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1. Descreva os exames feitos no pré natal para a identificação de doenças genéticas A avaliação genética é rotina entre os exames pré-natais. Assim, entre a décima quinta e a vigésima semana de gestação, deve-se oferecer triagem pré-natal às gestantes utilizando-se múltiplos marcadores séricos maternos com o intuito de detectar defeitos do tubo neural, síndrome de Down e outros defeitos do nascimento. Os exames diagnósticos genéticos fetais, normalmente são feitos por meio de amostras do vilo coriônico, amniocentese ou amostra do sangue umbilical. Por meio desses exames é possível detectar todas as trissomias, anormalidades cromossômicas e varias anormalidades mendelianas. Já as anomalias cromossômicas submicroscópicas não são percebidas por cariótipos tradicionais e só podem ser identificadas por meio de técnicas como FISH e Polimorfismo de Nucleotídeo Único. Todos os procedimentos para diagnosticar doenças genéticas, exceto ultrassonografia, são invasivos e envolvem risco leve ao feto. A ultrassonografia pode ser indicada nas seguintes circunstâncias: • Rotineira para todas as gestantes; • Indicações específicas, como inspeção por suspeita de anormalidade obstétrica ou genética; • Auxiliar na interpretação de marcadores séricos maternos alterados; A ultrassonografia é um exame não invasivo e não oferece qualquer risco conhecido para a mulher ou para o feto, e quando realizada por profissionais qualificados é um exame de alta sensibilidade. A US básica é feita para confirmar a idade gestacional, determinar a viabilidade fetal, detectar gestação múltipla e quando realizada entre o segundo e terceiro trimestre pode identificar malformações fetais significativas de estruturas intracranianas como: coluna, coração, bexiga, rins, estômago, tórax, parede abdominal, ossos longos e cordão umbilical. Essa análise morfológica pode alertar para alterações genéticas, visto que, malformações 1. Descreva os exames feitos no pré natal para a identificação de doenças genéticas 2. Descreva a fisiopatologia da síndrome de Cri Du Chat, citando as características genéticas que ocorrem 3. Descreva a fisiopatologia da síndrome de Turner, citando as características genéticas que ocorrem 4. Descreva a fisiopatologia da síndrome de Down, citando as características genéticas que ocorrem e os graus de expressão da doença 5. Explique a simbologia do cariótipo ligado às síndromes compatíveis com a vida (Objetivos) ) múltiplas podem surgir de uma doença cromossômica. A US direcionada, é realizada com equipamentos de alta resolução, possibilitando imagens mais detalhadas, podendo assim, ser indicadas para casais com história familiar de malformações congênitas ou quando os marcadores séricos maternos estiverem alterados. Assim a US direcionada pode identificar: • Malformações renais; • Formas letais de displasias esqueléticas; • Malformações do tubo digestivo; • Hérnia diafragmática; • Microcefalia; • Hidrocefalia. Durante o 2º trimestre, a ultrassonografia identifica estruturas que estão estatisticamente associadas a maiores riscos de anomalias cromossômicas fetais, o que ajuda a refinar a estimativa de risco. São elas, a medida do osso nasal, ducto venoso e translucência nucal. Nesse exame, uma agulha é inserida por via transabdominal no interior do saco amniótico, com o intuito de coletar líquido amniótico e células fetais para testes e medição de marcadores químicos como a alfafetoproteína e acetilcolinesterase. Alfafetoproteína elevada mais a presença de acetilcolinesterase no líquido amniótico é quase 100% sensível para anencefalia e 90 a 95% sensível para espinha bífida aberta. O período mais seguro é depois da 14° semana de gestação. Para que a segurança desse exame seja aumentada, deve-se: realizar US para identificar a quantidade de líquido amniótico, movimentos cardíacos fetais, posição da placenta, número de fetos e idade gestacional. Além disso, se a mãe for Rh negativo e não sensibilizada, deve-se administrar imunoglobulina Rh0 (D), 300 mcg, depois do procedimento para reduzir a probabilidade de sensibilização. Aconselha-se amniocentese para gestantes com > 35 anos, pois o risco do nascimento de crianças com síndrome de Down ou outra cromossomopatia é maior. O American College of