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SP2 - MUTAÇÕES GÊNICAS + MECANISMOS DE REPARO + HEREDROGAMA + FIBROSE CÍSTICA

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1. Explique as mutações gênicas, exemplificando: 
a) tipos, ocorrências; 
 
As mutações são classificadas de acordo com o tamanho da sequência de DNA 
alterada e pelo seu efeito na expressão gênica. É através desse mecanismo, que 
quando benéfico, é um dos mecanismos mais eficientes da evolução pois é 
através dela que ocorrem variações das características dos seres vivos, através 
da conferência de variabilidade genética. Com isso podemos classifica-las em: 
 
• Mutações cromossômicas: Alteram o número de cromossomos em uma 
célula; 
• Mutações regionais ou subcromossômicas: Mudam apenas uma parte do 
cromossomo; 
• Mutações gênicas: Alteração na sequência de DNA: substituição, 
deleção, inserção. 
 
As mutações podem ocorrer em células somáticas ou germinativas: 
 
• Mutações somáticas: ocorre durante a replicação do DNA que precede 
uma divisão mitótica, onde todas as células descendentes da posterior 
divisão mitótica são afetadas, mas podem localizar-se apenas numa 
pequena parte do corpo e não são transmitidas à descendência. A 
mutação somática está na origem de certos cancros. 
• Mutações nas células germinativas: Ocorre durante a replicação do DNA 
que precede a meiose. Esse tipo de mutação afeta os gametas e todas 
as células que deles descendem após a fecundação, sendo, portanto, 
transmitida à descendência. 
 
Além disso, as mutações podem ocorrer de maneira espontânea ou podem ser 
induzidas por exposição a um agente mutagênico: 
 
• Mutações espontâneas: podem ocorrer devido ao fato que as bases 
nucleotídicas de DNA podem existir sob duas formas diferentes, uma 
usual e outra muito rara e quando uma base adquire sua forma rara ela 
pode se emparelhar com uma base diferente. Além disso, podem ocorrer 
por erros na replicação do DNA, motivados pela falha dos mecanismos de 
reparo, ou podem ocorrer por erros na meiose ou na mitose, que podem 
impactar na não disjunção de homólogos. OBS: ocorrem com mais 
frequências em regiões de DNA repetitivas ou simétricas, onde aumenta 
o risco de uma cadeia de DNA emparelhar consigo própria durante a 
 
Objetivos de aprendizagem 
 
 
replicação, em genes de maior tamanho ou genes do genoma 
mitocondrial que não possuem mecanismos de reparo. 
• Mutações induzidas: Ocorrem pela exposição a substâncias químicas 
ou radiações que aumentam a probabilidade de ocorrência de mutações, 
podem ser: fontes naturais de radiação como raios cósmicos, luz solar e 
minerais radioativos da crosta ou substâncias químicas, como agentes 
aquilantes, acridinas, drogas usadas em quimioterapia, nitrosaminas e 
nitrito de sódio. OBS: Esses agentes podem atuar alterando as bases 
nucleotídicas, adicionando grupos químicos às bases ou danificando 
diretamente o material genético. 
 
 
Mutacoes Cromossomicas Numericas: 
 
As mutações cromossômicas são aquelas que alteraram o número de 
cromossomos, diminuindo ou aumentando a sua quantidade, ou ainda, alterando 
sua estrutura. 
 
Aqui em específico, as alterações cromossômicas numéricas alteram a 
quantidade dos cromossomos na célula e podem se manifestar de duas formas: 
aneuploidias e euploidias. 
 
(Aneuploidia) 
Caracteriza-se pela perca de um ou mais cromossomos. As aneuploidias deve-se 
principalmente a não-disjunção de um (ou mais) cromossomo(s) para as células 
filhas durante a meiose ou durante as mitoses do zigoto. 
 
A não disjunção na mitose decorre do não rompimento do centrômero no início 
da anáfase ou da perda de algum cromossomo por ele não ter se ligado ao fuso 
meiótico. A não-disjunção na meiose é devido a falhas na separação dos 
cromossomos ou das cromátides, que se separam ao acaso para um polo e para 
outro. 
 
Quando a não-disjunção é pré-zigótica, ela pode ter ocorrido na 
espermatogênese ou na ovulogênese. Nas aneuploidias autossômicas, a 
influência da idade materna leva supor que a participação feminina é maior que 
a masculina. 
 
 
 
ANEUPLOIDIAS AUTOSSÔMICAS: 
 
Síndrome de Down (Trissomia do 21) ♂ 45A, XY (21) / ♀ 45A, XX (21). O 
indivíduo possui um cromossomo a mais no par 21. A síndrome de Down é o 
principal fator de retardo mental nos dias atuais e não escolhe etnia ou sexo. É 
uma síndrome compatível com a vida que apresenta mais de 50 sinais 
característicos. 
 
ANEUPLOIDIAS SEXUAIS: 
 
Síndrome de Klinefelter → ♂ 44A, XXY. Homens que nascem com um X a mais 
(apresenta um corpúsculo de Barr). 
 
XYY (Super Macho) → ♂ 44A, XYY. Homens que nascem como um 
cromossomo Y a mais. 
 
Síndrome de Turner → ♀ 44A, X0. Mulheres que possuem um cromossomo X 
a menos. 
 
(euploidia) 
As euploidias se caracterizam pela perda ou aumento de lotes cromossômicos 
completos. Esse tipo de mutação ocorre quando os cromossomos são duplicados e a 
célula não se divide como seria. Isso resulta em: 
Aploidia (n): tipo de euploidia onde o indivíduo nasce com um genoma a menos 
(apresenta menor porte). 
Triploidia (3n): tipo de euploidia onde o indivíduo nasce com um genoma a mais. 
 
Esse tipo de mutação não é evidenciado na espécie humana como forma 
sobrevivente. 
 
 
 Mutacoes Cromossomicas Estruturais: 
 
Nesse caso de mutação ocorrem perdas ou acréscimos de pedaços de 
cromossomo, assim como a troca ou inversão deles, podem ser classificadas 
como: 
 
 
DELEÇÃO: 
 
Ocorre quando o cromossomo perde um segmento em função de quebras, 
podem ocorrer nas zonas terminais ou intersticiais da molécula de DNA. Ela 
ocorre no momento de crossing-over, quando ocorre as quebras nos pontos de 
cruzamento e um dos segmentos é eliminado. Tem como exemplo a Síndrome 
de Cri-Du-Chat (miado do gato), que é caracterizada pela falta de um fragmento 
do braço curto do cromossomo 5. 
 
