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Estudos da EcologiaEstudos da Ecologia ECOLOGIAECOLOGIA Profa. Janaina Araújo grego OIKOS ESTUDO O que é Ecologia? O que é Ecologia? CASA, AMBIENTE Ecologia é o estudo das interações dos seres vivos entre si e o meio ambiente. Qual a importância de se Qual a importância de se Estudar Ecologia? Estudar Ecologia? A Ecologia tem como um de seus fundamentos o estudo e o entendimento dos padrões de distribuição dos organismos nas escalas do espaço e do tempo. O metabolismo geral (produção, respiração e decomposição) dos ecossistemas é geralmente controlado por algumas variáveis abióticas tais como: radiação, temperatura, oxigênio e disponibilidade de nutrientes. Em consequência, o estudo das relações (efeitos) entre tais variáveis e os organismos é parte essencial da Ecologia. A escala biológica e a Ecologia Níveis de organização: pode ser entendido como um conjunto de entidades biológicas agrupadas em uma ordem crescente de complexidade. complexidade. As principais unidades biológicas são: gens, células, tecidos, órgãos, organismos, populações, comunidades, ecossistemas e a biosfera. ECOLOGIA Ernest Haeckel, 1866 Ökologie oikos = casa, logos = estudo. Ecologia é a ciência capaz de compreender a relação do organismo com seu ambiente.relação do organismo com seu ambiente. Ecologia é a ciência que estuda as condições da existência dos seres vivos e as interações de quaisquer naturezas, existente entre os seres vivos e seu meio. INTERAÇÕES COM OUTRAS CIÊNCIAS • Origem na biologia e inclui ou é uma mistura de várias disciplinas e filosofias não necessariamente afins. Níveis de organização em ECOLOGIA A - Espécie - dois ou mais organismos são considerados da mesma espécie, quando ao reproduzir, originam descendentes férteis, estando isoladas reprodutivamente de outros grupos semelhantes, com os quais, quando cruzam, não originam indivíduos férteis. B- Populações - conjunto de organismos da mesma espécie que habitam uma mesma área, durante determinado período de tempo e que ao reproduzir geram descendentes férteis.e que ao reproduzir geram descendentes férteis. C- Comunidades - conjunto de todas as populações, sejam elas de microorganismos, animais ou vegetais existentes em uma determinada área. Ex: comunidade do manguezal. D- Ecossistemas - todas as populações e suas relações entre si e com seu meio ambiente formam o ecossistema. Ou podemos definir ecossistema, como uma unidade natural constituída de parte não viva (água, gases atmosféricos, sais minerais e radiação solar) e de parcela viva (plantas e animais, incluindo os microrganismos) que interagem ou se relacionam entre si, formando um sistema estável. DIVISÕES DA ECOLOGIA • Autoecologia = estuda as relações entre uma única espécie e o seu meio, ou seja, como o organismo responde aos fatores ambientais. • Demoecologia = estudo de cada população separada, a dinâmica da população. separada, a dinâmica da população. • Sinecologia = estuda as relações entre as espécies e o ambiente físico que ocupam. Estuda as comunidades. Tipos de Espécies • Quanto ao habitat • Residentes: realizam todo ciclo de vida no habitat. Estas podem ser: 1. Endêmicas: distribuição restrita a um habitat bem definido. Ex: lobo guará, encontrado no cerrado. 2. Cosmopolitas: distribuídas por todo o mundo, em muitos habitats diferentes. Ex: mosca doméstica. • Visitantes: presentes durante o período de migração, realizando no local apenas parte do ciclo de vida. Ex: baleia jubarte. • Exóticas: foram trazidas de outro ambiente. Ex: pardal, natural da Europa e que foi introduzido na América pelo colonizador. • Quanto ao risco de extinção 1. Espécie rara: dispõem de número reduzido de exemplares, os quais podem estar concentrados numa área pequena (como certos beija-flores) ou espalhados em grandes áreas (como os gaviões Tipos de Espécies espalhados em grandes áreas (como os gaviões Harpia). 