Obstetricians and Gynecologists recomenda que a técnica seja oferecida a todas as gestantes, a fim de se avaliar o risco de cromossomopatias fetais. Nesse exame, as vilosidades coriônicas são aspiradas com seringa e submetidas à cultura. Após a aspiração é realizado uma biópsia de vilo corial para análise da genética fetal e padrão dos cromossomos. A biópsia deve ser realizada entre a 10ª semana de gestação e o fim do 1º trimestre, fornecendo resultados mais precoces que a amniocentese. Deve-se oferecer às mulheres submetidas à biópsia de vilo corial, triagem materna para alfafetoproteína sérica entre a 16ª e 18ª semana a fim de avaliar o risco de defeito no tubo neural do feto. A técnica de fetoscopia consiste na introdução de um endoscópio transabdominal, rígido ou flexível, de 2 a 3mm, com a finalidade de pesquisar a anatomia fetal e de realizar uma biópsia de pele ou a punção do cordão umbilical. A fetoscopia deve ser utilizada para investigação anatômica em doenças que não podem ser pesquisadas pela ultra-sonografia e cujo sinal anatômico é fundamental para o estabelecimento do diagnóstico sindrômico. A fetoscopia deve ser feita entre 15 e 18 semanas de gestação quando a proporção entre o fluido amniótico e o feto é maior, além do que, nessa fase esse fluido é, ainda, bastante límpido, permitindo melhor visão. Amostras do sangue fetal podem ser obtidas por punção percutânea da veia do cordão umbilical (cordocentese) guiada por ultrassom, sendo que, a análise dos cromossomos pode ficar pronta em 48 a 72h. Esse teste é especialmente útil no 3º trimestre, principalmente se houver suspeita inicial de anomalias fetais nesse período. Atualmente, a análise genética das células do líquido amniótico ou das vilosidades coriônicas via hibridização fluorescente in situ (FISH) permite preliminarmente o diagnóstico ou a exclusão das cromossomopatias mais comuns em 24 a 48h, assim, amostras de sangue umbilical percutâneo raramente são feitas para indicações genéticas. O exame genético pré-implantação às vezes é possível antes da implantação quando é feita a fertilização in vitro, usando os corpúsculos polares de oócitos, amostras do trofoblasto ou blastômeros de 6 a 8 células. Esse exame é utilizado para verificar doenças hereditárias específicas, principalmente, em casais com alto risco de doenças mendelianas. Os exames tradicionais de primeiro trimestre, incluem: Beta-HCG sérica materna, Gestação associada à proteína do plasma (PAPP-A), Translucência nucal fetal por US. A síndrome de Down está tipicamente associada a altos níveis de beta-HCG, baixos níveis de PAPP-A e aumento de TN fetal. Um estudo realizado nos EUA apontou para uma sensibilidade de 85% neste exame para o diagnóstico de Síndrome de Down, com uma taxa de 5% falso-positivo. Possibilita a identificação de anormalidades cromossômicas fetais em gestações únicas analisando os ácidos nucleicos fetais livres de células circundantes em uma amostra de sangue materno. Esse teste pode ser feito já na 10ª semana gestacional e pode substituir a triagem tradicional não invasiva feita no 1º e 2º trimestres. Esses fragmentos de DNA, se disseminam na circulação materna durante a decomposição normal das células trofoblásticas placentárias. A variação nas quantidades dos fragmentos de cromossomos específicos prevê anomalias cromossômicas fetais de maneira muito mais precisa do que triagemtradicional combinada no 1º e 2º trimestres usando análise sérica e ultrassom. Além disso, anormalidades cromossômicas sexuais (X, XXX, XYY, XXY) podem ser identificadas em gestações únicas, embora com precisão relativamente mais baixa. Ensaios de validação precoces relataram > 99% de sensibilidade e especificidade para a identificação da síndrome de Down (trissomia 21) e trissomia 18 em gestações de alto risco. Também pode-se detectar trissomia 13, embora a sensibilidade e especificidade ainda não tenham sido determinadas com precisão. Deve-se confirmar os resultados anormais da triagem para cfDNA com cariotipagem diagnóstica usando amostras fetais obtidas por meio de técnicas invasivas. Níveis de alfafetoproteína materna séricos (AFPMS): pode usar AFPMS de modo independente como uma triagem para defeitos no tubo neural, não para o risco de síndrome de Down. Um nível elevado sugere espinha bífida