar. 7 é necessário que ele tenha bom testemunho 
dos de fora a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo”. 
Nossas palavras e pensamentos devem ser agradáveis perante a face de Deus (Sl 19.14), mas 
nossas ações revelam nosso caráter aos outros. As características do caráter exigido por Deus 
daqueles que querem habitar em sua presença são ações, e não um estado passivo do ser. O 
salmista Davi faz a seguinte pergunta: “Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará 
no teu santo monte? Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala veraz mente 
segundo o seu coração; aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, 
nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo; aquele a cujos olhos o réprobo é 
desprezado; mas honra os que temem ao Senhor; aquele que, mesmo que jure com dano seu, 
não muda. Aquele que não empresta o seu dinheiro com usura, nem recebe subornos contra o 
inocente; quem faz isso nunca será abalado” Sl 15. 
Existem quatro virtudes cardeais que compõe um caráter de um obreiro, são elas: a sabedoria, a 
coragem, a temperança e a justiça. A prudência é a sabedoria prática que faz escolhas e 
decisões sábias; a coragem de acordo com o pensamento clássico é a capacidade de fazer a 
coisa certa ou necessária mesmo quando enfrentada pela adversidade. A temperança ou 
autocontrole é a capacidade de controlar os impulsos pessoais, de adiar a satisfação imediata 
por lucro em longo prazo. A justiça é a aplicação justa e honesta da prudência, da coragem e da 
temperança em todas as relações humanas. 
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Essas quatro virtudes são características nobres do caráter, a Bíblia os apresenta, pois são 
amplamente explanadas nas Escrituras, e são referenciais na composição do caráter ideal de um 
obreiro, porém a Bíblia ainda nos torna evidente as características práticas do caráter que Deus 
deseja, encontradas no Salmo 15, então como nós já a citamos anteriormente vamos analisá-las 
a seguir: 
1. 1 Falar a Verdade vinda do coração 
O caráter envolve integridade, franqueza e veracidade absoluta nas relações com todos os seres 
humanos criados por Deus. O caráter cristão começacom honestidade e franqueza diante de 
Deus, quando Natanael encontrou Jesus, as primeiras palavras que ouviu do Mestre foram: “Eis 
aqui um verdadeiro israelita, em que não há dolo” João 1.47. Jesus que sobrenaturalmente 
discernia o caráter reconheceu que Natanael já era homem sem astúcia, presunção, engano ou 
hipocrisia, sua língua e mão estavam em perfeita unidade com o seu coração. 
O que está no coração em relação a Deus é refletido em direção aos outros, por isso devemos 
procurar comunicar com os outros de maneira sincera e integra, ou seja, ser verdadeiro. A 
verdade é a expressão que deixa não dúvidas e nem traz engano, mostra as coisas como 
realmente são; assim deve ser o nosso falar, pautado na verdade, pois assim sendo nos tornará 
pessoas dignas de crédito. A verdade pode às vezes causar um desconforto para alguém quando 
ela é declarada, porém ela esclarece as coisas, e dão a evidência da realidade, então precisam 
ser faladas, o obreiro precisa ser sincero com as pessoas não pode compor uma fala, que não 
seja a realidade do que ele realmente pensa, a integridade precisa estar presente no seu 
comunicar. 
1 2 Não caluniador 
A pessoa de caráter nunca fala mal de quem quer que seja. Os erros e fala tas percebidas nos 
outros não deverão ser tópicos escolhidos para conversação. Tal pessoa procurará contestar 
uma história negativa sobre outro crente. Se isso não for possível, a história não segue adiante; 
a pessoa que tem caráter não divulga um relato negativo, mesmo que seja verdadeiro; a pessoa 
de caráter não só guarda a língua, mas também as línguas dos outros, a fim de evitar a 
propagação da calúnia. Se a pessoa de caráter não espalha informação negativa, alguém pode 
perguntar: “Então é pecado ser tolerante no corpo de Cristo?” Obviamente que não! Mas há um 
princípio bíblico no lidar com tais problemas sem precisar fazer fofocas a ouvidos sempre 
ansiosos. 
Os problemas do Corpo de Cristo são resolvidos mais adequadamente, quando a situação é 
tratada pelo menor número possível de pessoas, e não quando é caprichosamente falada ou 
fofocada. Primeiro, se não for apropriado confrontar o irmão ofendido pessoalmente, o assunto 
deve ser referido à autoridade formal religiosa ou espiritual para investigação e ação. 
 
 
 
1. 3. Não Prejudicar Ninguém 
O obreiro é muito semelhante a um juiz de tribunal que tem de conciliar desacordos, nos quais 
um dos lados é o vencedor e o outro perdedor. Mas não há nenhuma intenção de prejudicar 
qualquer uma das partes, trata-se simplesmente de um esforço em obter justiça, o egoísmo é o 
principal problema na determinação dos verdadeiros motivos. 
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O caráter do obreiro tem que ter forte componente de justiça, se é que se quer evitar a acusação 
de maltratar pessoas; Tiago assim admoesta: “Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum 
homem com anel de ouro, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida 
vestimenta, e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, 
num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu 
estrado, porventura não fizeste distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de 
maus pensamentos? Tg 2.2-4. 
Mas a discriminação em favor dos ricos não é o único preconceito a ser confrontado; os 
israelitas foram advertidos da seguinte maneira: “Não fareis injustiça no juízo; não aceitarás o 
pobre, nem respeitarás o grande; com justiça julgarás o teu próximo” Lv 19.15. Justiça é 
essencial em todas as circunstâncias, estejam estas, relacionadas com a economia, a raça, a 
idade, a educação, o cargo ou com a profissão. O caráter cristão nos mostra respeito apropriado 
por todas as pessoas; não devemos conduzir a administração de qualquer causa de maneira 
injusta, pois poderá vir a estar prejudicando alguém, pois somos chamados para sermos 
pacificadores e resolvermos as situações sem prejudicar as pessoas, mas sim ajudá-las a vencer 
de forma honesta. 
