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SP1 - INTRODUÇÃO A GENÉTICA

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Objetivos de Aprendizagem: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Explique o que é, função, estrutura dos respectivos termos: 
A) DNA E RNA: 
 
 
O DNA e o RNA são ácidos nucleicos, polímeros de nucleotídeos. Cada 
nucleotídeo possui a seguinte formação: um radical fosfato, uma pentose 
(açúcar) e uma base nitrogenada (que pode ser do grupo das purinas e 
pirimidinas). 
 
 
 
 
 
O DNA carrega a informação química que permite a transmissão exata da 
informação genética de uma célula para suas células-filhas e de uma geração 
para a próxima. 
 
Sendo assim, responsável pela coordenação do desenvolvimento e 
funcionamento de todos os seres vivos. 
 
Já o RNA é um tipo de ácido núcléico que intervém em várias funções biológicas 
importantes como a codificação genética, e a descodificação durante a tradução 
de proteínas, regulação e expressão dos genes. 
PROPRIEDADES DO dna: 
O DNA possui certas propriedades como: 
 
• É uma molécula de armazenamento de propriedades e materiais 
genéticos. 
• Apresenta mutação, diferentemente das proteínas. 
• Apesenta capacidade de duplicação (replicação), o que mantém 
constante o genoma próprio de cada espécie. 
• O DNA possui cadeias (esqueletos) antiparalelas, ou seja, 
polarizadas, de forma que uma cadeia apresenta, de cima para 
baixo, fosfato e pentose, e a outra, de forma invertida: pentose e 
fosfato. 
• Carbono 5’: apresenta o grupo fosfato (5’ fosfato). 
• Carbono 3’: sempre apresenta o grupo OH e se liga com o fosfato 
do outro nucleotídeo (3’ OH). 
• Carbono 2’: pode haver ou não OH, dependendo se for RNA ou 
DNA. 
• Carbono 1’: liga a base nitrogenada ao seu nucleotídeo. 
 
 
 
Bases Nitrogenadas: 
Os ácidos nucleicos de todos os seres são iguais. O que os diferencia são as 
sequências das bases nitrogenadas. Elas podem estar classificadas como 
bases púricas e bases pirimídicas. 
 
 
 
 
 
São bases que possuem duas cadeias fechadas. 
 
 
 
 
São bases que possuem uma cadeia fechada. 
 
 
 
O DNA possui como base pirimídica exclusiva a timina e ela é responsável por 
estabilizar mais a molécula, o que se torna necessário. Já o RNA possui a 
uracila, o que a torna uma molécula mais instável. 
Taltomerização de bases nitrogenadas: devido a mutações, o hidrogênio da 
amina das bases pode mudar de local, mudando as propriedades de 
pareamento. 
 
Amino → Imino Ceto → Enol 
 
REGRA DE CHARGAFF 
 
Em 1949, foi mostrado que em moléculas de DNA isoladas, tem-se: quantidades 
de purinas = quantidades de pirimidinas, mostrando que as cadeias da molécula 
de DNA não são iguais, mas são complementares: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A+G = T+C 
 A+G 
 T+C 
= 1 
 
B) Cromossomos e suas classificações de acordo com a posição 
do centrômero: 
 
Os nossos genes e os fatores determinantes para a sua expressão está contida 
no DNA dos 46 cromossos humanos no núcleo celular. Os cromossomos 
humanos consiste em uma dupla hélice de DNA contínua e única, assim, casa 
cromossomo é uma molécula de DNA de fita dupla linear e longa. Ou seja, é uma 
longa sequência de DNA, que contém vários genes, uma molécula de DNA que 
está enovelada/empacotada em torno de si mesmo. 
 
 
Os cromossomos não são dupla-hélices de DNA desprotegida, dentro de cada 
célula ele é armazenado como cromatina, na qual o DNA está conjugado com 
vários proteínas cromossômicas. Já durante a divisão celular, principalmete em 
metáfase, é onde os cromossomos atinge um alto grau de condesação e se faz 
possível a sua melhor observação e diferenciação de suas partes. 
 
 
Centrômero: é a região de constrição primária do cromossomo, responsável 
pela sua divisão em dois braços, os quais podem ter tamanhos diferentes a 
depender da posição do centrômero. Nessa região, localiza-se o cinetócoro 
estrutura proteica capaz de garantir a conexão das cromátides irmãs no fuso 
mitótico. 
A posição do centrômero permite classificá-lo em: 
• Metacêntrico (centrômero na posição mediana); 
• Submetacêntrico (centrômero deslocado para um dos braços do 
cromossomo); 
• Acrocêntrico (centrômero localizado mais próximo da extremidade); 
• Telocêntrico (o centrômero localiza-se muito próximo da extremidade, 
dando a ideia de que o cromossomo possui apenas um braço). 
 
 
Os telômeros são regiões encontradas na extremidade dos 
cromossomos. Neles não há genes, sendo encontradas apenas pequenas 
repetições de nucleotídeos. A função dos telômeros é garantir a proteção 
do cromossomo. A cada divisão celular parte do telômero se perde, o 
envelhecimento celular consiste na perca total desse telômero e início da 
perda de DNA codificável, que pode levar a perda de alguma função ou morte 
celular. 
 
Para a formação do cromossomo o DNA não enrola só em torno de si mesmo, 
ele se enrola em torno de estruturas chamadas de nucleossomos, eles são 
formados pelo empacotamento de oito proteínas histonas. São elas duas 
cópias de cada uma das quatro histonas H2A, H2B, H3 e H4 constituindo o 
octâmero, ao redor do qual um segmento da hélice dupla de DNA se enrola. 
Quando juntamos o cromossomo mais os nucleossomos temos a cromatina. 
 
 
C- Gene, genótipos e fenótipos: 
É a unidade fundamental da hereditariedade, cada gene é formado por uma 
sequência específica de ácidos nucléicos os éxons e íntrons. 
Só os éxons são de fato traduzidos, os íntrons podem aumentar o tamanho do 
gene, mas sua função não é conhecida. Assim, gene é uma sequência de 
nucleotídeos do DNA que pode ser transcrita em uma versão de RNA 
mensageiro responsável pela síntese proteica. 
Pedaço de DNA que pode ser decodificado em proteína durante a tradução. 
É a constituição genética ou o conjunto de genes de um indivíduo contida no seu 
genoma. Genoma por sua vez é toda a informação hereditária de um organismo 
que está codificada em seu DNA. 
O fenótipo são as características observáveis ou caracteres de um organismo 
ou população, como: morfologia, desenvolvimento, propriedades bioquímicas 
ou fisiológicas e comportamento. Resulta da expressão dos genes do organismo, 
da influência de fatores ambientais e da possível interação entre os dois. O 
fenótipo pode ser uma variável discreta – como a presença ou ausência de uma 
doença — ou pode ser uma medida mensurável, como o índice de massa 
corporal ou a glicemia. 
 
Apenas os alelos do genótipo são herdados. Embora o fenótipo seja 
determinado, pelo menos em parte, pelo genótipo, os organismos não 
transmitem seus fenótipos para a próxima geração. Cada genótipo produz um 
único fenótipo e a maioria dos fenótipos é codificada por um único genótipo. 
 
