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Geriatria Senescência x Senilidade A senescência se caracteriza como um processo fisiológico normal do ser humano, onde ocorre uma perda gradual das reservas do organismo, aumentando o risco de contrair doenças e declínio na capacidade física e mental. São, portanto, as alterações pelas quais o corpo passa e que são decorrentes de processos fisiológicos, que não caracterizam doenças e são comuns a todos os elementos da mesma espécie, com variações biológicas. Podemos destacar a queda ou embranquecimento dos cabelos, perda de flexibilidade da pele, aparecimento de rugas. São fatores que podem incomodar, mas nenhum provoca encurtamento da vida ou alteração funcional. Já a senilidade, abrange os processos patológicos típicos da velhice, como por exemplo, demência, depressão, perda hormonal no homem que impede a fertilidade, diabetes, osteoartrose. Dessa forma, se um idoso tem como características cabelos brancos, rugas, mas vitalidade, autonomia e independência, a senescência está prevalecendo. Ao contrário, se um indivíduo de 60 anos tem um evento como um AVC (acidente vascular cerebral) com sequelas e já não se move sozinho, apesar da idade pouco avançada, há um predomínio da senilidade. Uma pessoa que se alimenta adequadamente, faz atividade física, desenvolve papeis sociais e afetivos ao longo de toda a vida e está atenta à prevenção de doenças, com vacinação em dia, controle de hipertensão, diabetes e outros problemas crônicos, a chance de evitar a senilidade e promover uma senescência saudável é bastante alta. Referências https://www.sbgg- sp.com.br/senescencia-e-senilidade- qual-a-diferenca/ https://www.marinha.mil.br/saudenaval/ content/senesc%C3%AAncia-x- senilidade#:~:text=Diferentemente%20da %20SENESC%C3%8ANCIA%2C%20o%20te rmo,de%20Alzheimer)%2C%20depress%C 3%A3o%20etc. Processo de envelhecimento do sistema respiratório Com o passar dos anos, podemos observar processos fisiológicos do envelhecimento do sistema respiratório que envolvem alterações no: pulmão, caixa torácica e músculos respiratórios. → Bronquíolos Na imagem, podemos observar um bronquíolo jovem e um bronquíolo senil, evidenciando uma diminuição do lúmen do bronquíolo devido a um aumento da espessura da parede, resultando na diminuição do diâmetro bronquiolar. Solução problema 1 https://www.sbgg-sp.com.br/senescencia-e-senilidade-qual-a-diferenca/ https://www.sbgg-sp.com.br/senescencia-e-senilidade-qual-a-diferenca/ https://www.sbgg-sp.com.br/senescencia-e-senilidade-qual-a-diferenca/ https://www.marinha.mil.br/saudenaval/content/senesc%C3%AAncia-x-senilidade#:~:text=Diferentemente%20da%20SENESC%C3%8ANCIA%2C%20o%20termo,de%20Alzheimer)%2C%20depress%C3%A3o%20etc https://www.marinha.mil.br/saudenaval/content/senesc%C3%AAncia-x-senilidade#:~:text=Diferentemente%20da%20SENESC%C3%8ANCIA%2C%20o%20termo,de%20Alzheimer)%2C%20depress%C3%A3o%20etc https://www.marinha.mil.br/saudenaval/content/senesc%C3%AAncia-x-senilidade#:~:text=Diferentemente%20da%20SENESC%C3%8ANCIA%2C%20o%20termo,de%20Alzheimer)%2C%20depress%C3%A3o%20etc https://www.marinha.mil.br/saudenaval/content/senesc%C3%AAncia-x-senilidade#:~:text=Diferentemente%20da%20SENESC%C3%8ANCIA%2C%20o%20termo,de%20Alzheimer)%2C%20depress%C3%A3o%20etc https://www.marinha.mil.br/saudenaval/content/senesc%C3%AAncia-x-senilidade#:~:text=Diferentemente%20da%20SENESC%C3%8ANCIA%2C%20o%20termo,de%20Alzheimer)%2C%20depress%C3%A3o%20etc https://www.marinha.mil.br/saudenaval/content/senesc%C3%AAncia-x-senilidade#:~:text=Diferentemente%20da%20SENESC%C3%8ANCIA%2C%20o%20termo,de%20Alzheimer)%2C%20depress%C3%A3o%20etc Mariana Destacar Mariana Destacar A diminuição do diâmetro ocorre devido a diminuição da elastina e aumento do colágeno tipo III, com isso nós temos aumento da resistência pulmonar, ou seja, é uma dificuldade do fluxo do ar através das vias aéreas. Esse fator é comumente relacionado com a faixa etária dos 50-80 anos, com uma redução de 10% do diâmetro do bronquíolo. → alvéolos Nos alvéolos nós temos aumento dos espaços alveolares, devido a junção de um alvéolo com o outro; Diminuição dos poros de Kohn, estrutura responsável pela comunicação entre os alvéolos; Diminuição dos capilates alveolares; Diminuição do número dos alvéolos. Tudo isso, impacta em um acúmulo de ar no interior dos alvéolos e prejuízo para as trocas gasosas. → Surfactante O surfactante produzido pelos pneumócitos do tipo II, é responsável pela redução da tensão superficial dentro do alvéolo pulmonar, prevenindo o colapso durante a expiração. Porém, com o aumento do espaço alveolar, nós necessitaríamos de uma maior quantidade de surfactante, porém, a quantidade de surfactante continua a mesma para um aumento alveolar significativo. Por isso, nós temos uma redução da tensão superficial do alvéolo. → Epitélio Respiratório O epitélio respiratório é composto por células ciliadas que auxiliam a expulsão de patógenos e produção de muco como mecanismo de imunidade inata aos pulmões. Dessa forma, o envelhecimento traz uma redução do número de células ciliadas, impactando na redução da limpeza das vias aéreas inferiores, o que facilita as infecções pulmonares nesta fase da vida. Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Além disso, como as células ciliadas são responsáveis pela produção de muco, rico em imunoglobulina do tipo A, a redução dessas células impacta na diminuição de IgA, e diminuição do reflexo de tosse pela Carina, ou seja, diminuição de defesa. Consequências →Diminuição da difusão de oxigênio; →Redução do fluxo expiratório; →Aumento da complacência pulmonar, a complacência é o grau de extensão dos pulmões, na tentativa de expelir o “ar velho” que está retido dentro do pulmão devido a redução do fluxo expiratório; →Porque temos aumento da complacência? Isso é um reflexo direto do aumento do espaço alveolar, que dificulta as trocas respiratórias, retém o ar, reduz o fluxo expiratório e faz com que a pessoa expanda mais a caixa torácica do que o normal; →Diminuição da elasticidade pulmonar, devido ao deposito de colágeno do tipo III e diminuição da elastina, dessa forma, o pulmão se torna mais enrijecido; →Fechamento precoce das vias aéreas do idoso, devido ao deposito e espessamento da parede dos bronquíolos. Resumindo Mudanças do pulmão com o envelhecimento. •Diminuição das fibras elásticas (elastina) •Aumento das fibras de colágeno •Diminuição do diâmetro bronquiolar •Aumento do espaço aéreo distal (alargamento de ductos e sacos alveolares) •Diminuição dos poros de Khon •Diminuição dos capilares alveolares •Diminuição do clearance mucociliar Para uma expansibilidade correta nós temos entre o esterno e as costelas, cartilagens costais que possibilitam uma maior maleabilidade para expandir a caixa torácica durante os movimentos respiratórios. Porém, ao contrário do pulmão nós temos uma diminuição da complacência torácica, esse fato se dá devido aos processos de: Enrijecimento das costelas e cartilagens muitas vezes ocasionado pelo processo de osteoporose e osteoartrose senil; Desaparecimento das articulações sinoviais entre o esterno e as cartilagens costais, ocasionando a união entre elementos ósseos e cartilaginosos; Ao desaparecimento das articulações sinoviais entre as cartilagens costais e esterno; Aumento da rigidez das cartilagens costais. Desaparecimento da sínfise manubrioesternal; Mariana Destacar Mariana DestacarMariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Porque isso acontece? →Diminuição do número de condrócitos (responsáveis pela manutenção da matriz e pelo controle metabólico da cartilagem na qual se encontram); →Espessamento das fibras colágenas; →Aumento do depósito de cálcio. Esse enrijecimento obriga o diafragma a trabalhar mais, porém, a longo prazo, esse músculo fadiga, ocasionando a redução de 25% da sua força muscular. Substituição de músculo por gordura, afetando diretamente a musculatura esquelética respiratória. Diminuição da produção de fibras musculares, principalmente fibras IIA – não-fadigáveis, por gordura, impactando diretamente na redução da força muscular respiratória e fadiga muscular em atividades de maior demanda. Diminuição da pressão inspiratória máxima e diminuição da pressão expiratória máxima (redução da força dos músculos abdominais e intercostais). Dessa forma, a rigidez da caixa torácica impacta na: →Maior utilização do diafragma e músculos abdominais e menor utilização dos músculos torácicos. Dessa forma, volta dos 50 anos, nós temos uma hipotrofia dos músculos intercostais laterais internos. Isso diminui a capacidade de defesa contra os processos infecciosos através do reflexo da tosse e espirro. Somado a redução das células ciliadas e do muco, nós temos maior predisposição a pneumonias. Resumindo Mudanças na caixa torácica com o envelhecimento: •Enrijecimento das costelas •Enrijecimento das articulações esternocostais •União do manúbrio com o corpo de esterno •Diminuição da força muscular do diafragma •Diminuição da massa muscular de todos os músculos respiratórios •Diminuição da