2. Espécie ameaçada: aquela que está em processo de diminuição do tamanho populacional, atingindo um nível que põe em perigo sua sobrevivência. Ex: mico-leão-dourado. • Meio Ambiente: “Conjunto de condições, leis, influencia e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (Res. CONAMA 306, 2002). • Classificação do meio ambiente TERMOS EMPREGADOS EM ECOLOGIA • Classificação do meio ambiente a) Meio ambiente natural: constituído pelo solo, água, ar atmosférico, flora e fauna. b) Meio ambiente artificial: compreendido pelo espaço urbano construído, consistente no conjunto de edificações (espaço urbano fechado) e pelos equipamentos públicos (espaço urbano aberto). • Biocenose (comunidade ou biota) = relação de vida em comum dos seres que habitam determinada região. Ex: biocenose de uma floresta, compõe-se de populações de arbustos, árvores, pássaros, formigas, microrganismos etc., que convivem e se inter-relacionam. • Biótopo = ambiente físico (área geográfica) ocupado por uma TERMOS EMPREGADOS EM ECOLOGIA • Biótopo = ambiente físico (área geográfica) ocupado por uma comunidade. Ex: em uma floresta, o biótopo é a área que contém o solo e a atmosfera com seus respectivos fatores físicos e químicos. • Ecótono = zona de transição de dimensões variáveis, onde ocorrem espécies de regiões limítrofes, além de espécies peculiares à própria região. Ex: campo/floresta – rio/mar. •Habitat = lugar onde naturalmente uma determinada espécie pode ser encontrada (endereço). Nicho ecológico = TERMOS EMPREGADOS EM ECOLOGIA ecológico = papel que um organismo desempenha dentro de um ecossistema. Principio da exclusão competitiva ou Principio de Gause • Duas ou mais espécies biológicas só podem coexistir em um determinado hábitat se tiverem nichos ecológicos suficientemente diferentes, caso contrário ocorre uma competição tão severa que elas não poderão conviver. • A competição entre duas espécies que exploram o mesmo • A competição entre duas espécies que exploram o mesmo nicho ecológico pode levar a três diferentes situações: a) A extinção de uma das espécies b) A expulsão de uma das espécies do território c) A mudança de nicho ecológico de uma ou ambas as espécies por ação da seleção natural. ECOLOGIA DE COMUNIDADES Critério espacial: pode incluir todas as espécies que vivem em determinado hábitat (ex. comunidade formada por todos os organismos vivos de uma floresta) ou em microhábitats particulares (ex. comunidade do dossel de uma floresta). Critério taxonômico: inclui apenas as espécies presentes em determinado hábitat, que pertencem a um mesmo agrupamentodeterminado hábitat, que pertencem a um mesmo agrupamento taxonômico (ex. mesmo gênero, família ou ordem), independentemente do modo como interagem entre si ou exploram os recursos disponíveis. Agrupamentos de espécies definidos com base em afinidades taxonômicas são conhecidos como assembléias (ex. assembléia de samambaias ou assembléia de formigas de determinado lugar). • Critério trófico: inclui apenas aquelas espécies que exploram de modo semelhante uma base comum de recursos, a despeito de haver ou não afinidades taxonômicas entre elas. • Comunidades definidas com base no uso de recursos são chamadas de guildas. Ex: guilda dos bebedores de néctar ou guilda dos ECOLOGIA DE COMUNIDADES Ex: guilda dos bebedores de néctar ou guilda dos predadores de sementes de uma floresta. • Na prática, os critérios espacial, taxonômico e trófico costumam aparecer combinados, originando uma variedade de definições. Ex: assembléia de peixes do rio Madeira; guilda de aves frugívoras de um fragmento de caatinga. Afiliação comunitária • Por que as espécies ocorrem apenas em determinadas comunidades, mas não em todas? 1) Impedimentos adaptativos: Provocados pela ausência de adaptações que permitam a uma determinada espécie estabelecer suas populações em um hábitat. Ex: Pinguins da Antártida dificilmentesuportariam as condições climáticas predominantes em Manaus, assim como as seringueiras da Amazônia dificilmente conseguiriam prosperar sob as condições predominantes no Polo Sul. 2) Limitações históricas: No passado, barreiras físicas persistentes (rios, cadeias de montanhas etc.) dificultaram a dispersão e a colonização de novos habitats pelos ancestrais da linhagem. Ex: não existem pinguins no Polo Norte, assim como não existem ursos polares no Polo Sul. Afiliação comunitária Todavia, ambos os animais provavelmente suportariam os rigores climáticos do outro polo. No entanto, como seus ancestrais colonizaram apenas uma das duas regiões, pinguins e ursos polares evoluíram dentro de áreas de distribuição geográfica distintas e mais ou menos restritas. 