D- Eucromatina e heterocromatina (regiões de éxon e íntron): 
 
Quando temos a junção de um cromossomo ao nucleossomos (molécula de DNA 
associado a histonas) temos a cromatina. E essa possui diferentes graus de 
condensação ao decorrer da sua estrutura, formando regiões de eucromatina e 
heterocromatina, que se diferenciam de acordo com os níveis de compactação 
dos filamentos de cromatina. 
 
A região de heterocromatina é a mais condensada, portanto, inativa, com baixa 
ou nenhuma atividade gênica, não sendo possível sua transcrição em RNA. 
Heterocromatina corresponde às partes do DNA que não estão sendo utilizadas 
pelas células naquele momento, por isso podem estar condensadas (enroladas). 
Pode ser classificada em: 
São sequências gênicas repetitivas transcritas. 
Podem ser transcritas, porém, não inativadas. Ex: cromossomo X – cromatina 
sexual. 
A região de eucromatina são fibras descondensadas com grande atividade 
gênica. É a região onde há genes ativos, pois para que o DNA possa ser “lido”, 
ele precisa estar desenrolado, por isso, fixa menos corante. 
 
São as sequências de nucleotídeos no DNA e no RNA que são conservadas na 
transcrição. Os éxons incluem geralmente o 5' - e 3' - as que contêm códons do 
começo e de parada, e todas as sequências de codificação da proteína. 
Os Íntrons são as sequências de nucleotídeos no DNA e no RNA que não sãocodificados diretamente para proteínas, e são removidos durante a fase do RNA 
de mensageiro do precursor (pre-mRNA) da maturação do mRNA pela emenda 
do RNA. 
O Splicing é um processo que remove os íntrons e junta os éxons depois da 
transcrição do RNA. O splicing só ocorre em células eucarióticas, já que o DNA 
das células procarióticas não possui íntrons. A estrutura fundamental para clivar 
essas ligações entre os nucleotídeos é o spliceossomo. 
 
2. Explique os processos de duplicação, transcrição e tradução do 
material genético. 
 
 
A duplicação do DNA é tida como um padrão semiconservativo (modelo 
proposto por Watson & Crick), em que uma das duas fitas serve de molde 
(template) para o pareamento de bases, formando um novo DNA. O processo 
de replicação ocorre durante o período de interfase no núcleo. 
(Processos enzimaticos) 
 Enzimas Desestabilizadoras de Hélice: cortam, desenrolam e abrem o 
DNA. Ex: Topoisomerase (abre, quebrando as pontes de hidrogênio) e 
Helicase (desenrola a fita ao contrário). Lembrando que a helicase só 
realiza a sua ação se houver um ponto de origem formado por uma 
sequência especifica de DNA. 
 SSB (Single Strand Binding – proteína ligante do DNA e fita simples): 
enzimas que se ligam a fita abeta do DNA para manter a fita abeta, para 
que ela não se enrole. 
 
 
 Primase: a DNA polimerase III não inicia a síntese por si só. Apenas com 
a formação do RNA primer (uma pequena molécula de RNA) pela enzima 
primase que dá capacidade à polimerase III para adicionar nucleotídeos 
à fita aberta de DNA. A enzima primase possui um nucleotídeo de 
extremidade 3’ OH livre para que a polimerase III adicione bases para 
formar o novo DNA na síntese descontínua (lagging, no sentido 
contrário da síntese, ou seja, 3’→5’) a partir dela. Desse modo, o 
crescimento da nova fita vai se dar no sentido natural, ou seja, 5’ → 3’ 
como se fosse de “marcha ré”. Já na síntese contínua (leading), é 
necessário apenas um “pontapé” inicial da RNA primer para o início da 
síntese. Se a primase não nortear o inicio da replicação a DNA polimerase 
não saberia por onde começar. 
 
 
 DNA Polimerase III: adiciona nucleotídeos trifosfatados (dois fosfatos 
para fornecimentos de energia) apenas na extremidade 3’ OH da fita 
template. Por isso, que se diz que a direção da síntese do novo DNA dar- 
e de 5’ → 3’ (em relação à fita que está sendo sintetizada), para mantê-
las antiparalelas. 
 
 
 
 
 
 
 DNA Polimerase I: é a responsável por retirar os fragmentos de RNA 
primer (que não pode ficar na molécula de DNA) e, simultaneamente, 
adicionar nucleotídeos no novo DNA além de fazer os reparos 
necessários. 
 DNA Ligase: une as extremidades 3’ OH de um nucleotídeo e 5’ fosfato 
de outro nucleotídeo. 
 Telomerase: é uma enzima de RNA Transcriptase reversa (faz DNA a 
partir de RNA) que une as extremidades das fitas para repor os espaços 
vazios (gap) no final do cromossomo após a replicação. Esse espaço é 
causado pelo fim da síntese descontínua da RNA primer. Ela prolonga a 
fita de DNA 3’ - 5’ acima da qual ela está atuando e pareia bases ao 
adiciona-las na fita 5’ – 3’, tentando repor essa parte do DNA replicado 
(uma vez que algumas bases são perdidas). 
 
 
✓ RNA polimerase I – RNA ribossômico; 
✓ RNA polimerase II – RNA mensageiro; 
✓ RNA polimerase III – RNA transportador. 
 
 
 
 
 
 
A transcrição consiste no processo de produção de RNA a partir de uma fita de 
DNA. Para haver síntese de RNA, é necessário que a RNA polimerase 
reconheça um ponto de início e um ponto de finalização, por meio de sinais 
(promotores e terminadores). 
 
Nos eucariotos, existe uma RNA polimerase para cada tipo de RNA: 
✓ RNA polimerase I – RNA ribossômico; 
OBS: Para que haja a 
transcrição e a tradução, 
não é necessário que o 
DNA seja duplicado, o que 
ocorre, por exemplo, nos 
neurônios, que são 
células que não se 
duplicam. 
✓ RNA polimerase II – RNA mensageiro; 
✓ RNA polimerase III – RNA transportador. 
 
O sentido da transcrição se dá 
inversamente em relação a fita template e ao RNA 
sintetizado: enquanto a fita template está no 
sentido 3’ → 5’, o RNA sintetizado encontra-se no 
sentido 5’ → 3’. 
 
 
O local onde a enzima RNA polimerase se liga ao DNA é chamado de promotor, 
que consiste em uma grande sequência de bases do DNA, encobrindo cerca de 
25 a 35 pares de bases. 
O reconhecimento do sinal do promotor pela enzima se dá pelos fatores basais 
de transcrição, que localizam o ponto de iniciação e inicia a síntese de RNAm. 
 
 
(Fases) 
 Iniciação: Reconhecimento do ponto de iniciação. 
 Elongação: adição de nucleotídeos na cadeia de RNA no sentido 5’-
3’. A molécula de RNA polimerase contém atividades tanto de 
desenrolar o DNA quanto de enrolá-lo novamente (a enzima, 
continuamente, desenrola a dupla hélice de DNA diante do sítio de 
polimerização e reenrola os filamentos complementares de DNA atrás 
do sítio de polimerização). 
 Terminação: existem duas maneiras de se barrar a síntese de RNA. 
Em ambos os tipos de terminação de RNA, forma-se um grampo 
anteriormente à uma grande sequência de uracilas (UUUU). Essa 
fileira de U é tida como facilitadora da liberação das cadeias de RNA 
recém-formadas do molde de DNA, quando a estrutura em grampo faz 
com que a RNA polimerase pare neste sítio. 
✓ Terminação dependente do fator ρ (“rô”): é um mecanismo ainda 
incerto. Parece que esse fator separa a ligação entre o RNA e o DNA, 
fazendo com que a síntese pare ao retirar o RNA da “bolha” de 
transcrição. 
✓ Terminação independente do fator ρ. 
 