aberta, anencefalia ou defeitos da parede abdominal. Elevações inexplicadas de alfaproteína podem estar associadas a maiores riscos em gestações posteriores, como restrição do crescimento intrauterino e natimortos. Níveis maternos de beta-hCG, estriol não conjugado, alfafetoproteína e, algumas vezes, inibina A. Essa técnica é extremamente vantajosa pois permite a triagem em massa de muitas doenças genéticas. As células fetais podem atravessar a placenta e assim serem encontradas na circulação materna, em seguida, essas poderão ser concentradas ou separadas por métodos imunológicos. Com isso, a aplicação dos cicladores de temperatura para a multiplicação de genes com o uso da reação em cadeia da polimerase (PCR) é capaz de multiplicar genes ou regiões específicas de genes milhões de vezes no intervalo de algumas horas. Dessa forma, será possível um diagnóstico bioquímico de alterações de várias doenças genéticas e mesmo de doenças infecto-contagiosas com o uso de células fetais obtidas por simples punção venosa da gestante. Nesse exame a identificação de alfafetoproteína pode indicar malformação fetal como espinha bífida aberta. Os resultados são mais precisos quando a amostra inicial é obtida entre a 16ª e 18ª semana da gestação, apesar de o exame poder ser realizado da 15ª à 20ª semana. Dado um determinado valor de corte no exame, se avalia a necessidade da realização de mais testes diagnósticos. Sendo assim, a paciente é encaminhada para amniocentese e ultrassonografia. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ ginecologia-e- obstetr%C3%ADcia/aconselhamento- gen%C3%A9tico-e- avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9- natal/avalia%C3%A7%C3%A3o- gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnat al.)- ,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen% C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20cen tenas%20de%20anormalidades%20mendelia nas. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar ttext&pid=S1413-81232002000100013 2. Descreva a fisiopatologia da síndrome de Cri Du Chat, citando as características genéticas que ocorrem (CRI-DU-CHAT) ♂ 44A, XY (5p-) / ♀ 44A, XX (5p-) Essa síndrome se dá devido a uma deleção (quebra) terminal ou intersticial de parte do braço curto do cromossomo 5. A deleção refere-se à perda de um segmento cromossômico, ou seja, a perda de genes se caracterizando como uma alteração cromossômica estrutural. No caso da síndrome ocorre deleção das bandas 13, 14 e/ou 15 do braço curto do cromossomo 5, normalmente paterno. A perda da região p-15 caracteriza esse quadro em uma situação extremamente crítica e presente em todos os portadores, sendo as regiões 13 e 14 variantes. A deleção do tipo terminal é mais frequente em pacientes com cri-du-chat, e é resultado de duas quebras, uma ocorrendo na região https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/avalia%C3%A7%C3%A3o-gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnatal.)-,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen%C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20centenas%20de%20anormalidades%20mendelianas https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/avalia%C3%A7%C3%A3o-gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnatal.)-,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen%C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20centenas%20de%20anormalidades%20mendelianas https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/avalia%C3%A7%C3%A3o-gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnatal.)-,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen%C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20centenas%20de%20anormalidades%20mendelianas https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/avalia%C3%A7%C3%A3o-gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnatal.)-,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen%C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20centenas%20de%20anormalidades%20mendelianas https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/avalia%C3%A7%C3%A3o-gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnatal.)