complacência da caixa torácica Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar A minha capacidade vital pulmonar, representa tudo aquilo que eu posso recrutar de ar de maneira consciente, dependendo da minha vontade, ou seja, é o volume corrente + volume de reserva inspiratória + volume de reserva expiratória. Com o envelhecimento nós temos a diminuição progressiva da capacidade vital e da capacidade inspiratória, devido ao aumento da rigidez da caixa torácica, perda da retração elástica do pulmão e diminuição da força dos músculos respiratórios. A capacidade residual funcional (CRF) também aumenta com a idade, dado que este aumento é contraposto pelo endurecimento da parede torácica. Devido ao fechamento dos bronquíolos terminais, nós temos a redução da PaO2 em pessoas idosas, ou seja, nós temos uma menor eficácia nas trocas gasosas entre os alvéolos e capilares pulmonares. Isso se dá, porque os bronquíolos estão fechados, eu capito menos ar, ele se move de maneira mais dificultada. Lembrando que a PaO2 do paciente é 100 – 1/3 da idade, porém, a posição do paciente impacta na variação da PaO2. Além do declínio do volume expiratório forçado. Todas essas mudanças nas trocas gasosas estão intimamente associadas à diminuição do débito cardíaco. A relação ventilação/perfusão (V/Q) prejudicada resultante do fechamento das pequenas vias aéreas, a limitação do fluxo aéreo decorrente das mudanças nos ductos alveolares e bronquiolares, o aumento do colágeno nas paredes alveolares e a diminuição da área de superfície alveolar podem contribuir para uma diferença alvéolo-arterial de oxigênio (DA-aO2) mais alta. Ou seja, a pressão de oxigênio no alvéolo é maior que a pressão arterial de oxigênio. Esse gradiente apresentará valores elevados sempre que houver importantes distúrbios na relação ventilação /perfusão. Em razão da perda de superfície alveolar, estima-se que há um declínio na capacidade de difusão do pulmão para monóxido de carbono (DLCO), ou seja, é a habilidade do pulmão em transferir o CO do ar inspirado até os glóbulos vermelhos presentes nos capilares pulmonares. Processo de envelhecimento do sistema imune A imunossenescencia é a deterioração natural do sistema imune devido ao processo de envelhecimento. A imunossenescencia está ligada ao progressivo declínio da função imune e ao aumento da suscetibilidade as infecções, as doenças autoimunes e ao câncer, principalmente em indivíduos com mais de 60 anos. Dessa forma, podemos afirmar que no envelhecimento fisiológico nós temos uma readequação do sistema imune, tanto no que tange a resposta imune inata como a adaptativa. Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar O sistema imunológico depende da capacidade de proliferação e formação de células precursoras tanto da linhagem mieloide (macrófagos, neutrófilos, basófilos, eosinófilos) como da linhagem linfoide (linfócitos B e T e células NK), porém, esta capacidade de renovação celular diminui com a idade. Contudo, numericamente os componentes da resposta imune inata estão preservados em idosos saudáveis, porém, a atividade funcional dessas células encontra-se comprometida. Neutrófilos: Importantes na defesa contra fungos e bactérias através da quimiotaxia e fagocitose, além de liberação de citocinas ativadoras da resposta imune adquirida. Estudos apontam que essas células são afetadas no envelhecimento, reduzindo seu potencial microbicida e sua interação com a resposta adquirida, com capacidades fagocitárias e quimiotáticas reduzidas, dando mais tempo para a bactéria se multiplicar e assim aumentar o dano tecidual. Células dendríticas: importantes na comunicação entre resposta imune inata e adquirida, ao apresentar os antígenos aos linfócitos T, iniciando e amplificando a resposta imune, concentradas principalmente no pulmão e trato digestivo. Com o processo de envelhecimento ela perda eficácia na apresentação do antígeno, logo, temos menor estimulação dos linfócitos T. Monócitos e Macrófagos: aumentam e quantidade, porém tem diferenciação reduzida, logo, funcionalidade reduzida. Células NK: Possui importante função citotóxica e produção de citocinas contra a ação viral e oncológica, está aumentada, porém, com células de menor competência, menos eficientes. Em relação aos linfócitos T, foram observados um aumento de células de memória, ou seja, daquelas que já tiveram contato com um antígeno e diminuição de células “naive”, ou seja, que não entraram em contato com um antígeno, diminuindo o potencial de reatividade a novos antígenos. Além disso, temos o processo de involução do timo, que impacta não só na diminuição dos linfócitos T maduras, dessa forma, temos um aumento progressivo de células T disfuncionais, mas como também, na diminuição de células supressoras que mantem o equilíbrio entre as células T e as células efetoras, tal fato, impacta no aumento da probabilidade de doenças autoimunes. O que caracteriza um linfócito senescente: • Redução do telômero; • Diminuição de IL-2 (indutora da maturação dos linfócitos b e t, dessa forma, temos umprejuízo no aumento de células efetoras e redução da resposta antigênica). Os linfócitos B, embora não demostrem alteração quantitativa importante, apresentarão a qualidade da função de seus anticorpos prejudicada, o que se refletirá em respostas mais baixas às vacinas. Com o envelhecimento a medula óssea, produz e madura menos linfócitos B, aqui acontece o mesmo que os linfócitos T, temos a estimulação de linfócitos T de memória cada vez maior e de linfócitos naive cada vez menor, o que concede ao idoso uma menor capacidade de reconhecer novos antígenos, porém, temos a diminuição do potencial de Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar regulação imune, que aumenta a quantidade de autoanticorpos, aumentando a possibilidade de autorreatividade. Além disso, os anticorpos produzidos por linfócitos B são de baixa afinidade, o que impacta em uma ligação menos eficiente ao antígeno e de menor responsividade ao antígeno, explicando a menor eficácia nas vacinações de idosos. Citocinas são proteínas mediadoras da resposta imunológica, elas irão induzir desde a proliferação células, diferenciação ou até mesmo apoptose. Entre as principais, destacamos as interleucinas (IL-1, IL-2 e IL-6), a interferona- γ (IFN-γ), o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), e o fator de crescimento tumoral (TGF). Estes mediadores apresentam-se alterados com o envelhecimento As interleucinas irão ativar os linfócitos e induzir a divisão de outras células, sendo que, as mesmas só irão agir em células que tenham receptores específicos para elas. Podemos observar que as células de indivíduos velhos não apresentam receptor para IL-2, dessa forma, temos diminuição na proliferação de linfócitos T, a mobilização do cálcio e te proteínas que irão estimular a divisão celular também estão modificadas, porém, liberam IL-2 interfora- γ, TNF-alfa, IL-1, IL-6 de maneira adequada ou até mesmo aumentada, devemos chamar atenção porque muitas dessas citocinas são fatores pró-inflamatórios. Assim, podemos destacar que há: • Perda da função celular; • Diminuição na habilidade em responder a eventos ativadores; • Modificações na resposta a esses eventos. O fenótipo do envelhecimento é determinado por um conjunto de eventos aleatórios associados a alguns predeterminados como o ambiente, a genética, o equilíbrio químico hormonal e fenômenos epigenéticos. Estas ocorrências gerarão, ao longo do tempo, uma “falta de fidelidade molecular” com um acúmulo crescente de danos os quais aumentarão a possibilidade de doença e morte. Resumindo há uma diminuição da capacidade efetora das células imunes. Na imunidade inata os neutrófilos demonstram menor atividade quimiotática e fagocítica, e as células NK apresentam aumento numérico com menor capacidade citotóxica. Na imunidade adaptativa há atrofia do timo, desequilíbrio entre as células T virgens e as de memória, dificultando a indução de resposta imunológica adaptativa contra novos antígenos, além de uma alteração na produção de imunoglobulinas (anticorpos) pelos linfócitos B. No Estudo de Leiden (LLS), parece que descendentes de longevos não apresentam nem a diminuição de células nativas nem a acumulação de células de memória tardias. E quais são as consequências de uma desregulação a esse nível? Em casos que o nosso corpo necessita de uma maior atividade de defesa, podemos ter o agravamento do caso + instalação de um quadro de cronicidade inflamatória de baixo grau, visto que, no idoso temos estimulação de mediadores inflamatórios acentuada. Isso pode gerar: cargas antigênicas crônica + antígenos não eficientemente inativados + restos celulares não completamente eliminados faz com que tenhamos uma estimulação imunológica continuada, incapacidade do sistema imune em degradar estes produtos, ao mesmo tempo que, induz certa tolerância ao antígeno facilitando, a destruição de tecido sadio e gerar doenças crônico- degenerativas do envelhecimento, Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar resultante de um desequilíbrio