 
1. São adicionados revestimentos (caps) de 7-metil guanosina às 
pontas 5’ dos 
transcritos 
primários. Esses 
caps são 
nucleotídeos que 
recebem um grupo 
metil. Esses grupos 
fosfato vão fazer 
uma ligação 
incomum 5’→5’ 
entre os açúcares 
(figura 
ao lado). O primeiro 
nucleotídeo que 
possui o metil é 
chamado de cap 0. 
O segundo 
nucleotídeo recebe 
esse cap ou no 
açúcar, ou até 
mesmo na própria 
base nitrogenada, 
sendo chamado de 
cap 1. O terceiro, 
cap 2, e assim por 
diante até somar 
cerca de 5 caps. 
Esse cap é 
importante pois: 
✓ Tenta estabilizar a 
molécula de RNA. 
✓ Auxilia na ligação 
do RNAm com o ribossomo 
no processo de tradução. 
 
2. Adição de caudas poliA às pontas 3’ dos transcritos, que são geradas 
por clivagem em vez do término da extensão da cadeia. Essa 
sequência 
é constante 
em todos 
os RNAs e 
é 
adicionada 
por 
enzimas 
poliA 
polimerase. 
Essa cauda 
na 
extremidade 3’ é importante pois: 
✓ Serve para estabilização do RNA 
✓ Fornecimento de energia na migração do RNA do 
núcleo para o citoplasma (uma vez que essas 
bases vão sendo perdidas). 
✓ Junção do das subunidades do ribossomo 40s e 60s. 
 
 
3. Processo de splicing ou montagem gênica, que consiste 
na retirada de sequências não codificantes do RNA 
chamadas de introns, realizando a união das regiões 
codificantes restantes chamadas de exons. Esse 
processo só é presente nos eucariotos e nos vírus 
nucleares. O RNA primário (heteronuclear) é o RNA sintetizado antes 
de sofrer o splicing por meio de einzimas ribonucleoproteínas 
(SNURF). 
Os exons (regiões codificadoras) são intercalados por introns (regiões 
não codificadoras). Os introns vão sendo eliminados do RNA primário 
em forma de laço (figura ao lado), enquanto os exons vão sendo 
reunidos. O RNA final (constituído de exons apenas) é que vai ser 
traduzido, e representa apenas 5% do tamanho do RNA primário (os 
genes possuem muito mais introns que exons). 
 
 
 
 
 
O processo de tradução dar-se em duas etapas: a tradução I (ativação do 
AA) e a tradução II (iniciação, elongação e terminação) 
 
 
TRADUÇÃO I 
ATIVAÇÃO DO AMINOÁCIDO:O aminoácido é reconhecido por uma 
proteína específica chamada de aminoacil-RNAt-sintetase (existe uma 
enzima específica dessas para cada um dos 20 aminoácidos). Essa enzima 
possui três sítios de ligação: um para o aminoácido específico, um para o 
ATP (fornecimento de energia para o AA)e um para o RNAt, Primeiramente, 
a enzima se liga ao AA e ao ATP, resultando em dois fósforos pirofosfato. 
Ela reconhece o RNAt específico para esse AA e os ligam. A ativação do AA 
consiste justamente na união do RNAt e o AA, com fornecimento de energia, 
para formar o adenilato, que tem sua nomenclatura baseada no AA ao qual 
o RNAt se liga (RNAt + Prolina = Adenilato de Prolina; RNAt + Valina = 
Adenilato de Valina). 
 
TRADUÇÃO II INICIAÇÃO 
• A tradução inicia-se com um códon de iniciação AUG que corresponde a 
um tRNA iniciador que transporta sempre a metionina (não-formilada). Em 
procariontes, antes do códon AUG, existe uma sequência de 5 a 6 bases do 
RNAr da subunidade menor (sequência de Shine Dalgarno) que se pareia 
com o RNAt, fazendo com que o ribossomo localize, justamente, o códon de 
iniciação AUG. Este tRNA iniciador liga-se à pequena subunidade 
ribossomal. Há também a ligação de fatores de iniciação. 
 
OBS5: Em eucariontes, a sequência que precede do códon de iniciação 
chama-se Kosack, onde há a presença do cap, que faz com que o ribossomo 
páre justamente nesse local para iniciar a síntese. 
 
• A pequena subnidade ribossomal liga-se à extremidade 5’ do mRNA e 
percorre-o até encontrar o primeiro AUG (após a sequência de Shine 
Dalgarno). 
• Após a leitura do códon de iniciação AUG, com a chegada do anticódon 
UAC, associados à fatores de iniciação, a grande subunidade ribossômica 
liga-se à pequena subunidade, formando um ribossomo funcional. 
 
OBS6: Complexo de iniciação: Ribossomo + RNAm + RNAt + AA Metionina. 
• O RNAt iniciador encontra-se no sítio P (peptidil) deixando o sítio A 
(aminoacil) vazio, pronto para que outra molécula de aminoacil- tRNA o 
ocupe, iniciando a síntese proteica. Apenas o RNAt inicial entra no sítio P, 
enquanto todos os demais entram no sítio A, devido o fator de iniciação IF-
2 que se liga especificamente ao RNAt da metionina. 
 
OBS7: Na iniciação de eucariontes, primeiramente a subunidade menor se 
liga ao RNAt com a metionina e, em seguida, esse conjunto se liga ao RNAm 
para então se ligar à subunidade maior. Enquanto que em procariontes, a 
subunidade menor se liga ao RNAm e, em seguida, o RNAt com o aminoácido 
metionina se liga ao códon AUG para então se ligar à subunidade maior. 
 
OBS9: O IF-3 é um fator de dissociação, que não deixa as subunidades dos 
ribossomos se unirem. Ele sai da subunidade menor no momento da 
chegada do códon AUG, permitindo a ligação da subunidade maior. 
 
ELONGAÇÃO 
 
• Após o complexo de iniciação ter sido formado, a tradução continua pelo 
alongamento da cadeia polipeptídica. 
• O sítio A, até então vazio, é ocupado por um aminoacil-RNAt 
correspondente ao segundo códon do mRNA. O fator de iniciação EFTU faz 
com que o segundo e os futuros RNAt que chegarão, se liguem no sítio A. 
• A metionina se solta do RNAt iniciador e liga-se por ligação peptídica aos 
aa recém-chegado no local A, formando um peptidil- tRNA. O RNAr, 
funcionando como ribozima, realiza essa ligação entre os AA. 
• Em seguida, ocorre a translocação, em que o ribossomo se move 3 
nucleotídeos ao longo do mRNA, posicionando o próximo códon num sítio A 
vazio. Assim, o peptidil-RNAt é translocado do sítio A para o P e o RNAt 
iniciador do sítio P para o E (exit - saída). 
• A ligação de um novo aminoacil-RNAt ao sítio A, induz a libertação do RNAt 
iniciador do sítio E, deixando o ribossomo pronto para a inserção do próximo 
AA na cadeia polipeptídica em formação. 
• O alongamento da cadeia polipeptídica prossegue até que um códon de 
STOP (parada) seja translocado no sítio A do ribossomo. 
 