DUPLICAÇÃO: 
 
Nesse tipo de mutação há existência de duas cópias de uma dada região do 
cromossomo, frequentemente associada à deleção no cromossomo homólogo 
correspondente. Isso nem sempre reduz a viabilidade do organismo porque, em 
alguns casos quando um trecho é duplicado o outro trecho não alterado pode 
continuar a atuar normalmente. 
INVERSÃO: 
 
Quando ocorre a remoção de um segmento do DNA e este se insere numa 
posição invertida em um outro local do cromossomo. Resumindo, é a quebra de 
um cromossomo seguido de sua reconstituição na orientação incorreta. A 
inversão pode ser: paracêntrica, quando não inclui o centrômero ou 
pericêntrica, quando inclui o centrômero. 
 
 
 
 
TRANSLOCAÇÃO: 
 
Esse tipo de mutação ocorre quando dois cromossomos não homólogos sofrem 
quebra simultaneamente e trocam seus segmentos. Pode ser classificado como: 
Translocação Simples: quando há transferência de um segmento de 
cromossomo para outro não homólogo; 
Translocação Recíproca: A translocação recíproca ocorre quando dois 
fragmentos de cromossomas diferentes se partem e trocam de posição um com 
o outro. 
 
Translocação Robertsoniana: Ocorre quando os braços longos de dois 
cromossomos ligam-se formando um único cromossomo e os braços curtos são 
perdidos. Isso é causado pelo cruzamento e quebra de cromossomos não 
homólogos ou pela perda de telômeros. 
 
 
http://www.eurogentest.org/fileadmin/templates/eugt/leaflets/pdf/portuguese/chr
omosome_translocations.pdf 
Mutacoes Genicas: 
São aquelas que alteram genes individuais, com alteração na sequência do DNA. 
Podem também ser chamadas de pontuais devido a sua característica de alterar 
um único nucleotídeo ou um grupo reduzido desses. Podendo afetar um 
nucleotídeo ou vários, podendo levar a uma perda completa de sua expressão 
ou a formação de uma proteína com propriedades alteradas, em alguns casos 
podem alterar um único nucleotídeo e não alterar a expressão da proteína devido 
a característica do código genético degenerado. 
SUBSTITUIÇÃO: 
Ocorre a substituição de uma só base do DNA, pode ser classificada em: 
• Mutação Silenciosa: Neste caso há a substituição no terceiro 
nucleotídeo de cada codão de uma base do DNA por outra, mas que 
resulta em um codão que codifica o mesmo aminoácido, devido à 
redundância do código genético.São muito comuns e responsáveis pela 
diversidade genética que não é expressa fenotipicamente. 
• Mutação com perda de sentido/sentido trocado/ missense: 
Substituição de uma base do DNA por outra, que tem como consequência 
a substituição de um aminoácido por outro na proteína codificada. A 
conformação da proteína pode ser alterada. (ex: anemia falciforme). 
• Mutação sem sentido (nonsense): Substituição de uma base do DNA 
de tal modo que, no RNAm, um codão que especifica um aminoácido é 
alterado para um codão de STOP, ou o contrário. Origina uma proteína 
mais curta ou mais longa do que a proteína normal. 
• Mutação neutra ou polimorfismos: as mudanças resultaram em pouca 
ou nenhuma alteração na sequência codificada, conservando a mesma 
estrutura química ou não interferindo na sua função. Neste tipo de 
mutações há uma alteração de uma das bases do DNA, de tal forma que 
o tripleto de nucleótidos da qual ela faz parte se altera mas, mesmo que 
isso leve a uma mudança de aminoácido, o aminoácido que entra para o 
local em causa acaba por ter pouca ou nenhuma repercussão na função 
da proteína. 
DELEÇÃO: 
Ocorre a remoção de uma ou mais bases do DNA, com consequente alteração 
da cadeia proteica que deveria ser formada e da sua função. Pode alterar-se a 
sistematização de leitura da proteína, ou eliminar aminoácidos que pertenciam à 
cadeia proteica original. 
INSERÇÃO: 
http://www.eurogentest.org/fileadmin/templates/eugt/leaflets/pdf/portuguese/chromosome_translocations.pdf
http://www.eurogentest.org/fileadmin/templates/eugt/leaflets/pdf/portuguese/chromosome_translocations.pdf
 
Adição de uma ou mais bases à sequência original do DNA. O número de bases 
adicionadas ao DNA pode variar. A adição de um número que não seja múltiplo 
de três altera completamente a mensagem do gene. Quando é inserida uma 
sequência igual a outra ocorre uma duplicação. 
MODIFICAÇÕES TAUTOMÉRICAS: 
As mutações resultantes de modificações tautoméricas nas bases do DNA 
envolvem a substituição de um par de bases por outra. Altera o pareamento de 
bases normal. Assim, a timina passa a se parear com guanina e a adenina pode 
parear com citosina, quando esse par se parear é incorporado uma citosina na 
cadeia de DNA no lugar de uma timina. 
MUTAÇÕES FRAMESHIFT (ALTERAÇÃO DA GRELHA DE 
LEITURA): 
Este tipo de mutação ocorre quando, por inserção ou perda de bases, se altera 
a grelha de leitura. Assim, se se alterar a grelha de leitura, altera-se a forma de 
agrupar essas três bases e inserem-se aminoácidos incorrectos, havendo ainda 
a possibilidade adicional de se formar um codão STOP prematuro. As inserções, 
duplicações e deleções podem dar lugar a este tipo de mutações. 
EXPANSÕES POR REPETIÇÃO: 
Se trata da repetição de pequenas sequências de DNA, assim, o número de 
repetições aumenta o que pode levar a que no final a proteína não funcione 
corretamente. Exemplos paradigmáticos de doenças causadas por este tipo de 
mutações são as síndromes do X Frágil e as Ataxias Espinocerebelares (SCA, 
do inglês “SpinoCerebellar Ataxia”). No último caso, os doentes apresentam uma 
repetição do tripleto CAG, que se reflete na síntese de uma enorme cadeia de 
glutaminas (poliglutamina). 
https://metabolicas.sjdhospitalbarcelona.org/sites/default/files/tipos_de_mutaco
es_ptg.pdf 
https://biohelp.blogs.sapo.pt/2939.html#:~:text=As%20muta%C3%A7%C3%B5
es%20som%C3%A1ticas%20est%C3%A3o%20na,fecunda%C3%A7%C3%A3
o%20%E2%80%93%20%C3%A9%20transmitida%20%C3%A0%20descend%
C3%AAncia. 
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/56434/R%20-%20E%20-
%20ROBERTO%20CARLOS.pdf?sequence=1&isAllowed=y 
b) consequências; 
 
