Buscar

Sistema respiratório 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

THALIA SIQUEIRA
@thaliasiqueira_
MEDICINA
Fechamento Respiratório problema 02
1- Descrever a Anatomia e Histologia das VAI
Estruturas que estão dentro do tórax: Traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmões.
Traqueia: Tubo cilíndrico e está logo abaixo da cartilagem cricóide. É formada por músculo liso e contém uma série de anéis cartilaginosos em formato de C de forma que sua abertura fica voltada para a parte posterior da traqueia. A traqueia possui aproximadamente 11cm dependendo do tamanho da pessoa e ela se localiza anteriormente ao esôfago. A presença dos anéis na traqueia é muito importante pois como ela tem músculo liso ela poderia se contrair/fechar e colabar impedindo a passagem de ar causando a morte. Então, os anéis permitem que ela fique sempre aberta. A traqueia é revestida por células caliciformes produtoras de muco e essas células têm cílios empurrando partículas em direção a faringe e a boca. No final da traqueia há uma região que é a carina que bifurca a traqueia em brônquios principais direito e esquerdo. O brônquio direito vai conter o brônquio lobar superior, médio e inferior. Já o brônquio esquedo contém o brônquio lobar superior e inferior. Com isso, os brônquios lobares se dividem em brônquios segmentares que se dividem em ramos cada vez menores formando uma estrutura parecida com uma árvore de cabeça para baixo = árvore brônquica. 
Assim, as menores ramificações dos brônquios são chamadas de bronquíolos (que não possuem cartilagem e sim musculo liso que controla a entrada e saída de ar). Conforme os bronquíolos vão se dividindo formam a última parte da função de condução do sistema que são os bronquíolos terminais que a partir daí há a zona respiratória ( troca gasosa) fazendo parte os bronquíolos respiratórios, ductos alveolares( vias respiratórias alongadas que quase não tem parede, apenas alvéolos) e os próprios alvéolos ( forma de cacho de uva que são sacos de ar formados por um fino epitélio em contato com capilares sanguíneos permitindo as trocas gasosas) que ficam dentro dos sacos alveolares.
O epitélio alveolar é composto por alguns tipos de células:
- Pneumócitos do tipo 1: (mais achatado) São 40% de todas as células do revestimento alveolar. São unidas entre si por meio das zônulas de oclusão que também formam uma barreira efetiva entre o espaço aéreo e os componentes da parede septal. Salientando que esses tipos de células não fazem divisão celular.
Pneumócitos do tipo 2: (mais redondo). Ou células septais, são células secretoras. São células cúbicas e representam 60% das células do revestimento alveolar. Secretam surfactante e são progenitoras para os pneumócitos do tipo 1. Após lesão pulmonar elas proliferam e restauram ambos os tipos de células alveolares nos alvéolos.
Células em escova: estão presentes em pequeno número. Podem vir como receptores que monitoram a qualidade do ar do pulmão.
Macrófagos alveolares: também chamados células de poeira, são encontrados no interior dos septos interalveolares e na superfície dos alvéolos. Os macrófagos alveolares localizados na camada surfactante que limpam a superfície do epitélio alveolar são transportados para a faringe, de onde são deglutidos.
Pulmões: Órgãos pares. Todavia não são iguais, pois o pulmão direito é menor que o esquerdo, pois logo abaixo tem um órgão que é o fígado. A parte inferior dos pulmões é chamada de base e a parte superior é chamada de ápice. Com isso, os pulmões são divididos em lobos. O pulmão direito é dividido em lobo superior, lobo médio e lobo inferior. O Pulmão esquerdo é dividido em lobo superior e lobo inferior. Os lobos pulmonares são separados por fendas que são as fissuras. O pulmão direito possui duas fissuras: a horizontal que separa o lobo superior do lobo inferior. E a fissura oblíqua. Já o esquerdo apenas a fissura oblíqua. E esse pulmão possui uma depressão que é o local em que o coração se acomoda que é a impressão cardíaca. 