-,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen%C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20centenas%20de%20anormalidades%20mendelianas https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/avalia%C3%A7%C3%A3o-gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnatal.)-,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen%C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20centenas%20de%20anormalidades%20mendelianas https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/avalia%C3%A7%C3%A3o-gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnatal.)-,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen%C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20centenas%20de%20anormalidades%20mendelianas https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/avalia%C3%A7%C3%A3o-gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnatal.)-,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen%C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20centenas%20de%20anormalidades%20mendelianas https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/avalia%C3%A7%C3%A3o-gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnatal.)-,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen%C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20centenas%20de%20anormalidades%20mendelianas https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/avalia%C3%A7%C3%A3o-gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnatal.)-,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen%C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20centenas%20de%20anormalidades%20mendelianas https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/avalia%C3%A7%C3%A3o-gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnatal.)-,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen%C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20centenas%20de%20anormalidades%20mendelianas https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/aconselhamento-gen%C3%A9tico-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-pr%C3%A9-natal/avalia%C3%A7%C3%A3o-gen%C3%A9tica#:~:text=pr%C3%A9%2Dnatal.)-,Exames%20diagn%C3%B3sticos%20gen%C3%A9ticos%20fetais,v%C3%A1rias%20centenas%20de%20anormalidades%20mendelianas https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232002000100013 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232002000100013 central e outra ocorrendo na região terminal do cromossomo, porém, anteriormente ao telômero. Já a deleção intersticial é menos frequente em portadores dessa síndrome, sendo o resultado de duas quebras, ambas ocorrendo no meio do cromossomo resultando na perda de uma região central do cromossomo.Além disso, portadores dessa síndrome podem apresentar deleção total do braço curto do cromossomo 5, porém, é mais raro ainda. Como as regiões de deleção podem variar de paciente para paciente, é difícil padronizar a quantidade de número de bases que foram afetadas, pois isso dependerá do quadro e situação do paciente. Vale ressaltar, que as deleções que ocorrem na síndrome de Cri-du- chat são espontâneas e que ocorrem, normalmente, durante a gametogênese. Com isso, o ovo ou zigoto apresentará uma deleção do braço curto do cromossomo 5 advindo de algum dos pais. Como essa deleção é espontânea e ocorre durante a formação dos gametas, os parentais são normais (não deletados). Assim, essa síndrome possui causas genéticas, mas não hereditárias. Possíveis notações da deleção: 15p15: O primeiro número se refere ao cromossomo, a letra em qual braço cromossômico foi afetado, e o segundo número se refere a região/banda do cromossomo. Assim, esse cariótipo é de um paciente que possui deleção da região 15, do braço curto, do cromossomo 5. 15p14-15: Deleção das regiões 14 e 15, do braço curto, do cromossomo 5. 