Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMÁTICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA Natasha Patrícia de Melo PREPARAÇÃO DE UM AROMATIZANTE ARTIFICIAL: ACETATO DE ISOAMILA Florianópolis 2021 1. RESUMO O olfato e o paladar estão intimamente relacionados. As papilas gustativas da língua identificam os sabores e os nervos localizados no nariz identificam os odores. Ambas as sensações são transmitidas ao cérebro, que integra as informações para que os sabores possam ser reconhecidos, portanto, pode-se ainda comentar que, sem o olfato não se sente o real sabor dos alimentos, desta maneira perdemos prazer com a nossa alimentação. A esterificação de Fischer, em resumo, é um a reação química reversível na qual um ácido carboxílico reage com um álcool resultando na produção de éster e água. Essa reação é feita de forma lenta em temperatura ambiente, entre tudo se os reagentes forem aquecidos a presença de um ácido mineral para acelerar o processo. Normalmente, se utiliza o ácido sulfúrico ou ácido clorídrico, que libera o íon H+ que, posteriormente, age na protonação. O acetato de isoamila, que possui um forte odor de banana quando não diluído, é preparado a partir da reação entre álcool isoamílico e ácido acético, usando ácido sulfúrico como catalizador. 2. INTRODUÇÃO Os ésteres são compostos orgânicos polares amplamente utilizados na indústria, por serem encontrados em larga escala na natureza, em partes deles, contendo baixo peso molecular e por apresentarem pontos de ebulição mais baixos que os dos ácidos ou álcoois, sendo assim mais propensos à apresentação de aromas e sabores. Dentro das substâncias flavorizantes estão os ésteres, que dão os aromas e sabores que agradam ao olfato e paladar, são bastante utilizados nos produtos industrializados, como por exemplo alimentos e bebidas ou até em produtos que podem perder parte do seu aroma natural durante seu processo de fabricação. Na natureza, pode ser encontrado como feromônios liberados durante as ferroadas das abelhas. O álcool isoamílico (C5H12O) oficialmente chamado de 3-metil-1-butanol é um álcool claro incolor. O acetato de isoamila (C 7H14O2) é um líquido na temperatura ambiente, com forte odor de banana, como já comentado muito utilizado na indústria cosmética e alimentícia. Outros ésteres que também tem essa utilização na indústria e que podemos sentir o odor fortemente e claramente são alguns deles: fig.1 Fonte de Imagem Wikipédia 3. OBJETIVOS Fazer a realização de uma prática na síntese do acetato de isogamia, um aromatizante artificial. Identificar o tipo de reação - Calcular rendimento da preparação - Identificação dos materiais utilizados - Caracterização do composto 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4.1. MATERIAIS Balão de fundo redondo Pedras de porcelana Condensador de refluxo Juntas Mofas Garras Manta térmica Funil de separação Argola para funil de separação Pipetas Mangueiras Béquer 4.2. REAGENTES Álcool isoamílico Bicarbonato de sódio saturado Ácido sulfúrico concentrado Ácido acético glacial Água destilada Sulfato de sódio anidro 4.3. PROCEDIMENTO Ligamos o exaustor na capela, em diferentes capelas haviam separados os reagentes: ácido acético glacial, álcool isoamílico e ácido sulfúrico concentrado. Passando em cada capela foi adicionado ao balão, com o auxílio de uma pipeta, 12 ml de ácido acético glacial, 10 ml de álcool isoamílico e 1 ml de ácido Sulfúrico concentrado. Acrescentou-se 3 pedras de porcelana, agitou -se o balão manualmente e colocou-se em refluxo por uma hora. Fig. 2 – sistema em refluxo Foi observado que produto estava mudando de coloração, passando de incolor à amarelo queimado, além de apresentar odor de banana durante a fervura. Passando-se cerca de 50 minutos retiramos o balão do sistema ficando em resfriamento em temperatura ambiente, e rapidamente em banho-maria para esfriar por completo. Feito isto, o produto foi adicionado ao funil de separação, sendo somado a ele 40 ml de água destilada, com duas porções de 20 ml de bicarbonato de sódio saturado, neste momento balança-se o balão levemente e retira a pressão para obter a decantação, feito isso, secou-se o a solução orgânica com sulfato de sódio anidro e filtrou-se por gravidade, em seguida, destilou-se o éster, pesou-se e calculou-se o rendimento. Fig. 3 – mecanismos para destilação Na figura acima, observa-se o mecanismo realizado para a destilação do éster. 5. DISCUSSÃO E TRATAMENTO DE DADOS 5.1. CALCULO DE RENDIMENTO Com o auxílio de uma balança semi-analitica pesou-se o erlenmeyer vazio e em seguida foi pesado o mesmo com o acetato de isoamila, obteve-se as seguintes massas: M erlenmeyer vazio = 157,79g M erlenmeyer cheio = 176,93g A massa está em excesso pois a destilação foi feita com todos os produtos juntos, então faz-se a divisão por quatro. Obteve-se a massa experimental do acetato de isoamila presente no erlenmeyer usando a seguinte equação: Sabendo-se as massas molares do ácido acético glacial, álcool isoamílico e do acetato de isoamila, foi calculado a massa teórica do acetato de isoamila a partir da estequiométrica da reação Massa molar ácido acético = 65,05g/mol Massa molar acetato de isoamila = 130,19g/mol Massa molar álcool isoamílico = 88,15g/mol DADOS: Ácido acético utilizado: 12ml = 12cm³ Densidade ácido acético: 1,05 g/cm³ Álcool isoamílico utilizado: 10ml = 10cm³ Densidade álcool isoamílico: 0,81 g/cm³ M (teórica do acetato de isoamila) = 11,96 Com as massas do acetato de isoamila obteve-se o rendimento do experimento, equação 2. 6. CONCLUSÃO Ao fim do experimento entendemos que para obter este éster, é necessário nos dedicar as técnicas utilizadas, tais como a esterificação, com a junção do álcool e ácido carboxílico e adicionando um catalisador e aquecido para que a reação ocorra mais rapidamente. Com o passo a passo foi perfeitamente possível sentir o aroma de banana. É importante ressaltar que as comprovações que houve a formação de uma parte orgânica foi a formação de uma menos densa e um líquido cor amarelo-queimado, na qual se tornou cada vez mais clara com as lavagens de água e sulfato de sódio anidro. Fig. Produto no funil de separação 7. REFERÊNCIAS Solamos, T. W. G. Química Orgânica; 6a ed; Livros Técnicos e Científicos; Rio de Janeiro; 1996. 01 – Constantino, Maurício G, “Química Orgânica: Curso Básico Universitário Volume 2” (2005). LTC. Morrison, R. T.; Boyd, R. N. Química Orgânica; Fundação Calouste Gulbenkian; 9a ed; Lisboa; 1990.
Compartilhar