1. 4. Odeie o Mal e Honre a Retidão 
A Escritura nunca ensina a odiar as pessoas, pouco importando o quão más ou ameaçadoras as 
mesmas possam ser. Mas o mal que praticam ou perpetram ao transgredir a palavra de Deus é 
que deve ser o objeto adequado do nosso ódio, está enfatizado na Bíblia que devemos odiar o 
mal. Sl 97.10 “Vós que amais o Senhor, detestai o mal; ele guarda a alma dos seus santos, livra-
os da mão dos ímpios”. Amós 5.15 “Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei na porta o 
juízo; talvez o SENHOR, o Deus dos Exércitos, se compadeça do restante de José.” O obreiro 
mesmo vivendo em uma cultura secular não pode envolver-se nas situações que a sociedade 
defende, mas contradiz a Bíblia, não podemos aceitar e defender regras sociais que desvirtuem 
as Escrituras Sagradas, o “mal”, não pode ser aceito, em nenhuma espécie, precisamos banir, 
defendendo sempre a causa do evangelho. 
Precisamos honrar e valorizar todas as ações pautadas na retidão, pois elas nos conduzem a 
perfeição, a nossa posição em meio a sociedade de ser defensores das atitudes retas e de tudo 
que se adequa a retidão, honrá-la é adaptar nossos atos e pensamentos a essa prática e 
defendê-la. 
1. 5. Honestidade e Integridade nas Promessas 
O Apóstolo Paulo nos instrui assim: “Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do 
velho homem com os seus feitos e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, 
segundo a imagem daquele que o criou” (Cl 3.9 e 10). Mas a natureza humana encontra outros 
meios de dissimular a verdade para não obedecer à declaração direta. Mas as pessoas, às vezes 
falam a verdade com os lábios, mas com significados diferentes no coração. 
As promessas feitas por um obreiro têm que ser acompanhadas com a prática da honestidade, 
tudo que prometermos devemos pensar antes, para não virmos falhar gravemente não 
cumprindo, um obreiro necessita ser digno de confiança, para isso tudo que acordar com 
alguém, é necessário cumprir. Ao não cumprir uma promessa, o obreiro vai se tornando 
desacreditado pelas pessoas, e logo, perde o seu crédito; e por fim acabar com o ministério do 
obreiro. A integridade tem que ser praticada em nossas vidas, ou seja, precisamos ser íntegros 
em todos os nossos compromissos, vindo a sermos comprometidos fielmente com tudo que nós 
nos comprometermos, levando uma vida de seriedade no nosso falar e agir. 
1. 6. Cooperação 
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No ministério devemos nos empenhar em sermos cooperativos e não competitivos, tendo assim 
um respeito benéfico por todos os envolvidos em promover o Reino de Deus. Na obra de Deus 
não devemos ser exclusivistas, atuando isoladamente; devemos ter em mente que somos um 
corpo ministerial onde cada um dentro da sua função e no seu campo de atuação tem seu 
devido valor, porém o crescimento e bom andamento da obra que todos estão cumprindo vão 
ocorrer onde houver cooperação de todos, e assim unidos um apoiando o outro o alvo é 
alcançado. O apóstolo Paulo referente a isso concede duas instruções, a primeira indicando o 
valor de cada um, e que valor é igual, sendo Deus quem dá o crescimento: “Eu plantei; Apolo 
regou; mas Deus deu o crescimento. Pelo que, nem o que planta, nem o que rega é alguma 
coisa, mas Deus que dá o crescimento” 1ª Tm 4.6 e 7. Portanto, no ministério deve haver união, 
humildade e cooperação. 
1.7. Administração da área Financeira 
Uma área de luta, no desenvolvimento da vida do obreiro é essa área. O desejo de possuir as 
coisas, de ter um conforto, leva muito obreiro ao descontrole financeiro. Administrando os seus 
recursos financeiros, de maneira indevida, vindo a criar várias dívidas, e não conseguindo depois 
pagá-las devidamente. O dinheiro é bênção se for administrado com prudência, porém pode 
consumir a vida de um obreiro e seu ministério se for administrado indevidamente, por isso 
devemos adquirir as coisas conforme as nossas condições, agindo assim evitamos envolver em 
dívidas que não conseguimos pagar. O nome de um obreiro deve ser zelado, pois somos 
representantes do Reino de Deus, e somos chamados a ser um padrão, portanto, temos que 
administrar bem os nossos recursos. 
Não devemos ter uma sede incontrolada pelo conforto e por adquirir as coisas, precisamos ter a 
consciência, que tudo se pode alcançar com uma boa administração dos recursos que temos em 
mãos, o obreiro precisa se auto-disciplinar nesta área, a fim, de que venha conseguir levar uma 
vida financeira organizada. É preciso ter atenção, pois isto pode vir a conduzir o obreiro a uma 
vida de descrédito, pois acaba não honrando com seus compromissos financeiros; e isso acaba 
ocorrendo porque comprou sem vir a fazer uma análise de suas condições para efetuar a 
compra. E isto pode envolver uma situação mais complicada, pois o obreiro ao administrar um 
valor de um departamento da Igreja pode vir a colocar este departamento da Igreja em situações 
constrangedoras, se não souber se controlar e administrar o recurso. 
 
2. As Atitudes do Obreiro Cristão 
As atitudes são iniciativas e ações praticadas por uma pessoa que podem influenciar 
positivamente ou negativamente, portanto, o obreiro deve atentar e agir com prudência em 
todas as suas atitudes para que tudo que venha fazer na obra de Deus dentro de suas 
responsabilidades alcance um crescimento expressivo. A conduta sendo uma manifestação do 
comportamento da pessoa vai ser o que identifica a pessoa e a caracteriza, sendo assim, o 
obreiro deve possuir uma conduta exemplar e digna de ser imitada. Então vejamos as atitudes 
que devem ser praticadas por um obreiro, para que seu ministério prospere e seja digno de ser 
imitado: 
2. 1. Cortesia 
O apóstolo Pedro exortou aos convertidos que fossem corteses, I Pe 3.8 “Finalmente, sede todos 
de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes”. Espera-se de 
qualquer profissional que seja um cavalheiro. Quanto ao mais, o líder dos crentes deve ser 
cortês, que vive em contato com profissionais, para que saiba comportar-se dentro de certa 
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linha. “Por favor, e muito obrigado” jamais devem faltar e as ordens sempre dadas em forma de 
solicitação. 