Ao redor dos pulmões temos a pleura que é uma dupla membrana que protege nossos pulmões. A pleura parietal (mais externa) fica aderida a caixa torácica e ao diafragma. Já a pleura visceral (mais interna) que fica aderida aos pulmões. Entre as duas pleuras há um espaço que é a cavidade pleural que tem um líquido importante para a mecânica pulmonar porque ele diminui o atrito entre as duas pleuras. 
E,assim, conforme os pulmões se movimentam as pleuras precisam deslizar entre si e esse líquido que fica na cavidade pleural é importante para permitir o deslizamento das pleuras durante a respiração.
OBS: Camadas da membrana respiratória: mucosa, submucosa, anel de cartilagem hialina e adventícia. 
2- Descreva os mecanismos envolvidos na mecânica respiratória, volume, capacidade, resistência e complacência pulmonar/ Fatores condicionantes e suas alterações.
Músculos respiratórios: 
Inspiração
Diafragma: Ele é uma fina camada de músculo, em forma de cúpula, que se insere nas costelas inferiores. Quando ele se contrai (no momento da inspiração) o conteúdo do abdômen é forçado para baixo e para frente, aumentando a dimensão vertical da cavidade torácica. Da mesma forma, as margens costais se elevam e se movimentam para fora, aumentando, também, o volume do tórax. É o músculo mais importante da respiração.
*Quando contrai: Inspiração.
*Quando relaxa: Expiração.
Músculos Intercostais Externos: Quando se contraem, promovem o movimento em “alça de balde” das costelas, levando as costelas para cima e para frente, aumentando, assim, os diâmetros lateral e antero-posterior do tórax.
*Quando contrai: Inspiração.
*Quando relaxa: Expiração.
Músculos acessórios da respiração: São representados, principalmente, pelos escalenos e pelo esternocleidomastóideo. São acionados na respiração forçada, em momentos de exercício físico, por exemplo. Os escalenos elevam as duas primeiras costelas e o esternocleidomastóideo eleva o esterno. Ambos os movimentos aumentam o volume torácico.
Expiração
Na respiração tranquila, a expiração é um processo passivo. Isso significa dizer que, após a expansão que ocorre na inspiração, os músculos da inspiração tendem a se relaxar, da mesma forma que o pulmão e a parede torácica como um todo tendem a voltar às suas posições de equilíbrio. A expiração pode ser ativa, por exemplo, quando há esforço físico acentuado. Nesse caso, os músculos mais importantes são:
Músculos da parede abdominal: Correspondem ao reto abdominal, oblíquos internos e externos e o transverso. Quando eles são contraídos, a pressão intra-abdominal aumenta, empurrando o diafragma para cima, diminuindo o volume torácico.
Músculos intercostais internos: tracionam as costelas para baixo e para dentro. Produz nas costelas o mesmo movimento em “alça de balde” só que em direção contrária aquela dos músculos intercostais externos na respiração.
IMPORTANTE: Lembrar que, durante o repouso, a inspiração é ativa e a expiração, passiva.
A inspiração ocorre quando a pressão alveolar diminui, ou seja, para que o ar possa se mover para dentro dos alvéolos, a pressão dentro dos pulmões deve ser mais baixa que a pressão atmosférica. De acordo com a lei de Boyle (aumento do volume gera uma redução na pressão). Então, durante a inspiração o volume torácico aumenta enquanto certos músculos da caixa torácica e o diafragma se contraem. Quando o diafragma se contrai, ele desce em direção ao abdômen. Durante a inalação, os músculos intercostais externos e escalenos contraem e tracionam as costelas para cima e para fora e com isso o movimento das costelas para cima tem sido comparado com uma ação de alavanca, que eleva toda a caixa torácica e também como um movimento de alça de balde (costelas movem-se para fora). A combinação desses dois movimentos amplia a caixa torácica em várias direções e com isso à medida que o volume torácico aumenta, a pressão diminui e o ar flui para dentro dos pulmões.