Consequencias da Euploidia: 
Nas plantas, a poliploidia é comum porque as plantas poliplóides podem se 
autopolonizar ou cruzar-se com outras semelhantes. 
https://metabolicas.sjdhospitalbarcelona.org/sites/default/files/tipos_de_mutacoes_ptg.pdf
https://metabolicas.sjdhospitalbarcelona.org/sites/default/files/tipos_de_mutacoes_ptg.pdf
https://biohelp.blogs.sapo.pt/2939.html#:~:text=As%20muta%C3%A7%C3%B5es%20som%C3%A1ticas%20est%C3%A3o%20na,fecunda%C3%A7%C3%A3o%20%E2%80%93%20%C3%A9%20transmitida%20%C3%A0%20descend%C3%AAncia
https://biohelp.blogs.sapo.pt/2939.html#:~:text=As%20muta%C3%A7%C3%B5es%20som%C3%A1ticas%20est%C3%A3o%20na,fecunda%C3%A7%C3%A3o%20%E2%80%93%20%C3%A9%20transmitida%20%C3%A0%20descend%C3%AAncia
https://biohelp.blogs.sapo.pt/2939.html#:~:text=As%20muta%C3%A7%C3%B5es%20som%C3%A1ticas%20est%C3%A3o%20na,fecunda%C3%A7%C3%A3o%20%E2%80%93%20%C3%A9%20transmitida%20%C3%A0%20descend%C3%AAncia
https://biohelp.blogs.sapo.pt/2939.html#:~:text=As%20muta%C3%A7%C3%B5es%20som%C3%A1ticas%20est%C3%A3o%20na,fecunda%C3%A7%C3%A3o%20%E2%80%93%20%C3%A9%20transmitida%20%C3%A0%20descend%C3%AAncia
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/56434/R%20-%20E%20-%20ROBERTO%20CARLOS.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/56434/R%20-%20E%20-%20ROBERTO%20CARLOS.pdf?sequence=1&isAllowed=y
 
 
 
 
Nos humanos, os embriões poliplóides não se desenvolvem e são abortados 
espontaneamente. 
 
Consequencias da Aneuploidia: 
 
As aneuploidias mais comuns em seres humanos são as trissomias 21, 13 e 18 
e a monossomia do X, quando as aneuploidias ocorrem em outros cromossomos 
não é permitido o desenvolvimento e muitas vezes até o nascimento, resultando 
em abortos espontâneos. As aneuploidias que envolvem os cromossomos 
sexuais são melhor toleradas do que as dos autossomos, porque as células 
humanas têm capacidade para desligar os cromossomos X extras, em um 
processo chamado de inativação do X. 
 
Consequencias da Translocacao: 
 
Na translocação simples e na translocação recíproca, se não houver quebra de 
genes, o fenótipo não é afetado. 
A translocação robertsoniana dá origem à formação de cromossomos anormais 
que são transmitidos à geração seguinte nos gametas. Cerca de 4% das 
síndromes de Down estão associados a uma translocação robertsoniana entre 
o cromossoma 14 e o 21. 
 
Consequencias da Inversao: 
 
Se a inversão afetar uma porção do DNA responsável pela codificação de uma 
proteína, isso resultará na formação de uma proteína diferente e não funcional. 
Porém, algumas inversões não tem efeitos sobre o fenótipo, mas causam 
problemas reprodutivos, pois, o emparelhamento na meiose de um cromossomo 
com uma inversão e outro normal pode originar duplicações ou deleções nos 
cromossomos recombinantes. 
. 
Consequencias da Mutacao Genica: 
 
Mutação sem sentido: o RNAm transportando uma mutação prematura é 
frequentemente alvo de rápida degradação (através de um processo celular 
conhecido como decaimento do RNAm mediado por mutações sem sentido), 
e a tradução não é possível. Em segundo, mesmo que o RNAm seja 
suficientemente estável para ser traduzido, a proteína truncada é tão instável 
que é rapidamente degradada dentro da célula. 
 
Porém, se essa célula persistir os efeitos no funcionamento proteíco poderão ser 
a perda da função da proteína, devido a redução na dosagem gênica; ganhar 
função, ao acentuar o funcionamento da proteína pode desenvolver uma doença 
no paciente. Por exemplo: trissomia do 21. Além disso, uma mudança na 
sequência de aminoácidos pode conferir uma propriedade nova a proteína 
 
alterando seu funcionamento correto (anemia falciforme). Alterações na região 
reguladora de um gene o que causa a expressão inadequada (câncer). 
 
2. Explique quais são e como são feitos os exames utilizados para 
identificar mutações; 
 
Os testes genéticos são exames que permitem a identificação por meio da 
análise do DNA, um maior risco ou propensão a determinadas doenças. Sendo 
que a solicitação de tal exame cabe somente ao médico que estão capacitados 
a estimar o risco de síndrome genética e solicitar os testes mais adequado de 
acordo com protocolos e diretrizes nacionais e internacionais. Esse tipo de teste 
envolve questões emocionais importantes, sendo crucial que o indivíduo tenha 
acesso ao aconselhamento profissional e respaldode equipes multiprofissionais. 
 
https://saude.abril.com.br/blog/medicina-de-ponta-contra-o-cancer/testes-
geneticos-contra-o-cancer/ 
 
Entre os principais testes diagnósticos temos: 
 
 
Cariotipo: 
 
O exame de cariótipo identifica e analisa os cromossomos e suas regiões. O 
teste é realizado por meio da cultura de células com parada em metáfases e 
posterior coloração dos cromossomos com bandeamento. Através das bandas 
cromossômicas é possível a identificação de aberrações cromossômicas 
numéricas e/ou estruturais, equilibradas ou desequilibradas, totais ou parciais. 
O cariótipo nada mais é do que uma fotografia dos nossos 
cromossomos, essencial para o diagnóstico de alterações 
cromossômicas. 
https://saude.abril.com.br/blog/medicina-de-ponta-contra-o-cancer/testes-geneticos-contra-o-cancer/
https://saude.abril.com.br/blog/medicina-de-ponta-contra-o-cancer/testes-geneticos-contra-o-cancer/
 
Esse exame pode ser realizado a partir de qualquer célula que tenha 
núcleo, local de concentração de cromossomos, porém, a célula mais 
fácil de se obter são os linfócitos a partir de uma coletagem de sangue. 
Em algumas situações específicas como fibroblastos a partir de biopsia 
de pele ou células da medula. 
 