Nenhuma intromissão indelicada na conversação de outras pessoas ou na intimidade dos lares 
alheios deve ser praticada. O toque gentil e o sorriso, bem como o refinamento do culto de um 
cavalheiro cristão deve sempre caracterizar o homem de Deus. 
3. 2. Discrição 
A discrição é a qualidade que fica muito bem no ministro. Referimo-nos à conformidade com as 
leis da conduta apropriada, mediante o exercício da prudência em todas as ocasiões. O apóstolo 
Paulo expressa essa necessidade como segue: “Não seja, pois, vituperado o vosso bem” (Rm 
1.16). Um coração totalmente simples pode colocar-se em situações delicadas, por falta de 
acuidade e chegar a ser falsamente acusado. Acuidade é a qualidade daquilo que é agudo, 
intenso. 
Que uma mente sábia e uma vontade firme controle o coração simples. Para sermos mais claros, 
todo o contato com o sexo oposto deve ser cuidadosamente vigiado. É bom que o crente seja 
sempre um cavalheiro. Ajudar as damas, em ocasiões próprias faz parte do cavalheiro. Mas, 
levar uma senhora ou moça repetidamente até a casa, os dois a sós, é exatamente a situação 
que não pode deixar de suscitar comentários maliciosos. 
 
 
2. 3. Pontualidade 
A pontualidade é uma virtude. Quando empenhamos a palavra num encontro assumimos uma 
obrigação que tem de ser cumprida. Atrasar-se num encontro e, pior ainda, faltar ao mesmo, é 
uma injustiça e um erro. Aborrece aqueles a quem damos palavra, e reflete mal quanto à nossa 
honestidade e comportamento. 
3. 4. Prudência 
Um coração totalmente simples pode colocar-se em situações delicadas por falta de sabedoria e 
até chegar a ser falsamente acusado. Prudência é a conformidade com as leis da conduta 
apropriada em todas as ocasiões; em muitas situações da vida ministerial o Obreiro necessita 
agir com prudência, para que possa alcançar êxito. Mt. 10.16 “Eis que eu vos envio como 
ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as 
pombas.” 
2. 5. Flexibilidade 
Esta atitude demonstra a capacidade de articulação e adaptação às situações e circunstâncias 
que surgem dentro da execução das atividades, é preciso muitas vezes ser flexível ao tomar uma 
decisão, analisando e ponderando. Em alguns momentos a flexibilidade é importante para 
conquistar um alvo, adequando-se a uma circunstância que às vezes venha a modificar a forma 
que está acostumada a agir (1ª Co 9.22 a 23) “Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de 
ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar 
alguns. Tudo faço por causa do Evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele”. 
2 6. Zelo 
Podemos dizer que é o cuidado, dedicação e desvelo; é uma prática que leva-nos a renunciar os 
nossos planos para executar os planos de Deus, então esta atitude deve fazer parte da nossa 
vida de Obreiros, pois tudo o que nos vier às mãos para fazer na obra de Deus, devemos 
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cumprir com esse ardor, tendo um cuidado intenso para que em nada a obra venha a ficar em 
déficit, zelando assim com total intensidade como assim falou o Apóstolo Paulo em 2ª Co 11.2 
“Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar 
como virgem pura a um só esposo, que é Cristo”. 
2. 7. Responsabilidade 
É a obrigação a responder pelas próprias ações, que cada pessoa deve possuir. Esta atitude 
conduz o Obreiro a honrar com seus compromissos em todos os sentidos. Conciliando todo o 
seu tempo e atividades de forma ordeira e programada para que não venha falhar em nenhum 
de seus compromissos dentro das atribuições que lhe são confiadas para cumprir, tornando-se 
assim um Obreiro confiável. 
2 8. Honestidade 
Esta atitude inclui o procedimento de ser verdadeiro, integro e sincero com todos e com tudo 
que lhe é confiado. O Obreiro tem que ser um referencial, esta qualidade e atitude não pode 
faltar na sua vida; pois assim agindo estará inspirando uma credibilidade por parte de todos os 
que com ele convivem. A verdade e a integridade precisam fazer parte do desenvolvimento do 
ministério de cada obreiro, o Apóstolo Paulo orienta a “procedermos honestamente” 2ª Co 8,21 
“Pois o que nos preocupa é procedermos honestamente, não só perante o Senhor, como também 
diante dos homens”. 
2 9. Asseio 
É o cuidadocom a higiene e com outros fatores que influenciam na apresentação pessoal do 
Obreiro. Portanto, devemos observar o seguinte: 
- Roupas: devem estar sempre limpas e passadas e devem ser adequadas à cada ocasião. 
- Calçados: devem estar limpos e engraxados. 
- Estética corporal: a barba deve estar bem feita, o cabelo bem cortado e penteado, as unhas , 
aparadas e limpas. As roupas devem estar alinhadas e bem vestidas. 
- Higiene: tomar banho, escovar os dentes, usar desodorantes, perfumes, etc. 
Cuidado, sua aparência revela muito da sua personalidade. 
3. A conduta do Obreiro 
A conduta sendo a manifestação do comportamento da pessoa necessita ser desenvolvida e 
composta; na vida do obreiro a sua conduta conduz a formação do seu referencial pessoal lhe 
identificando perante o público que ele atua. 
Para o comportamento ser aperfeiçoado e ser alcançada uma conduta ideal, se faz necessário 
que haja uma disciplina por parte do obreiro, onde é preciso se auto-negar e ser diligente, 
prudente e constante para que venha ser alcançado o alvo que é nesse caso a conduta ideal, 
vejamos então a seguir, quais são as qualidades que deve o obreiro adquirir a fim de compor 
essa conduta: 
3.1. Hospitalidade 
Essa qualificação compõe o caráter cristão, sendo considerado o princípio básico para colocar a 
si mesmo e seus recursos à disposição dos seus irmãos de fé e desconhecidos. Vejamos o que 
disse Jesus concernente a prática da hospitalidade por aqueles que muitas vezes até não são 
considerados: “Quando deres um jantar ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem os teus 
irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles se 
tornem a convidar, e te seja isso recompensado. Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, 
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aleijados e mancos e cegos e serás bem aventurado; porque eles não tem com que te 
recompensar; mas recompensado serás na ressurreição dos justos” (Lc 14.12 a 14). O obreiro 
deve ser hospitaleiro, vendo tudo que possui como um meio de atender as necessidades do 
próximo. 