TERMINAÇÃO 
 
• Após vários ciclos de alongamento surge um códon STOP (UAA, UAG, 
UGA) no local A. Estes códons não são reconhecidos por nenhum RNAt. 
• Liga-se um fator de terminação ao códon STOP, o fator de liberação RF 
(release factor). 
• Esta ligação altera a atividade da peptidil transferase, que catalisa a adição 
de H2O (em vez de um AA) ao peptidilRNAt. 
• Dá-se a hidrólise da ligação entre o peptídeo e o RNAt, com consequente 
libertação do peptídeo e do RNAt do ribossomo. 
• O ribossomo liberta o RNAm e dissocia-se nas suas 2 subunidades. 
 
OBS10: Devido ao fato de o RNAm ser instável e de vida curta, existem os 
polirribossomos, que formam aglomerados de ribossomos em fila para 
aproveitar a mesma mensagem e produzir a mesma proteína várias vezes 
como forma de economia de energia para a célula. 
 
 
 
3. Explique como ocorre a herança genética: 
 
Herança é aquilo que se transmite de pais para filhos, no caso da herança 
genética, será a transmissão de informações contidas em sequência de DNA, os 
genes. Em posse desses genes, os descendentes são capazes de realizar 
síntese proteica para determinação de suas formas e metabolismo. 
A herança genética pode ser transmitida pelo processo de reprodução, sexuada 
ou não. 
 
Tipos de heranças genica: 
 
As mutações gênicas podem ocorrer em cromossomos autossômicos, os quais 
determinados padrões de herança afetam igualmente homens e mulheres, que 
são as heranças autossômicas ou ocorrer em cromossomos sexuais, 
determinando um padrão de herança que afeta diretamente homens e mulheres, 
que são as heranças ligadas ao sexo ou restritas ao sexo. 
 
 
As heranças autossômicas podem ser recessivas, dominante ou codominante. 
 
• Recessiva: a herança autossômica recessiva só se manifesta em homozigose, 
ou seja, em dose dupla, com a presença de um par de genes alelos recessivos 
em cromossomos homólogos autossomos. Tem como exemplo, o albinismo. 
 
 • Dominante: a herança autossômica dominante é determinada pela presença 
de pelo menos um alelo dominante no genótipo do indivíduo, como a 
acondroplasia em humanos. 
 
• Codominante: a herança autossômica codominante é a condição em que o 
heterozigoto apresenta características determinadas por ambos os alelos, ou 
seja, dominante e recessivo, por exemplo, o grupo sanguíneo ABO. Os 
heredogramas são os recursos gráficos utilizados para favorecer o estudo 
genético e determinação de fenótipos e genótipos presentes em cada indivíduo. 
Para a determinação do genótipo se utilizam letras maiúsculas e minúsculas, 
normalmente utilizando-se a primeira letra do caráter recessivo. 
 
Tipos de heranças genéticas em humanos: 
 
• Albinismo: é uma característica de humanos e animais, como consequência da 
não produção de melanina na pele, olhos e cabelos, devido a mutação no gene 
que carrega a informação para a produção da enzima produtora do pigmento. 
Na herança, pais normais heterozigotos podem ter 25% de seus filhos afetados, 
todos os filhos de pais afetados serão afetados e, basta que um dos pais seja 
normal homozigoto para que todos os filhos sejam normais. 
 
• Acondroplasia: é um tipo de nanismo determinado por um gene autossômico 
dominante que afeta o crescimento dos ossos longos das pernas, braços e 
dedos. Diferente do albinismo, os pais afetados podem ter filhos normais, e pais 
normais não devem ter filhos afetados, a não ser por mutação genica especifica 
na gametogênese. 
 
 
Os cromossomos sexuais X e Y apresentam diferenças com as regiões 
homólogas e regiões não homologas onde não são encontrados genes alelos. 
Assim, os genes da região não homologam de X não possuem alelo 
correspondente em Y e vice versa, no entanto, dois cromossomos X apresentam 
todos seus alelos aos pares. 
 
A herança ligada ao sexo é determinada pelo gene presente em X que não 
apresenta homologia em Y, e por isso não se manifestam na mesma proporção 
nos dois sexos. 
 
Assim, toda filha de pai afetado sempre recebe o gene dele afetado e toda filha 
afetada tem o pai também afetado. Todos os filhos homens de mãe homozigota 
afetada serão afetados e tanto o pai quanto a mãe podem transmitir o alelo 
afetado. 
 
 Os exemplos de heranças ligadas ao sexo são: 
 
• Daltonismo: é uma doença recessiva presente no X, mas não no Y, que se 
caracteriza pela deficiência na distinção das cores, ocorrendo em indivíduos que 
nãopossuem pelo menos um gene normal dominante, e então, são afetados 
pelo caráter. Como é ligado ao X, ocorre mais em homens, os quais bastam 
receber um cromossomo X da mãe com alelo recessivo e, para mulheres 
daltônicas, é necessário que ela tenha recebido um alelo recessivo do 
cromossomo X paterno e um alelo recessivo do cromossomo X materno. 
 
• Hemofilia: é caracterizada pela ausência do gene que dá origem ao fator VIII, 
que é a proteína que atua na coagulação sanguínea, apresentando pessoas com 
tendência de sangramentos acima do normal. Esse gene do fator VIII está 
localizado exclusivamente no cromossomo X, novamente ocorrendo 
principalmente nos homens. 
 
 
É determinada por gene presente na região Y que não apresenta homologia em 
X, e por isso não se manifesta no sexo homogamético (XX), sendo restrita 
apenas ao sexo heterogamético (XY). 
 Desse modo, toda filha de pai afetado não recebe o gene afetado; todo filho 
afetado tem pai afetado e todos os filhos homens de pais afetados serão 
afetados; e somente o pai pode transmitir o alelo afetado. O caso mais comum 
de doença restrita ao sexo é a Hipertricose auricular, caracterizada pela 
presença de pelos grossos e longos nas orelhas masculinas. 
 
4. Explique o casamento consanguíneo e seus efeitos na 
expressão genética (citando as doenças genéticas mais 
recorrentes): 
 
O casamento consanguíneo é um fator de risco para o surgimento de alterações 
congênitas porque é mais provável que os traços recessivos surjam em famílias 
com consanguinidade. 
 
Os genes recessivos devem ser herdados duas vezes para que a característica 
se manifeste. Por isso, as uniões consanguíneas aumentam esse risco porque 
há aumento da expressão de mutações autossômicas recessivas, herdadas de 
um ancestral comum. Dessa forma, quanto mais próximo o relacionamento 
biológico entre os pais, maior é a probabilidade de seus filhos herdarem cópias 
idênticas de um ou mais genes recessivos prejudiciais. Pois, quanto mais 
próximos de um antepassado comum, maior a chance de ambos terem os 
mesmos genes defeituosos. 
 
Determinado estudo observou que 78,8% dos indivíduos com doenças 
autossômicas recessivas eram oriundos de casamentos consanguíneos, em 
comparação com 21,2% de indivíduos não consanguíneos. 
 
As proles oriundas de casamentos entre primos de primeiro grau parecem ter um 
risco aumentado em cerca de 3% do surgimento de anomalias, 5% de morte no 
início da infância, o que é o dobro do risco em relação à população em geral. 
 