3) Interações: Muitas espécies não conseguem estabelecer suas populações em habitats aparentemente apropriados e acessíveis. As comunidades parecem exibir um certo grau de resistência à entrada de novos integrantes, como se houvesse um limite superior ao número de espécies e/ou indivíduos que podem viver juntos. Ou seja, muitas espécies poderiam expandir suas áreas de Afiliação comunitária Ou seja, muitas espécies poderiam expandir suas áreas de distribuição geográfica, porém muitas espécies não fazem isso simplesmente porque estão sendo "rejeitadas" por comunidades estabelecidas. Talvez isso explique porque nem todas as espécies de pinguins que vivem no Pólo Sul são vistas juntas, convivendo em um mesmo pedaço de solo antártico. Atmosfera = camada gasosa que envolve todo o planeta, composta de nitrogênio (78%), oxigênio (21%), gás carbônico, e outros. Hidrosfera = camada de água que cobre 2/3 do planeta. TERMOS EMPREGADOS EM ECOLOGIA planeta. Litosfera = crosta terrestre sobre a qual vivem a maioria dos organismos vivos. Biosfera = área do planeta terra onde podem ser encontrados os seres vivos, dos 6.200 metros de altitude até profundidades de 10.100 metros nos 14.000 kms de diâmetro da terra. Litosfera Hidrosfera Atmosfera Biosfera Litosfera Hidrosfera Atmosfera Biosfera • Definição: Conjunto de todos os seres vivos do planeta. Divisão: Epinociclo - Biociclo terrestre; Talassociclo – Biociclo de água salgada; Limnociclo – Biociclo de água doce. 1. Epinociclo Divisão: Biomas – Aquáticos (Mangues) Terrestres (Florestas, Campos) 2. Talassociclo Quanto à luminosidade: Zona Eufótica Zona Disfótica Zona Afótica Classificação dos seres: Plâncton Nécton Biosfera Nécton Bentos 3. Limnociclo Divisões: Província Lótica – Águas correntes Província Lêntica – Águas paradas Classificação dos seres: Limnoplanctônico Nectônico Bentônico Extensão da Biosfera • Zona Eólica: - 6000 - 8000m acima do nível do mar; - Água em estado sólido (geleiras) - Temperatura abaixo de 0ºC. Ex: Bactérias e fungos. • Zona Alpina: - 1000 - 6000m acima do nível do mar; - Zona Montanhosa. Ex: Alguma vegetação. • Zona de planalto e de planície: - Planalto (1000m); - Limite inferior representa a Planície;- Limite inferior representa a Planície; - Ideal para a manutenção da vida. • Zona eufótica marinha: - 0 a 80m; - Rica em algas (fotossíntese); - Limite inferior (turbidez). • Zona disfótica: - 80 a 200m (Pouco iluminada); - Seres clorofilados raros. • Zona afótica: - Maior que 200m; - Ínfima quantidade de luz; - Vai até o fundo dos oceanos. Necessidades básicas dos seres vivos • A existência da vida na Terra só é possível se o ambiente oferecer condições que satisfaçam as necessidades básicas dos seres vivos. A nutrição garante alimento (energia) para que os seres vivos possam se proteger dos predadores e dos rigores do tempo e, também, reproduzir para garantir a continuidade das espécies. Classificação quanto à nutrição • Autotróficos Estes seres usam substâncias minerais, como o gás carbônico, água e sais minerais que estão disponíveis no ambiente para construírem todas as moléculas orgânicas do seu corpo moléculas orgânicas do seu corpo (não dependem de outro ser vivo para sua sobrevivência). • Essa síntese é feita através dos processos de fotossíntese e quimiossíntese. Heterotróficos • Não sintetizam seu próprio alimento e dependem daqueles produzidos por outros seres. Classificação quanto à nutrição Forrageamento Forrageamento em seu sentido mais amplo é a procura por alimento; Refere-se as interações entre predadores e suas presas (que podem ser tanto animais quanto plantas); ETAPAS DO FORRAGEAMENTOETAPAS DO FORRAGEAMENTO Proteção • São mecanismos desenvolvidos pelos seres vivos para se defenderem de intempéries e predadores. Vegetais Perda de folhas Crescimento de espinhos Desenvolvimento de substâncias urticantes Perda de folhas Crescimento