3.2. Moderado 
Este termo indica aquele homem que possui uma mente com pensamentos de salvação, 
controlando sua mente e sendo prudente. O obreiro que adquire essa qualidade se torna 
imparcial, cuidadoso nos seus julgamentos, sendo discreto, reservado e sábio. Avançando assim 
para o perfeito equilíbrio espiritual. 
3.3. Amigo do bem 
O obreiro deve ser comprometido com as boas ações e com tudo que a Deus é bom, pois isto 
não só demonstra a bondade do obreiro como sua dedicação a tudo que é bom e deve ser 
praticado como diz o Apóstolo Paulo em Fl 4.8: “Finalmente, irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo 
que é respeitável, tudo o que é justo, tudo que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa 
fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso 
pensamento.” 
3.4. Corajoso 
A coragem é uma qualidade determinante, pois na obra de Deus se faz necessidade. As lutas, 
oposições e desafios são muitos; surgindo na nossa jornada constantemente; e isso requer 
coragem do obreiro para enfrentar não recuando por motivo de um entrave. É preciso saber 
enfrentar as oposições e vencê-las, Jesus atuou com coragem em sua missão e outros que foram 
instruídos a agirem com coragem, ex: Josué, Js 1.6, Davi era corajoso e instruiu isso a seu filho, 
1ºCr 28.20, Paulo, At. 23.11. Portanto, o obreiro deve ao assim agir entender que essa qualidade 
não implica ser bravo, mas sim atuante e determinado. 
3.5. Justo 
Esta atitude apresenta a conduta que se adequa ao padrão ideal para um servo de Deus, esse 
termo indica que a pessoa conseguiu se adequar a uma vida de prática da justiça. O Obreiro que 
é justo é aprovado por Deus e conhecido por todos, pois seus procedimentos são retos e sua 
vida irá florescer como está escrito: “O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro 
do Líbano”. Sl 92.12. Este versículo indica que a vida do justo terá êxito e será aprovada. 
 
3.6. Auto-Controle 
Esta qualificação é também conhecida como domínio próprio e considerada um fruto do espírito 
como está escrito em Gl 5.22 e 23. Esta virtude é saber se auto-controlar, não vindo a perder o 
domínio das situações diárias, controlando as suas atitudes para não desequilibrar em nenhum 
dos seus procedimentos; mantendo sempre sua vida no eixo. Aquele que em tudo se domina é 
considerado um vencedor, vejamos o que diz o Apóstolo Paulo: “Todo atleta em tudo se domina; 
aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém a incorruptível” 1º Co 9.25. 
3.7. Diligência 
Não deve haver no ministro o menor sinal de preguiça; e cada parcela de suas energias deve ser 
dedicada à sua tarefa, portanto deve haver empenho em toda obra, aproveitando assim o tempo 
para cumprir todas as atividades, sendo um obreiro esforçado e constante, fazendo tudo que lhe 
for entregue para fazer (Rm 12.8,11; Pv 22.29; Ef 5.16). 
3.8. Tato 
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Outra qualidade de grande valor para o ministro. Nas maneiras inconvenientes de fazer o 
trabalho de Deus, o que pode frustrar os propósitos pretendidos ou desejados. Por exemplo, em 
corrigir uma desordem na igreja, ao impugnar uma declaração feita por alguém publicamente e 
com a qual não se pode concordar, deve-se usar do máximo cuidado evitando escolher palavras 
pesadas. As crianças podem ser chamadas à ordem sem criar ressentimento por parte dos pais, 
os quais podem mesmo chegar a sorrir com a observação. 
3.9. Manso 
Um espírito irritável e antagônico não faz parte da vida de um ministro. Um temperamento 
controlado pelo espírito Santo, que evita contendas, sim; é imprescindível ao homem de Deus. 
Ser manso não é só ser brando, mas também não ser colérico e que fique nervoso facilmente, 
aliás, o obreiro deve evitar se irritar e se envolver em contendas, mas sempre conciliador, pois 
assim agindo estará demonstrando uma vida de mansidão (II Tm 2.24; Ef 4.15; 5.11; Mt 5.5-9). 
3.10. Humildade 
Humildade não quer dizer complexo de inferioridade. Humildade quer dizer, não querer parecer 
mais do que se é; não se “inchando” quando elevado a alguma posição e não se sentir magoado 
ou ofendido quando se perder alguma posição, vindo a ter consciência de que tudo que temos e 
somos vem através da atuação de Deus em nossas vidas, sabendo se situar em todas as 
posições sem se exaltar ou vangloriar, mantendo-se sempre humilde (Fl 2.5;Jo 13.1-17). 
3.11. Paciente e Perseverante 
Essas duas qualificações andam juntas sendo simultâneas, analisando primeiramente a 
paciência, nós vemos que o obreiro deve ser paciente para suportar os mais fracos, para ensinar 
os mais novos, para esperar a semente da Palavra germinar e crescer (Hb 10.36; Gl 4.19; I ts 
5.14; Rm 5.3). Atuando sempre também com perseverança, sendo assim persistente em alcançar 
a meta que lhe for proposta, o obreiro jamais deve desistir da jornada, mas persistir até o fim; 
pois assim fazendo estará alcançando a aprovação do Senhor da Seara; em meio às provações e 
aflições devemos sempre ser perseverantes, e isto nos concederá como diz o Apóstolo Paulo 
“experiência” e “esperança” Rm 5.3 e 4. 