entre os agentes inflamatórios e a rede anti- inflamatória. Dessa forma os centenários parecem estar equipados com variantes de genes que lhes permitem otimizar o equilíbrio entre os agentes pró e anti- inflamatórios. Reiterando que além de patogênicas, essa estimulação pode também ser benéfica, tudo dependerá do tempo e momento que ela é desencadeada. O sistema imunológico se relaciona e é modulado quimicamente por padrões hormonais. Aumentam os estudos que relacionam sua eficiência com padrões de comportamento de humor. Quando uma infecção desencadeia uma resposta inflamatória as células do sistema imune inato produzem citocinas pró- inflamatórias que agem no cérebro provocando um “estado de enfermidade”. Por exemplo: Um aumento do está associado a uma diminuição da produção de superóxido pelos neutrófilos e aumento do risco de infecção. Assim, com o envelhecimento, condições estressantes emocionais (perdas, insegurança) ou físicas (traumas, doenças), ativarão os caminhos que poderão levar o eixo medular à depressão crônica, diminuindo a resposta imune. Dessa forma, a imunidade está intimamente ligada e dependente de fatores genéticos e a influência do meio. E o envelhecimento torna o sistema de defesa menos eficiente principalmente em situações de limite estressor. O aumento do cortisol, envelhece os componentes do sistema imune, ou estimula uma imunossenescencia prematura. Referências PERRACINI, M. R.; FLÓ, C. M. Funcionalidade e envelhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. FREITAS, E. V. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Fisiopatologia da DPOC A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), não é uma doença única, mas sim um conjunto de manifestações clínicas que geralmente são Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar acompanhadas de enfisema e bronquite crônica. É uma doença característica em idosos pois a doença tem seus fatores de risco aumentado conforme o avanço da idade, um dos principais agentes etiológicos e de predisposição é o tabagismo. Condição do pulmão caracterizada pelo aumento irreversível (por isso que o tratamento é sintomático) dos espaços aéreos distalmente ao bronquíolo terminal, acompanhado por destruição de suas paredes sem fibrose. Dessa forma, não temos um paciente com dificuldade de difusão do ar porque não há fibrose e espessamento do lúmen, mas sim, dificuldade na condução. Região de acometimento: bronquíolo respiratório, ducto alveolar e saco alveolar, ou seja, o ácino respiratório. Tipos de enfisema: A classificação depende da região de acometimento. 1. Centroacinar – predominam e causam obstrução significativa do fluxo aéreo, é a mais recorrente em pacientes com DPOC. 2. Pan-acinar– predominam e causam obstrução significativa do fluxo aéreo, comprometimento genético. 3. Parasseptal 4. Irregular Enfisema Centroacinar Nesse tipo de enfisema, nós vemos um acometimento das partes centrais ou próximas dos ácinos, ou seja, bronquíolo respiratório e as vezes uma porção inicial do ducto alveolar, com os sacos alveolares (alvéolos distais) sendo polpados. Local mais comum das lesões: lobos superiores (segmentos apicais). Sendo o tipo de enfisema mais comum no indivíduo fumante. Enfisema Pan-acinar Pan – global, logo a dilatação acomete todo o nosso ácino: bronquíolo, ducto e alvéolo dilatados. Locais mais comuns das lesões: zonas mais baixas e nas margens anteriores do pulmão, acompanhando a pleura. Os pacientes com acometimento de enfisema pan-acinar, tem associação com deficiência da de α1-antitripsina (α1- AT). Caracterizando um problema genético. Centroacinar Pan-acinar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Enfisema Acinar distal – Parasseptal A porção proximal do ácino estará normal, ou seja, bronquíolo respiratório e ducto alveolar sem maiores comprometimentos, porém, o saco alveolar estará comprometido. Locais mais comuns das lesões: Áreas adjacentes à pleura, ao longo dos septos de tecido conjuntivo lobular e nas margens dos lóbulos. → Adjacentes a áreas de fibrose, cicatrização ou atelectasia → Mais severo na metade superior dos pulmões Geralmente, acontece com pacientes mais jovens, quanto mais próximos da pleura for o acometimento, mais ela fica enfraquecida e maiores as chances de acontecer uma ruptura, uma característica de risco para o desenvolvimento de um pneumotórax, visto que, se a pleura se rompe temos ar indo para essa região. ** Não está relacionado com DPOC. Enfisema Irregular Esse tipo de enfisema é um achado nas autópsias, pois ele é assintomático. O ácino é envolvido de maneira irregular, sem padrões. PATOGENIA Fisiopatologia – Pan-acinar Um dos principais fatores contribuintes para a manifestação da doença é o desequilíbrio entre o sistema protease/antiprotease, ou seja, é o aumento do efeito destrutivo de proteases em indivíduos que tem baixa atividade antiprotease. E o que as proteases fazem? São enzimas que fazem degradação de proteínas da matriz extracelular como o colágeno e elastina. Nos pacientes com enfisema Pan-acinar, a protease em excesso é a elastase, responsável pela degradação de elastina, proteína abundante no nosso parênquima devido à necessidade de maleabilidade e expansibilidade pulmonar sem colapso. Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Porém, toda vez que temos o estabelecimento de um processo inflamatório, precisamos ter um sistema que “freie” e controle os mecanismos pró- inflamatórios, em processos inflamatórios em que ocorre a exacerbação da elastase, o nosso sistema de freio é a alfa1-antitripsina, enzima responsável pela degradação das moléculas de elastase, porém em pacientes com comprometimento congênito de alfa1- antitripsina, essa enzima não consegue exercer a sua função. Consequentemente, vamos perdendo a molécula que mantém a rigidez do ácino para que as estruturas não colabem e mantenha o seu formato, a elastina. Dessa forma, se eu não tenho mais elastina as minhas estruturas alveolares e respiratórias se dilatam. Tudo bem, mas como isso se inicia? Temos um paciente com deficiência ou ausência da alfa1-antitripsina, e ele é exposto ou se expõe a fatores irritativos como, fumaça de cigarro, poluição, etc. Todas essas substâncias são irritativas para o nosso parênquima pulmonar, logo, elas estimulam fatores de proteção e pró- inflamação no parênquima, através da ativação de células imunogênicas, os macrófagos pulmonares. Quando um macrófago é ativado, ele libera quimiocinas, principalmente leucotrieno B4 e IL-8. Essas citocinas, são quimioatraentes para neutrófilos, ou seja, elas chamam e ativam o neutrófilo para o parênquima, e o que o neutrófilo faz frente a uma substancia irritativa ou um antígeno? Degranulação, a degranulação é o processo de liberação de proteases, principalmente a elastase. Porém, o paciente não tem antitripsina para barrar esse processo, dessa forma, temos uma grande degradação de elastase causando a dilatação global do ácino. Porque o paciente tem insuficiência respiratória? Quando o ar entra, ele realiza sua troca, deixando 02 e pegando CO2, porém, a degradação da elastina faz com que na hora da expiração, as estruturas condutoras que estão com a parede frouxa se colabem e o ar rico em CO2 fica retido no pulmão, causando uma síndrome de hiperaeração obstrutiva. Fisiopatologia – Centroacinar Ao falar de enfisema centrolobular, estamos nos referindo a pacientes que em 90% dos casos são fumantes, a nicotina por si só, ao chegar no parênquima pulmonar atrai neutrófilos para a região. Além disso, a fumaça de tabaco possui grandes quantidades de espécies reativas de oxigênio. As ERO, ativam os macrófagos pulmonares, e os mesmos liberam citocinas, como – IL-8, LTB4, TNF. Como vimos anteriormente, a IL-8 e LTB4 atraem mais neutrófilos ativados para a região, que iniciaram um processo de degranulação consequente liberação de elastase. Aqui o paciente tem a alfa1-antitripsina, porém, as ERO liberadas pela fumaça do cigarro fazem um desbalanço entre substâncias oxidantes e antioxidantes no organismo, fazendo com que as substâncias oxidantes aumentem, esse aumento inativa a alfa1-antitripsina. Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Dessa forma, nós temos dano tissular pela degradação da elastina, a porção condutora fica frouxa, pela ausência de elastina, e no momento da expiração ela sofre colapso, fazendo retenção de ar rico em CO2 nos pulmões, caracterizando síndrome de hiperaeração. Geralmente, pacientes mais jovens que já fumam, podem ter uma manifestação precoce, antes do enfisema pulmonar, é a Bronquiolite Atípica. Inflamação nos bronquíolos de pequeno calibre (respiratórios) e bronquíolo terminal). Nesses pacientes observamos alterações iniciais em resposta ao cigarro: 1. Metaplasia de células caliciformes, nos bronquíolos nós temos redução das células caliciformes, por serem uma porção mais fina elas precisam de uma menor produção de muco para não impedir a passagem do ar. Porém, na bronquite o epitélio colunar simples do bronquíolo é substituído por uma grande quantidade de células caliciformes. A intenção no nosso organismo é boa, porque ele quer aumentar o muco para proteger o epitélio contra as substâncias tóxicas do cigarro, porém, esse aumento de muco alteram a passagem do fluxo de ar. 2. Infiltração inflamatória das paredes do bronquíolo por neutrófilos,macrófagos, células B, células T CD4 e CD8+, produzindo uma inflamação aguda: edema, rubor, isso causa um espessamento da mucosa nessa região e diminui o lúmen para o fluxo aéreo. 