15p13-15: Deleção das regiões 13, 14 e 15, do braço curto, do cromossomo 5. Essa síndrome delitiva recebeu esse nome comum porque o choro dos bebês com este distúrbio lembra o miado de um gato. Esta síndrome representa cerca de 1% de todos os pacientes com retardo mental institucionalizados. Translocação não-equilibrada/não- balanceada: cromossomos não-homólogos trocam segmentos de tamanhos diferentes, havendo ganho ou perda de genes específicos e consequentemente, desbalanço gênico. No caso específico da síndrome, a translocação envolve o braço curto do cromossomo 5 (5p) e qualquer outro braço de qualquer outro cromossomo, normalmente, o braço longo do cromossomo 13, 14 ou 15 (13q, 14q ou 15q). Assim, como as deleções, as translocações são espontâneas ocorrendo durante a gametogênese de um dos parentais. Síndrome de Cri-du-chat por Mosaicos de duas populações de células: Há ocorrência de uma população de células normal com o braço curto do cromossomo 5 não deletado e uma população de célula anormal com seus cromossomos 5 com braços curto deletado. Assim, um individuo será mosaico para a Síndrome de Cri-du-Chat se a deleção no 5p ocorrer em fases mais adiantadas do desenvolvimento ou divisão embrionária. Então, o desenvolvimento embrionário, ocorrerá normalmente, em um primeiro momento, entretanto, durante o desenvolvimento ocorrerá o desenvolvimento de uma célula com o cromossomo 5 deletado em seu braço curto e essa célula anormal passa a se proliferar, a consequência, é a formação de um indivíduo mosaico, aquele que apresenta alguma células normais e outras anormais. O mosaicismo se refere a uma causa genética para síndrome, no entanto, não é hereditária, uma vez, que para um indivíduo apresentar duas populações de células, isso ocorreu no decorrer do desenvolvimento embrionário. Por tanto, os parentais não apresentam mosaicismo. 15% dos casos de Síndrome de Cri-du-Chat são hereditários, são aqueles em que o cromossomo de um dos parentais apresentam translocação equilibrada ou balanceada, quando cromossomos não-homológos trocam segmentos de tamanhos iguais, não havendo ganho ou perda de genes específicos, mantendo o equilíbrio gênico. Na síndrome de Cri du Chat, essa translocação envolve o cromossomo 5 e o cromossomo 13, 14 ou 15. Assim, não há alteração na quantidade de material genético, o parental não apresentará deleção no braço curto do cromossomo 5, consequentemente, não porta a síndrome, porém, translocações balanceadas podem se tornas não-balanceadas quando passadas de uma geração para outra. Os afetados se caracterizam por apresentar assimetria facial, com microcefalia (cabeça pequena), má formação da laringe (daí o choro lamentoso parecido com miado de gato), hipertelorismo ocular (aumento da distância entre os olhos), hipotonia (tônus muscular deficiente), fenda palpebral antimongoloide (canto interno dos olhos mais altos do que o externo), pregas epicânticas, orelhas mal formadas e de implantação baixa, dedos longos, prega única na palma das mãos, atrofia dos membros que ocasiona retardamento neuromotor e retardamento mental acentuado. As crianças do CDC frequentemente têm um caminhar desajeitado e parecem inábeis. Com a educação especial precoce e um ambiente de apoio familiar, algumas crianças atingem um nível social e psicomotor de uma criança normal de cerca de 6 anos de idade. As habilidades motoras finas são atrasadas, embora algumas crianças estejam conseguindo aprender a escrever. Muitas crianças com CDC podem ter problemas de comportamento, podendo ser hiperativas, balançam muito a cabeça, podem até dar mordidas ou se beliscarem, ou até mesmo desenvolver obsessões com determinados objetos. As crianças com CDC têm dificuldade no treinamento do controle de suas necessidades fisiológicas e muitos bebês e crianças com CDC têm um sono agitado, mas isto melhora com idade. https://www.youtube.com/watch?v=293OCuZ wPSs https://www.youtube.com/watch?v=293OCuZwPSs https://www.youtube.com/watch?v=293OCuZwPSs (Turner) ♀ 44A, X0 Essa síndrome é uma anomalia envolvendo os cromossomos sexuais, podendo ser resultantes de alterações cromossômicas estruturais ou numéricas. Ocasionada no caso da Síndrome de Turner por uma deleção, quando envolve a perda de parte de um braço cromossômico. Xp-: deleção do braço curto do cromossomo; Xq-: deleção do braço longo do cromossomo. A deleção resulta em uma perda de material, isso pode acontecer no braço curto do cromossomo ou no braço longo. Outras alterações estruturais: isocromossomos (IsoXq) e cromossomo em anel (rX). Isocromossomos (IsoXq): Nesse caso, o centrômero que deveria dividir o cromossomo vertical, divide o cromossomo na vertical, dessa forma, temos um cromossomo formado por dois braços curtos e dois braços longos e outro com dois braços longos, isso resulta em cromátides equivalentes e sequências gênicas duplicadas. No caso, da Turner, as pacientes teriam