4 – Posicionamentos Éticos no Ministério 
4.1 – Relacionamentos Ministeriais 
4.1.1. O Obreiro e seu Pastor 
Esse relacionamento deve ser desenvolvido sobre um bom código de ética, pois ele é o anjo da 
Igreja, ungido e convocado por Deus para estar nesta posição e com esta responsabilidade. O 
Obreiro deve demonstrar o máximo de consideração pelo seu Pastor, aceitando suas 
orientações, conselhos e lhe sendosubmisso. O Obreiro e seu Pastor devem viver em harmonia 
desenvolvendo assim uma comunhão, pois o ministério da Igreja é convocado por Deus para 
também viver em perfeita unidade; e assim a obra de Deus irá avançar. 
4.1.2. O Obreiro e seus companheiros de Ministério 
Esse é considerado um importando desenvolvimento da Ética Ministerial, pois dentro de um 
ministério deve existir harmonia e companheirismo. E para que essa harmonia venha fluir, é 
preciso ter um cuidado e total vigilância, para não se praticar alguns procedimentos que não 
devem existir dentro do ministério, vejamos então quais são: 
- Porfia: (teima, disputa, competição). É um esforço, uma luta para alcançar os objetivos, muitas 
das vezes de forma ilícita, prejudicando muitas vezes um companheiro de Ministério, para 
conseguir a posição que almeja. 
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- Inveja: (desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem. Desejo de possuir o bem alheio). 
É um mal que tem afetado a muitos, dentro do ministério e da Igreja isto não deve existir; essa 
prática é a contrariedade que alguém nutre ao ver outro ser bem sucedido, renegando as 
virtudes alheias e acentuando constantemente defeitos na pessoa ao qual se nutre a inveja; essa 
atitude causa males irreversíveis. 
- Cobiça: (busca por bens materiais). A cobiça é um desejo por aquilo que pertence ao outro, 
isto implica avareza, a cobiça frequentemente é acompanhada pela prosperidade e pode 
conduzir ao crime. A Bíblia nos diz em Tiago 4.1 e 2: “Donde vêm as guerras e contendas entre 
vós? Porventura não vem disto, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? 
Cobiçais e nada tendes; logo matais. Invejais, e não podeis alcançar; logo combateis e fazeis 
guerras, nada tendes porque não pedis”. 
- Rebelião: (ato ou efeito de rebelar-se, revolução). Sendo rebelião uma decisão de não acatar as 
ordens ou a autoridade de um poder constituído. Portanto, deve-se haver um total cuidado para 
que esse mal não venha surgir e em ser semeado, somos chamados como já disse para a 
submissão e não para contrariar ou não aceitar ordens superiores. 
No ministério é preciso ter um relacionamento de onde venha fluir o entendimento, a união, 
compreensão, o apoio mutuo; cumprindo assim o que está escrito em Isaías 41.6 “Um ao outro 
ajudou e ao seu companheiro disse esforça-te”. 
4.1.3. O Obreiro e os Membros da Igreja 
O Obreiro precisa manter uma boa comunhão com os membros da Igreja a qual atua e com 
todos, pois no exercer de seu ministério deve ser conciliador. O Obreiro deve inspirar 
aceitabilidade da membrasia, para que todas as suas tarefas sejam cumpridas com êxito. Nós 
Obreiros somos chamados para ministrar ao corpo de Cristo, visando o “aperfeiçoamento dos 
santos” como disse o Apóstolo Paulo em Efésios 4.12, assim sendo, devemos conduzir nossas 
atividades na Igreja, mantendo uma harmonia com todos os membros, a fim de que todos 
cresçam em perfeita unidade. 
4.1.4. O Líder e seus liderados 
O relacionamento de um líder para com seus liderados dentro da Igreja e fora, deve ser de 
entendimento e mútuo respeito, o liderado deve ser submisso ao seu líder, porem com isso não 
deve subjugar o seu liderado; a cada momento deste convívio é preciso que os dois exerçam as 
suas funções com dedicação e nenhum ultrapassando os seus limites, pois assim a consideração 
fluirá entre os dois, e a obra que o líder e seu liderado está desenvolvendo irá avançar com a 
bênção de Deus. As posições que Deus entrega os seus filhos, não são para nós virmos a nos 
sobrepor sobre as pessoas, porem, vir a auxiliá-las a desenvolver seus talentos. 
4.1.5. O Obreiro e a Sociedade 
Todo cristão é chamado para ser “sal da terra e luz do mundo”, o Obreiro como representante de 
Cristo, embaixador do reino de Deus; tem que em suas atitudes resplandecer a presença de 
Cristo, ou seja, a sociedade precisa ver Cristo na vida de um obreiro. Por isso que o 
relacionamento com os que não são cristãos deve ser exemplar, para que estes sejam 
impactados pelos testemunho pessoal deste obreiro; para isso é preciso ser: atencioso e 
prudente; atuando com sabedoria, para que a Igreja venha ser bem representada. Precisamos 
conduzir as nossas responsabilidades dentro da sociedade com cautela, não devemos exigir 
uma consideração e atenção, pois isso vira naturalmente conforme o nosso procedimento dentro 
da sociedade. 
4.1.6. O Obreiro e a Família 
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O relacionamento familiar de um obreiro precisa ser desenvolvido com harmonia para servir de 
referencial para a Igreja; pois devemos atuar primeiro como obreiro no lar, sendo um exemplo 
em seu convívio com filhos e esposa; desenvolvendo uma vida de amabilidade, para com a 
esposa e os filhos; os apóstolos Paulo e Pedro orientam como deve ser conduzido o lar em Ef. 
6.1 a 4 e 1ª Pe 3.1. Como está escrito nestes textos, a consideração deve ser mútua, pois a 
responsabilidade não pertence somente ao obreiro, mas a sua família também precisa cooperar 
vindo a ter procedimentos adequados tendo assim um testemunho exemplar, a esposa e os 
filhos precisam considerar a posição que o esposo e pai, possui perante a Igreja auxiliando-o no 
cumprimento de suas atividades, lhe apoiando. 
O obreiro não pode dedicar-se tanto as suas responsabilidades dentro da Igreja ao ponto de 
esquecer a sua família, é preciso dedicar um tempo diário para estar dando atenção à esposa e 
aos filhos; pois antes de ser um obreiro é esposo e pai, a família deve ser amada e zelada, 1ª Tm 
5.8. A família de um obreiro que flui o amor familiar e a comunhão contagiará a Igreja. 
4.1.7. O Relacionamento com as Autoridades 
As autoridades foram constituídas por Deus e, portanto, devemos considerá-las e respeitá-las. 