As doenças autossômicas recessivas herdadas de relações de consanguinidade 
mais ocorrentes são: 
 
• Surdez congênita, em que a criança já nasce sem conseguir ouvir 
• Fibrose cística: exemplo de doenças causadas por genes recessivos. 
Trata-se de uma doença genética que afeta o funcionamento de glândulas 
exócrinas, responsáveis pela produção de muco e outras substâncias 
mais espessas. A doença compromete, principalmente, os sistemas 
digestivos e respiratório, podendo levar o portador à morte prematura. 
• Anemia falciforme: causa deformidade de hemácias. Com essa doença, 
as hemácias perdem o formato de disco e assumem a forma de foice (daí 
o nome falciforme), dificultando a circulação do sangue pelos vasos 
sanguíneos mais finos. 
• Deficiência intelectual, que corresponde ao atraso no desenvolvimento 
cognitivo e intelectual da criança, podendo ser percebido por meio da 
dificuldade de concentração, aprendizagem e adaptação a diferentes 
ambientes; 
• Displasias ósseas, que é caracterizada por alteração no 
desenvolvimento de um órgão ou tecido que leva à deformação de um ou 
mais ossos, podendo resultar dificuldade de locomoção, por exemplo; 
• Mucopolissacaridose, que é uma doença genética rara em que há 
alteração no funcionamento de algumas enzimas do corpo, levando a 
sintomas progressivos relacionados aos ossos, articulações, olhos, 
coração e sistema nervoso, por exemplo; 
• Cegueira congênita, em que a criança já nasce sem conseguir enxergar. 
 
 
 
5. Defina o sistema ABO e Rh (herança genética) 
 
(Contexto Historico) 
O Sistema ABO foi o primeiro dos grupos sanguíneos descobertos (1900, 1901) 
no início do século XX em 1900), pelo cientista austríaco Karl Landsteiner. 
Fazendo reagir amostras de sangue de diversas pessoas, ele isolou os glóbulos 
vermelhos (hemácias) e fez diferentes combinações entre plasma e hemácias, 
tendo como resultado a presença de aglutinação dos glóbulos em alguns casos, 
e sua ausência em outros. Assim, Landsteiner classificou os seres humanos em 
três grupos sanguíneos: A, B e O. 
 
(Genetica e Bioquimica do Sistema ABO) 
Determinação antigênica do sistema ABO: 
 
Os genes H e h condicionam a presença de uma substância denominada 
antígeno H. 
Esses genes produzem fucosil transferase que transfere fucose para a 
sequência precursora que está no glicocálix das hemácias, formando então a 
substância H. 
 
Substância H + N-acetilgalactose pela enzima Atransferase: grupo 
sanguíneo A; 
 
Substância H + galactose pela enzima B-transferase: grupo sanguíneo B; 
 
 
Indivíduos de composição genética HH ou Hh produzem essa substância, que 
serve de base para a manifestação de todos os antígenos do sistema ABO; Seu 
grupo será determinado pela presença ou não dos genes A e B. 
 
Os Indivíduos de composição genética hh (genótipo muito raro) não produzem 
o antígeno H. Estes indivíduos serão sempre do grupo denominado fenótipo O 
Bombay. Independentemente de sua composição genética em termos dos 
genes A e B, não podem produzir nem o antígeno A nem o antígeno B (por falta 
de seu precursor). Estes indivíduos desenvolvem os anticorpos Anti-A e Anti-B, 
da mesma maneira que todos os indivíduos do grupo O. Entretanto, 
desenvolvem também o anticorpo Anti-H e não podem receber transfusões de 
sangue do grupo O comum, que é rico neste antígeno. 
 
Os genes A e B (codominantes) condicionam a produção dos antígenos A e B, 
pela adição de carboidratos ao antígeno H; sua ausência (gene recessivo O) 
condiciona a não adição de carboidratos a esta substância base. 
 
• Indivíduos de composição genética OO (duplo recessivo) produzem 
apenas o antígeno H. Estes indivíduos serão do grupo O. 
• O Gene A condiciona a adição de uma molécula do carboidrato N-
acetilgalactose a algumas moléculas de antígeno H. Indivíduos de 
composição genética AA (homozigoto dominante) ou 
AO (heterozigoto) produzem o antígeno A, que ocupará parte dos sítios 
representados pelo antígeno H. Estes indivíduos são do Grupo A. 
Entretanto, como nem todos os sítios do antígeno H são ocupados, 
estes indivíduos apresentam também o antígeno H, e não desenvolverão 
anticorpos anti-H. 
• O Gene B condiciona a adição de uma molécula do carbohidrato D-
galactose a algumas (mas não todas) as cadeias do Antígeno H. 
Indivíduos de constituição genética BB ou BO produzem o antígeno B. 
Estes indivíduos são do grupo B. Da mesma forma que os do grupo A, 
apresentam também o antígeno H e não desenvolvem anti-H. 
• Por fim, indivíduos de constituição genética AB possuem ambos os alelos 
em codominância. Produzem os antígenos A, B e H, e não produzem 
anticorpos contra antígenos ABO. 
 
Todos esses alelos estão localizados no cromossomo 9, na posição 9q34. 
 
A expressão genética para o sistema ABO é poligênica, o gene A e B possuem 
codominância, porém eles são dominantes em relação ao alelo “i”. 
Os anticorpos ABO vão ser produzidos contra aos antígenos que ele não 
expressa. 
 
 
 
(fator rh) 
O fator Rh é um dos dois grupos de antígenos eritrocitários de maior importância 
clínica, estando envolvido nas reações transfusionais hemolíticas e na Doença 
Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN ou Eritroblastose fetal). Sua 
determinação, juntamente com a dos antígenos pertencentes ao sistema ABO, 
no procedimento laboratorial denominado Tipagem sanguínea (ABO e Rh) – ou 
simplesmente tipagem sanguínea - é obrigatória antes de qualquer transfusão 
sanguínea. 
 
Fator Rh+: RR, Rr (85%). Possui o fator Rh e nãoproduzem anticorpos Rh. 
Fator Rh-: rr (15%). Não possui o fator Rh e produzem anticorpos Rh. 
 
Com o avançar das pesquisas, o sistema se revelou na prática bem mais 
complexo do que a tipificação simplesmente em Rh Positivo e Rh negativo. Hoje, 
conhecem-se mais de 40 antígenos diferentes pertencentes a este sistema. Os 
principais antígenos são: D, C, E, c, e. Sendo os antígenos D os mais 
imunogênicos. Estão localizados no cromossomo 1. O gene RHD codifica a 
proteína D e o gene RHC codifica as proteínas C, c, E, e. 
Sendo que, os indivíduos negativos possuem deleção completa do gene RHD. 
 