o cromossomo com seus braços longos duplicado. Cromossomo em anel (rX): Nessa situação, um cromossomo normal terá a perda das pontas, por uma quebra, de modo que ele se anela em si mesmo, isso resultará em uma instabilidade cromossômica e consequentemente, degeneração. Podem acontecer por meio de aneuploidia, que se caracterizam pelas alterações numéricas em partes dos conjuntos cromossomais. A monossomia é a causa mais comum da síndrome, quando as meninas tem a perda completa de um dos cromossomos X. Assim, a monossomia é uma aneuploidia que resulta na perca total de um dos cromossomos 3. Descreva a fisiopatologia da síndrome de Turner, citando as características genéticas que ocorrem 4. X, resultante da não-disjunção da meiose I ou na meiose II. Na meiose I, ao invés dos cromossomos homólogos migrarem para polos opostos, eles não migram, de modo que isso resultará em uma célula contendo dois cromossomos homólogos. Mas, essa não-disjunção pode também ocorrer na meiose II, onde as cromátides iriam se separar, porém, as cromátides não se separam, resultando em uma célula com três cromátides e outra com apenas uma. Alguns estudos relacionam a idade materna com a integridade do aparato meiótico, assim, quanto mais velha a mãe, menor a integridade meiótica da mesma, aumentando os erros na gametogênese feminina, resultando em defeitos no checkpoint do fuso com perda ou degradação de enzimas. Outros fatores podem ser impactados com a idade materna, como: • Defeitos na manutenção dos telômeros; • Níveis de acetilação das histonas; • Desequilíbriohormonal; • Aceleração na maturação folicular; • Depleção de ovócitos; • Redução do suprimento de oxigênio; • Alterações na recombinação meiótica. Há estudos atuais que estudaram o padrão das causas de não-disjunção em Turner, e avaliaram um certo padrão de metilação. Nas regiões de centrômeros há sequencias especificas de DNA, as chamadas sequencias satélites repetitivas, e essas sequencias são metiladas (adição de um grupo metil), essa metilação inativa os genes, fechando a cromatina para leitura. Isso pode gerar alterações epigenéticas importantes para a segregação normal. Dessa forma, podemos concluir que, caso haja alguma alteração no padrão de metilação, pode impactar no surgimento da síndrome de Turner. Causas das alterações no padrão de metilação: - Presença de polimorfismo (alteração de um único nucleotídeo) em genes que produzem transcritos envolvidos na via de folato (ácido fólico, composto necessário para a síntese de nucleotídeos, reparo do DNA, divisão e crescimento celular, síntese proteica e em reações de metilação do DNA), quando esses polimorfismos estão em regiões codificadoras, pode resultar na alteração de uma proteína. Assim, deficiências no folato pode impactar em erros de segregação, impactando na não- disjunção. Logo, SNP em genes relacionados ao metabolismo do folato podem alterar o padrão de segregação dos cromossomos, a principal causa da Síndrome de Turner. Ex: SNP no gene MTHFR que interferem a enzima MTHFR que tem ação nas cascatas do ácido fólico, isso resulta em uma hipometilação do DNA, aumentando as chances de não-disjunção. Mosaicismo: Quando algumas células apresentaram o cariótipo 45, XO e outras normais com o cariótipo 46, XX. • Baixa estatura; • Disgenesia gonodal (má formação, com ovário atrofiado, desprovido de folículo); • Infantilismo sexual; • Infertilidade; • Pescoço curto e alado: • Baixa implantação de cabelos na nuca; • Cubitus valgus, desvio para fora do antebraço em extensão; • Palato alto e arcado, isso propício a proliferação de infecções, como, otites e amgdalites; • Malformações cardiovasculares e renais, isso se relaciona com a expectativa de vida, impactando na diminuição de 10 a 13 anos; • Baixa auto-estima e problemas psicossociais; • Superproteção excessiva, reforçando a dependência e imaturidade. https://www.youtube.com/watch?v=23ffGeYNj Co ♂ 45A, XY (21) / ♀ 45A, XX (21) A síndrome de Down pode ser ocasionada pela trissomia do 21, ou seja, por uma alteração cromossômica numérica, ou por uma translocação robertsoniana. Uma alteração cromossômica numérica ocorre quando há mudança no número de cromossomos de uma célula, para mais ou para menos. No caso da síndrome de Down, ocorre uma aneuploidia (acometimento de apenas uma