O Apóstolo Paulo diz assim sobre esse assunto: “Todo homem esteja sujeito às autoridades 
superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem 
foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de 
Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmo condenação, Romanos 13.1-3. Este texto nos 
elucida, a importância de sujeitar-se as autoridades; portanto devemos atentar para essas 
instruções, quando estivermos em um relacionamento com uma autoridade seja no seu 
gabinete, departamento, local público e outros lugares. Quando convidamos uma autoridade 
para estar na Igreja, precisamos recebê-la com a consideração que lhe é devida; isto não quer 
dizer que devemos entregar-lhe a Igreja, mas honrá-lo, pois exerce autoridade sobre nós como 
cidadãos. E assim procedendo estaremos cumprindo a palavra de Deus, sendo prudentes e vindo 
a seguir o exemplo de Jesus que também assim procedeu como está escrito em Mateus 17.24 a 
27. 
4.2. No tratamento de Causas Pessoais 
Deve guardar assuntos lhe foram confidenciados. Não devendo fazer público, questões 
particulares ou específicas, a não ser quando extremamente necessário ( 2ª Tm 2.16); vejamos 
alguns procedimentos a serem tomados quando estão sendo tratadas essas causas: 
- Não atuar de modo precipitado enquanto não estiver de posse de todos os fatos, para fazer 
um julgamento correto. 
- Ser exemplo de coluna espiritual e moral ( 1ª Tm 4.12). 
- Ser sempre imparcial nas decisões e posicionamentos, não se envolvendo com grupos, facções 
e famílias, para manter assim a sua autoridade ( 1ª Tm 5.21). 
- deve manter um bom relacionamento, ser acessível e devotar atenção a todas as camadas da 
igreja como, crianças, adolescentes, jovens, adultos, anciãos, etc ( 1ª Tm 5.1-2. 
4.3. Na sua Linguagemou Comunicação 
O falar, as expressões pronunciadas e as conversas, pertencem a esse assunto; exercendo uma 
influência muito grande na conduta do obreiro. O Apóstolo Paulo alerta o obreiro Timóteo sobre 
isso em 1ª Tm 4.12; neste texto o apóstolo enfatiza sobre a maneira de falar e as conversações 
diárias; não devendo Timóteo ter conversas impuras e frívolas. O obreiro como Paulo, instrui 
que Timóteo deve ter sim, dar testemunho da presença de Cristo em sua vida, o obreiro deve 
refletir sobre aquilo que fala, pois precisa ser atento naquilo que fala afim de que as pessoas 
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recebam dele conselhos sábios, orientações precisas, palavras que edifiquem para que as 
pessoas que lhe ouvir recebam graça. O Apóstolo Paulo em Ef. 4.31 assim adverte: “Toda a 
amargura, e ira e cólera, e gritaria e blasfêmias e toda a malícia seja tirada de entre vós”. 
Portanto, o obreiro como Paulo, está instruindo neste versículo que não se deve pronunciar 
blasfêmias e nem expressões que indiquem malícia. As palavras do obreiro em tudo deve indicar 
que este é um homem de Deus. 
5. O Obreiro e Seu Ministério 
5.1. Pregador 
Existem certas tarefas e objetivos específicos que um ministro deve exercer em seu ministério. 
Destaca-se antes de qualquer coisa a pregação da palavra. O Senhor ordenou que através da 
loucura da pregação os homens seriam salvos (I Co. 1.21). Ele manifesta a sua palavra mediante 
a pregação (Tito 1.3). Paulo pregou desde Jerusalém até o Ilírico (Rm 15.19), e foi livrado de 
Nero afim de que, por seu intermédio o evangelho se tornasse plenamente conhecido (II Tm 
4.17) Há um poder extraordinário da palavra de Deus quando ela é transmitida do pregador aos 
ouvintes. Essa palavra efetua primeiramente a conversão (Tiago 1.21; I Pe 1.23), capacitam os 
recém nascidos espirituais a crescerem (I Pe 2.2). É dotada de poder santificador (Jo 17.17) 
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. Mediante a palavra é que somos 
resguardados do pecado (Sal 119.11). A palavra revela os pensamentos do coração (Hb 4.12) e 
realiza o propósito para o qual o Senhor enviou (Is 55.11). 
5.2. Mestre 
Como paralelo e complemento da pregação do evangelho, deve haver o “ensino da palavra de 
Deus”. O Senhor Jesus neste mundo era chamado de “mestre” mais do que por qualquer outro 
título. Quando Ele ministrava ao povo com palavras de simpatia, sabedoria, conforme está 
registrado, percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas e pregando o 
evangelho do reino (Mt 9.35). Quando Ele entregou sua grande comissão aos discípulos, esse 
incluía a ordem de ensinar (Mt 28.19,20), bem como pregar o evangelho (Mc 16.15). Esse duplo 
ministério foi fielmente realizado pelos primeiros discípulos, porquanto eles “não cessavam de 
ensinar, e de pregar a Jesus Cristo”. O ministério de Paulo consistia em pregação e ensino (Col 
1.28), e o último quadro que o Novo Testamento nos fornece sobre ele, mostra-o em uma casa 
alugada às suas expensas, em Roma, pregando o evangelho do reino de Deus e ensinando as 
coisas concernentes ao Senhor Jesus Cristo (Atos 28.31). 
5.3. Os Propósitos da Pregação e do Ensino 
Pode-se dizer que mediante a pregação, os homens são levados a pertencer ao reino em que, 
mediante o ensino, são firmados e estabelecidos na fé. O nascimento de um bebê é uma grande 
maravilha. Uma nova criatura é trazida à existência. Mas isso é apenas o princípio e não o fim; 
esse bebê precisa ser alimentado para que não fuja a vida ainda vacilante. Quão grande, 
portanto, é a importância do ensino diário da palavra de Deus aos novos crentes para que 
cresçam! Se cada igreja fosse tão cuidadosa em preservar os convertidos, pela arte aprimorada 
do ensino sistemático e fiel, como se mostra zelosa em levar as pessoas ao reino, então não 
haveriam tantos desviados, os quais impedem a outros o caminho para o céu, enquanto eles 
mesmos se endurecem em relação ao evangelho e finalmente se perdem. Que os líderes das 
igrejas se atentam para isto – que obedeçam cuidadosamente as instruções do Senhor e 
apresentem uma bem equilibrada mensagem do evangelho, tanto de pregação quanto de ensino 
da maravilhosa palavra. 