de espinhos urticantes Animais Proteção Fuga Agressão Tipos de defesa • Defesas primárias: São aquelas exibidas pela presa durante todo o tempo, independentemente da presença de um predador. • Defesas secundárias: São aquelas exibidas pela presa somente após o contato direto ou indireto com um predador. Defesas primárias • CAMUFLAGEM: É a semelhança (em termos de forma, cor e/ou textura) de um animal palatável com alguma parte do seu ambiente de modo que os predadores têm dificuldade em detectá-lo como presa. • APOSEMATISMO: É a correlação entre um sinal conspícuo e a impalatabilidade da presa; - Para o aposematismo ser vantajoso o predador precisa provar algumas presas e aprender a evitar no futuro provar algumas presas e aprender a evitar no futuro indivíduos com aparência semelhante; - Outra possibilidade é que o predador tenha uma aversão inata ao sinal conspícuo. Defesas primárias Mimetismo Batesiano – Ocorre quando uma espécie se assemelha a outra para escapar da predação. A semelhança entre uma espécie palatável e/ou inofensiva (CÓPIA) com uma espécie impalatável e/ou ofensiva (MODELO) de modo que uma terceira espécie (PREDADOR) é enganada pela similaridade e evita atacar a cópia.a cópia. Vespa venenosa Mariposa não venenosa Defesas primárias Mimetismo Mulleriano – Ocorre quando uma espécie se assemelha a outra para escapar da predação. A semelhança mútua entre duas ou mais espécies impalatáveis (ambas MODELOS), tendo como resultado a intensificação da resposta de recusa por parte dos predadores. Vespa venenosa Abelha venenosa Defesas secundárias • TANATOSE: Alguns animais respondem ao ataque de um predador fingindo-se de mortos, um comportamento conhecido como tanatose (do deus grego da morte deus grego da morte Thanatos). • FUGA: Corresponde à evasão da presa do local de encontro com um potencial predador. Defesas secundárias • COMPORTAMENTO DEIMÁTICO: É a tentativa de assustar ou intimidar um potencial predador. • RETALIAÇÃO: Diante do ataque de um predador, alguns animais exibem um predador, alguns animais exibem comportamentos agressivos que visam injuriar o predador e deter o ataque; - Pode envolver estruturas morfológicas, tais como espinhos, chifres e dentes, ou substâncias químicas liberadas mediante um ataque do predador. Reprodução • Processo de gerar descendentes e, consequentemente, dar continuidade à espécie. • Uma das características que melhor distingue os seres vivos da matéria bruta é sua capacidade de reproduzir. • Assexuada – não há mistura de genes; os indivíduos são geneticamente idênticos aos de origem. • Sexuada – ocorre mistura de genes, gerando indivíduos com novas combinações genéticas. Condições e recursos Duas propriedades do ambiente que determina onde os organismos podem viver. • Condições: características físicas, químicas e bióticas do ambiente. Ex: temperatura e umidade. • Aspectos importantes das condições: ciclos diários e anuais, e frequência de • Aspectos importantes das condições: ciclos diários e anuais,e frequência de eventos extremos, tais como as noites mais frias e os dias mais quentes. • A presença de um organismo sempre altera as condições em seu ambiente imediato, as vezes numa escala muito grande (uma árvore mantém uma zona de umidade mais alta sob a sua copa), às vezes numa escala microscópica (uma célula de uma alga em um pequeno lago modifica o pH na película da água que a envolve). • As condições não são consumidas nem esgotadas pelas atividades dos organismos. • Recursos ambientais: são componentes bióticos ou abióticos do ambiente; tudo que um organismo usa ou consome na sua manutenção, crescimento e reprodução, tornando-os menos disponíveis para outros organismos. • Ex: quando uma folha fotossintetizante intercepta a Condições e recursos • Ex: quando uma folha fotossintetizante intercepta a radiação, ela priva deste recurso outras folhas ou plantas situadas abaixo dela. • Os recursos são críticos para a sobrevivência além de uma fonte potencial de conflito e competição entre os organismos (espaço, abrigo, nutrientes, água, luz, parceiros sexuais). Composição do Ecossistema A Vida surgiu na Terra há cerca de 3800 