É a incompatibilidade ABO materno-fetal, isso ocorre quando a mãe é Rh 
negativa o pai é Rh positivo e um segundo filho com Rh positivo herdado do pai. 
Na primeira gestação o corpo da mãe é sensibilizado e inicia a produção de 
anticorpos/aglutinina anti-Rh. 
Na segunda gravidez, a criança Rh positivo receberá anticorpos via circulação 
fetal atingindo o feto e ocasionando a doença. 
As aglutininas atravessam a placenta, o que tem como consequência a 
aglutinação das hemácias do feto e em seguida a sua hemolisação, liberando 
hemoglobina no sangue. 
A hemoglobina liberada servira de base para o metabolismo da bilirrubina, com 
a transformação da hemoglobina em bilirrubina, ocasionando a icterícia do feto, 
esse aumento de bilirrubina indireto pode ocasionar deposição no Sistema 
Nervoso, podendo causar retardo mental no feto. 
A doença chama eritoblastose fetal, porque com a hemolisação das hemácias 
no feto a medula óssea tenta compensar essa diminuição liberando eritoblastos, 
que é a forma jovem das hemácias. 
Na maioria dos casos que o feto sobrevive apresenta casos de anemia grave, 
resultando na morte fetal. 
Prevenção: após o parto do filho Rh positivo, antes mesmo da mãe ser 
sensibilizada (até 72 horas), injeta-se o soro anti-Rh na mãe. Isso destruirá as 
hemácias do feto que circulam no sangue da mãe, evitando a sensibilização. 
➔ A cada parto de criança Rh positivo o procedimento deverá ser repetido. 
 
 
6. Explique como ocorre mutações genéticas e outras alterações 
genéticas. 
Em condições normais as células humanas contêm 46 cromossomos, sendo 22 
pares de cromossomos autossomais e 1 par de cromossomos sexuais (XX em 
mulheres e XY em homens). 
 Porém, as vezes ocorrem irregularidades na divisão celular, ou podem ocorrer 
“acidentes” (como radiação) nos cromossomos de interfase de modo que se 
forme células ou organismo inteiros com genoma aberrante, com variações 
numérica ou estrutural dos cromossomos. 
 
As variações numéricas podem ser de dois tipos: as euplodia, que originam 
células com número de cromossomos múltiplos do número haploide, e as 
aneuploidias que originam células em que há falta ou excesso de algum(ns) 
cromossomo(s). 
 
Ocorrem a partir de falhas na transcrição e/ou tradução, produzindo proteínas 
imperfeitas. São exemplos: deleção de uma base nitrogenada, adição de base, 
substituição, etc. 
 
ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS ESTRUTURAIS 
 
São alterações que não alteram o número de cromossomos da célula, mas sim, 
a estrutura íntima de cada um dos envolvidos nesse tipo de mutação. 
 
➔ Deleção (deficiência): o cromossomo perde genes. 
➔ Duplicação: o cromossomo duplica alguns genes. 
➔ Inversão paracentrica: ocorre permutação nos genes e não envolve o 
centrômero. 
➔ Inversão pericêntrica: ocorre permutação nos genes envolvendo o 
centrômero. 
➔ Translocação simples (inversão): um cromossomo cede genes para 
outro não-homólogo. 
➔ Translocação recíproca: cromossomos não homólogos trocam genes. 
➔ Mutações silenciosas: existe uma mudança de uma das bases do DNA 
que leva o tripleto de nucleotídeos a ficar diferente da sequência normal, 
embora acabe por codificar o mesmo aminoácido, por conta de uma 
redundância, ou seja, o código tem uma certa margem de segurança, 
havendo várias combinações diferentes de tripletos que codificam o 
mesmo aminoácido. Classificando um tipo de mutação molecular ou 
pontual. 
 
 
 
 
MUTAÇÕES CROMOSSÔMICAS NUMÉRICAS: 
 
 
 
São aquelas que alteram o número de cromossomos. Para isso, deve-se saber 
que o termo genoma corresponde à metade (n) do número de cromossomos de 
uma espécie. 
 
 
É a mutação numérica onde o indivíduo perde ou ganha um genoma. 
Aploidia (n): tipo de euploidia onde o indivíduo nasce com um genoma a menos 
(apresenta menor porte). 
Triploidia (3n): tipo de euploidia onde o indivíduo nasce com um genoma a mais. 
 
 
 
 
Tipo de mutação cromossômica numérica em que o indivíduo perde ou ganha 
cromossomos. Ocorre com maior frequência que as euploidias. 
As aneuploidias deve-se principalmente a não-disjunção de um (ou mais) 
cromossomo(s) para as células filhas durante a meiose ou durante as mitoses 
do zigoto. 
 
A não disjunção na mitose decorre do não rompimento do centrômero no início 
da anáfase ou da perda de algum cromossomo por ele não ter se ligado ao fuso 
meiótico. A não-disjunção na meiose é devido a falhas na separação dos 
cromossomos ou das cromátides, que se separam ao acaso para um polo e para 
outro. 
 
Quando a não-disjunção é pré-zigótica, ela pode ter ocorrido na 
espermatogênese ou na ovulogênese. Nas aneuploidias autossômicas, a 
influência da idade materna leva supor que a participação feminina é maior que 
a masculina. 
 
 
 
 
ANEUPLOIDIAS AUTOSSÔMICAS: 
 
Síndrome de Down (Trissomia do 21) ♂ 45A, XY (21) / ♀ 45A, XX (21) 
O indivíduo possui um cromossomo a mais no par 21. A síndrome de Down 
é o principal fator de retardo mental nos dias atuais e não escolhe etnia ou 
sexo. É uma síndrome compatível com a vida que apresenta mais de 50 
sinais característicos. O indivíduo apresenta: 
• Obesidade 
• Língua grande 
• Prega palmar única 
• Grande separação entre o hálux e o segundo dedo 
• Retardo mental 
• Associado a Alzheimer 
• Homens estéreis e mulheres potencialmente férteis. 
• Dentição irregular 
• Face achatada 
• Olhos esticados 
• Problemas cardíacos congênitos 
• Menor expectativa de vida 
 
ANEUPLOIDIAS SEXUAIS: 
 
Síndrome de Klinefelter → ♂ 44A, XXY. 
 
Homens que nascem com um X a mais (apresenta um corpúsculo de Barr). 
 
XYY (Super Macho) → ♂ 44A, XYY. 
 
Homens que nascem como um cromossomo Y a mais. 
 
Síndrome de Turner → ♀ 44A, X0. 
 
Mulheres que possuem um cromossomo X a menos. 
 
7. Detalhe sobre epigenética (mecanismos): 
 
A epigenética é uma ciência que busca compreender como alterações na 
expressão de genes ocorrem sem alterações no código e sequência genética. 
 
Os mecanismos epigenéticos fornecem as células uma ferramenta adicional 
para ajustar como os genes controlam a maquinaria celular sem alterar a 
sequência de DNA, e leva a modificações que podem ser transmitidas às células 
filhas – como se algumas partes destacadas do texto fossem transmitidas 
adiante. Produzindo assim, efeitos nas futuras gerações. 
 
Segundo a epigenética apesar de as células possuírem a mesma informação 
(mesma sequência de DNA, constituição de genes, etc), algumas dessas 
informações são utilizadas e outras não. Essas alterações são flexíveis e podem 
mudar ou surgir durante nossa vida em resposta a influências externas. 
 
Muitos traumas como sofrer abuso infantil, stress e passar fome ou ainda fatores 
externos como metais pesados, pesticidas, fumo de tabaco, radioatividade, 
bactérias e a alimentação podem influenciar em nosso desenvolvimento, pois, 
alteram as marcas em nosso DNA, resultando na alteração da expressão dos 
nossos genes e as vezes resultando em doenças. Isso também explica porque 
gêmeos idênticos, apesar de possuírem a mesma sequência de DNA são 
diferentes. A diferente exposição e o contato com o ambiente resultam em 
diferentes marcas epigenéticas, que podem ser diferentes em cada um dos 
irmãos, resultando nas diferenças que observamos em cada um deles. 
 