5.4. O Pregador e a Igreja 
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Quando esse caudal de verdade divina flui no coração do povo, a responsabilidade do pastor 
consiste em zelar cuidadosamente pelos cultos da Igreja. Esses cultos devem ser mantidos em 
atmosfera espiritual. 
A fidelidade à Palavra de Deus requer que reiteremos o ensino dado pelo apóstolo Paulo: não 
apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias… Procurai com zelo os dons espirituais, mas 
principalmente que profetizeis… e não proibais o falar em outras línguas” (I Tess 5.19,10; 1ª Co 
14.1,39). Os dons do Espírito Santo são dádivas graciosas de Deus, provenientes dos céus, e não 
devem ser desprezadas ou rejeitadas. 
5.5. O Obreiro e a Unidade da Igreja 
Outra incumbência do obreiro é manter sua congregação em paz, amor e unidade. Uma das 
táticas favoritas do diabo é romper a unidade do Espírito Santo e semear a inveja e a dissensão. 
E então, onde isso se instaura, só há confusão e toda obra má (Tiago 3.16). É de 
responsabilidade do obreiro obter contato intimo com o rebanho e fazer o máximo para apagar 
as primeiras chamas da dissensão e da contenda. 
Uma chama é mais facilmente extinta do que uma grande fogueira. Quão sábio é o obreiro que 
envida todos os esforços possíveis para destruir a pequena labareda, antes que ela consuma a 
casa inteira e ele próprio! 
5.6. A Visão Espiritual 
O pastor deve ser homem de visão. Cumpre-lhe lançar os olhos pelos campos ao redor, sentido 
que estão maduros para a ceifa, esperando apenas a foice. É necessário que inspire a Igreja no 
desejo de grandes realizações para Deus e a salvação das almas perdidas. Para Deus tudo é 
possível, e Ele mesmo recomendou que pedíssemos, afim de que a nossa alegria fosse completa. 
Não temos porque não pedirmos. Mas, é da vontade de Deus que prossigamos ao seu lado. O 
desafio lançado por Guilherme Carey: “tentai grandes coisas para Deus, esperai grandes coisas 
da parte de Deus”, soa aos nossos ouvidos até hoje, e nos acena, convidando-nos a avançar. 
Grande é a diferença em ter alguém a visão espiritual e ser um visionário (que tem idéias 
extravagantes, ituitivo). No planejamento das conquistas futuras a imaginação espiritual deve 
ser equilibrada e de bom senso… Deve-se tentar aquilo que está dentro do terreno das 
possibilidades, para em seguida lançar-se a maiores empreendimentos. Esse modo de agir, via 
de regra parecerá mais de acordo com a orientação dada pelo Senhor e com o plano relativo às 
Igrejas locais, quando prudentemente damos um passo de cada vez em novos projetos. Se o 
próprio Deus concedeu ao pastor a visão, a fé para tais realizações, então inspirará igualmente a 
outros, com a mesma visão e fé, para que o acompanhem em tempo oportuno, garantindo o 
sucesso. 
5.7. O Ministério e o Crescimento 
Os elementos principais do ministério do pastor já foram esboçados, e, juntamente com eles, há 
duas considerações gerais a frisar: 
- “… que mediante a grandeza da obra de Deus, devemos ter consciência da nossa própria 
incapacidade e total insuficiência”. … não que por nós mesmos sejamos capazes de pensar 
alguma coisa, como se partisse de nós…” ( II Co 3.5). “…sem mim nada podeis fazer…” (João 
15.5). 
- Em contraposição a essa falta de aptidão pessoal, temos, todavia, a benditacerteza que diz: 
“… pelo contrário a nossa suficiência vem de Deus” (II Co 3.5) disse o Senhor: “A minha graça te 
basta…” (II Co 12.9). A confiança nessa exortação inspirou o apóstolo Paulo a exclamar: “Tudo 
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posso naquele que me fortalece” (Fl 4.13). “Somos mais que vencedores, por meio daquele que 
nos amou” (Rom 8.37). 
6. A Ética no Culto Cristão 
O culto é como uma gota de orvalho em busca do oceano do amor divino; é uma alma faminta 
diante do celeiro espiritual; é uma terra sedenta clamando por chuva; é uma ovelha tresmalhada 
(afastada do bando) no deserto, balindo em busca do Bom-Pastor; é uma alma buscando sua 
contraparte; é o filho pródigo correndo para a casa de seu pai. Enfim, é o homem subindo as 
escadas do altar de Deus. Dada a preciosidade que é o culto, procuremos conhecer suas bases e 
sua essência, bem como, a necessidade da reverência ética do culto. 
6.1. As bases Bíblicas do Culto Cristão 
A confissão da Igreja cristã tem por objetivo principal a glorificação a Deus e alegrar-se nele (Sl 
112.1). Isto faz do culto o ato mais importante, mais relevante, mais glorioso na vida do homem 
(Sl 84.1-4). Contudo, quantos crentes sabem distinguir entre a verdadeira e a falsa adoração? (Jo 
4.23-24) Será que você tem cultuado de modo que agrada a Deus? Hb 11.5 “Mas está chegando 
a hora, e de fato chegou em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em 
verdade. Deus é Espírito e os que o adoram devem adorar em Espírito e em verdade”. 
6.2. Palavra que designa adoração 
Para alcançarmos uma visão correta sobre o culto cristão, é mister examinarmos alguns termos 
usados pelos escritores: “Latreia” cujo significado principal é “serviço” ou “culto”. Denota o 
serviço prestado a Deus, pelo povo inteiro ou pelo indivíduo. Em outras palavras, é o serviço que 
se oferece à divindade através do culto formal, ritualístico e através do oferecimento integral da 
vida (Ex 3.12; Dt 6.13; Mt 4.10; Lc 1.74; 2.37; Rm 12.1). 