parte do conjunto cromossômico), resultando em um cromossomo a mais no par 21. Na maioria das vezes, a causa da trissomia é a não-disjunção meiótica, do par de cromossomos 21, em um dos parentais. Se a não-disjunção ocorrer na meiose I, faz com que a separação dos cromossomos homólogos não aconteça, ou aconteça de maneira errônea. Esse erro, geralmente acontece em divisões maternas, sendo responsável por 90% dos casos de síndrome de Down, quando a causa está relacionada a trissomia do 21. Se essa célula que apresentou erro de divisão representar um óvulo e ele for fecundado, teremos um caso de Trissomia Simples/Livre, quando a primeira célula do embrião já contém a terceira cópia do cromossomo 21. Assim, todas as células do indivíduo terão um cromossomo 21 a mais, visto que, todas as outras células surgem dessa percursora. Se a não-disjunção ocorrer na meiose II, não acontecerá a separação das cromátides- irmãs, resultando em duas células contendo dois cromossomos 21 simples, ao invés de um cromossomo 21 simples e outras duas células sem nenhum cromossomo 21. 4. Descreva a fisiopatologia da síndrome de Down, citando as características genéticas que ocorrem e os graus de expressão da doença https://www.youtube.com/watch?v=23ffGeYNjCo https://www.youtube.com/watch?v=23ffGeYNjCo Esse tipo de erro meiótico é mais comum de origem paterna, representando 10% dos casos de trissomia do 21. Juntos, os casos de trissomia do 21 representam 95% dos casos de síndrome de Down. – Indivíduos mosaicos são aqueles que possuem duas populações de células distintas. No caso da síndrome de Down, o indivíduo apresenta células normais com 46 cromossomos e células anormais com 47 cromossomos. Isso é possível, porque a trissomia do cromossomo 21 se desenvolve em estágios mais avançados do desenvolvimento embrionário. O início do desenvolvimento começa normalmente, entretanto, em determinado momento uma das células que compõe a mórula apresenta um erro do seu processo de divisão dando origem a outras células com o genoma alterado. Casos como esse ocorrem em 2% dos casos totais de síndrome de Down. – A translocação envolve sempre, dois cromossomos acrocêntricos autossômicos. Na translocação robertsoniana, ambos cromossomos são quebrados em uma região próxima ao centrômero, devido a essa quebra os braços longos e curtos do cromossomo se separam, impactando na perda dos dois braços curtos e fusão dos dois braços longos, formando um único cromossomo. Assim, indivíduos com translocação robertsoniana apresenta 45 cromossomos em seu cariótipo, visto que, a perda de dois braços cromossômicos equivale a perda de um cromossomo inteiro. No caso específico da síndrome de Down, a translocação acontece entre o cromossomo 21 extra e o cromossomo 14 ou 22. Então, esses cromossomos são quebrados próximo as suas regiões de centrômero, os braços curtos e longos são separados. Em seguida, perdem seus braços curtos e fagocitam seus braços longos. Esse tipo de evento cromossômico resulta em um cariótipo com 45 cromossomos, entretanto, como esse indivíduo possuía 47 cromossomos, agora possuirá 2n+1=46. Indivíduos portadores de Down com translocações robertsoniana, são trissômicos para o braço longo do cromossomo 21 materno que permanece, paterno que permanece e braço longo do cromossomo 21 que compõe o cromossomo translocado. Os casos de síndrome de Down por translocação robertsoniana representam 4% dos casos de incidência da doença. O mosaicismo e a translocação robertsoniana pode atingir células da linhagem germinativa, fazendo com que as células germinativas possuam dois cromossomos 21. – Nesse caso, o centrômero responsável pela divisão vertical do cromossomo, quebra-o em posição horizontal. Assim, na síndrome de Down, um dos cromossomos sofre quebra na região de centrômero, se dividindo em duas partes, o braço curto desse cromossomo é perdido e o braço longo se duplica formando um novo cromossomo. Assim, esses indivíduos são trissômicos para o braço longo do cromossomo 21, mas não para o cromossomo 21 inteiro, visto que, somente o braço curto do cromossomo 21 foi perdido, mas foi substituído por outra cópia do braço longo. • Obesidade; • Língua grande; • Prega palmar única; • Grande separação entre o hálux e o segundo dedo; • Retardo mental; • Associado a Alzheimer; • Homens