3. Além disso, o espessamento da parede pode ser devido a hipertrofia de músculo liso e fibrose peribrônquica. O resultado dessas alterações, estreitam a luz bronquiolar e contribuem para obstrução das vias aéreas, e de estabelecimento de um quadro de enfisema e bronquite crônica. Aspectos clínicos do enfisema No início do desenvolvimento o paciente não tem sintoma, a sintomatologia só é observável a partir do comprometimento Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar de 1/3 do parênquima pulmonar, são eles: • Dispneia • Tosse ou sibilo (confundido com asma – porém a asma tem um fator de hipersensibilidade) • Expectoração (depende a bronquite associada) • Perda de peso • Tórax em barril, pulmão com aumento anteroposterior devido a hiperinsuflado devido a perda da elasticidade pulmonar, isso proporciona o deslocamento inferior e a retificação do diafragma, que é convexo quando não tem alterações • Expiração prolongada, devido à redução do volume de ar expirado no primeiro segundo de manobra de expiração forçada da capacidade pulmonar total (VEF1) e diminuição no quociente entre VEF1 e o volume total de ar expirado durante manobra de expiração forçada (VEF1/CVF). • Atenuação vascular devido a degradação do parênquima. • Senta-se inclinado para frente – aumenta o espaço de cavidade torácica e facilita a expiração do ar) • Respira por lábios franzidos (poque ele precisa fazer força para expira) O paciente com enfisema, pode ter gasometria normal, porque para compensar a falta de ar ele hiperventila, por isso, o ideal é solicitar uma gasometria após esforço. Consequências • Desenvolvimento de cor pulmonale, é uma dilatação do ventrículo direito, pois é dessa câmara do coração que sai o tronco pulmonar que se divide em artérias pulmonares para levar sangue sistêmico para ser oxigenado no pulmão, como temos resposta inflamatória no pulmão e deficiência nas trocas, isso provoca uma congestão da circulação sobrecarregando o ventrículo direito. • Desenvolvimento de insuficiência cardíaca congestiva; Morte – acidose respiratória e coma, insuficiência cardíaca direita ou colapso maciço dos pulmões secundário a um pneumotórax. Definida clinicamente como tosse persistente com produção de escarro por, no mínimo, 3 meses em pelo menos 2 anos consecutivos, na ausência de qualquer outra causa identificável. Visto que, em outras síndromes como Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar pneumonia eu também tenho secreção de muco. A principal região de acometimento é a porção condutora, brônquio principal, lobar e segmentar, podendo chegar até ao comprometimento de traqueia. → Quando persiste por anos, ela pode: (1) progredir para DPOC; (2) provocar cor pulmonale e insuficiência cardíaca; (3) causar metaplasia atípica e displasia do epitélio respiratório, proporcionando um terreno fértil para uma transformação cancerosa. Fisiopatologia O cigarro também é um dos predispositores para a irritação prolongada da porção condutora. Frente a essa irritação prolongada temos o recrutamento de células imunológicas para a região de porção condutora, entre elas o mais importante é o neutrófilo que irá liberar a elastase e catepsina, enzimas que irão degradar as proteínas de matriz e estimular a hipersecreção de muco e hipertrofia das glândulas submucosas. O muco tenta impedir o contato da fumaça do cigarro com o epitélio respiratório. Dessa forma, a inflamação prolongada leva a hipersecreção de muco e hipertrofia das glândulas em traqueia e brônquios, isso leva o espessamento da parede e redução do lúmen. A espessura das glândulas mucosas em relação a espessura da parede brônquica é conhecida como índice de Reid, que em casos de comprometimento maior que 50%, apresenta forte correlação com os sintomas da produção de muco em excesso. Porém, também podemos ter o aumento de células caliciformes nos brônquios pequenos e bronquíolos terminais. Os processos de infecção pulmonar são secundários a bronquite crônica. Visto que, a fumaça do cigarro destrói o epitélio colunar ciliado, prejudicando a movimentação de patógeno para fora. Além disso, concomitante a esse processo temos muco, que retém patógeno, mas não tem cílios para expelir, proporcionando um espaço de maior vulnerabilidade e infestação do patógeno. Aspectos clínicos • Tosse persistente com produção de escarro; • Dispneia ao esforço; • Hipercapnia (aumento de CO2), hipoxemia (Diminuição do CO2) e cianose leve; • Cor pulmonale com insuficiência cardíaca; • infecções agudas sobrepostas. Referências PERRACINI, M. R.; FLÓ, C. M. Funcionalidade e envelhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. KUMAR, V. et al. Robbins e Cotran, bases patológicas das doenças. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Calendário Vacinal do Idoso Fisiologicamente o indivíduo idoso sofre processos de imunossenescência, ou seja, o processo fisiológico do envelhecimento dos processos imunes inato e adquiridos. Dessa forma, com o organismo imunossuprimido o paciente perde a capacidade de responder a infecções e produzir memórias imunológicas. Devido a uma menor taxa de anticorpos séricos e uma baixa proliferação de linfócitos T após a imunização. No intuito de reduzir a morbimortalidade de idosos é de extrema necessidade que nós, profissionais da saúde sejamos capazes de contribuir para um envelhecimento com o menor número de acometimentos possíveis, incentivando a vacinação no intuito de prevenir as doenças infecciosas. As vacinas contempladas no calendário do idoso, são: influenza, hepatite B, sarampo, caxumba e rubéola, pneumococo, hepatite A, meningococo, difteria, tétano e coqueluche, febre amarela e herpes zoster. Influenza Agente: Vírus inativado e fracionado; Dose: Única e anual, no início do outono em indivíduos com mais de 60 anos; Indicação: Rotina; Via de administração: IM ou SC; Eficácia: A vacina é eficaz em crianças, jovens e adultos, porém em idosos devido o envelhecimento do sistema imune há uma dificuldade de estabelecer uma memória imunológica efetiva e por isso, a taxa de eficácia da vacina é diminuída para em torno de 40-60% em idosos. Disponibilidade: SUS (3V) e particular (3V e 4V);Eventos adversos: Rigidez e eritema local, febre, mialgia 6 à 12h após a vacinação com persistência no máximo de 2 dias. Há casos de reações anafiláticas por hipersensibilidade e Síndrome de Guillain- Barré; Contraindicações e precauções: Hipersensibilidade, quadro febril agudo, trombocitopenia (devido a administração IM que pode causar sangramento), histórico prévio de Guillan- Barré; Pneumococo VPP23 E VPC13 Agentes: Na VPP23, temos uma vacina de polissacarídeos da capsula do pneumococo, e na VPC13, nós temos o polissacarídeo associado a uma proteína de transporte; Dose: Iniciar com uma dose da VPC13 seguida de uma dose de VPP23 seis a 12 meses depois, e uma segunda dose de VPP23 cinco anos após a primeira. Indicação: Rotina para todos os idosos com mais de 60 anos; Via de administração: IM no deltóide; Eficácia: VPP23 – 50 a 80%/ VPC13 – 75%; Disponibilidade: No SUS só temos a VPP23, porém, só é disponibilizada para pacientes asilados e grupos de risco aumentado, já em laboratórios e clínicas privadas de vacinação há disponibilidade dos dois tipos de vacina; Eventos adversos: dor, eritema e rigidez local, reações anafiláticas são eventos raros; Contraindicação e precaução: Trombocitopenia, nesse caso podemos considerar a administração subcutânea. Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar 3V bacteriana – difteria, tétano e coqueluche Agentes: Toxóides diftéricos e tetânicos, e B. pertussis inativado; Dose: O ideal é que o paciente já tenha 3 doses prévias de dT, se sim, ele deve receber uma dose de dTpa e a cada 10 anos uma dTpa ou dT. Se o indivíduo não foi vacinado anteriormente, deve-se: Tomar uma dose de dTpa, 2 meses depois uma dose de dT, de 4-8 meses depois da primeira dose mais uma terceira dose de dT. Após esse procedimento, o paciente deve tomar uma dose de dTpa ou dT a cada 10 anos. Indicação: Indicação de rotina para idosos +60 anos; Via de administração: IM; Eficácia: Alta eficácia contra difteria e tétano, porém, a duração de proteção contra a coqueluche e até mesmo da própria doença é reduzida a 10 anos. A vacina está recomendada mesmo para aqueles que tiveram a coqueluche, já que a proteção conferida pela infecção não é permanente; Disponibilidade: No SUS temos apenas dT a dTpa é apenas para funcionários da saúde, e no particular temos dT e dTpa; Eventos adversos: Eventos adversos locais como dor, eritema e rigidez. Outros efeitos adversos são raros; Contraindicação e precaução: Adiar em casos de febre agudas, reações anafiláticas prévias ou trombocitopenia. Hepatite B Agentes: Antígeno de superfície do vírus; Dose: O indivíduo deve ter recebido 3 doses anteriormente (0 – 1 – 6 meses); Indicação: Rotina; Via de administração: IM no deltoide; Eficácia: Alta eficácia, porém, em indivíduos idosos a eficácia é reduzida; Disponibilidade: SUS e particular; Eventos adversos: Eventos adversos locais como dor, eritema e rigidez; Contraindicação e precaução: Adiar em casos de febre agudas, reações anafiláticas prévias ou trombocitopenia. Hepatite A Agentes: Vírus inativado; Dose: duas doses com intervalo de 6 meses entre elas; Indicação: Após avaliação sorológica e em situação de surto ou exposição; Via de administração: IM no deltoide; Eficácia: Alta; Disponibilidade: Não há disponibilidade no SUS, mas há disponibilidade em clínicas particulares; Eventos adversos: Eventos adversos locais como dor, eritema e rigidez. Outros efeitos adversos são raros; Contraindicação e precaução: Adiar em casos de febre agudas, reações anafiláticas prévias ou trombocitopenia. Febre AMARELA Agentes: Vírus vivo atenuado; Dose: Dose única; Indicação: Idosos não vacinados previamente ou após avaliação de risco/benefício; Via de administração: Subcutânea; Eficácia: 90-98%; Disponibilidade: SUS e clínicas particulares; Eventos adversos: Embora raro, está descrito risco aumentado de eventos adversos graves na primovacinação de indivíduos maiores de 60 anos. Portanto, deve-se avaliar risco/benefício da vacinação, considerando também o risco individual de infecção. Contraindicação e precaução: Paciente em vigência de tratamento imunossupressor, com intervalo mínimo de duas semanas para poder ser vacinado, histórico de reação anafilática após ingestão de ovo de galinha e em casos de doença febril aguda. 3V viral – Sarampo, caxumba e rubéola Agentes: Vírus vivo atenuado; Dose: Administração de apenas uma dose, é previsto que ele tenha recebido duas doses na infância; Indicação: apenas em casos de surto, viagens para locais endêmicos; Via de administração: Subcutânea; Eficácia: Alta; Disponibilidade: Não está disponível no SUS para a população idosa e particular Eventos adversos: Eventos adversos locais como dor, eritema e rigidez; Contraindicação e precaução: Uso de imunoglobulinas e seus derivados previamente à vacinação, ou 15 dias posteriores a vacinação, indivíduos imunossuprimidos, doença febril aguda ou choque anafilático após a ingestão de ovo. meningococo Agentes: Polissacarídeos de meningococos A C, W e Y; Dose: Única; Indicação: Epidemia, viagens para áreas endêmicas; Via de administração: IM profunda; Eficácia: (?) Disponibilidade: Não está disponível no SUS para a população idosa, apenas em clínicas particulares; Eventos adversos: Eventos adversos locais como dor, eritema e rigidez; Contraindicação e precaução: Adiar a vacinação na presença de doença febril aguda, trombocitopenia ou distúrbios de coagulação ou a indivíduos que tenham hipersensibilidade a essa vacina; HERPES ZOSTER Agentes: Agente vivo atenuado; Dose: Única; Indicação: Rotina para idosos +60 anos, até mesmo para paciente que já tenha sido contaminado, respeitando um intervalo de um ano entre o quadro e a vacinação; Via de administração: Subcutânea; Eficácia: Alta; Disponibilidade: Não está disponível no SUS, apenas em clínicas particulares; Eventos adversos: Dor, prurido e edema local; Contraindicação e precaução: Adiar a vacinação na presença de doença febril aguda, imunodepressão grave (medicamentosa ou doença), intervalo menor de um ano de exposição à doença. Patologias e Tabagismo O tabagismo é uma doença que tem relação com diversas enfermidades e acometimentos, dentre elas podemos citar: • Vários tipos de câncer: pulmão, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia; • Doenças no aparelho respiratório: enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, infecções respiratórias; • Doenças cardiovasculares: angina, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas, acidente vascular cerebral, tromboses. Além disso, temos o risco acentuado para o desenvolvimento de: • Catarata; • Osteoporose; • Impotência sexual no homem; • Infertilidade na mulher, menopausa precoce e complicações na gravidez. Além disso, pesquisas indicam que os fumantes adoecem duas vezes mais que não fumantes, possui menor resistência física, menos fôlego e pior desempenho nos esportes, na vida sexual, envelhecem mais rápido, possuem dentes amarelados, cabelos opacos e pele enrugada. De cada 100 pacientes que desenvolvem câncer, 30 são fumantes, quando analisados os dados de câncer de pulmão, 90% dos casos da doença ocorrem entre fumantes. Isso se dá ao fato de que o tabaco contém cerca de 60 substâncias cancerígenas, a grande maioria pertence a três grupos: 1) hidrocarbonetos aromáticos policíclicos; 2) aminas aromáticas; 3) nitrosaminas, estas últimas relacionadas com a nicotina. A nicotina não é a causadora direta do câncer, mas sim, um agente substância intermediária na carcinogênese, é ela a responsável pelaformação da nitrosamina, composto cancerígeno. Além disso, a sua metabolização no fígado produz uma substância que auxilia na síntese de outras substâncias carcinogênicas. Além disso, ela pode estar associada a proliferação das células cancerosas, devido a sua propriedade angiogênica. A propriedade angiogênica da nicotina favorece o desenvolvimento do câncer por meio da proliferação e amplificação da rede de vasos para nutrir as células cancerosas. Existe uma relação entre o volume do tumor, o número de células e a rede vascular, ou seja, propicia a multiplicação mais rápida das células neoplásicas e sua disseminação. A combustão do cigarro produz uma fumaça com mais de 4000 componentes nocivos, incluindo substâncias gasosas e substâncias particuladas. A inalação oral assim como a inalação nasal da fumaça de cigarro promove uma profunda diminuição no transporte mucociliar, a cotinina, um metabólito tóxico da nicotina é capaz de reduzir de maneira significativa o batimento ciliar de células epiteliais. A fumaça de cigarro também está associada a profundas alterações nos mecanismos de produção de muco. A exposição crônica a essa fumaça provoca alterações metaplásicas da mucosa respiratória com aumento no número e tamanho de células caliciformes e consequente aumento de secreção nas vias aéreas. Além disso, a fumaça de cigarro provoca redução da viabilidade celular e indução de apoptose em células ciliadas respiratórias, ou ainda prejuízo na regeneração epitelial frente a injúrias. Hiperplasia nas concentrações menores até perda de cílios e metaplasia com queratinização nas concentrações maiores, além de espessamento e inflamação submucosa com infiltrado neutrofílico e de células inflamatórias mononucleares. Asma A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios. Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas, estreitadas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos. Patogenia da Asma Resposta Imediata: Alérgeno → Alérgeno liga-se à IgE nos mastócitos → Mastócitos sofrem degranulação → Liberação de Mediadores Inflamatórios → Broncoconstrição. Resposta Tardia: Descarga de Grânulos Eosinofílicos → Diminuição da Função ciliar e Lesão de células Epiteliais → Estimulação de terminações nervosas → Mariana Destacar Mariana Destacar Broncoconstrição + Hipersecreção de Muco Laringite A laringite é a inflamação da laringe por conta de alergias, infecções, fumo, refluxo gastroesofágico ou uso excessivo da voz, podendo ser aguda ou crônica. No caso da influência por tabagismo, a laringite crônica persiste (>3 semanas), o que se caracteriza por rouquidão e perda da voz, além de pigarro. O tabagismo é um fator que aumenta o risco de ocorrência de doenças cardiovasculares, pois forma placas de gordura nos vasos sanguíneos; aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca; induz a resistência à insulina e diabetes e produz inflamação e trombose. Além disto, a inalação de monóxido de carbono reduz a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue. Referências https://www.inca.gov.br/perguntas- frequentes/quais-sao-doencas- causadas-pelo-uso-cigarro-e-outros- produtos-derivados- tabaco#:~:text=O%20tabagismo%20%C3 %A9%20uma%20doen%C3%A7a,pulmon ar%2C%20bronquite%20cr%C3%B4nica% 2C%20asma%2C https://www.roche.com.br/pt/farmaceuti ca/areas_terapeuticas/oncologia/imunot erapia/a-relacao-entre-o-cigarro-e-o- cancer.html http://www.oncoguia.org.br/conteudo/ar tigo-tabaco-nicotina-e-cancer/386/8/ https://www.scielo.br/scielo.php?script=s ci_arttext&pid=S1808-86942009000600022 https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/6 78/2019/07/dpoc_asma.pdf https://www.inca.gov.br/campanhas/dia -mundial-sem-tabaco/2018/tabaco-e- doencas- cardiovasculares#:~:text=O%20tabagism o%20%C3%A9%20um%20fator,e%20prod uz%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20e%2 0trombose. Impacto do abandono no biopsicossocial do paciente idoso O abandono é umas das principais causas que contribuem para o