É importante falar que há alterações alveolares de pressão em uma única inspiração:
- Tempo zero: na breve pausa entre as respirações, a pressão alveolar é igual a pressão atmosférica. Quando as pressões sãoiguais não há fluxo de ar.
Tempo zero a dois segundos: inspiração. Quando a inspiração inicia, os músculos inspiratórios contraem e o volume torácico aumenta. Com o aumento do volume, a pressão alveolar diminui cerca de 1mmHg abaixo da pressão atmosférica e o ar flui para dentro dos alvéolos.
Expiração: Ocorre quando a pressão alveolar aumenta. 
- Tempo de 2 a 4 segundos: expiração. Como os volumes torácicos e pulmonares diminuem durante a expiração, a pressão de ar nos pulmões aumenta, atingindo 1mmHg acima da pressão atmosférica e com isso a ar move-se para fora dos pulmões.
- Tempo 4 segundos: No final da expiração, o movimento de ar cessa quando a pressão alveolar se iguala novamente a pressão atmosférica e o volume pulmonar atingem seu valor mínimo dentro do ciclo respiratório e nesse ponto está pronto para reiniciar.
Volumes Pulmonares: O ar movido durante a respiração pode ser dividido em quatro volumes pulmonares:
- Volume corrente: volume que move durante uma inspiração ou expiração (500 ml).
- Volume de reserva inspiratório: volume inspirado além do volume corrente.
- Volume de reserva expiratório: ar expirado vigorosamente após o final de uma expiração espontânea. (cerca de 1.100 ml).
- Volume Residual: volume de ar presente no sistema respiratório após a expiração máxima (cerca de 1200 ml).
Capacidade Pulmonar: a soma de dois ou mais volumes pulmonares é a capacidade pulmonar. A capacidade vital (CV) é a soma de volume de reserva inspiratório, volume de reserva expiratório e volume corrente. Então, essa capacidade vital é a quantidade máxima de ar que pode ser voluntariamente movida para dentro ou para fora do sistema respiratório a cada respiração. Ela diminui com a idade, quando os músculos enfraquecem e quando os pulmões se tornam menos elásticos.
Complacência: Capacidade do pulmão de se estirar. Ou seja, quantidade de força que deve ser exercida sobre um corpo para deformá-lo. No pulmão, a complacência é a alteração de volume que é resultado de uma força ou pressão exercida sobre o pulmão. Um pulmão de alta complacência pode ser estirado facilmente e um pulmão com baixa complacência requer mais força para ser estirado.
Elastância: Recuo elástico. Capacidade de resistir a deformação mecânica.
2.1- Identificar a diferença de respiração e ventilação.
Ventilação: A ventilação é o movimento do ar para dentro e para fora dos pulmões. Este é um processo essencial para a ocorrência de processos de oxigenação e respiração. A ausência de ventilação por 4 a 6 minutos pode causar danos cerebrais virulentos e pode resultar em morte. A ventilação tem duas fases principais; inspiração e expiração (também conhecido como inalar e expirar). A inspiração é o processo de mover o ar para os pulmões, enquanto a expiração é o processo de mover o ar para fora dos pulmões. 
Respiração: é o processo de troca de gases, principalmente, oxigênio e dióxido de carbono. O gradiente de concentração de gás ajuda a trocar os gases através das superfícies respiratórias através do processo de difusão. No corpo, a difusão dos gases ocorre muito rapidamente devido à curta distância entre os tecidos de difusão. Há dois tipos:
 A respiração interna é a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o sistema circulatório sistêmico e as células do corpo. Este processo fornece oxigênio nas células do sangue e remove dióxido de carbono das células.