É um exame indicado para casais que procuram aconselhamento genético e é 
considerado o principal exame de triagem genética, sendo considerado o ponto 
de partida para o diagnóstico de malformações congênitas ou suspeita de 
síndromes e é essencial na determinação do tratamento e prognóstico de muitas 
doenças onco-hematológicas. 
 
O cariótipo também pode ser realizado no período pré natal através da coleta de 
células por uma cordocentese ou amniocentese ou em situações em que o casal 
apresenta dificuldades para engravidar. 
 
Porém, o cariótipo identifica apenas alterações cromossômicas (numéricas e 
estruturais), que nem sempre são tão evidentes. Quando o especialista quer 
descartar a presença de uma doença específica, precisa indicar um teste 
específico para a doença em questão. 
 
Quando há alterações presente no cariótipo é preciso que a pessoa tenha um 
respaldo de um aconselhamento genético para analisar as consequências da 
alteração específica identificada. 
 
 
 
 
 
https://dle.com.br/citogenomica/citogenetica#:~:text=O%20exame%20de%20ca
ri%C3%B3tipo%20tem,colora%C3%A7%C3%A3o%20dos%20cromossomos%
20com%20bandamento. 
 
https://www.igenomix.com.br/fertility-challenges/cariotipo-no-diagnostico-da-
fertilidade/ 
 
https://geneone.com.br/blog/cariotipo-com-banda-g/ 
 
 
Hibridizacao Fluorescente in situ: 
 
 
 
É um método bioquímico que permite a visualização, identificação, enumeração 
e localização de determinadas sequências de DNA em cromossomos in situ. 
Essa técnica se utiliza de sondas fluorescentes que se ligam somente às partes 
do cromossomo a que eles apresentem um elevado grau de complementaridade 
de sequência. Assim, permite que as sequências de ácidos nucleicos sejam 
examinadas no interior de células sem alterar sua morfologia ou a integridade de 
seus compartimentos. 
 
A FISH tem a desvantagem de necessitar de equipamentos modernos e 
dispendiosos, como microscópio com filtros epifluorescentes. 
Os princípios básicos desse exame é o anelamento da sonda (sequência de 
ologonucleotídeos complementarem marcados com substâncias fluorescente) 
com a sequência de DNA alvo, para a posterior visualização em microscópico 
epifluorescente. A FISH tem quatro procedimentos básicos: 1) fixação e 
permeabilização da amostra (para proteger o RNA da degradação de RNAses 
endógenas e permeabilizadas para permitir que as sondas penetrem na célula), 
2) hibridização, 3) lavagem para remoção das sondas em excesso e 4) detecção 
pela microscopia fluorescente. 
 
https://dle.com.br/citogenomica/citogenetica#:~:text=O%20exame%20de%20cari%C3%B3tipo%20tem,colora%C3%A7%C3%A3o%20dos%20cromossomos%20com%20bandamento
https://dle.com.br/citogenomica/citogenetica#:~:text=O%20exame%20de%20cari%C3%B3tipo%20tem,colora%C3%A7%C3%A3o%20dos%20cromossomos%20com%20bandamento
https://dle.com.br/citogenomica/citogenetica#:~:text=O%20exame%20de%20cari%C3%B3tipo%20tem,colora%C3%A7%C3%A3o%20dos%20cromossomos%20com%20bandamento
https://www.igenomix.com.br/fertility-challenges/cariotipo-no-diagnostico-da-fertilidade/
https://www.igenomix.com.br/fertility-challenges/cariotipo-no-diagnostico-da-fertilidade/
https://geneone.com.br/blog/cariotipo-com-banda-g/
 
 
 
A maioria das aplicações da FISH tem como alvo o RNA ribossomal. A utilização 
deste alvo justifica-se primeiramente por todas as células necessitarem de 
ribossomos para a translação, portanto, podem estar presentes em todas as 
células vivas e a última razão é, como cada célula contém muitos ribossomos, 
esse alvo é naturalmente amplificado podendo atingir um número de 100.000 
cópias por célula. 
 
Polimorfismos de Nucleotideo Único (SNPs): 
Polimorfismo de nucleotídeo único é uma variação na sequência de DNA que 
afeta somente uma base na sequência do genoma entre indivíduos de uma 
espécie. As substituições mais frequentes que ocorrem no DNA são as que 
envolvem bases nitrogenadas de mesma característica estrutural, ou seja, troca 
entre duas purinas (A/G ou G/A) ou duas pirimidinas (T/C ou C/T) e são 
denominadas transições. 
 
 
 
Por possuírem baixa taxa de mutação pode ser utilizados como marcadores 
genéticos para seguir padrões de herança das regiões cromossômicas de 
geração em geração, sendo assim, ferramentas poderosas no estudo de fatores 
genéticos associados a doenças humanas. 
 
Quando esse evento ocorre dentro de um gene ou região regulatória pode 
identificar um papel mais direto em doenças, afetando a função do gene. 
 
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/02/o-que-sao-polimorfismos-de-
nucleotideo.html 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polimorfismo_de_nucleot%C3%ADdeo_%C3%BAni
co 
 
http://www.uesc.br/genetica/polimorfismo.pdf 
 
https://www.scielo.br/pdf/aib/v79n4/a23v79n4.pdf 
 
 
 
Reacao em Cadeia da Polimerase (PCR): 
 
É uma técnica rotineira de laboratório usada para fazer muitas cópias de uma 
região específica do DNA, tipicamente, o objetivo da PCR é fabricar quantidade 
suficiente da região de interesse do DNA, de modo que essa possa ser analisada 
e utilizada de alguma maneira. 
 
A PCR depende de uma DNA polimerase termoestável, a Taq polimerase e 
requer primers de DNA projetados especificamente para a região de interesse 
do DNA. É através dessa enzima que possibilita a síntese de fragmentos de 
DNA. Assim, a enzima sintetiza uma sequência complementar de DNA, desde 
que o primer esteja ligado a uma das cadeias do DNA no ponto escolhido para 
o início da síntese. Os iniciadores definem a sequência a ser replicada e o 
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/02/o-que-sao-polimorfismos-de-nucleotideo.html
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/02/o-que-sao-polimorfismos-de-nucleotideo.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polimorfismo_de_nucleot%C3%ADdeo_%C3%BAnico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polimorfismo_de_nucleot%C3%ADdeo_%C3%BAnico
http://www.uesc.br/genetica/polimorfismo.pdf
https://www.scielo.br/pdf/aib/v79n4/a23v79n4.pdf
resultado obtido é a amplificação de determinada região de DNA com bilhões de 
cópias. 
 