estéreis e mulheres potencialmente férteis; • Dentição irregular; • Face achatada; • Olhos esticados; • Problemas cardíacos congênitos; • Menor expectativa de vida. A fórmula cromossômica é uma forma de descrever o cariótipo de um organismo. Cariótipo normal é escrito na forma 46, XX ou 46, XY, onde: • 46 corresponde ao número total de cromossomos, sendo ele 22 pares autossômicos e 1 par sexual; O primeiro número é representado seguido de vírgula e da indicação dos cromossomossexuais As alterações cromossômicas numéricas devem ser indicadas após os cromossomos sexuais seguidos de um sinal (+ ou -) e do cromossomo afetado. Ex: No caso da síndrome de Down, como há o aumento do cromossomo 21, a fórmula é 47, XX, +21 ou 47, XY, +21. Número total de cromossomos 47, sexo feminino/masculino e o + 21 significa uma adição no cromossomo 21 demonstrando uma anomalia numérica no autossomo 21. Quando as alterações cromossômicas afetam os cromossomos sexuais, também podemos identificá-las na escrita de suas fórmulas. Um exemplo é a síndrome de Turner que é representada por 45, X. As alterações cromossômicas estruturais, em casos de translocação, a denotação do cariótipo é de acordo com a seguinte padronização: t (A; B) (p1; q2): Isso significa que a translocação ocorreu entre um cromossomo A e um cromossomo B. A informação no segundo conjunto de parênteses, quando fornecida, indica a localização precisa no cromossomo para os cromossomos A e B respectivamente—com p indicando o braço curto do cromossomo, q indicando o braço longo e os número após p e q se referindo às regiões, bandas e sub- bandas quando os cromossomos são corados e observados em um microscópio. O primeiro número/letra do código corresponde em qual cromossomo o gene/mutação pode ser encontrado. Após a informação de qual cromossomo se trata, descreve-se em qual braço do cromossomo o gene/mutação está. A letra "p" refere-se ao braço curto e a letra "q" ao braço longo do cromossomo. A próxima informação é a posição do gene/mutação naquele braço. Essa posição é determinada pela coloração do cromossomo, chamada bandeamento. Ela é designada por dois dígitos: o primeiro é a região e o segundo é a banda. Se, após o número da banda, vier escrito um ponto seguido de outro número falamos que é uma sub-banda. Para manter a padronização, exitem vários símbolos e abreviações para a notação das informações citogenéticas. Alguns exemplos: del = deleção ins = inserção t = translocação ( ) = agrupa cromossomos alterados ; = separa rearranjos em mais de um cromossomo. Cariótipo de uma pessoa com Leucemia Mieloide Crônica: 46, XX, t(9;22)(q11;q34). Tradução: 5. Explique a simbologia do cariótipo ligado às síndromes compatíveis com a vida 6. ▪ 46, XX = indivíduo do sexo feminino com número de cromossomos normal. ▪ t(9;22)(q11;q34) = translocação da região 1, banda 1 do braço longo do cromossomo 9 com a região 3, banda 4 do braço longo do cromossomo 22. Outros exemplos: Síndrome de Cri-du-Chat (Doença do Miado de Gato) → ♂ 44A, XY (5p-) / ♀ 44A, XX (5p-) Síndrome de Down (Trissomia do 21) → ♂ 45A, XY (21) / ♀ 45A, XX (21) Síndrome de Patau (Trissomia do 13) → ♂ 45A, XY (13) / ♀ 45A, XX (13) Síndrome de Edwards (Trissomia do 18) → ♂ 45A, XY (18) / ♀ 45A, XX (18), Síndrome de Klinefelter → ♂ 44A, XXY XYY (Super Macho) → ♂ 44A, XYY Síndrome de Turner → ♀ 44A, X0 https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/ 02/como-ler-localizacao-de-um- genemutacao.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Transloca%C3%A 7%C3%A3o_cromoss%C3%B4mica https://brasilescola.uol.com.br/o-que- e/biologia/o-que-e-cariotipo.htm https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/02/como-ler-localizacao-de-um-genemutacao.html https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/02/como-ler-localizacao-de-um-genemutacao.html https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/02/como-ler-localizacao-de-um-genemutacao.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Transloca%C3%A7%C3%A3o_cromoss%C3%B4mica https://pt.wikipedia.org/wiki/Transloca%C3%A7%C3%A3o_cromoss%C3%B4mica https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-cariotipo.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-cariotipo.htm
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