adoecimento na população idosa, ter meios de integração social é fundamental para a saúde física e mental. É na integração social e no contato com o outro que temos o desenvolvimento de habilidades, autopercepção e compreensão de valores que nos são significativos. A solidão provoca uma ideia de desamparo, vulnerabilidade, gerando emoções de tristeza e medo que podem culminar em um quadro depressivo. Porque muitas das vezes, um idoso abandono já se sente inútil socialmente, https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quais-sao-doencas-causadas-pelo-uso-cigarro-e-outros-produtos-derivados-tabaco#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,pulmonar%2C%20bronquite%20cr%C3%B4nica%2C%20asma%2C https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quais-sao-doencas-causadas-pelo-uso-cigarro-e-outros-produtos-derivados-tabaco#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,pulmonar%2C%20bronquite%20cr%C3%B4nica%2C%20asma%2C https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quais-sao-doencas-causadas-pelo-uso-cigarro-e-outros-produtos-derivados-tabaco#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,pulmonar%2C%20bronquite%20cr%C3%B4nica%2C%20asma%2C https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quais-sao-doencas-causadas-pelo-uso-cigarro-e-outros-produtos-derivados-tabaco#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,pulmonar%2C%20bronquite%20cr%C3%B4nica%2C%20asma%2C https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quais-sao-doencas-causadas-pelo-uso-cigarro-e-outros-produtos-derivados-tabaco#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,pulmonar%2C%20bronquite%20cr%C3%B4nica%2C%20asma%2C https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quais-sao-doencas-causadas-pelo-uso-cigarro-e-outros-produtos-derivados-tabaco#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,pulmonar%2C%20bronquite%20cr%C3%B4nica%2C%20asma%2C https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quais-sao-doencas-causadas-pelo-uso-cigarro-e-outros-produtos-derivados-tabaco#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,pulmonar%2C%20bronquite%20cr%C3%B4nica%2C%20asma%2C https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quais-sao-doencas-causadas-pelo-uso-cigarro-e-outros-produtos-derivados-tabaco#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,pulmonar%2C%20bronquite%20cr%C3%B4nica%2C%20asma%2C https://www.roche.com.br/pt/farmaceutica/areas_terapeuticas/oncologia/imunoterapia/a-relacao-entre-o-cigarro-e-o-cancer.html https://www.roche.com.br/pt/farmaceutica/areas_terapeuticas/oncologia/imunoterapia/a-relacao-entre-o-cigarro-e-o-cancer.html https://www.roche.com.br/pt/farmaceutica/areas_terapeuticas/oncologia/imunoterapia/a-relacao-entre-o-cigarro-e-o-cancer.html https://www.roche.com.br/pt/farmaceutica/areas_terapeuticas/oncologia/imunoterapia/a-relacao-entre-o-cigarro-e-o-cancer.html http://www.oncoguia.org.br/conteudo/artigo-tabaco-nicotina-e-cancer/386/8/ http://www.oncoguia.org.br/conteudo/artigo-tabaco-nicotina-e-cancer/386/8/ https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-86942009000600022 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-86942009000600022 https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/678/2019/07/dpoc_asma.pdf https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/678/2019/07/dpoc_asma.pdf https://www.inca.gov.br/campanhas/dia-mundial-sem-tabaco/2018/tabaco-e-doencas-cardiovasculares#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20um%20fator,e%20produz%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20e%20trombose https://www.inca.gov.br/campanhas/dia-mundial-sem-tabaco/2018/tabaco-e-doencas-cardiovasculares#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20um%20fator,e%20produz%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20e%20trombosehttps://www.inca.gov.br/campanhas/dia-mundial-sem-tabaco/2018/tabaco-e-doencas-cardiovasculares#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20um%20fator,e%20produz%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20e%20trombose https://www.inca.gov.br/campanhas/dia-mundial-sem-tabaco/2018/tabaco-e-doencas-cardiovasculares#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20um%20fator,e%20produz%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20e%20trombose https://www.inca.gov.br/campanhas/dia-mundial-sem-tabaco/2018/tabaco-e-doencas-cardiovasculares#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20um%20fator,e%20produz%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20e%20trombose https://www.inca.gov.br/campanhas/dia-mundial-sem-tabaco/2018/tabaco-e-doencas-cardiovasculares#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20um%20fator,e%20produz%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20e%20trombose https://www.inca.gov.br/campanhas/dia-mundial-sem-tabaco/2018/tabaco-e-doencas-cardiovasculares#:~:text=O%20tabagismo%20%C3%A9%20um%20fator,e%20produz%20inflama%C3%A7%C3%A3o%20e%20trombose Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar muitas das vezes já é viúvo e a perda do cônjuge pode gerar sentimentos de solidão e sentimentos de desamparo. Dessa forma, o distanciamento familiar, a perda de um cônjuge, a institucionalização de idosos em casas de repouso são fatores que dobram as chances da instalação de um quadro depressivo, comparado aqueles que vivem com suas famílias e estão inseridos na comunidade. A depressão como um dos reflexos do abandono se comporta como porta de entrada para diversas doenças. Sendo assim, além da qualidade de vida, a depressão pode também interferir em aspectos físicos à medida que leva o indivíduo a uma menor disponibilidade para colocar em prática medidas essenciais para a manutenção de uma boa qualidade de vida e para controle de outros problemas de saúde, tais como manter uma dieta saudável e praticar exercícios físicos regularmente, piora cognitiva e funcional do paciente idoso, além de dificultar o tratamento de outras doenças físicas. Estudos demonstram que a depressão contribui para um prognóstico negativo de pacientes que sofreram infarto. referências https://novabelluno.com.br/2020/11/13/i doso-abandonado-o-impacto-da- solidao-e-do-convivio-social-na- terceira-idade/ https://www.spdm.org.br/saude/noticias/ item/2313-saiba-como-a-depressao- afeta-os- idosos#:~:text=A%20depress%C3%A3o%2 0%C3%A9%20uma%20das,de%2015%25 %20da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20i dosa. https://www.unifesp.br/noticias- anteriores/item/3898-solidao-na-velhice Dificuldades com o autocuidado, alimentação, higiene pessoal e realização de atividades diárias no paciente idoso A crença de que envelhecer, ou viver a velhice possui relação direta com o adoecimento estimula os sentimentos de medo, bem como práticas que podem antecipar a vivência de perdas, já que sem necessidade, familiares e cuidadores em geral, podem interferir na autonomia do idoso, o que consequentemente desencadeará um processo de dependência da pessoa idosa. A crença de que a velhice não compreende uma fase do desenvolvimento TAMBÉM contribui, prejudicando a autonomia das pessoas idosas, já que essa ideia pode levar familiares, cuidadores e demais pessoas a tomar para si todas as decisões relativas à vida do idoso, o que pode predispor ou reforçar um quadro de dependência. Quando se iguala o desenvolvimento da pessoa idosa ao desenvolvimento infantil contribuímos com a propagação de ideias erradas sobre a velhice, já que invalidamos todo o passado vivido por quem está nesta fase. Essa crença pode acarretar práticas sociais igualmente negativas com as pessoas idosas. Quando pensamos que criança e idoso são iguais em seu comportamento estamos compreendendo que podemos interferir na vida do idoso igualmente fazemos ao educar uma criança. Em síntese, as diversas crenças falsas podem legitimar práticas sociais compostas por crendices, essas práticas contribuem na disseminação de ideias errôneas e preconceitos que repercutem no cotidiano da pessoa idosa. As principais consequências são: criação de quadros de dependência por parte da https://novabelluno.com.br/2020/11/13/idoso-abandonado-o-impacto-da-solidao-e-do-convivio-social-na-terceira-idade/ https://novabelluno.com.br/2020/11/13/idoso-abandonado-o-impacto-da-solidao-e-do-convivio-social-na-terceira-idade/ https://novabelluno.com.br/2020/11/13/idoso-abandonado-o-impacto-da-solidao-e-do-convivio-social-na-terceira-idade/ https://novabelluno.com.br/2020/11/13/idoso-abandonado-o-impacto-da-solidao-e-do-convivio-social-na-terceira-idade/ https://www.spdm.org.br/saude/noticias/item/2313-saiba-como-a-depressao-afeta-os-idosos#:~:text=A%20depress%C3%A3o%20%C3%A9%20uma%20das,de%2015%25%20da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20idosa https://www.spdm.org.br/saude/noticias/item/2313-saiba-como-a-depressao-afeta-os-idosos#:~:text=A%20depress%C3%A3o%20%C3%A9%20uma%20das,de%2015%25%20da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20idosa