Na PCR, a reação é repetida ciclicamente através de uma série de alterações de 
temperatura, o que possibilita a produção de muitas cópias da região de 
interesse. 
 
 
 
 
As etapas básicas são: 
1. Desnaturação (96°): Aquece fortemente a reação para separar, ou 
desnaturar, as fitas de DNA. Isso proporciona um molde de fita simples para 
a próxima etapa. 
2. Anelamento (55- 65°): Resfria a reação para que os primers possam se ligar 
às suas sequências complementares no DNA molde de fita simples. 
3. Extensão (72°): Eleva a temperatura da reação para que a Taq polimerase 
estenda os primers, sintetizando novas fitas de DNA. 
 
 
Este ciclo se repete 25 - 35 vezes em uma reação típica de PCR, que geralmente 
ocorre em 222 - 444 horas, dependendodo comprimento da região de DNA a 
ser copiada. Se a reação for eficiente (funcionar bem), a região de interesse pode 
gerar de uma ou poucas cópias até bilhões. 
 
https://pt.khanacademy.org/science/biology/biotech-dna-technology/dna-
sequencing-pcr-electrophoresis/a/polymerase-chain-reaction-pcr 
 
 
 
Sequenciamento de DNA: 
https://pt.khanacademy.org/science/biology/biotech-dna-technology/dna-sequencing-pcr-electrophoresis/a/polymerase-chain-reaction-pcr
https://pt.khanacademy.org/science/biology/biotech-dna-technology/dna-sequencing-pcr-electrophoresis/a/polymerase-chain-reaction-pcr
É o processo de determinação da sequência de nucleotídeos em um pedaço de 
DNA, para isso temos duas principais técnicas que é o método de Sanger e o 
sequenciamento da nova geração. 
 
Sequenciamento de Sanger: o método de terminação da cadeia 
Nessa técnica o DNA alvo é copiado muitas vezes, produzindo fragmentos de 
comprimentos diferentes. Nucleotídeos “terminadores de cadeia” fluorescentes, 
também chamados de dideoxinucleotídeos marcam os finais dos fragmentos e 
permitem que a sequência seja determinada. 
Uma vez que um dideoxinucleotídeo é adicionado à cadeia, não há hidroxila 
disponível e nenhum outro nucleotídeo pode ser adicionado. A cadeia termina 
com o dideoxinucleotídeo, o qual é marcado com uma cor particular de corante 
dependendo da base (A, T, C or G) que carrega. 
A mistura (DNA polimerase, nucleotídeos, primer, nucleotídeos terminadores e 
amostra de DNA a ser sequenciada) é primeiro aquecida para a desnaturação 
do DNA molde (separar as fitas), então resfriadas para que os primers possam 
se ligar ao molde de fita simples. Uma vez que o primer se ligou, a temperatura 
é aumentada novamente, permitindo que a DNA polimerase sintetize um novo 
DNA a partir do primer. A DNA polimerase continuará a adicionar nucleotídeos à 
cadeia até que aconteça a adição de um dideoxinucleotídeo ao invés de um 
normal. Nesse ponto, os nucleotídeos não podem mais ser adicionados, e, 
portanto, a fita terminará em um dideoxinucleotídeo. 
 
 
Sequenciamento de nova geração: 
As técnicas de Sequenciamento de Última Geração são novas abordagens feitas 
em grande escala que aumentam a velocidade e diminuem os custos do 
sequenciamento. 
• Alto paralelismo: muitas reações de sequenciamento ocorrem ao mesmo 
tempo 
 
• Microescala: reações são pequenas e muitas podem ser realizadas de 
uma vez em um chip 
• Rapidez: pelas reações serem feitas em paralelo, resultados são obtidos 
muito mais rápido 
• Baixo custo: sequenciar um genoma é mais barato do que com o 
sequenciamento Sanger 
• Menor comprimento: leituras tipicamente variam entre 505050 -
700700700 nucleotídeos de comprimento 
 
 
Exoma Completo: 
Exoma refere-se ao conjunto de éxons (região codificadora) presentes no 
genoma de grande parte dos seres vivos, composto por cerca de 180.000 éxons 
nos humanos. 
É um exame robusto que analisa a maioria dos genes ao mesmo tempo, sendo 
capaz de identificar mutações em genes responsáveis por síndromes e 
diagnósticos raros. 
Por se tratar de um exame bastante completo, que avalia cerca de 22.000 genes 
conhecidos até o momento, o SCE também é um exame de alto custo. Não só 
por sua técnica, mas também por sua extensa e complexa análise. 
 
Metodologia: 
1. O DNA é extraído da amostra biológica (sangue ou saliva); 
2. A biblioteca é preparada pelo método de enriquecimento, 
seguido de captura dos alvos; 
3. A biblioteca é submetida ao sequenciamento de nova geração 
(NGS). A região alvo inclui o DNA codificante (CDS) e os sítios 
de splicing, visando uma cobertura vertical média de 100x; 
4. A análise de Bioinformática é realizada utilizando plataforma 
previamente validada, com base em versão atualizada do 
genoma humano, sendo capaz de detectar variantes de base 
única (SNVs) e pequenas inserções e deleções (indels); 
5. A seleção dos genes analisados e a interpretação são orientadas 
pelo pedido médico e pelas informações clínicas relatadas; 
6. Classificação e interpretação das variantes identificadas refletem 
o conhecimento científico atual e poderão mudar com a 
disponibilidade de novos dados científicos. 
 
 
 
 
 
https://geneone.com.br/blog/exoma-
completo/#:~:text=O%20exoma%20completo%20pode%20ser,biol%C3%B3gic
a%20(sangue%20ou%20saliva)%3B 
 
https://dle.com.br/biologia-molecular-genetica-humana/sequenciamento-
completo-do-exoma 
 
 
3. Explique os mecanismos de reparo contra alterações genéticas; 
 
O nosso material genético está sob constante ataques, porém, apesar disso a 
taxa de mutação e erros são muito baixas, graças a eficiência dos nossos 
mecanismos de reparos. 
Os vários mecanismos gerais de reparo do DNA, são: reparo do pareamento 
errado, reparo direto, reparo por excisão de base, reparo por excisão de 
nucleotídeo e reparo de quebras de fita dupla. 
Durante a síntese de DNA, a maioria das polimerases do DNA "checam seu 
trabalho", consertando a maioria de bases não pareadas em um processo 
chamado revisão. Se a polimerase detecta que um nucleotídeo errado 
(incorretamente pareado) foi adicionado, ela irá removê-lo e substituí-lo 
imediatamente, antes de continuar com a síntese de DNA. 
 