A respiração externa é a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o sangue e o ar fresco e isso ocorre entre os alvéolos dos pulmões e os capilares do sistema circulatório pulmonar. A respiração externa é importante, principalmente para oxigenar o sangue e remover o dióxido de carbono do sangue.
Obs:  A ventilação facilita o processo de respiração. Sem ventilação, a respiração não pode ocorrer.
3- Função do líquido pleural e surfactantes. 
Líquido Pleural:  fluido interposto entre as duas folhas serosas que constituem a pleura, essa dupla camada de tecido conjuntivo que atua como suporte e revestimento dos pulmões. Uma quantidade adequada de líquido pleural é essencial para promover a respiração: atuando como um lubrificante, este líquido garante o deslizamento das duas folhas serosas. O líquido pleural não deve ultrapassar 10-20 ml: a manutenção de uma quantidade igual à essa evita o colapso do pulmão. Essa quantidade de líquido pleural é continuamente filtrada e reabsorvida entre o compartimento vascular e o extravasal: se a direção do fluxo for direcionada para o exterior dos capilares, em direção ao líquido pleural, falamos de filtração, ao passo que quando o fluxo é direto do espaço pleural aos capilares fala-se de reabsorção.
Surfactante: Composto de 80% de fosfolipídio, 8% de lipídeos e 12% de proteínas. A camada de surfactante produzida pelas células alveolares do tipo 2 reduz a tensão superficial na interface ar-epitélio. O agente para a estabilidade do espaço aéreo é um fosfolipídeo denominado dipalmitoilfosfatidilcolina (DPPC) que é responsável por quase todas as propriedades de redução da tensão superficial do surfarctante. E, assim, sem a secreção adequada de surfactante, os alvéolos se colapsariam a cada expiração sucessiva. Além dos fosfolipídios, as proteínas hidrofóbicas são necessárias para a estrutura e a função do surfactante: 
- Proteína A do Surfactante: é a mais abundante e responsável pela homeostase dele e ela modula as respostas imunes a vírus, bactérias e fungos.
- Proteína B do Surfactante: importante para a transformação dos corpos lamelares no delgado filme de superfície surfactante/ dissemina surfactante no epitélio alveolar.
- Proteína C: representa 1% da massa total de surfactante e juntamente com a proteína B ela auxilia na orientação da DPPC dentro do surfactante na manutenção da fina camada de filme dentro dos alvéolos.
- Proteína D: proteína primária envolvida na defesa do hospedeiro e se liga a vários microrganismos e aos linfócitos. Participa de uma resposta inflamatória local como resultado de lesão pulmonar aguda e com a proteína A, modula uma resposta alérgica a vários antígenos inalados.
- Lei de LaPlace: estabelece que uma pressão (P) dentro de uma bolha formada por uma fina película de líquido é uma função de dois fatores: a tensão superficial do líquido (T) e o raio da bolha (r):
P=2T/r
E como isso se aplica aos pulmões? em fisiologia podemos comparar a bolha ao alvéolo revestido por líquido (embora o alvéolo não seja uma esfera perfeita). O líquido que reveste os alvéolos gera uma tensão superficial e se essa tensão fosse a mesma dos alvéolos pequenos e nos grandes, os alvéolos pequenos teriam uma pressão maior e uma maior resistência ao estiramento e com isso haveria mais trabalho para expandir os alvéolos menores. Contudo, nossos pulmões secretam surfactante que diminui a tensão superficial que rompem as forças coesivas entre as moléculas de água.
OBS: Há bebês que nascem prematuros sem concentrações adequadas de surfactante em seus alvéolos e desenvolvem a síndrome da angústia respiratória do recém-nascido (SARRN). Além do endurecimento dos pulmões (baixa complacência), bebês com essa síndrome possuem alvéolos que colapsam a cada expiração. O tratamento é ventilação artificial (que força o ar para fora dos pulmões) e mantém os alvéolos abertos.

Outros materiais