https://www.spdm.org.br/saude/noticias/item/2313-saiba-como-a-depressao-afeta-os-idosos#:~:text=A%20depress%C3%A3o%20%C3%A9%20uma%20das,de%2015%25%20da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20idosa https://www.spdm.org.br/saude/noticias/item/2313-saiba-como-a-depressao-afeta-os-idosos#:~:text=A%20depress%C3%A3o%20%C3%A9%20uma%20das,de%2015%25%20da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20idosa https://www.spdm.org.br/saude/noticias/item/2313-saiba-como-a-depressao-afeta-os-idosos#:~:text=A%20depress%C3%A3o%20%C3%A9%20uma%20das,de%2015%25%20da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20idosa https://www.spdm.org.br/saude/noticias/item/2313-saiba-como-a-depressao-afeta-os-idosos#:~:text=A%20depress%C3%A3o%20%C3%A9%20uma%20das,de%2015%25%20da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20idosa https://www.spdm.org.br/saude/noticias/item/2313-saiba-como-a-depressao-afeta-os-idosos#:~:text=A%20depress%C3%A3o%20%C3%A9%20uma%20das,de%2015%25%20da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20idosa https://www.unifesp.br/noticias-anteriores/item/3898-solidao-na-velhice https://www.unifesp.br/noticias-anteriores/item/3898-solidao-na-velhice pessoa idosa, que pode se tornar insegura, e desenvolver diversos sentimentos negativos, além de sua infantilização. É importante que cuidemos do nosso idoso. Que ele realize atividades e tarefas respeitando o seu ritmo. Que respeitemos suas escolhas. Que o incentivemos a se cuidar dentro de suas possibilidades. E que, por fim, tenhamos cautela no cuidado que dispensamos a eles. Caso não saibamos O QUE e COMO fazer algo, que procuremos o devido auxílio com profissionais competentes. Dessa forma, faz parte da avaliação geriatria ampla a análise da autonomia e independência do paciente idoso. Para isso, o médico se utilize de algumas escalas para avaliação como a de Katz, que avalia o nível de independência do idoso, ou a de Lawton que avalia a realização de atividades instrumentais de vida diária desse idoso, ou a escala de CDR que faz um estadiamento clínico da síndrome demencial. A independência é a capacidade de realização de atividades sem auxílio, ou com alguma pouca adaptação. Já a autonomia é a capacidade de realizar uma decisão. Podemos ter pacientes que possuam autonomia, ou seja, capacidade de tomadas de decisões, mas tem algum comprometimento ósseo ou motor que comprometa a sua independência. referências http://www.crpms.org.br/noticia/autocui dado-na-velhice-componente- essencial-para-a-saade-da-pessoa- idosa/97#.YKRA5r5KjIU Perda involuntária de peso no idoso Perda de pesa deve ser um sinal de alerta, pois pode fazer parte ser sugestiva de doenças sistêmicas avançadas, pode representar os primeiros sinais de uma malignidade ou até mesmo manifestações de doenças psiquiátricas. Independente da causa de base há correlação entre perda de peso e aumento da morbimortalidade. Após a sétima década de vida pode ocorrer uma perda ponderal fisiológica de cerca de 200g ao ano, mais do que isso não se enquadranos quadros de normalidade. Uma perda maior de 5% do peso habitual no período de seis a 12 meses já é caracterizada como uma perda significativa. As principais causas de perda de peso isolada são: câncer, distúrbios psiquiátricos, doenças do aparelho digestório, endocrinopatias, afecções reumáticas, infecções e origem indeterminada. Fatores sociais como baixas condições econômicas e situações de isolamento social também podem ser causa perda de peso. Fisiopatologia A perda de peso pode ocorrer por diminuição da ingestão de alimentos, metabolismo acelerado ou aumento de perda de energia. Dessa forma, não há uma causa única, mas sim é um evento multifatorial, como: • Alterações na ingesta; • Absorção intestinal; • Medicação; • Drogas; • Produção aumentada de TNF, IL-6, bombesina-like, fatores liberadores de corticotropina; • Anorexia fisiológica da idade – diminuição do metabolismo basal + colecistocinina + declínio fisiológico do olfato e paladar, visão e cognição → perda de peso importante, principalmente de http://www.crpms.org.br/noticia/autocuidado-na-velhice-componente-essencial-para-a-saade-da-pessoa-idosa/97#.YKRA5r5KjIU http://www.crpms.org.br/noticia/autocuidado-na-velhice-componente-essencial-para-a-saade-da-pessoa-idosa/97#.YKRA5r5KjIU http://www.crpms.org.br/noticia/autocuidado-na-velhice-componente-essencial-para-a-saade-da-pessoa-idosa/97#.YKRA5r5KjIU http://www.crpms.org.br/noticia/autocuidado-na-velhice-componente-essencial-para-a-saade-da-pessoa-idosa/97#.YKRA5r5KjIU massa magra das extremidades e estoque de gordura central. Classifica-se perda de peso em dois grandes grupos: 1) Perda de peso involuntária com aumento ou diminuição do apetite 2) Perda de peso voluntária Perda de peso involuntária com aumento do apetite Essa condição se associa ao aumento do gasto energético ou perda de calorias pelas fezes ou urina. Neste caso, a quantidade de calorias ingeridas é insuficiente para suprir o déficit energético. São causas dessa condição: Hipertireoidismo: aumento do gasto energético basal com déficit na absorção intestinal devido ao aumento da motilidade gastrointestinal associada a anorexia. Diabetes mellitus descompensado: perda de peso associada a deficiência de insulina e hiperglicemia com glicosúria, causando uma desidratação. Feocromocitoma: perda de peso pelo aumento da taxa de metabolismo basal. Perda de peso involuntária com perda do apetite Nesse caso, podemos destacar doenças psiquiátricas como a depressão, distúrbio bipolar, distúrbios de personalidade e paranoia, uso crônico de drogas, canceres, endocrinopatias, doenças crônicas, DPOC e doenças gastrintestinais. Além disso, pode-se destacar a perda de peso decorrente do HIV associada a diminuição da ingestão calórica ou infecções secundarias. Ainda, podemos citar: Endocrinopatias: uma insuficiência adrenal pode cursar como anorexia, náuseas e perda de peso. Diabetes mellitus: pode ocorrer perda de apetite por conta de gastroparesia, má absorção intestinal por neuropatia intestinal e insuficiência renal. Doenças psiquiátricas: pode ser induzida por uso crônico de neurolépticos. Doenças cardiopulmonares: a perda de peso se relaciona a insuficiência cardíaca ou a DPOC. Doenças neurológicas: pode se associar a alteração da motilidade gastrintestinal como disfagia, alteração do olfato, paladar, constipação, disfunção esfincteriana e falta de apetite. Uremia: induz a anorexia, náusea e vomito, fazendo com que haja perda de proteína pela urina, contribuindo para o balanço calórico negativo. Pacientes em situações de isolamento social: esse isolamento diz respeito ao ato de comer, dificuldade de comprar e preparar alimentos. Problemas bucais e dentários. Limitação funcional Dor não tratada Dietas terapêuticas restritivas Referências http://arquivosmedicos.fcmsantacasasp. edu.br/index.php/AMSCSP/article/viewFil e/318/333 https://www.scielo.br/scielo.php?script=s ci_arttext&pid=S1415-52732000000300002 (LER) Epidemiologia das IST’S/AIDS em pacientes senis concomitante ao processo de emagrecimento Considerando os vários ganhos que essa população vem conquistando nas últimas décadas, o prolongamento da vida sexual é um ponto merecedor de destaque. O aumento da qualidade de vida aliado aos avanços tecnológicos em saúde, como os tratamentos de reposição hormonal e medicações para impotência, têm permitido o redescobrimento de novas experiências, como o sexo, entre os idosos. Entretanto, a ocorrência de práticas sexuais inseguras contribui para que essa população se torne mais vulnerável às infecções pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a sífilis, clamídia e gonorreia. A escassez de estudos epidemiológicos e campanhas de prevenção, somados à ampliação do período sexual ativo, processos fisiológicos do envelhecimento e aspectos comportamentais têm refletido na incidência de DST e AIDS nos idosos. Dados epidemiológicos em publicações recentes sobre doenças sexualmente transmissíveis evidenciam um aumento global das DST nos idosos em diversos países. Nos Estados Unidos, estudos apontam aumento de 43% na taxa de sífilis e clamídia entre idosos, além de outras DST como herpes vírus e papiloma vírus humano. Esse aumento do número de idosos com HIV está associado a dois fatores: primeiro, devido ao surgimento da terapia antirretroviral, pessoas portadoras do HIV estão vivendo mais e consequentemente chegando à velhice; segundo, há um aumento de novos casos associado ao frequente engajamento em situações de risco. Indiscutivelmente, portanto, o principal fator de risco para DST em idosos é a prática sexual insegura. Com o aumento da idade, existe uma tendência em diminuir o uso de preservativos nas relações sexuais56, demonstrado na Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira 2008, onde 55% dos jovens entre 15 e 24 anos declararam ter usado preservativo na última relação sexual independentemente de parceiro fixo ou causal, enquanto apenas 16,64% dos indivíduos entre 50 e 64 anos confirmaram o uso do preservativo. Dentre os fatores que contribuem para a baixa adesão do uso do preservativo nesta população estão: menor preocupação com concepção; dificuldades com o manuseio do preservativo e piora no desempenho sexual; incapacidade de mulheres idosas em negociar o uso de preservativo, estabilidade do relacionamento e submissão ao companheiro. Somam-se ainda, as crescentes exposições a situações de risco, relacionadas ao aumento das taxas de divórcio, viuvez, procura de parceiros sexuais na internet e aumento do turismo sexual. Os idosos contam ainda com mudanças fisiológicas do processo de envelhecimento que contribuem diretamente para um maior risco. A diminuição da imunidade celular e http://arquivosmedicos.