 
 
(Reparo de pareamento errado) 
Esse mecanismo de correção é acionado através da inserção incorreta de 
nucleotídeos que escaparam da revisão pela DNA polimerase. As bases 
incorretamente pareadas são detectadas e corrigidas pelas enzimas de reparo 
de pareamento errado, além de corrigir alças não pareadas no DNA. 
Após o erro ser identificado as enzimas desse sistema retiram essa porção 
recém-sintetizada e preenche o espaço com novos nucleotídeos utilizando-se da 
fita de DNA original como molde. Para que esse mecanismo seja assertivo, as 
enzimas especializadas precisam que haja uma diferenciação entre a fita antiga 
e a que está sendo formada, (não sabemos como ela diferencia em seres 
https://geneone.com.br/blog/exoma-completo/#:~:text=O%20exoma%20completo%20pode%20ser,biol%C3%B3gica%20(sangue%20ou%20saliva)%3B
https://geneone.com.br/blog/exoma-completo/#:~:text=O%20exoma%20completo%20pode%20ser,biol%C3%B3gica%20(sangue%20ou%20saliva)%3B
https://geneone.com.br/blog/exoma-completo/#:~:text=O%20exoma%20completo%20pode%20ser,biol%C3%B3gica%20(sangue%20ou%20saliva)%3B
https://dle.com.br/biologia-molecular-genetica-humana/sequenciamento-completo-do-exoma
https://dle.com.br/biologia-molecular-genetica-humana/sequenciamento-completo-do-exoma
 
eucariontes, somente em procariontes como a E. coli), para isso esse 
mecanismo produz uma sequência GATC próxima das bases malpareadas, 
corta a fita não metilada no sítio GATC e degrada a fita entre o corte e as bases 
malpareadas e em seguida a DNA polimerase e a DNA ligase preenchem o 
espaço da fita não metilada com nucleotídeos corretos. 
Os humanos com mutações nos genes desse reparo exibem elevadas mutações 
somáticas e estão mais suscetíveis ao câncer de cólon. 
 
 
 
(Reparo direto) 
É um mecanismo que não substitui nucleotídeos, mas sim os encaminha para 
suas estruturas originais, dessa forma, ele reconhece bases alteradas, corrige e 
restabelece as condições originais, ao promover a correção direta das bases 
alteradas sem envolver outros segmentos do DNA. Esse tipo de mecanismo 
pode se dar através dos: Reparos por excisão de bases ou reparo por excisão 
de nucleotídeos. 
 
 
O reparo por excisão de bases é desencadeado por uma enzima chamada de 
Glicosilase de DNA (família de enzimas envolvidas no reparo de excisão de 
bases), essa enzima atua retirando a base alterada, após esse momento de 
 
retirada um complexo enzimático atua retirando a pentose e o fosfato que 
restavam do nucleotídeo através da ação da enzima AP nuclease( apurina). Em 
seguida a DNA polimerase preenche o espaço deixado, utilizando como molde 
a fita complementar não danificada. Para finalizar o processo uma DNA ligase 
promove a ligação fosfodiéster entre o carbono 3’ do nucleotídeo ao carbono5’ 
da pentose adjacente. 
 
 
 
 
Esse mecanismo é promovido por enzimas que reconhecem danos tais como o 
dímero de pirimidinas. Após o reconhecimento do dano, um complexo enzimático 
produz cortes no sítio danificado, o que resulta na remoção de um segmento 
unifilamentar. O espaço gerado, assim como no reparo por excisão de base, é 
preenchido pela DNA polimerase com nucleotídeos de modo consenso à fita 
molde, finalizando a síntese com a ligação fosfodiéster pela DNA ligase. 
 
 
 
Imagens do livro Pierce: 
 
 
 
 
 
(Reparo de quebras de fita dupla) 
É um mecanismo no qual ambas as fitas da hélice do DNA são rompidas. As 
quebras de fita dupla são causadas por radiação ionizante, radicais livres 
oxidantes e outros agentes que danificam o DNA. Esse tipo de quebra pode 
ocasionar deleções, duplicações, inversões e translocações. Pra reparar as 
quebras de fitas dupla há dois mecanismos: Recombinação homóloga e a 
Junção de extremidades não homólogas. 
 
 
A recombinação homóloga repara uma molécula de DNA rompida ao usar a 
informação genética idêntica ou quase idêntica contida em outra molécula de 
DNA, em geral uma cromátide-irmã. 
O processo de reparo se inicia com a remoção de nucleotídeos nas extremidades 
rompidas -> invasão-> deslocamento -> replicação da fita. 
 
Muitas das mesmas enzimas que fazem o crossing over são usadas no reparo 
de quebras de fita dupla pela recombinação homóloga: essas duas enzimas são 
BRCA1 e BRCA2. 
Por envolver na maioria das vezes cromátides-irmãs, o reparo por recombinação 
homóloga ocorre principalmente no final da fase S e em G2. 
 
 
 
 
Esse mecanismo se inicia através do reconhecimento da proteína ATM, essa 
proteína possui uma grande atividade no processo de reparo celular e recruta 
um complexo de proteínas que auxilia a estabilização do DNA e ligando as 
extremidades, posteriormente a DNA ligase promove a ligação fosfodiéster e 
finaliza o processo. 
 
https://www.conhecer.org.br/enciclop/2017a/agrar/mecanismos%20de%20repar
o.pdf 
 
https://pt.khanacademy.org/science/biology/dna-as-the-genetic-material/dna-
replication/a/dna-proofreading-and-repair 
 
PIERCE, Benjamin A. Genética: um enfoque conceitual. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004. 
 
 
4. Explique Heredograma (simbologia); 
 
O heredograma é uma técnica utilizada pelos geneticistas para estudar a 
herança humana, ele representa a história familiar, em formato de arvore 
genealógica que esboça a herança de uma ou mais características. 
Os homens são representados por quadrados, e as mulheres, por círculos. Uma 
linha horizontal desenhada entre dois símbolos representando um homem e uma 
mulher indica um acasalamento; as crianças são conectadas aos seus pais por 
linhas verticais que se estendem abaixo de seus pais. 
Nos heredogramas, as gerações são representadas por números romanos 
colocados à esquerda e os indivíduos de cada geração, inclusive os cônjuges, 
são indicados por números arábicos colocados abaixo de cada símbolo. 
As pessoas que exibem uma herança autossômica são representadas por 
círculos e quadrados cheios no heredograma. Os membros não afetados estão 
representados por círculos e quadrados vazios. A pessoa a partir da qual o 
heredograma é iniciado chama-se probando e, em geral, é indicada por uma 
seta. 
 