A metilação consiste na adição de um radical metil (CH3) no carbono 5 da base 
nitrogenada citosina que é seguida por uma base guanina.Após a adição do 
radical metil, a base nitrogenada metilada passa a se chamar 5-metil-citosina. 
Essa adição é feita por enzimas DNA-metil-transferases (DNMTs) que podem 
ser de 3 tipos: DNMT3A e DNMT3B são responsáveis por fazer novas 
metilações; enquanto a DNMT1 cuida da manutenção da metilação. 
A manutenção feita pela enzima DNMT1 é importante, uma vez que a 
desmetilação do DNA pode ocorrer de forma passiva, ou seja, naturalmente, ao 
longo das várias etapas da replicação. Se não houver a atividade da DNMT1, a 
citosina será desmetilada. 
 
A metilação do DNA leva ao recrutamento de proteínas que causam a 
compactação da cromatina, impedindo que a enzima RNA-polimerase se ligue 
à molécula, ou seja, impedindo a transcrição. Dessa forma não ocorre a 
expressão gênica. 
Normalmente, regiões da molécula de DNA nas quais não existem genes ativos 
(regiões chamadas de heterocromatina) são notadamente compactadas e 
metiladas. 
 
O ARN interferente pequeno, ARNip ou siRNA, também chamado ARN 
interferente curto ou ARN silenciador, são pequenos fragmentos de ARN que 
medem aproximadamente 23 pares de nucleotídeos. Os siRNA são produtos da 
clivagem de longas moléculas de ARN de dupla cadeia pela ação da nuclease 
Dicer. 
O RNA de interferência, também conhecido por RNAi, é um mecanismo 
conservado por meio da evolução. É desencadeado pela presença de RNA fita-
dupla que resulta na redução de expressão e silenciamento de genes. Esse 
processo também é conhecido por silenciamento gênico a nível pós-
transcricional, uma vez que o RNAi gera a quebra do RNA mensageiro (mRNA) 
específico, resultando na redução e/ou silenciamento da tradução do mesmo. 
 
https://profissaobiotec.com.br/rna-de-interferencia-o-que-sao-onde-agem-
por-que-existem/ 
 
miRNA: processados a partir da transcrição de moléculas de RNA mais longos 
através da RNA polimerase II pela DICER. Quando esse fragmento menor 
encontra a RISC ele promove a remoção da cauda poliA de molécula de RNA 
pré-transcritos, isso diminui a vida dessa molécula de RNA, faz com que ele seja 
degradado e reabsorvido e não seja traduzido. 
 
O DNA está associado, no núcleo celular dos eucariotos, às proteínas de histona 
e o nucleossomo é uma estrutura básica de condensação formada pela 
associação do DNA com as histonas. 
 
o DNA se condensa conforme os nucleossomos se aproximam e as regiões 
compactadas não podem ser transcritas. Para que um gene possa ser expresso 
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/AcNucleico4.php
https://www.the-scientist.com/news-analysis/the-rna-age-a-primer-31520
https://www.the-scientist.com/news-analysis/the-rna-age-a-primer-31520
https://profissaobiotec.com.br/rna-de-interferencia-o-que-sao-onde-agem-por-que-existem/
https://profissaobiotec.com.br/rna-de-interferencia-o-que-sao-onde-agem-por-que-existem/
é necessário que sua sequência de bases esteja acessível para a maquinaria 
celular. 
 
As histonas, então, sofrem modificações para permitir ou não a transcrição dos 
genes, sendo que a acetilação das histonas, que é feita pela adição de um 
radical acetil (-COCH3) em resíduos de lisina feita pelas enzimas histona acetil-
transferases (HATs), resultem na descompactação da cromatina, permitindo a 
expressão do gene naquela região. Já a metilação dessas histonas, feita pelas 
enzimas histona metil transferases (HMTs), pode tanto silenciar quanto ativar 
genes, dependendo de qual resíduo de aminoácido esteja ocorrendo a 
modificação. 
 
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/42490/R%20-%20E%20-
%20RONALDO%20DE%20OLIVEIRA.pdf?sequence=1&isAllowed=y 
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/42490/R%20-%20E%20-%20RONALDO%20DE%20OLIVEIRA.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/42490/R%20-%20E%20-%20RONALDO%20DE%20OLIVEIRA.pdf?sequence=1&isAllowed=y
 
https://developingchild.harvard.edu/translation/o-que-e-epigenetica/ 
 
8. Identifique a influências dos fatores ambientais e não 
ambientais que impactam nas malformações genéticas: 
 
As causas dos DCs podem ser didaticamente divididas em genéticas, ambientais 
e multifatoriais (coexistência dos fatores ambientais e genéticos). Estima-se que 
25% das malformações congênitas são de origem genética (gênica ou 
cromossômica), 10% estão envolvidas com causas ambientais e 65% tem 
origem desconhecida. 
 
Responsável por cerca de 7 a 8% das anomalias congênitas, resultando da 
mutação de um único gene, ocorrendo tanto nos cromossomos autossômicos 
como nos sexuais. 
 
A maioria das mutações ocorre em cromossomos autossômicos, superando as 
mutações nos cromossomos X. A maioria das doenças ligadas ao cromossomo 
X é recessiva, portanto, os homens são mais afetados que as mulheres, visto 
que, para as mulheres expressarem esse padrão recessivo precisa se 
apresentar em dose dupla. Já as doenças ligadas ao X dominantes são 
caracterizadas por um número de mulheres afetadas duas vezes maior que nos 
homens. 
 
 
Aberrações cromossômicas são comuns e estão presentes em 6 a 7% dos 
zigotos. Elas podem ser do tipo numéricas ou estruturais e envolvem um ou mais 
autossomos, sexuais ou ambos. 
 
A não disjunção na mitose decorre do não rompimento do centrômero no início 
da anáfase ou da perda de algum cromossomo por ele não ter se ligado ao fuso 
meiótico. A não-disjunção na meiose é devido a falhas na separação dos 
cromossomos ou das cromátides, que se separam ao acaso para um polo e para 
outro. 
 
Quando a não-disjunção é pré-zigótica, ela pode ter ocorrido na 
espermatogênese ou na ovulogênese. Nas aneuploidias autossômicas, a 
influência da idade materna leva supor que a participação feminina é maior que 
a masculina. 
Os fatores ambientais exercem uma influência parcial ou total sobre algumas 
anomalias humanas. Os teratógenos são agentes externos ao genoma do 
concepto que podem produzir uma anomalia estrutural, deficiência de 
https://developingchild.harvard.edu/translation/o-que-e-epigenetica/
crescimento e/ou alterações funcionais durante o desenvolvimento pré-natal. Os 
teratógenos podem ser próprios do organismo materno (anticorpos contra 
receptor da acetilcolina em mães com miastenia gravis ou anticorpos anti-Rh 
fetal na anemia hemolítica do recém-nascido) ou são agentes exógenos como 
drogas ou infecções. 
 
Como agentes teratogênicos podemos citar três categorias: agentes químicos 
(drogas lícitas, ilícitas, medicamentos, substâncias químicas), agentes biológicos 
(infecções) e agentes físicos (radiação ionizante, temperatura). Dentre os 
agentes químicos podem ser citados o cigarro, cocaína, cafeína, álcool, 
andrógenos, progestágenos, antibióticos, anticoagulantes orais, 
anticonvulsivantes, agentes antineoplásicos, corticosteróides, inibidores da 
enzima de conversão da angiotensina, insulina, AAS, ácido retinóico e 
talidomida. 
 