6.3. Bases Teológicas do Culto 
A adoração cristã se fundamenta na nova aliança ( Hb está franqueada ao crente a comunhão 
com Deus, pelo novo e vivo caminho aberto por Jesus Cristo (Hb 10.19-22). “Portanto, 
ofereçamos sempre por Ele a Deus, sacrifício de louvor” (Hb 13.15ª). 
6.4. Os requisitos Éticos do culto 
O cumprimento de um ritual não basta para que haja culto. É indispensável à aceitação, por 
Deus do culto oferecido (Sl 20.3). Deus estabelece condições para aceitar a adoração de homens 
(Jo 5.41). A ignorância dessas condições ou sua violação transforma o ritual do culto divino em 
exercício unilateral com sérias conseqüências para os participantes. No culto devemos alcançar a 
plena comunhão com Deus, através da fé (Hb 10.38; 11.6). 
6.5. As Bases Éticas no Culto a Deus 
“O tédio religioso” sempre foi um dos maiores inimigos do cristão, no que se refere à sua vida 
espiritual. O tédio é um estado mental resultante do esforço para manter interesse por uma 
coisa pelo qual não temos o mínimo interesse. Este fato tem levado a Igreja, em nossos dias, a 
oferecer certos atrativos ao povo, no que tange ao culto. 
6.6. A Necessidade do Culto 
O culto é necessário, pois tem por finalidade o homem (Ex 19.17). No culto, o homem acha a 
razão da sua existência, (pois ele foi criado para a adoração (Sl 96.9). O fim supremo e principal 
do homem é glorificar a Deus. Fora da posição de adorador de Deus o homem não encontra o 
sentido para a vida (I Cor10.31; Rm 11.36). O culto foi instituído e ordenado por Jesus Cristo. 
Quando a Igreja se reúne para louvar, orar, pregar a Palavra e celebrar os sacramentos, ela 
simplesmente o obedece (Mc 16.15-16; At 1.8; 20.7; I Co 11.24-25). 
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6.7. A essência do Culto 
Em meio às múltiplas maneiras de cultuar, há um elemento imprescindível à adoração: o amor. A 
essência da adoração é o amor. É totalmente impossível adorar a Deus sem o amor. E Deus 
nunca se satisfez com menos que “tudo”, “amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de 
toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6.5). “Sem o incentivo do amor por Deus, o culto não 
passa de palha, pura casca, isento de qualquer valor. Pode até se tornar em culto a Satanás”. 
6.8. Ação intelectual de Adoração 
A adoração também envolve o exercício da mente. “Dianóia”, em grego significa capacidade de 
pensar e refletir religiosamente (I Jo 5.2,10); Ef 4.18; Mt 24.15). Este entendimento é dádiva 
divina (Lc 24.25; Ef 1.17,18). Portanto, a adoração deve ocupar a mente, de maneira a envolver a 
meditação e a consciência do homem. Em romanos 12.2, Paulo estabelece que o culto deve ser 
racional. 
6.9. A reverência como prioridade no culto 
São muitas as bênçãos que podemos receber de Deus durante o culto, mas a apropriação de tais 
bênçãos deveriam ser o objetivo de todos quantos participam do culto. A maneira correta de 
participarmos do culto deve ser com espírito de reverência. “Sirvamos a Deus agradavelmente 
com reverência e santo temor” (Hb 12.28). 
6.10. Razões para reverência 
Servimos a um reino de poder. “Pelo que, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, 
retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e piedade” (Hb 
12.28). esse reino é impossível de ser abalado, do grego: “asauleutós”, irremovível. Não existem 
sistemas, ordens ou poderes que superam esse reino; pois o Senhor dos senhores é o seu 
comandante. 
6.11. Atitudes Reverentes 
É necessário que durante o culto, mantenhamos uma atitude reverente com o local de adoração, 
uma vez que Deus está no templo. “Pois onde acham dois ou três reunidos em meu nome, aí 
estou no meio deles” (Mt. 18.20). Temos, neste texto, a garantia da presença do Senhor em 
qualquer reunião em que o seu nome seja cultuado. E, uma vez que Deus se faz presente em 
nossas reuniões, necessário se torna que o reverenciemos. 
6.12. Indicações Bíblicas para um Culto Reverente 
Sem a verdadeira adoração a Deus, não há verdadeiro culto (Jo 4.23). Na presença do Altíssimo 
demonstremos, com toda sinceridade de alma, a nossa profunda humildade e reverência em 
face da sua santidade absoluta (Lc 6.5). Evidenciemos nosso amor e dedicação a Ele, e 
demonstremos confiar no cuidado que Ele tem para conosco ( 1ª Pe 5.7). Sem que o nosso 
coração esteja a transbordar desses profundos sentimentos em sua presença, não estaremos 
cultuando verdadeiramente ao nosso Deus. 
6.13. As atitudes antiéticas no culto a Deus 
Há, infelizmente, muitos crentes que não sabem manter uma atitude Correa perante o Senhor, 
no seu santuário. Esquecem-se de que o culto é o encontro de Deus com o seu povo (Hc 2.20), é 
necessário reverência. São meros assistentes; e, por conseguinte, jamais chegam as bênçãos que 
o Senhor reserva aos que realmente o cultuam em espírito e em verdade (At 2.43). 
6.14. Desatenção no culto 
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A falta de atenção é o mesmo que falta de consideração, descortesia. Miguel Rizzo, referindo-se 
ao culto divino, escreve o seguinte: “É preciso que haja ambiente próprio para que ele seja 
proveitoso. Isso é fácil de se entender. A atitude mental de quem cultua a Deus é diferente 
daquela de uma pessoa que esteja numa festa tumultuosa, entregando-se à alegria mundana 
(Dn 5.2,3). 
 
6.15. Movimentação desnecessária no recinto do Culto 
Observamos, infelizmente, a falta de reverência em muitas de

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