 
 
 
https://www.conhecer.org.br/enciclop/2017a/agrar/mecanismos%20de%20reparo.pdf
https://www.conhecer.org.br/enciclop/2017a/agrar/mecanismos%20de%20reparo.pdf
https://pt.khanacademy.org/science/biology/dna-as-the-genetic-material/dna-replication/a/dna-proofreading-and-repair
https://pt.khanacademy.org/science/biology/dna-as-the-genetic-material/dna-replication/a/dna-proofreading-and-repair
 
 
 
 
(analise do heredograma) 
 
PRESENÇA DE TRAÇOS AUTOSSÔMICOS RECESSIVOS: 
 
A presença de um traço autossômico recessivo deve aparecer com a mesma 
frequência em ambos os sexos e aparecem quando uma pessoa herda dois 
alelos para tal característica, um de cada progenitor. Se tal característica não for 
comum significa que a maioria dos pais são heterozigotos e não afetados. 
 
 
É mais provável que um traço recessivo apareça em um heredograma quando 
duas pessoas da mesma família acasalam, porque existe uma chance maior de 
ambos os pais carrearem o mesmo alelo recessivo. O acasalamento de parentes 
próximos é chamado de consanguinidade. 
 
RESUMINDO: 
Os traços autossômicos recessivos surgem nos heredogramas com 
acasalamentos consanguíneos, visto que eles: 
a. Tendem a pular gerações. 
b. Aparecem apenas quando ambos os pais carreiam uma cópia para o 
traço, que é mais provável quando os pais são parentes. 
c. Em geral surgem nos filhos de pessoas não afetadas. 
d. Surgem igualmente em homens e mulheres. 
 
PRESENÇA DE TRAÇOS AUTOSSÔMICOS DOMINANTES: 
 
Também surgem em ambos os sexos com a mesma frequência e ambos são 
capazes de transmitir esses traços aos descendentes. Uma pessoa afetada tem 
um genitor afetado e o traço não pula gerações. As pessoas que não são 
afetadas não transmitem o traço. 
Quando um dos genitores é heterozigoto e afetado e o outro não é afetado, 
aproximadamente 50% dos descendentes serão afetados. Se ambos os pais têm 
o traço e são heterozigotos, aproximadamente 75% dos descendentes serão 
afetados. 
 
 
PRESENÇA DE TRAÇOS RECESSIVOS LIGADOS AO X: 
1.Em geral os homens são mais afetados que as mulheres. 
2.Os homens afetados têm mães não afetadas, ou seja, o traço pula gerações. 
Sendo as mães mulheres não afetadas portadoras do alelo para o traço. 
3.Aproximadamente metade dos filhos de uma portadora (heterozigota) é 
afetada. 
4.Nunca é transmitido do pai para o filho. 
5.Todas as filhas de homens afetados são portadoras. 
 
 
PRESENÇA DE TRAÇOS DOMINANTES LIGADOS AO X: 
 
1.Homens e mulheres são afetados, mas, em geral, as mulheres são mais 
afetadas. 
2.Não pula gerações. Os homens têm necessariamente a mãe afetada; as 
filhas afetadas devem ter a mãe ou o pai afetado. 
3.Os homens afetados transmitirão o traço para todas as suas filhas. 
4.As mães afetadas (se forem heterozigotas) transmitem o traço para metade 
de seus filhos e metade de suas filhas. 
 
 
 
 
PRESENÇA DE TRAÇOS DOMINANTES LIGADOS AO Y: 
 
1.Apenas os homens são afetados. 
2.Transmitido do pai para todos os filhos. 
3.Não pula gerações. 
 
 
PIERCE, Benjamin A. Genética: um enfoque conceitual. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004. 
 
 
5. Explique a fisiopatologia da Fibrose Cística; 
 
A fibrose cística é uma doença autossômica recessiva multisistêmia e mais 
comum em caucasianos, para isso nós necessitamos de mutações em ambos 
os alelos. 
Essa doença é monogênica, ou seja, todas as mutações ocorrem em um único 
gene que é o gene do CFTR. 
 
Esse gene está localizado no braço longo do cromossomo 7 e é responsável 
pelo controle de uma proteína transmembrana. 
Fibrose cística trata-se fundamentalmente de um distúrbio do transporte epitelial 
que afeta a secreção de líquido nas glândulas exócrinas e o revestimento 
epitelial dos tratos respiratório, gastrointestinal e reprodutivo. 
Caracteriza-se, também, por ser uma doença crônica e progressiva, com 
prognóstico grave e para a qual ainda não há cura. Os seus sintomas e 
complicações decorrem da produção de um muco com viscosidade aumentada, 
o que ocasiona um processo obstrutivo, principalmente nos pulmões e no 
pâncreas. Além desses, ela afeta outros múltiplos órgãos, tais como os rins, o 
fígado, o aparelho digestivo e os seios da face. 
 
 
Ela é causada pela mutação no gene CFTR, que é responsável por codificar a 
proteína de mesmo nome. A proteína CFTR é, por sua vez, uma proteína-canal 
transmembrana que transporta íons cloreto (Cl-). 
Mais de 1300 mutações já foram identificadas, sendo tanto mais severas, 
resultando na perda completa da função da proteína CTFR, quanto mais brandas 
que ainda preservaram alguma função residual. 
A mutação CFTR grave mais comum é uma deleção de três nucleotídeosque 
codificam para a fenilalanina na posição 508 do aminoácido (∆F508), causando 
dobramento defeituoso (misfolding) e perda total do CFTR. Em todo o mundo, a 
mutação ∆F508 é encontrada em aproximadamente 70% dos pacientes com FC. 
O canal regulador de condutância transmembrana da fibrose cística – 
CTFR, se faz presente nas células epiteliais principalmente das vias aéreas, 
pâncreas e glândulas sudoríparas, nos pulmões quando esse canal está aberto 
transporta cloreto para fora das células epiteliais e direcionando esse íon para 
dentro das vias aéreas. 
 