milhões de anos, primeiro nos oceanos e só muito mais tarde nos continentes. Características que evidenciam o quão os organismos estão adaptados ao meio ambiente são particularmente estão adaptados ao meio ambiente são particularmente atrativas. Evolução e adaptação dos seres vivos Essas características são genericamente conhecidas como adaptações e são estudadas desde a Antiga Grécia. As adaptações eram tidas como evidência da ação divina na forma dos organismos. Até o século XIX a Teologia Natural era uma ciência bastante popular. John Ray e William Paley foram os principais divulgadores dessas ideias.John Ray e William Paley foram os principais divulgadores dessas ideias. Em 1809 Lamarck ofereceu a primeira explicação não sobrenatural para o surgimento das adaptações. Entretanto, sua teoria mostrou-se incorreta posteriormente. Lamarck postulou que características adquiridas ao longo da vida eram herdáveis. Isso explicava a mudança dos organismos ao longo do tempo. Paradigma Darwiniano Em 1859 Darwin estabelece que as adaptações podem ser explicadas por ação da seleção natural sobre a variação encontrada naturalmente nas espécies. A publicação de sua teoria inaugura a Biologia Evolutiva. Até hoje, ela é considerada a melhor explicação para as adaptações. Seleção natural Adaptação ADAPTAÇÃO: capacidade de sobreviver • Processo adaptativo: Mudanças em certas características ao longo das gerações que possibilitam a resolução de problemas impostos pelo ambiente; • Competição pelo alimento, território e luz; Luta pela reprodução; Mecanismos de defesa (Mimetismo, reprodução; Mecanismos de defesa (Mimetismo, camuflagem...); Estruturas anatômicas (membros, bicos...); Os seres vivos mais adaptados a seu ambiente e ao seu modo de vida, devem reproduzir mais, deixando um maior número de descendentes, e suas características irão predominar na espécie. Adaptação Biológica Capacidade que todo o se vivo tem de se ajustar ao ambiente. O conceito de adaptação pode ser aplicado no nível de indivíduo ou da espécie Adaptação do Indivíduo: • respostas fisiológicas do indivíduo às variações ambientais, cuja função • respostas fisiológicas do indivíduo às variações ambientais, cuja função biológica é manter a estabilidade de todo o organismo (Homeostase). Adaptação da Espécie (ou Adaptação Evolutiva): • Ocorre quando a população sofre transformações ao longo das sucessivas gerações devido à seleção natural dos indivíduos mais bem “equipados” para explorar os recursos ambientais e para obter parceiros reprodutivos. Fixismo: Admite que as espécies, desde o seu aparecimento, são imutáveis, ou seja, não sofrem modificações. Criacionismo: defendia que todos os seres vivos tinham sido obra divina e que por isso eram perfeitos e não precisavam de sofrer alterações. Não é científico. Teorias dos seres vivos Pensamento evolucionista • Ideias de Lamarck – Em 1809, Lamarck publicou o livro (Filosofia Zoológica), no qual propôs uma explicação para a evolução biológica (Lamarckismo). • Lamarck acreditava que formas primitivas de vida estão sempre surgindo por geração espontânea.sempre surgindo por geração espontânea. • Segundo ele, o ambiente pode forçar a mudança de hábitos, levando ao crescimento de certas estruturas ou atrofia (lei do uso e desuso). Ideias de Lamarck Lei da herança dos caracteres adquiridos: Lamarck afirmava que o meio ambiente estava permanentemente sofrendo modificações e evoluções. • Logo, o corpo dos seres vivos possuía a capacidade de transformação com o objetivo de se adaptarem às mudanças do meio ambiente.mudanças do meio ambiente. • As transformações adquiridas por uma espécie seriam transmitidas para seus descendentes. • Com o passar de gerações as espécies vão acumulando transformações, dando origem a novos grupos de seres vivos. Lei do uso e desuso Nas aves nadadoras, as membranas existentes entre os dedos dos pés das aves nadadoras surgiram pela decorrente necessidade de nadar. Ideias de Charles Darwin • O conceito da teoria evolucionista de Darwin é apresentado em seu livro “A origem das espécies” (seleção natural). • DARWINISMO – Pode ser resumido em três conclusões: • Primeira: A cada geração morre um grande número de indivíduos, muitos deles sem deixar descendentes.indivíduos, muitos deles sem deixar descendentes. • Segunda: Os indivíduos que sobrevivem e reproduzem, são os que apresentam determinadas características, relacionadas a adaptação ao ambiente. • Terceira: Os que sobrevivem a cada geração tendem a transmitir aos descendentes as características relacionadas a sua maior adaptação. Os indivíduos mais APTOS CONSEGUEM ALIMENTO, ABRIGO, TERRITÓRIO, DEFESA E REPRODUZEM passando para os descendentes suas características. Darwin – Teoria da seleção natural a) Ancestralidade comum: todo ser vivo, em algum ponto do passado, compartilha o mesmo ancestral. Darwin defende B) Seleção natural: • “ sobrevivência do mais APTO” • “reprodução do mais APTO” Darwin defende Mutacionismo 1900 - Hugo de Vries, na Holanda. Baseado no artigo: A Teoria das Mutações (de Mendel, 1865), sugeriu que:sugeriu que: As mutações seriam o ÚNICO mecanismo de evolução das espécies. 1903 - Thomas Morgan, disse: Seleção e adaptação são supérfluas, são conceitos não científicos. NeoDarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução - Vários Cientistas - Baseada na Teoria de Darwin - Incorporou noções atuais de Genética Baseia-se nos seguintes pontos:Baseia-se nos seguintes pontos: - Mutações, como fator de variação - Acaso, como justificativa para as Mutações - Luta pela vida (contra o meio e não contra outro indivíduo) - Isolamento ( geográfico ou sexual) - Migração - Seleção Natural (sobrevivência dos mais aptos) Evolução biológica As evidências da evolução biológica são: a) FÓSSEIS; b) ADAPTAÇÃO DOS SERES VIVOS A SEUS AMBIENTES;AMBIENTES; c) SEMELHANÇAS ENTRE AS ESPÉCIES. Mas como? Quais são os mecanismos? • Seleção Natural • Mutação Fósseis Restos ou vestígios de seres vivos extintos (que viveram em épocas remotas). Archaeopteryx litographica é considerado uma das provas de que as aves evoluíram dos répteis. Seu organismo fóssil permite observar características de ave e réptil. Documentário fóssil • Fósseis – Constituem o mais forte indício que o planeta já foi habitado por seres diferentes dos existentes atualmente. • Fossilização – Formação de um fóssil, sendo necessárias condições favoráveis à preservação do cadáver. • Conservação em gelo, lavas de vulcão, âmbar, etc. Evidências anatômicas e fisiológicas da evolução. • Homologia - Certas espécies de seres vivos têm estruturas anatomicamente semelhantes, apesar de suasdiferentes funções. ANALOGIA – Semelhança morfológica entre estruturas de seres vivos, com mesma função e diferente origem embriológica. Evidências anatômicas e fisiológicas da evolução. Evidências anatômicas e fisiológicas da evolução. • Adaptação convergente ou evolução convergente – Modos de vida semelhantes levam organismos pouco aparentados a desenvolverem formas corporais semelhantes. - Não há parentesco- Não há parentesco - Submetidos a critérios comuns de seleção natural pelo ambiente MUTAÇÃO: as mudanças genéticas • Mutações são acidentes que ocorrem de vez em quando nos genes, independente da necessidade ou da vontade dos seres vivos; • São alterações no patrimônio genético e transmitidas as futuras gerações. • Uma mutação pode facilitar a sobrevivência de um novo ser vivo, tornando-o mais adaptado ao ambiente, por seleção natural. • Consequência: promove alterações na espécie, cria novas espécies e pode levar a extinção da espécie. Teoria moderna da evolução • Alguns indivíduos da mesma espécies possuem características que aumentam suas chances de sobrevivência e reprodução. • Assim o número de descendentes com essas características cresce ao longo do tempo, enquanto com outros indivíduos ocorre o contrário, e o número de seus descendentes diminui. • Esse processo é chamado SELEÇÃO NATURAL. • Importante: a reprodução sexuada, por combinar genes maternos e paternos, também é uma fonte de variabilidade genética, isto é, de combinações novas de genes. • Os cientistas concordam que as mutações e a seleção natural são dois fatores fundamentais na história da evolução; as catástrofes naturais.
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