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/AMSCSP/article/viewFile/318/333 http://arquivosmedicos.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/AMSCSP/article/viewFile/318/333 http://arquivosmedicos.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/AMSCSP/article/viewFile/318/333 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732000000300002 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732000000300002 Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar humoral em geral, com menor ativação de células T e produção de anticorpos, pode fazer com que os tecidos sejam mais suscetíveis ao HIV e outras DST. Adicionalmente, mulheres idosas apresentam níveis baixos de estrogênio na perimenopausa, o que causa menor lubrificação e consequenteadelgaçamento da mucosa vaginal, predispondo a microabrasões da parede durante relações sexuais e facilitando a transmissão de DST e HIV. A perda de peso e depleção da massa celular corporal são características precoces de identificação da infecção pelo HIV. Apesar da existência da terapia antirretroviral (HAART) a perda de peso continua como uma complicação importante mesmo nessa população de acesso a HAART. Assim, paciente tratados com a HAART ainda possuem perda anual de >10%. Referências https://www.scielo.br/pdf/csc/v20n12/14 13-8123-csc-20-12-3853.pdf Principais causas e respaldos da anemia na população idosa A anemia é uma síndrome causada pela redução da massa circulante de hemácias. Ela é a alteração hematológica mais comum no idosos aumentando com a idade. Na anemia o número de hemácias está insuficiente, consequentemente a capacidade de transporte de oxigênio também está, e, portanto, não pode suprir as necessidades fisiológicas. Na prática são usadas medidas de estimativa da massa circulante de hemácias. Para OMS o ideal é Hb (hemoglobina) <13g/dl em homens e <12g/dl em mulheres. A alteração anêmica pode refletir doenças concomitantes a ela e ainda não diagnosticadas e compromete o desempenho físico e mental do idoso além de limitar suas habilidades de atividades rotineiras, impactando assim a sua qualidade de vida. Importância clínica Causas Podemos classificar a anemia de duas formas: pela abordagem do mecanismo responsável pela queda da concentração da Hb ou pelo aspecto morfológico (caracteriza a anemia pelo tamanho celular). As causas da anemia no idoso são muitas vezes concomitantes a outras doenças, assim, em ⅓ das vezes é relacionada a deficiência nutricional, outros ⅓ relacionados a doenças renais crônicas ou a doenças e inflamações crônicas, por fim outros ⅓ dos achados de anemia não possuem uma causa explicada. → Deficiência Nutricional Em resumo, o heme da hemoglobina é formado por ferro e protoporfirina, para manter essa síntese de heme é necessário https://www.scielo.br/pdf/csc/v20n12/1413-8123-csc-20-12-3853.pdf https://www.scielo.br/pdf/csc/v20n12/1413-8123-csc-20-12-3853.pdf que diariamente o ferro seja reciclado. Esse processo é regulado por um hormônio, a hepcidina que se liga a molécula de ferroportina exercendo o papel de regulação da exportação do ferro para o plasma. Altas concentrações de hepcidina → Ligação com a ferroportina → Internalização do Fe, “hepcidina guarda”. Baixas concentrações de hepcidina → Exposição da ferroportina → Liberação de Fe. Em casos de deficiência de Fe, temos a inibição de hepcidina, para que o pouco que tenha seja disponibilizado. Além disso, o corpo induz um aumento de absorção de Fe no sistema digestório. Na pessoa idosa, apesar de existirem várias causas dessa anemia por deficiência de ferro, acredita-se que a maior causa para essa deficiência seja perda crônica de sangue pelo trato gastrointestinal seja a mais comum. → Doenças Crônicas A doença crônica renal é a lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins. A anemia se manifesta quando a taxa de filtração glomerular diminui (<60ml/min) o que representa 50% da função renal, assim a intensidade e prevalência são mais variáveis e se tornam mais acentuadas com a piora da função. A anemia da doença crônica é atribuída a déficit de eritropoetina, que é a responsável por controlar a eritropoiese, ou seja, produção de células vermelhas do sangue e pode ter fatores que a agravam mais, como a deficiência de ferro. → INEXPLICADA Não tem critérios específicos de classificação, também chamada de anemia idiopática do idoso. Em geral ela é mais leve, normocítica e hipoproliferativa. Tem causas não definidas, mas que geralmente estão relacionadas a hipogonadismo, produção inadequada de eritropoetina, resposta inadequada da medula óssea a eritropoetina, defeitos intrínsecos na proliferação celular na medula óssea e diminuição da meia-vida da hemácia. Referências Tratado de Geriatria e Gerontologia, 4ª edição. FREITAS, Elizabete Viana de; PY, Ligia (eds.) Achados radiológicos encontrados na senescência do sistema respiratório e DPOC Asma A asma é uma condição em que as vias aéreas de uma pessoa ficam inflamadas, estreitas e inchadas devido a contração da musculatura lisa dos brônquios, além de produzirem muco extra, o que dificulta a respiração. Em resposta temos tosse, sibilo e dispneia. O estreitamento difuso das vias aéreas aprisiona o ar dentro do pulmão, isso se caracteriza como uma síndrome de hiperinsuflação/hiperaeração, o que provoca um aumento do volume pulmonar, retificação ou inversão do diafragma, diminuição das marcações vasculares periféricas e proeminência alveolar. Quando a inflamação se agrava e ocorre fibrose, as paredes brônquicas se tornam visíveis, formando linhas paralelas (trilhos de trem). Porque é importante solicitar uma radiografia de tórax? Principalmente em diagnósticos diferenciais, visto que, estreitamentos da traqueia e brônquios por lesões intrínsecas ou extrínsecas podem provocar dispneia e sibilos e serem confundidos com asma. Além disso, a pneumonia bacteriana também pode induzir hiperreatividade das vias respiratórias e apresentar-se como crise asmática aguda. Complicações da asma Obstrução brônquica e atelectasia de reabsorção devido a presença de tampões de muco; Pneumonia nas áreas de colapso pulmonar; Obstrução do fluxo expiratório, ruptura alveolar podendo resultar em pneumomediastino, onde teremos a presença de ar na parte central do tórax; Pneumotórax, esta condição ocorre quando o ar escoa para o espaço entre os pulmões e a parede torácica. Na asma o ar extra alveolar pode se dissecar para o espaço subpleural para formação de bolhas. Bronquite Crônica Quadro clínico comum em fumantes, definida como uma produção em excesso e expectoração de escarro. Os brônquios do lobo inferior são mais afetados, com espessamento das paredes por hiperplasia das glândulas mucosas. O Índice de Reid – é a medida da área ocupada pelas glândulas mucosas na parede brônquica. Se esse índice superar 0,5 já temos um processo anormal. O diagnóstico de bronquite crônica é clínico e não radiológico, visto que, 50% dos pacientes não apresentam alterações radiológicas, os pacientes com alterações radiológicas apresentam espessamento peribrônquico como na Mariana Destacar Mariana Destacar Mariana Destacar asma, tendo um aspecto radiológico de “trilho de trem”. Outros pacientes apresentam “tórax sujo”, onde podemos observar marcas pulmonares periféricas acentuadas, indicativo de espessamento da parede brônquica e tampões de muco, visíveis na tomografia computadorizada. Enfisema Definido como aumento anormal permanente dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, acompanhado por destruição das paredes alveolares, tendo como principal agente etiológico o tabagismo. Isso resulta na diminuição do fluxo aéreo e da capacidade de difusão, devido a diminuição do recuo elástico do pulmão, consequência da destruição do parênquima. Devido a perda elasticidade pulmonar, o paciente tem pulmão com hiperinsuflação. Em quadros mais avançados é possível observar distensão alveolar distal e ruptura dos septos alveolares, como consequência dos processos inflamatórios e da obstrução das vias respiratórias. Sintomas associados: dispneia e tosse produtiva. Pacientes que se encontram nesse caso ou em suspeita recomenda-se uma radiografia de tórax PA e perfil como exames iniciais. Na radiografia podemos observar: • Hiperinsuflação através do deslocamento inferior e retificação do diafragma, estrutura normalmente convexa;
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