Porém, quando o cloreto é secretado também há acompanhamento de sódio, a 
presença desses íons aumenta a concentração de soluto nessas vias, a água 
então se move por osmose para esses compartimentos com osmolaridade mais 
elevada, isso cria uma solução salina que dilui o muco espesso. 
Na fibrose cística devido à ausência, deficiência ou menor quantidade de canais 
CFTR, o movimento de NaCl é prejudicado, se o o NaCl não pode ser secretado, 
não ocorre movimento do líquido, de forma que não há diluição do muco. 
 
Além disso, a proteína CFTR é presente nas células epiteliais e atuam no 
processo de formação das glândulas do nosso corpo, por isso que o muco 
espessado não será formado apenas no pulmão, mas em todos os órgãos 
produtores de muco e secreções. 
 
Nos pulmões, o aumento na viscosidade do muco causa bloqueio nas vias 
aéreas, gerando congestão respiratória grave. Em adição, o muco espesso 
fornece um meio de cultura propício à proliferação bacteriana. Isso faz com que 
haja infecções de repetição, deixando os pulmões em um estado de inflamação 
crônica. Nesse contexto, há intensa e progressiva lesão pulmonar, dando origem 
a diversas áreas de bronquiectasias (destruição do tecido pulmonar). 
No pâncreas, o espessamento das secreções obstrui os ductos pancreáticos. 
Com isso, as enzimas digestivas não chegam ao trato gastrointestinal, levando 
a uma má nutrição severa. Além disso, essas enzimas digestivas que têm o seu 
curso interrompido, podem retornar ao pâncreas, causando destruição por 
digestão do parênquima pancreático. 
Por fim, é de suma importância destacar as glândulas sudoríparas, que atuam 
ao invés de expelir cloreto retém, a fim de evitar a perda de sais e água pela pele 
e não desencadear, assim, um processo de desidratação. Como na fibrose 
cística esses canais não funcionam isso faz com que não haja reabsorção de 
cloreto e consequentemente de água. Assim, uma outra característica dos 
pacientes com FC é o excesso de suor, que, por sua vez, é rico em cloreto de 
sódio e, portanto, possui sabor salgado. Assim sendo, a atenção à hidratação é 
uma medida importante a ser tomada nesses pacientes. 
(sinais e sintomas) 
Os sintomas já são observáveis nos primeiros anos de vida. Muitas vezes não 
há sinais ou sintomas ao nascimento, podendo a doença permanecer 
assintomática por semanas, meses e até anos. 
Por outro lado, em 5 a 10% dos casos, os bebês já nascem com obstrução 
intestinal por mecônio, que pode ser vista já na ultrassonografia, antes do 
nascimento. Essa situação é chamada de síndrome íleo-meconial e é uma das 
manifestações mais precoces da doença. Envolve distensão abdominal, 
impossibilidade de evacuação e vômitos. 
A infância dos pacientes com fibrose cística é marcada por infecções 
pulmonares frequentes, tais como pneumonias de repetição 
e bronquite crônica. É comum haver sinusite frequente e tosse persistente, 
com secreção produtiva e de aspecto mais espesso que o normal, além de, 
falta de fôlego e cansaço (dispneia e astenia). 
Os problemas pancreáticos da fibrose cística tornam difícil a absorção de 
gorduras e nutrientes, o que leva a uma consequência típica da doença: o 
baixo crescimento e o pequeno ganho de peso, apesar do bom apetite. 
Costuma vir acompanhado por diarreia, geralmente de odor fétido, por 
fezes volumosas e gordurosas e por dificuldade no movimento intestinal. 
No trato gênito-urinário, observa-se puberdade tardia. Embora apresentem 
desempenho e potência sexual normais, 95% dos homens são inférteis devido à 
azoospermia obstrutiva pela ausência congênita dos vasos 
deferentes. A infertilidade também é encontrada em aproximadamente 20% das 
mulheres. Observa-se, também, dificuldade para engravidar, uma vez que o 
muco cervical mais espesso dificulta a passagem de espermatozoides. 
Assim, podem ser encontrados quadros de desidratação e de alcalose 
metabólica hipoclorêmica e hiponatrêmica. 
Nos adultos é comum: diabetes (devido ao refluxo das enzimas pancreáticas que 
acaba por danificar o órgão como um todo) e insuficiência hepática (devido a 
obstrução dos ductos biliares que consequente retenção da bile no fígado, isso 
favorece processos inflamatórios como a icterícia prolongada e cirrose biliar). 
(diagnostico) 
A pesquisa diagnóstica da fibrose cística está incluída no Programa Nacional 
de Triagem Neonatal. PNTN, mais conhecido como Teste do Pezinho. 
 
Nele o diagnostico se dá a partir da análise dos níveis de tripsina imunorreativa 
(IRT). O nível de IRT encontrado no sangue no bebê é usado como 
parâmetro para avaliar a existência de obstrução pancreática, uma vez 
que a IRT é uma enzima liberada pelo pâncreas e que reflui para a circulação 
sistêmica em casos de obstrução. 
No Teste do Suor, como o nome indica, é estimulada a sudorese e é colhido o 
suor. Haverá, então, análise do teor de cloreto encontrado na secreção. 
Quando o nível de cloro é superior a 60 milimoles por litro (60 mmol/L) 
em duas dosagens, acompanhado de quadro clínico compatível, é firmado o 
diagnóstico de fibrose cística. 
 
 
(tratamentos) 
Acompanhamento médico regular, fisioterapia respiratória, inalação com 
dornase alfa e inalações hipertônicas, suporte dietético e reposição vitamínica, 
reposição de enzimas pancreáticas e antibioticoterapia. 
6. Explique bioética relacionada a fertilização in vitro (descarte de 
embriões). 
Segundo Resolução do Conselho Federal de Medicina resolução do CFM nº 
2.121/2015 os embriões crio preservados por prazo superior de mais de cinco 
anos poderão ser descartados se esta for a vontade dos pacientes. 
Em 2014 novamente a Câmara Técnica Interdisciplinar de Reprodução e 
Técnicas de reprodução assistida na Consulta nº 202.515/14 sobre o assunto : 
Sobre o descarte de embriões congelados aneuploides, como, por exemplo, 
trissomia do cromossomo 13, 18 e 21, antes dos prazos estabelecidos pela 
Resolução do CFM 2.013/13, que determina cinco anos para descarte e três 
anos para doação para pesquisa. 
Estabelece que: As aneuploidias dos cromossomos 13, 18, 21, X e Y, embora 
causadores de doenças sindrômicas, não determina a inviabilidade embrionária. 
Portanto, não é possível o descarte desses embriões antes do prazo 
estabelecido pela Resolução CFM nº 2.013/13.

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