Dentre os agentes biológicos, os mais importantes são a infecção pelo vírus da 
rubéola, citomegalovírus (CMV), Toxoplasma gondii e Treponema pallidum. 
Todas as vacinas com agentes atenuados, assim como a SCR, devem ser 
evitadas durante a gestação. Além disso, a probabilidade de se ter filhos com 
síndrome de Down é maior em mulheres de idades avançadas, pois os ovócitos 
que passaram muito tempo parados em meiose I (isso devido a exposições 
constantes a fatores ambientais), geralmente têm defeitos de não-disjunções, 
passando a apresentar células com 2 cromossomos 21 e outras sem ele, logo, 
a idade da mãe também é um agente biológico. 
 
A radiação ionizante é considerada um potente agente físico teratogênico. O seu 
efeito é dosedependente e relacionado ao estágio de desenvolvimento no qual 
o concepto é exposto. 
 
http://www.gmbahia.ufba.br/index.php/gmbahia/article/viewFile/281/272 
 
9. Defina como é realizado o pré-natal em gravidezes com 
alterações genéticas. 
 
Mesmo que não exista nenhuma suspeita, os obstetras tendem a solicitar 
algumas avaliações de rotina, como as ecografias obstétricas, realizadas em 
doismomentos distintos da gestação: entre a 11ª e a 14ª semanas e entre a 20ª 
e a 23ª. 
 
A ecografia obstétrica com medida da translucência nucal é realizada durante o 
exame de ultrassom de primeiro trimestre (entre 11 e 13 semanas) e tem como 
objetivo medir uma prega na nuca do feto, já que determinadas síndromes 
cromossômicas promovem acúmulo de líquido nessa região, alterando sua 
medida. Durante esse exame, também se verifica a presença do osso nasal, cuja 
ausência é mais um indicador de anormalidade, e o fluxo no ducto venoso, que 
quando alterado pode ser indicativo de alterações no coração do feto. 
 
O resultado da translucência nucal pode ser combinado com o de um exame 
feito a partir de uma amostra de sangue da mãe, em que são dosadas duas 
http://www.gmbahia.ufba.br/index.php/gmbahia/article/viewFile/281/272
substâncias, o BHCG livre e o PAPPA, ajudando a identificar possíveis 
alterações cromossômicas no bebê. 
 
O obstetra pode, ainda, lançar mão de recursos como o diagnóstico pré-natal 
não invasivo (que localiza anomalias cromossômicas por meio de uma amostra 
de sangue da mãe) e outros mais invasivos, como a biópsia do vilo corial ou a 
amniocentese, a fim de confirmar ou descartar uma eventual suspeita—estes 
últimos devem ficar restritos aos casos em que há forte suspeita de alteração 
cromossômica no feto. 
 
Além disso, a ecografia morfológica pode ser realizada entre 20 e 24 semanas 
de gravidez e visa avaliar detalhadamente a anatomia do feto, com o intuito de 
diagnosticar ou descartar malformações fetais. 
 
https://portal.fiocruz.br/noticia/pre-natal-e-essencial-para-o-diagnostico-
precoce-de-doencas-raras 
 
10. Explique como ocorre o aconselhamento genético no SUS. 
 
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou proposta que inclui, nos 
casos em que haja indicação clínica, o aconselhamento genético nas ações de 
planejamento familiar oferecidas pela rede de atendimento do Sistema Único de 
Saúde (SUS). 
 
O aconselhamento segue a diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral 
em Genética Clínica, ação do Ministério da Saúde em vigor desde 2009. 
o AG tem o papel de avaliar como a hereditariedade contribui para a doença e o 
risco de recorrência nos familiares, bem como compreender as opções para lidar 
com o risco de recorrência. O AG também fornece subsídio para escolha do 
curso de ação que pareça apropriado à família, em função dos seus riscos e 
objetivos; a agir de acordo com sua decisão e a adaptar-se à doença da melhor 
maneira possível, considerando-se tanto um membro da família afetado quanto 
o risco de recorrência daquela doença. 
O AG pode ser realizado nos indivíduos e famílias com DR de origem genética 
ou sob risco de desenvolvê-la e tem como objetivo primordial a assistência e a 
educação, permitindo o conhecimento, aos indivíduos e/ou famílias, sobre todos 
os aspectos da doença em curso ou em risco, desde a sua etiologia, evolução, 
prognóstico, bem como a tomada de decisões a respeito do direito reprodutivo. 
O AG poderá ser indicado nas seguintes situações: 
a) Pessoas com doenças genéticas raras previamente diagnosticadas sem AG 
e seu familiares; 
b) Indivíduos, casais e gestantes com questionamento sobre riscos individuais 
ou para prole futura em função de doença genética rara (confirmada ou sob 
suspeita) na família; 
https://portal.fiocruz.br/noticia/pre-natal-e-essencial-para-o-diagnostico-precoce-de-doencas-raras
https://portal.fiocruz.br/noticia/pre-natal-e-essencial-para-o-diagnostico-precoce-de-doencas-raras
c) Gestantes/casais com suspeita de doença genética rara na gestação em curso 
que ainda não tenham sido encaminhados para o AG. 
O AG deverá ser realizado por equipe multiprofissional capacitada, contendo em 
sua equipe o médico geneticista e/ou profissionais de saúde capacitados, com 
graduação na área da saúde e pós-graduação - mestrado ou doutorado 
acadêmico na área de Genética Humana ou Título de especialista em Biologia 
Molecular Humana ou Citogenética Humana, emitidos pela Sociedade Brasileira 
de Genética ou Titulo de Especialista em Genética, emitido pelo Conselho 
Federal de Biologia, e Comprovação de no mínimo 800 horas de experiência 
profissional ou estagio supervisionado em AG. Durante o AG, as informações 
sobre etiologia, evolução e prognóstico da doença devem ser repassadas ao 
consulente e/ou familiares, juntamente com as informações acerca do risco 
reprodutivo. Isso deve ser feito de forma não diretiva e com discussão das 
opções frente ao risco de ocorrência/recorrência, favorecendo a compreensão e 
o seguimento da atenção ao consulente e seus familiares. 
Deverá ser garantida a contrarreferência orientada para seguimento na Atenção 
Básica, com possibilidade de retorno ao serviço de atenção especializada ou 
serviço de referência em DR caso seja identificada necessidade de orientação. 
Quando a DR não for de natureza genética, deve ser garantido o acesso aos 
Serviços Especializados ou Serviços de Referência em Doenças Raras, para o 
atendimento adequado às suas necessidades. 
 Quando o AG envolver diagnóstico médico, tratamento clínico e medicamentoso 
será obrigatória a presença de médico geneticista. 
É obrigatória a elaboração de laudo escrito e assinado pelo profissional 
responsável que realizou o AG, a ser anexado no prontuário do consulente. 
 O AG será realizado no SUS apenas nos serviços de saúde definidos e 
pactuados pelo gestor local com habilitação específica para o referido 
procedimento. 
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/junho/04/DIRETRIZE
S-DOENCAS-RARAS.pdf 
 
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/junho/04/DIRETRIZES-DOENCAS-RARAS.pdf
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/junho/04/DIRETRIZES-DOENCAS-RARAS.pdf

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